Você está na página 1de 48

MICROBIOLOGIA

Prof.ª MSc. Andrielle Araújo Oliveira


Introdução a microbiologia

Importância dos microrganismos


CONTEÚDO
DESTA AULA Conceitos básicos

Histórico da microbiologia
O QUE A MICROBIOLOGIA ESTUDA?
Os microrganismos (seres microscópicos)
 Forma  Distribuição natural
 Estrutura  Relações recíprocas e com outros
seres vivos
 Reprodução
 Efeitos benéficos e prejudiciais
 Fisiologia sobre os homens
 Metabolismo  Alterações físicas e químicas que
 Identificação provocam em seu meio ambiente.
MICRORGANISMOS
Também chamados de germes ou
micróbios
Incluem:
 Bactérias e arquebactérias
 Fungos (leveduras e bolores)
 Vírus - entidades acelulares.
 Protozoários e algas microscópicas.
 Helmintos microscópicos (alguns autores
incluem).
CLASSIFICAÇÃO
DOS MICRÓBIOS

Vírus não entram nessa


classificação pois não são
considerados seres vivos.

Sistema de classificação em 3 domínios (netxplica.com)


Características BACTERIA ARCHAEA EUKARYA
GRUPOS bactérias arqueobactérias Algas, fungos,
protozoários,
plantas e animais.
Parede celular Com camada de Não contêm Sílica (diatomáceas),
peptidoglicano peptidoglicano celulose e
hemicelulose (algas
e plantas), quitina.
(fungos)
carioteca ausente ausente Presente
Membrana Dupla camada, Dupla ou Dupla camada com
plasmática ligação éster monocamada, esteroides
ligações éter
Organelas ausentes ausentes Presentes
membranosas
DNA 1 molécula 1 molécula Vários cromossomos
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DOS
MICRORGANISMOS PARA SUA CLASSIFICAÇÃO
 Estrutura: tipo de célula ou ausência de célula

 Mecanismo de replicação: mitose, fissão binária,


ciclo viral, etc.

 Natureza do ácido nucleico: DNA, RNA, ou ambos.


EUCARIOTOS E PROCARIOTOS
Levinson, Warren. Microbiologia médica e imunologia [recurso eletrônico] / Warren Levinson ; tradução: Martha Maria Macedo Kyaw. – 10. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2011.
NOMENCLATURA DOS MICRORGANISMOS
Sistema de nomenclatura por Carolus Linnaeus (1735) – binomial

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
IMPORTÂNCIA DOS MICRORGANISMOS
 Algas microscópicas – base da cadeia alimentar – equilíbrio dos
ecossistemas
 Reciclagem de elementos químicos – decomposição de materiais
orgânicos
 Síntese de produtos químicos (vitaminas, ácidos orgânicos,
enzimas, álcoois, fármacos
 Indústria alimentícia: vinagre, molho de soja, queijo, iogurte, pão,
bebidas alcoólicas, etc.
 Tratamento de esgoto – reciclagem da água
 Biorremediação – limpeza de poluentes (tóxicos)
 Biotecnologia – tecnologia do DNA recombinante (saúde,
agricultura, meio ambiente)

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
OS MICRÓBIOS EM NOSSAS VIDAS
Hoje sabemos que os microrganismos são encontrados em quase todos os lugares.

Não têm somente efeitos prejudiciais, mas também múltiplos efeitos benéficos.

Microrganismos causadores de doenças (patógenos) – minoria entre os micróbios.

O conhecimento prático sobre os micróbios é fundamental nas ciências da saúde.


MICROBIOTA NORMAL
Microrganismos habitam naturalmente nosso corpo.
Benefícios:
Ajudam a sintetizar algumas vitaminas.
Proteção contra microrganismos patogênicos (quando em equilíbrio)

Malefícios: microbiota normal desequilibrada


Ex. Candida albicans – candidíase – alteração no pH, queda da imunidade – alta proliferação
do fungo.
Hoje, funcionários de hospitais devem ser capazes de proteger os pacientes de micróbios
comuns, que normalmente são inofensivos, mas podem ser nocivos para pessoas doentes e
debilitadas.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
BIOFILMES
Na natureza, os microrganismos podem existir individualmente ou em grupos.
Biofilme: um agregado complexo de micróbios.
Os biofilmes podem entupir os canos de água e, quando crescem sobre implantes médicos,
como próteses articulares e cateteres, têm a capacidade de causar infecções, como as
endocardites (inflamação do coração).
As bactérias nos biofilmes frequentemente são resistentes a antibióticos, pois os biofilmes
oferecem uma barreira protetora contra a ação antibiótica.

Biofilme Dental - OdontoGeral (sapo.mz)


Biofilmes de bactérias patogénicas no sistema de água de bebida - Artigos - 3tres3, A página do porco

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
HISTÓRICO DA MICROBIOLOGIA
1665 - Robert Hooke, inglês.
Microscópio rudimentar
Fina fatia de cortiça
Observou “pequenas caixas” ou “celas”.
Início da teoria celular – a teoria de que
todas as coisas vivas são compostas por
células.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017 Texto 1 – Origem e significado da Compartimentalização da Célula Eucariótica (usp.br)
HISTÓRICO DA MICROBIOLOGIA
Observações microscópicas de Anton van Leeuwenhoek (1632-1723)

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
HISTÓRICO DA MICROBIOLOGIA
Geração espontânea – abiogênese
Até a segunda metade do século XIX acreditava-se que
algumas formas de vida poderiam surgir espontaneamente da
matéria morta - geração espontânea.
Adventures in “Spontaneous Generation” – The Tarrant Lab (whoi.edu)

“Não mais do que 100 anos atrás, as pessoas comumente


acreditavam que sapos, cobras e ratos poderiam se originar
do solo úmido; que as moscas poderiam surgir a partir de
estrume; e que as larvas (que hoje sabemos que são larvas de
moscas) poderiam se originar de cadáveres em decomposição.”

Biofundamentals @ UC Boulder - Life's Origins (colorado.edu)

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
HISTÓRICO DA MICROBIOLOGIA
Francesco Redi, médico, 1668.
Trabalhos para demonstrar que as larvas
não eram geradas espontaneamente.
Forte golpe no conceito de geração
espontânea de algumas formas de vida.

Spontaneous Generation | Microbiology (lumenlearning.com)

Mas não convenceu sobre o surgimento dos “animáculos” de van Leeuwenhoek, que seriam simples
o bastante para serem gerados a partir de materiais não vivos.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
HISTÓRICO DA MICROBIOLOGIA
John Needham (1745) reforçou a
questão da geração espontânea dos
microrganismos
Needham considerou que os micróbios
desenvolviam-se espontaneamente a
partir de caldos.
Prováveis erros:
- Tempo de aquecimento insuficiente
- Vedação ineficiente

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
HISTÓRICO DA MICROBIOLOGIA
Vinte anos depois, Lazzaro Spallanzani sugeriu que
os microrganismos do ar provavelmente entraram
nas soluções de Needham após estas serem
fervidas.

Needham: a “força vital” foi destruída pelo calor


e foi mantida fora dos frascos pelos lacres.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
HISTÓRICO DA MICROBIOLOGIA
A teoria da biogênese
1858, Rudolf Virchow - conceito de biogênese: células vivas surgem apenas
de células vivas preexistentes.

Mas não podia oferecer nenhuma prova científica

Elucidação pelo cientista francês Louis Pasteur: Spontaneous Generation – Microbiology (opentextbc.ca)

 Microrganismos estão presentes no ar e podem contaminar soluções estéreis


 O ar, por si próprio, não origina micróbios

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
Experimento
de Pasteur

Spontaneous Generation – Microbiology (opentextbc.ca)


TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
FERMENTAÇÃO E PASTEURIZAÇÃO
Um grupo de mercadores franceses pediu a Pasteur que descobrisse por que o vinho
e a cerveja azedavam com o tempo.
O que Pasteur descobriu:
Leveduras convertiam os açúcares em álcool na ausência de ar – fermentação.
Bactérias contaminam a cerveja e o vinho, na presença de ar, e transformam o álcool
em vinagre (ácido acético).
A solução de Pasteur: aquecimento da cerveja e do vinho o suficiente para matar a
maioria das bactérias (acima de 60°C), e depois baixar bruscamente a temperatura
– pasteurização.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
A TEORIA MICROBIANA DA DOENÇA
 Antes de da época de Pasteur, as causas das doenças eram desconhecidas.
 As descobertas de Pasteur mostraram a relação entre a atividade de um
microrganismo e as mudanças físicas e químicas nas matérias orgânicas.
 Comunidade científica alerta sobre a possibilidade de que os
microrganismos causar doenças - teoria do germe da doença.
 Grande resistência no começo devido às crenças místicas em torno das
doenças como punições divinas, etc.
 Pasteur e outros relacionaram os micróbios com as doenças em animais.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
A TEORIA MICROBIANA DA DOENÇA – ASSEPSIA
E ANTISSEPSIA
 1840 - médico húngaro Ignaz Semmelweis e a observação das pacientes de
obstetrícia - febre puerperal.

 Sabendo das descobertas de Semmelweis e Pasteur, em 1860, Joseph Lister,


um cirurgião inglês, aplicou a teoria do germe nos procedimentos médicos.

 Passou a tratar as feridas cirúrgicas com uma solução de fenol (ácido carbólico, que mata
bactérias).
A prática reduziu a incidência de infecções e morte e foi adotada rapidamente por outros
cirurgiões.
 Suas descobertas provaram que os microrganismos provocam infecções em feridas
cirúrgicas.
ASSEPSIA X ANTISSEPSIA
O significado de assepsia é “ausência de germes, entre eles bactérias, vírus e outros
microrganismos que podem causar doenças”. É claro que é impossível manter um
ambiente como uma sala de operação totalmente livre de germes, absolutamente
estéril, por isso, a ideia da assepsia é prevenir a infecção reduzindo esses
microrganismos a uma quantidade insuficiente para causar alguma complicação.

Já a antissepsia é o processo que visa reduzir ou inibir o crescimento de


microrganismos na pele ou nas mucosas. Os produtos usados para fazer a
antissepsia são chamados de antissépticos.

Assepsia e antissepsia, entenda a diferença e boas práticas | Hospital Alemão Oswaldo Cruz
(hospitaloswaldocruz.org.br)
Sanarflix-Ebook_Manual-do-Interno-Exemplar.pdf (sanarsaude.com)
A TEORIA MICROBIANA DA
DOENÇA
1876 – Robert Koch - A primeira evidência de que
bactérias realmente causam doenças
Koch, médico alemão, jovem rival de Pasteur na corrida
para descobrir a causa do antraz.
Antraz destruía rebanhos de gado e ovelhas na Europa.
Koch estudou os rebanhos e isolou o agente etiológico -
bactérias em forma de bacilos (Bacillus anthracis).
Postulados de Koch: uma sequência de etapas
experimentais capazes de relacionar diretamente um
micróbio específico a uma doença específica.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017 Koch's Postulates - Article | ATG
ÁGAR COMO MEIO DE CULTIVO DE MICRORGANISMOS
O ágar ainda era muito pouco conhecido quando Robert Koch o utilizou
pela primeira vez como meio de cultura.
Gelatina como meio de cultura: ou era consumida pelos próprios
microrganismos ou derretia-se em dias quentes.
1881 - Fanny Angelina Eilshemius Hesse testou agar agar com sucesso e
informou Koch dos resultados positivos.
1882 - Robert Koch anunciou o uso de agar agar como meio de cultura
em seus experimentos.
Desde essa época, o agar agar passou a ser utilizado com sucesso para
fazer meios de cultura sólidos, pois é indigerível pela maioria dos
microrganismos.
Funcionais Nutracêuticos (funcionaisnutraceuticos.com.br)
Fanny Hesse and the discovery of Agar in Microbiology - Koch's Laboratory - Gelidium and Gracilaria (hardydiagnostics.com)
VACINAÇÃO
1796 – Edward Jenner: Primeira
vacina
Edward Jenner, jovem médico
inglês:
Experimentos para descobrir um
modo de proteger as pessoas da
varíola.
A varíola matava milhares de
pessoas na Europa, e ajudou a
dizimar os nativos na América do
Norte durante a colonização.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
PASTEUR DESVENDOU PORQUE A VACINAÇÃO DE
JENNER FUNCIONA
Anos depois, Pasteur descobriu que ao cultivar uma bactéria virulenta por longos
períodos em laboratório, essa bactéria perder sua virulência.
Percebeu que esses microrganismos com virulência diminuída eram capazes de
induzir imunidade contra infecções subsequentes por seus companheiros virulentos.
O Cowpox virus não é um derivado produzido em laboratório, mas sua semelhança
com o vírus da varíola é tão grande que ele pode induzir imunidade contra ambas
as viroses.
Algumas vacinas ainda são produzidas a partir de linhagens de microrganismos
avirulentos que estimulam a imunidade contra uma linhagem virulenta relacionada.
Outras vacinas são feitas a partir de micróbios virulentos mortos, de componentes
isolados de microrganismos virulentos, ou por técnicas de engenharia genética.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
NOVO FOCO: COMBATE AOS MICRORGANISMOS
CAUSADORES DE DOENÇAS
Novas pesquisas para a busca de substâncias que pudessem destruir o microrganismo
patogênico sem causar nenhum mal à pessoa ou ao animal infectado.
O tratamento de uma doença através da utilização de substâncias químicas:
quimioterapia.
Substâncias químicas produzidas naturalmente por bactérias e fungos para atuar
contra outros microrganismos: antibióticos.
Os agentes quimioterápicos preparados a partir de compostos químicos em
laboratório: medicamentos sintéticos.
Técnicas de antissepsia.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
EM BUSCA DA “BALA MÁGICA”
Paul Ehrlich: revolução quimioterápica.
1910 - após testar centenas de substâncias, ele descobriu o salvarsan, derivado de
arsênico, efetivo contra a sífilis.
Antes disso a única substância química no arsenal médico europeu era o quinino, que
havia sido usada pelos conquistadores espanhóis para tratamento de malária.
Ao final da década de 1930: pesquisadores desenvolveram diversos outros
medicamentos sintéticos que podiam destruir microrganismos.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
ANTIBIÓTICOS
O primeiro antibiótico foi descoberto
acidentalmente por Alexander Fleming,
médico e bacteriologista escocês.
Placas de cultura bacteriana haviam sido
contaminadas por fungos em seu laboratório.

O fungo ficou conhecido como Penicillium chrysogenum, e o inibidor ativo deste


fungo foi chamado de penicilina.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
ANTIBIÓTICOS
 Desde as descobertas iniciais dos antibióticos, milhares de outros foram
desenvolvidos.
 Muitos fármacos antimicrobianos matam os micróbios patogênicos, mas também
produzem danos ao hospedeiro infectado.
 A toxicidade para seres humanos é um problema específico no desenvolvimento de
medicamentos para o tratamento de doenças virais.
 Aumento de microrganismos com resistência a antibióticos.
 Algumas infecções bacterianas previamente tratáveis podem, em breve, se tornar
impossíveis de serem tratadas com antibióticos.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017
ERA MODERNA NA MICROBIOLOGIA
1928 – Alexander Fleming: Descoberta da Penicilina

1944 – Avery, MacLeod & McCartey: DNA é o material genético

1953 – Watson e Crick: Descobriram a estrutura do DNA

1962 – Edelman e Porter: Anticorpos

1981 – Margulis: Origem das células eucarióticas

1983 – Kary Mullis: Inventada Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)


DOENÇAS INFECCIOSAS
Uma doença infecciosa é aquela em que patógenos invadem um hospedeiro
suscetível.
O patógeno efetua pelo menos uma parte do seu ciclo de vida dentro do hospedeiro.
Quanto maior a virulência de um patógeno, maior sua capacidade de invadir tecidos
e se multiplicar gerando uma doença no hospedeiro – maior chance de gravidade e
letalidade.
Surtos recentes apontam para o fato de que as doenças
infecciosas não estão desaparecendo, pelo contrário,
DOENÇAS parecem estar crescendo e reemergindo.

INFECCIOSAS Além disso, algumas novas doenças – doenças infecciosas


emergentes (DIE) – têm surgido nos últimos anos.
EMERGENTES Essas são doenças novas ou modificações de doenças já
existentes e estão aumentando ou possuem potencial
para aumentar a incidência em um futuro próximo.
DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES
Fatores que têm contribuído para o desenvolvimento de DIEs:
Alterações evolutivas em organismos existentes
Disseminação de doenças conhecidas para novas regiões geográficas ou populações
por transporte moderno
Aumento da exposição humana a novos e incomuns agentes infecciosos em áreas que
estão sofrendo mudanças ecológicas, como desmatamento e construção
Resistência antimicrobiana (p. ex., S. aureus resistente à vancomicina).
DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES
2012 - Coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV, de
Middle East respiratory syndrome coronavirus).
Coronavírus são vírus responsáveis por doenças que vão desde o resfriado comum
até a síndrome respiratória aguda severa (SARS).
A SARS é uma doença infecciosa emergente que surgiu primeiramente na China, em
2002 - causada pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV, de SARS-associated
coronavirus).
Desde 2018 estamos vivenciando o ressurgimento de uma doença grave que havia
sido eliminada de nosso país: o sarampo.
2019 – a grande pandemia do SARS-CoV-2 - chamado de novo coronavírus.

Doenças Emergentes e Reemergentes no Contexto da Saúde Pública - Boletim da Saúde (boletimdasaude.rs.gov.br)


DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES
Influenza H1N1 (gripe suína), Estados Unidos, 2009 – pandemia declarada pela
OMS.
Influenza A aviária (H5N1), ou gripe aviária, 2003 matou milhares de aves
domésticas e 24 pessoas no sudeste da Ásia.
2013, uma influenza aviária diferente, a H7N9, acometeu 131 pessoas na China.
Os vírus influenza A são encontrados em muitos animais diferentes, incluindo patos,
galinhas, porcos, baleias, cavalos e golfinhos.
DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES
Até 2008, a influenza aviária infectou 242 pessoas, levando metade delas ao óbito.
Felizmente, o vírus ainda não evoluiu para ser transmitido com sucesso entre os seres
humanos.
Infecções em seres humanos pelo vírus da influenza aviária, detectadas desde 1997,
não têm resultado em transmissão sustentada de pessoa para pessoa.
Contudo, como os vírus influenza têm o potencial de mudar e ganhar a habilidade
de se disseminar facilmente entre as pessoas, o monitoramento das infecções
humanas e da transmissão de pessoa para pessoa é importante.
Staphylococcus aureus resistentes – penicilina (1950), meticilina (MRSA - 1980),
vancomicina (VISA - 1990 e VRSA - 2002).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Até pouco tempo atrás, antes da invenção do microscópio, os micróbios eram
desconhecidos para os cientistas.
Milhares de pessoas morreram em epidemias devastadoras, das quais as causas e os
mecanismos de transmissão não eram compreendidos.
Famílias inteiras morreram porque as vacinas e os antibióticos não estavam
disponíveis para combater as infecções.
A microbiologia médica evolui a cada dia, assim como as doenças infecciosas. É uma
luta constante em favor do bem-estar do ser humano!
SAIBA MAIS – VÍDEOS (LINKS)
 (16) HISTÓRIA DA MICROBIOLOGIA – YouTube

 (16) Por que lavar as mãos? Uma história


microbiológica – YouTube

 (16) Historia da Microbiologia – YouTube

 (33) INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA | Biologia


com Samuel Cunha – YouTube
MATERIAIS DE LEITURA (LINKS)
 Microbiologia 12 Edicao Tortora Funke Case.pdf (usp.br)
 https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=3118893
 A História do surgimento da Microbiologia: Fatos Marcantes - Microbiologia (ufrj.br)
 A História e os marcos da Microbiologia – Kasvi
 Biofilmes de bactérias patogénicas no sistema de água de bebida - Artigos - 3tres3, A página do porco
 Doenças infecciosas controladas voltam a preocupar a população (hermespardini.com.br)
 Doenças Emergentes e Reemergentes no Contexto da Saúde Pública - Boletim da Saúde
(boletimdasaude.rs.gov.br)
ATIVIDADES
Palavras cruzadas (link):
Conceitos básicos e histórico da Microbiologia - Crossword Labs

Questões no Portal do Aluno.

Você também pode gostar