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Controle Tecnológico dos Insumos,

Produção e Execução do Concreto


Professor Flávio de Lima Vieira

2018
PROGRAMAÇÃO DO CONTEÚDO
Sexta-feira – Dia 25/05 – 18:00 às 23:00:
Introdução à temática do concreto e profissionais envolvidos;
Concretos e principais propriedades;
Principais tipos de concreto;
Produção do concreto de cimento portland;
Concreto dosado em central;

Sábado – Dia 26/05 – 08:00 às 13:00:


Visita técnica concreteira – Local será informado;

Sábado – Dia 26/05 – 14:00 às 19:00:


Controle do concreto fresco;
Lançamento, transporte e execução;
Controle tecnológico do concreto;
Exercício;

Domingo – Dia 27/05 – 08:00 às 13:00;


Aceitação do concreto endurecido – amostragem parcial;
Aceitação do concreto endurecido – amostragem total;
Estudo de caso;
INTRODUÇÃO À
TEMÁTICA DO CONCRETO
E PROFISSIONAIS
ENVOLVIDOS
Introdução - Definição

Compósito que consiste basicamente de um meio aglomerante no qual estão aglutinadas


as partículas ou fragmentos de agregado (MEHTA & MONTEIRO, 2014)

Aglomerante hidráulico
Porque utilizar concreto?

Flexibilidade

Oferta de
insumo
x
Custo
Porque utilizar concreto?

Custo de produção x Produção anual de diversos materiais da


construção

(ISAIAS, 2005)
Como abordar o tema?

Insumo ou Parte de um Processo?

 Definição dos parâmetros


do concreto

Tecnologista
do concreto
Sinergia entre as partes
Prazo? Caminho crítico
Valores para
investimento?
Proprietário Método
construtivo?
Otimização?
Ambiente?

Tecnologista
Projetista Construtor
do concreto

Parâmetros de Equipamentos?
projeto?
Materiais
Padrão de disponíveis?
acabamento?
Concreteira
Controle das
propriedades?
O objetivo principal envolve
toda a cadeia

 Durabilidade do sistema
estrutural
Sistema interativo

 Parâmetros

 Estudos de
 Otimização do concreto dosagens e
caracterização

 Fiscalização e controle
tecnológico
Frentes de ação
 Tipo de cimento;

 Fluidez;

 Tipo e diâmetro do
agregado;

 Exemplos de parâmetros  Incorporação de adição ou


do concreto aditivo;
 Consumo de cimento e
relação água cimento;
 Propriedades mecânicas e
elásticas;

 Acabamento superficial;
Tecnologia em evolução

Avanços da Tecnologia?

Método de
dosagens

Zona de
transição
Aditivos Adições
Burj Dubai – Dubai – Emirados Árabes CAD Petronas Towers Kuala Lumpur - Malásia
Unidos • 451 m
• 800 a 950 m
• Estrutura de concreto
• Aprox. 200 andares
Para onde caminhamos

Futuro

Impacto
Sustentabilidade
ambiental
CONCRETOS
Concreto e seus constituintes
• Aéreos = Cal
Aglomerantes • Hidráulicos = Cimento Portland
• Resinas = Epóxi

• Natural: Tipo litológico; Dmáx;


Agregados
• Resíduos;

• Incorporador de ar; Retardador e


Aditivos acelerador de pega; Superplat.; Modif.
de viscosidade; Inib. retração;

Adições
• Naturais e subprodutos;
Minerais

Outros • Gelo, fibras sintéticas e de aço;


Limite

PROPRIEDADES
DETERMINADAS
CP I – 32 CP II F-32 CP III - 32 CP IV CP V ARI

NBR NBR NBR NBR NBR


5732/91 11578/91 5735/91 5736/91 5733/91
Massa específica (g/cm³) --- --- --- --- ---
resíduo na
peneira 200 < 12,0 < 12,0 < 8,0 < 8,0 < 6,0
(%)
resíduo na
Finura peneira 325 --- --- --- --- ---
(%)
área
específica > 2600 > 2600 --- --- > 300
(cm²/g)
Início
> 1:00 > 1:00 > 1:00 > 1:00 > 1:00
Tempo de Pega (h:min)
Fim (h:min) < 5:00 < 10:00 < 12:00 < 12:00 < 10:00
Água de C onsistência - Pasta
--- --- --- --- ---
(%)
Expansão em Autoclave (%) --- --- --- --- ---

1 dia --- --- --- --- > 14,0


3 dias > 10,0 > 10,0 > 10,0 > 10,0 > 24,0
Resistência à 7 dias > 20,0 > 20,0 > 20,0 > 20,0 > 34,0
C ompressão
> 32,0 e < > 32,0 e < > 32,0 e
28 dias > 32,0 ---
49,0 49,0 < 49,0
90 dias --- --- > 40,0 > 40,0 ---
perda ao
< 2,5 < 6,5 < 4,5 < 4,5 < 4,5
fogo
resíduo
< 1,0 < 2,5 < 1,5 --- < 1,0
insolúvel
C omponentes trióxido de
< 4,0 < 4,0 < 4,0 < 4,0 ---
enxofre (SO 3)
óxido de
magnésio < 6,5 < 6,5 --- < 6,5 < 6,5
(MgO)
AGREGADOS
AGREGADOS
Tipo de Material Areia Natural Normas
Absorção (%) 0,30 NBR NM 30/2001
Granulometria(M.F.) 2,62 NBR NM 248/2003
M. Específica Aparente do Agr. Seco- (g/cm³) 2,63
M. Esp. do Agr. Sat. Superfície Seca- (g/cm³) 2,64 NBR NM 52/2009
Massa Específica - (g/cm³) 2,66

Tipo de Material Brita 25 mm Normas


Absorção (%) 0,4 NBR NM 53/2009
Granulometria(M.F.) 6,95 NBR NM 248/2003
Abrasão Los Ângeles (%) 24”B” NBR NM 51/2001
Índice de Forma (c/e) 2,60 NBR 7809/2006
Massa Específica S.S.S.(g/cm³) 2,70 NBR NM 53/2009
Ciclagem acelerada Água-Estufa (%) 0,09 NBR 12696/1992
Ciclagem acelerada Etileno Glicol (%) 0,06 NBR 12697/1992
Sanidade ao Ataque NA2SO4 (%) 0,13 ASTM C-88/2013
PRINCIPAIS PROPRIEDADES DO CONCRETO

No estado fresco:
Faixa de valores para concretos usuais

 Tixotropia;

 Consistência:
-Abatimento do tronco de cone(Slump test): 30 mm a
180mm
-Espalhamento tronco de cone na mesa de Graff: > 350
mm

 Massa específica: 2,3 a 2,4 kg/dm3

 Teor de ar: 1% a 5%;


PRINCIPAIS PROPRIEDADES DO CONCRETO

No estado fresco:

Consistência:
Aspecto prático da maior relevância: deve ser
definida em função dos procedimentos de
transporte, lançamento e adensamento do
concreto;
Do ponto de vista reológico:
 Viscosidade
 Tensão de cisalhamento e de escoamento
PRINCIPAIS PROPRIEDADES DO CONCRETO

No estado fresco:
PRINCIPAIS PROPRIEDADES DO CONCRETO

No estado fresco:
Aspectos Reológicos

VISCOSIDADE: determina a coesão da mistura  controla o potencial


de segregação e exsudação do concreto:

* introdução de finos (sílica ativa, p. ex.)


* aditivo modificador de viscosidade

TENSÃO DE CISALHAMENTO (ESCOAMENTO): determina a fluidez da


mistura define a maior ou menor facilidade com que o concreto se
espalha, se transporta.

* definido pelo parâmetro “água/m3”


* forte influência dos aditivos plastific/superplastific.
ADITIVOS SUPERPLASTIFICANTES

Plastificante – redução de água em até 15% - Ex.


Lignosulfonatos.

Superplastificantes – redução de água em até 30% - ex.


Naftalenos sulfonatos, Melamina sulfonatos, Policarboxilatos.

Evolução – 1a, 2a e 3a gerações


ADITIVOS SUPERPLASTIFICANTES
PRINCIPAIS PROPRIEDADES DO CONCRETO

No estado endurecido:
Faixa de valores para concretos usuais

• Resistência à compressão: 20 MPa a 60 MPa (faixa de valores


médios a 28 dias – pode ser bastante ampliada com CAD)
• Módulo de elasticidade: 17 GPa a 30 GPa
• Resistência à tração (compr. diametral): 2 MPa a 4 MPa
• Massa específica: 2,5 kg/dm3
• Índice de vazios: 8% a 15%
• Absorção de água (por imersão): 3,5% a 6,5%
• Absorção de água (por capilaridade): 0,13 a 0,31 g/cm2
• Permeabilidade à água: 10-10 cm/s a 10-8 cm/s
• Resistividade elétrica (CP saturado): 10 a 20 kohm.cm
CONCRETO
CONVENCIONAL (CCV)

CONCRETO COMPACTADO
COM ROLO (CCR)

ALGUNS TIPOS DE
CONCRETO MASSA
CONCRETOS
CONCRETO BOMBEÁVEL E
AUTO-ADENSÁVEL

CONCRETO DE AUTO
DESEMPENHO (CAD) E
ALTA RESISTÊNCIA (CAR)
CONCRETO NORMAL – NBR 9778
2000 A 2800 KG/M3
TIPOS DE CONCRETOS CONCRETO LEVE – NBR 9778
CONSIDERANDO < 2000 KG/M3
MASSA UNITÁRIA
CONCRETO PESADO – NBR 9778
> 2800 KG/M3
CONCRETO
BOMBEÁVEL
É o concreto transportado por tubulações, rígidas ou
flexíveis, através da pressão e descarregado diretamente
na área desejada.

Características:
- Trabalhabilidade: os valores mais comuns de abatimento estão na ordem de
100 mm a 150 mm, tendo algumas vezes valores maiores que estes.
- Cimento: qualquer tipo. Normalmente o teor de cimento é mais elevado
quando comparado com o concreto convencional;
- Agregados: os agregados miúdos devem ser compatíveis com o diâmetro da
tubulação. Normalmente, a dimensão máxima não passa de 38 mm;
- Dosagens: embora seja proporcionado da mesma forma que o concreto
convencional, deve ser ter atenção ao teor de argamassa, que neste caso
deve ser maior.
EQUIPAMENTOS DE
LANÇAMENTOS
Bombas telescópicas
7 e 20m3/h
32 metros

Bombas estacionárias
500 metros horizontais
ou 200 metros verticais
35 e 90 m3/h
EQUIPAMENTOS DE
LANÇAMENTOS

Torre de distribuição = Placing boom


50 metros horizontal Citypump
CONCRETO
AUTO-ADENSÁVEL
Assegurar as características do concreto para que seja capaz
de fluir no molde ou nas formas e compactar-se sob ação de
seu peso próprio sem necessidade de vibração, tendo como
resultado final um concreto durável e homogêneo.

AUTOADENSABILIDADE

- HABILIDADE DE FLUIR E PREENCHER


- HABILIDADE DE PASSAR EM OBSTÁCULOS
- ESTABILIDADE OU RESISTÊNCIA À SEGREGAÇÃO
MATERIAIS UTILIZADOS NO
AUTO-ADENSÁVEL
- Cimento
- Adições
- Superplastificante
- Agregados

 As propriedades reológicas podem ser conseguidas através


de uma alta adição de materiais finos e incorporação de
produtos tensoativos (HO et al., 2002).
MATERIAIS E AÇÕES

Superplastificante Fluidez

Materiais Finos ou Estabilidade


Agentes de (Viscosidade
Viscosidade Suficiente)

< quantidade em
Agregado graúdo comparação ao
CCV
VANTAGENS
 Redução do tempo de construção / aumento da
produtividade devido à sua alta velocidade de
lançamento;
 Melhoria da qualidade da construção;
 Eliminação da necessidade de vibração;
 Redução da poluição sonora;
 Melhoria da capacidade de preenchimento de
peças estruturais densamente armadas;
 Facilidade construtiva e garantia de uma boa
performance estrutural.
-Para o desenvolvimento, caracterização e controle de
aceitação no estado fresco deste tipo de concreto são
empregados os métodos da NBR 15823 (2010), como:

- Cone de Abrams (Determinação do espalhamento e


tempo de escoamento - Slump Flow )- NBR 15823-2;
- Anel J (determinação da habilidade passante)-NBR
15823-3;
- Caixa L (determinação da habilidade passante)- NBR
15823-4;
- Funil V (determinação da viscosidade)- NBR 15823-5;
- Coluna de segregação (determinação da resistência à
segregação)- NBR 15823-6.
Determinação do espalhamento e tempo de escoamento –
(slump Flow )- NBR 15823-2;

 - Consiste na medida do espalhamento através do cone de Abrams;


 - Procedimento simples e rápido ;
 - Permite avaliação visual (qualitativa) da segregação

Resultado do ensaio é o espalhamento (SF) da massa de concreto, obtido pela


média SF (mm) aritmética de duas medidas perpendiculares do diâmetro
realizadas em milímetros (mm).

Resultado do ensaio é o intervalo de tempo (t500), em segundos, entre o início e


o final do escoamento do concreto até a marca de 500 mm marcado na placa.
Funil V (determinação da viscosidade)- NBR 15823-5;

- Permite observar a facilidade do fluxo do concreto, sendo que


quanto menor o tempo medido, maior a fluidez do concreto.

- O ensaio consiste na medida do intervalo de tempo para o


escoamento completo da massa do concreto após a abertura de uma
comporta na parte inferior do funil.
Anel J (determinação da habilidade passante)-NBR 15823-3;

O ensaio consiste em realizar o ensaio de espalhamento pelo tronco de cone


com o posicionando do anel J como obstrução.
Resultado do ensaio obtido pela média aritmética de duas medidas
perpendiculares do diâmetro ao final do escoamento do concreto. É a
diferença entre esta medida e a do diâmetro do ensaio de espalhamento
sem o anel (NBR 15823-2).
Caixa L (determinação da habilidade passante)- NBR 15823-4;

O ensaio consiste em verificar o escoamento do concreto de uma câmara


vertical para uma outra horizontal. Após o preenchimento da câmara
vertical, deve ser efetuada a abertura da comporta de forma rápida,
uniforme e sem interrupção.
Ao cessar o escoamento, medir
as alturas H1 e H2 e calcular a
habilidade passante HP.
Coluna de segregação (determinação da resistência à
segregação)- NBR 15823-6;
O ensaio consiste na determinação da resistência à segregação do
CAA, pela diferença das massas de agregado graúdo existentes no
topo e na base da coluna de segregação.

- Após 20 min após a moldagem devem ser retiradas


porções de concreto do topo e base da coluna;
- Cada amostra deve ser lavada individualmente sobre um
peneira com abertura de malha 5 mm, de forma a remover
totalmente a argamassa, limpando os agregados graúdos. Os
agregados graúdos devem ser submetidos a uma secagem
superficial, com utilização de pano ou papel absorvente
(condição saturado superfície seca, SSS) e em seguida
devem ser pesados, obtendo-se as massas mB e mT para
cada amostra.
A resistência à segregação é determinada em função da diferença
percentual entre a quantidade de agregado graúdo da porção de concreto
retirada da base e do topo da coluna de segregação pela seguinte
equação:
CONCRETO
MASSA
Concreto susceptível ao aparecimento de
fissuras de origem térmica nas primeiras idades
após lançado na obra.
3 m3
7 e 20m3/h

120 m3 por hora


Cimento: Preferencial cimentos que contenham adições (CPIII - cimento
com escória e CPIV – cimento pozolânico)

Adições: São extremamente finos, contendo normalmente SiO2 em sua


composição (ex.: sílica ativa, metacaulim, cinza volante, etc).
As adições têm como principais funções:
• Diminuir o consumo de cimento;
• Aumentar a compacidade e resistência do concreto;
• Melhorar a consistência do concreto (mais coeso).

Agregados:
Agregado Graúdo (brita):
A dimensão máxima do agregado pode variar de 19mm a 152mm.
Quanto maior o agregado, menor o consumo de cimento, porém perde-
se em trabalhabilidade.
CONCRETAGEM EM CAMADAS

Para o concreto massa É PRATICAMENTE OBRIGATÓRIA .

Interfade entre camadas

Concreto Massa

A altura de camadas não refrigerado => 1m e refrigerado => 2,5m,


com intervalo entre camadas de 3 a 15 dias (NECESSÁRIO
CÁLCULO).
REFRIGERAÇÃO DO CONCRETO

Pré-refrigeração Pós-refrigeração
CONCRETO
COMPACTADO
COM ROLO
O concreto compactado com rolo é um
concreto de consistência seca, não
mensurável pelo ensaio de abatimento do
tronco de cone, consolidado por vibração
externa, utilizando rolo vibratório. Para que
haja consolidação efetiva, o concreto deve
ser seco o suficiente para suportar o peso do
equipamento de vibração, mas precisa ser
úmido o suficiente para permitir a
distribuição adequada da argamassa
aderente permitindo um bom adensamento.
Características :

- Trabalhabilidade: consistência mais seca;


- Cimento: qualquer tipo, sendo preferíveis, cimentos
com baixo calor de hidratação. O consumo de cimento
mais baixo em torno de 50 kg/m³ a 200 kg/m³;
- Agregados: maior quantidade possível de agregado
graúdo e a seleção de dois ou mais grupos individuais de
dimensão de agregado graúdo que devem ser
combinados para produzir uma graduação máxima em
termos de massa específica (teor mínimo de vazios);
Características :

- Dosagens: requer uma boa quantidade de finos


(agregados pulverizados na ordem de 10 % a 18 %) que
haja um bom preenchimento dos vazios e
Consequentemente uma boa compactação e uma
menor permeabilidade;
- Resistência: a resistência à compressão característica
do CCR é baixa quando aplicado em barragens, na
ordem de 4 MPa a 10 MPa, e em aplicações para
pavimentos se utilizam resistências maiores.
Ensaios :

- Tempo de vibração (Cannon Time):

Consiste na determinação do tempo levado para que uma película de


argamassa do concreto envolva toda a lateral do recipiente,
denominado consistômetro de Vebê.
Ensaios :

- Determinação da massa unitária(DMA):

Consiste na determinação do volume de água deslocado quando se


introduz uma amostra de concreto fresco com peso conhecido em um
recipiente cilíndrico contendo um sifão. Neste recipiente é colocado
um volume de água conhecido. Dessa forma, a massa unitária do
concreto pode ser determinada, pois o volume de água deslocado
corresponde ao volume de concreto.
Ensaios :

- Moldagem dos corpos de prova:

Os corpos de prova foram moldados em mesa vibratória com uma


frequência de 3600 rpm.
Concreto de Alta
Resistência e
Alto Desempenho
(CAD)
Concreto de Alto Desempenho:

É o concreto com resistência característica de 55 MPa


ou mais (MEHTA e MONTEIRO, 2008).

Características:

-Trabalhabilidade: na maioria das vezes igual ao concreto


convencional;

- Cimento: a princípio pode se utilizar qualquer tipo. Alto


consumo, em torno de 500 kg/m³ ou mais, em
combinação com adições minerais. Para alcançar uma
resistência mais alta, ao mesmo tempo em que se
mantém boa trabalhabilidade, é necessário usar aditivos
químicos.
Concreto de Alto Desempenho:
Características:

-Agregados: agregados resistentes, dimensão máxima


reduzida do agregado graúdo (Dmáx 9,5 mm, 12,5 mm e
25 mm) e na condição de saturados com superfície seca
(SSS);

-Dosagens: normalmente com relações água/cimento


baixas na ordem de 0,23 a 0,5.

-Retração autógena : alteração do volume de materiais


cimentícios. Desenvolve internamente sem que tenha
havido perda de água por evaporação. É predominante
nesse tipo de concreto, devido ao alto consumo de
cimento e a baixas relações água/cimento.
Concreto de Alto Desempenho:
Benefícios:

-Permite redução da dimensão dos elementos estruturais


(pilares);
- Construção de edifícios mais altos;
- Amplia a área útil da edificação;
-Elementos estruturais mais esbeltos;
- Menor peso nas fundações.
Concreto de Alto Desempenho:

Edifício e-Tower em São Sede do Superior Tribunal de Nexus Shopping & Business-
Paulo –concreto moldados Justiça – fck 60 Goiânia – fck 45 MPa –
em loco com resistências à Auto-adensável.
MPa (Brasília-DF)
compressão de 108 a 149
MPa.(MEHTA e MONTEIRO,
2008)
PRODUÇÃO DE
CONCRETO DE
CIMENTO PORTLAND
CONCRETO DE CIMENTO
PORTLAND

• PREPARAÇÃO
REQUISITOS DA NBR • CONTROLE
12655/2015 • RECEBIMENTO
• ACEITAÇÃO

MODALIDADE DE PREPARO
MODALIDADE DE PREPARO

Preparado por empresa de


Preparado pelo construtor
serviços de concretagem

Mesma responsabilidade:
Documentação = 5 anos
Outra modalidade de preparo

Responsabilidades atribuídas em contrato


Documentos importantes que comprove:

• Origem e as características dos materiais;


• Estudo de dosagem (Carta traço);
• Mistura;
• Relatórios de ensaios e laudos;
• Rastreabilidade do concreto e formação dos lotes;
• Recebimento e aceitação do concreto fresco e
endurecido;
Responsáveis pelas definições que subsidiarão todas as
etapas para realização do concreto

Profissional projetista Profissional responsável


estrutural pela execução

• Modalidade de preparo;
• Definição do fck;
• Estudo de dosagem (Carta
• Idades de controle em função
traço);
de etapas específicas como
• Tipo de concreto, Dmáx
retirada de cimbramento ou
agregado, consistência;
protensão;
• Cuidados no processo
• Classe de agressividade do
construtivo
ambiente adotado no projeto;
• Rastreabilidade do concreto;
• Especificação de propriedades
• Recebimento e aceitação do
especiais do concreto;
concreto fresco e endurecido;
Etapas do preparo do
concreto

Caracterização dos
Estudo de dosagem
materiais

Ajustes e comprovação do
Elaboração do concreto
traço
PROJETOS ESTRUTURAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Definição das Dosagens

Pode se utilizar de qualquer método: ABCP, EPUSP,


FURNAS e IPT
Dosagem do concreto

O método deverá ser experimental e racional;

Realizado com os mesmos materiais e condições


semelhantes da obra;

Considerar particularidades do projeto,


transporte e lançamento;
Resultar na otimização dos materiais,
principalmente cimento, sempre atendendo
questões de durabilidade para o grau de
agressividade do ambiente.
Cálculo de resistência da dosagem

Considerar condições de variabilidade da


produção (Sd – Desvio padrão – NBR 12655) e
(CV – ACI 214/2002)
Resistência característica do concreto

Valor de resistência a compressão que apresenta uma


probabilidade de 5 % de não ser alcançado é denominado
resistência característica do concreto à compressão (fck).
Condições de preparo = desvio padrão (Sd)
NBR 12655/2015
Classe de
Condições de
Concreto - NBR Cimento Agregado Água Correção
preparo
8953/2015

Massa ou Água = Umidade


A C20 a C100 massa massa
volume do agregado

B C10 a C20 massa volume Volume Areia (inchamento)

Água = Umidade
C C10 e C15 massa volume Volume agregado e
Abatimento
Exemplo de cálculo da resistência de dosagem

Exemplo: Calcular a resistência de dosagem para a idade


de 28 dias a partir de uma resistência característica de
projeto (fck) de 25 MPa, sendo o desvio padrão de
dosagem (Sd) adotado de 4 MPa. Utilizar a equação da
NBR 12655/2015.

fcj = fck + 1,65.Sd fc28 = 25 + 1,65.4,0 fc28 = 31,6 MPa


Exemplo de cálculo da resistência de dosagem

Exemplo: Calcular a resistência de dosagem para a idade


de 28 dias a partir de uma resistência característica de
projeto (fck) de 25 MPa, sendo o coeficiente de variação
de 15 % e um t = 1,645. Utilizar a equação do ACI
214/2002.

fcj = fck / 1 - 1,645.CV fc28 = 25 / (1 - 1,645.0,15)

fc28 = 33,2 MPa


CONCRETO PRODUZIDO
EM CENTRAL DOSADORA
CONTRATAÇÃO DE CONCRETOS DOSADOS
EM CENTRAL (NBR 7212/2015)

REQUISITOS REQUISITOS
GERAIS ESPECÍFICOS

• Armazenamento dos
materiais; • Pedido do concreto;
• Dosagem dos materiais; • Entrega do concreto;
• Transporte e lançamento • Documentos de entrega;
do concreto;
REQUISITOS
GERAIS

Insumos – Armazenamento evitando contaminação,


mistura de diferente materiais, modificação das
propriedades e mantendo rastreabilidade;

Erro – Admissível de pesagem:


Cimento
- 30% capacidade da balança = em valor absoluto 1%
+ 30% capacidade = positivo até 4%
Água
Valor absoluto 3%
MISTURA

CENTRAL CENTRAL
MISTURADORA DOSADORA

• Massa de concreto
dosado na central e
• Massa de concreto dosada misturado em outro
e mistura na central; equipamento (caminhão
betoneira);
• Atenção para velocidade, tempo de mistura e sequencia
dos materiais, desgaste, estanqueidade e capacidade;
EQUIPAMENTOS DE
TRANSPORTE

Tempo mínimo de mistura


30 s / m3 ou 3 min com 14 rpm

Concretos com menores


abatimentos > 40 mm
TRANSPORTE DO
CONCRETO

Mistura parcial na central e complementação


na obra

Água suplementar = água da dosagem


Consistência diferente do pedido é motivador
para devolução
Insumos que podem ser acrescentados no
canteiro: fibra, gelo, aditivos e adições =
acordado entre as partes
Classe de Consistência fora do especificado

Desde que não


Admite-se ajustes ultrapasse a
através de aditivo consistência
especificada

Decisão técnica da empresa de concretagem


Permanece com as responsabilidades
TRANSPORTE E
LANÇAMENTO

NBR 7212 / 2012 - Limites de tempo para operações de transporte e


lançamento - Evitar junta fria - limitante início de pega
tempo > 30 min de espera do caminhão no canteiro
Caminhão Caminhão
Operação Observação
betoneira caçamba
Transporte 90 min 40 min ---
Lançamento
e 150 min 60 min Adição da primeira água
adensamento
REQUISITOS
ESPECÍFICOS

Formas de pedido de concreto

Resistência
característica do Consumo de Composição do
concreto à cimento Traço
compressão
PEDIDO DO
CONCRETO

Resistência característica do concreto à compressão

Deve-se especificar:
- Resistência característica do concreto à compressão;
- Idade de controle;
- Classe de agressividade ambiental;
- Dimensão máxima característica do agreg. graúdo;
- Classe de consistência do concreto fresco;
RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA DO CONCRETO À
COMPRESSÃO
< C20 – sem fins
NBR 8953 / 2015
estruturais
IDADE DE CONTROLE

- Quando não especificado considera-se 28 dias (NBR


12655);
- Normalmente relacionado a idade no qual haverá a
solicitação da peça estrutural;
- Idades mais avançadas, como 90 dias, são favoráveis
para concretos com menores consumos de cimento
(depende do cimento);
CLASSE DE AGRESSIVIDADE

NBR 12655/2015 E 6118 / 2014


CLASSE DE AGRESSIVIDADE

NBR 12655/2015
CLASSE DE AGRESSIVIDADE

NBR 12655/2015 – CONDIÇÕES ESPECIAIS


CLASSE DE CONSISTÊNCIA

NBR 12655/2015
CLASSE DE CONSISTÊNCIA

NBR 12823-1/2017
PEDIDO DO
CONCRETO

Consumo de cimento

Deve-se especificar:

- Consumo de cimento por m3 de concreto;


- Dimensão máxima característica do agreg. graúdo;
- Classe de consistência do concreto fresco;
PEDIDO DO
CONCRETO

Composição do traço

Deve-se especificar:
- Quantidade dos materiais por m3 de constituintes do
concreto;
PEDIDO DO
CONCRETO

Outras características e parâmetros

- Tipo de cimento, tipo e teor de adição ou aditivo,


propriedades do concreto endurecido (módulo de
elasticidade, tração, permeabilidade, massa
específica), teor de argamassa, relação água-cimento,
teor de ar incorporado.
CONTROLE DO CONCRETO
FRESCO
Concreto fresco

• O concreto no estado fresco, embora seja um


estado transitório, possui especial interesse pois
impacta nas características do concreto no estado
endurecido.

• Os processos de transporte, lançamento e


adensamento do concreto estão relacionados com a
consistência e trabalhabilidade da mistura.
NBR 12655 / 2015
Abatimento tronco de cone – NBR NM 67
Espalhamento e habilidade passante no fluxo livre (CAA)

CONSTRUTOR
DA OBRA CONCRETEIRA

• Modif. Umidade dos


agregados;
• 1ª amassada do dia;
• Interrupção do • Cada betonada;
processo por 2 hs;
• Troca de operadores;
• Moldagem de cp´s;
Abatimento pelo tronco de cone – NBR NM 67 / 1998

Objetivo:
Medir a consistência e a trabalhabilidade da mistura
para verificar a adequação do concreto a metodologia
de lançamento e adensamento.

Campo de aplicação:
Concretos plásticos e coesivos que apresentem um
assentamento igual ou superior a 10 mm e agregado
graúdo apresente dimensão nominal máxima
superior a 37,5 mm.
Abatimento pelo tronco de cone – NBR NM 67 / 1998
Moldagem de corpos de prova e ensaios de abatimento
NBR 5738 / 2015
Classes de consistência

Número de camadas para moldagem dos corpos de prova


Determinação do teor de ar incorporado pelo método
Pressiométrico - NBR NM 47 / 2002
Objetivo:

– Medir o teor de ar incorporado ou aprisionado na mistura de concreto com


a finalidade de avaliar indiretamente a influência na trabalhabilidade, na
resistência e durabilidade do concreto endurecido.
LANÇAMENTO,
TRANSPORTE E
EXECUÇÃO DO CONCRETO
FORMAS – NBR 14931 / 2004
Verificar as condições de estanqueidade e limpeza das formas;
Materiais absorventes devem ser umedecido antes da concretagem (sem
excesso);
Componentes embutidos estruturantes das formas e de posicionamento:

• ser fixados para assegurar o posicionamento durante a concretagem;


• não alterar as características estruturais da peça;
• não reagir de maneira nociva ou prejudicial com os componentes do
concreto; não provocar manchas na superfície de concreto aparente;
• não prejudicar o desempenho funcional e a durabilidade;
• permitir as operações de lançamento e adensamento do concreto fresco;
FORMAS – NBR 14931 / 2004

Fuga da nata de cimento

Obs.: para uma maior


estanqueidade (evitando o
vazamento da nata de cimento), são
usadas nos encontros dos painéis
fitas adesivas ou similares como
“mata-juntas”.
FORMAS – NBR 14931 / 2004
A tolerância ao desnivelamento (Dn) de elementos lineares (vigas) e em placas
(lajes) deve estar limitada:

Recomenda-se limitar a variação dimensional das fôrmas instaladas em:


FORMAS – NBR 14931 / 2004
Para as seções transversais de vigas, pilares e outros elementos estruturais
lineares deve-se respeitar os limites abaixo:

Projetos de forma, escoramento e cimbramento resulta em maior


reaproveitamento, segurança e menor índice de não conformidade com o
projeto;
ESCORAMENTO

Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar recalques


prejudiciais;

Obedecer o projeto estrutural quanto ao prazo para retirada dos


escoramentos;

Escoramento metálico resulta em maior produtividade e reaproveitamento;

Cuidado ao deixar escoras de 2º estágio;

Avaliar resistência e módulo de


elasticidade (Projeto estrutural);

Cuidados com impacto na remoção;


PLANO DE CONCRETAGEM

Objetivo é assegurar o fornecimento da quantidade adequada de concreto


com as características necessárias à estrutura.

Analisar:
- a área ou o volume concretados em função do tempo de trabalho
- analisar a capacidade entre lançamento, adensamento e acabamento;
- as juntas de concretagem, quando necessárias, a partir de definição em
comum acordo entre os responsáveis pela execução da estrutura de concreto e
pelo projeto estrutural;
- o acabamento final que se pretende obter.
PLANO DE CONCRETAGEM

Dimensionamento e condições dos


equipamentos de lançamento e
adensamento;

Localização e dinâmica das equipes


e equipamentos (cidades);

Iluminação, pontos de energia e


água;

Procedimentos de recebimento,
liberação e amostragem;

Planejar proteção e cura;


LANÇAMENTO

 Simular o tempo de transporte e lançamento durante os ajustes das


dosagens, com isso obtendo margem para perdas nestes processos;

 As vezes o ambiente requer algum sistema para amenizar a temperatura da


tubulação de bombeamento (saco de linhagem molhado);

 Cuidados especiais com lançamentos em queda livre com alturas


superiores a 2 m;

 Estruturas altas e estreitas (pilares) requer concretos argamassados e com


fluidez adequada;

 Evitar concentração de concreto para não sobrecarregar as formas;

 Lançar o concreto no local mais próximo da disposição final;

 Altura de camada em função do tipo de adensamento e equipamento;


ADENSAMENTO
 A altura da camada de concreto a ser adensada deve ser menor que
50 cm;

 Com vibradores de imersão, a espessura da camada deve ser


aproximadamente igual a 3/4 do comprimento da agulha;

 Ao vibrar uma camada de concreto, o vibrador deve penetrar cerca


de 10cm a camada inferior.

 Aplicar o vibrador preferencialmente na vertical;

 Vibrar o maior número possível de pontos;

 Retirar o vibrador lentamente, mantendo-o ligado;

 A imersão da lança do vibrador e sua retirada do concreto deve ser


contínua (não pode deixar parado o vibrador ligado e imerso no
concreto);
ADENSAMENTO

 Evitar contato do vibrador com fôrmas, ferragens ou qualquer outra


superfície;

 Mudar o vibrador de posição quando a superfície se apresentar


brilhante (evitar exsudação=afloramento de água).
JUNTA DE CONCRETAGEM

 Obedecer as recomendações do projetistas para as juntas


programadas;

 Evitar a criação de juntas não planejadas. Caso ocorra, solicitar a


validação do projetista estrutural;

 Evitar pontos de tensões de cisalhamento ou regiões onde há


concentração devido aberturas;

 Superfície inclinada de 45ᵒ, expor o agregado graúdo retirando a nata;

 Adensar o concreto até junta com auxílio de forma (se necessário);

 Possibilidade de utilizar arranques perpendiculares a junta;


JUNTA DE CONCRETAGEM
CURA DO CONCRETO

 Estruturas de superfície até atingir 15 MPa (NBR 14931 / 2004).

Tipos de curas frequentes:

- Molhagem constante;
- Aspersão;
- Irrigação;
- Alagamento;
- Cobertura com tecidos/mantas úmidos(as);
- Cura química (compostos formadores de membranas de cura).

Fonte: http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/201/conheca-as-alternativas-para-fazer-a-cura-de-elementos-de-302570-
1.aspx
CUIDADOS COM O AÇO

 Conferir as bitolas, quantidades e dimensões das barras;


 Conferir o posicionamento das armaduras na fôrma;
 Fixar adequadamente a armadura;
 Limpar as armaduras, removendo película oxidada, gorduras e
desmoldantes (aderência);
 Armaduras negativas - não pisar.

Insuficiência de cobrimento
CUIDADOS COM O AÇO
CONTROLE TECNOLÓGICO
DA PRODUÇÃO DO
CONCRETO

ANÁLISE DE ESTABILIDADE DO PROCESSO


IMPORTANTÍSSIMO

POSSIBILIDADE DE ECONOMIZAR ATRAVÉS DE BOAS


PRÁTICAS DE PRODUÇÃO DO CONCRETO

IDENTIFICADO ATRAVÉS DO CONTROLE


TECNOLÓGICO, RESULTANDO EM OTIMIZAÇÃO DAS
DOSAGENS COM SEGURANÇA TÉCNICA
CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

CONJUNTO DE MÉTODOS

NECESSÁRIO PARA MEDIR E AVALIAR DURANTE A


PRODUÇÃO SE O CONCRETO POSSUI AS
CARACTERÍSTICAS ESPECIFICADAS, POSSIBILITANDO
AJUSTES DE PROCEDIMENTOS, EQUIPAMENTOS,
INSUMOS E MÃO DE OBRA
CONTROLE DO CONCRETO FRESCO

Identificação inicial das possíveis variações da


produção

- Ensaios de abatimento por tronco de cone, ar


incorporado, massa unitária e medições da
temperatura do concreto.
CONTROLE DO CONCRETO ENDURECIDO

UTILIZA-SE DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS DE


RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
CONTROLE DO CONCRETO ENDURECIDO

NECESSÁRIO UTILIZAR DE PROCEDIMENTOS


ESTATÍSTICOS

NBR 5739 / 2007 E ACI 214 / 2002


NBR 5739 / 2007 E ACI 214 / 2002

ANÁLISE DAS DIPERSÕES DOS RESULTADOS

RESULTANTES
RESULTANTES
DEVIDO AS
DEVIDO AS
OPERAÇÕES DE
OPERAÇÕES DE
PRODUÇÃO DO
ENSAIO
CONCRETO
RESULTANTES DEVIDO AS OPERAÇÕES DE ENSAIO

Provenientes da execução do ensaio: provenientes


dos operadores, da preparação do espécime, da
cura, e dos procedimentos de ensaio.

Baseada nas diferenças de resistência entre pares de


corpos de prova.
Estimativa do desvio padrão dentro do ensaio

Média das amplitudes (ranger) considerando a


quantidade de corpos de prova.
Se → desvio padrão dentro do ensaio, em MPa;
Ai → amplitude (Intervalo “Range”) dos valores de resistência. E a diferença entre o maior e menor resultado de corpo de
prova que representa um mesmo exemplar (Amáx – Amin).
n→ numero de exemplares da amostra;
d2→ coeficiente que depende do número de corpos de prova representativo de um mesmo exemplar.

Coeficiente para cálculo do desvio padrao dentro do ensaio NBR 5739


(2007) , ACI 214 (2002)
Coeficiente de variação dentro do ensaio

CVe → coeficiente de variação dentro do ensaio, em %


Se → desvio padrão dentro do ensaio, em MPa;
fcm → resistência média dos exemplares, em MPa.
RESULTANTES DEVIDO A PRODUÇÃO DO CONCRETO

Essas variações refletem diferenças na resistência


de uma betonada para outra, o que pode ser
atribuído às variações em:

 Características e propriedades dos materiais;


 Equipamentos, mistura, mão de obra;
RESULTANTES DEVIDO A PRODUÇÃO DO CONCRETO

Os efeitos do ensaio podem aumentar ligeiramente a


variação devido a produção.

Os efeitos de realizar ensaios de variação devido à


produção geralmente não são revelados através da
análise de resultados de ensaios de pares (ou
grupos) de corpos-de-prova testados com a mesma
idade, porque os exemplares do mesmo lote tendem
a ser tratados da mesma maneira.
RESULTANTES DEVIDO A PRODUÇÃO DO CONCRETO

A variação devido à produção pode ser estimada a


partir dos resultados de ensaio de resistência de uma
mistura de concreto se cada resultado representa
uma betonada diferente de concreto.
Variação Total possui duas componentes = variação
do ensaio (Se) e a variação da produção (Sp).
Parâmetros de avaliação da eficiência dentro do
ensaio – NBR 5739 / 2007
Parâmetros de avaliação da eficiência total e da
produção – ACI 214 / 2002

Padrões de controle de concreto – fck ≤ 34,5 MPa (ACI 214)


Variação total
Classe de Desvio-padrão para diferentes padrões de controle, MPa
Operação Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim

Ensaio de Acima de
Abaixo de De 2,8 a 3,4 De 3,4 a 4,1 De 4,1 a 4,8
Construção 4,8
2,0
Geral

Estudo de
Abaixo de Acima de
dosagem De 1,4 a 1,7 De 1,7 a 2,1 De 2,1 a 2,4
1,4 2,4
em
laboratório
Variação dentro-do-ensaio
Classe de Coeficiente de variação para diferentes padrões de controle, %
operação Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim
Ensaio de
Abaixo de Acima de
controle de De 3,0 a 4,0 De 4,0 a 5,0 De 5,0 a 6,0
3,0 6,0
campo
Estudo de
Acima de
dosagem Abaixo de
De 2,0 a 3,0 De 3,0 a 4,0 De 4,0 a 5,0 5,0
em 2,0
laboratório
Parâmetros de avaliação da eficiência total e da
produção – ACI 214 / 2002

Padrões de controle de concreto – fck > 34,5 MPa (ACI 214)


Variação total
Classe de Coeficiente de variação para diferentes padrões de controle, %
Operação Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim

Ensaio de
Abaixo de De 7,0 a 9,0 De 9,0 a De 11,0 a Acima de 14
Construção
7,0 11,0 14,0
Geral

Estudo de
dosagem Abaixo de De 3,5 a 4,5 De 4,5 a 5,5 De 5,5 a 7,0 Acima de
em 3,5 7,0
laboratório
Variação dentro-do-ensaio
Classe de Coeficiente de variação para diferentes padrões de controle, %
operação Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim
Ensaio de
Abaixo de Acima de
controle de De 3,0 a 4,0 De 4,0 a 5,0 De 5,0 a 6,0
3,0 6,0
campo
Estudo de
Acima de
dosagem Abaixo de
De 2,0 a 3,0 De 3,0 a 4,0 De 4,0 a 5,0 5,0
em 2,0
laboratório
Exemplo: Na tabela abaixo esta representado o resultado de resistência aos
28 dias de um lote correspondente a 50 m3 da moldagem de uma laje de
concreto (considerar um fck ≤ 34,5 MPa). Calcular os seguintes parâmetros:

Resistência à compressão (MPa)

Exemplares Corpos de prova

CP 1 CP 2
1 22,6 21,6
2 21,0 20,2
3 16,3 17,0
4 18,1 20,3
5 21,1 22,1
6 18,5 17,9
7 22,9 23,1
8 16,1 16,5
9 18,7 19,7
10 17,7 18,1
11 23,4 23,6
12 20,7 19,5
Exemplo: Na tabela abaixo esta representado o resultado de resistência aos
28 dias de um lote correspondente a 50 m3 da moldagem de uma laje de
concreto (considerar um fck ≤ 34,5 MPa). Calcular os seguintes parâmetros:

Resistência à compressão (MPa)

a) Resistência média do lote;


Exemplares Corpos de prova

CP 1 CP 2
b) O desvio padrão e o coeficiente de variação
1 22,6 21,6 de produção e ensaio;
2 21,0 20,2
3 16,3 17,0 c) O desvio padrão e o coeficiente de variação
4 18,1 20,3
5 21,1 22,1 das operações de ensaio;
6 18,5 17,9
7 22,9 23,1 d) O desvio padrão e coeficiente de variação
8 16,1 16,5
9 18,7 19,7
do processo de produção;
10 17,7 18,1
11 23,4 23,6
12 20,7 19,5
a) Resistência média do lote;

Observação: considerando “n” o numero de resultados


b) O desvio padrão e o coeficiente de variação de produção e ensaio;
c) O desvio padrão e o coeficiente de variação das operações de ensaio;

Observação: “n” e o numero de exemplares


c) O desvio padrão e o coeficiente de variação das operações de ensaio;
CONTROLE DE ACEITAÇÃO
DO CONCRETO

JULGAR A CONFORMIDADE DOS LOTES DE


CONCRETO
CONTROLE DE ACEITAÇÃO

O OBJETIVO É VERIFICAR SE O CONCRETO


APLICADO POSSUI UMA RESISTÊNCIA
CARACTERÍSTICA ESTIMADA FCKest ≥ FCK
DE PROJETO.

SEM PREOCUPAÇÃO EM ANÁLISAR AS


DISPERSÕES DOS RESULTADOS DEVIDO AO
PROCESSO DE PRODUÇÃO E DO ENSAIO.
FORMAÇÃO DOS LOTES

VOLUME DE CONCRETO DE MESMA CLASSE DE


RESISTÊNCIA, PROCESSO DE PRODUÇÃO E
EQUIPAMENTOS.
FORMAÇÃO DOS LOTES

IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS ONDE FORAM


APLICADOS OS CONCRETOS QUE SERÃO
ANALISADOS NO LOTE (AMOSTRAGEM ALEATÓRIA)
Lote não aceito = FCKest < FCK DE PROJETO

 Revisão do projeto com fckest do lote em


questão;
 Extração de testemunhos e proceder da mesma
forma do calculo do fckest da NBR 12655.
 Persistindo a não conformidade, define-se uma
das seguintes alternativas:
Determina-se as restrições do uso da estrutura;
Providencia-se o projeto de reforço;
Decide-se pela demolição parcial ou total
CONTROLE DE ACEITAÇÃO

O LOTE TEM QUE SER CONSTITUÍDO PELO


MÍNIMO DE EXEMPLARES
CONVENCIONADO PELO TIPO DE ANÁLISE
ESTÁTISTICA

CONTROLE CONTROLE
ESTÁTISTICO POR ESTÁTISTICO POR
AMOSTRAGEM AMOSTRAGEM
PARCIAL TOTAL
NÚMERO DE EXEMPLARES – 12655 / 2015

Exemplares são pares de corpos de prova moldados


da mesma betonada, para cada idade, no mesmo
ato.
CONTROLE POR AMOSTRAGEM PARCIAL
12655 / 2015

-m = n/2. Despreza-se o valor mais alto de n, se n for ímpar;


- f1, f2, ... , fm = valores das resistências dos exemplares, em ordem
crescente;

Não se deve tomar para fckest valor menor que ψ6.f 1,adotando-se para
ψ6 os valores da Tabela 8-4, em função da condição de preparo do
concreto e do número de exemplares da amostra, admitindo-se
interpolação linear.
CONTROLE POR AMOSTRAGEM PARCIAL

Valores de y6 – NBR 12655 (2015)

Caso o fckest pela equação anterior seja menor do que y6.f1 , adota-se:

fckest = ψ6.f 1
CONTROLE POR AMOSTRAGEM PARCIAL

Conhecendo os resultados do controle estatístico do concreto do 5º


pavimento de um edifício residencial, onde o fck = 20 MPa. Verificar se o lote
pode ser aceito.
Controle estatístico parcial
Resistência à compressão (MPa)
Exemplar Corpos de prova
CP 1 CP 2
1 22,8 22,9
2 25,0 23,7
3 21,5 22,0
4 23,6 24,2
5 22,5 23,6
6 22,6 22,1
7 25,0 25,6
8 23,4 22,7
9 20,8 21,9
10 23,8 23,9
11 24,2 22,7
12 23,0 24,5
CONTROLE POR AMOSTRAGEM PARCIAL

Resolução:

20,8 > 21,5 > 21,9 > 22,0 > 22,1 > 22,5 > 22,6 > 22,7 > 22,7

f ckest = ψ6 . F1 = 0,99 . 20,8 = 20,59 MPa.

f ckest = 20,82 MPa ≥ fck = 20 MPa. OK.


CONTROLE POR AMOSTRAGEM PARCIAL
CONTROLE POR AMOSTRAGEM PARCIAL

Exemplo:
Estão apresentados os resultados de resistência de uma viga de ponte rolante,
onde o fck = 25 MPa aos 28 dias. Verificar se o lote pode ser aceito.
CONTROLE POR AMOSTRAGEM PARCIAL

Resolução:
CONTROLE POR AMOSTRAGEM TOTAL

CONTROLE PARA CASOS ESPECIAIS

Divide-se a estrutura em lotes de no máximo 10 m3 e amostra-los com


numero de exemplares ente 2 e 5.
OBRIGADO !
email: flaviolm_eng@yahoo.com.br

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