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Em que momento uma criança é trazida para análise? No momento em que o sintoma da
criança incomoda seus pais, é caracterizado uma demanda dos pais a um analista. Como
a primeira demanda será sempre dos pais ou dos adultos que se responsabilizam pela
criança, já que esta não vem sozinha à análise, é necessário que escutamos esses pais. A
transferência também precisa ser dos pais ao analista, estes vem buscar uma solução ao
seu incômodo, tentando "entregar" o filho para o analista resolver o "problema".
O analista precisa escutar essa demanda e transformá-la em transferência, implicando
estes pais nas queixas e sintomatologia do filho.
Esse lugar equivocado traz o gozo para os menbros dessa família e também para a
criança, que fica indentificado como falo da mãe (tentando preencher a falta desta) e
os dois lados relutam em sair desse gozo, , até porque muitas vezes, a criança, se
angustia frente à separação da mãe por não ter limites, por não ter a interdição paterna
funcionando.
Enquanto a criança brinca, o adulto fantasia, ambos fazem parte da realidade psíquica,
A brincadeira da crinça é simbolizada e tranformada em fantasia no adulto. O lúdico
tranforma a situação desprazeirosa em prazer, é uma forma de enfrentar a angústia da
castração, como também o dezenho, pois o próprio ato de desenhar traz a representação
de uma perda, o que está desenhado ou escrito não está presente, está simbolizado. Os
jogos trazem os significantes que ainda não conseguem ser falados pelas crianças, por
isso é que eles vão se modificando á medida que á criança "cresçe".
O fim da análise para uma criança é quando descobre que não é somente filho, mas
também um sujeito, capaz de responsabilizar-se por seus atos e escolhas, podendo
assim, prosseguir como desejante. O termo desenlace, tão bem colocado por autores
psicanaliticos é bem vindo, ja que a criança, com a análise, pode se desenlaçar de ser
objeto do Gozo materno, quando a internação paterna não está operando
suficientemente.