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Livro Eletrônico

Aula 02

Direito Processual Civil p/ Prefeitura de Capão da Canoa-RS


(Advogado) - Pós-Edital
Ricardo Torques

03867206066 - HENRIQUE OLIVEIRA FRIEDL


Ricardo Torques
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SUMÁRIO
1 - Considerações Iniciais ...................................................................................................................................... 2
2 - Competência Interna ....................................................................................................................................... 2
2.1 - Introdução............................................................................................................................................................. 2
2.2 – Classificação da competência .............................................................................................................................. 3
2.3 - Critérios ................................................................................................................................................................. 4
2.4 - Justiças Cíveis ........................................................................................................................................................ 7
2.5 - Competência Territorial no NCPC ....................................................................................................................... 10
2.6 – Método para Identificar o Juízo Competente..................................................................................................... 18
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2.7 - Modificação da Competência ............................................................................................................................. 18
2.8 - Incompetência..................................................................................................................................................... 24
2.9 - Conflito de Competência ..................................................................................................................................... 27
3 - Cooperação Nacional ..................................................................................................................................... 28
4 - Lista de Questões .......................................................................................................................................... 29
4.1 – Lista Questões sem Comentários ....................................................................................................................... 29
4.2 – Gabarito ............................................................................................................................................................. 66
4.3 – Lista Questões com Comentários ....................................................................................................................... 67
5 - Destaques da Legislação e Jurisprudência Correlata ...................................................................................... 151
6 - Considerações Finais.................................................................................................................................... 156

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COMPETÊNCIA
1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Na aula de hoje vamos estudar os arts. 42 ao 69 do NCPC. Veremos o tema competência. Passaremos
pela análise teórica da competência, competência no âmbito interno e Cooperação Nacional.
Boa aula a todos!

2 - COMPETÊNCIA INTERNA

2.1 - INTRODUÇÃO

Vimos que a competência é a capacidade de exercer a jurisdição.


A jurisdição, como parcela do Poder Estatal, é a capacidade genérica de dizer o direito de forma
definitiva. A competência, por sua vez, retrata essa capacidade aplicada ao caso concreto.
Ao passo que a jurisdição é um poder nacional para dizer o direito, a competência é o exercício dessa
jurisdição no caso concreto. Assim, enquanto todos os magistrados possuem jurisdição, apenas um
deles será competente para resolver determinado caso.
Estudar a competência interna, portanto, é desvendar quem é o juiz concretamente competente.
Portanto, a finalidade principal da competência é organizar o sistema judiciário brasileiro,
atribuindo a diferentes juízes a jurisdição no caso concreto.
Nesse contexto, prevê o art. 42, do NCPC:
Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, RESSALVADO
às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
O NCPC não aborda a competência nos processos que não tratam de causas cíveis, excluindo,
portanto, aos processos criminais.
Além disso, dentro dos processos de natureza cível que seguem a distribuição de competência do
NCPC, devemos excluir o processo do trabalho, que possui disciplina própria, e os casos que
envolvem a arbitragem, equivalente jurisdicional que observa a disciplina da Lei nº 9.307/1996.
No art. 43, temos a disciplina do momento em que é determinada a competência, ou seja, o exato
momento em que a jurisdição brasileira deixa de ser genérica, para atribuir especificamente a
competência a determinado magistrado. Esse momento é o do registro ou da distribuição da petição
inicial. Ocorrido o registro ou a distribuição, temos a perpetuação da competência.
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, SALVO quando
suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.

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O artigo acima traz uma ressalva importante. Nos casos de supressão do órgão judiciário ou de
alteração da competência absoluta há incompetência superveniente. Essas duas hipóteses
constituem exceção à regra da perpetuação da competência.
Assim:

fixada, decorre a perpetuação da


regra
competência
FIXAÇÃO DA
COMPETÊNCIA -
registro ou distribuição
da petição supressão do órgão judiciário

exceção

alteração da competência absoluta

O art. 44 define quais são as normas aplicáveis à tarefa administrativa de distribuir e de organizar o
exercício da jurisdição. A delimitação da competência não é algo simples, pois passará pela:
 Constituição Federal, que traz as balizas gerais de distribuição da competência. Temos, na CF, a partir do
art. 92, disciplina expressa da organização do Poder Judiciário Brasileiro.
 tratados internacionais, que podem ser aplicados em determinadas hipóteses tal como vimos na parte da
jurisdição internacional.
 legislação federal, que traz um complexo de normas infraconstitucionais disciplinadoras da competência.
Evidentemente que o principal exemplo aqui é o NCPC. Contudo, além dele, temos a aplicação de vários
diplomas específicos como, a Lei de Ação Civil Pública, a Ação Popular, as leis dos Juizados Especiais, o Código
de Defesa do Consumidor, entre outros.
 legislação estadual, a abranger tanto a Constituição dos Estados, que definem parâmetros para competência
dos Tribunais de Justiça, como, por exemplo, a delimitação do foro por prerrogativa de função e nas
denominadas leis de organização judiciária, que distribuem a competência do Estado entre as Comarcas e
Varas.
Veja, agora, o dispositivo:
Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas
normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no
que couber, pelas constituições dos Estados.
Estabelecidas essas premissas iniciais, vamos estudar as regras de competência.

2.2 – CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA

Vamos iniciar com duas classificações simples, mas que evitam confusões terminológicas.
 competência de foro X competência do Juízo

COMPETÊNCIA DO FORO (TERRITORIAL) COMPETÊNCIA DO JUÍZO

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Uma vez definido o local, deve-se perquirir qual é o Juízo


O foro deve ser compreendido como o local em que o
competente, ou seja, qual, dentre os vários juízes do
magistrado exerce sua competência.
foro, é concretamente competente.

 competência originária X competência derivada

COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA COMPETÊNCIA DERIVADA

Define o órgão jurisdicional para conhecer o processo Estabelece a reponsabilidade de julgar recursos a partir
pela primeira vez. da decisão do órgão originariamente competente.

 competência relativa X competência absoluta

COMPETÊNCIA ABSOLUTA COMPETÊNCIA RELATIVA

Estabelece regras de competência a partir do interesse Fixa regras de competência a partir do interesse
público. particular.

Essa distinção a partir do interesse gera importantes consequências no processo, notadamente em


relação às hipóteses de incompetência. Mais adiante vamos aprofundar a análise da distinção entre
competência absoluta e relativa.

2.3 - CRITÉRIOS

Para a fixação dessa competência, de forma sistematizada, temos três critérios: o objetivo, o
funcional e o territorial. Em todos os processos esses critérios serão verificados.
O critério objetivo, por sua vez, distingue-se em razão da matéria, da pessoa ou do valor.
Assim:

em razão da matéria

objetivo em razão da pessoa

CRITÉRIOS funcional em razão do valor

territorial

Vamos estudá-los?! A finalidade desses critérios é estabelecer uma forma sistemática e prática de
identificação da competência, a partir do emaranhado de normas que temos.

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2.3.1 - Critério objetivo

O critério objetivo leva em consideração a demanda apresentada. Desse modo, o estudo dos
elementos da ação, anteriormente feito, é relevante. Você está lembrado?
ELEMENTOS DA
AÇÃO

Partes Pedido Causa de pedir

Do estudo desses elementos são extraídos três subcritérios:


 competência em razão da pessoa (que leva em consideração o elemento partes)
Nesse caso, devido à qualidade da parte envolvida na relação processual temos a fixação da
competência. É o que ocorre, por exemplo, quando a Fazenda Pública é parte nas ações ou, ainda,
nas hipóteses em que determinadas pessoas, em razão do cargo que ocupam, possuem foro por
prerrogativa.
No caso de ações originárias que iniciam diretamente perante os tribunais, conforme previsto no
art. 102 (na competência do STF) e no art. 105 (na competência do STJ), ambos da CF, a competência
será em razão da pessoa.
 competência em razão da matéria (que leva em consideração a causa de pedir)
Nesse caso, a competência é definitiva em razão da natureza jurídica controvertida. Por exemplo,
matérias que envolvam direito de família ou a fixação da competência da Justiça Federal, cuja
competência é definida no art. 109 da CF.
 competência em razão do valor da causa (que leva em consideração o pedido)
Aqui o critério define a competência a partir do valor atribuído pela parte à causa. A depender do
valor, o processo poderá tramitar perante o Juizado Especial Cível, perante o Juizado Especial Federal
ou perante o Juizado Especial de Fazenda Púbica.
No primeiro caso, a parte poderá optar por ingressar perante o Juizado, ou não, e o limite do valor
é de 40 salários mínimos. No caso dos Juizados Especiais Federais e de Fazenda Pública, o limite é de
60 salários mínimos e o critério de competência é obrigatório.
Nesses processos que tramitam perante as varas de Fazenda Pública ou Juizados Especiais Federais
temos, portanto, uma exceção ao critério relativo da competência territorial, de forma que parte da
doutrina classifica essa situação de competência funcional. Mas, na realidade, nada mais é do que a
utilização do valor da causa como critério absoluto.
Assim:

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Juizado Especial 40 salários


Lei nº 9.099/1995 facultativo
Cível mínimos

Juizado Especial 60 salários


Lei nº 10.259/2001 obrigatório
Federal mínimos

Juiz Especial de 60 salários


Lei nº 12.153/2009 obrigatório
Fazenda Pública mínimos

Não obstante esses Juizados, é possível que a lei estadual fixe outros critérios de distribuição de
competência a partir do valor da causa.
Desses três subcritérios, os dois primeiros são absolutos, o último é relativo. Portanto, atenção:

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA
absoluta
PESSOA

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA
absoluta
MATÉRIA

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO
relativa
VALOR

No caso da competência em razão do valor, a parte poderá optar por ajuizar a ação perante a justiça
comum ou perante os juizados especiais, conforme estabelecido na legislação específica.

2.3.2 - Critério territorial

Cada órgão judicial tem delimitada a sua circunscrição, de modo que exercerá a jurisdição no caso
concreto dentro desses limites. Trata-se, também, de hipótese relativa de competência, conferindo
às partes a possibilidade de, em regra, derrogar tal competência pela vontade delas.
Embora haja legislação extravagante sobre o tema, o assunto é preponderantemente tratado entre
os arts. 42 a 63, do CPC. Eles servirão para definir, dentro da competência da justiça comum
estadual ou federal, onde a demanda será proposta.

2.3.3 - Critério funcional

No critério funcional são levados em consideração aspectos internos do processo, relacionando-se


com as atribuições do magistrado na marcha processual. O critério funcional envolve a distinção
entre:

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 competência originária e recursal;


 competência de acordo com a fase do processo (conhecimento ou execução);
 competência em razão de assunção de competência, instituto próprio do CPC, que está previsto no art. 947;
 competência decorrente de arguição de inconstitucionalidade em controle difuso, disciplinada no CPC, art.
948.

2.4 - JUSTIÇAS CÍVEIS

A distribuição da competência no Brasil é efetuada a partir da Constituição, que atribui competência


ao STF no art. 102, ao STJ no art. 105, à Justiça Federal (arts. 108 e 109) e às “justiças especiais”
(eleitoral, militar e trabalhista).
Para nós interessa a distribuição de competência civil, razão pela qual não vamos aprofundar o
estudo da competência penal e, consequentemente, da Justiça Militar. Feita essa premissa, vamos
em frente!

2.4.1 - Justiça Eleitoral

A Justiça Eleitoral tem as regras de competência estabelecida no art. 121 da CF, que atribui à lei
complementar a responsabilidade para fixar a competência da Justiça Federal. Como essa lei não foi
editada, é utilizado o Código Eleitoral, lei ordinária recepcionada como lei complementar.
A definição da competência da Justiça Eleitoral é feita pela causa de pedir (os fundamentos de fato
e de direito), abrangendo o que envolver o sufrágio (eleições, plebiscito e referendos) e questões
político-partidárias.

2.4.2 - Justiça do Trabalho


Novamente com base na causa de pedir, será da competência da Justiça do Trabalho os processos
que envolverem as relações de trabalho, nos termos previstos no art. 114, da CF.

2.4.3 - Justiça Federal


A competência da Justiça Federal é assentada em dois elementos da ação: em razão das partes no
processo ou em razão da causa de pedir.
O critério mais comum é o da parte, em vista do que estabelece o art. 109, I, da CF, segundo o qual
é da competência da Justiça Federal processar e julgar ações que tenham como parte a União,
autarquias federais (por exemplo, INSS, IBAMA) e empresas públicas federais (por exemplo, Caixa
Econômica Federal e Correios).
É importante destacar que não compete à Justiça Federal o julgamento de ações de sociedades de
economia mista federal, como é o caso do Banco do Brasil e da Petrobrás.

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Além disso, temos, no art. 109, da CF, quatro exceções que, embora a parte seja a União, autarquia
federal ou empresa pública, o processo não será julgado perante a Justiça Federal. Essas mesmas
hipóteses estão disciplinadas expressamente nos inc. I e II, do art. 45, do NCPC.
São eles:
 matéria trabalhista (por exemplo, reclamatória trabalhista contra a Caixa Econômica);
 matéria eleitoral (por exemplo, autuação irregular efetuada pelo Correios no bojo de processo eleitoral
cível);
 falência e recuperação judicial; e
 acidente de trabalho típico, quando o INSS é parte.
Contudo, a competência da Justiça Federal poderá ser definida pela causa de pedir, por exemplo,
em ações fundadas na aplicação de tratados e de convenções internacionais. Aqui não interessa a
parte que está presente na ação, mas a causa de pedir, conforme se extrai da leitura do inc. III, do
art. 109, da CF:
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
Outro exemplo são as demandas que envolvem a disputa sobre direitos indígenas. Veja:
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
XI - a disputa sobre direitos indígenas.
Para finalizar o tópico, resta estudar os §§, do art. 45, do NCPC.
Ocorre, na prática, a situação de muitos processos iniciarem perante o poder judiciário estadual e,
em seu curso, ocorrer o ingresso de um ente público na demanda. Se houver intervenção da União,
de autarquia ou de empresas públicas federais, o processo deverá ser remetido à Justiça Federal
para avaliar se há, ou não, interesse da União.
Por exemplo, no processo entre dois particulares, se a União tentar o ingresso relatando possuir
interesse na causa, o magistrado da Justiça Comum deverá encaminhar o processo para o juiz federal
para deliberar se há, ou não, competência.
Se o magistrado federal entender que há competência do ente federal, esse ente se tornará parte
interessada e o processo será conduzido perante a Justiça Federal. Se o magistrado federal entender
que o processo não é da competência da Justiça Federal, determinará a exclusão do ente federal e
fará a devolução dos autos para julgamento perante o poder judiciário comum.
Ao retornar o processo, o magistrado estadual não poderá suscitar o conflito de competência.
Veja o dispositivo do NCPC:
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se
nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização
de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.

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§ 1o Os autos NÃO serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o
qual foi proposta a ação.
§ 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar
qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas
ou de suas empresas públicas.
§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença
ensejou a remessa for excluído do processo.
Ainda, a simples intervenção da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal é o
suficiente para a remessa dos Autos à Justiça Federal. É exatamente nesse sentido, a Súmula STJ
150, segundo a qual “compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que
justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas”.
Os §§ 1º e 2º tratam dos pedidos cumulados. Quando houver mais de um pedido e um deles envolver
matéria de competência de outro juízo, o processo será extinto em relação àqueles conteúdos que
devem ser analisados da Justiça Federal, prosseguindo o processo tão somente em relação às partes
cuja competência é estritamente da Justiça Estadual.
Com isso, encerramos o estudo das regras relativas à Justiça Federal.

2.4.4 - Justiça Comum


A competência da justiça estadual é determinada por exclusão. Se não for da competência das
“justiças especiais” ou da Justiça Federal, será atribuída ao poder judiciário comum estadual.
Para encerrar, vamos tratar de um ponto específico que envolve a delegação de competência
material. Isso acontece excepcionalmente e a competência será delegada à Justiça Comum dada a
capilaridade desse órgão judicial.
São duas as hipóteses de delegação:
1ª hipótese: assunção da competência da Justiça Federal (art. 109, §3º, da CF)
Nos foros onde não houver vara da Justiça Federal, os juízes estaduais serão competentes para julgar os
processos relacionados a benefícios previdenciárias de segurados ali domiciliados, a ser ajuizada contra o INSS.
Além disso, prevê o art. 109, §3º, da CF, que poderá ser editada uma lei federal para ampliar a competência
da Justiça Estadual delegada da Federal desde que não haja vara federal na comarca.
2ª hipótese: assunção da competência da Justiça do Trabalho (art. 112, da CF)
Nos casos em que não houver vara do trabalho no local de residência do trabalhador, será possível ajuizar a
reclamatória perante o juiz estadual. Trata-se de procedimento que busca proporcionar o acesso à Justiça ao
trabalhador, dada a capilaridade da Justiça Comum estadual.
Veja o dispositivo da CF:
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição,
atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

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2.5 - COMPETÊNCIA TERRITORIAL NO NCPC

O art. 46, do NCPC, afirma a regra clássica de distribuição de competência quando envolver questões
de direito pessoal e de direito real fundada em bens móveis. A regra é a competência do foro do
domicílio do réu.
Veja:
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no
foro de domicílio do réu.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no
foro de domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do
autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à
escolha do autor.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for
encontrado.
Podemos esquematizar esse dispositivo de duas formas: ações fundadas em direito pessoal ou
direito real sobre bens móveis em geral e execuções fiscais.

Ações de direito pessoal ou direito real


sobre bens móveis

REGRA ESPECIFICIDADES

não tiver
foro do 2 réus com
mais de um domicílio incerto domicílio ou
domicílio do domicílios
domicílio ou desconhecido residência no
réu diferentes
Brasil

qualquer
onde for
qualquer um domicílio do domicílio do deles, à
encontrado
deles autor autor escolha do
OU
autor

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As Execuções fiscais
serão ajuizadas no
foro

no de sua no do lugar onde


de domicílio do réu;
residência; ou for encontrado.

Na sequência, o art. 47, do NCPC, estabelece competência para as ações fundadas em direito real e
possessória imobiliária, devendo seguir, em regra, o foro de situação da coisa (forum rei sitae)
Confira:
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio NÃO recair sobre direito
de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.
A regra é de competência territorial absoluta. Contudo, existem alguns tipos de contrato que
envolvem direito obrigacional, a exemplo da ação de rescisão de contrato com reintegração de
posse. Trata-se de ação que não é tipicamente real ou possessória, mas obrigacional. A essência da
lide é o descumprimento do contrato, muito embora, derivado desse conflito, haja a necessidade de
tratar da posse. Nesses casos, entende-se que é válida a opção pelo foro do domicílio do réu ou pelo
foro de eleição.
De toda forma, temos duas regras de competência absoluta que observam o foro da situação da
coisa:
1ª regra: no caso de direito de propriedade, de vizinhança, de servidão, de divisão e demarcação de terras e
de nunciação de obra nova.
2ª regra: no caso de ação possessória imobiliária.

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Ações fundadas em direito real sobre imóveis DEVEM SER AJUIZADAS NO FORO DA
SITUAÇAO DA COISA

competência relativa competência


(EXCEÇÃO) absoluta (REGRA)

domicílio do réu direito de propriedade, de vizinhança, de servidão, de ação


ou foro de divisão e demarcação de terras e de nunciação de possessória
eleição obra nova imobiliária

Veja como o assunto pode ser cobrado em prova:

(TJ-DFT/2015/adaptada) Julgue o item seguinte, com base no que dispõe o Código de Processo
Civil (CPC) a respeito de competência, intervenção de terceiros, liquidação de sentença e
capacidade postulatória.
Situação hipotética: Carolina propôs na Circunscrição Judiciária de Brasília ação reivindicatória
contra Júlia, domiciliada em Brasília – DF, com a finalidade de discutir a propriedade de imóvel
localizado em Goiânia – GO. Assertiva: Nesse caso, o juiz deve declinar de sua competência de
ofício, independentemente de oferecimento de resistência pela parte interessada.
Comentários
Está correta a assertiva, competindo ao juiz declinar da competência. Trata-se de ação que
discute propriedade. Nesse caso, a ação deve ser necessariamente ajuizada no foro de situação
da coisa, pois o §1º, do art. 47 no NCPC, torna a regra relativa em absoluta quando a
competência territorial fizer referência a direito de propriedade (caso da questão), direito de
vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
Sigamos!
No art. 48, temos a disciplina das regras relativas à sucessão causa mortis, que observa, em regra, o
foro do domicílio do falecido (de cujus). Ao contrário do CPC73, o NCPC prevê as seguintes regras
sucessivas para essas ações:
1ª regra: o último domicílio do falecido;
2ª regra: se não tiver domicílio certo, será o local da situação dos bens imóveis;
3ª regra: se tiver bens em domicílios em vários locais, poderá ser juizado em qualquer foro;

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4ª regra: se não tiver domicílio, nem bens imóveis, a ação poderá ser ajuizada em qualquer local dos bens
móveis do espólio.
Assim, o local do óbito, portanto, torna-se irrelevante para o NCPC.
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.

Assim, na sucessão causa mortis:

1ª regra - o último domicílio do falecido

2ª regra: local da situação dos bens imóveis.

3ª regra: qualquer foro que possua bens imóveis.

4ª regra: local dos bens móveis do espólio.

No art. 49, temos a disciplina da competência na ação em que o réu for ausente. Nesse caso, dada a
possibilidade de decretação de morte presumida, à semelhança do que temos no foro para a
sucessão, a ação deverá ser proposta perante o foro do seu último domicílio.
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente
para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.
Para a prova:

AÇÃO CONTRA RÉU AUSENTE foro do seu último domicílio

No art. 50, do NCPC, está fixo o foro do domicílio do representante ou do assistente para ações que
o incapaz for réu.

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Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.
O art. 51, do NCPC, reproduz o que nós temos no art. 109, §§ 1º e 2º, da
CF, a respeito da competência da Justiça Federal, ao determinar que:
 nas ações ajuizadas pela União, o foro competente será o domicílio do réu; e
O autor deve ajuizar a demanda no foro que abrange o seu domicílio, ainda que não haja órgão da Justiça
Federal naquela cidade. Por exemplo, se na localidade não houver órgão jurisdicional federal, a ação será
proposta perante a Vara Estadual que é responsável territorialmente por aquela localidade.
 nas ações ajuizadas contra a União, o jurisdicionado tem quatro possibilidades:
a) foro do domicílio;
b) no local do ato ou fato;
c) no foro da situação da coisa; ou
d) no Distrito Federal.
Veja o dispositivo:
Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União.
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no
de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.
O art. 52 é outra novidade no NCPC e aborda as ações que envolverem Estado da Federação ou o
Distrito Federal. De acordo com dispositivo, é competente o foro do domicílio do réu nas ações em
que o Estado ou o Distrito forem autores. Agora, quando o Estado ou Distrito Federal forem
demandados, a competência será do foro do domicílio do autor, do foro de ocorrência do ato ou
fato que originou a demanda, do foro da situação da coisa ou do foro da capital do respectivo ente
federado.
Veja:
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de
domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na
capital do respectivo ente federado.
Pergunta-se:

Qual a distinção da regra de competências das ações propostas contra a União e contra o
Estados e Distrito Federal?

NENHUMA! São as mesmas regras!


Assim...

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COMPETÊNCIA PARA JULGAR AÇÕES ENVOLVENDO A UNIÃO, ESTADOS-MEMBROS E DISTRITO FEDERAL

Se os entes públicos Se os entes públicos forem réus


forem autores

no Distrito Federal
no local do ato ou no foro da situação
domicílio do réu foro do domicílio; (apenas em relação
fato; da coisa; ou
à União).

Para finalizar as regras relativas à competência territorial, vamos estudar o art. 53, do NCPC. Esse
dispositivo fixa a competência no caso dos hipossuficientes. Ele elege a parte mais fraca da relação
processual e estabelece a competência com vistas a proteger o hipossuficiente. Além disso, esse
dispositivo traz algumas hipóteses específicas.
Veja:
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união
estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
A competência para ação de divórcio, de separação, de anulação de casamento e de reconhecimento
de união estável observa o foro do incapaz. Se não houver filho incapaz, será competente o último
domicílio do casal e, no caso de residirem em locais diferentes do último domicílio, segue a regra
padrão do domicílio do réu.
Assim:

AÇÃO DE DIVÓRCIO, SEPARAÇÃO, ANULAÇÃO DE CASAMENTO E


RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL

•1º - domicílio do responsável pelo incapaz (que coincide, em regra, com o domicílio do incapaz);
•2º - não havendo, último domicílio do casal; e
•3º - se residirem em domicílios distintos do domicílio do casal, a competência será do foro do
domicílio do réu.

No inc. II, temos o domicílio de residência do alimentando quando envolver ação de alimentos.
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
No caso do incs. III a IV, temos algumas regras específicas, cuja leitura atenta se faz necessária:
III - do lugar:

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a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;


b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do
ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículos, inclusive aeronaves.
Resumindo todo o art. 53, do CPC, temos:

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AÇÃO DE DIVÓRCIO, SEPARAÇÃO, ANULAÇÃO DE CASAMENTO E


RECONHECIMENTO OU DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL

•1º - domicílio do responsável pelo incapaz (que coincide, em regra, com o domicílio do incapaz);
•2º - não havendo, último domicílio do casal; e
•3º - se residirem em domicílios distintos do domicílio do casal, a competência será do foro do
domicílio do réu.

AÇÃO DE ALIMENTOS

•domicílio ou residência do alimentando

AÇÃO EM QUE A RÉ FOR A PESSOA JURÍDICA

•foro do lugar da sede ou da filiação/sucursal em relação às obrigações assumidas

AÇÃO CONTRA SOCIEDADE/ASSOCIAÇAO SEM PERSONALIDADE

•foro do lugar onde exerce suas atividades

AÇÃO DE CUMPRIMENTO

•foro do lugar onde obrigação deve ser satisfeita

AÇÕES DO ESTATUTO DO IDOSO

•foro da residência do idoso

AÇÕES CONTRA CARTÓRIO

•foro da sede da serventia notarial ou de registro

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANO

•do lugar do ato ou fato para a ação

AÇÃO CONTRA ADMINISTRADOR OU GESTOR DE NEGÓCIOS ALHEIOS

•do lugar do ato ou fato para a ação

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANO SOFRIDO EM RAZÃO DE DELITO OU


ACIDENTE DE VEÍCULOS, INCLUSIVE AERONAVES

•foro do domicílio do autor ou do local do fato

Finalizamos, assim, mais um ponto muito relevante!

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2.6 – MÉTODO PARA IDENTIFICAR O JUÍZO COMPETENTE

Existem vários métodos criados para a identificação da competência. Esses métodos trilham um
caminho que deve ser observado para determinar exatamente qual é o Juízo competente. Vamos
utilizar um dos métodos sugeridos por Fredie Didier Jr. 1:

a) verificar se a justiça brasileira é competente para julgar as causas


(arts. 21 a 23, do NCPC);

b) se for, investigar se é caso de competência originária de Tribunal ou


de órgão jurisdicional atípico (Senado Federal – art. 52, I e II, da CF;
Câmara dos Deputados – art. 51, da CF; Assembleia Legislativa
estadual para julgar governador de Estado)

c) não sendo o caso, verificar se é afeto à justiça especial (eleitoral,


trabalhista ou militar) ou à justiça comum;

d) sendo competência da justiça comum, verificar se é da justiça


federal (arts. 108 e 109, da CF), pois, não sendo, será residualmente
da estadual;

e) sendo da justiça estadual, deve-se buscar o foro competente,


segundo os critérios do CPC (competência absoluta e relativa,
material, funcional, valor da causa e territorial); f) determinado o foro
competente, verifica-se o juízo competente, de acordo com o sistema
do CPC (prevenção, p. ex.) das normas de organização judiciária.

Sigamos!

2.7 - MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA

De acordo com Fredie Didier Jr.2:

1
DIDER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil: introdução ao Direito Processual Civil, Parte Geral e Processo de
Conhecimento. Vol. 1, 18ª edição, rev., ampl. e atual., Bahia: Editora JusPodvim, 2016, p. 214.
2
DIDER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil: introdução ao Direito Processual Civil, Parte Geral e Processo de
Conhecimento. Vol. 1, 18ª edição, rev., ampl. e atual., Bahia: Editora JusPodvim, 2016, p. 225.

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Dar-se-á a modificação de competência ou prorrogação de competência quando se amplia a esfera de


competência de um órgão judiciário para conhecer certas causas que não estariam, originariamente,
compreendidas em suas atribuições jurisdicionais. Só há modificação da competência relativa.
Portanto, antes de iniciar, duas regras são fundamentais...

na modificação de competência...

•um Juiz que não era originariamente competente passará a ser;


•isso somente é possível quando se tratar de competência relativa.

Vamos retomar o princípio da perpetuatio jurisdicionis, que está posto no art. 43, do NCPC. Trata-se
de dispositivo relevante para a estabilização do processo com a fixação da competência. Assim,
desde que respeitadas as regras de distribuição de competência que estudamos, o juízo para o qual
foi distribuído o processo se perpetua para o julgamento da lide.
Dito de outro modo, o juiz para o qual foi encaminhado o feito, desde que corretamente, será
competente até o final do processo. Por exemplo, as partes ajuízam uma ação para discutir
determinado direito pessoal, hipótese que deve observar o foro do domicílio do réu. O réu, contudo,
no curso da ação, decide mudar de residência. Essa mudança de domicílio não traz consequências
para o processo, em vista da perpetuação da competência.
Há, todavia, algumas exceções que implicam a prorrogação de competência, denominadas de causas
modificativas de competência. Duas delas já analisamos no art. 43, outras serão estudadas aqui!
A prorrogação de competência ocorre em razão da:
 supressão do órgão judiciário (art. 43, do NCPC);
É o que ocorre quando a lei de organização judiciária de determinado Estado decide pela agregação
de determinada vara. Se isso ocorrer, a competência que antes era da vara agregada passará a ser
da vara que agregou a competência.
 alteração da competência absoluta (art. 43, do NCPC);
Por exemplo, é o caso de criação de varas especializadas em determinada Comarca. Isso fará com
que os processos especializados sejam concentrados na nova Vara criada, que receberá os processos
em cursos e remeterá os processos que não são da matéria específica às demais varas.
Agora, confira o art. 54, do NCPC, que introduz o que será abordado na sequência:
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto
nesta Seção.
 conexão (art. 55, do NCPC) e continência (arts. 56 e 57, ambos do NCPC);

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Na conexão e na continência ocorre uma identidade parcial dos elementos da ação. Se em


determinado processo forem identificadas as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo
pedido haverá identidade na demanda (identidade total), ocorrerá a litispendência, que implica a
extinção do processo sem julgamento do mérito dos processos litispendentes.
Assim:

IDENTIDADE

parcial total

hipótese consequência hipótese consequência

extinção do
conexão continência reunião litispendência processo
litispendente

Assim, no caso de identidade parcial dos elementos da demanda – em que decorre a conexão e
continência – haverá a reunião do processo, com a finalidade de que tenhamos uma uniformidade
decisória e que sejam aproveitadas as provas. É justamente em razão da reunião das causas que
verificamos uma exceção à regra da perpetuação da jurisdição, com a modificação da competência.
Feita essa análise, vamos estudar ambos os institutos.
A conexão ocorre quando forem comuns o pedido ou a causa de pedir. Contudo, para que seja
verificada, não é necessário que haja correspondência exata desses elementos, interessando a
identidade da relação material e a conveniência da reunião dos processos a serem julgados
conjuntamente (critério materialista de conexão).
Por exemplo, é o caso de uma execução de cheque e outra ação anulatória do mesmo título de
crédito. Nesse caso, não há formalmente o mesmo pedido e a mesma causa de pedir, muito embora
haja uma prejudicialidade no julgamento da anulação em relação à execução do cheque. Não faz
sentido falar em executar o cheque se o documento for considerado nulo.

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Veja:

causa de pedir:
execução de cheque pedido: execução existência do
cheque

causa de pedir:
anulação anulatória pedido: anulação existência de fraude
do cheque

Portanto, pelo critério materialista, justifica-se a reunião pela conexão.


Além disso, quando envolver várias execuções pautadas no mesmo título executivo, determina-se a
reunião por conexão.
Confira:
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, SALVO se um deles já houver sido
sentenciado.
§ 2o Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões
conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
O §3º destaca que a finalidade da conexão é evitar a prolação de sentenças conflitantes ou
contraditórias, ainda que não haja, entre os processos, conexão em sentido formal (identidade exata
entre pedido e causa de pedir).
Para fins de prova...

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Identidade da relação material, ainda


que o pedido ou a causa de pedir não
sejam idênticos, porém semelhantes.

Hipóteses

Execuções fundadas no mesmo título


executivo.
CONEXÃO (identidade da
causa de pedir e do pedido)

Reunião, exceto se um processo já


Consequência
estiver sido julgado.

A continência, por sua vez, assemelha-se à litispendência, pela proximidade dos elementos da ação.
Contudo, não implica a extinção do processo, mas a reunião. Na continência, há identidade entre as
partes, causa de pedir, mas o pedido de uma é mais amplo que o da outra.
Por exemplo, ação de indenização da passagem por perda do voo por culpa da empresa de aviação
aérea e ação de lucros cessantes de perdas e danos em razão dos prejuízos pelo voo perdido. Nesse
caso, como o pedido da segunda ação é mais amplo que o pedido da primeira e os elementos da
demanda são próximos, haverá a reunião dos processos, para julgamento conjunto.
Confira os arts. 56 e 57, ambos do NCP:
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa
de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo
à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas.
O art. 57 é relevante, pois determina que a junção dos processos ocorrerá apenas quando o pedido
mais amplo for ajuizado posteriormente. No caso do exemplo, se a parte tiver ajuizado a ação de
lucros cessantes e perdas e danos já terá englobado a restituição da passagem. Assim, se a parte
ajuizar a referida ação de indenização ela será extinta sem julgamento de mérito, por continência.
Para finalizar:

E qual será o Juiz competente para julgar as ações conexas ou contingentes?

Os arts. 58 e 59, do NCPC, fixam que a reunião ocorrerá no juízo prevento, ou seja, define-se a
competência pela propositura da ação, no momento em que houver registro ou distribuição da
petição inicial. O Juízo prevento será aquele que primeiro atuar no processo.
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas
simultaneamente.

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Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.


Vejamos, ainda, uma hipótese constitucional de modificação de competência:
 incidente de deslocamento de competência (art. 109, §5º, da CF);
Estabelece esse dispositivo que nos casos de grave violação a direitos humanos, a fim de assegurar
o cumprimento das obrigações assumidas em tratados internacionais de direitos humanos, é
possível ao PGR que requeira perante o STJ o deslocamento do processo da Justiça estadual para a
Justiça federal.
 foro de eleição
Ocorre também a modificação da competência por intermédio do foro de eleição. Para a eleição do
foro devem ser observadas algumas regras que constam do art. 63, do NCPC.
Assim...

FORO DE ELEIÇÃO

•A regra deve constar de instrumento escrito e se referir expressamente a determinado negócio


jurídico específico
•O foro contratual se transmite ao herdeiros e sucessores das partes contratantes
•Se abusiva a cláusula de eleição de foro, poderá ser reputada ineficaz pelo magistrado, com
determinação de remessa dos Autos ao foro de domicílio do réu.
•Se não declarada abusiva pelo magistrado de ofício, cabe à parte alegar a abusividade na
contestação, sob pena de preclusão.

Vejamos a literalidade do art. 63:


Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será
proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a
determinado negócio jurídico.
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz,
que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de
preclusão.
Para encerrar o tópico, vamos analisar objetivamente os arts. 60 e 61, todos do NCPC, que trazem
algumas regras específicas.
 O art. 60 estabelece que, aos imóveis situados em mais de um Estado, uma comarca, uma seção
ou uma subseção judiciária, aplica-se a regra de prevenção (registro ou distribuição da petição
inicial) para fixação da competência.
Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária, a
competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel.

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 O art. 61, do NCPC, fixa a regra de que a ação acessória segue a ação principal no que diz respeito
à fixação da competência:
Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal.

2.8 - INCOMPETÊNCIA

Estudamos na parte relativa à classificação da competência, a distinção entre competência absoluta


e competência relativa, quando observamos que o critério determinante é o interesse envolvido.
Se esse interesse for privado, a competência é relativa; se público, a competência é absoluta. Aqui,
à luz dos arts. 64 e 65, do NCPC, vamos tratar das principais consequências e efeitos dessa
classificação.

COMPETÊNCIA ABSOLUTA COMPETÊNCIA RELATIVA

Fixa regras de competência a partir do interesse


particular.
Estabelece regras de competência a partir do interesse Por exemplo, quanto o NCPC estabelece que nas ações
público. de alimentos que a competência é no domicílio do
alimentando, a finalidade normal é proteger um
Por exemplo, a competência para julgamento de
interesse particular. Assim, caso a parte não deseje tal
‘impeachment’ é absoluta, pois há interesse público
proteção, poderá ajuizar a demanda conforme a regra,
nessa lide.
no caso, no domicílio do réu.
Do mesmo modo, a distinção entre Justiça Federal, do
Outro exemplo relevante é o caso das ações que, em
Trabalho, Eleitoral entre outras, tem por finalidade o
razão do valor da causa, tramitam perante o Juizado
interesse público de bem gerir a administração da
Especial. Nesse caso, pretende proteger o interesse de
Justiça, de forma que, constituem, também, hipóteses de
quem vai a juízo buscar tutela de valores menores. Em
competência absoluta. Além disso, propicia melhor
razão disso, propicia o Poder Judiciário um
especialização das atividades judiciárias.
procedimento célere, simplificado e informal. Caso a
parte decline desse interesse, ela poderá ajuizar a ação
ordinariamente.

Deve ser alegada pelo réu em preliminar de


A incompetência absoluta deve ser alegada em contestação, sob pena de precluir e, em decorrência,
preliminar de contestação. Contudo, a incompetência prorrogar a competência.
poderá ser alegada a qualquer tempo, por qualquer Agora, a incompetência relativa será feita em preliminar
uma das partes. em contestação, NÃO existindo mais a exceção de
incompetência.

Pode ser reconhecida de ofício. NÃO pode ser reconhecida de ofício.

NÃO pode ser alterada por vontade das partes. As partes têm a prerrogativa de eleger o foro.

NÃO admite conexão e continência. Admite conexão e continência.

NÃO pode ser alterada por conexão ou continência. Pode ser modificada por conexão ou continência.

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Abrange as regras de competência territorial e


competência sobre o valor da causa.

Abrange as regras e a fixação da competência material, Bom frisar que isso é a regra, mas na disciplina específica
em razão da pessoa e funcional. de competência, se verificada a defesa do interesse
público, a competência será absoluta. Fala-se, portanto,
em competência territorial absoluta e em competência
valorativa absoluta.

Se houver violação à regra de competência absoluta, são preservados os atos decisórios, pois, embora não haja
competência, há jurisdição, os atos são preservados até a análise pelo juiz efetivamente competente.
Primeiramente, é importante destacar que o NCPC adotou um sistema que tem por finalidade conservar os efeitos
do que foi decidido, ainda que o juiz seja declarado incompetente (translatio iudicii).
Por exemplo, determinado juiz é declarado incompetente devido a uma regra de competência absoluta. Em razão
disso, determina-se a remessa dos autos ao Juiz competente para julgá-la, conforme as regras de distribuição.
Segundo a sistemática do “translatio iudicii”, os efeitos materiais e processuais daquele processo permanecem
válidos, mesmo que proferidos por juiz incompetente. Esses efeitos somente deixarão de persistir, quando o
magistrado efetivamente competente analisar o assunto novamente.

Se a ação transitar em julgado é cabível a ação NÃO cabe ação rescisória, pois há prorrogação da
rescisória. competência.

Alteração superveniente da competência implica o Mudança superveniente de competência relativa não


deslocamento da causa para outro juízo. produz efeitos.

Quanto ao caráter absoluto ou relativo da competência, temos os arts. 62 e 63, caput, ambos do
NCPC:
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por
convenção das partes.
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será
proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
Ainda quanto ao quadro acima, temos o art. 64, do NCPC:
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada
de ofício.
§ 2º Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
§ 4º SALVO decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
O art. 65, por sua vez, estabelece a prorrogação da competência relativa:
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa SE o réu NÃO alegar a incompetência em preliminar de
contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.

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Confira uma questão:

(TRT23ªR/2014) Analise as proposituras abaixo e responda:


I) A Jurisdição é uma função do Estado, por meio da qual ele soluciona os conflitos de interesse
de forma coercitiva, aplicando a lei geral e abstrata aos casos concretos que lhe são
submetidos.
II) A Jurisdição possui como características a substitutividade, a definitividade, imperatividade,
inafastabilidade, a inércia e indelegabilidade.
III) Reconhecida a incompetência absoluta, deve o juiz remeter os autos ao juízo competente,
sendo nulos os atos decisórios praticados até então. Mesmo que a sentença transite em
julgado, a incompetência absoluta ensejará o ajuizamento de ação rescisória.
IV) A incompetência relativa deve ser arguida por meio de exceção de incompetência, no prazo
da contestação, sob pena de preclusão, contudo o juiz poderá declará-la de ofício, caso haja
prejuízo para quaisquer das partes.
V) As ações possessórias em regra são consideradas reais imobiliárias e a competência para
julgá-las é do foro de situação da coisa.
a) Apenas a propositura IV é falsa.
b) São verdadeiras apenas as assertivas I, II e V.
c) São verdadeiras apenas as assertivas II, III e V.
d) Apenas a propositura V é falsa.
e) As assertivas I e IV são corretas.
Comentários
O item I está perfeito e retrata o conceito clássico de jurisdição.
O item II também está correto, retratando características relevantes da jurisdição. Importante
registrar que a imperatividade é considerada por alguns como característica, dado o poder de
ser lei no caso concreto.
O item III está incorreto à luz do NCPC, conforme consta do §4º, do art. 64, exceto no caso de
decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
O item IV também está incorreto à luz do NCPC, pois a incompetência relativa deve ser arguida
em preliminar de contestação. Além disso, não poderá ser declarada de ofício.
O item V está correto conforme o art. 47, do NCPC.
Desse modo, está correta a alternativa B.

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2.9 - CONFLITO DE COMPETÊNCIA

Para encerrar definitivamente as regras relativas à distribuição de competência, vamos estudar o


art. 66, do NCPC, que trata do conflito de competência.
De acordo com a doutrina3, o conflito de competência é o fato de dois ou mais juízes se darem por
competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para o julgamento da mesma
causa ou de mais uma causa.
Portanto:

ambos os juízes reputam-


negativo
se incompetentes

CONFLITO DE
COMPETÊNCIA

ambos os juízes reputam-


positivos
se competentes

Importante destacar que não há conflito de competência se, entre os juízes, houver diferença
hierárquica. Por exemplo, suposto conflito entre juiz de direito de determinado estado e o Tribunal
de Justiça da mesma unidade da federação. Nesse caso, o magistrado de primeiro grau vincula-se à
decisão de segundo grau.
Essas duas hipóteses estão previstas nos incs. I e II, do art. 66, do NCPC. Contudo, temos, ainda, o
inc. III, que determina o conflito quanto restar controverso a possibilidade, ou não, de reunião ou
de separação de processos.
Veja:
Art. 66. Há conflito de competência quando:
I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, SALVO se a atribuir
a outro juízo.
Para encerrar, é importante observar que o conflito deve ser suscitado pelo magistrado que não
concordar com o juiz anterior, não acolhendo a competência declinada, exceto se ele remeter a ação
a um terceiro juiz. Esse terceiro poderá acolher a competência ou, se não concordar, deverá suscitar
o conflito.

3
DIDER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil: introdução ao Direito Processual Civil, Parte Geral e Processo de
Conhecimento. Vol. 1, 18ª edição, rev., ampl. e atual., Bahia: Editora JusPodvim, 2016, p. 239.

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Importante registrar que o julgamento do conflito de competência se dá pela autoridade judiciária


superior aos dois ou mais juízes conflitantes e será sempre um tribunal. Veja alguns exemplos:
 se o conflito for entre dois Juízes do mesmo estado → competência do TJ
 se o conflito for entre dois Juízes Federais do mesmo TRF → competência do TRF
 se o conflito for entre juízes estaduais de Estados distintos → competência do STJ
 se o conflito for entre juízes federais de TRFs distintos → competência do STJ
 se for conflito entre juiz estadual e juiz federal → competência do STJ

3 - COOPERAÇÃO NACIONAL
Para finalizarmos o conteúdo teórico pertinente à aula de hoje, vamos estudar a questão relativa à
cooperação nacional, estabelecida entre os arts. 67 e 69, do NCPC.
Os órgãos jurisdicionais devem atuar em cooperação recíproca na condução da atividade
jurisdicional, independentemente da instância ou se for da justiça estadual ou federal. É o que
estabelece o art. 67:
Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em todas as instâncias e
graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca cooperação, por meio de
seus magistrados e servidores.
Nesse contexto, podem ser praticados quaisquer atos processuais no exercício da cooperação,
conforme prevê o art. 68. Já o art. 69 estabelece alguns exemplos de atos que podem ser praticados
pela via da cooperação, sem a necessidade de maiores formalidades. Leia:
Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de QUALQUER ato processual.
Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de forma específica e
pode ser executado como:
I - auxílio direto;
II - reunião ou apensamento de processos;
III - prestação de informações;
IV - atos concertados entre os juízes cooperantes.
§ 1o As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime previsto neste Código.
§ 2o Os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão consistir, além de outros, no estabelecimento de
procedimento para:
I - a prática de citação, intimação ou notificação de ato;
II - a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos;
III - a efetivação de tutela provisória;
IV - a efetivação de medidas e providências para recuperação e preservação de empresas;
V - a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recuperação judicial;
VI - a centralização de processos repetitivos;

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VII - a execução de decisão jurisdicional.


§ 3o O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado entre órgãos jurisdicionais de diferentes ramos do
Poder Judiciário.
Com isso, encerramos o conteúdo teórico pertinente à aula de hoje.

4 – LISTA DE QUESTÕES

4.1 – LISTA QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

FCC

1. FCC/TRT-6/2018
Em relação às modificações de competência,
a) o foro contratual eleito pelas partes é personalíssimo e, portanto, não obriga os herdeiros
e sucessores das partes.
b) a determinada em razão da matéria, da pessoa ou do valor é inderrogável por convenção
das partes.
c) quando houver continência e a ação continente houver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
d) a abusividade da cláusula de eleição de foro deve ser alegada pela parte a quem aproveita,
não podendo ser examinada de ofício pelo juiz, salvo em relações consumeristas.
e) serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, desde que haja
conexão entre eles.

2. FCC/TRT-6/2018
Analise os enunciados a seguir, relativos à competência:
I. Argui-se exclusivamente, por meio de exceção, a incompetência relativa.
II. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
III. Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de
domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer
foro.
IV. Acolhida a alegação de incompetência absoluta, que se refere à matéria, à função e à
pessoa, o processo será extinto sem resolução do mérito, interrompida porém a prescrição.

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V. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.


Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e V.
b) I, III, IV e V.
c) I, II e IV.
d) II, IV e V.
e) II, III, IV e V.

3. FCC/DPE-AM/2018
Carlos e Vitória se casaram na cidade de Tabatinga (AM), onde residiram por cerca de três anos
e tiveram dois filhos. Há cerca de dois anos se mudaram para Tefé (AM). Em razão de
desentendimentos entre o casal, acabaram rompendo o relacionamento e, após a separação
de fato, Vitória se mudou para Parintins (AM), enquanto Carlos voltou com as crianças para a
sua cidade natal, Eurunepé (AM). O único imóvel do casal está situado na cidade de Manaus
(AM). Caso Carlos venha a ajuizar ação de divórcio, a competência territorial neste caso será
da Comarca de
a) Tabatinga.
b) Parintins.
c) Manaus.
d) Eurunepé.
e) Tefé.

4. FCC/PGE-AP/2018
No tocante à modificação da competência,
a) quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
b) caso a alegação de incompetência seja acolhida, o processo será sempre extinto sem
resolução do mérito, interrompida porém a prescrição.
c) a competência relativa poderá modificar-se pela conexão, litispendência ou pela
continência.
d) os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, mesmo que um deles
já tenha sido sentenciado.
e) a incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de
contestação; se relativa a incompetência pode ser alegada em qualquer tempo e grau de
jurisdição e deve ser declarada de ofício.

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5. FCC/MPE-PB/2018
Em relação à competência,
a) a ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio dele próprio ou do lugar
em que foi contraída a obrigação, desde que mais favorável ao incapaz.
b) é ela determinada no momento em que o juiz ordena a citação do réu.
c) a ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro de domicílio do autor.
d) o foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ressalvados
os casos de incompetência absoluta, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
e) nas ações em que o Estado for autor, o foro competente é sua Capital, podendo a ação ser
proposta no foro de domicílio do autor se o Estado for réu.

6. FCC/SEAD-AP/2018
Joaquim, com dezesseis anos de idade, assistido por sua mãe, Silvana, domiciliada em São
Bernardo do Campo-SP, celebrou, no Rio de Janeiro-RJ, com Fabrísio, domiciliado em Macapá-
AP, contrato de compra e venda de um relógio, pelo preço de R$ 3.000,00. Operou-se, então,
a tradição do bem, mas, injustificadamente, não se realizou o pagamento. Assim, considerando
que não houve eleição de foro, Fabrísio deverá propor contra Joaquim ação de cobrança do
preço no foro da comarca de
a) São Bernardo do Campo-SP ou Macapá-AP, à sua escolha.
b) Rio de Janeiro-RJ.
c) Macapá-AP.
d) São Bernardo do Campo-SP.
e) São Bernardo do Campo-SP, Macapá-AP ou Rio de Janeiro-RJ, à sua escolha.

7. FCC/SEF-SC/2018
Em relação à competência, é correto afirmar:
a) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença com resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
b) Independentemente de sua natureza, prorrogar-se-á se o réu não alegar a incompetência
em preliminar de contestação.
c) Caso a alegação de incompetência absoluta seja acolhida, o processo será sempre extinto
sem resolução do mérito; se for acolhida a alegação de incompetência relativa, os autos serão
remetidos ao juízo competente.

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d) Proposta a execução fiscal, a posterior mudança de domicílio do executado não desloca a


competência já fixada.
e) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é derrogável por
convenção das partes.

8. FCC/PGE-AP/2018
No tocante à modificação da competência,
(A) a incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de
contestação; se relativa a incompetência pode ser alegada em qualquer tempo e grau de
jurisdição e deve ser declarada de ofício.
(B) quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
(C) caso a alegação de incompetência seja acolhida, o processo será sempre extinto sem
resolução do mérito, interrompida porém a prescrição.
(D) a competência relativa poderá modificar-se pela conexão, litispendência ou pela
continência.
(E) os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, mesmo que um deles
já tenha sido sentenciado.

9. FCC/CLDF/2018
No que tange aos critérios de modificação de competência,
(A) a competência determinada em razão do território, pessoa ou função é derrogável por
convenção das partes.
(B) reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum pedido, as partes e a causa
de pedir.
(C) os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, ainda que um deles
já tenha sido sentenciado.
(D) a reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, ocorrendo a
prevenção com o oferecimento da contestação pelo réu.
(E) quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

10. FCC/TRT-15ªR/2018
É competente o foro

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(A) do domicílio do réu, somente, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito
ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
(B) do lugar da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por
ato praticado em razão do ofício.
(C) de domicílio do autor, exclusivamente, para as causas em que sejam autores Estado, Distrito
Federal ou União.
(D) de domicílio do autor ou do réu na ação em que este último for incapaz.
(E) de situação da coisa, sempre, para as ações fundadas em direito pessoal sobre bens móveis.

11. FCC/TRT-2ªR/2018
Sobre a competência, nos termos preconizados pelo Código de Processo Civil, é correto
afirmar:
(A) Após a consumação da citação do réu a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser
reputada ineficaz pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro do domicílio
do réu.
(B) Tramitando uma ação de recuperação judicial perante a justiça estadual, havendo
intervenção nos autos de uma empresa pública federal como terceiro interveniente, os autos
serão encaminhados imediatamente ao juízo federal competente.
(C) Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta, em regra,
no foro do domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta
obrigatoriamente em Brasília, na capital federal.
(D) A ação possessória imobiliária será proposta, em regra, no foro de situação da coisa, mas o
autor pode optar por demandar no foro do domicílio do réu.
(E) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

12. FCC/TRF-5ªR/2017
A ação de falência tramitando na Justiça Estadual
a) será remetida à Justiça Federal se a União for credora do falido, mas desde que tenha
habilitado o seu crédito na falência.
b) será remetida à Justiça Federal se a União for credora do falido, independentemente de ter
ou não habilitado o seu crédito na falência.
c) será remetida à Justiça Federal sempre que houver interesse jurídico da União, ainda que
não seja credora do falido.
d) não deve ser remetida à Justiça Federal, salvo se a União expressamente o requerer, e
houver a concordância do administrador judicial e do Ministério Público com o pedido.

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e) não deve ser remetida à Justiça Federal, nem mesmo se nela intervier a UniãoFCC/TRT-
RN/2018
Reinaldo move em face de Fernanda ação de execução fundada em título extrajudicial que é
objeto de ação anulatória contra ele ajuizada por Fernanda. Distribuídos a juízos distintos da
mesma comarca e ainda não sentenciados, esses processos
a) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele para o qual tiver
sido distribuída em primeiro lugar a petição inicial de qualquer uma das ações.
b) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele que houver
despachado em primeiro lugar qualquer uma das ações.
c) não deverão ser reunidos, pois entre eles não existe conexão.
d) somente serão reunidos se forem ajuizados embargos à execução, em relação aos quais se
estabelece conexão com a ação anulatória.
e) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele perante o qual
tiver sido aperfeiçoada a primeira citação válida.

13. FCC/TRT-RN/2018
Reinaldo move em face de Fernanda ação de execução fundada em título extrajudicial que é
objeto de ação anulatória contra ele ajuizada por Fernanda. Distribuídos a juízos distintos da
mesma comarca e ainda não sentenciados, esses processos
a) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele para o qual tiver
sido distribuída em primeiro lugar a petição inicial de qualquer uma das ações.
b) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele que houver
despachado em primeiro lugar qualquer uma das ações.
c) não deverão ser reunidos, pois entre eles não existe conexão.
d) somente serão reunidos se forem ajuizados embargos à execução, em relação aos quais se
estabelece conexão com a ação anulatória.
e) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele perante o qual
tiver sido aperfeiçoada a primeira citação válida.

14. FCC/SABESP/2018
O juízo estadual, verificando que certa ação de ressarcimento de danos é proposta em face de
Mévio e da Caixa Econômica Federal, dá-se por incompetente e remete os autos ao juízo
federal que, por sua vez, após ouvir as partes, exclui do processo a referida empresa pública e
devolve os autos ao juízo estadual. Nessa situação, segundo dispõe o Código de Processo Civil
de 2015, o juízo
a) estadual, se discordar da decisão do juízo federal, deverá a este reenviar os autos, expondo
as razões do seu convencimento.

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b) federal, após excluir a Caixa Econômica Federal do feito, deveria ter suscitado conflito
negativo de competência.
c) estadual, se discordar da decisão do juízo federal, deverá suscitar conflito negativo de
competência, no prazo preclusivo de 5 dias.
d) federal agiu acertadamente ao devolver os autos ao juízo estadual após excluir a Caixa
Econômica Federal do feito, não se cogitando, no caso, de conflito de competência.
e) estadual, ao verificar que a relação processual envolvia a Caixa Econômica Federal, deveria
desde logo, ter suscitado o conflito de competência perante o Tribunal competente, sobretudo
se, de acordo com o seu pensamento, a Caixa Econômica Federal fosse, sim, parte legítima no
feito.

15. FCC/TRT-24ªR/2017
Sobre a competência interna, de acordo com o Código de Processo Civil, é correto afirmar:
a) Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.
b) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, podendo o autor,
contudo, optar pelo foro do domicílio do réu ou de eleição.
c) Tramitando processo de recuperação judicial na Justiça Estadual, os autos serão remetidos
ao juízo federal competente no caso de intervenção de uma determinada empresa pública
federal.
d) O foro da Capital do Estado é competente para as causas em que seja autora a União.
e) A citação válida torna prevento o juízo e, ainda quando ordenada por juiz incompetente,
constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

16. FCC/DPE-ES/2016
A respeito da competência, o novo Código de Processo Civil dispõe que
a) a ação em que se pleiteia somente o reconhecimento da paternidade, deve ser proposta no
foro do domicílio do autor.
b) a incompetência relativa do juízo deve ser alegada em exceção de competência, no prazo
para a resposta.
c) o inventário deve ser proposto, em regra, ao foro de situação dos bens imóveis do autor da
herança.
d) como regra, nas ações de divórcio, é competente o foro do guardião do filho incapaz e, caso
não haja filho incapaz, o foro do último domicílio do casal.
e) a ação possessória imobiliária deve ser proposta no foro de situação da coisa, mas por se
tratar de competência territorial, se prorroga caso não venha a ser alegada no momento
oportuno.

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17. FCC/TRT-20ªR/2016
Joana ajuizou ação de reintegração de posse contra Pietra. A ação tem como objeto um imóvel.
Tal ação deverá ser proposta no foro
a) do domicílio dos réus, cujo juízo tem competência absoluta.
b) do domicílio dos réus, cujo juízo tem competência relativa.
c) da situação do imóvel, cujo juízo tem competência absoluta.
d) do domicílio dos autores, cujo juízo tem competência relativa.
e) da situação do imóvel, cujo juízo tem competência relativa.

18. FCC/PGE-MT/2016
A respeito de competência absoluta e relativa, segundo legislação vigente,
a) a incompetência relativa não pode ser conhecida de ofício pelo Magistrado, pois deve ser
alegada pelo réu em exceção de incompetência, em peça apartada, no mesmo prazo da
contestação.
b) a competência prevista em lei para a execução fiscal, é de natureza funcional e, assim,
absoluta, de modo que pode ser declinada de ofício pelo Magistrado.
c) a incompetência, seja absoluta ou relativa, deve ser alegada pelo réu em preliminar de
contestação; todavia, caso não o faça no prazo legal, somente esta última se prorroga.
d) o Código prevê que é possível a reunião de duas ações conexas no juízo prevento, ainda que
se trate de competência em razão da matéria, desde que haja interesse público que justifique
a união das demandas para único julgamento.
e) a incompetência territorial é relativa e, por isso, não pode ser conhecida de ofício pelo
Magistrado, razão pela qual se prorroga, caso não seja alegada no momento oportuno.

19. FCC/Prefeitura de Campinas – SP/2016


No que tange à incompetência absoluta e à incompetência relativa, é correto afirmar:
a) A competência determinada em razão de matéria, da pessoa ou da função é derrogável por
convenção das partes.
b) Prorrogar-se-ão as competências relativa e absoluta se o réu não alegar a incompetência em
preliminar de contestação.
c) A incompetência absoluta será alegada como preliminar de contestação, enquanto a relativa
será arguida por meio de exceção.
d) Caso a alegação de incompetência seja acolhida, o processo será extinto, sem resolução de
mérito.
e) A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve
ser declarada de ofício.

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20. FCC/TJ-SE/2015
P adquiriu, a prestações, terreno de propriedade de D, pessoa física sem atuação no ramo de
imóveis, subscrevendo contrato que continha cláusula de eleição de foro, amplamente
discutida e aceita pelos contratantes, segundo a qual a cobrança de parcelas em atraso se daria
na Comarca de Campinas, no Estado de São Paulo, embora as partes possuam domicílio em
Aracaju. Inadimplido o contrato, D ajuizou ação no foro contratualmente eleito para a cobrança
das parcelas em atraso, e P não opôs exceção declinatória nem o juiz declarou a nulidade da
cláusula de eleição de foro. De acordo com o Código de Processo Civil, o processo,
a) deverá ser remetido à Comarca de Aracaju, porque, embora se trate de incompetência
relativa, a nulidade da cláusula de eleição de foro pode ser declarada a qualquer tempo e grau
de jurisdição, desde que tenha havido requerimento em preliminar de contestação.
b) deverá ser remetido, inclusive de ofício, à Comarca de Aracaju, porque a ação se funda em
direito real e não há prorrogação da competência em caso de incompetência absoluta.
c) deverá ser remetido à Comarca de Aracaju, porque, embora se trate de incompetência
relativa, a nulidade da cláusula de eleição de foro pode ser declarada, inclusive de ofício, a
qualquer tempo ou grau de jurisdição.
d) continuará a tramitar em Campinas, porque a competência se prorroga se a incompetência
absoluta não é alegada por meio de exceção declinatória.
e) continuará a tramitar perante a Comarca de Campinas, porque se prorrogou a competência,
que possui natureza relativa.

21. FCC/TRT-14ª/2016
Isael, advogado, viaja para a Espanha para fazer um curso com duração de 6 meses na
Universidade de Salamanca. Durante o trâmite do curso, Isael acaba se envolvendo em um
acidente automobilístico e vem a óbito no local. Isael tem domicílio na cidade de Guajará-
Mirim, Rondônia, onde reside sozinho há mais de dez anos e todos os seus bens imóveis estão
situados na cidade de Salvador (Bahia), onde nasceu e foi criado. Os filhos de Isael, únicos
herdeiros, residem na cidade de São Paulo, onde cursam universidades. Isael saiu do Brasil
rumo à Espanha do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Neste caso, nos termos
estabelecidos pelo Código de Processo Civil, a competência para processamento do inventário
será o foro da
a) comarca de São Paulo, onde residem os herdeiros do falecido.
b) comarca do Rio de Janeiro, último local onde o falecido esteve no Brasil.
c) comarca de Salvador, onde estão situados os bens imóveis do falecido.
d) cidade de Salamanca, na Espanha, onde ocorreu o óbito.
e) comarca de Guajará-Mirim, no estado de Rondônia, onde está situado o domicílio do autor
da herança.

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22. FCC/DPE-BA/2016
Sobre a competência,
a) a ação fundada em direito real sobre bem móvel será proposta, em regra, no foro da situação
da coisa.
b) a ação possessória imobiliária será proposta no foro da situação da coisa, cujo juízo tem
competência absoluta.
c) são irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente
ao registro ou à distribuição da petição inicial, ainda que alterem competência absoluta.
d) serão remetidos à Justiça Federal os processos nos quais intervier a União, incluindo as ações
de recuperação judicial e falência.
e) uma vez remetidos os autos à Justiça Federal, em razão de intervenção da União, o juízo
federal suscitará conflito de competência se, posteriormente, esta for excluída do processo.

23. FCC/TRE-PB/2015
No tocante a competência interna prevista no Código de Processo Civil brasileiro, considere:
I. Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for encontrado
ou no foro do domicílio do autor.
II. Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados necessariamente
no foro do autor.
III. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das
partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo
foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.
IV. A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou
continência.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) II e IV.
e) I e IIIFCC/TRE-AP/2015
Considere as seguintes hipóteses: O Processo A e o Processo B possuem em comum o objeto.
O Processo C e o Processo D possuem em comum a causa de pedir. Nestes casos,
a) há continência entre os processos A e B e entre os processos C e D.
b) há conexão entre os processos A e B e entre os processos C e D.
c) há conexão entre os processos A e B e continência entre os processos C e D.

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d) há continência entre os processos A e B e conexão entre os processos C e D.


e) não há continência e nem conexão entres os processos A e B, nem entre os processos C e D.

24. FCC/TRE-AP/2015
Considere as seguintes hipóteses: O Processo A e o Processo B possuem em comum o objeto.
O Processo C e o Processo D possuem em comum a causa de pedir. Nestes casos,
a) há continência entre os processos A e B e entre os processos C e D.
b) há conexão entre os processos A e B e entre os processos C e D.
c) há conexão entre os processos A e B e continência entre os processos C e D.
d) há continência entre os processos A e B e conexão entre os processos C e D.
e) não há continência e nem conexão entres os processos A e B, nem entre os processos C e D.

25. FCC/TRE-AP/2015
Considere a seguinte situação hipotética: Marcos, advogado recém formado, irá ajuizar duas
ações. A ação A é fundada em direito pessoal e a ação B é fundada em direito real sobre bem
móvel. Nestes casos, de acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, em regra,
a) a ação A será ajuizada no foro do domicílio do autor e a ação B no foro do domicilio do réu.
b) ambas as ações serão ajuizadas no foro do domicílio do réu.
c) a ação A será ajuizada no foro do domicílio do réu e a ação B no foro do domicilio do autor.
d) ambas as ações serão ajuizadas no foro do domicílio do autor.
e) em ambas as ações o autor poderá escolher entre o foro do domicílio do autor ou do
domicílio do réu.

26. FCC/TJ-AL/2015
A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser declarada de ofício
pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de domicílio do réu.
Esta norma refere-se à competência
a) em razão da pessoa.
b) funcional.
c) absoluta.
d) relativa.
e) em razão da matéria.

27. FCC/TCM-RJ/2015
A respeito da competência, considere

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I. A incompetência absoluta deve ser arguida no âmbito de exceção de incompetência.


II. Declarada a incompetência absoluta, todos os atos do processo são declarados nulos, por
afrontarem expressa disposição de lei.
III. Declarada a incompetência absoluta, o processo é extinto sem resolução de mérito, por
ausência de condições da ação.
IV. Duas ou mais ações são conexas quando comum o objeto ou a causa de pedir.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV.
e) I e III.

28. FCC/TCE-CE/2015
As ações fundadas em direito real sobre bens
a) móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu, tratando-se de competência
relativa.
b) móveis serão propostas, em regra, no foro da situação da coisa, tratando-se de competência
absoluta.
c) imóveis serão propostas sempre no foro da situação da coisa, tratando-se de competência
relativa.
d) móveis serão propostas sempre no foro do domicílio do réu, tratando-se de competência
absoluta.
e) imóveis serão propostas sempre no foro do domicílio do réu, tratando-se de competência
absoluta.

29. FCC/TJ-RR/2015
Quanto à competência,
a) se reconhecida a incompetência absoluta, o processo será extinto, sem resolução do mérito.
b) sua estabilidade se dá no momento do registro ou da distribuição da petição inicial.
c) da decisão que reconhecer a incompetência relativa, não cabe recurso, por ausência de
gravame às partes.
d) como regra geral, são relevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas
posteriormente à determinação da competência.

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e) as ações fundadas em direito real sobre móveis devem ser propostas em regra no foro da
situação da coisa, no momento da propositura.

30. FCC/TER-RR/2015
No tocante à competência territorial, considere:
I. Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será proposta no foro do
domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta
obrigatoriamente no foro do réu.
II. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações em
que o espólio for réu, exceto se o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
III. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será
competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.
IV. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa.
Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e
nunciação de obra nova.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) III e IV.
e) II, III e IV.

31. FCC/TCM-GO/2015
Quanto à competência, é correto afirmar:
a) As mudanças de domicílio do réu, depois de ajuizada a demanda, não alteram a
competência, já estabilizada com a propositura da ação.
b) Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado no foro de seu
último domicílio.
c) A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão
propostas, em regra, no foro do domicílio do autor.
d) A competência é determinada no momento em que a ação é proposta; são, porém,
relevantes, como regra geral, as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas
posteriormente.

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e) A ação intentada perante tribunal estrangeiro induz litispendência, obstando a que a


autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas.

32. FCC/TCM-GO/2015
No tocante à competência,
a) ocorrendo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência
territorial, considera-se prevento aquele que saneou o feito em primeiro lugar.
b) a conexão de causas é matéria de ordem privada, dependendo de requerimento da parte
para ser conhecida pelo juiz.
c) para a ação em que se pedem alimentos, é competente o foro do domicílio ou da residência
do alimentante.
d) quando decorrer da matéria e do território poderá modificar-se pela conexão ou
continência.
e) como regra normativa, nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.

33. FCC/TRT – 6ª REGIÃO (PE)/2015


José e Pedro celebraram contrato de compra e venda a prestação de um veículo. Tendo Pedro
deixado de pagar as prestações, José moveu ação de cobrança e Pedro, ação de rescisão de
contrato, por vício redibitório. Nesse caso, há, entre as ações propostas,
a) coisa julgada.
b) conexão.
c) afinidade que não acarreta conexão, litispendência ou continência.
d) litispendência.
e) continência.

VUNESP

34. VUNESP/TJ-MT/2018
Analise as proposições abaixo referentes ao tema da incompetência no processo civil e assinale
aquela que se encontra CORRETA à luz da legislação aplicável.
a) Não há conflito de competência quando entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia
acerca da reunião ou separação de processos.
b) Prorrogar-se-á a competência absoluta se o réu não alegar a incompetência em preliminar
de contestação.
c) Apenas a incompetência absoluta será alegada como questão preliminar de contestação.

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d) O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir
a outro juízo.

35. VUNESP/TJ-MT/2018
João e José formam um casal homoafetivo, sem filhos, que possuem domicílio certo em Cuiabá.
A empresa Y atua no ramo de produção de cosméticos e também está localizada na capital do
Estado do Mato Grosso. Com base nessas informações e nas regras de competência fixadas no
CPC/2015, assinale a alternativa correta.
(A) No caso de falecimento de José ocorrido no estrangeiro, o foro de situação dos bens imóveis
será o competente para processar e julgar a ação de inventário.
(B) No caso de ação de dissolução da união estável de João e José, será competente o foro do
último domicílio do casal.
(C) Se a empresa Y demandar ação de reparação de danos contra serventia notarial com sede
no interior do Estado, por ato praticado em razão do ofício, será competente o foro da Comarca
de Cuiabá.
(D) Tramitando no juízo da Comarca de Cuiabá ação de falência da empresa Y, a intervenção
da União como interessada no feito implicará na remessa dos autos à Justiça Federal.
(E) Caso José proponha uma ação possessória imobiliária, terá competência relativa o juízo do
foro de situação da coisa.

36. VUNESP/PC-BA/2018
A respeito dos critérios para a modificação da competência do juízo cível, é correto afirmar que
a) a competência absoluta poderá modificar-se pela conexão ou pela continência.
b) reputam-se continentes 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa
de pedir.
c) antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de
ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
d) se dá a conexão entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e
à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
e) a citação do réu torna prevento o juízo.

37. VUNESP/PC-BA/2018
As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência,
ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei. A respeito do instituto
da competência, é correto afirmar que
a) as suas regras são exclusivamente determinadas pelas normas previstas no Código de
Processo Civil ou em legislação especial.

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b) tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal
competente se nele intervier a União, excluindo-se dessa regra, dentre outras, as ações de
insolvência civil.
c) a ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência relativa para sua análise.
d) se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente o foro do domicílio do
inventariante para análise do inventário.
e) a ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de seu domicílio.

38. VUNESP/TJ-SP/2017
Em matéria de competência, assinale a alternativa correta.
a) A competência determinada por critério territorial é sempre relativa.
b) A prevenção é efeito da citação válida.
c) No caso de continência, as demandas devem ser reunidas para julgamento conjunto, salvo
se a ação continente preceder a propositura da ação contida, caso em que essa última terá seu
processo extinto sem resolução do mérito.
d) Compete à autoridade judiciária brasileira julgar as ações em que as partes se submetam à
jurisdição nacional, desde que o façam expressamente.

39. VUNESP/Prefeitura de Registro – SP/2016


Em um contrato de adesão constou uma cláusula de eleição de foro que prejudicava a parte
mais vulnerável da relação jurídica. Nessa situação hipotética, no que diz respeito à
competência prevista no Código de Processo Civil, está correto afirmar que
a) qualquer ação judicial só poderá ser proposta no foro de eleição, por se tratar de
competência relativa.
b) apenas se a parte prejudicada requerer a nulidade de tal cláusula, a competência pelo foro
de eleição poderá ser afastada.
c) é possível que em casos como este o juiz declare a nulidade de tal cláusula de ofício,
declinando a competência para o domicilio do réu.
d) por se tratar de competência absoluta, a parte que sentir-se lesada pela eleição do foro
deverá manejar exceção de incompetência.
e) é possível que em casos como este o juiz declare a nulidade de tal cláusula de ofício,
declinando a competência para o domicilio do autor.

40. VUNESP/Câmara Municipal de Poá – SP/2016


Há conflito de competência quando
a) entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.

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b) em caso de incompetência absoluta, um juiz aceita a causa e determina a citação do réu.


c) em matéria de competência relativa, o réu não arguir por exceção essa questão, mas em
contestação.
d) não deduzida em contestação, for reconhecida de ofício a incompetência absoluta.
e) a ação for proposta em foro contrário ao convencionado em contrato, podendo o juiz
reconhecê-la de ofício.

41. VUNESP/Prefeitura de Rosana – SP/2016


Compreende-se pelo princípio da perpetuatio iurisdictionis:
a) o mandamento constitucional que veda a instituição de tribunais para julgamento de fatos
e condutas específicas.
b) a regra geral que veda a modificação da competência, que é fixada no momento da
propositura da ação.
c) a extraordinária possibilidade de estabilização da competência em juízo absolutamente
incompetente.
d) a vedação à extinção de órgão judiciário em que ainda haja processos em trâmite.
e) a vinculação do processo à pessoa física do magistrado, fixada no momento da distribuição
da ação.

42. VUNESP/TJ-RJ/2016
O Ministério Público ingressou com ação civil pública em face da Administração Pública
estadual perante uma das Varas da Fazenda Pública, para o cumprimento de obrigação de fazer
no âmbito estadual. Conselho de Classe, considerado autarquia federal, requereu o ingresso
no feito como litisconsorte ativo facultativo.
Diante desse fato, assinale a alternativa correta.
a) Eventual conflito de competência será dirimido pelo Tribunal Regional Federal, pois trata-se
de litisconsórcio facultativo.
b) Considerando tratar-se de autarquia federal, compete à Justiça Federal processar e julgar o
feito, ainda que na condição de litisconsorte facultativo.
c) O juiz estadual pode decidir pelo ingresso, mas remeter os autos à Justiça Federal, exceto
nos casos de litisconsorte facultativo.
d) A mera intervenção do órgão de classe não justifica o deslocamento do feito para a Justiça
Federal, sendo competente a Justiça Estadual para julgar a ação.
e) O juiz estadual pode decidir pelo ingresso e considerando a natureza jurídica do direito
tutelado, julgar a ação.

43. VUNESP/MPE-SP/2015/Adaptada ao NCPC

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Havendo modificação de competência no curso de um processo, em razão de incompetência


absoluta, os atos processuais já praticados
a) são ineficazes, devendo a ação prosseguir com nova citação.
b) são nulos.
c) estão automaticamente invalidados.
d) são inexistentes.
e) terão seus efeitos conservados, salvo decisão judicial em sentido contrário.

44. VUNESP/PauliPrev – SP/2018


A respeito da petição inicial, no procedimento comum do processo de conhecimento, é correto
afirmar que
a) para postular em juízo é necessário que o autor tenha interesse processual e possibilidade
jurídica do pedido, como condições da ação.
b) deverá ser indeferida pelo magistrado, por inépcia, quando os defeitos ou as irregularidades
capazes de dificultar o julgamento do mérito não forem sanados pelo autor, no prazo de 10
dias.
c) o seu registro ou a sua distribuição torna prevento o juízo.
d) formulado pedido sucessivo e alternativo pelo autor, a escolha do descumprimento da
prestação caberá ao devedor.
e) poderá ser formulado pedido genérico pelo autor, se tiver por objeto calcado em prestações
sucessivas.

45. VUNESP/DPE-RO/2017
A Defensoria Pública de Rondônia propõe ação civil pública contra o Município de Porto Velho
para que seja mantido o funcionamento de creches e escolas de educação infantil da rede
municipal de ensino nos meses de dezembro e janeiro, de forma contínua e ininterrupta, sob
pena de multa diária, pois se não for mantido o funcionamento, os responsáveis pelas crianças
ficarão impossibilitados de trabalhar. No curso da ação, que se encontrava na fase de instrução,
a associação dos pais de alunos de escolas públicas municipais, apontando idêntica causa de
pedir propõe ação civil pública pleiteando que seja mantido o funcionamento de creches e
escolas de educação infantil da rede municipal de ensino de Porto Velho no mês de janeiro. A
partir destes fatos hipotéticos, assinale a alternativa correta.
a) Não se configura a litispendência, pois não há coincidência dos elementos da ação. Não há
identidade de partes, nem de pedido.
b) Como a ação da Defensoria Pública já se encontra em fase de instrução, não é mais possível
a reunião com o processo da Associação dos Pais para fins de julgamento conjunto.

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c) A ação movida pela Associação de Pais deve ser julgada extinta, sem julgamento do mérito,
em decorrência de litispendência parcial.
d) Há continência porque a ação proposta pela Defensoria Pública contém pedido mais amplo,
sendo continente, ao passo que a segunda ação, proposta pela Associação dos Pais, por estar
abrangido pela ação anterior, é conteúdo, ensejando necessidade de julgamento conjunto.
e) Existe conexão entre as ações movidas pela Defensoria Pública e a Associação dos Pais,
motivo porque há deslocamento do feito para o juízo em que tramita a ação da Defensoria
Pública para julgamento conjunto.

CONSULPLAN

46. CONSULPLAN/CM-BH/2018
Sobre Modificação da Competência no Direito Processual Civil, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) Reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de
pedir.
b) Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já
houver sido sentenciado.
c) As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
d) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, desde que haja
conexão entre eles.

47. CONSULPLAN/TRF-2ªR/2017
“Sérgio, rico empresário, possui diversas propriedades rurais no interior do Mato Grosso do Sul
utilizadas para cultivo de soja transgênica. Reside, contudo, em bairro da zona nobre do Estado
de São Paulo, de onde administra seus negócios. No fim do ano, em viagem para uma de suas
fazendas, constata que um grupo de ruralistas sem-terra invadira sua propriedade alegando se
tratar de propriedade improdutiva e pugnando pela desapropriação da área para fins de
reforma agrária. Sérgio é informado que os mesmos estavam ocupando o local há,
aproximadamente, três meses.”
Com base no caso hipotético narrado, assinale a alternativa correta.
a) Sérgio poderá optar entre propor a respectiva ação possessória no Estado do Mato Grosso
do Sul, foro de situação da coisa, ou no local de seu domicílio, qual seja, o Estado de São Paulo.
b) Diante do grande número de pessoas que figuram no polo passivo da demanda possessória
de reintegração ajuizada por Sérgio, os ocupantes que forem encontrados no local deverão ser
prioritariamente citados por edital.

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c) Diante dos princípios da ampla defesa e da não surpresa que regem o ordenamento
processual vigente, ainda que a petição inicial esteja documentalmente instruída, o Código de
Processo Civil de 2015 veda peremptoriamente o deferimento, sem prévia oitiva dos réus, de
mandado liminar de reintegração de posse em favor de Sérgio.
d) Tratando-se de litígio coletivo pela posse de terra rural, O Ministério Público será intimado
para, no prazo de trinta dias, intervir como fiscal da ordem jurídica, hipótese em que terá vista
dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo, bem como poderá
produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

48. CONSULPLAN/TJ-MG/2015
Considerando‐se as disposições do Código de Processo Civil vigente sobre a competência dos
órgãos jurisdicionais, é correto afirmar que:
a) a competência dos órgãos judiciários é estabelecida no momento em que a ação é
contestada.
b) as ações fundadas em direitos reais sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro
do domicílio do autor.
c) nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será
competente o foro do domicílio do réu.
d) a autoridade judiciária brasileira é competente para proceder a inventário e partilha de bens
situados no Brasil, mesmo que o inventariado seja estrangeiro e tenha residido em outro país.

49. CONSULPLAN/TJ-MG/2015/adaptada ao NCPC


Sobre a incompetência relativa, observando o CPC, é correto afirmar:
a) Pode ser suscitada a qualquer tempo e grau de jurisdição.
b) Será decidida por decisão terminativa.
c) Será arguida em preliminar de contestação.
d) Será decidida por sentença definitiva.

50. CONSULPLAN/TJ-MG/2015
Quanto à competência absoluta, assinale a opção correta:
a) Pode ser alterada apenas até a contestação.
b) Pode ser prorrogada por convenção das partes.
c) Pode ser prorrogada pelo juiz.
d) Não pode ser modificada ou prorrogada pela vontade das partes e do órgão jurisdicional.

51. CONSULPLAN/TJ-MG/2015/adaptada ao NCPC


A respeito de competência, marque a alternativa INCORRETA:

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a) A competência territorial é, em regra, relativa.


b) A incompetência territorial deve ser arguida, segundo a norma legal, por meio de preliminar
de contestação, na primeira oportunidade em que cumprir à parte se manifestar nos autos.
c) Reconhecida a incompetência absoluta, remetem-se os autos ao juiz competente,
reputando-se nulos todos os atos praticados, inclusive os decisórios.
d) A incompetência absoluta pode ser reconhecida pelo magistrado ex officio.

52. CONSULPLAN/TJ-MG/2015
Sobre a conexão entre ações, marque a alternativa correta:
a) Ocorrendo a conexão entre ações cujos juízes tem a mesma competência territorial,
considera-se prevento aquele que teve o processo distribuído em primeiro lugar.
b) Ocorrendo a conexão entre ações cujos juízes tem competência territorial diversa,
considera-se prevento aquele que tiver primeiro realizado a citação válida.
c) Havendo conexão entre as ações o Juiz não pode ex officio ordenar a reunião das ações
propostas em separado.
d) Dá-se a conexão entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à
causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.

Outras Bancas

53. MPE-PR/MPE-PR/2019
Assinale a alternativa correta, no que diz respeito à matéria de competência, de acordo com o
Código de Processo Civil de 2015:
a) A ação fundada em direito real sobre bem móvel tem como regra geral a distribuição no foro
de domicílio da coisa.
b) Havendo dois ou mais réus com diferentes domicílios, o autor pode distribuir a ação fundada
em direito pessoal em qualquer foro do país.
c) A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de seu domicílio e a ação em que o
ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio.
d) É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor a União, Estado
ou o Distrito Federal.
e) As regras de competência territorial têm natureza absoluta.

54. FUNDATEC/DPE-SC/2018
No caso dos cônjuges manterem domicílio na mesma cidade em que conviviam maritalmente
e não havendo filho incapaz, será competente para a ação de divórcio o local do:
a) Domicílio da mulher.

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b) Domicílio do marido.
c) Último domicílio do casal.
d) Casamento.
e) Onde estão situados os bens imóveis a serem partilhados.

55. FUNDATEC/DPE-SC/2018
A competência para a propositura da ação de alimentos fundada em casamento, união estável
ou parentesco é do
a) domicílio do réu.
b) último domicílio do casal.
c) domicílio do genitor que tiver melhor condição financeira.
d) domicílio ou residência do alimentante.
e) domicílio ou residência do alimentando.

56. FUNDATEC/DPE-SC/2018
Reputam-se conexas duas ou mais ações quando
a) forem da competência do mesmo órgão jurisdicional.
b) lhes for comum as partes, o pedido e a causa se pedir.
c) lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
d) for caso de litisconsórcio necessário.
e) houver identidade quanto às partes e a causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais
amplo, abrange o das demais.

57. AOCP/Pref-SL/2018
Quanto à competência jurisdicional, prevista no Código de Processo Civil vigente, assinale a
alternativa correta.
a) As partes não podem escolher juízo arbitral em detrimento do juízo competente previsto
no Código de Processo Civil.
b) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro do domicílio do réu.
c) A ação possessória imobiliária poderá ser proposta no foro da situação da coisa, ou no
domicílio do requerido, cujo juízo tem competência relativa.
d) É competente o foro do domicílio da mulher para a ação de divórcio.
e) É competente o foro do domicílio do autor para a ação de reparação de dano.

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58. IESES/TJ-CE/2018
Acerca das regras jurídicas dispostas no Código de Processo Civil e que definem a competência
interna, assinale a alternativa INCORRETA:
a) O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o
óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
b) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência absoluta.
c) A ação fundada em direito real sobre bens imóveis será proposta, em regra, no foro de
domicílio do réu.
d) A ação fundada em direito pessoal será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.

59. IESES/TJ-CE/2018
Quando, entre duas ou mais ações, houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas
o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais, estaremos diante do instituto do
Código de Processo Civil denominado de:
a) Continência.
b) Comoriência.
c) Conexão.
d) Incompetência.

60. CS UFG/APARECIDAPREV/2018
A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência.
São consideradas conexas duas ou mais ações quando lhes for comum:
a) o objeto ou as partes.
b) a natureza jurídica de seu objeto.
c) a condição pessoal das partes.
d) o pedido ou a causa de pedir.

61. IBFC/TRF-2/2018
No Processo Civil, determina-se a competência no momento:
a) da citação.
b) do registro ou da distribuição da petição inicial.
c) do despacho/decisão positivo que determina a citação.

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d) do primeiro despacho ou decisão proferida pelo órgão julgador.


e) da estabilização da demanda, se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.

62. COSEAC-UFF/Prefeitura de Maricá/2018


João possui uma casa de veraneio em Maricá, tendo fixado seu domicílio na cidade do Rio de
Janeiro. Além da casa em Maricá, João possui um sítio em Conceição de Macabu e uma casa
de inverno em Petrópolis. Deixando o mesmo de recolher o IPTU referente ao imóvel em
Maricá, caberá ao município ajuizar a execução fiscal em:
a) Maricá, por ser o local onde foi gerada a obrigação.
b) qualquer um dos locais acima citados (Maricá, Rio de Janeiro, Conceição de Macabu ou
Petrópolis), uma vez que a ação pode ser ajuizada onde houver atos de expropriação.
c) Maricá, por ser onde se situa o imóvel que gerou a obrigação tributária.
d) Rio de Janeiro, por ser onde João fixou seu domicílio.
e) Maricá, uma vez que é o município o autor da ação.

63. IADES/ApexBrasil/2018
No que tange à representação ativa e passiva em juízo, assinale a alternativa correta.
a) A pessoa jurídica estrangeira será representada pelo seu presidente, que deverá ser citado
mediante procedimento de carta rogatória.
b) A massa falida será representada pelo credor mais graduado na ordem de preferência
creditória.
c) As entidades com natureza de serviço social autônomo serão representadas pelo seu
gerente de contencioso judicial.
d) A pessoa jurídica será representada por quem os respectivos atos constitutivos designarem
ou, não havendo essa designação, por seus diretores.
e) O gerente de filial ou agência deve estar expressamente autorizado pela pessoa jurídica
estrangeira a receber citação e intimação para qualquer processo, sob pena de nulidade do
ato.

64. FUNRIO/ALE-RR/2018
O Código de Processo Civil estabelece que a competência é determinada no momento do
registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de
fato ou de direito ocorridas posteriormente, entretanto, a própria legislação processual
estabelece exceções.
Considerando a legislação processual, NÃO se configura EXCEÇÃO, quando
a) duas ou mais ações tiverem em comum o pedido ou a causa de pedir.

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b) ocorrer identidade entre duas ou mais ações quanto às partes e à causa de pedir, mas o
pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
c) o Tribunal extinguir um órgão jurisdicional fracionado e os processos forem redistribuídos
para outro órgão jurisdicional fracionado, também de segundo grau.
d) se repete ação que está em curso e essas ações são idênticas, pois possuem as mesmas
partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.

65. FUNDEP/MP-MG/2018
Analise as seguintes assertivas com relação ao papel do Ministério Público, nos termos do
Código de Processo Civil:
I. O Ministério Público pode arguir incompetência relativa, pode suscitar conflito de
competência e tem legitimidade para propor ação rescisória.
II. O Ministério Público, não sendo o requerente de incidente de resolução de demandas
repetitivas, deverá intervir obrigatoriamente, assumindo a sua titularidade em caso de
desistência ou de abandono. Pode, inclusive, proferir sustentação oral no julgamento desse
incidente.
III. O Ministério Público pode interpor recurso na qualidade de fiscal da ordem jurídica.
Também pode apresentar reclamação com o intuito, por exemplo, de preservar a competência
do tribunal ou de garantir a autoridade das decisões do tribunal.
IV. O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado não
tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público.
É CORRETO o que se afirma em:
a) I, II, III e IV.
b) Apenas em I, II e III.
c) Apenas em I, III e IV.
d) Apenas em II e IV.

66. CESGRANRIO/TRANSPETRO/2018
L mora em Recife, mas em férias no Rio de Janeiro, passeando pelo bairro de Madureira, choca
o carro que dirigia no veículo conduzido por J, que reside em São Paulo. A responsabilidade de
L pelo acidente é atestada pelo boletim de ocorrência lavrado logo após o acidente. Na ocasião,
os envolvidos na colisão trocam telefones e endereços residenciais para que os custos do
reparo no automóvel sejam arcados integralmente por L, uma vez que ele deu causa ao
infortúnio. Todavia, sem L retornar às insistentes ligações de J, este é forçado a arcar com o
valor referente ao reparo de seu veículo, realizado na oficina do seu cunhado Y, localizada em
Niterói. Sem encontrar outros meios de reaver o prejuízo, J decide propor ação de reparação
de dano.
A referida ação deve ser proposta APENAS

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(A) no Fórum de Madureira.


(B) em Recife, domicílio do réu.
(C) em São Paulo, domicílio do autor.
(D) em Niterói, local em que o custo pelo reparo do automóvel foi arcado.
(E) no domicílio do autor, no do réu ou na comarca do local em que ocorreu o acidente.

67. PUC-PR/TJ-MS/2017
Considerando a Parte Geral do Código de Processo Civil, é CORRETO afirmar:
a) O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição
voluntária.
b) A gratuidade da justiça compreende as despesas com publicação na imprensa oficial, mas
não dispensa a publicação em outros meios.
c) O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, obrigatoriamente, à ordem cronológica de
recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais.
d) É lícito às partes plenamente capazes, em qualquer caso, estipular mudanças no
procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, desde que haja processo pendente.
e) O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

68. BANPARÁ/BANPARÁ/2017
A respeito da competência regulada pelo Código de Processo Civil assinale a alternativa
CORRETA:
a) Tendo em vista que a posse é direito pessoal, a ação para sua defesa deverá ser proposta no
domicílio do réu independentemente da localização do imóvel.
b) O foro em que estiver localizado o imóvel, quando a ação tiver por fundamento pretensão
demarcatória, é o competente para a proposição da ação, mesmo quando as partes tiverem
outros domicílios.
c) O critério forum rei sitae tem natureza relativa, uma vez que o Código de Processo Civil
permite a opção pelo domicilio do réu ou pelo foro de eleição.
d) A anulação de contrato está abrangida pela regra que regula o critério forum rei sitae se a
anulação causar, como consequência, o direito a reintegração de posse.

69. BANPARÁ/BANPARÁ/2017
A respeito da competência processual civil tal como regulada pelo Código de Processo Civil
assinale a alternativa CORRETA:
a) Compete a Justiça Federal o julgamento das demandas derivadas de litígios a respeito de
contrato de seguro marítimo.

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b) Compete a Justiça Federal o julgamento das ações civis propostas contra sociedade de
economia mista.
c) As causas entre consumidor e concessionária de telefonia compete a Justiça Estadual quando
a ANATEL for litisconsorte passiva necessária.
d) Na ação de usucapião a intervenção da União desloca a competência do foro da situação do
imóvel.

70. FMP Concursos/MPE-RO/2017


Acerca das regras de competência dispostas no Código de Processo Civil, pode-se afirmar:
a) A ação fundada em direito sobre bens imóveis será proposta, em regra, no foro do domicílio
do réu.
b) Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for
encontrado ou no foro de domicílio do autor.
c) Para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução
de união estável, é competente o foro do domicílio do réu, mesmo que o autor seja o guardião
de filho incapaz.
d) Para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução
de união estável, é competente o foro do domicílio do réu, mesmo que seja o autor quem
reside no último domicílio do casal.
e) É competente o foro de residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a
conversão desta em divórcio e para a anulação de casamento.

71. FMP Concursos/PGE-AC/2017


Considere as seguintes afirmativas sobre o tema da competência no âmbito do Código de
Processo Civil. Assinale a alternativa CORRETA.
a) Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
mesmo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
b) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro de domicílio do autor.
c) A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do
lugar onde for encontrado.
d) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência relativa.
e) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é modificável por
convenção das partes.

72. IESES/ALGÁS/2017

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Sobre a competência processual, podemos afirmar:


a) As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência,
proibido terminantemente a instituição de juízo arbitral.
b) Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
c) Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a partir de 17 de março do
ano de 2015, a competência é determinada pelas normas previstas no Código de Processo Civil
regulamentado através da Lei 5.869/73 ou em legislação especial.
d) Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
podendo, entretanto surgir alterações conforme as modificações do estado de fato ou de
direito ocorridas posteriormente.

73. IESES/ALGÁS/2017
A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, desta forma:
a) Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade somente quanto
ao pedido. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta posteriormente,
no processo relativo à ação contida será proferida sentença com resolução de mérito.
b) Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de
pedir: à execução de título extrajudicial, à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato
jurídico e às execuções fundadas no mesmo título executivo.
c) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões semelhantes caso decididos separadamente, mesmo havendo conexão entre eles.
d) Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta mesmo se um deles já
houver sido sentenciado.

74. TRF-2ªR/TRF-2ªR/2017
Analise as assertivas e, após, marque a opção correta:
I- Em regra, as questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não
comportava agravo de instrumento, serão cobertas pela preclusão caso não sejam suscitadas
em preliminar da apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas
contrarrazões.
II- É preclusivo o prazo para arguição de incompetência absoluta.
III- Das três hipóteses clássicas de preclusão, a temporal, a lógica e a consumativa, o Código de
2015 prestigiou as duas primeiras e aboliu a última.
a) Estão corretas apenas as assertivas I e II.
b) Estão corretas apenas as assertivas I e III.

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c) São falsas apenas as assertivas II e III.


d) São falsas todas as assertivas.
e) São falsas apenas as assertivas I e II.

75. IESES/TJ-MA/2016
Consoante a competência, se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente de
forma abrangente:
a) Somente dos bens móveis e semoventes.
b) Local de último domicílio do autor da herança e/ou dos bens do espólio.
c) Foro de situação dos bens imóveis; havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer
destes; não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
d) Residência dos pais e familiares do autor da herança.

76. IESES/TJ-MA/2016
Após a leitura das alternativas abaixo, identifique a(s) afirmações correta(s):
I. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência.
II. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de
pedir.
III. Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem
conexão entre eles.
IV. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto à
possibilidade jurídica do pedido e à causa de pedir.
A sequência correta é:
a) As assertivas I e IV estão corretas.
b) Apenas a assertiva III está correta.
c) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
d) As assertivas I, II e III estão corretas.

77. IDECAN/Câmara de Aracruz – ES/2016


Segundo o Novo Código de Processo Civil, tramitando o processo perante outro juízo, os autos
serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas,
entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na
qualidade de parte ou de terceiro interveniente, EXCETO as ações:
a) De recuperação judicial.
b) De acidente automobilístico.

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c) De indenização por dano moral.


d) Que envolvam questões empresariais.

78. IDECAN/Câmara de Aracruz – ES/2016


Sobre o tema Competência no Novo Código de Processo Civil, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência relativa.
b) A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do
lugar onde for encontrado.
c) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro de domicílio do réu.
d) Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis o autor pode optar pelo foro de domicílio
do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança,
servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.

79. IDECAN/Câmara de Aracruz – ES/2016


Sobre o tema “conexão”, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de
pedir.
b) Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já
houver sido sentenciado.
c) Não se aplicam as regras de conexão à execução de título extrajudicial e à ação de
conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico.
d) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem
conexão entre eles.

80. FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre/2016


Diante das regras de competência dispostas no Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15),
assinale a alternativa INCORRETA.
a) Prorroga-se a competência territorial fixada em cláusula abusiva de eleição de foro se não
alegada a abusividade na contestação.
b) A modificação da competência determinada em razão da pessoa, realizada por convenção
das partes, somente produzirá efeitos depois de homologada pelo juiz.
c) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem
conexão entre eles.

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d) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no


processo relativo à ação contida, será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
e) Reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de
pedir.

81. IADHED/Prefeitura de Araguari – MG/2016


Em relação às regras de competência previstas no Código de Processo Civil vigente, pode-se
afirmar corretamente que é competente o foro do lugar:
a) Onde a obrigação deva ser satisfeita para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
b) Da residência do idoso ou, facultativamente, o foro do domicílio do réu, para a causa que
verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
c) Onde está a sede, para a ação em que for autora a pessoa jurídica;
d) Onde se acha a sede, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu.

82. FUMARC/Câmara de Conceição do Mato Dentro/2016


Sobre a competência no Novo Código de Processo Civil, é possível afirmar:
a) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função pode ser
derrogada por convenção das partes.
b) A eleição de foro não produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir
expressamente a determinado negócio jurídico.
c) Dá-se a conexão entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e
à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
d) O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o
óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

83. TRT-4ºR/TRT-4ªR/2016
Assinale a assertiva correta sobre incompetência.
a) A incompetência relativa será apresentada em peça apartada, suspendendo o curso do
processo.
b) Após manifestação da parte contrária, o Juiz decidirá imediatamente a alegação de
incompetência.
c) O oferecimento de reconvenção, pelo réu, depende do oferecimento de contestação.
d) Reconhecida a incompetência absoluta, são considerados desde logo nulos os atos
decisórios já proferidos.

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e) Reconhecida a incompetência relativa, são considerados desde logo nulos os atos decisórios
já proferidos.

84. UFMT/DPE-MT/2016
Sobre a competência no Código de Processo Civil (CPC/2015), assinale a afirmativa INCORRETA.
a) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência absoluta.
b) A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de
contestação.
c) O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
d) Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de
ofício pelo juiz; após a citação, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de
foro na contestação, sob pena de preclusão.
e) É competente o foro de domicílio da mulher, para a ação de divórcio, anulação de casamento
e reconhecimento ou dissolução de união estável.

85. IBFC/Câmara de Franca – SP/2016


Consoante o disposto no Código de Processo Civil vigente, é competente o foro:
a) do lugar do fato, para a ação de anulação de casamento.
b) de domicílio do réu, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito.
c) do lugar do fato, para a ação de divórcio.
d) do lugar do ato ou fato para a ação de reparação de dano.

86. MPE-GO/MPE-GO/2016
A respeito das regras de competência, é incorreto afirmar:
a) Para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução
da união estável, é competente o domicílio do guardião do filho incapaz;
b) Ainda que não haja conexão entre eles, poderão ser reunidos para julgamento conjunto os
processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias;
c) A competência determina-se no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
d) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função poderá ser
derrogada por acordo entre as partes, homologado pelo juiz.

87. FAFIPA/Câmara de Cambará – PR/2016

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Acerca das regras de competência previstas no Código de Processo Civil vigente (Lei
13.105/2015), assinale a alternativa CORRETA.
a) Determina-se a competência no momento do recebimento da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo
quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
b) O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, salvo quando
o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
c) É competente o foro do lugar da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de
reparação de dano por ato praticado em razão do ofício.
d) É competente o foro de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de
dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, salvo no caso de aeronaves.

88. FAFIPA/Câmara de Cambará – PR/2016


Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência.
b) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
c) Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes
e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
d) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, desde que haja
conexão entre eles.

89. MPE-SC/MPE-SC/2016
No que se refere à competência, chamam-se absolutos os critérios criados para proteger
interesses públicos e critérios relativos são aqueles criados para a tutela de interesses
particulares. Nos termos do novo Código de Processo Civil, a incompetência relativa pode ser
alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.

90. BIO-RIO/SAAE de Barra Mansa/2016


Sobre o tema competência no processo civil, assinale a opção CORRETA:
a) A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou continência. Reputam-se
conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido e a causa de pedir. Haverá
continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes ou à
causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.

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b) Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,


sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
c) A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de
contestação. A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de
jurisdição e deve ser declarada de ofício. O Ministério Público não pode alegar a incompetência
relativa nas causas em que atuar.
d) O foro competente para a propositura da execução fiscal é apenas o do domicílio do réu.

91. FUNRIO/Prefeitura de Trindade – GO/2016


Diante do Novo Código de Processo Civil, no que diz respeito à competência, é correto afirmar
que:
a) O foro contratual não produz efeitos perante os herdeiros e sucessores das partes.
b) A alegação de incompetência relativa será alegada por meio de exceção, em peça autônoma.
c) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa, ou da função, pode ser
afastada por convenção das partes.
d) A pendência de causa perante a jurisdição brasileira impede a homologação de sentença
judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
e) Se a União for demandada, a ação poderá ser proposta no foro do domicílio do autor, no de
ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito
Federal.

92. BIO-RIO/Prefeitura de Paracambi – RJ/2016


De acordo com o Código de Processo Civil, Lei 13.105/2015, assinale a opção INCORRETA:
a) Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da
coisa. O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não
recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de
nunciação de obra nova.
b) Não se admite ação meramente declaratória caso tenha ocorrido a violação do direito.
c) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem
conexão entre eles.
d) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

93. IBFC/EBSERH/2016

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Considere as disposições do código de processo civil e assinale a alternativa correta sobre o


local, em regra, onde serão propostas a ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em
direito real sobre bens móveis.
a) No foro do domicílio do réu.
b) No domicílio do autor.
c) No local onde ocorreu a causa de pedir fática.
d) No local onde ocorreu a causa de pedir jurídica.
e) No local onde ocorreu estão os bens do réu.

94. TRT2ªR/TRT2ªR/2016
Com relação à competência interna e internacional e modificações da competência analise as
proposições, conforme regras do Código de Processo Civil:
I- As causas cíveis serão processadas e decididas, ou simplesmente decididas, pelos órgãos
jurisdicionais, nos limites de sua competência, ressalvada às partes a faculdade de instituírem
juízo arbitrai.
II- Determina-se a competência no momento em que a ação é contestada. São irrelevantes as
modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando
suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da
hierarquia.
III- A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência, nem obsta a que a
autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas.
IV- Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa.
Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e
nunciação de obra nova.
V- Havendo conexão ou continência, o juiz, somente a requerimento de qualquer das partes,
pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que sejam decididas
simultaneamente.
Responda:
a) Somente as proposições l,II e IV estão corretas.
b) Somente as proposições II e V estão incorretas.
c) Somente as proposições III e V estão corretas
d) Somente as proposições II e IV estão incorretas.
e) Todas as proposições estão corretas.

95. FAPEC/MPE-MS/2015

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Conforme o entendimento jurisprudencial consolidado, é incorreto afirmar que:


a) Compete à justiça estadual julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S.A.
b) A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de menor é, em
princípio, do foro do domicílio do detentor de sua guarda.
c) Compete à Justiça Federal processar e julgar os pedidos de retificação de dados cadastrais
da Justiça Eleitoral.
d) O foro do domicílio ou da residência do alimentando é competente para a ação de
investigação de paternidade, quando cumulada com a de alimentos.
e) Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis públicas
propostas nesta e na Justiça Estadual.

96. MPE-RS/MPE-RS/2016
Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes afirmações sobre o tema da
competência, segundo o disposto no Código do Processo Civil.
( ) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência relativa.
( ) Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de
domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da
coisa ou na capital do respectivo ente federado.
( ) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença com resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
( ) Há conflito de competência quando entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca
da reunião ou separação de processos.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V – F – V – F.
b) F – V – V – V.
c) V – V – F – F.
d) F – F – V – V.
e) F – V – F – V.

97. FAURGS/TJ-RS/2012/adaptada
Assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta sobre o regime da competência no
Código de Processo Civil.
a) A ação intentada perante tribunal estrangeiro obsta a que a autoridade judiciária brasileira
conheça da mesma causa.

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b) A ação fundada em direito real sobre bens imóveis será proposta, em regra, no foro do
domicílio do réu.
c) Recaindo o litígio sobre direito de propriedade, pode o autor optar pelo foro do domicílio ou
de eleição.
d) Para as ações fundadas em direito real sobre móveis sempre será competente o foro da
situação da coisa.
e) Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será
competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.

98. CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2015/adaptada ao NCPC


Sr. X promove ação de cobrança de determinado crédito em face de Sra. Z. Sra. Z é domiciliada
em Bebedouro - SP. Sr. X é domiciliado em Sorocaba-SP. A ação é proposta em Presidente
Prudente - SP. A ré é silente sobre a competência em suas preliminares de contestação.
Nesse caso, ocorrerá a denominada
a) prorrogação de competência
b) eleição de competência
c) convenção de competência
d) negação de competência
e) declaração de competência

99. FUNCAB/Faceli/2015/adaptada ao NCPC


São condições para o provimento final ou legítimo exercício do direito de ação:
a) capacidade de fato, interesse de agir e forma prescrita ou não defesa em lei.
b) possibilidade jurídica do pedido, existência de direito material e interesse de agir.
c) legitimação para a causa, resistência à direito subjetivo e interesse de agir.
d) violação de direito, interesse de agir e legitimidade das partes.
e) interesse de agir e legitimidade para a causa.

100. FAURGS/TJ-RS/2012/adaptada ao NCPC


Assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta sobre a disciplina da intervenção de
terceiros prevista no Código de Processo Civil.
a) Quem pretender a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, em sua totalidade,
poderá, até o trânsito em julgado da sentença, oferecer oposição contra ambos.
b) O direito regressivo será exercido por incidente nos próprios autos independentemente de
a denunciação da lide ser indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.

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c) A oposição, oferecida antes da audiência, correrá de forma autônoma e suspenderá o


julgamento da ação principal.
d) É admissível a denunciação da lide àquele que estiver obrigado a indenizar, em ação
regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
e) É inadmissível o chamamento ao processo do devedor, na ação em que o fiador for autor.

4.2 – GABARITO

1. C 34. D 67. E
2. A 35. B 68. B
3. D 36. C 69. A
4. A 37. B 70. B
5. D 38. C 71. C
6. D 39. C 72. B
7. D 40. A 73. B
8. B 41. B 74. C
9. E 42. B 75. C
10. B 43. E 76. D
11. E 44. C 77. A
12. E 45. C 78. A
13. A 46. D 79. C
14. D 47. D 80. B
15. A 48. D 81. A
16. D 49. C 82. D
17. C 50. D 83. B
18. C 51. C 84. E
19. E 52. A 85. D
20. E 53. D 86. D
21. E 54. C 87. C
22. B 55. E 88. D
23. A 56. C 89. CORRETA
24. B 57. B 90. B
25. B 58. C 91. E
26. D 59. A 92. B
27. A 60. D 93. A
28. A 61. B 94. B
29. B 62. D 95. C
30. D 63. D 96. E
31. A 64. D 97. E
32. E 65. A 98. A
33. B 66. E 99. E

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100. D

4.3 – LISTA QUESTÕES COM COMENTÁRIOS

FCC

1. FCC/TRT-6/2018
Em relação às modificações de competência,
a) o foro contratual eleito pelas partes é personalíssimo e, portanto, não obriga os herdeiros
e sucessores das partes.
b) a determinada em razão da matéria, da pessoa ou do valor é inderrogável por convenção
das partes.
c) quando houver continência e a ação continente houver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
d) a abusividade da cláusula de eleição de foro deve ser alegada pela parte a quem aproveita,
não podendo ser examinada de ofício pelo juiz, salvo em relações consumeristas.
e) serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, desde que haja
conexão entre eles.

Comentários
A alternativa correta e gabarito da questão é a letra C, pois de acordo com o artigo 57, do CPC, a
continência pode gerar a reunião dos processos ou a extinção peremptória do processo, sem
resolução do mérito, a depender do caso:
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo
à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas.
Vejamos as demais alternativas de modo objetivo.
A alternativa A está incorreta, porque o foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes
(art. 63, §2º, do CPC).
A assertiva B está errada, pois, pela conjugação dos artigos 62 e 63, do CPC, a competência em razão
da matéria e da pessoa de fato são inderrogáveis, mas a competência em razão do valor é passível
de modificação por vontade das partes. Confira:
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção
das partes.
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será
proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

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A alternativa D está errada, uma vez que o magistrado pode, de ofício, antes da citação, reputar
ineficaz a cláusula de eleição de foro se entender que esta é abusiva, determinando a remessa dos
autos ao juízo do foro do domicílio do réu (art. 63, §3º, do CPC).
A assertiva E está incorreta, pois vai de encontro com o que preconiza o art. 55, §3º, do CPC:
§3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões
conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

2. FCC/TRT-6/2018
Analise os enunciados a seguir, relativos à competência:
I. Argui-se exclusivamente, por meio de exceção, a incompetência relativa.
II. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
III. Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de
domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer
foro.
IV. Acolhida a alegação de incompetência absoluta, que se refere à matéria, à função e à
pessoa, o processo será extinto sem resolução do mérito, interrompida porém a prescrição.
V. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e V.
b) I, III, IV e V.
c) I, II e IV.
d) II, IV e V.
e) II, III, IV e V.

Comentários
O item I está incorreto, pois com o CPC/2015, a incompetência, independentemente de sua
natureza, será alegada pelo réu como preliminar de contestação (art. 64, caput, do CPC).
O item II está correto, pois traz a previsão do art. 43, do CPC:
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
O item III está correto, pois expõe o que prevê o art. 46, §3º, do CPC:
§3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor,
e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.

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O item IV está incorreto, pois acolhida a alegação de incompetência absoluta, que se refere à
matéria, à função e à pessoa, o processo não será extinto, mas sim remetido ao juízo competente
(art. 64, §3º, do CPC). Contudo, frise-se que neste caso haverá sim a interrupção da prescrição, nos
termos do art. 202 do CC.
O item V, por fim, está correto, haja vista que trata-se de transcrição do CPC:
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
Logo, a alternativa correta e gabarito da questão é a letra A, pois apenas os itens II, III e V estão
certos.

3. FCC/DPE-AM/2018
Carlos e Vitória se casaram na cidade de Tabatinga (AM), onde residiram por cerca de três anos
e tiveram dois filhos. Há cerca de dois anos se mudaram para Tefé (AM). Em razão de
desentendimentos entre o casal, acabaram rompendo o relacionamento e, após a separação
de fato, Vitória se mudou para Parintins (AM), enquanto Carlos voltou com as crianças para a
sua cidade natal, Eurunepé (AM). O único imóvel do casal está situado na cidade de Manaus
(AM). Caso Carlos venha a ajuizar ação de divórcio, a competência territorial neste caso será
da Comarca de
a) Tabatinga.
b) Parintins.
c) Manaus.
d) Eurunepé.
e) Tefé.

Comentários
A alternativa correta e gabarito da questão é a letra D. O CPC/2015 criou duas regras, a depender
da existência de filho incapaz, para definir o foro competente para as ações de de divórcio,
separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável. De acordo
com o dispositivo legal, há foros subsidiários, com preferência legal estabelecida na seguinte ordem:
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
Deste modo, considerando a existência de filhos incapazes e que estem encontram-se sob à guarda
de Carlos, em Eurunepé (AM), este é foro competente para a ação de divórcio, nos termos do art.
supramencionado.

4. FCC/PGE-AP/2018

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No tocante à modificação da competência,


a) quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
b) caso a alegação de incompetência seja acolhida, o processo será sempre extinto sem
resolução do mérito, interrompida porém a prescrição.
c) a competência relativa poderá modificar-se pela conexão, litispendência ou pela
continência.
d) os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, mesmo que um deles
já tenha sido sentenciado.
e) a incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de
contestação; se relativa a incompetência pode ser alegada em qualquer tempo e grau de
jurisdição e deve ser declarada de ofício.

Comentários
A alternativa correta e gabarito da questão é a letra A, pois é o que prevê o art. 57, do CPC:
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo
à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas.
A alternativa B está incorreta, pois caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão
remetidos ao juízo competente (art. 64, §3º, CPC).
A assertiva C está incorreta, uma vez que a competência relativa poderá modificar-se pela conexão
ou pela continência (art. 54 do CPC), mas não pela litispendência.
A alternativa D está errada, haja vista que os processos de ações conexas serão reunidos para
decisão conjunta, salvo se um deles já tenha sido sentenciado (art. 55, §1º, do CPC).
A assertiva E está errada, visto que é a incompetência absoluta que pode ser alegada em qualquer
tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. Neste sentido:
Art. 64 do CPC: A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de
ofício.

5. FCC/MPE-PB/2018
Em relação à competência,
a) a ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio dele próprio ou do lugar
em que foi contraída a obrigação, desde que mais favorável ao incapaz.
b) é ela determinada no momento em que o juiz ordena a citação do réu.

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c) a ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro de domicílio do autor.
d) o foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ressalvados
os casos de incompetência absoluta, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
e) nas ações em que o Estado for autor, o foro competente é sua Capital, podendo a ação ser
proposta no foro de domicílio do autor se o Estado for réu.

Comentários
A alternativa correta e gabarito da questão é a letra D, pois coaduna com o que prescreve o art. 48,
CPC.
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Ocorre que, como bem fala a alternativa, apesar de regra de foro especial, o art. 48 supratranscrito
cria tão somente uma regra de competência territorial, relativa por natureza, e, sempre que houver
conflito com norma de competência absoluta, esta deverá prevalecer. Assim, tratando-se de
demanda que verse sobre algum dos direitos reais imobiliários previstos no art. 47, do CPC, o foro
do local do imóvel tem preferência sobre o foro previsto no art. 48, do CPC. Há, entretanto,
competência absoluta do juízo do inventário para julgar ação anulatória de testamento, ainda que
outro juízo tenha sido responsável pela ação de abertura, registro e cumprimento do testamento.
Vejamos o erro das demais alternativas.
A alternativa A está incorreta, pois outro é o foro previsto no CPC:
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.
A alternativa B está errada, uma vez que a competência é determinada no momento do registro ou
da distribuição da petição inicial (art. 43 do CPC).
A assertiva C está errada, haja vista que a ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre
bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu (art. 46 do CPC).
A alternativa E está incorreta, pois outra é a previsão do CPC:
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de
domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital
do respectivo ente federado.

6. FCC/SEAD-AP/2018
Joaquim, com dezesseis anos de idade, assistido por sua mãe, Silvana, domiciliada em São
Bernardo do Campo-SP, celebrou, no Rio de Janeiro-RJ, com Fabrísio, domiciliado em Macapá-
AP, contrato de compra e venda de um relógio, pelo preço de R$ 3.000,00. Operou-se, então,

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a tradição do bem, mas, injustificadamente, não se realizou o pagamento. Assim, considerando


que não houve eleição de foro, Fabrísio deverá propor contra Joaquim ação de cobrança do
preço no foro da comarca de
a) São Bernardo do Campo-SP ou Macapá-AP, à sua escolha.
b) Rio de Janeiro-RJ.
c) Macapá-AP.
d) São Bernardo do Campo-SP.
e) São Bernardo do Campo-SP, Macapá-AP ou Rio de Janeiro-RJ, à sua escolha.

Comentários
A alternativa correta e gabarito da questão é a letra D, pois Joaquim é incapaz (menor de 18 anos),
de modo que o foro competente para as ações em que ele for réu, é o domicílio de sua assistente,
no caso, em São Bernardo do Campo/SP. Confira a previsão do CPC neste sentido:
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.

7. FCC/SEF-SC/2018
Em relação à competência, é correto afirmar:
a) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença com resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
b) Independentemente de sua natureza, prorrogar-se-á se o réu não alegar a incompetência
em preliminar de contestação.
c) Caso a alegação de incompetência absoluta seja acolhida, o processo será sempre extinto
sem resolução do mérito; se for acolhida a alegação de incompetência relativa, os autos serão
remetidos ao juízo competente.
d) Proposta a execução fiscal, a posterior mudança de domicílio do executado não desloca a
competência já fixada.
e) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é derrogável por
convenção das partes.

Comentários
A alternativa A está incorreta. O CPC prevê que quando houver continência e a ação continente tiver
sido proposta anteriormente, na ação contida será proferida sentença SEM resolução de mérito,
caso contrário, as ações serão reunidas (art. 57).
A assertiva B está errada, pois, ocorrerá prorrogação da competência de natureza relativa caso não
seja alegada em preliminar de contestação (art. 65 do CPC). Tratando-se de incompetência absoluta,
poderá ser reconhecida a qualquer momento do processo, inclusive após o seu fim por intermédio
de ação rescisória, nos termos do art. 966, II, do CPC.

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A alternativa C está incorreta. Nos termos do art. 64, §3º, do CPC, reconhecida a incompetência –
absoluta ou relativa –, o processo será remetido ao juízo competente, de forma que tais matérias
são consideradas, ao menos em regra, dilatórias, ou seja, seu acolhimento somente fará com que o
tempo de duração do processo seja prolongado.
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
A alternativa correta é a letra D, pois traz a previsão de Súmula do STJ:
Súmula 58/STJ: Proposta a execução fiscal, a posterior mudança de domicilio do executado não desloca a
competência já fixada.
A assertiva E está incorreta, pois essas competências são inderrogáveis, conforme consta do CPC:
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção
das partes.

8. FCC/PGE-AP/2018
No tocante à modificação da competência,
(A) a incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de
contestação; se relativa a incompetência pode ser alegada em qualquer tempo e grau de
jurisdição e deve ser declarada de ofício.
(B) quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
(C) caso a alegação de incompetência seja acolhida, o processo será sempre extinto sem
resolução do mérito, interrompida porém a prescrição.
(D) a competência relativa poderá modificar-se pela conexão, litispendência ou pela
continência.
(E) os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, mesmo que um deles
já tenha sido sentenciado.
Comentários
A alternativa A está incorreta. O examinador troca “incompetência absoluta” por “incompetência
relativa”, para tentar confundir o candidato. Vejam (art. 64, § 1º, CPC):
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada
de ofício.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Segundo o art. 57, do CPC:
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo
à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas.

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A alternativa C está incorreta. Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão
remetidos ao juízo competente (art. 64, § 3º, do CPC).
A alternativa D está incorreta. A litispendência não modifica competência, ela enseja a extinção do
processo sem resolução de mérito (art. 485, V, do CPC). O art. 54, do CPC, fala apenas em conexão
e continência. Vejam:
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto
nesta Seção.
E a alternativa E está incorreta. Caso um dos processos já tenha sido sentenciado, não haverá
reunião para decisão conjunta (art. 55, § 1º, do CPC).

9. FCC/CLDF/2018
No que tange aos critérios de modificação de competência,
(A) a competência determinada em razão do território, pessoa ou função é derrogável por
convenção das partes.
(B) reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum pedido, as partes e a causa
de pedir.
(C) os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, ainda que um deles
já tenha sido sentenciado.
(D) a reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, ocorrendo a
prevenção com o oferecimento da contestação pelo réu.
(E) quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Como visto em aula, às partes é facultado convencionar sobre a
competência quando ela é relativa, quer dizer, quando fundada, em regra, em critérios de território
ou de valor. Ao contrário, quando a competência é absoluta, quer dizer, quando ela é fundada em
razão da matéria, da pessoa ou da função, ela é inderrogável por convenção das partes (art. 62, CPC).
É por isso que está incorreta a afirmativa. Ao dizer que a competência fundada em razão da pessoa
ou da função é derrogável pelas partes, ela contraria a literal disposição do art. 62 e a regra que
diferencia a competência absoluta da relativa.
A alternativa B, também, está incorreta. Quando, em duas ações, coincidirem o pedido, as partes e
a causa de pedir (os três elementos identificadores da ação), teremos, se a ação estiver em curso,
litispendência, e, se a ação já tiver transitado em julgado, coisa julgada, nunca conexão. A conexão
só ocorrerá quando tivermos duas ou mais ações com o pedido ou a causa de pedir em comum (art.
55, CPC). Confiram:
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido OU a causa de pedir.

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A alternativa C, também, está incorreta. Isso, por contrariar a expressa disposição do art. 55, § 1º,
do Código. Vejamos:
Art. 55. (...)
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
A alternativa D, igualmente, está incorreta, uma vez que o que gera a prevenção, como sabemos, é
o registro ou a distribuição da petição inicial (art. 59, CPC), nunca “o oferecimento da contestação
pelo réu”:
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

E a alternativa E, finalmente, é a alternativa correta e o gabarito da questão. De acordo com o art.


57, do Código:
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo
à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas.

10. FCC/TRT-15ªR/2018
É competente o foro
(A) do domicílio do réu, somente, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito
ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
(B) do lugar da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por
ato praticado em razão do ofício.
(C) de domicílio do autor, exclusivamente, para as causas em que sejam autores Estado, Distrito
Federal ou União.
(D) de domicílio do autor ou do réu na ação em que este último for incapaz.
(E) de situação da coisa, sempre, para as ações fundadas em direito pessoal sobre bens móveis.
Comentários
A questão cobra do candidato conhecimentos sobre as disposições gerais acerca da competência
(arts. 42 a 53, do CPC) e, logo em uma primeira análise, podemos perceber que a alternativa B é
cópia literal da disposição do art. 53, III, “f”. Vejamos:
Art. 53. É competente o foro:
(...)
III - do lugar:
(...)
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do
ofício;
Sendo assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
Vejamos o erro das demais alternativas:

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A alternativa A está incorreta, porque o foro competente para a ação de reparação de dano sofrido
em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves, não é, somente, o do domicílio do
réu, mas também o do domicílio do autor ou o do local do fato, conforme art. 53, V, do CPC.
A alternativa C está incorreta, porque, para as causas em que sejam autores Estado, Distrito Federal
ou União, o foro competente será o do domicílio do réu (art. 51 e art. 52, do CPC), e não o do
domicílio do autor.
A alternativa D está incorreta, porque a ação em que o réu for incapaz será proposta no foro de
domicílio de seu representante ou assistente (art. 50, do CPC), e não no domicílio do autor.
E a alternativa E está incorreta, uma vez que é competente o foro da situação da coisa para as ações
fundadas em direito real sobre bens imóveis (art. 47, caput, do CPC), e não para as ações fundadas
em direito pessoal sobre bens móveis, como afirma a alternativa.

11. FCC/TRT-2ªR/2018
Sobre a competência, nos termos preconizados pelo Código de Processo Civil, é correto
afirmar:
(A) Após a consumação da citação do réu a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser
reputada ineficaz pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro do domicílio
do réu.
(B) Tramitando uma ação de recuperação judicial perante a justiça estadual, havendo
intervenção nos autos de uma empresa pública federal como terceiro interveniente, os autos
serão encaminhados imediatamente ao juízo federal competente.
(C) Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta, em regra,
no foro do domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta
obrigatoriamente em Brasília, na capital federal.
(D) A ação possessória imobiliária será proposta, em regra, no foro de situação da coisa, mas o
autor pode optar por demandar no foro do domicílio do réu.
(E) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 63, §3º, do NCPC:
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que
determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
A alternativa B está incorreta. A ação de recuperação judicial é uma exceção prevista no art. 45, I,
da Lei nº 13.105/15:
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se
nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização
de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:

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I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;


A alternativa C está incorreta, pois a ação será proposta em qualquer foro, conforme prevê o art.
46, §3º, da referida Lei:
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor,
e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
A alternativa D está incorreta. De acordo com o §2º, do art. 47, do NCPC, a ação possessória
imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
A alternativa E é correta e gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 57, da Lei nº 13.105/15:
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo
à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas.

12. FCC/TRF-5ªR/2017
A ação de falência tramitando na Justiça Estadual
a) será remetida à Justiça Federal se a União for credora do falido, mas desde que tenha
habilitado o seu crédito na falência.
b) será remetida à Justiça Federal se a União for credora do falido, independentemente de ter
ou não habilitado o seu crédito na falência.
c) será remetida à Justiça Federal sempre que houver interesse jurídico da União, ainda que
não seja credora do falido.
d) não deve ser remetida à Justiça Federal, salvo se a União expressamente o requerer, e
houver a concordância do administrador judicial e do Ministério Público com o pedido.
e) não deve ser remetida à Justiça Federal, nem mesmo se nela intervier a União.

Comentários
De acordo com o art. 45, I, do NCPC, não haverá competência da Justiça Federal nas causas falência.
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se
nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização
de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
Além disso, veja o que dispõe o art. 109, I, da CF/88:
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição
de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça
Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

13. FCC/TRT-RN/2018

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Reinaldo move em face de Fernanda ação de execução fundada em título extrajudicial que é
objeto de ação anulatória contra ele ajuizada por Fernanda. Distribuídos a juízos distintos da
mesma comarca e ainda não sentenciados, esses processos
a) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele para o qual tiver
sido distribuída em primeiro lugar a petição inicial de qualquer uma das ações.
b) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele que houver
despachado em primeiro lugar qualquer uma das ações.
c) não deverão ser reunidos, pois entre eles não existe conexão.
d) somente serão reunidos se forem ajuizados embargos à execução, em relação aos quais se
estabelece conexão com a ação anulatória.
e) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele perante o qual
tiver sido aperfeiçoada a primeira citação válida.

Comentários
De acordo com o art. 55, §2º, I, do NCPC, as ações ajuizadas por Reinaldo e Fernanda são conexas,
já que a ação de execução e a anulatória dizem respeito ao mesmo título executivo.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 2o Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
Desse modo, as ações deverão ser reunidas no juízo prevento, conforme estabelece o art. 58:
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas
simultaneamente.
Além disso, com base no art. 59, o que torna o juízo prevento é o registro da petição inicial ou a sua
distribuição.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

14. FCC/SABESP/2018
O juízo estadual, verificando que certa ação de ressarcimento de danos é proposta em face de
Mévio e da Caixa Econômica Federal, dá-se por incompetente e remete os autos ao juízo
federal que, por sua vez, após ouvir as partes, exclui do processo a referida empresa pública e
devolve os autos ao juízo estadual. Nessa situação, segundo dispõe o Código de Processo Civil
de 2015, o juízo
a) estadual, se discordar da decisão do juízo federal, deverá a este reenviar os autos, expondo
as razões do seu convencimento.
b) federal, após excluir a Caixa Econômica Federal do feito, deveria ter suscitado conflito
negativo de competência.

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c) estadual, se discordar da decisão do juízo federal, deverá suscitar conflito negativo de


competência, no prazo preclusivo de 5 dias.
d) federal agiu acertadamente ao devolver os autos ao juízo estadual após excluir a Caixa
Econômica Federal do feito, não se cogitando, no caso, de conflito de competência.
e) estadual, ao verificar que a relação processual envolvia a Caixa Econômica Federal, deveria
desde logo, ter suscitado o conflito de competência perante o Tribunal competente, sobretudo
se, de acordo com o seu pensamento, a Caixa Econômica Federal fosse, sim, parte legítima no
feito.

Comentários
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Nesse caso, de acordo com o art. 45, caput e
§3º, do NCPC, o juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente
federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo.
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se
nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização
de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença
ensejou a remessa for excluído do processo.
Vejamos o erro das demais alternativas:
As alternativas A e C estão incorretas, uma vez que o Juiz Estadual não pode discordar da decisão
do Juiz Federal, nesse caso. A decisão do Juízo Federal que exclui da relação processual o ente federal
não pode ser reexaminada pelo Juízo Estadual porque a competência para decidir se há interesse
jurídico da União ou não, no caso, é da Justiça Federal (art. 109, I, da CF) e somente. Confiram o teor
da Súmula 254-STJ:
A decisão do Juízo Federal que exclui da relação processual ente federal não pode ser reexaminada no Juízo
Estadual.
A alternativa B também está incorreta. Como vimos (art. 45, § 3º, CPC), a Justiça Federal não deve
suscitar conflito de competência.
E a alternativa E está incorreta também, uma vez que, não cabe à Justiça Estadual decidir se a Caixa
Econômica Federal é ou não parte legítima no feito (Súmula 150-STJ):
Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo,
da União, suas autarquias ou empresas públicas.

15. FCC/TRT-24ªR/2017
Sobre a competência interna, de acordo com o Código de Processo Civil, é correto afirmar:
a) Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.

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b) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, podendo o autor,
contudo, optar pelo foro do domicílio do réu ou de eleição.
c) Tramitando processo de recuperação judicial na Justiça Estadual, os autos serão remetidos
ao juízo federal competente no caso de intervenção de uma determinada empresa pública
federal.
d) O foro da Capital do Estado é competente para as causas em que seja autora a União.
e) A citação válida torna prevento o juízo e, ainda quando ordenada por juiz incompetente,
constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

Comentários
O tema competência sempre é muito importante para o estudo do Direito Processual Civil. Nessa
questão, a banca cobrou alguns temas específicos, porém relevantes da competência. Vejamos cada
uma das alternativas.
A alternativa A está correta. A competência é classificada em competência absoluta e em
competência relativa.
De forma sintética, você precisa lembrar:

Competência Absoluta Competência Relativa

interesse público interesse particular

alegada em preliminar de contestação. alegada pelo réu em preliminar de contestação


* poderá ser alegada a qualquer tempo, por qualquer das partes. * gera preclusão (prorrogação da competência)

conhecimento provocado ou de ofício conhecimento provocado

não pode ser alterada por vontade das partes eleição de foro

não admite conexão e continência conexão e continência.

Em relação à competência relativa, caso o réu não a alegue no prazo oportuno ocorre a preclusão e,
portanto, temos a prorrogação da competência (art. 65, CPC). Lembre-se que, em regra, o réu deve
arguir a incompetência relativa em preliminar de contestação (art. 64, CPC), exceto se envolver fato
superveniente cuja alegação deverá ocorrer no prazo de 15 dias a contar do conhecimento dos fatos.
A alternativa B está incorreta. Segundo o art. 47, § 2º, a ação possessória imobiliária será proposta
no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
A alternativa C também está incorreta. Na definição da competência da Justiça Federal, devemos
observar o art. 109 da CF e o art. 45 do NCPC. Ambas as normas tratam, em síntese, que a Justiça
Federal é competente para processar e julgar ações que tem em um dos polos da demanda a União
e respectivas empresas públicas, entidades autárquicas, fundações públicas ou conselhos de
fiscalização de atividade profissional são da competência da Justiça Federal. Contudo, ainda que

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essas partes estejam no processo, não será a competência da Justiça Federal os processos que
envolvam:
 recuperação judicial e falência;
 insolvência civil;
 acidente de trabalho;
 ações da Justiça do Trabalho; e
 ações da Justiça Eleitoral.
Portanto, as ações que envolvam recuperação judicial não serão remetidos à Justiça Federal caso
haja intervenção de empresa pública federal.
A alternativa D está incorreta, pois o foro da Capital do Estado não é foro das ações da União. Em
relação a essas ações devemos observar o seguinte esquema formulado a partir da análise dos arts.
51 e 52, do NCPC:

COMPETÊNCIA PARA JULGAR AÇÕES ENVOLVENDO A UNIÃO, ESTADOS-MEMBROS E DISTRITO FEDERAL

Se os entes
públicos forem Se os entes públicos forem réus
autores

no Distrito Federal
(União) ou na
no local de
foro do domicílio no foro da situação capital do
domicílio do réu ocorrência do ato
do autor; da coisa; ou respectivo ente
ou fato;
federado (Estados
ou DF).

Por fim, incorreta a alternativa E, pois a citação válida, segundo o art. 240, caput, do NCPC, ainda
que ordenada por juiz INCOMPETENTE:
 induz a litispendência;
 torna litigiosa a coisa; e
 constitui em mora o devedor.
A prevenção, por outro lado, decorre do registro ou da distribuição (art. 59).

16. FCC/DPE-ES/2016
A respeito da competência, o novo Código de Processo Civil dispõe que
a) a ação em que se pleiteia somente o reconhecimento da paternidade, deve ser proposta no
foro do domicílio do autor.

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b) a incompetência relativa do juízo deve ser alegada em exceção de competência, no prazo


para a resposta.
c) o inventário deve ser proposto, em regra, ao foro de situação dos bens imóveis do autor da
herança.
d) como regra, nas ações de divórcio, é competente o foro do guardião do filho incapaz e, caso
não haja filho incapaz, o foro do último domicílio do casal.
e) a ação possessória imobiliária deve ser proposta no foro de situação da coisa, mas por se
tratar de competência territorial, se prorroga caso não venha a ser alegada no momento
oportuno.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 46, caput, da Lei nº 13.105/15, a ação de
reconhecimento de paternidade deve ser proposta no foro do domicílio do réu, seguindo a regra
geral.
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no
foro de domicílio do réu.
A alternativa B está incorreta. Devem ser arguidas em preliminar de contestação, tanto a
incompetência relativa quanto a absoluta, nos termos do art. 64, caput, da referida Lei:
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
Não há mais que se falar em exceção de competência. Essa defesa não existe mais no Código de
Processo Civil.
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 48, do NCPC, o inventário deve ser proposto no foro
de domicílio do autor da herança.
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Apenas subsidiariamente, se o autor da herança não possuía domicílio certo, é que se levará em
consideração o foro de situação dos bens imóveis (art. 48, parágrafo único):
Art. 48. (...)
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 53, I, da Lei nº
13.105/15:
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:

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a) de domicílio do guardião de filho incapaz;


b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
A alternativa E está incorreta. Não há que se falar em prorrogação ao se tratar de competência
absoluta, ainda que não suscitada no momento oportuno. A competência absoluta poderá ser
alegada ou declara de ofício a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição.
Confira o que dispõe o §2º, do art. 47, da referida Lei:
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.
Lembre-se de que, aqui, nós temos uma exceção à regra. Apesar de a competência ser territorial,
ela será absoluta por expressa determinação legal.

17. FCC/TRT-20ªR/2016
Joana ajuizou ação de reintegração de posse contra Pietra. A ação tem como objeto um imóvel.
Tal ação deverá ser proposta no foro
a) do domicílio dos réus, cujo juízo tem competência absoluta.
b) do domicílio dos réus, cujo juízo tem competência relativa.
c) da situação do imóvel, cujo juízo tem competência absoluta.
d) do domicílio dos autores, cujo juízo tem competência relativa.
e) da situação do imóvel, cujo juízo tem competência relativa.

Comentários
A regra é de que a competência territorial é relativa. Ao se tratar de a ação de direito de propriedade,
vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova, a competência
territorial será absoluta. Ademais, no caso de ação possessória imobiliária, será proposta no foro de
situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. É o que dispõe o art. 47 e §§, do NCPC:
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito
de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.
Desse modo, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

18. FCC/PGE-MT/2016
A respeito de competência absoluta e relativa, segundo legislação vigente,

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a) a incompetência relativa não pode ser conhecida de ofício pelo Magistrado, pois deve ser
alegada pelo réu em exceção de incompetência, em peça apartada, no mesmo prazo da
contestação.
b) a competência prevista em lei para a execução fiscal, é de natureza funcional e, assim,
absoluta, de modo que pode ser declinada de ofício pelo Magistrado.
c) a incompetência, seja absoluta ou relativa, deve ser alegada pelo réu em preliminar de
contestação; todavia, caso não o faça no prazo legal, somente esta última se prorroga.
d) o Código prevê que é possível a reunião de duas ações conexas no juízo prevento, ainda que
se trate de competência em razão da matéria, desde que haja interesse público que justifique
a união das demandas para único julgamento.
e) a incompetência territorial é relativa e, por isso, não pode ser conhecida de ofício pelo
Magistrado, razão pela qual se prorroga, caso não seja alegada no momento oportuno.

Comentários
A alternativa A está incorreta. O NCPC passou a prever que tanto a incompetência relativa quanto a
incompetência absoluta devem ser arguidas em preliminar de contestação. Vejamos o art. 64:
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
Como já dito, o Código de Processo Civil não abarca mais a antiga “exceção de competência”.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o §5º, do art. 46, da referida Lei, a fixação de
competência para o ajuizamento de execução fiscal é relativa, e não absoluta.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for
encontrado.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o caput do art. 64,
combinado com o caput do art. 65, da Lei nº 13.105/15:
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.
A alternativa D está incorreta. Se a competência for estabelecida em razão da matéria, não haverá,
em regra, conexão, pois a competência estabelecida em razão da matéria é absoluta.
A alternativa E está incorreta. A fixação de competência territorial é relativa, porém, em alguns
casos, a competência territorial será absoluta. As exceções estão previstas nos §§ do art. 47, do
NCPC:
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito
de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.

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Observe que, apesar de a alternativa E trazer a regra, devemos marcar a questão como errada,
diante da alternativa C, que é incontestavelmente correta. Em geral, minha sugestão é que, diante
da regra, vocês não tragam para a questão exceções não escritas, mas, nesse caso, prevaleceu a
máxima de que em provas de múltipla escolha o candidato deve marcar a alternativa “mais correta”.
Infelizmente, questões como essa não são raras. É preciso prestar muita atenção.

19. FCC/Prefeitura de Campinas – SP/2016


No que tange à incompetência absoluta e à incompetência relativa, é correto afirmar:
a) A competência determinada em razão de matéria, da pessoa ou da função é derrogável por
convenção das partes.
b) Prorrogar-se-ão as competências relativa e absoluta se o réu não alegar a incompetência em
preliminar de contestação.
c) A incompetência absoluta será alegada como preliminar de contestação, enquanto a relativa
será arguida por meio de exceção.
d) Caso a alegação de incompetência seja acolhida, o processo será extinto, sem resolução de
mérito.
e) A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve
ser declarada de ofício.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Com base no art. 62, do NCPC, é inderrogável por convenção das
partes a competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função.
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção
das partes.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 65, caput, da Lei nº 13.105/15, somente a
competência relativa pode ser prorrogada caso não suscitada em preliminar de contestação.
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.
A alternativa C está incorreta. Segundo o art. 64, caput, da referida Lei, tanto a incompetência
absoluta, quanto a relativa, devem ser alegadas em preliminar de contestação.
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
A alternativa D está incorreta. Os autos deverão ser remetidos ao juízo competente, caso a alegação
de incompetência seja acolhida. Vejamos o §3º, do art. 64, do NCPC:
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
A alternativa E é correta e gabarito da questão, conforme prevê o §1º, do art. 64, da Lei nº
13.105/15:
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada
de ofício.

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20. FCC/TJ-SE/2015
P adquiriu, a prestações, terreno de propriedade de D, pessoa física sem atuação no ramo de
imóveis, subscrevendo contrato que continha cláusula de eleição de foro, amplamente
discutida e aceita pelos contratantes, segundo a qual a cobrança de parcelas em atraso se daria
na Comarca de Campinas, no Estado de São Paulo, embora as partes possuam domicílio em
Aracaju. Inadimplido o contrato, D ajuizou ação no foro contratualmente eleito para a cobrança
das parcelas em atraso, e P não opôs exceção declinatória nem o juiz declarou a nulidade da
cláusula de eleição de foro. De acordo com o Código de Processo Civil, o processo,
a) deverá ser remetido à Comarca de Aracaju, porque, embora se trate de incompetência
relativa, a nulidade da cláusula de eleição de foro pode ser declarada a qualquer tempo e grau
de jurisdição, desde que tenha havido requerimento em preliminar de contestação.
b) deverá ser remetido, inclusive de ofício, à Comarca de Aracaju, porque a ação se funda em
direito real e não há prorrogação da competência em caso de incompetência absoluta.
c) deverá ser remetido à Comarca de Aracaju, porque, embora se trate de incompetência
relativa, a nulidade da cláusula de eleição de foro pode ser declarada, inclusive de ofício, a
qualquer tempo ou grau de jurisdição.
d) continuará a tramitar em Campinas, porque a competência se prorroga se a incompetência
absoluta não é alegada por meio de exceção declinatória.
e) continuará a tramitar perante a Comarca de Campinas, porque se prorrogou a competência,
que possui natureza relativa.

Comentários
De acordo com o NCPC, o processo continuará a tramitar perante a Comarca de Campinas, porque
se prorrogou a competência, que possui natureza relativa. Vejamos o art. 47, §1º:
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito
de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
Dessa forma, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.
O aluno poderia perguntar: “Mas professor, aqui a questão não trata sobre bens imóveis?”. E a
resposta seria: “Não”. A questão aqui trata sobre um contrato, que é o contrato de locação, e sobre
uma obrigação inadimplida, que é a obrigação de pagar. Sendo assim, estamos diante da regra geral,
e não da exceção.

21. FCC/TRT-14ª/2016
Isael, advogado, viaja para a Espanha para fazer um curso com duração de 6 meses na
Universidade de Salamanca. Durante o trâmite do curso, Isael acaba se envolvendo em um
acidente automobilístico e vem a óbito no local. Isael tem domicílio na cidade de Guajará-
Mirim, Rondônia, onde reside sozinho há mais de dez anos e todos os seus bens imóveis estão
situados na cidade de Salvador (Bahia), onde nasceu e foi criado. Os filhos de Isael, únicos

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herdeiros, residem na cidade de São Paulo, onde cursam universidades. Isael saiu do Brasil
rumo à Espanha do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Neste caso, nos termos
estabelecidos pelo Código de Processo Civil, a competência para processamento do inventário
será o foro da
a) comarca de São Paulo, onde residem os herdeiros do falecido.
b) comarca do Rio de Janeiro, último local onde o falecido esteve no Brasil.
c) comarca de Salvador, onde estão situados os bens imóveis do falecido.
d) cidade de Salamanca, na Espanha, onde ocorreu o óbito.
e) comarca de Guajará-Mirim, no estado de Rondônia, onde está situado o domicílio do autor
da herança.

Comentários
Nos termos estabelecidos pelo Novo Código, a competência para processamento do inventário será
o foro da comarca de Guajará-Mirim, no estado de Rondônia, onde está situado o domicílio do autor
da herança.
Vejamos o art. 48, do NCPC.
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

22. FCC/DPE-BA/2016
Sobre a competência,
a) a ação fundada em direito real sobre bem móvel será proposta, em regra, no foro da situação
da coisa.
b) a ação possessória imobiliária será proposta no foro da situação da coisa, cujo juízo tem
competência absoluta.
c) são irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente
ao registro ou à distribuição da petição inicial, ainda que alterem competência absoluta.
d) serão remetidos à Justiça Federal os processos nos quais intervier a União, incluindo as ações
de recuperação judicial e falência.
e) uma vez remetidos os autos à Justiça Federal, em razão de intervenção da União, o juízo
federal suscitará conflito de competência se, posteriormente, esta for excluída do processo.

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Comentários
Questão que aborda o conhecimento da competência territorial interna, segundo a disciplina do
NCPC.
A alternativa A está incorreta, pois o art. 46, do NCPC, disciplina que, no caso de “ação fundada em
direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do
réu”, e não sobre o foro da situação da coisa.
A alternativa B é a correta e gabarito da questão. Ela cobrou expressamente o §2º, do art. 47, do
NCPC, que prevê competência do juízo da situação da coisa para a ação possessória. Lembrando que
essa é uma hipótese excepcional no qual a competência territorial é absoluta.
A alternativa C está incorreta. De fato, são irrelevantes as modificações do estado de fato ou de
direito ocorridas posteriormente ao registro ou à distribuição da petição inicial, exceto no caso de
==11d71b==

modificação da competência absoluta, hipótese em que o princípio da perpetuatio jurisdictionis


deverá ser mitigado (art. 43, CPC).
A alternativa D também está incorreta, pois as ações de recuperação judicial e falência constituem
exceções à regra de remessa à Justiça Federal quando for parte a União, autarquias públicas e
empresas públicas federais, o que se extrai do art. 45, do NCPC.
A alternativa E está incorreta, pois o §3º, do art. 45, do NCPC, é expresso em sentido contrário ao
prever que o juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal
cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo.

23. FCC/TRE-PB/2015
No tocante a competência interna prevista no Código de Processo Civil brasileiro, considere:
I. Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for encontrado
ou no foro do domicílio do autor.
II. Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados necessariamente
no foro do autor.
III. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das
partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo
foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.
IV. A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou
continência.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) II e IV.

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e) I e III.

Comentários
Vamos analisar cada um dos itens.
O item I está correto, prevê o art. 46, §2º, do NCPC.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no
foro de domicílio do autor.
O item II está incorreto. De acordo com o art. 46, §4º, havendo dois ou mais réus, com diferentes
domicílios, serão demandados no foro de qualquer um deles, à escolha do autor.
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à
escolha do autor.
O item III está correto, pois reproduz os art. 62 e 63.
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção
das partes.
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será
proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
O item IV está correto. Vejamos o art. 54.
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto
nesta Seção.
Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

24. FCC/TRE-AP/2015
Considere as seguintes hipóteses: O Processo A e o Processo B possuem em comum o objeto.
O Processo C e o Processo D possuem em comum a causa de pedir. Nestes casos,
a) há continência entre os processos A e B e entre os processos C e D.
b) há conexão entre os processos A e B e entre os processos C e D.
c) há conexão entre os processos A e B e continência entre os processos C e D.
d) há continência entre os processos A e B e conexão entre os processos C e D.
e) não há continência e nem conexão entres os processos A e B, nem entre os processos C e D.

Comentários
A conexão e a continência estão previstas nos art. 55 e 56 do NCPC.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa
de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
Nesses casos, há conexão entre os processos A e B e entre os processos C e D. Você deve ler “objeto”
como “pedido”.

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Dessa forma, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.


Mas por que não há continência? Como apontado no art. 56, para que haja continência é preciso
que haja (i) identidade entre as partes, (ii) identidade entre as causas de pedir e (iii) um pedido
(objeto) mais amplo do que outro. Ou seja, a lei exige três requisitos para que haja continência
(enquanto, para que haja conexão, ela exige apenas um: identidade de (i) pedido (objeto) OU de (ii)
causa de pedir). Logo, como o enunciado da questão só apontou uma característica dos Processos A
e B e uma característica dos Processos C e D, nunca poderíamos falar em continência.

25. FCC/TRE-AP/2015
Considere a seguinte situação hipotética: Marcos, advogado recém formado, irá ajuizar duas
ações. A ação A é fundada em direito pessoal e a ação B é fundada em direito real sobre bem
móvel. Nestes casos, de acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, em regra,
a) a ação A será ajuizada no foro do domicílio do autor e a ação B no foro do domicilio do réu.
b) ambas as ações serão ajuizadas no foro do domicílio do réu.
c) a ação A será ajuizada no foro do domicílio do réu e a ação B no foro do domicilio do autor.
d) ambas as ações serão ajuizadas no foro do domicílio do autor.
e) em ambas as ações o autor poderá escolher entre o foro do domicílio do autor ou do
domicílio do réu.

Comentários
A ação A é fundada em direito pessoal e a ação B é fundada em direito real sobre bem móvel. Nesses
casos, de acordo com o NCPC, em regra, ambas as ações serão ajuizadas no foro do domicílio do réu,
conforme art. 46, do NCPC.
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no
foro de domicílio do réu.
Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
Não confunda:

Foro competente

Ação fundada em direito real sobre bens móveis Ação fundada em direito real sobre bens imóveis

Foro de domicílio do réu Foro de situação da coisa

Art. 46, caput, CPC Art. 47, caput, CPC

Competência relativa Competência absoluta

26. FCC/TJ-AL/2015

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A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser declarada de ofício
pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de domicílio do réu.
Esta norma refere-se à competência
a) em razão da pessoa.
b) funcional.
c) absoluta.
d) relativa.
e) em razão da matéria.

Comentários
Essa norma refere-se à competência relativa, pois somente ela, ao contrário da competência
absoluta, poderá ser alterada por acordo entre as partes, por prorrogação ou quando dela declinar
o juiz. A cláusula de eleição de foro refere-se à fixação de competência territorial a qual, em regra,
é relativa. Vejamos o art. 63, §3º e §4º, do NCPC.
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que
determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de
preclusão.
Assim, a alternativa D está correta e é gabarito da questão.

27. FCC/TCM-RJ/2015
A respeito da competência, considere
I. A incompetência absoluta deve ser arguida no âmbito de exceção de incompetência.
II. Declarada a incompetência absoluta, todos os atos do processo são declarados nulos, por
afrontarem expressa disposição de lei.
III. Declarada a incompetência absoluta, o processo é extinto sem resolução de mérito, por
ausência de condições da ação.
IV. Duas ou mais ações são conexas quando comum o objeto ou a causa de pedir.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV.
e) I e III.

Comentários

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Vamos analisar cada um dos itens.


O item I está incorreto. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar
de contestação (não existe mais a antiga “exceção de competência”, do CPC/73), conforme prevê o
art. 64, do NCPC. Contudo, diz o § 1º, do mesmo artigo, que a incompetência absoluta poderá ser
alegada a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição.
O item II está incorreto. Conforme art. 64, §4º, salvo decisão judicial em sentido contrário,
conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja
proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
O item III está incorreto. Ainda com base no art. 64, o §3º, o qual menciona que caso a alegação de
incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
O item IV está correto. De acordo com o art. 55, reputam-se conexas duas ou mais ações quando
lhes for comum o pedido ou a causa de pedir (a questão fala em “objeto”, não em “pedido”, por
conta da redação do CPC de 1973 (art. 103, CPC/73), mas vocês podem tomar as duas expressões
como sinônimas).
Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

28. FCC/TCE-CE/2015
As ações fundadas em direito real sobre bens
a) móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu, tratando-se de competência
relativa.
b) móveis serão propostas, em regra, no foro da situação da coisa, tratando-se de competência
absoluta.
c) imóveis serão propostas sempre no foro da situação da coisa, tratando-se de competência
relativa.
d) móveis serão propostas sempre no foro do domicílio do réu, tratando-se de competência
absoluta.
e) imóveis serão propostas sempre no foro do domicílio do réu, tratando-se de competência
absoluta.

Comentários
Com base no art. 46, do NCPC, as ações fundadas em direito real sobre bens móveis serão propostas,
em regra, no foro do domicílio do réu. Além disso, trata-se de competência relativa, pois as partes
poderão dispor de forma diversa em contrato.
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no
foro de domicílio do réu.
Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

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Lembre-se de que está incorreto afirmar que "o foro de ações sobre bem imóveis é o da situação da
coisa, cuja competência é relativa" porque essa NÃO É A REGRA. Em regra, é ABSOLUTO o foro de
situação da coisa para ajuizamento de ações que envolvam bens imóveis.
Excepcionalmente, nas hipóteses do §1º, do art. 47, do NCPC, temos a possibilidade de flexibilização
(ou melhor, de relativização) da competência.
Assim, embora a alternativa permita interpretação correta, ela inverte a regra de competência, o
que a torna incorreta.
Resumindo:

Foro competente

Ação fundada em direito real sobre bens móveis Ação fundada em direito real sobre bens imóveis

Foro de domicílio do réu Foro de situação da coisa

Art. 46, caput, CPC Art. 47, caput, CPC

Competência relativa Competência absoluta

29. FCC/TJ-RR/2015
Quanto à competência,
a) se reconhecida a incompetência absoluta, o processo será extinto, sem resolução do mérito.
b) sua estabilidade se dá no momento do registro ou da distribuição da petição inicial.
c) da decisão que reconhecer a incompetência relativa, não cabe recurso, por ausência de
gravame às partes.
d) como regra geral, são relevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas
posteriormente à determinação da competência.
e) as ações fundadas em direito real sobre móveis devem ser propostas em regra no foro da
situação da coisa, no momento da propositura.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Se reconhecida a incompetência absoluta do juízo, os autos serão
encaminhados ao juízo, sem a necessidade de sentença, conforme art. 64, §3º, do NCPC.
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art. 43.
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
A alternativa C está incorreta. Da decisão que reconhece a incompetência relativa, cabe sim recurso.
Quanto à essa recorribilidade, não obstante não haver previsão específica no art. 1.015, do NCPC, a

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doutrina entende que é cabível o agravo de instrumento. Cito, por exemplo, o Prof. Marinoni.
Outros doutrinadores, entendem que dada a taxatividade do dispositivo do Código a parte somente
poderia recorrer na apelação.
Cumpre destacar, contudo, que há recente decisão do STJ que parece apoiar a primeira corrente.
Confira:
“O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento
quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação”.
(STJ. Corte Especial. REsp 1704520/MT, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 05/12/2018)
A alternativa D está incorreta. Como citado acima, o art. 43 prevê que são irrelevantes as
modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. Trata-se do princípio da perpetuatio
jurisdictionis, que vimos durante a aula.
A alternativa E está incorreta. De acordo com o art. 47, as ações fundadas em direito real sobre
imóveis devem ser propostas, em regra, no foro da situação da coisa.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.

30. FCC/TER-RR/2015
No tocante à competência territorial, considere:
I. Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será proposta no foro do
domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta
obrigatoriamente no foro do réu.
II. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações em
que o espólio for réu, exceto se o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
III. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será
competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.
IV. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa.
Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e
nunciação de obra nova.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) III e IV.
e) II, III e IV.

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Comentários
Vamos analisar cada um dos itens.
O item I está incorreto. Segundo o art. 46, §3º, do NCPC, quando o réu não tiver domicílio ou
residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor e, se este também residir
fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
O item II está incorreto. De acordo com o art. 48, o foro de domicílio do autor da herança, no Brasil,
é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última
vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio
for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
O item III está correto, pois está previsto no art. 53, V.
Art. 53. É competente o foro:
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículos, inclusive aeronaves.
O item IV está correto. Vejamos o art. 47, §1º.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito
de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

31. FCC/TCM-GO/2015
Quanto à competência, é correto afirmar:
a) As mudanças de domicílio do réu, depois de ajuizada a demanda, não alteram a
competência, já estabilizada com a propositura da ação.
b) Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado no foro de seu
último domicílio.
c) A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão
propostas, em regra, no foro do domicílio do autor.
d) A competência é determinada no momento em que a ação é proposta; são, porém,
relevantes, como regra geral, as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas
posteriormente.
e) A ação intentada perante tribunal estrangeiro induz litispendência, obstando a que a
autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas.

Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. As mudanças de domicílio do réu, depois de
ajuizada a demanda, não alteram a competência. Trata-se do princípio da perpetuação da
competência (ou perpetuatio jurisdictionis). Vejamos o art. 43, do NCPC.

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Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 46, §2º, sendo incerto ou desconhecido o
domicílio do réu, a ação poderá ser proposta no local onde o réu for encontrado ou no foro de
domicílio do autor.
A alternativa C está incorreta. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real
sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu, conforme art. 46.
A alternativa D está incorreta. Como já citado, a competência é determinada no momento em que
a ação é proposta; são, porém, irrelevantes, como regra geral, as modificações do estado de fato ou
de direito ocorridas posteriormente.
A alternativa E está incorreta. Com base no art. 24, a ação proposta perante tribunal estrangeiro
não induz litispendência e não obsta que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa
e das que lhe são conexas.
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade
judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário
de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.

32. FCC/TCM-GO/2015
No tocante à competência,
a) ocorrendo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência
territorial, considera-se prevento aquele que saneou o feito em primeiro lugar.
b) a conexão de causas é matéria de ordem privada, dependendo de requerimento da parte
para ser conhecida pelo juiz.
c) para a ação em que se pedem alimentos, é competente o foro do domicílio ou da residência
do alimentante.
d) quando decorrer da matéria e do território poderá modificar-se pela conexão ou
continência.
e) como regra normativa, nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 59, correndo em separado ações conexas
perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento o juízo para o qual
foi primeiro distribuído o processo. Confira:
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
A alternativa B está incorreta. A conexão de causas é matéria de ordem pública, e pode ser
conhecida de ofício pelo juiz, ou também requerida da parte.

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A alternativa C está incorreta. Para a ação de alimentos, é competente o foro do domicílio ou da


residência do alimentando, conforme art. 53, II.
Art. 53. É competente o foro:
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
A alternativa D está incorreta. Competência em razão da matéria não pode ser modificada por
conexão ou continência, pois trata-se de competência absoluta. Só podem ser modificadas por
conexão ou continência as competências em razão do valor e do território.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, com base no art. 53, V do NCPC, que prevê a
competência do domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em
razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.

33. FCC/TRT – 6ª REGIÃO (PE)/2015


José e Pedro celebraram contrato de compra e venda a prestação de um veículo. Tendo Pedro
deixado de pagar as prestações, José moveu ação de cobrança e Pedro, ação de rescisão de
contrato, por vício redibitório. Nesse caso, há, entre as ações propostas,
a) coisa julgada.
b) conexão.
c) afinidade que não acarreta conexão, litispendência ou continência.
d) litispendência.
e) continência.

Comentários
A questão trata do ajuizamento de duas ações: a primeira, ajuizada por José em face de Pedro,
requerendo o pagamento das prestações acordadas em um contrato por eles firmado. A segunda,
ajuizada por Pedro em face de José, requerendo a rescisão do referido contrato.
No caso da presente questão há mesmo objeto, ou seja, o contrato entre ambos.
Mas as causas de pedir são opostas: uma é a rescisão do contrato e a outra o seu adimplemento.
Como não há sintonia entre as causas de pedir, mas sim entre os pedidos (ambos giram em torno
do contrato, apesar de um não abranger o outro), as ações são reputadas conexas, conforme art.
55, do NCPC.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
Uma dica é a de que, sempre que houver essas ações “cruzadas” (o autor de uma é o réu da outra e
vice-versa), haverá conexão (e não continência).
A alternativa A está incorreta. Não há que se falar em coisa julgada se ainda não houve julgamento
de quaisquer das ações, conforme art. 337, §4º.

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Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:


§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
A alternativa C está incorreta. Como já citado, há conexão entre as ações.
A alternativa D está incorreta. A litispendência pressupõe a equivalência dos três elementos
identificadores da demanda, quais sejam, as partes, a causa de pedir e o pedido, previsto no art.
337, §§ 1º, 2º e 3º. Nesse caso não há essa equivalência.
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
Mas, atenção! Nós aprendemos que, como regra, duas ações são idênticas quando elas possuem a
tríplice identidade, quer dizer, quando elas possuem as mesmas partes, o mesmo pedido e as
mesmas causas de pedir. Mas, em determinadas situações, a teoria da tríplice identidade não resolve
o problema, como é o caso da questão em tela. Apesar de as duas ações terem as mesmas partes e
pedidos conexos (ambos girando em torno do contrato), elas não possuem a mesma causa de pedir
(dívida devida vs. vício redibitório). Mas, mesmo assim, nós conseguimos perceber que, no fundo,
as duas ações tratam da mesma questão, sendo diferentes apenas por uma razão técnica. Para
solucionar esse empasse foi desenvolvida a teoria da identidade da relação jurídica. Muito mais do
que comparar os elementos da relação jurídica de direito processual, essa teoria compara os
elementos da relação jurídica de direito material para aferir a identidade entre as duas demandas.
De acordo com ela, as duas demandas do enunciado, no fundo, seriam a mesma, uma vez que as
duas são baseadas na mesma relação jurídica (a obrigação de pagar entre o credor e o devedor). Em
algumas provas de carreira do ano de 2018 e de 2019, esse entendimento já começou a ser cobrado.
Apesar de ser um entendimento mais sofisticado, vale fazer esse apontamento aqui para evitarmos
surpresas.
A alternativa E está incorreta. Nesse caso, as causas de pedir são diversas, como já vimos.

VUNESP
34. VUNESP/TJ-MT/2018
Analise as proposições abaixo referentes ao tema da incompetência no processo civil e assinale
aquela que se encontra CORRETA à luz da legislação aplicável.
a) Não há conflito de competência quando entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia
acerca da reunião ou separação de processos.
b) Prorrogar-se-á a competência absoluta se o réu não alegar a incompetência em preliminar
de contestação.
c) Apenas a incompetência absoluta será alegada como questão preliminar de contestação.
d) O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir
a outro juízo.

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Comentários
A alternativa A está incorreta, pois contraria a redação do CPC, em seu art. 66. Observe que nesse
caso há, sim, conflito.
Art. 66. Há conflito de competência quando:
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
A assertiva B está errada, pois, ocorrerá prorrogação da competência de natureza relativa caso esta
não seja alegada em preliminar de contestação (art. 65 do CPC). Tratando-se de incompetência
absoluta, poderá ser reconhecida a qualquer momento do processo, inclusive após o seu fim por
intermédio de ação rescisória, nos termos do art. 966, II, do CPC.
A alternativa C está errada, pois nos termos do art. 64, caput, do CPC, tanto a incompetência
absoluta, quanto a relativa serão alegadas como questão preliminar de contestação.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois está em total consonância com o que
consta no art. 66, parágrafo único, do CPC:
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a
outro juízo.

35. VUNESP/TJ-MT/2018
João e José formam um casal homoafetivo, sem filhos, que possuem domicílio certo em Cuiabá.
A empresa Y atua no ramo de produção de cosméticos e também está localizada na capital do
Estado do Mato Grosso. Com base nessas informações e nas regras de competência fixadas no
CPC/2015, assinale a alternativa correta.
(A) No caso de falecimento de José ocorrido no estrangeiro, o foro de situação dos bens imóveis
será o competente para processar e julgar a ação de inventário.
(B) No caso de ação de dissolução da união estável de João e José, será competente o foro do
último domicílio do casal.
(C) Se a empresa Y demandar ação de reparação de danos contra serventia notarial com sede
no interior do Estado, por ato praticado em razão do ofício, será competente o foro da Comarca
de Cuiabá.
(D) Tramitando no juízo da Comarca de Cuiabá ação de falência da empresa Y, a intervenção
da União como interessada no feito implicará na remessa dos autos à Justiça Federal.
(E) Caso José proponha uma ação possessória imobiliária, terá competência relativa o juízo do
foro de situação da coisa.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 48, do CPC, ainda que o óbito tenha ocorrido
no estrangeiro, o foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é que se será o competente para
julgar a ação de inventário, e não o foro de situação dos bens imóveis. Confira:

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Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
O foro de situação dos bens imóveis só será levado em consideração se o autor da herança não
possuís domicílio certo (art. 48, parágrafo único, CPC):
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Como João e José não possuem filhos,
segundo o enunciado, aplica-se a regra do art. 53, I, “b”. Veja:
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
A alternativa C está incorreta. Nesse caso, o foro competente será o do lugar da sede da serventia
notarial (art. 53, III, “f”, do CPC).
A alternativa D está incorreta. A Justiça Federal não julga ação de falência, por expressa vedação
constitucional (art. 109, I, da CF):
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição
de autoras, rés, assistentes ou oponentes, EXCETO as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à
Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
E a alternativa E, também, está incorreta. Nesse caso, a competência será absoluta (art. 47, § 2º, do
CPC):
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.

36. VUNESP/PC-BA/2018
A respeito dos critérios para a modificação da competência do juízo cível, é correto afirmar que
a) a competência absoluta poderá modificar-se pela conexão ou pela continência.
b) reputam-se continentes 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa
de pedir.
c) antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de
ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.

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d) se dá a conexão entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e
à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
e) a citação do réu torna prevento o juízo.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Os dispositivos da conexão e continência somente são aplicáveis aos
casos em que a competência é relativa. É o que dispõe o art. 54, da Lei nº 13.105/15:
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto
nesta Seção.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 55, da referida Lei, quando duas ou mais ações
tiverem por comum o pedido ou a causa de pedir, considerar-se-ão conexas.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, nos termos do §3º, do art. 63, do NCPC:
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que
determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
A alternativa D está incorreta, pois, nesse caso, dá-se continência, e não conexão. Vejamos o que
dispõe o art. 56, da Lei nº 13.105/15:
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa
de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
A alternativa E está incorreta. Com base no art. 59, da referida Lei, o que torna prevento o juízo, é
o registro ou a distribuição da petição inicial, e não a citação do réu.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

37. VUNESP/PC-BA/2018
As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência,
ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei. A respeito do instituto
da competência, é correto afirmar que
a) as suas regras são exclusivamente determinadas pelas normas previstas no Código de
Processo Civil ou em legislação especial.
b) tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal
competente se nele intervier a União, excluindo-se dessa regra, dentre outras, as ações de
insolvência civil.
c) a ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência relativa para sua análise.
d) se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente o foro do domicílio do
inventariante para análise do inventário.
e) a ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de seu domicílio.

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Comentários
A alternativa A está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 44, do NCPC:
Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas
normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no
que couber, pelas constituições dos Estados.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme dispõe o art. 45, I, da Lei nº
13.105/15:
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se
nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização
de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
A alternativa C está incorreta. De acordo com o §2º, do art. 47, da referida Lei, a ação possessória
imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
A alternativa D está incorreta. Vejamos as hipóteses previstas no parágrafo único, do art. 48, do
NCPC:
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
A alternativa E está incorreta. Com base no art. 50, da Lei nº 13.105/15, a ação em que o incapaz for
réu será proposta no foro de domicílio de seu REPRESENTANTE ou ASSISTENTE.

38. VUNESP/TJ-SP/2017
Em matéria de competência, assinale a alternativa correta.
a) A competência determinada por critério territorial é sempre relativa.
b) A prevenção é efeito da citação válida.
c) No caso de continência, as demandas devem ser reunidas para julgamento conjunto, salvo
se a ação continente preceder a propositura da ação contida, caso em que essa última terá seu
processo extinto sem resolução do mérito.
d) Compete à autoridade judiciária brasileira julgar as ações em que as partes se submetam à
jurisdição nacional, desde que o façam expressamente.

Comentários
A alternativa A está incorreta. A regra é a de que a competência territorial seja relativa. Porém, ao
se tratar de ação de direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e

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nunciação de obra nova, a competência territorial será absoluta. Além disso, a ação possessória
imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
Vejamos o art. 47, do NCPC:
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito
de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.
Outros exemplos de competência territorial absoluta:
1) Lei de Ação Civil Pública (art. 2º):
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá
competência funcional para processar e julgar a causa.
2) Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 209):
Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação
ou omissão, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas a competência da Justiça
Federal e a competência originária dos tribunais superiores.
3) Estatuto do Idoso (art. 80):
Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá
competência absoluta para processar a causa, ressalvadas as competências da Justiça Federal e a competência
originária dos Tribunais Superiores.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 59, da Lei nº 13.105/15, o registro ou a
distribuição da petição inicial é o que torna o juízo prevento, e não a citação válida.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, com base no art. 57, da referida Lei:
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo
à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas.
A alternativa D está incorreta. Compete à autoridade judiciária brasileira julgar as ações em que as
partes se submetam à jurisdição nacional, expressa ou tacitamente. Vejamos o art. 22, III, do NCPC:
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.

39. VUNESP/Prefeitura de Registro – SP/2016


Em um contrato de adesão constou uma cláusula de eleição de foro que prejudicava a parte
mais vulnerável da relação jurídica. Nessa situação hipotética, no que diz respeito à
competência prevista no Código de Processo Civil, está correto afirmar que
a) qualquer ação judicial só poderá ser proposta no foro de eleição, por se tratar de
competência relativa.

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b) apenas se a parte prejudicada requerer a nulidade de tal cláusula, a competência pelo foro
de eleição poderá ser afastada.
c) é possível que em casos como este o juiz declare a nulidade de tal cláusula de ofício,
declinando a competência para o domicilio do réu.
d) por se tratar de competência absoluta, a parte que sentir-se lesada pela eleição do foro
deverá manejar exceção de incompetência.
e) é possível que em casos como este o juiz declare a nulidade de tal cláusula de ofício,
declinando a competência para o domicilio do autor.

Comentários
A questão exige o conhecimento do art. 63, §3º, do NCPC:
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que
determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
Nesse caso, a competência estabelecida em cláusula de eleição de foro é relativa, razão pela qual
pode ser afastada pelo juiz quando considerada abusiva.
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

40. VUNESP/Câmara Municipal de Poá – SP/2016


Há conflito de competência quando
a) entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
b) em caso de incompetência absoluta, um juiz aceita a causa e determina a citação do réu.
c) em matéria de competência relativa, o réu não arguir por exceção essa questão, mas em
contestação.
d) não deduzida em contestação, for reconhecida de ofício a incompetência absoluta.
e) a ação for proposta em foro contrário ao convencionado em contrato, podendo o juiz
reconhecê-la de ofício.

Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 66, do NCPC, estabelece quando haverá
conflito de competência:
Art. 66. Há conflito de competência quando:
I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.

41. VUNESP/Prefeitura de Rosana – SP/2016


Compreende-se pelo princípio da perpetuatio iurisdictionis:

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a) o mandamento constitucional que veda a instituição de tribunais para julgamento de fatos


e condutas específicas.
b) a regra geral que veda a modificação da competência, que é fixada no momento da
propositura da ação.
c) a extraordinária possibilidade de estabilização da competência em juízo absolutamente
incompetente.
d) a vedação à extinção de órgão judiciário em que ainda haja processos em trâmite.
e) a vinculação do processo à pessoa física do magistrado, fixada no momento da distribuição
da ação.

Comentários
Vejamos o art. 43, do NCPC:
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Segundo a regra da perpetuatio iurisdictionis, a competência é fixada no momento da propositura
da ação. Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

42. VUNESP/TJ-RJ/2016
O Ministério Público ingressou com ação civil pública em face da Administração Pública
estadual perante uma das Varas da Fazenda Pública, para o cumprimento de obrigação de fazer
no âmbito estadual. Conselho de Classe, considerado autarquia federal, requereu o ingresso
no feito como litisconsorte ativo facultativo.
Diante desse fato, assinale a alternativa correta.
a) Eventual conflito de competência será dirimido pelo Tribunal Regional Federal, pois trata-se
de litisconsórcio facultativo.
b) Considerando tratar-se de autarquia federal, compete à Justiça Federal processar e julgar o
feito, ainda que na condição de litisconsorte facultativo.
c) O juiz estadual pode decidir pelo ingresso, mas remeter os autos à Justiça Federal, exceto
nos casos de litisconsorte facultativo.
d) A mera intervenção do órgão de classe não justifica o deslocamento do feito para a Justiça
Federal, sendo competente a Justiça Estadual para julgar a ação.
e) O juiz estadual pode decidir pelo ingresso e considerando a natureza jurídica do direito
tutelado, julgar a ação.

Comentários
Vejamos as exceções previstas no art. 45, do NCPC:

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Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se
nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização
de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
Ademais, a súmula nº 150, do STJ, prevê que compete a justiça federal decidir sobre a existência de
interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da união, suas autarquias ou empresas
públicas.
Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
Vejamos o erro das demais alternativas:
A alternativa A está incorreta. Nesse caso, quem vai decidir sobre a competência é o próprio juiz
federal de modo que não haverá conflito. Confiram o teor das Súmulas nº 224 e 254, do STJ:
Súmula 224-STJ: “Excluído do feito o ente federal

43. VUNESP/MPE-SP/2015/Adaptada ao NCPC


Havendo modificação de competência no curso de um processo, em razão de incompetência
absoluta, os atos processuais já praticados
a) são ineficazes, devendo a ação prosseguir com nova citação.
b) são nulos.
c) estão automaticamente invalidados.
d) são inexistentes.
e) terão seus efeitos conservados, salvo decisão judicial em sentido contrário.

Comentários
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. No NCPC, há aplicação do princípio do
aproveitamento dos atos processuais. Assim, apenas de declarados inválidos pelo juízo competente,
os atos praticados serão afastados do processo.
Vejamos o art. 64, § 4º, do NCPC.
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

44. VUNESP/PauliPrev – SP/2018


A respeito da petição inicial, no procedimento comum do processo de conhecimento, é correto
afirmar que
a) para postular em juízo é necessário que o autor tenha interesse processual e possibilidade
jurídica do pedido, como condições da ação.

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b) deverá ser indeferida pelo magistrado, por inépcia, quando os defeitos ou as irregularidades
capazes de dificultar o julgamento do mérito não forem sanados pelo autor, no prazo de 10
dias.
c) o seu registro ou a sua distribuição torna prevento o juízo.
d) formulado pedido sucessivo e alternativo pelo autor, a escolha do descumprimento da
prestação caberá ao devedor.
e) poderá ser formulado pedido genérico pelo autor, se tiver por objeto calcado em prestações
sucessivas.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 17, do NCPC, para postular em juízo é necessário
ter interesse e legitimidade. A possibilidade jurídica do pedido não é mais uma condição da ação.
A alternativa B está incorreta, pois ó prazo é de 15 dias. Vejamos o que dispõe o art. 321, da Lei nº
13.105/15:
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta
defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15
(quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 59, da referida Lei:
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
A alternativa D está incorreta. O parágrafo único, do art. 326, do NCPC, estabelece que é lícito
formular mais de um pedido, alternativamente, para que o JUIZ acolha um deles.
A alternativa E está incorreta. O §1º, do art. 324, da Lei nº 13.105/15, prevê em quais hipóteses é
permitido formular pedido genérico:
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo
réu.

45. VUNESP/DPE-RO/2017
A Defensoria Pública de Rondônia propõe ação civil pública contra o Município de Porto Velho
para que seja mantido o funcionamento de creches e escolas de educação infantil da rede
municipal de ensino nos meses de dezembro e janeiro, de forma contínua e ininterrupta, sob
pena de multa diária, pois se não for mantido o funcionamento, os responsáveis pelas crianças
ficarão impossibilitados de trabalhar. No curso da ação, que se encontrava na fase de instrução,
a associação dos pais de alunos de escolas públicas municipais, apontando idêntica causa de
pedir propõe ação civil pública pleiteando que seja mantido o funcionamento de creches e
escolas de educação infantil da rede municipal de ensino de Porto Velho no mês de janeiro. A
partir destes fatos hipotéticos, assinale a alternativa correta.

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a) Não se configura a litispendência, pois não há coincidência dos elementos da ação. Não há
identidade de partes, nem de pedido.
b) Como a ação da Defensoria Pública já se encontra em fase de instrução, não é mais possível
a reunião com o processo da Associação dos Pais para fins de julgamento conjunto.
c) A ação movida pela Associação de Pais deve ser julgada extinta, sem julgamento do mérito,
em decorrência de litispendência parcial.
d) Há continência porque a ação proposta pela Defensoria Pública contém pedido mais amplo,
sendo continente, ao passo que a segunda ação, proposta pela Associação dos Pais, por estar
abrangido pela ação anterior, é conteúdo, ensejando necessidade de julgamento conjunto.
e) Existe conexão entre as ações movidas pela Defensoria Pública e a Associação dos Pais,
motivo porque há deslocamento do feito para o juízo em que tramita a ação da Defensoria
Pública para julgamento conjunto.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Vejamos o que dispõe os §§ 2º e 3º, do art. 337, do NCPC:
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
No caso da questão, ainda a primeira ação tenha sido ajuizada pela Defensoria Pública e a segunda
ação tenha sido ajuizada pela Associação de Pais, ambos atuam no processo como substituto
processual dos pais dos alunos. Assim, há identidade de partes. O que não há, de fato, é identidade
de pedidos, uma vez que um dos pedidos é mais amplo do que o outro (razão pela qual há
continência, como veremos).
A alternativa B está incorreta. O fato de a ação ajuizada pela Defensoria Pública já estar em fase de
instrução não impede à reunião dos processos para julgamento conjunto. É o que dispõe os arts. 56
e 57, da Lei nº 13.105/15:
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa
de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo
à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas.
Apesar disso, não haverá reunião, como veremos.
A alternativa C é correta e gabarito da questão. De acordo com o art. 57, da referida Lei, quando a
ação continente precede a ação contida, a ação contida deve ser julgada extinta, sem resolução de
mérito. A esse fenômeno podemos dar o nome de litispendência parcial (o que é um sinônimo para
esse caso de continência). Lembrando, há continência porque: (i) há identidade de causas de pedir
(dado pelo enunciado); (ii) há identidade de partes (já vimos); e (iii) um pedido é mais amplo do que
outro (um fala em “dezembro e janeiro”, e o outro só em “janeiro”).

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Assim, a alternativa D está incorreta. Não haverá julgamento conjunto, porque o pedido posterior é
menor do que o anterior (art. 57). A segunda ação deve ser julgada extinta sem resolução de mérito.
Por fim, a alternativa E está incorreta. O caso da questão adequa-se à definição de continência e
não de conexão. Além disso, como a ação continente foi ajuizada em momento anterior ao da ação
contida, não haverá modificação da competência de deslocamento para julgamento conjunto. A
ação contida deverá ser extinta sem resolução de mérito.
Cabe destacar, por fim, que apesar de a afirmação da questão ser categórica, o assunto não é tão
pacífico assim. Para Antônio Gidi, o procedimento deve ser esse da questão (a segunda ação coletiva
deve ser extinta, por conta da litispendência). Mas para Ada Pelegrini Grinover, não. Para a autora,
ainda que haja identidade total entre as demandas, a segunda deve ser reunida com a primeira, para
que haja um julgamento simultâneo. Isso porque essa reunião privilegiaria um debate mais
aprofundado sobre o tema. Fiquem atentos.
Só para não perder a oportunidade, relembrem a Súmula 489-STJ:
Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis públicas propostas nesta e na
Justiça estadual

CONSULPLAN
46. CONSULPLAN/CM-BH/2018
Sobre Modificação da Competência no Direito Processual Civil, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) Reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de
pedir.
b) Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já
houver sido sentenciado.
c) As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
d) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, desde que haja
conexão entre eles.

Comentários
Questão literal e tranquila para esturarmos.
A alternativa incorreta e gabarito da questão é a letra D, pois vai de encontro com o final do art. 55,
§3º, do CPC:
§3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões
conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
Vejamos as demais alternativas.

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A alternativa A está correta, pois é o que prevê o art. 55, do CPC:


Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
A alternativa B está certa, uma vez que transcreve o § 1º, do art. 55, do CPC:
§1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido
sentenciado.
A alternativa C também está correta, pois é transcrição do CPC:
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será
proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

47. CONSULPLAN/TRF-2ªR/2017
“Sérgio, rico empresário, possui diversas propriedades rurais no interior do Mato Grosso do Sul
utilizadas para cultivo de soja transgênica. Reside, contudo, em bairro da zona nobre do Estado
de São Paulo, de onde administra seus negócios. No fim do ano, em viagem para uma de suas
fazendas, constata que um grupo de ruralistas sem-terra invadira sua propriedade alegando se
tratar de propriedade improdutiva e pugnando pela desapropriação da área para fins de
reforma agrária. Sérgio é informado que os mesmos estavam ocupando o local há,
aproximadamente, três meses.”
Com base no caso hipotético narrado, assinale a alternativa correta.
a) Sérgio poderá optar entre propor a respectiva ação possessória no Estado do Mato Grosso
do Sul, foro de situação da coisa, ou no local de seu domicílio, qual seja, o Estado de São Paulo.
b) Diante do grande número de pessoas que figuram no polo passivo da demanda possessória
de reintegração ajuizada por Sérgio, os ocupantes que forem encontrados no local deverão ser
prioritariamente citados por edital.
c) Diante dos princípios da ampla defesa e da não surpresa que regem o ordenamento
processual vigente, ainda que a petição inicial esteja documentalmente instruída, o Código de
Processo Civil de 2015 veda peremptoriamente o deferimento, sem prévia oitiva dos réus, de
mandado liminar de reintegração de posse em favor de Sérgio.
d) Tratando-se de litígio coletivo pela posse de terra rural, O Ministério Público será intimado
para, no prazo de trinta dias, intervir como fiscal da ordem jurídica, hipótese em que terá vista
dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo, bem como poderá
produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

Comentários
Dois são os conteúdos necessários para responder à questão: competência para ação possessória
imobiliária e regras gerais sobre a ação possessória coletiva.
Do enunciado extraímos que Sérgio teve propriedade esbulhada no estado do Mato Grosso do Sul,
muito embora resida no estado de São Paulo.

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Em relação a ações possessórias, e que discutem, portanto, imóvel, devem observar a regra
específica estabelecida no art. 47, do NCPC, que pode ser assim esquematizada:

Ações fundadas em direito real sobre imóveis DEVEM SER AJUIZADAS NO FORO DA
SITUAÇAO DA COISA

competência competência
relativa (EXCEÇÃO) absoluta (REGRA)

domicílio do direito de propriedade, de vizinhança, de ação


réu ou foro de servidão, de divisão e demarcação de terras e de possessória
eleição nunciação de obra nova imobiliária

Assim, Sérgio deve ajuizar ação no estado do Mato Grosso, no foro de situação da coisa, por se tratar
de ação possessória imobiliária.
Desse modo, a alternativa A está incorreta por prever a possibilidade de opção de foro, o que não é
admissível.
Nas alternativas B, C e D cobra-se a questão das ações possessórias coletivas.
A alternativa B está incorreta, pois no caso de ação possessória coletiva, de acordo com o que
preveem os §§ do art. 554, do NCPC, a citação deve ocorrer preferencialmente na forma pessoal. A
citação por edital ocorrerá apenas quando os ocupantes não forem encontrados no local!
A alternativa C também está incorreta. O procedimento especial estabelecido nas ações
possessórias permite, no caso de “força nova” (menos de ano e dia) a concessão de tutela de
evidência caso esteja suficientemente instruída. Nesse caso, a decisão poderá ser tanto in limine
como mediante justificativa. Por outro lado, se superior a esse período (superior ao prazo de ano e
dia), aplicamos o art. 565, do NCPC, regra visando à autocomposição.
A alternativa D é a correta e gabarito da questão. O art. 565, §2º, do NCPC prevê a necessidade de
o Ministério Público ser intimado para participar da audiência de conciliação e mediação em ações
coletivas possessórias. Contudo, não podemos esquecer da regra do art. 179, III, do NCPC, que prevê
que o membro do Ministério Público quando atuar como fiscal da ordem jurídica, será intimado
para, no prazo de 30 dias, intervir no processo quando houver “litígios coletivos pela posse de terra
rural ou urbana”.

48. CONSULPLAN/TJ-MG/2015
Considerando‐se as disposições do Código de Processo Civil vigente sobre a competência dos
órgãos jurisdicionais, é correto afirmar que:
a) a competência dos órgãos judiciários é estabelecida no momento em que a ação é
contestada.

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b) as ações fundadas em direitos reais sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro
do domicílio do autor.
c) nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será
competente o foro do domicílio do réu.
d) a autoridade judiciária brasileira é competente para proceder a inventário e partilha de bens
situados no Brasil, mesmo que o inventariado seja estrangeiro e tenha residido em outro país.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Segundo o art. 43, do NCPC, a competência é estabelecida no
momento em que a ação é proposta.
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
A alternativa B está incorreta. As ações fundadas em direitos reais sobre bens móveis serão
propostas, em regra, no foro do domicílio do réu, conforme art. 46, do NCPC.
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no
foro de domicílio do réu.
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 53, V, do NCPC, nas ações de reparação do dano
sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou
do local do fato.
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículos, inclusive aeronaves.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, em razão do que prevê o art. 23, II, do NCPC.
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à
partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha
domicílio fora do território nacional;

49. CONSULPLAN/TJ-MG/2015/adaptada ao NCPC


Sobre a incompetência relativa, observando o CPC, é correto afirmar:
a) Pode ser suscitada a qualquer tempo e grau de jurisdição.
b) Será decidida por decisão terminativa.
c) Será arguida em preliminar de contestação.
d) Será decidida por sentença definitiva.

Comentários

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A alternativa A está incorreta. A competência absoluta poderá ser arguida a qualquer tempo e em
qualquer grau de jurisdição. A competência relativa deve ser alegada como questão preliminar de
contestação. Vejamos os arts. 64 e 65, do NCPC.
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada
de ofício.
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
As alternativas B e D estão incorretas, pois a alegação de incompetência será decidida por decisão
interlocutória.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A incompetência não será o objeto principal
do processo, devendo ser arguida em preliminar de contestação.

50. CONSULPLAN/TJ-MG/2015
Quanto à competência absoluta, assinale a opção correta:
a) Pode ser alterada apenas até a contestação.
b) Pode ser prorrogada por convenção das partes.
c) Pode ser prorrogada pelo juiz.
d) Não pode ser modificada ou prorrogada pela vontade das partes e do órgão jurisdicional.

Comentários
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
A competência absoluta não pode ser modificada ou prorrogada pela vontade das partes e do órgão
jurisdicional. Trata-se de competência legal pré-determinada que não pode ser afastada. Apenas
competência relativa permite prorrogação e escolha das partes.

51. CONSULPLAN/TJ-MG/2015/adaptada ao NCPC


A respeito de competência, marque a alternativa INCORRETA:
a) A competência territorial é, em regra, relativa.
b) A incompetência territorial deve ser arguida, segundo a norma legal, por meio de preliminar
de contestação, na primeira oportunidade em que cumprir à parte se manifestar nos autos.

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c) Reconhecida a incompetência absoluta, remetem-se os autos ao juiz competente,


reputando-se nulos todos os atos praticados, inclusive os decisórios.
d) A incompetência absoluta pode ser reconhecida pelo magistrado ex officio.

Comentários
A alternativa A está correta. Em regra, a competência territorial é relativa.
É válido lembrar que a lei processual excepciona alguns casos em que a competência territorial é
considerada absoluta, quando, por exemplo, determina que será competente o foro da situação da
coisa para dirimir conflitos sobre direito de propriedade, de vizinhança, de servidão, de posse, de
divisão, de demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
A alternativa B está correta. Como já citado, a incompetência territorial é relativa. Ela deve ser
arguida na primeira oportunidade em que cumprir à parte se manifestar nos autos, sob pena de
prorrogação, agora, no NCPC, em preliminar de contestação.
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. Declarada incompetência absoluta, os autos
serão remetidos ao juízo competente e todos os atos serão conservados, salvo decisão judicial em
contrário. É o que dispõe o art. 64, § 4º, do NCPC.
A alternativa D está correta, conforme previsto no art. 64, §1º.
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada
de ofício.

52. CONSULPLAN/TJ-MG/2015
Sobre a conexão entre ações, marque a alternativa correta:
a) Ocorrendo a conexão entre ações cujos juízes tem a mesma competência territorial,
considera-se prevento aquele que teve o processo distribuído em primeiro lugar.
b) Ocorrendo a conexão entre ações cujos juízes tem competência territorial diversa,
considera-se prevento aquele que tiver primeiro realizado a citação válida.
c) Havendo conexão entre as ações o Juiz não pode ex officio ordenar a reunião das ações
propostas em separado.
d) Dá-se a conexão entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à
causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.

Comentários
Para responder a essa questão devemos lembrar dos arts. 58 e 59 do NCPC. Identificada a conexão
ou continência, haverá a reunião dos processos que deve ocorrer perante o Juízo prevento. A
prevenção é fixada no art. 59 em razão do registro ou da distribuição da petição inicial. Veja:
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas
simultaneamente.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

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Assim, a alternativa A está correta, conforme o art. 59, do NCPC.


A alternativa B, por sua vez, está incorreta. Embora fosse esse o gabarito sob a vigência do CPC73,
para o NCPC a citação válida não terá o condão de prevenir a competência.
A alternativa C está incorreta. A lei processual é expressa em afirmar que, havendo conexão entre
as ações, o juiz poderá ordenar, de ofício, a reunião delas a fim de que sejam decididas
simultaneamente.
A alternativa D está incorreta. A afirmativa corresponde à de continência e não de conexão. Com
base no art. 55, reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa
de pedir.

Outras Bancas
53. MPE-PR/MPE-PR/2019
Assinale a alternativa correta, no que diz respeito à matéria de competência, de acordo com o
Código de Processo Civil de 2015:
a) A ação fundada em direito real sobre bem móvel tem como regra geral a distribuição no foro
de domicílio da coisa.
b) Havendo dois ou mais réus com diferentes domicílios, o autor pode distribuir a ação fundada
em direito pessoal em qualquer foro do país.
c) A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de seu domicílio e a ação em que o
ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio.
d) É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor a União, Estado
ou o Distrito Federal.
e) As regras de competência territorial têm natureza absoluta.
Comentários
Segundo os arts. 51 e 52 do CPC, nas causas em que a União, Estado ou Distrito Federal figurarem
como autores, a competência será do foro do domicílio do réu (foro comum). Deste modo, a
alternativa correta é a letra D, sendo, pois, o gabarito da questão.
Vejamos as outras alternativas objetivamente.
A alternativa A está incorreta. O foro comum previsto pelo ordenamento brasileiro, em tradição
seguida universalmente, é o domicílio do réu. Segundo o art. 46 do CPC, essa regra somente se aplica
aos processos fundados em direito pessoal e direito real sobre bens móveis.
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no
foro de domicílio do réu.
A alternativa B está incorreta, pois, segundo o art. 46, §4º, do CPC, havendo 2 ou mais réus, com
diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.

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É importante destacar que, apesar da omissão legislativa, entende-se que nas hipóteses em que a
regra de competência aponta o domicílio do autor (p.e.: consumidor como autor) e, havendo
litisconsórcio ativo, os autores poderão optar pelo foro do domicílio de quaisquer deles.
A incorreção da alternativa C encontra justificativa no art. 50 do CPC que estabelece que o a
competência para as ações em que o réu seja incapaz será do foro do domicílio de seu representante
ou assistente.
Por fim, as regras de competência territorial têm natureza relativa, de modo que a alternativa E está
incorreta. Porém, fique atento, pois há regras de competência territorial e valorativas que têm
natureza absoluta, tendo em vista que visam proteger o interesse público. Exemplos: as ações sobre
direitos imobiliários (art. 47 do CPC), as ações de competência dos Juizados Especiais Federais (art.
3º da Lei 10.259/01) e as ações civis públicas (art. 2º da LACP).
54. FUNDATEC/DPE-SC/2018
No caso dos cônjuges manterem domicílio na mesma cidade em que conviviam maritalmente
e não havendo filho incapaz, será competente para a ação de divórcio o local do:
a) Domicílio da mulher.
b) Domicílio do marido.
c) Último domicílio do casal.
d) Casamento.
e) Onde estão situados os bens imóveis a serem partilhados.

Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois, para a ação de divórcio, quando não
houver filho incapaz, o legislador preferiu prestigiar o último domicílio do casal:
Art. 53 do CPC. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
55. FUNDATEC/DPE-SC/2018
A competência para a propositura da ação de alimentos fundada em casamento, união estável
ou parentesco é do
a) domicílio do réu.
b) último domicílio do casal.
c) domicílio do genitor que tiver melhor condição financeira.
d) domicílio ou residência do alimentante.
e) domicílio ou residência do alimentando.

Comentários

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A alternativa correta e gabarito da questão é a letra E. O foro competente no caso de ação de


alumentos será o domicílio ou residência do alimentanto. Veja o que prevê o art. 53, II, do CPC.
Art. 53. É competente o foro:
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
56. FUNDATEC/DPE-SC/2018
Reputam-se conexas duas ou mais ações quando
a) forem da competência do mesmo órgão jurisdicional.
b) lhes for comum as partes, o pedido e a causa se pedir.
c) lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
d) for caso de litisconsórcio necessário.
e) houver identidade quanto às partes e a causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais
amplo, abrange o das demais.

Comentários
A letra C é a alternativa correta e o gabarito da questão, pois está de acordo com o que preconiza o
CPC:
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
Observe que se trata de questão literal!
57. AOCP/Pref-SL/2018
Quanto à competência jurisdicional, prevista no Código de Processo Civil vigente, assinale a
alternativa correta.
a) As partes não podem escolher juízo arbitral em detrimento do juízo competente previsto
no Código de Processo Civil.
b) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro do domicílio do réu.
c) A ação possessória imobiliária poderá ser proposta no foro da situação da coisa, ou no
domicílio do requerido, cujo juízo tem competência relativa.
d) É competente o foro do domicílio da mulher para a ação de divórcio.
e) É competente o foro do domicílio do autor para a ação de reparação de dano.

Comentários
A alternativa A está incorreta, visto que as causas que têm de ser decididas em juízo arbitral podem
ter sua competência escolhida pelas partes, nos termos do art. 42, do CPC, que excepciona essa
possibilidade:
Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às
partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.

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A alternativa correta e gabarito da questão é a letra B, pois é transcrição da redação do CPC:


Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no
foro de domicílio do réu.
A alternativa C está errada, pois quanto se tratar de ação que envolve a posse de bem imóvel, o foro
competente é o da situação da coisa, que, por sua vez, é competência territorial absoluta, nos
termos do art. 47, §2º, do CPC.
A alternativa D está incorreta, uma vez que no caso de divórcio teremos várias regras de
competência a depender da existência de filho incapaz. Veja o que prevê o art. 53:
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
A alternativa E está errada. Nas ações de reparação de dano a competência será do foro do lugar do
ato/fato (art. 53, IV, do CPC).
58. IESES/TJ-CE/2018
Acerca das regras jurídicas dispostas no Código de Processo Civil e que definem a competência
interna, assinale a alternativa INCORRETA:
a) O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o
óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
b) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência absoluta.
c) A ação fundada em direito real sobre bens imóveis será proposta, em regra, no foro de
domicílio do réu.
d) A ação fundada em direito pessoal será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.

Comentários
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão, visto que para as ações fundadas em direito
real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa (art. 47, caput, do CPC).
ATENÇÃO!

DIREITO REAL SOBRE MÓVEL DIREITO REAL SOBRE IMÓVEL

Foro da situação da coisa (art. 47do CPC) Foro de domicílio do réu (art. 46 do CPC)

Vejamos as demais assertiva.

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A alternativa A está correta, pois é transcrição do texto do CPC:


Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
A alternativa B também está certa, visto que traz a previsão do art. 47, §2º, do CPC:
§2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.
A assertiva D também está correta com fundamento no CPC:
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no
foro de domicílio do réu.
59. IESES/TJ-CE/2018
Quando, entre duas ou mais ações, houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas
o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais, estaremos diante do instituto do
Código de Processo Civil denominado de:
a) Continência.
b) Comoriência.
c) Conexão.
d) Incompetência.

Comentários
A alternativa correta e gabarito da questão é a letra A, pois a continência é uma espécie de conexão
qualificada por exigir mais requisitos:
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa
de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
60. CS UFG/APARECIDAPREV/2018
A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência.
São consideradas conexas duas ou mais ações quando lhes for comum:
a) o objeto ou as partes.
b) a natureza jurídica de seu objeto.
c) a condição pessoal das partes.
d) o pedido ou a causa de pedir.

Comentários
A alternativa correta e gabarito da questão é a letra D, pois está de acordo com a definição legal de
conexão:

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Art. 55 do CPC: Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de
pedir.
61. IBFC/TRF-2/2018
No Processo Civil, determina-se a competência no momento:
a) da citação.
b) do registro ou da distribuição da petição inicial.
c) do despacho/decisão positivo que determina a citação.
d) do primeiro despacho ou decisão proferida pelo órgão julgador.
e) da estabilização da demanda, se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.

Comentários
A alternativa B é a correta e gabarito da questão, pois é exatamente o que prevê o art. 43, do CPC.
Como sabemos, a competência é determinada no momento do registro ou da distribuição da petição
inicial.
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
62. COSEAC-UFF/Prefeitura de Maricá/2018
João possui uma casa de veraneio em Maricá, tendo fixado seu domicílio na cidade do Rio de
Janeiro. Além da casa em Maricá, João possui um sítio em Conceição de Macabu e uma casa
de inverno em Petrópolis. Deixando o mesmo de recolher o IPTU referente ao imóvel em
Maricá, caberá ao município ajuizar a execução fiscal em:
a) Maricá, por ser o local onde foi gerada a obrigação.
b) qualquer um dos locais acima citados (Maricá, Rio de Janeiro, Conceição de Macabu ou
Petrópolis), uma vez que a ação pode ser ajuizada onde houver atos de expropriação.
c) Maricá, por ser onde se situa o imóvel que gerou a obrigação tributária.
d) Rio de Janeiro, por ser onde João fixou seu domicílio.
e) Maricá, uma vez que é o município o autor da ação.

Comentários
A alternativa correta e gabarito da questão é a letra D, pois, de acordo com o art. 46, §5º, do CPC, é
competente o foro do domicílio do réu, de sua residência ou do lugar onde for encontrado o réu
para a execução fiscal, tratando-se, segundo a doutrina majoritária, de foros concorrentes.
§5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for
encontrado.

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Deste modo, como João fixou seu domicílio no Rio de Janeiro, esse será o foro competente para a
execução fiscal proposta contra ele pelo Município de Maricá.
63. IADES/ApexBrasil/2018
No que tange à representação ativa e passiva em juízo, assinale a alternativa correta.
a) A pessoa jurídica estrangeira será representada pelo seu presidente, que deverá ser citado
mediante procedimento de carta rogatória.
b) A massa falida será representada pelo credor mais graduado na ordem de preferência
creditória.
c) As entidades com natureza de serviço social autônomo serão representadas pelo seu
gerente de contencioso judicial.
d) A pessoa jurídica será representada por quem os respectivos atos constitutivos designarem
ou, não havendo essa designação, por seus diretores.
e) O gerente de filial ou agência deve estar expressamente autorizado pela pessoa jurídica
estrangeira a receber citação e intimação para qualquer processo, sob pena de nulidade do
ato.

Comentários
A alternativa D é a correta e gabarito da questão, pois reproduz a previsão do art. 75, VIII, do CPC:
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação,
por seus diretores;
Vejamos as demais assertivas de modo objetivo.
A alternativa A está incorreta, pois não se fala em representação da pessoa jurídica estrangeira pelo
seu Presidente. Veja:
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal
aberta ou instalada no Brasil;
A assertiva B está incorreta, pois a massa falida será representada em juízo, ativa e passivamente,
pelo administrador judicial (art. 75, V, do CPC).
A alternativa C está errada, pois as entidades com natureza de serviço social autônomo (pessoa
jurídica) serão representadas por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não
havendo essa designação, por seus diretores (art. 75, VIII, do CPC).
A assertiva E está incorreta, uma vez que vai de encontro com o previsto no CPC:
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
§3º O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para
qualquer processo.

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64. FUNRIO/ALE-RR/2018
O Código de Processo Civil estabelece que a competência é determinada no momento do
registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de
fato ou de direito ocorridas posteriormente, entretanto, a própria legislação processual
estabelece exceções.
Considerando a legislação processual, NÃO se configura EXCEÇÃO, quando
a) duas ou mais ações tiverem em comum o pedido ou a causa de pedir.
b) ocorrer identidade entre duas ou mais ações quanto às partes e à causa de pedir, mas o
pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
c) o Tribunal extinguir um órgão jurisdicional fracionado e os processos forem redistribuídos
para outro órgão jurisdicional fracionado, também de segundo grau.
d) se repete ação que está em curso e essas ações são idênticas, pois possuem as mesmas
partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
Comentários
A questão trata do princípio da perpetuatio jurisdictionis, que vem estampado no Código de Processo
Civil em seu art. 43. Vejamos:
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
A partir dessa regra, o examinador nos pergunta sobre as exceções e pede que seja marcada a
alternativa que não apresenta uma delas.
A alternativa A comporta uma exceção ao princípio da perpetuatio jurisdictionis, que é o fenômeno
da conexão. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa
de pedir (art. 55, do CPC). Nesse caso, os processos devem ser reunidos para decisão conjunta, salvo
se um deles já houver sido sentenciado (art. 55, § 1º, do CPC). Daí se dizer que a conexão é uma
exceção ao princípio da perpetuatio jurisdictionis.
A alternativa B, também, comporta uma exceção ao princípio que se analisa: a continência. Dá-se a
continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de
pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais (art. 56, do CPC). Nesse caso,
se a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será
proferida sentença sem resolução de mérito; caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas (art. 57, do CPC). Daí podermos dizer, também, que a continência é uma exceção ao
princípio da perpetuatio jurisdictionis.
A alternativa C também trata de uma exceção. É aquela estampada no próprio art. 43, parte final.
Confiram: “Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial
(...) salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta”.
A alternativa D, por fim, é a única que não traz uma exceção, sendo o gabarito da questão. A
alternativa trata, especificamente, do fenômeno da litispendência, que é aquele fenômeno que

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ocorre quando se repete ação que está em curso (art. 337, § 3º, do CPC), em outras palavras, quando
se ajuíza uma ação idêntica (art. 337, § 2º, do CPC) a outra que está em curso. Como sabemos, a
litispendência não gera o deslocamento da ação, como a conexão, a continência ou a exceção do
art. 43, mas gera a extinção do processo sem resolução de mérito (art. 485, V, do CPC).

65. FUNDEP/MP-MG/2018
Analise as seguintes assertivas com relação ao papel do Ministério Público, nos termos do
Código de Processo Civil:
I. O Ministério Público pode arguir incompetência relativa, pode suscitar conflito de
competência e tem legitimidade para propor ação rescisória.
II. O Ministério Público, não sendo o requerente de incidente de resolução de demandas
repetitivas, deverá intervir obrigatoriamente, assumindo a sua titularidade em caso de
desistência ou de abandono. Pode, inclusive, proferir sustentação oral no julgamento desse
incidente.
III. O Ministério Público pode interpor recurso na qualidade de fiscal da ordem jurídica.
Também pode apresentar reclamação com o intuito, por exemplo, de preservar a competência
do tribunal ou de garantir a autoridade das decisões do tribunal.
IV. O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado não
tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público.
É CORRETO o que se afirma em:
a) I, II, III e IV.
b) Apenas em I, II e III.
c) Apenas em I, III e IV.
d) Apenas em II e IV.

Comentários
Essa é uma questão mais complexa, em que vários dispositivos são cobrados em cada assertiva.
Vejamos uma a uma:
A assertiva I está correta. De fato, o Ministério Público pode arguir incompetência relativa (art. 65,
parágrafo único), pode suscitar conflito de competência (art. 951) e tem legitimidade para propor
ação rescisória, em determinadas hipóteses (art. 967, III).
A assertiva II está correta. De acordo com o art. 976, § 2º, se não for o requerente, o Ministério
Público intervirá obrigatoriamente no incidente de resolução de demandas repetitivas e deverá
assumir sua titularidade em caso de desistência ou de abandono. Além disso, o parquet pode, sim,
proferir sustentação oral no julgamento desse incidente (art. 937, § 1º, c/c art. 984).
A assertiva III, igualmente, está correta. Na qualidade de fiscal da ordem jurídica, o MP poderá
produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer (art. 179, II). Além disso,

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poderá apresentar reclamação com o intuito de preservar a competência do tribunal, de garantir a


autoridade das decisões do tribunal, de garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e
de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade ou de
garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas
repetitivas ou de incidente de assunção de competência (art. 988, incisos).
Por fim, a assertiva IV também está correta. IV. O juiz poderá dispensar a produção das provas
requeridas pela parte cujo advogado não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma
regra ao Ministério Público (art. 362, § 2º).
Estando todas as assertivas corretas, o gabarito da questão é a alternativa A.

66. CESGRANRIO/TRANSPETRO/2018
L mora em Recife, mas em férias no Rio de Janeiro, passeando pelo bairro de Madureira, choca
o carro que dirigia no veículo conduzido por J, que reside em São Paulo. A responsabilidade de
L pelo acidente é atestada pelo boletim de ocorrência lavrado logo após o acidente. Na ocasião,
os envolvidos na colisão trocam telefones e endereços residenciais para que os custos do
reparo no automóvel sejam arcados integralmente por L, uma vez que ele deu causa ao
infortúnio. Todavia, sem L retornar às insistentes ligações de J, este é forçado a arcar com o
valor referente ao reparo de seu veículo, realizado na oficina do seu cunhado Y, localizada em
Niterói. Sem encontrar outros meios de reaver o prejuízo, J decide propor ação de reparação
de dano.
A referida ação deve ser proposta APENAS
(A) no Fórum de Madureira.
(B) em Recife, domicílio do réu.
(C) em São Paulo, domicílio do autor.
(D) em Niterói, local em que o custo pelo reparo do automóvel foi arcado.
(E) no domicílio do autor, no do réu ou na comarca do local em que ocorreu o acidente.

Comentários
Nesse caso devemos levar em consideração a regra geral de eleição de foro prevista no art. 46, do
NCPC:
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no
foro de domicílio do réu.
Mas, também, a regra específica prevista no art. 53, V:
Art. 53. É competente o foro:
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículos, inclusive aeronaves.
Assim, a ação poderá ser proposta no domicilio do réu, do autor ou no local onde ocorreu o acidente.
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

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67. PUC-PR/TJ-MS/2017
Considerando a Parte Geral do Código de Processo Civil, é CORRETO afirmar:
a) O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição
voluntária.
b) A gratuidade da justiça compreende as despesas com publicação na imprensa oficial, mas
não dispensa a publicação em outros meios.
c) O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, obrigatoriamente, à ordem cronológica de
recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais.
d) É lícito às partes plenamente capazes, em qualquer caso, estipular mudanças no
procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, desde que haja processo pendente.
e) O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 36, do NCPC, é de jurisdição contenciosa, e não
voluntária, o procedimento da carta rogatória perante o STJ.
Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e
deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal.
A alternativa B está incorreta, pois a publicação em outros meios é dispensável, conforme prevê o
art. 98, §1º, III, da Lei nº 13.105/15:
§ 1o A gratuidade da justiça compreende:
III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios;
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 153, da referida lei, a ordem cronológica de
recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais, será atendida
preferencialmente, e não obrigatoriamente, pelo escrivão ou chefe de secretaria.
Art. 153. O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, preferencialmente, à ordem cronológica de recebimento
para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais.
A alternativa D está incorreta. Vejamos o art. 190, do NCPC:
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente
capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre
os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o art. 59, da Lei nº 13.105/15:
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

68. BANPARÁ/BANPARÁ/2017
A respeito da competência regulada pelo Código de Processo Civil assinale a alternativa
CORRETA:

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a) Tendo em vista que a posse é direito pessoal, a ação para sua defesa deverá ser proposta no
domicílio do réu independentemente da localização do imóvel.
b) O foro em que estiver localizado o imóvel, quando a ação tiver por fundamento pretensão
demarcatória, é o competente para a proposição da ação, mesmo quando as partes tiverem
outros domicílios.
c) O critério forum rei sitae tem natureza relativa, uma vez que o Código de Processo Civil
permite a opção pelo domicilio do réu ou pelo foro de eleição.
d) A anulação de contrato está abrangida pela regra que regula o critério forum rei sitae se a
anulação causar, como consequência, o direito a reintegração de posse.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Além de existir uma grande discussão sobre a natureza jurídica da
posse (direito real ou pessoal), de acordo com o §2º, do art. 47, da Lei nº 13.105/15, a ação
possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme estabelece o §1º, do art. 47, da
referida Lei:
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito
de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
A alternativa C está incorreta. O critério forum rei sitae (foro de situação da coisa) é absoluto, para
ação possessória.
A alternativa D está incorreta. A ação de anulação de compromisso de compra e venda é pessoal e
o pedido de reintegração, como consequência, não acarreta a incidência do art. 95 do NCPC, que
estabelece a competência absoluta, prevalecendo o foro de eleição, se existente.

69. BANPARÁ/BANPARÁ/2017
A respeito da competência processual civil tal como regulada pelo Código de Processo Civil
assinale a alternativa CORRETA:
a) Compete a Justiça Federal o julgamento das demandas derivadas de litígios a respeito de
contrato de seguro marítimo.
b) Compete a Justiça Federal o julgamento das ações civis propostas contra sociedade de
economia mista.
c) As causas entre consumidor e concessionária de telefonia compete a Justiça Estadual quando
a ANATEL for litisconsorte passiva necessária.
d) Na ação de usucapião a intervenção da União desloca a competência do foro da situação do
imóvel.

Comentários

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Essa é uma questão um pouco mais complicada, que exige conhecimento de súmulas.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe a súmula nº 504, do STF:
Súmula 504 - Compete à Justiça Federal, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento das causas fundadas
em contrato de seguro marítimo.
A alternativa B está incorreta, pois diz respeito a uma competência da justiça Comum, e não da
Justiça Federal, nos termos da súmula nº 556, do STF:
Súmula 556 - É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista.
A alternativa C está incorreta. De acordo com a súmula vinculante nº 27, quando a ANATEL não for
litisconsorte passiva necessária, as causas entre consumidor e concessionária de telefonia
competem à Justiça Estadual.
Súmula Vinculante 27
Compete à Justiça Estadual julgar causas entre consumidor e concessionária de serviço público de telefonia,
quando a ANATEL não seja litisconsorte passiva necessária, assistente, nem opoente.
A alternativa D está incorreta. Com base na súmula nº 11, do STJ, a intervenção da União, na ação
de usucapião, não afasta a competência do foro da situação do imóvel.
Súmula 11 - A presença da união ou de qualquer de seus entes, na ação de usucapião especial, não afasta a
competência do foro da situação do imóvel.

70. FMP Concursos/MPE-RO/2017


Acerca das regras de competência dispostas no Código de Processo Civil, pode-se afirmar:
a) A ação fundada em direito sobre bens imóveis será proposta, em regra, no foro do domicílio
do réu.
b) Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for
encontrado ou no foro de domicílio do autor.
c) Para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução
de união estável, é competente o foro do domicílio do réu, mesmo que o autor seja o guardião
de filho incapaz.
d) Para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução
de união estável, é competente o foro do domicílio do réu, mesmo que seja o autor quem
reside no último domicílio do casal.
e) É competente o foro de residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a
conversão desta em divórcio e para a anulação de casamento.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 47, do NCPC, o foro acontecerá onde se
encontrar o imóvel.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.

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A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, nos termos do §2º, do art. 46, da Lei nº
13.105/15:
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no
foro de domicílio do autor.
As alternativas C, D e E estão incorretas. Vejamos o art. 53, I, da referida Lei:
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;

71. FMP Concursos/PGE-AC/2017


Considere as seguintes afirmativas sobre o tema da competência no âmbito do Código de
Processo Civil. Assinale a alternativa CORRETA.
a) Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
mesmo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
b) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro de domicílio do autor.
c) A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do
lugar onde for encontrado.
d) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência relativa.
e) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é modificável por
convenção das partes.

Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 46, §5º, do NCPC:
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for
encontrado.
Vejamos os erros das demais alternativas:
 Alternativa A:
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
 Alternativa B:

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Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no
foro de domicílio do réu.
 Alternativa D:
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.
 Alternativa E:
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção
das partes.

72. IESES/ALGÁS/2017
Sobre a competência processual, podemos afirmar:
a) As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência,
proibido terminantemente a instituição de juízo arbitral.
b) Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
c) Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a partir de 17 de março do
ano de 2015, a competência é determinada pelas normas previstas no Código de Processo Civil
regulamentado através da Lei 5.869/73 ou em legislação especial.
d) Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
podendo, entretanto surgir alterações conforme as modificações do estado de fato ou de
direito ocorridas posteriormente.

Comentários
A alternativa A está incorreta. As partes têm o direito de instituir juízo arbitral, conforme prevê o
art. 42, da Lei nº 13.105/15:
Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às
partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 43, da referida Lei:
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
A alternativa C está incorreta. O art. 44, do NCPC, estabelece que obedecidos os limites
estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas normas previstas no
Código de Processo Civil ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda,
no que couber, pelas constituições dos Estados. Além disso, ao fazer referência ao Código de 2015
(Lei n. 13.105/15), a questão fala da Lei n. 5.869/73, que, em verdade, se refere ao CPC/73.
A alternativa D está incorreta. As alterações conforme as modificações do estado de fato ou de
direito ocorridas posteriormente, são irrelevantes.

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73. IESES/ALGÁS/2017
A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, desta forma:
a) Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade somente quanto
ao pedido. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta posteriormente,
no processo relativo à ação contida será proferida sentença com resolução de mérito.
b) Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de
pedir: à execução de título extrajudicial, à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato
jurídico e às execuções fundadas no mesmo título executivo.
c) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões semelhantes caso decididos separadamente, mesmo havendo conexão entre eles.
d) Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta mesmo se um deles já
houver sido sentenciado.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 56, do NCPC, dá-se a continência entre 2 ou
mais ações quando houver identidade quanto às partes E à causa de pedir.
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa
de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
Ademais, o art. 57, estabelece que quando houver continência e a ação continente tiver sido
proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução
de mérito.
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo
à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme dispõe o art. 55, caput, combinado
com o §2º, da Lei nº 13.105/15:
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 2o Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
A alternativa C está incorreta. Segundo o art. 55, §3º, da referida Lei, serão reunidos para julgamento
conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias
caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
A alternativa D está incorreta. O §1º, do art. 55, do NCPC, prevê que os processos de ações conexas
serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.

74. TRF-2ªR/TRF-2ªR/2017
Analise as assertivas e, após, marque a opção correta:

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I- Em regra, as questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não


comportava agravo de instrumento, serão cobertas pela preclusão caso não sejam suscitadas
em preliminar da apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas
contrarrazões.
II- É preclusivo o prazo para arguição de incompetência absoluta.
III- Das três hipóteses clássicas de preclusão, a temporal, a lógica e a consumativa, o Código de
2015 prestigiou as duas primeiras e aboliu a última.
a) Estão corretas apenas as assertivas I e II.
b) Estão corretas apenas as assertivas I e III.
c) São falsas apenas as assertivas II e III.
d) São falsas todas as assertivas.
e) São falsas apenas as assertivas I e II.

Comentários
Vamos analisar cada uma das assertivas.
A assertiva I está correta, conforme prevê o §1º, do art. 1.009, do NCPC:
§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de
instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente
interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
A assertiva II está incorreta. De acordo com o §1º, do art. 64, da Lei nº 13.105/15, a incompetência
absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
Por fim, a assertiva III está incorreta. A preclusão consumativa não foi abolida do NCPC.
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

75. IESES/TJ-MA/2016
Consoante a competência, se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente de
forma abrangente:
a) Somente dos bens móveis e semoventes.
b) Local de último domicílio do autor da herança e/ou dos bens do espólio.
c) Foro de situação dos bens imóveis; havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer
destes; não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
d) Residência dos pais e familiares do autor da herança.

Comentários
A questão exige o conhecimento do parágrafo único, do art. 48, do NCPC:
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:

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I - o foro de situação dos bens imóveis;


II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

76. IESES/TJ-MA/2016
Após a leitura das alternativas abaixo, identifique a(s) afirmações correta(s):
I. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência.
II. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de
pedir.
III. Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem
conexão entre eles.
IV. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto à
possibilidade jurídica do pedido e à causa de pedir.
A sequência correta é:
a) As assertivas I e IV estão corretas.
b) Apenas a assertiva III está correta.
c) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
d) As assertivas I, II e III estão corretas.

Comentários
Vamos analisar cada um dos itens.
O item I está correto, com base no art. 54, da Lei nº 13.105/15:
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto
nesta Seção.
O item II está correto, conforme prevê o art. 55, caput, da referida Lei:
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
O item III está correto, pois se refere ao §3º, do art. 55, do NCPC:
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões
conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
Por fim, o item IV está incorreto. De acordo com art. 56, da Lei nº 13.105/15, dá-se a continência
entre 2 ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido
de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
Desse modo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

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77. IDECAN/Câmara de Aracruz – ES/2016


Segundo o Novo Código de Processo Civil, tramitando o processo perante outro juízo, os autos
serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas,
entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na
qualidade de parte ou de terceiro interveniente, EXCETO as ações:
a) De recuperação judicial.
b) De acidente automobilístico.
c) De indenização por dano moral.
d) Que envolvam questões empresariais.

Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 45, I, do NCPC:
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se
nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização
de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;

78. IDECAN/Câmara de Aracruz – ES/2016


Sobre o tema Competência no Novo Código de Processo Civil, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência relativa.
b) A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do
lugar onde for encontrado.
c) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro de domicílio do réu.
d) Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis o autor pode optar pelo foro de domicílio
do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança,
servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.

Comentários
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 47, §2º, do NCPC, a
competência será absoluta, e não relativa, quando a ação possessória imobiliária for proposta no
foro de situação da coisa.
A alternativa B está correta, nos termos do art. 46, §5º, do NCPC.
A alternativa C está correta, nos termos do art. 46, caput, do NCPC.
A alternativa D está correta, nos termos do art. 47, caput, combinado com o §1º, do NCPC.

79. IDECAN/Câmara de Aracruz – ES/2016

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Sobre o tema “conexão”, assinale a afirmativa INCORRETA.


a) Reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de
pedir.
b) Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já
houver sido sentenciado.
c) Não se aplicam as regras de conexão à execução de título extrajudicial e à ação de
conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico.
d) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem
conexão entre eles.

Comentários
A questão requer o conhecimento do art. 55, do NCPC. Vamos analisar cada uma das alternativas.
A alternativa A está correta, com base no caput:
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
A alternativa B está correta, conforme estabelece o §1º:
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido
sentenciado.
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. O §2º, I, prevê que se aplicam as regras de
conexão à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico.
A alternativa D está correta, nos termos do §3º:
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões
conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

80. FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre/2016


Diante das regras de competência dispostas no Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15),
assinale a alternativa INCORRETA.
a) Prorroga-se a competência territorial fixada em cláusula abusiva de eleição de foro se não
alegada a abusividade na contestação.
b) A modificação da competência determinada em razão da pessoa, realizada por convenção
das partes, somente produzirá efeitos depois de homologada pelo juiz.
c) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem
conexão entre eles.
d) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida, será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

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e) Reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de
pedir.

Comentários
A alternativa A está correta, com base no art. 63, §§3º e 4º, do NCPC:
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que
determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de
preclusão.
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 62, do NCPC, a
competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por
convenção das partes.
A alternativa C está correta, conforme prevê o art. 55, §3º, da referida Lei:
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões
conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
A alternativa D está correta, pois é o que dispõe o art. 57, da Lei nº 13.105/15:
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo
à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas.
A alternativa E está correta, segundo o caput do art. 55, do NCPC:
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.

81. IADHED/Prefeitura de Araguari – MG/2016


Em relação às regras de competência previstas no Código de Processo Civil vigente, pode-se
afirmar corretamente que é competente o foro do lugar:
a) Onde a obrigação deva ser satisfeita para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
b) Da residência do idoso ou, facultativamente, o foro do domicílio do réu, para a causa que
verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
c) Onde está a sede, para a ação em que for autora a pessoa jurídica;
d) Onde se acha a sede, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu.

Comentários
A questão exige o conhecimento do art. 53, III, do NCPC:
Art. 53. É competente o foro:
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;

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c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do
ofício;
Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
Vejamos os erros das demais alternativas:
b) Da residência do idoso ou, facultativamente, o foro do domicílio do réu, para a causa que verse sobre direito
previsto no respectivo estatuto;
c) Onde está a sede, para a ação em que for autora a pessoa jurídica;
d) Onde se acha a sede, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu.

82. FUMARC/Câmara de Conceição do Mato Dentro/2016


Sobre a competência no Novo Código de Processo Civil, é possível afirmar:
a) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função pode ser
derrogada por convenção das partes.
b) A eleição de foro não produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir
expressamente a determinado negócio jurídico.
c) Dá-se a conexão entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e
à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
d) O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o
óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

Comentários
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 48, caput, do NCPC:
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Vejamos os erros das demais alternativas:
 Alternativa A:
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção
das partes.
 Alternativa B:
Art. 63
§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a
determinado negócio jurídico.

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 Alternativa C:
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa
de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.

83. TRT-4ºR/TRT-4ªR/2016
Assinale a assertiva correta sobre incompetência.
a) A incompetência relativa será apresentada em peça apartada, suspendendo o curso do
processo.
b) Após manifestação da parte contrária, o Juiz decidirá imediatamente a alegação de
incompetência.
c) O oferecimento de reconvenção, pelo réu, depende do oferecimento de contestação.
d) Reconhecida a incompetência absoluta, são considerados desde logo nulos os atos
decisórios já proferidos.
e) Reconhecida a incompetência relativa, são considerados desde logo nulos os atos decisórios
já proferidos.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o caput do art. 64, da Lei nº 13.105/15, a
incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. Com a
entrada em vigor no NCPC, a incompetência relativa não é mais apresentada na forma de exceção.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o §2º, do art. 64, da referida
Lei:
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
A alternativa C está incorreta. Segundo o §6º, do art. 343, do NCPC, o réu pode propor reconvenção
independentemente de oferecer contestação.
As alternativas D e E estão incorretas. Com base no §4º, do art. 64, da referida Lei, salvo decisão
judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. A disposição se
aplica tanto à incompetência absoluta quanto à incompetência relativa.

84. UFMT/DPE-MT/2016
Sobre a competência no Código de Processo Civil (CPC/2015), assinale a afirmativa INCORRETA.
a) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência absoluta.
b) A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de
contestação.
c) O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

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d) Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de
ofício pelo juiz; após a citação, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de
foro na contestação, sob pena de preclusão.
e) É competente o foro de domicílio da mulher, para a ação de divórcio, anulação de casamento
e reconhecimento ou dissolução de união estável.

Comentários
A alternativa A está correta, pois é dispõe o art. 47, §2º, do NCPC:
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.
A alternativa B está correta, conforme prevê o caput do art. 64, da referida Lei:
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
A alternativa C está correta, com base no art. 59, da Lei nº 13.105/15:
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
A alternativa D está correta, segundo os §§ 3º e 4º, do art. 63, da referida Lei:
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que
determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de
preclusão.
Por fim, a alternativa E está incorreta e é o gabarito da questão. O CPC/73 previa o domicílio da
mulher para as ações de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou
dissolução de união estável, porém, a disposição foi revogada pelo NCPC. Vejamos o art. 53, I:
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;

85. IBFC/Câmara de Franca – SP/2016


Consoante o disposto no Código de Processo Civil vigente, é competente o foro:
a) do lugar do fato, para a ação de anulação de casamento.
b) de domicílio do réu, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito.
c) do lugar do fato, para a ação de divórcio.
d) do lugar do ato ou fato para a ação de reparação de dano.

Comentários

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As alternativas A e C estão incorretas. O art. 53, I, do NCPC, estabelece em quais hipóteses o foro é
competente para a ação de anulação de casamento e para a ação de divórcio.
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 53, V, da Lei nº 13.105/15, é competente o foro
de domicílio do autor, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito.
Art. 53. É competente o foro:
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículos, inclusive aeronaves.
Por fim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art. 53, IV, “a”, do
NCPC:
Art. 53. É competente o foro:
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;

86. MPE-GO/MPE-GO/2016
A respeito das regras de competência, é incorreto afirmar:
a) Para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução
da união estável, é competente o domicílio do guardião do filho incapaz;
b) Ainda que não haja conexão entre eles, poderão ser reunidos para julgamento conjunto os
processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias;
c) A competência determina-se no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
d) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função poderá ser
derrogada por acordo entre as partes, homologado pelo juiz.

Comentários
A alternativa A está correta, com base no art. 53, I, “a”, do NCPC:
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
A alternativa B está correta, pois se refere ao §3º, do art. 55, da Lei nº 13.105/15:

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§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões
conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
A alternativa C está correta, conforme estabelece o caput do art. 43, da referida Lei:
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 62, do NCPC, a
competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por
convenção das partes.

87. FAFIPA/Câmara de Cambará – PR/2016


Acerca das regras de competência previstas no Código de Processo Civil vigente (Lei
13.105/2015), assinale a alternativa CORRETA.
a) Determina-se a competência no momento do recebimento da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo
quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
b) O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, salvo quando
o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
c) É competente o foro do lugar da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de
reparação de dano por ato praticado em razão do ofício.
d) É competente o foro de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de
dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, salvo no caso de aeronaves.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 43, do NCPC, a competência do juízo é fixada
no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, e não no momento de seu
recebimento.
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
A alternativa B está incorreta. Essa fixação de competência é válida ainda que o óbito tenha ocorrido
no estrangeiro. Vejamos o art. 48, da Lei nº 13.105/15:
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, conforme dispõe o art. 53, III, “f”, da referida
Lei:

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Art. 53. É competente o foro:


III - do lugar:
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do
ofício;
A alternativa D está incorreta. Essa fixação de competência é válida, inclusive, no caso de aeronaves,
com base no art. 53, V, do NCPC:
Art. 53. É competente o foro:
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículos, inclusive aeronaves.

88. FAFIPA/Câmara de Cambará – PR/2016


Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência.
b) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
c) Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes
e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
d) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, desde que haja
conexão entre eles.

Comentários
A alternativa A está correta, pois é o que dispõe o art. 54, do NCPC.
A alternativa B está correta, pois é o que dispõe o art. 57, do NCPC.
A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o art. 56, do NCPC.
Por fim, a alternativa D é a incorreta e gabarito da questão. De acordo com o §3º, do art. 55, do
NCPC, serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão
entre eles.

89. MPE-SC/MPE-SC/2016
No que se refere à competência, chamam-se absolutos os critérios criados para proteger
interesses públicos e critérios relativos são aqueles criados para a tutela de interesses
particulares. Nos termos do novo Código de Processo Civil, a incompetência relativa pode ser
alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.

Comentários

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A assertiva está correta. As regras de competência absoluta, de fato, estão fundadas em critérios
que têm por objetivo proteger interesses públicos, enquanto as regras de competência relativa
estão fundadas em critérios que têm por objetivo proteger interesses particulares. É por isso, por
exemplo, que o art. 64, §1º, do NCPC, estabelece que a incompetência absoluta pode ser alegada
em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
Além disso, o art. 65, parágrafo único, prevê que a Incompetência relativa pode ser alegada pelo
Ministério Público nas causas em que atuar.

90. BIO-RIO/SAAE de Barra Mansa/2016


Sobre o tema competência no processo civil, assinale a opção CORRETA:
a) A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou continência. Reputam-se
conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido e a causa de pedir. Haverá
continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes ou à
causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
b) Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
c) A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de
contestação. A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de
jurisdição e deve ser declarada de ofício. O Ministério Público não pode alegar a incompetência
relativa nas causas em que atuar.
d) O foro competente para a propositura da execução fiscal é apenas o do domicílio do réu.

Comentários
A alternativa B é correta e gabarito da questão, pois reproduz o art. 43, do NCPC:
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Passemos à análise das demais alternativas.
A alternativa A está incorreta. De fato, a competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou
pela continência, mas são consideradas conexas as ações quando lhes for comum o pedido OU a
causa de pedir, conforme prevê os arts. 54 e 55, da Lei nº 13.105/15.
Além disso, a definição de continência também está errada. De acordo com o art. 56, haverá
continência quando entre as ações houver identidade quanto às partes E quanto à causa de pedir,
mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
A alternativa C está incorreta. Realmente, a incompetência absoluta e relativa deve ser alegada em
preliminar de contestação, conforme dispõe o art. 64, caput, da referida Lei.

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Também é certo que a incompetência absoluta pode ser alegada a qualquer tempo e em qualquer
grau de jurisdição, devendo, até mesmo, ser declarada de ofício, segundo o §1º, do art. 64.
No entanto, o parágrafo único, do art. 65, estabelece que o MP pode alegar a incompetência relativa
nas causas em que atuar.
A alternativa D está incorreta. Com base no §5º, do art. 46, do NCPC, a execução fiscal será proposta
no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.

91. FUNRIO/Prefeitura de Trindade – GO/2016


Diante do Novo Código de Processo Civil, no que diz respeito à competência, é correto afirmar
que:
a) O foro contratual não produz efeitos perante os herdeiros e sucessores das partes.
b) A alegação de incompetência relativa será alegada por meio de exceção, em peça autônoma.
c) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa, ou da função, pode ser
afastada por convenção das partes.
d) A pendência de causa perante a jurisdição brasileira impede a homologação de sentença
judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
e) Se a União for demandada, a ação poderá ser proposta no foro do domicílio do autor, no de
ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito
Federal.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o §2º, do art. 63, da Lei nº 13.105/15, o foro contratual
obriga os herdeiros e sucessores das partes.
A alternativa B está incorreta. Com base no art. 64, caput, da referida Lei, a incompetência relativa
será alegada como questão preliminar de contestação.
A alternativa C está incorreta. O art. 62, do NCPC, estabelece que a competência determinada em
razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes.
A alternativa D está incorreta. Segundo o parágrafo único, do art. 24, da Lei nº 13.105/15, a
pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial
estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 51, parágrafo único, do
NCPC:
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de
ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.

92. BIO-RIO/Prefeitura de Paracambi – RJ/2016


De acordo com o Código de Processo Civil, Lei 13.105/2015, assinale a opção INCORRETA:

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a) Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da
coisa. O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não
recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de
nunciação de obra nova.
b) Não se admite ação meramente declaratória caso tenha ocorrido a violação do direito.
c) Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem
conexão entre eles.
d) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

Comentários
A alternativa A está correta, com base no art. 47, caput, combinado com o §1º, do NCPC:
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito
de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 20, da Lei nº
13.105/15, é admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do
direito.
A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o §3º, do art. 55, da referida Lei:
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões
conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
A alternativa D está correta, conforme prevê o art. 57, caput, do NCPC:
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo
à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas.

93. IBFC/EBSERH/2016
Considere as disposições do código de processo civil e assinale a alternativa correta sobre o
local, em regra, onde serão propostas a ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em
direito real sobre bens móveis.
a) No foro do domicílio do réu.
b) No domicílio do autor.
c) No local onde ocorreu a causa de pedir fática.
d) No local onde ocorreu a causa de pedir jurídica.
e) No local onde ocorreu estão os bens do réu.

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Comentários
De acordo com o art. 46, do NCPC, a ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens
móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
Não confundam com ação fundada em direito real sobre bens imóveis, que deve ser proposta no
foro de situação da coisa.

94. TRT2ªR/TRT2ªR/2016
Com relação à competência interna e internacional e modificações da competência analise as
proposições, conforme regras do Código de Processo Civil:
I- As causas cíveis serão processadas e decididas, ou simplesmente decididas, pelos órgãos
jurisdicionais, nos limites de sua competência, ressalvada às partes a faculdade de instituírem
juízo arbitrai.
II- Determina-se a competência no momento em que a ação é contestada. São irrelevantes as
modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando
suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da
hierarquia.
III- A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência, nem obsta a que a
autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas.
IV- Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa.
Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e
nunciação de obra nova.
V- Havendo conexão ou continência, o juiz, somente a requerimento de qualquer das partes,
pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que sejam decididas
simultaneamente.
Responda:
a) Somente as proposições l,II e IV estão corretas.
b) Somente as proposições II e V estão incorretas.
c) Somente as proposições III e V estão corretas
d) Somente as proposições II e IV estão incorretas.
e) Todas as proposições estão corretas.

Comentários
Vamos analisar cada uma das proposições.
A proposição I está correta, pois é o que dispõe o art. 42, do NCPC:

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Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às
partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
A proposição II está incorreta. De acordo com o art. 43, da referida Lei, determina-se a competência
no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do
estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou
alterarem a competência absoluta.
A proposição III está correta, conforme estabelece o art. 24, da Lei nº 13.105/15:
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade
judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário
de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
A proposição IV está correta, com base no art. 47, §§ 1º e 2º, da referida Lei:
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito
de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.
Observe que nesse item, o examinador utilizou a exata redação do art. 95 do CPC/73. Isso, contudo,
não torna a assertiva incorreta, uma vez que a redação de dispositivo se repete no CPC/15 (art. 47 e
§§), apenas, de uma maneira mais sistematizada. Confiram a redação antiga, apenas para
elucidação:
Art. 95, do CPC/73: “Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa.
Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de
propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova”.
A proposição V está incorreta. Segundo o art. 55, §1º, do NCPC, os processos de ações conexas serão
reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
Ademais, o art. 57, prevê que quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta
anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de
mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
Desse modo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

95. FAPEC/MPE-MS/2015
Conforme o entendimento jurisprudencial consolidado, é incorreto afirmar que:
a) Compete à justiça estadual julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S.A.
b) A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de menor é, em
princípio, do foro do domicílio do detentor de sua guarda.
c) Compete à Justiça Federal processar e julgar os pedidos de retificação de dados cadastrais
da Justiça Eleitoral.

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d) O foro do domicílio ou da residência do alimentando é competente para a ação de


investigação de paternidade, quando cumulada com a de alimentos.
e) Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis públicas
propostas nesta e na Justiça Estadual.

Comentários
A alternativa A está correta, pois reproduz a Súmula nº 508, do STF:
SÚMULA 508 - Compete a Justiça Estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for
parte o Banco do Brasil S.A.
Vela lembrar, também, a Súmula nº 556, do STF:
SÚMULA 556 - É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia
mista.
A alternativa B está correta, com base na Súmula nº 383, do STJ:
SÚMULA 383 - A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de menor é, em princípio,
do foro do domicílio do detentor de sua guarda.
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com a Súmula nº 368, do STJ,
compete à Justiça comum estadual processar e julgar os pedidos de retificação de dados cadastrais
da Justiça Eleitoral.
A alternativa D está correta, conforme prevê a Súmula nº 01, do STJ:
SÚMULA 1 - O foro do domicílio ou da residência do alimentando é o competente para a ação de investigação
de paternidade, quando cumulada com a de alimentos.
A alternativa E está correta, segundo a Súmula nº 489, do STJ:
SÚMULA 489 - Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis públicas
propostas nesta e na Justiça estadual.

96. MPE-RS/MPE-RS/2016
Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes afirmações sobre o tema da
competência, segundo o disposto no Código do Processo Civil.
( ) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência relativa.
( ) Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de
domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da
coisa ou na capital do respectivo ente federado.
( ) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença com resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
( ) Há conflito de competência quando entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca
da reunião ou separação de processos.

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A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é


a) V – F – V – F.
b) F – V – V – V.
c) V – V – F – F.
d) F – F – V – V.
e) F – V – F – V.

Comentários
Vamos analisar cada uma das afirmativas.
A primeira afirmativa falsa. De acordo com o art. 47, §2º, do NCPC, a ação possessória imobiliária
será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
A segunda afirmativa é verdadeira, pois é o que dispõe o parágrafo único, do art. 52, da Lei nº
13.105/15:
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de
domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital
do respectivo ente federado.
A terceira afirmativa é falsa. Segundo o art. 57, da referida Lei, quando houver continência e a ação
continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida
sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
A quarta afirmativa é verdadeira, conforme estabelece o art. 66, III, do NCPC:
Art. 66. Há conflito de competência quando:
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

97. FAURGS/TJ-RS/2012/adaptada
Assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta sobre o regime da competência no
Código de Processo Civil.
a) A ação intentada perante tribunal estrangeiro obsta a que a autoridade judiciária brasileira
conheça da mesma causa.
b) A ação fundada em direito real sobre bens imóveis será proposta, em regra, no foro do
domicílio do réu.
c) Recaindo o litígio sobre direito de propriedade, pode o autor optar pelo foro do domicílio ou
de eleição.
d) Para as ações fundadas em direito real sobre móveis sempre será competente o foro da
situação da coisa.

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e) Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será
competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 24, do NCPC, a ação intentada perante tribunal
estrangeiro não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa.
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade
judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário
de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 47, caput, do NCPC, prevê que para as ações
fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.

A alternativa C está incorreta. Com base no §1º, do art. 47, da Lei nº 13.105/15, se o litígio não recair
sobre direito de propriedade, pode o autor optar pelo foro do domicílio ou de eleição.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito
de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
A alternativa D está incorreta, pois quando envolver bens móveis a ação será proposta, como regra,
no domicílio do réu. É o que se extrai do art. 46, caput, do NCPC.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, visto que se refere ao art. 53, V, do NCPC:
Art. 53. É competente o foro:
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículos, inclusive aeronaves.

98. CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2015/adaptada ao NCPC


Sr. X promove ação de cobrança de determinado crédito em face de Sra. Z. Sra. Z é domiciliada
em Bebedouro - SP. Sr. X é domiciliado em Sorocaba-SP. A ação é proposta em Presidente
Prudente - SP. A ré é silente sobre a competência em suas preliminares de contestação.
Nesse caso, ocorrerá a denominada
a) prorrogação de competência
b) eleição de competência
c) convenção de competência
d) negação de competência
e) declaração de competência

Comentários
Nesse caso, de acordo com o art. 65, do NCPC, ocorrerá prorrogação de competência.
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.

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Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

99. FUNCAB/Faceli/2015/adaptada ao NCPC


São condições para o provimento final ou legítimo exercício do direito de ação:
a) capacidade de fato, interesse de agir e forma prescrita ou não defesa em lei.
b) possibilidade jurídica do pedido, existência de direito material e interesse de agir.
c) legitimação para a causa, resistência à direito subjetivo e interesse de agir.
d) violação de direito, interesse de agir e legitimidade das partes.
e) interesse de agir e legitimidade para a causa.

Comentários
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 17:
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

100. FAURGS/TJ-RS/2012/adaptada ao NCPC


Assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta sobre a disciplina da intervenção de
terceiros prevista no Código de Processo Civil.
a) Quem pretender a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, em sua totalidade,
poderá, até o trânsito em julgado da sentença, oferecer oposição contra ambos.
b) O direito regressivo será exercido por incidente nos próprios autos independentemente de
a denunciação da lide ser indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.
c) A oposição, oferecida antes da audiência, correrá de forma autônoma e suspenderá o
julgamento da ação principal.
d) É admissível a denunciação da lide àquele que estiver obrigado a indenizar, em ação
regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
e) É inadmissível o chamamento ao processo do devedor, na ação em que o fiador for autor.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 682, do NCPC, quem pretender, no todo ou em
parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença,
oferecer oposição contra ambos.
A alternativa B está incorreta, pois o §1º do art. 125, do NCPC prevê que o direito de regresso deve
ser promovido em ação autônoma nos casos referidos. Veja:
§ 1º O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar
de ser promovida ou não for permitida.
A alternativa C está incorreta, pois o trâmite da oposição oferecida antes da audiência terá os autos
apensados e tramitará simultaneamente, sem suspensão do processo principal. É o que prevê o art.

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685, do NCPC, que disciplina a oposição, agora, como procedimento especial e não propriamente
como uma hipótese de intervenção de terceiros.
Art. 685. Admitido o processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação
originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença.
Parágrafo único. Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o curso do
processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade da instrução atende melhor ao princípio
da duração razoável do processo.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 125, II, do NCPC:
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for
vencido no processo.
A alternativa E está incorreta. O art. 130, da referida Lei, estabelece em quais hipóteses é admissível
o chamamento ao processo, requerido pelo réu, entre as quais está a hipótese retratada na
alternativa. Vejamos:
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.

5 - DESTAQUES DA LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA CORRELATA

 art. 43, do NCPC:


Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, SALVO quando
suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
 art. 44, do NCPC:
Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas
normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no
que couber, pelas constituições dos Estados.
 art. 45, do NCPC:
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se
nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização
de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
§ 1o Os autos NÃO serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o
qual foi proposta a ação.

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§ 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar
qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas
ou de suas empresas públicas.
§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença
ensejou a remessa for excluído do processo.
 art. 46, do NCPC:
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no
foro de domicílio do réu.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no
foro de domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do
autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à
escolha do autor.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for
encontrado.
 art. 47, do NCPC:
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio NÃO recair sobre direito
de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.
 art. 48, do NCPC:
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
 art. 49, do NCPC:
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente
para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.
 art. 50, do NCPC:
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.
 art. 51, do NCPC:
Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União.

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Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no
de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.
 art. 52, do NCPC:
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de
domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na
capital do respectivo ente federado.
 art. 53, do NCPC:
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união
estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão
do ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículos, inclusive aeronaves.
 art. 54, do NCPC:
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto
nesta Seção.
 art. 55, do NCPC:
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, SALVO se um deles já houver sido
sentenciado.
§ 2o Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;

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II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.


§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões
conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
 art. 56, do NCPC:
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa
de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
 art. 58, do NCPC:
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas
simultaneamente.
 art. 59, do NCPC:
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
 art. 63, do NCPC:
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será
proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a
determinado negócio jurídico.
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz,
que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de
preclusão.
 art. 62, do NCPC:
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por
convenção das partes.
 art. 63, do NCPC:
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será
proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
 art. 64, do NCPC:
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada
de ofício.
§ 2º Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
§ 4º SALVO decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
O art. 65, por sua vez, estabelece a prorrogação da competência relativa:
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa SE o réu NÃO alegar a incompetência em preliminar de
contestação.

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Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
 Súmula STJ 59: não se cogita conflito de competência se uma das causas já foi julgada.
Súmula STJ 59
Não há conflito de competência se já existe sentença com trânsito em julgado, proferida por um dos Juízos
conflitantes.
 Súmula STJ 33: o reconhecimento da competência relativa depende de provocação, sob pena de
prorrogação da competência.
Súmula STJ 33
A incompetência relativa não pode ser declarada de oficio.
 Súmula STJ 150: para que a demanda seja deslocada para a Justiça Federal, basta a presença de
interesse jurídico da União ou de suas autarquias ou empresas públicas para deslocamento do
processo.
Súmula STJ 150
Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo,
da União, suas autarquias ou empresas públicas.
 Súmula STJ 181: exemplo de ação declaratória admissível à luz do art. 19 do NCPC.
Súmula STJ 181
É admissível ação declaratória, visando a obter certeza quanto à exata interpretação de cláusula contratual.
 Súmula STF 508, 517, 556 e Súmula 42 STJ: à Justiça Federal compete apenas processar e julgar
ações em que a União, as autarquias federais e as empresas públicas federais forem partes, não
abrangendo sociedades de economia mista.
Súmula STF 508
Compete à Justiça Estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do
Brasil S.A.
Súmula STF 517
As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém como assistente ou
opoente.
Súmula STF 556:
É competente a Justiça Federal para julgar as causas em que são partes a COBAL e a CIBRAZEM.
Súmula 42 STJ
Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia
mista e os crimes praticados em seu detrimento.
 Súmula 1 STJ: dada a hipossuficiência da parte e consentâneo com a nova normativa do NCPC,
em ações que envolvam alimentos e investigações de paternidade, o foro competente será o do
domicílio/residência do incapaz.
Súmula 1 STJ

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O foro do domicílio ou da residência do alimentando é o competente para a ação de investigação de paternidade,


quando cumulada com a de alimentos.
 Súmula 383 STJ: fundada na hipossuficiência da parte, fixa-se o foro do domicílio daquele que
detém a guarda do incapaz para ações que envolver interesses de menor.
Súmula 383 STJ
A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de menor é, em princípio, do foro do
domicílio do detentor de sua guarda.

6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final da nossa aula! Trata-se de uma aula curta, porém, repleta de regras específicas.
Estude e revise esse assunto com cuidado.
Qualquer dúvida, estou à disposição no fórum do curso.
Ricardo Torques rst.estrategia@gmail.com
https://www.facebook.com/rstorques

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