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O rei da vela
Abelardo I, um agiota e dono de uma indústria de velas, junto com seu empregado, Abelardo II,
estão em seu escritório para receberem clientes devedores que buscam renegociar suas dívidas.
Abelardo I não entra em acordo e são mostrados seus métodos imorais de conseguir dinheiro.
Heloísa, noiva de Abelardo I, vai visitá-lo e é retratada como mais um bom negócio para Abelardo I
ascender socialmente. Na ilha que Abelardo deu à Heloísa é mostrado, como em um desfile de
personagens, um passeio da tradicional família de Heloísa, acompanhada pelo americano Mr. Jone;
é exibida a imoralidade de cada membro e como todos querem se aproveitar do americano.
Novamente no escritório de Abelardo I, agora falido após um roubo de Abelardo II. Heloísa está
junto a ele, este se suicida e Heloísa acaba se casando com Abelardo II, sucessor de seu patrão,
cumprindo seu papel enquanto classe social, casar com Heloísa, o que é um bom negócio para o
americano.
O Pagador de promessas
O burro de Zé é ferido com um galho que cai em sua cabeça e o leva a ter uma febre que não passa.
Zé procura vários métodos para curar seu amigo, chegando finalmente a fazer uma promessa para
Iansã em um candomblé. O burro é curado e Zé precisa pagar a promessa: levar em seus ombros
uma cruz até a igreja de Santa Bárbara. Zé parte com sua esposa Rosa e chegam de madrugada na
praça da igreja. Amanhece, as portas da igreja se abrem. Zé conta a história ao padre mas este
considera feitiçaria e não permite a entrada de Zé com a cruz. Mesmo assim Zé insiste em ficar na
porta da igreja, um repórter aparece e se aproveita da história de Zé para criar uma manchete
sensacionalista que o coloca como um revolucionário a favor da reforma agrária. Armam uma
emboscada com a polícia para se livrar de Zé. Aparecem o delegado junto com o padre e o
interrogam, pedem para levá-lo à delegacia, mas ele se recusa; com uma faca em punho tenta se
defender mas o padre lhe dá uma paulada. A polícia o prende o os capoeiristas da praça vão
defendê-lo, porém na confusão Zé é baleado e morto. Os capoeiristas o colocam na cruz e o levam
até dentro da igreja.
Vestido de Noiva
Alaíde seduz Pedro, o namorado de sua irmã, Lúcia. Após um tempo os dois se casam, porém Pedro
e Lúcia mantêm um romance e planejam matar Alaíde. As irmãs têm uma briga porque Alaíde
descobre dos planos de Lúcia, porém, após a discussão, Alaíde é atropelada. Em estado de choque
Alaíde alucina com Madame Clessi, prostituta que admira e antiga moradora da casa de sua família.
Alaíde procura lembrar de suas memórias, especialmente no que diz respeito à sua relação com
Pedro, o dia de seu casamento e a morte de Madame Clessi. Alaíde morre e após meses, Lúcia e
Pedro se casam.
Doroteia
Ao contrário das mulheres de sua família que não conseguem enxergar homens e na noite de
núpcias sentem uma náusea, Doroteia desde pequena via homens e sentia atraída por eles. Possuiu
vários amantes, até que teve um filho. Este morre ainda bebê e se sentindo culpada Doroteia
prometeu que sairia dessa vida e procuraria a sua família parar virar uma mulher direita, mas
mesmo com essa intenção, ainda é perseguida pelo vaso que existia no seu antigo quarto. Ela foge
para casa de suas parentas, D. Flávia, viúva que vive com outras duas primas também viúvas,
Maura e Carmelita, e sua filha que nasceu morta, Das Dores. As viúvas não aceitam que Doroteia
fique, mas D. Flávia coloca uma condição para Doroteia ficar: sacrificar sua beleza colocando
chagas em seu corpo, com resistência Doroteia aceita. É dia do casamento de Das Dores, mas ela
não tem a náusea e parece querer ficar com o noivo. Isso desperta a curiosidade de Maura e
Carmelita, que acabam mortas por D. Flávia. Das Dores diz que não quer ter a náusea, desafiando a
mãe que conta que a filha que a filha está morta; enfurecida, Das Dores volta para o ventre da mãe,
deixando-a descontrolada, parecendo bêbada. Vendo a tia enlouquecida, Doroteia vangloria sua
beleza, mas finalmente se torna uma mulher feia, vivendo os restos dos dias com D. Flávia.
Noivas
Dora é levada pelo seu noivo Augusto ao atelier de Lia para escolher seu vestido de casamento. Lia
avisa que essa tarefa demora, Augusto sai e diz que voltará para pegar sua noiva. Dora está
impaciente para resolver logo vestido, ela não está interessada nessa questão, está lá para agradar
sua mãe. Lia mostra um álbum com os modelos de vestidos, Dora encontra no álbum fotos das
mesmas mulheres depois do casamento. Lia mostra um álbum com fotos de noivas que foram até
ela e desistiram, depois ela coloca o vestido base em Dora que começa a se sentir mal naquela
situação. Isso a leva a repensar a sua situação e desistir do casamento. Augusto chega e antes dela ir
embora Lia pede para que Dora tire uma foto sozinha.
Namíbia, Não!
André é levado de um bar por policiais para a delegacia devido a uma nova medida provisória que
pretende deportar para países da África pessoas com “melanina acentuada”, uma vez que o Governo
corre o risco que ter que pagar uma indenização 900 bilhões de reais pelo uso de mão escrava.
André consegue fugir da delegacia e volta ao seu apartamento. Encontra seu primo Antônio, com
quem divide o apartamento, e explica a situação que não vão poder mais sair da casa enquanto
houver essa medida. Antônio não acredita, mas ao sair vê o porteiro sendo preso e volta ao
apartamento. Ambos assistem, pela janela e pela televisão, negros sendo presos. Os recursos do
apartamento (energia elétrica, comunicação) vão sendo cortados. André se convence de ir para
África e sonha com o apartamento sendo cercado por policiais que o invade e matam os dois. As
condições vão piorando e André tem um surto, começa a agredir Antônio e os dois brigam. A tensão
aumenta e Antônio se fecha em seus próprios pensamentos e não percebe seu primo morrendo por
asfixia. O Ministro da devolução chega ao apartamento de Antônio e o leva até o avião com destino
à Namíbia.