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AULA 03

Disciplina: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

O conteúdo aqui apresentado não substitui o estudo


pelos livros indicados nas referências.
AGLOMERANTES 1
AGLOMERANTES
Definição
• Materiais, geralmente pulverulentos, que
entram na composição das pastas, argamassas e
concretos. São produtos capazes de provocar a
aderência dos materiais.
• Sob a forma de pasta têm a propriedade de se
solidificar e endurecer com o passar do tempo.
• Exemplos:
1. Cais ou Cales;
2. Cimentos;
3. Argilas.
4. Materiais betuminosos.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO
MODO DE ENDURECER
• Quimicamente inertes:
Endurecem por simples secagem.
Ex: argilas, betumes.
• Quimicamente ativos:
Endurecem pela ação de reações químicas.
Ex: cimento Portland, Cal aérea
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO
MODO DE ENDURECER
• Quimicamente ativos:
• Aéreos – Necessitam da presença do ar para
endurecer;
• Hidráulicos – Não necessitam da presença do
ar para endurecer;
– Hidráulicos simples;
– Hidráulicos compostos;
– Hidráulicos com adições.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO
MODO DE ENDURECER
• AGLOMERANTES HIDRÁULICOS SIMPLES:
• Um único produto aglomerante, não tendo
mistura.
• Ex.:
• • Cimento Portland (CP I)
• • Cimento aluminoso
• • Gesso hidráulico
• • Cal hidráulica
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO
MODO DE ENDURECER
• AGLOMERANTES HIDRÁULICOS COMPOSTOS:
• Misturas de um aglomerante simples com
subprodutos industriais ou produtos naturais
de baixo custo.
– Ex.:
– • CP IV - mistura de cimento Portland com
pozolana
– • CP III - mistura de cimento Portland e escória
– • CP II F - mistura de cimento Portland e pó de
calcário
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO
MODO DE ENDURECER
• AGLOMERANTES HIDRÁULICOS COM
ADICÕES:
– Aglomerantes hidráulicos simples + adições para
modificar certas características.
•Diminuição: permeabilidade, calor de hidratação,
retração ou preço.
•Aumento: resistência a agentes agressivos, plasticidade
ou resistência a baixas temperaturas.
•Dar coloração especial.
Definições
•Pega - período inicial de solidificação pasta
•Início de pega – Momento que a pasta começa a
endurecer
•Fim de pega - Momento que a pasta já está
completamente sólida
•Endurecimento – Período de tempo em que o
material ganha resistência, mesmo após o final de
pega.

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Importante
O concreto ou argamassa deve estar aplicado e
adensado dentro das formas antes do início da
pega.

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CAL
IMAGENS DA INTERNET
Principais Características
Cal é o nome genérico de um aglomerante simples, é o produto
resultante da calcinação de rochas calcárias a uma
temperatura inferior ao do início de sua fusão (cerca de 900oC).

• Aglomerante quimicamente ativo, aéreo.


• Material pulverulento de cor esbranquiçada
• Utilização: sob forma de pasta ou de
argamassa
• Matéria prima para fabricação: CALCÁRIO
• Durabilidade: Promove reações de neutralização e
precipitação que incrementam a resistência à
compressão com o tempo;
• Plasticidade: Devido às suas propriedades coloidais
apresenta facilidade de espalhamento sobre a
Superfície;
• Retenção de água: Retarda a secagem, regulando a
perda de água por evaporação ou por sucção da
Superfície;
• Reconstituição autógena / estanqueidade:
Fechamento gradual de trincas e fissuras pela
carbonatação dos hidróxidos nas aberturas.
Fabricação
• 1a parte: Calcinação
O CaO é denominado cal viva, ou cal cáustica, ou cal
virgem (não é o aglomerante ainda)
• 2a parte: Extinção
1. Desprendimento de calor
2. Pulverização das pedras
3. Aumento de volume (2 a 3 vezes) = rendimento
• 3a parte: Endurecimento ou recarbonatação

O Ca(OH)2 é denominado cal extinta, ou cal apagada, ou


cal hidratada ou, ainda CAL AÉREA
Cal extinta + água + areia = argamassa
Propriedades Físicas
• Massa específica = 2,20 mg/m3
• Massa unitária = 0,5 a 0,59 mg/m3
• Resistência à compressão = 1,0 a 3,0 MPa (a
28 dias)
Designação
• Conforme os teores de óxidos não hidratados
a cal hidratada é designada pelas seguintes
siglas:
1.CH-I (Cal Hidratada Especial);
2.CH-II (Cal Hidratada Comum);
3.CH-III (Cal Hidratada Comum com
Carbonatos)
Exemplos
• Ao ser entregue em sacos, deverá constar, de
forma visível, em cada extremidade, uma destas
siglas.
• Deverá constar, também, a:
• Denominação normalizada,
• Massa líquida,
• Nome e
• Marca do fabricante além de outras informações
técnicas adicionais.
• http://www.mapadaobra.com.br/negocios/cal
-conheca-todas-as-suas-vantagens/
Exigências Químicas
• Óxidos totais (CaO + MgO):
• Avalia a qualidade da matéria prima e do
processo de produção, uma vez que determina o
teor de óxidos presentes (mínimo 88%).
• Impurezas:
• Material proveniente da rocha (quartzo e
argilominerais), medido por meio do resíduo
insolúvel, uma vez que a cal é solúvel em ácido
clorídrido – máximo 12%.
• Anidrido carbônico (máximo 13%):
• Avalia a qualidade da calcinação, uma vez
que determina o teor de CO2, que está
combinado formando os carbonatos
remanescentes da matéria prima (máximo
13%).
• Óxidos livres (máximo 10%):
• Determina o teor de óxidos não hidratados
que, apesar de se constituirem no potencial
aglomerante da cal, pois a hidratação tem
continuidade, pode ter efeito negativo,
uma vez que são produtos expansivos -
CaO: 100%, e MgO: 110%.
Exigências Físicas
Reidratação em Obra
• Possibilitar um melhor envolvimento entre as
partículas finas da cal e a água, lubrificando os
grãos grossos de areia, melhorando a
trabalhabilidade da argamassa.
1. Melhorar trabalhabilidade;
2. Hidratar óxidos remanescentes não hidratados;
3. Desfazer grumos de cal;
4. Aumentar a retenção de água;
5. Melhorar a plasticidade.
Pasta de Cal
• Obras que empregam pasta de cal
hidratada, deve-se colocar a cal em um
recipiente com água até que forme uma
pasta bem viscosa,
• Não devendo ser usada água em excesso.
• A pasta produzida deve ser deixada em
maturação durante 16 horas no mínimo.
(NBR 7200).
Argamassa intermediária
• Obras que empregam mistura prévia de cal e
areia,
• Deve-se misturar primeiramente a areia e a cal, e
após, acrescentar água, atingindo-se consistência
seca.
• A mistura produzida deve
ser deixada em
maturação durante
16 horas no mínimo
(NBR 7200).
GESSO

IMAGENS DA INTERNET
Definição
• Aglomerante obtido da desidratação total ou
parcial da GIPSITA.
• O gesso é um produto que resulta da
calcinação total e parcial da Gipsita, a qual é
encontrada em depósitos naturais
• USO:
1.Pasta = aglomerante + água
2.Nata = pasta muito fluida
3.Argamassa = Água + aglomerante + ag. miúdo
Linha para produção de gesso em pó
• Três sistemas:
• Trituração
Britador de mandíbulas, rolos ou de impactos;
Moinho de martelos.
• Calcinação – 200oC
(Calcinar depois de moer ou moer depois de calcinar?)
Fornos contínuos ou descontínuos;
• Moagem
Moinho Raymond, vertical ou de cone;
Equipamento de graduação.
O endurecimento do gesso
• O endurecimento do gesso se dá devido à
adição de água com a finalidade de se obter
uma pasta suficientemente plástica, de modo
a permitir a sua aplicação.
• O endurecimento se dá devido a regeneração
do sulfato com as moléculas de água

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Sistemas à base de cimento
• A pega do gesso com água fria tem início entre
2 e 3 minutos, após a adição de água e
termina entre 15 e 20 minutos
• Utilizando-se água quente no amassamento o
tempo de pega reduz-se para 2 minutos.
• A dilatação do gesso é muito pequena, isto é,
na ordem de 0,3%

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Sistemas à base de cimento
A quantidade da água de
amassamento:
• Para revestimento de 45% a 70% e, para
moldagem em torno de 70%.
• A resistência diminui com o aumento da
quantidade de água: com 50% de água a
resistência é 100% superior à obtida com 70%
de água.

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Sistemas à base de cimento
Aplicações
• Não pode ser utilizado na presença de água;
• Revestimentos e decoração de interiores;
• Placas de gesso para forros;
• confecção de blocos leves;
• Moldes de peças de precisão (odontologia e
fundição);
• Florões, sancas e peças de decoração.
• Chapas de gesso acartonado – “Drywall”
Principais Características
• Aglomerante quimicamente ativo, aéreo;
• Material pulverulento de cor esbranquiçada;
• Utilização: sob forma de pasta ou de argamassa;
• O gesso adere bem ao tijolo, pedra, ferro,
concreto e mal a madeira e favorece a corrosão
do aço;
• Excelente isolante térmico e acústico e pouco
permeável ao ar, é bom protetor contra
incêndios.
Fabricação

• O GESSO deve atender aos requisitos da ABNT


NBR 13207:2017 - Gesso para Construção Civil.
Propriedades Físicas
• Massa específica = 2,70 Mg/m3
• Massa unitária = 0,7 a 1,0 Mg/m3
• Resistência à compressão = 1,5 a 15,0 MPa (a
28 dias)
Normalização
• ABNT NBR 13207:2017– Esta Norma fixa as condições
exigíveis para o recebimento do gesso a ser utilizado em fundição e
revestimento.
• NORMAS DE ENSAIOS DE LABORATÓRIO.
ABNT NBR 12127:2017 Esta Norma especifica o método para
determinação das propriedades físicas do gesso na forma de pó,
denominadas: a) granulometria; b) massa unitária.
• ABNT NBR 12128:2017 Esta Norma prescreve o método para execução
dos ensaios físicos da pasta de gesso, compreendendo as determinações.
• ABNT NBR 12129:2017 Esta Norma estabelece o método para
determinação das propriedades mecânicas do gesso para construção,
denominadas: a) dureza; b) resistência à compressão
• ABNT NBR 12130:2017 Esta Norma prescreve o método para
determinação da água livre, água de cristalização e teores de cálcio e
anidrido sulfúrico.
CIMENTO PORTLAND

IMAGENS DA INTERNET
• Aglomerante hidráulico, pulverulento, produzido
pela moagem do clínquer
• É um produto pulverulento, constituído de
silicatos e aluminatos de cálcio, praticamente sem
cal livre, que após hidratado faz o papel de cola, a
qual liga as partículas dos agregados entre si.
• O nome Portland foi dado por se assemelhar com
a cor das rochas da ilha de Portland, na Inglaterra

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Sistemas à base de cimento
• O cimento é obtido a partir das operações de
moagem e mistura em proporções adequadas
de calcário e argila.
• Esses produtos após misturados e moídos
formam uma farinha.
• A farinha vai ser levada a um alto-forno e
aquecida até praticamente à temperatura de
inicio da fusão, tendo pois um produto
resultante denominado de Clínquer
• O clinquer se assemelha a um grão de ervilha
• Ao clínquer, após moído adiciona-se pó de
gesso, resultando no cimento portland
comum, sendo um pó fino de cor cinza,
levemente esverdeado.

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Sistemas à base de cimento
Clínquer
• Nódulos de 5 a 25mm de diâmetro de um
material sintetizado, produzido quando uma
mistura de matérias-primas de composição
pré-determinada é aquecida a altas
temperaturas
• Clínquer = (Calcário +argila) + Calor

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Sistemas à base de cimento
Notas
• Calcário: encontrado na forma de rocha, que
precisa ser desmontada com uso de explosivos
e transformada em pedras menores

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Sistemas à base de cimento
• Argila: material proveniente da decomposição
e desintegração”in situ” das rochas, pela ação
de agentes atmosféricos ou pela
sedimentação não consolidada.
• Material muito fino com grande coesão entre
os grãos e com grande plasticidade, quando
em contato com água.

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Sistemas à base de cimento
• Ao cimento comum podem ser adicionados
outros elementos, como escória, fíler (pó de
calcário) e pozolana, com a finalidade de
melhorar suas característcas

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Sistemas à base de cimento
• O cimento ao ser analisado, é constituído de
vários óxidos combinados, formando
compostos, com a propriedade de se
combinarem com a água, resultando num
material cristalino com características de
resistência e aderência aos agregados e ao
aço( Quando o concreto é armado)

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Sistemas à base de cimento
IMAGENS DA INTERNET
IMAGENS DA INTERNET
IMAGENS DA INTERNET
Fabricação

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ETAPAS DA FABRICAÇÃO
Seis operações principais:
•Extração da matéria prima
•Britagem
•Moedura e mistura
•Queima
•Moedura do clínquer
•expedição

http://snic.org.br/processo-de-producao.php
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Sistemas à base de cimento
Cozimento da mistura
• Cozimento no forno
1.Evaporação – até 100ºC
2.Decomposição (descarbonatação) até 900ºC
3.Clinquerização (combinação) até 1500ºC
• Resfriamento do clínquer

A fase mais importante


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Moagem
• Adição de sulfato de cálcio ao clinquer
(dosagem)
• Colocação de outras adições
• Pulverização do produto (moinhos)
• Armazenamento
• Ensacamento

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PROPRIEDADES DO CIMENTO:

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Hidraulicidade
• Tempo que o cimento leva para reagir com a
água, formando uma pasta

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Aglomeração
• Capacidade do cimento de formar concretos e
argamassas, quando se adicionam agregados
e água

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Plasticidade e aderência
• Capacidade de se moldar sob qualquer forma,
antes da hidratação

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Pega
• É o tempo de reação dos grãos de cimento, no
inicio da hidratação, à presença de água

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Endurecimento
• É caracterizado pelo crescimento e
entrelaçamento dos cristais.

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Resistência
• Capacidade do cimento não ceder à
determinada pressão.
• O entrelaçamento dos cristais irá determinar a
resistência desejada

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Liberação de calor
• A liberação de calor ocorre entre a “pega” e o
endurecimento.
• Se a hidratação for interrompida, ocorrerão
fissuras diminuindo a resistência do produto

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Durabilidade
• É a propriedade do cimento de resistir aos
agentes agressivos como: cloretos, sulfatos,
ácidos, poluição, etc

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Consumo de água
• Em torno de 25% do peso do cimento, ou seja
12,5 litros por saco de 50kg

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Aditivos químicos
• Quando se adicionam aditivos químicos à
pasta de cimento, em determinadas
proporções, os mesmos podem resultar no
seguinte:
• Maior plasticidade
• Retardamento de Pega,
• Aceleração da pega
• Hidro-repelência,
• Aumento da resistência á compressão
• Incorporação de ar, etc
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Ações das águas sobre as pastas de
cimento portland
• 1- Ação da água doce
• Dissolução do Ca(OH)2
• Eflorescências de CaCO3
• 2- Ação da água do Mar:
• Expansão e fragmentação
OBS: As escórias e Pozolanas (hidráulites) atuam
sobre o Ca(OH)2 produzindo Silicatos e
diminuem a ação nociva dos sulfatos
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Sistemas à base de cimento
CIMENTO PORTLAND - Tipos
• ABNT NBR 16697:2018 - Esta Norma
especifica os requisitos para o recebimento
dos cimentos Portland.
CIMENTO PORTLAND COMUM
(CPI)
• Aplicações:
• Um tipo de cimento portland sem quaisquer
adições além do gesso (utilizado como
retardador da pega).
• Com pequenas adições - CP I-S.
• Não comercializado
CIMENTO PORTLAND COMPOSTO
• CPII E - Escória
• CPII Z - Pozolana
• CPII F – Fíler
• Aplicações:
• Recomendado para obras correntes de
engenharia civil sob a forma de argamassa,
concreto simples, armado e protendido,
elementos prémoldados e artefatos de
cimento.
CIMENTO PORTLAND DE ALTO FORNO
(CPIII)
• Aplicações:
• Em obras de concreto-massa, tais como:
• Barragens,
• Peças de grandes dimensões,
• Fundações de máquinas,
• Pilares,
• Obras em ambientes agressivos,
• Tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos,
• Esgotos e efluentes industriais, concretos com agregados
reativos, pilares de pontes ou obras submersas,
• Pavimentação de estradas e pistas de aeroportos.
CIMENTO PORTLAND POZOLÂNICO (CP
IV)
• Aplicações:
• É especialmente indicado em obras expostas
à ação de água corrente e ambientes
agressivos.
CIMENTO PORTLAND DE ALTA
RESISTÊNCIA INICIAL (CPV ARI)
• Aplicações:
• Em blocos para alvenaria,
• Blocos para pavimentação,
• Tubos,
• Lajes,
• Meio-fio,
• Mourões,
• Postes,
• Elementos arquitetônicos pré-moldados e pré
fabricados.
CIMENTO PORTLAND RESISTENTE A
SULFATOS (CPV ARI RS)
• Teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer e teor
de adições carbonáticas de no máximo 8% e 5% em
massa, respectivamente;
• Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre
60% e 70% de escória granulada de alto-forno, em
massa;
• Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre
25% e 40% de material pozolânico, em massa;
• Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de
ensaios de longa duração ou de obras que
comprovem resistência aos sulfatos.
• Aplicações:
• Em ambientes submetidos ao ataque de
meios agressivos, como estações de
tratamento de água e esgotos, obras em
regiões litorâneas, subterrâneas e marítimas.
CIMENTO PORTLAND BRANCO

• A cor branca é obtida a partir de matérias-primas


com baixos teores de óxido de ferro e manganês,
• Em condições especiais durante a fabricação, tais
como resfriamento e moagem do produto e,
principalmente, utilizando o caulim no lugar da argila.
• Aplicações:
• Estrutural: Em concretos brancos para fins
arquitetônicos.
• Não estrutural: Em rejuntamento de azulejos e em
aplicações não estruturais.
IMAGENS DA INTERNET
Nomenclatura
CIMENTO PORTLAND - ADIÇÕES
FILER CALCÁRIO
• Calcário moído, quimicamente inerte,
adicionado ao clínquer, durante a moagem,
• Para diminuir a permeabilidade e porosidade
de concretos e argamassas e melhorar a
trabalhabilidade
ESCÓRIA DE ALTO FORNO
• Escória de Alto Forno - Produto não metálico,
constituído essencialmente de silicatos e
aluminatos de cálcio,resultante do
tratamento do minério de ferro.
• Empregado como adição ao cimento
Portland.
Pozolana
• Material silicoso natural, não aglomerante
por si mesmo, e que finamente dividido, em
presença de água e temperatura
adequada,reage com Ca(OH)2, formando os
mesmos compostos resultantes da hidratação
dos cimentos.
• Empregada como adição ao cimento
Portland.
SÍLICA ATIVA
• Subproduto da produção de silício metálico e
ligas de ferro-silício, composto de partículas
extremamente finas (100 vezes menores que
as do cimento) de dióxido de silício amorfo.
• Atuam na pasta de cimento por:
1.Efeito de micro filer
2.Efeito pozolânico
EMBALAGEM
• Sacos de papel kraft.
1.Embalagem com 50 kg
2.Embalagem com 25 kg
• Obs: o cimento Portland também pode ser
vendido a granel
Recebimento e Controle do
cimento
• O fornecedor é responsável pelas informações
sobre o produto porém o comprador é quem
deve verificar as informações no recebimento

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Procedimentos recomendados
• Verificação cuidadosa do documento de
entrega( nota fiscal): tipo, classe, quantidade,
marca ou procedência.
• Verificação do estado Geral do Produto:
Empedramento, contaminação, etc
• Verificação do estado Geral da embalagem:
avarias, vazamentos, etc
• Verificação quanto ao aspecto, odores
anormais, etc
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• Proceder ensaios rotineiros (finura,
pega,expansibilidade e resitência à
compressão) e ensaios especiais quando
necessário

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Estoque em pallets de até 24 sacos, no lugar de estoque
máximo em pilhas de 10 sacos, regulamentando assim a
prática atual, com o sistema de transporte e estocagem
em pallets.
ENSAIOS DO CIMENTO PORTLAND

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Introdução
• Os ensaios devem ser feitos rotineiramente
para avaliar a qualidade do cimento, com
razoável confiabilidade
• São eles:
• Finura, pega, expansibilidade e resistência à
compressão

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Finura
• O aumento da finura melhora a resistência,
principalmente nas primeiras idades, diminui
a exudação( perda de água de amassamento,
que se separa dos grãos e aflora à superfície) e
outros tipos de segregação, aumenta a
impermeabilidade, a trabalhabilidade e a
coesão do concreto

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Pega
• O cimento misturado com uma certa
quantidade de água, para se obter uma
plástica, começa a perder a plasticidade
depois de um certo tempo

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Importância do início e o Fim de
Pega
• A ideia do tempo disponível que o operador
na obra tem de trabalhar, transportar, lançar e
adensar as argamassas e concretos, bem
como transitar sobre eles ou regá-los para a
execução da cura.
• Os tempos de pega são menores quanto
maior for a quantidade de água ou aumento
de temperatura

Comunidade da Construção –
Sistemas à base de cimento
• Tempo de Inicio e Pega: Tempo que ocorre
desde a adição de água até o inicio das
reações com os compostos do cimento
• Tempo de Fim de Pega: Tempo que ocorre
desde a adição de água até a pasta deixe de
ser deformável para pequenas cargas e se
torna um bloco rígido

Comunidade da Construção –
Sistemas à base de cimento
• Fase de endurecimento: a partir do fim de
pega a massa continua a aumentar em coesão
e resitência.

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Fatores que influem na pega
• Finura do cimento
• Temperatura
• Substâncias adjuvantes

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Sistemas à base de cimento
Classificação dos cimentos pelo
tempo de início de pega
• Pega rápida: Menor que 30 minutos
• Pega semi-rápida: de 30 minutos a 1 hora
• Pega normal: Superior a 1 hora
• Fim de pega nos cimentos normais: de 5 a 10
horas
• Fim de pega nos cimentos de pega rápida: Em
poucos minutos logo após o início de pega

Comunidade da Construção –
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Expansibilidade
• Para que o cimento seja estável é necessário
que nenhum de seus componentes sofra, uma
vez endurecido, uma expansão prejudicial e
destrutiva

Comunidade da Construção –
Sistemas à base de cimento
Resistência à compressão
• Os limites mínimos de resistência à
compressão nos diversos tipos de cimento,
fixados pelas normas da ABNT em cada idade,
Referem-se à média das resistências
individuais, em Mpa
OBS:
• 1 Mpa equivale a aproximadamente 10,2
Kgf/cm²

Comunidade da Construção –
Sistemas à base de cimento
CIMENTO - Normalização
• ABNT NBR 16697:2018 - Esta Norma fixa as condições exigíveis no
recebimento dos cimentos Portland comuns (CPI e CPI-S), de classes 25,32
e 40.
• ABNT NBR 16697:2018 - Esta Norma fixa as condições exigíveis no
recebimento do cimento Portland de alta resistência inicial (CP V - ARI).
• ABNT NBR 16697:2018 - Esta Norma fixa as condições exigíveis no
recebimento dos cimentos Portland composto (CP II-E, CPII-Z| e CP II-F),
de classes 25, 32 e 40.
• ABNT NBR 5735:1991 - Esta Norma fixa as condições exigíveis no
recebimento do cimento Portland de alto-forno (CP III), de classes 25, 32 e
40.
• ABNT NBR 16697:2018 - Esta Norma fixa as condições exigíveis no
recebimento do cimento Portland pozolânico (CP IV, de classe 25 e 32).
• NBR 5737 - Cimento Portland Resistente a Sulfatos - Especificação
• ABNT NBR 5741:1993 - Esta Norma estabelece os procedimentos pelos
quais devem ser executadas a extração e preparação de amostras de
cimento.
• ABNT NBR 5742:1977 - O presente Método estebelece os processos de
arbitragem para a determinação de SiO2, Fe2O3, Al2O3, CaO e MgO em
cimento portland.
• ABNT NBR NM 18:2004 - sta Norma prescreve os 2 métodos para a
determinação da perda ao fogo em cimentos portland. - Método de
Ensaio
• ABNT NBR NM 15:2004 - Análise Química de Cimento Portland -
Determinação de Resíduo Insolúvel - Método de Ensaio Esta Norma
prescreve o método para a determinação do resíduo insolúvel em todos os
tipos de cimento portland, com exceção daqueles que contenham adições
de materiais pozolânicos, aos quais deve ser aplicado o procedimento
descrito na ABNT NBR 8347.
As notas de aulas foram elaboradas
com base nas referências listadas
abaixo ou já referidas no próprio
slide.
• BAUER, L. A. Falcão (Coord.). Materiais de
construção: volume 1. 5. ed. rev. Rio de Janeiro: LTC,
1994.

AGREGADOS 100

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