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Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina

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coração da .ctdade
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dias,
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Aguardem,.
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nestes
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·LEÕES
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alçados e artigos finos -f..�


Homens SenhorassCrianças
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Edificío São Jorge -


-

'.
F�ORIANÓPOLIS"
, .

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


,

Q.·�.E.MPO-z

oIre1or-Proprietário ,.
-
Résponsãver .

.....
HELIO' K. SILVA
Diretor:
Idéias filosóficas nos têm mostrado o valor
SElXAS N·ETTO
do Tempo; o paradoxo; a 'instabilidade; o perpe-: ' uerénte:
tuo ser; a soma de todas a.s cousas; o resultado NACIF J. JAPUR
äe iodas as «causas»; a
o
constante de todos «efei-
.

__.
os

tos». Dado «a posteriori» ou «a priori» apresen- ·

Redação, Gerencia e Publicidade


fa-se em toda a sua
-

magnlftca grandezae.em todo Rua Tiradentes, 23


Caixa 269
verdadeira­ Po�tal,
o esplendor de seu mistério ... O Tempo, f'lorlanópolis Santa Catarina -

mente, pode afirmar-se, é a Vida ..

BRASIl.,
.. '

O TEMPO -

Que nomemaissugestivo, mais Secções:

lógico, de maior significação e amplitude podiamos Altino Flôres, Lidio M. Cal­


buscar para nossa revista? Nenhum mais. .Sômen- lado, Seixas Netto, Giselle,
te o Tempo agrada a .todos ossentidos e perpetua -
W.alt�r Piazza, H. K. Silva,
,
�l N�tt�. Allan Leeds, Car­
à st Assim, nossa. revista será, igual ao
mesmo. ..
· .tº�, :gelb;. Harold Smith, Gil
tempo: Bducativa, estetica, imparcia! =âurameste ··1 Raymon-d., Carlos Ronald,
'

.'
.> NtÖ'r S. Ribeiro ..
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.Ifistdtza.
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imparcial --

no, correr dá .

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';:.-Notieiciário das Agências N.


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Si J,3;,,, S. N. P., U. S. 1. S. e

O Tempo dinge efetivamente todos os seio- ,

.!S. f.
.
"[,
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.

res da' Vida. A Revista O Tempo mostrará todas ',':;; .


: .: (
a. fases da Vida; todos 'os seus recantos. As asas "
�Os· emitidos nos ��ón�eitos
'de Mereurio, o Deus, do 'Comercio, terão seu sim-. ·
'árJiyós asslnàdos são da ínteí-.
riJ' respo�sabilidade dos seus I
bolismo em, o Tempo 'O cometeio divutgará ·lon.­
.•.
.
autores. Por outro lado, todo
o juizo emítldo pelos textos de

ge e com segurança. E O Tempo agradece, (1. �� � I


co-

· redaçäo .(labem à responsabili­
dade dä�r�vista
:. ,. .

laboração do Comércio e da ·[ndústJr.in.. s ,


.


Por outro lado os maiores pen;rÚiores, �ien-' .
-
.

\
A redação não devolve origi­
tistas, escritores dirão suas idéias atravez das co­ nais, mesmo os não publicados.

lunas de O Tempo.
Os leitores ticarão maravilha­ •

dos, encantados mesmo, pela leiture de O Tempo; ·As fotografias publlcadas são
O 1 empo, em c-ada número, tentará o milagre de, exclusivamente para «O Tem­
po», sendo proibido repio­
.

sua

por alguns instantes, parar Q tempo.' dução total ou parcial.


;.:
Esta revista foi eomposta e

impressa Oficinas. Gráficas. nas


da Livraria Catarinense, de
Carlos Alperstedt, Florianépolís .

.Jlustra aJo presente número' uma lotou:_ra­


capa •

lia Je .Jlka $oares, uma Jas mai-s Je�tacaJas ar­


Técnica Gráfica:
tista». Jo cinema brasileiro, atriz Je 'mér#os in-
José Melo
.

contestá..,;,: (9otoiPa/ia Je }/a/:felJ, 1(;")


·1
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Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


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Cil/aJo\
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levam a Roma. Mas .ra-


... do as mocinhas dedomingo rescaldo que estría. E prefe­
fOS levam ao céu. Debate-se. pela escadaria de sempre ao rivel, talvez, estar-se assim,
o mundo entontecido e exaus- terminar da última missa�' e ao sabor dos problemas, sem .

to na indecisão da graúde os eternos «cafés» abrigam cria-los, acumulando paz pa-.


viagem, da partida que o Je- os assuntos e os frequentado- ra resolve-los em paz, quan,
vará ao extermínio ou renas- res de todo-g-ano. Não 'ha do realmente chegarem. A
cimento e'lIoração. Dois mun- inquietude pelo ar. subversão tr.az no bojo o de­
dos de ídéía fren-
en?�r'pam, Mesmo com os morros, com sencantô e o contraste; 'a e­'

d�CISlVOS, a miséria, as promíssorías no volução


de cíeeunstanctae a­
t� a
freJ?te., ex�)u-
SIVOS, elímínantes, O bre caminho
Iento, seguro,.
baneo. ilha feliz�est�no
E, Deste _

...

paro_u, espe�ando pnmeiro o


século. de [ato e de éter, on- adaptando, remodelando sem
'

I' trovao. Alucinam-se os


cér�- de não ha distancias, a posí- ruído.'
bres à procura
d� _potenCia tívação da distancia, da dls- De qualquer forma Floria­
absoluta-da destruíção �upr�- tancia do sentimento. Talvez nöpolís, não poderá, com seu
mAa. <? pe-de-cabra da íntelí- seja egoísta, ou slmplesmen- miligrama, equilibrar as to­
gencia força as gavetas da na- te ignorante... Mas' seria e- neJadas do mundo. Porísso
tureza
surpreendendo-lhe à goismo fugir duma angustia pula os negritos aflitivos 'so­
pressa o� segredos.


que não, se pode dissipar, ou bre a nova bomba de hídro-
Florianópolis me dos mäusafastar 0. negra- -gênio!
ignorancia abala com
-

Enquanto isto e nem se


.

..
come, apelida, vai ao cínema,
presságíos J?'er.- as
atitudes russas que
estr�-,
gulhando n� pacatez d� me�em as. man.chefi.es d� pn­
e volta para casa no circular
das 10, pensando no abono fer�D:ç� ou.
do
con�orlI!-lsmo. meira p�glUa dos jornais- �e­
mdl;
É dltícíl
atl�ar a primeira pe- fóra. Atire-se,
de Natal ou no- aumento de
E depois,
ao� ?OntrárlO,
às
vencimentos do Iunetonalís. dr!!. �alvez. �18 es- ra com
f�rvor .socla�s da t.er­
mo. Enquimt€> isto a çídade- teja com.a raz��. Mmtp a�-
e discute mil
cOlsa� ddê­
tes de hoje, e ainda por rentes co_m o
zínha: estende preguiçosa- to mU1�
além, o _so� aparecerá to- de 9-uem sen� a l:Jorras�a despren�lmento.
mente os braços de novas
as manhãs, toldado, e sabe
de bangalôs, d�s 19n9m-q�a. que um dla,
ou
ruas enfeitadas
nao, d� nuvens" e no seu se- sem dúvída. descansará os
e as árvores da Praça reben-
sistema nada ala-
tam etn cor e perfume pelas ren� acontece- ossos c�llsa�os
rá SI achar na 'p,equemaa es- me da sílencíosa onde 0 ven-
nalguma,
Ilôres
o
.: fera o Iabór d'e homens. que to sul toque Jamentosos vio-'
_

A Matriz continua derraman- constróem ou a desolação dum línos DOS ramos de cipreste.

-2
Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina
II
Diretot Responsável'.
,
'
Flortanépolís,
Helio K Silva
.. 20 de �rço de 1950

ANO I ,
NÚMERO I

No Centenário de Pierre' Lati


A,ltino' Flôres
"

.Lembrou alguém, há poucos días, uma arte doentia, érrã de 'ideal; igual efusão o asnor que dedicava
a "tentativa;" que em Paris se fêz, culturalmente, apenas uns poucos às criaturas humanas. Destas, no
recentemente, para, "restaurar" ó homens se desencantam nas pes- entanto, se compadecia com espe­
prestígio da obra anatolíana, Inú- quisas de ciência pura. Maquiniza- cial compaixão, por as considerar
til é acrescentar que o esfôrço não se a vida, enquanto que o nível sombras mesquinhas e fugazes an­
obteve grande êxito. Ficou, mesmo, geral da inteligência e do sentimen- te a perenidade' do mundo e a in­
muito aquém da expectativa menos to se rebaixa gradativamente. Atra- comensurabilidade do universo.
optimista: ,A confusão do mundo de vessamos uma época de materíalís- Porque o amor entre as suas per-.
hoje abafa e atalha a florescência rno, brutalidade e truculência, e é sonagens é apenas um rápido con­
das sensíbílídades delicadas. impossível prever Quando voltará de egidermes ardentes, com
tacto
o homem se s que voltará
-
a fracas raizes psíquicas, a separa­
-

Outro escritor, hoje também


contemplar com puta e fremente cão sobrevém sem paroxismos dra-
pouco lído, mas que correspondeu tudo aquilo que foi, ou- máticos; mas, -se se fecham as feri­
durante .largo tempô às exigências simpatia
·

do gôsto artístico mais requinta- trora;


motivo da sua alegria de vi- das, guardam para sempre as' cí­
ver; cátrizes uma dolência ínextínguí-
do, foi Pierre Lati. Transcorre ês- vel e grata.
tê ano o centenário do seu nasci.
'

/
Muitas vêzes foi severa a críti-
Com êle, vimos os ancoradouros
í "
mente. ca .para COI!} a literatura daqueles
-

coalhados de barcos de tripu;laçõ<:(

I nem.
Nem êle " nem Anatole F' rance escritores. Severa e nein sempre ruidosas, com chaminés baforando.'
Alphanse Daudet, nem Guy jysta.
de, Maupassant como
De
Te�to.' a
infabi�idadê nã? o fumo acre das entranhas de
tantos, e. a caractertstíca essencial da CrI- ro, ou deixando. pender, tmobítíza,
'outros da mesma era e do mesmo
cunho literário são
-

tíca,
das ao sel da manhã, as velas al­
fer-)'
-

50nhecidos
A pseudomorbidez dos romances. vacentas, salpicadas de salsugern
ou amados pelas geraçoes moder- de
Lati, por exemplo, era apenas das lentas e largas travessías. .Fo­
nas. . a palheta que fazia vibrar as, cor- m(i)S com êle às solidões polares,
.

·
Não somos, hoje, estética ou cU,I- das da nossa emoção. :ß:le amou as onde o urso branco, sacudindo de
turalmente, mais "completos" do crianças íngênuaa.colocadas diante basto pelame a poalha de neve, con-
· que hãcínqqenta anos. Somos ape- do futuro como perante -uma es- templa as altas .e refulgentes bar­
nas mais "c'vili'zados." Isto é: po- finge impassível. Soube querer reiras de gêlo que de quando em
demos asslnalar maior número ,ge com piedoso �feto às almas frus- quando, se esbarrondam com €S�
conquistas em 'assunto de eonfõrto tes, porque são .como essas plan- trondo no mar leitoso .Ainda com .

material, como também podemos, tas nascidas fora da estação pró-, êle vimos regiões exóticas, de plan­
coro urna só bomba, destruir, num "pria e que não têm culpa de mor- tas luxuríosas e aromas enervan­
ápice, cem _mil vidas humanaa Ds- rer sem frutífícar. A estima, que tes, como também os desertos In­
têtícamente, estamos com- as facul- dedíeava aos animais, talvez se finâtos, onde caravanas ínteíras ja-
'

dades pervertidas ou desorientadas explicasse pelo desejo de se habí-


pelos reclamos espaventosos de tuar a não ver: retribuído com Continúa na páginp B9

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3-

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


" .
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,Qs--Fec�enté$ êxit�s ,Guiomar' Nova'is e"Mércês ,'d�-


T'T(S'<" C"'"' A'
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Amva'
Untdoa·rel,atestam.
JeF., q. fnterêsse ,
de reA:0me., DOS' �stado.g
pia,Distas brasi.1eira,s
dêste pais pelas, artes e pelos ..

àrtistas do conttàente amerlcano. Eleazar de Carvalho, Bor-:


gertl)., ,P�r{,sot. M!gDorl,e.' ViHa-Lobos, Gtiarnleri ê outros, são­
,
Do��:s\'bralõ1ileiros que já se acham tntrtnsecameute ligados
setores artísticos' dos Estados Unidos.'
'

aos ,
"

Sérge 'Kousse\T,itzky, tmpresstenado COIro. o valor do ma­

estro El,eaul" de Oaevalho, tornou-e CI:JIDO seu asslstente, na.


importante obra que réa:liza Berkshíre Masic Center, em ào
Tanglewood. Quando: díretor da Orqüêstra' Sinfónica de Bos­
ton o famoso reg�nte .apréeíóu, por várias vezes, seu 'pupilo'
dirigir a mesmaí, orquestra da qual ele se aposentou após"
25 anos de esforços. itlca*sàv�is I'

�==========================�===========�==��===,�
I,

Intérpretes Bra�,i'le,iros
·

"
M'uSlca e

nos Estado,s Unid,os';


"

'Por Gif naymodd'


.
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.t'rt!lr,O';To��.,i�,
,

:.
�(Ít;:�:."�+ '-i:
:f Graças 'ao valer Inteínseeo das, compeslções brasílelras
-, .
.

: �V6T.Ó,DAW rERfß'íç�à,'em' e ã: boa vontade doa mustcõlogos norte-americanos, é a rnú­


música, 'Q,' Maestro' Artl:trö Tos­ síea tío Brasil, atualmente difundida IilOS meios artísticos dos
caQ,jni 'lbh conqulstad«. ij.ß1 sem >

Estados Unídos.
DÚIl1ÚO de admüadôr,es, como re- ,

Lá se realizaram, recentemente, as primptrâS mundlalâ


g:en"te dos concertos da' Orql,ês'7 da «Sonata Monotemática», de Eleazar de Carvalho; do e Mar'­
tra',$,i1jfônica da N:atioôal Broad-
eástlng' Company. ,�i�.ológb) 'dos 'Insetoé», de Vllla-Lobos e ela «Sinfonia de Mo- '"
._. .

vímeatos Mixtos», do m'esmo autor.


Em princípios de 1886, Arturo Tos­
canini, que tinha então .19 anos !c! se No mês findo Guiomar Novaís realizou mals uma série
graduara cum laude pelo Conserva­ de brilhantes recitais, sendo. como de hábito, grandemeute
tório de Música de Parma, vlaiava
pela América' do Suloomo vlolonce­
aplaudida pela critica e pela assistência, que nela veem, não
'I
lista de uma companhia, italiana de só uma' graúde intérprete da müsíea de seu pais,' mas tarn­
óperas. Estando a' companhla "para bem um expoente na Interpretação dos clássicos 'e dos mo­
estrelar Rio de Janeiro, aconteceu
no dernos. A obra desta notável píanista tem sido grandiosa
que o regente brasileiro teve uma
desavença com os músicos e deixou e� prol do bom nome do Brasil e. em sua homenagem di­
versas placas comemorativas se encontram em vári8s casas
o teatro. A ópera anunciada para es-,
se dia era «Aída>, de espetáeulo, em muitas graudes çídades.
Ouando um segundo regente tomou
Mais recentemente, no 'I'own Hall, exibiu-se 1\ pianista
uma vaia tremenda fê-lo
M,ercês da Silva 'I'elles, tendo colhido, em seu .prlmeíro re­
-

aatuta,
retirar de cena. E, o mesmo suce-
c'''l!' 1:)' c;lil'etor- vocal" que tentou oítaí em New York, merecidos louros à sua carreira artísti­
er: A séfle de \ eepétãcúlos estava ca Os críticos não. pouparam elogi-os à sua atuaçäo.
pràti(:a.,mente encerrada, para o pavor
das damas dó elenco, que temiam Koussevitzky, e, mais recentemente, Walter Hendl, em
ficar isoladas numa cidade estranha '
sua curta estada ne Rio de Janeiro, em- fins de 49, ficaram
sem dinheiro para nada.
,

foi então que uma cantora, apon­


impressionados com o' movímento musíeal que ora se ópera
e declararam francamente acreditarem em possibilida.des de
tando para .Toscanlni, bradou' "Só '

ele nos poderá saívarl Sabe todas as uIP, grande ,futuro para a música dêste pais
óperas de cór!" O '.Concerto entre as Américas., a cargo de Hendl, e
Entre silvos e brados da platéia,
o jovem músico tomou a batuta, Pe­ que se 'realizará em Dallas, no Texas, em priqc�pios de Mar­
dindo sUêncio, êle iniciou a, represen­ ço :vindouro, traeä, por certo, maior identigad� da. música
tação, abrindo o, volume de «Mda> Iatíuo-amerlcana, junto aos circulos artisticos norte-amert '

na prlmelra página. Terminadas as canos.


notas finais, do primeiro ato, a livro
-continuava aberto -ainda na primei­ Aos nomes de Carvalho, Vtlla-Loêoe, Bidú Sayão, 'No,,:
vais juntarão os de Santoljo, Peracchi� Gnatam
'
/'
ra {Jäí(lna! e outros, se
TÔda a casa prQrrom.peu em enor­
Toscanini, que regeu
e alguns mais, que, certamente' trilharão o mesmo caminho
me ovação a
em prol do engrandecimento da músioa e do povo brasilei­
com o mesmo sucesso muitos outros
espetáculos no Rio. ros, DlJma estreita cooperação e'Dtre HS 'Américas. '.'

...
-
--

4 \1
..,

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


"Uma Noite em PeklR" da Sociedade CarnaY12lesca Tenentes do Diabo

Floricnöpolis, .. 0' metrópole


.dö Carnaval
As festjvidades de Momo engalanam a cidade de Florian6polis -

Os canos alegóricos, de mutação e critica arrancam aplausos frené­


ticos do povo ·da Capilal.- Três dias dedicados a S. M. Momo, pri-
\'.
meiro e unic� Vitorjosa iniciativa da Pr,efeilura fazendo
I
-

reviver o. Camaval de rua.'


.

Textó: Cados Rei Fotografies: W Anaêleto


..

Em tempos passados (I cama- Agora, finalmente, velta-se aos As sociedades carnavalescas


val em Florianöpolis trazia até dias alegres! O Carnaval de rua deram este ano um exemplo do
a bela Ilha de Santá Catarina é realidade em nossa Ilha. Exem­ esforço e abnegação dos seus
milhares de turistas. Foi o tempo .

pIo frizante disto loi o carnaval dirigentes apresentando um íes­


esplendoroso das folias ele Mo- de 1950 que <O 'I'empo-, nesta tejo de Morno acima de todas as
mo. Mais tarde, falto de inicia- _

reportagem, vai mostrar aos seus expectativas, pelo brilho e pe­


tivas foram desaparecendo as fo milhares de leitores, com foto­ la audácia de construção dós
.

lias de rua para dar lugar ao grafias doe primeira mão e ínédí­ carros apresentados. O Povo que,
chamado Carnaval dos Clubes, tas. fez o carnaval, não O fez simples-

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


I

Carro da Rainha dos Granadeiros da Ilha, um dos


mais belos trabalhos apresentados
-,

A esquerda: Ca,ro da Raa.·


'nha dos Tenentes do "

Diabo

A direita: "Uma Noite ....


Pele",", ca,... dos T...en.
tes dOI
�Iabos (fechado)

6
-

-,.. ..

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


..
Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina
\.

Flagrante da mUltidão,' no domingo de Carnaval, quando aguardava" o magestoso desfile I


dos carros das Sociedades Carnavalescas,

"�
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mente' para e�pah:e;er mágvas acu- pela-.: Remontando ae �riet1.t; Remp�!.:
navalescas forafo 'au�liados
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m_�1c' fd:a&t'�àSi'v!!r�à�efr�menfe Ra-' Prefeltura. '", z': ,to -apresentousse o.
rã ápreçia'?'Ullla reahzaçao'-do bel0 O Comérele'. seatlu-se melhor noite �11Í Pekín, onde,:OS'! 'ténen-

çaFr2:;�ina .': h'

,
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,ê ;do;.�radatrél. :0 -liovo sentiú:.. frente õYÍme,nto tes dö',Diãbo'
a. o.'Jh. ,reina-Áte.
�alH
�,s'e, de�e ,há muitQ'""'tem'po; peta
�pr{1peif>á? vez num �ina�o ,de 'fo-
Nosso"1r�pÓrter destacado pa- aspectos da-vel,h�71'eí1ôMia>éff.a.
ra o serviço
'n8:s. três noites de dietonal Sh!na dös nijsf�rio(, �
SOUb. �fÓC'ãn".,iZ,'ar, -

rli'a-e r:endçu· com: a maior gosto carnaval conseguru apurar lan-. t[os mandartns.
,
'
", "

.a ,sua 'Yassálag�m ,�0 �ej Moníó. ces, bril_hapte5 é a ôbj�tiva. do


-

A Fonte lumhÍQsa, o FêÍrp'l �,_,


,.
,

'_',,�. 'Tu.dó ,::" cotrêu ria maior ordern. fotog�a1Q prendeu d�. lrt;ledlato o carro da Rainha fpFam ,


graQ-
,

��da,,::a� acidentes
'" d�ag�é\dáveis para
_que, P;!Jd�ss�mos ass!m d�r_ des apre8entaçQe� da, Secíedade
ao leitor um'
,,;,VeH) �,,?ar to!da".o.b[1lhO,das
e
dl)cu�ento u:r�fra- Carnavalesca G.Í"an'ad�iros.daUha.:
,do.�que fOf�m as festívída- Pelo, Qrilho de' suas. cataiteris,ti­
c

}� !�t�s .."'ro,.m",t{es
,

<!UiS d_e com-


: gayel
"":?/'l?le:tél'.':'1pna�a�R ,n,o� s�!)ttdo� �,� des. .s � �;:.,_ ','. cas 1.1(9, )10S' demal):d�m� ,
>"-,
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"
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�O �bv�r5a:s ASSI'tt ,�IJ�,�O,�


j5t(:'sal�g�la. ;�(ip!Sn,tß,' (e�p�re��p. "fa2:�S ti'í,éli-pr:es �odten,têÚiQs,.J?Or9iiiel>i#�'
,

�;!..��. tb�p� �?m9nga;,nt" �Uítt s.ó d? Cat�a�i!, .;


.e-

brilhante, fOI formí- hOm"tnagem aos ,,\',' dep.end�nte� qy�, so�o� "dejxa- ... 'v' .

/,c'· Id�al., �l ,!1�� h,eróicos,


,

. 'mos aoaIeitorés, ,Q�exame- 'e jul:..


��'i,�>t;g�v.�h este 9arnav�il de 19'50 em pr�c1ßl!��9!"baram
te
em Mon-,
em alem
'garntmto, dos litt$ös' flag.rantes
"flQrlànõpolrs.,
que, Cast�!�, lU�,�do
' ,
,

"

.
desses cear,ros. ,;
,
O Qepartamento, de. Tunsmo 'mar' tra,çaram ,l?ágl1)�s �e., �r�,vu-
"
"

'.

Nas' não ,re'súm,itf.(),' �osS�


>

"

da Prefeitura pr9ntificou�se em
"
ra � va-I()f') fa.I e-carro Monte : se
;';':"', 'tudó... pot nimia get)tile�do sr. Castelo'):fos',Tenente$""do Diabo. Carnaval-nos Oarros alegódtós,.",
',,,,
'>Pretêito Munic,ipäl de flóriâtJÕ- Este, p��f;},,;tUngiu de.cheío o de,,)nu.tação e outros' c:titos dé,
"

;�"
,pqllS );jr: Adalberto Tolenl!bo"de sentirnento
tumado -a.render
a�,. nosso'_pÖVO'8COS- çIj.t;ca"e propaganda, Não. Esco ..
,

?'L""C:itrvalho, '
prelJtigiar o carnaval,
a hOlrtena,gens aQS -las de' Samba e grêmíos desfila-:'
.
Os l)lócos e todas entidades car- seus
heiÕj'�. FOI, bdUtante a�idéia. -

ram· PélI'8 gaudio.. dos, -seu� i�ea-

-8-
Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina
-,

"A�at-Jour", carro de mutação dos Grànadelros uPa,ide 'aponez". "m�.... d�s Gr.n.�"
, ...
.

,
I

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


.
llzadores e 'diversão dó nosso

povo. Registramos nos apontá·


mentes da reportagem os Boro­
rõs,: Xavantes, Protegidos da
os

Princeza, este composto de


-

.
elementos negros numa sincera. ho­
menagem à protetora Princeza Isa­
bel do Brasíí que unificou 'numa
�6 .a raça afro-brasileira. Bonita
inspiração' dos patrícios
.

nossos
-

de cõrl
-

Por outro lado, o nossa repor-


/
ter topou plena rua o Lagar­
em
tixa 'com a sua baiana, sucesso
de carnavais.anteriores e já tradí­
cíonal no n08SO meio citadino.
Fez successo o Lagartixa •.

Nos Clubes registramos, tam­


be�, os famosos bailes.", carna­
:<Gindoljl a�,ar,', 'ale&ori�- dos Granadeiros
i'

,
.
do ...
valescos do Lira Tenis, Doze de
!' �

Agosto, 15 de Outubro e' De-


-

mocrata.

Damos finaJmente,
.

em nossaß
páginas documentário bastante
o

para referencias futuras e um


arquivo de valor para o POV!).
Pela primeira vez em Santa Ca­
tarina se registrou Carnaval de
igualbrilho e que se repita sem­
pre por todo o tempo são os '

votos de O TEMPO.

pelo que se vê da pre­ "

sente reportagem, especial


de "O Tempo" para os
'''Bôlo do Dia",' cârro mutação dos T.
Diabos. (fec;hado)\ seus leitores" catarínensêê
d�
-

..

e do.ßrasil, Ilha-de San­ a


ta Catarina é' um' dos pon· .. ·

'
.,

tos adequades ao turismo,


prlncípalmente' .nae-épocas
de carnaval. Os f1agr�ntes .

que -apresentamos são do."


-cumentos do que afirma­
mos.

Assistiram ao cárnayal '

fletíanópolltanc cerea de
35.000 pessoas,
.
o

Portanto, só resta,
nos
como término conclamar -a
todos .para a intensificação I

do turismo em nossa ter­


ra -comoelemento prepon-
IT';
.
derante do progresso, .no
,

"BÔ�o -Dia" '(aberto)


.

Comércio e na lndústria.
do.
-

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10

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


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Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina
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o cruzeIro d o'.' .
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rios (l,. E.' c..\lJe' tahQ�z fraga


a
solução para '''"'' controleVm-
.,�a.
'
tempo pelo home�O·Dr ...

Quando d. passagem por Plorlanópolls pequeno do cent Schaeffer, b\eteorolo-


J.
barco Italiano -Ilalla Ints'e, nossa reportagem procurou .
gista, revelou que o iôóeto de
entrar em contacto com o Comandante. De Oasperl, pa.ra, prata, em partículas minúscu-
desse modo, colher algumas informaeOes sobre o auda,cioso las, promete tal controle. Enu-
cruzeiro. De fato, o Comandante De Oasperi acolheu o nos- merando diversos efeitos que
so diretor a bordo do barco e em demorada palestra nar- resultariam da <plantação» de.
rou os 'ponto's culminantes da odl18éla e .o Ideâl que antma- iQdeto_ de prata na atmosfera,
va Ioda a trlpulaçlo. Partiram de Tr.leste, tnlctalmente, em por meio de avião. o Dr. Seha-
dois barcos o -llalla- e o -Trieste •• Toda a tr.lpúlaçlo U- elfer disse que a. chilv.a pode-
nha, em mente pedir auxilio aos latinos. Antes de cruzar o ria 'ser produzida e evit�lda, a,
Bstreuo dê Olbaltar, um defeito tecnlco obrigou o niesle. • '. intensidade Ido' sol: diminuida
• voltar. Tomou' o -Ilalla-, então, o nome do �'companhel- ; ou. aumentada, e certas tem-
,
ro vencld'� e conllnuou •.. Buscaf com e�e auxilio, se-,pos-

�, pestedes súbitas � poderiam ,

slvel, a volta de Trieste l halla; a



não tntervençlo Tltolsta tornar raras. _

I' em Zara" Pola, Plume sob mandato


e Trieste, já; agora: ��, O Dr. Irving Langm'uir, �íe�-'
lIaliano. O IdeaUsmu de Liberdade eslá' multo claro na ln: ,

tista detentor do.prêmíeNobel,


vesllda, valorosa dos 'navegantes. lIallan08. Oe vista' de
anuncrou- dur ante um)! reunião
seu-Dlirlo,.dt Bordo· pud'émos compulsar,dados .corno es-
da Sociedade Mete9,ol6giça
.

tes: Olauco Oaber, fugitivo da sa'nha comunista d� Yugos-


.
.

Americana; que t1tfta única- 'ex,


...
.

lavla, tem sua cabeça a prêmto; são 250;000 Iibr!'1l por Oa· 'A •
,

petíêncía d echuva pl'ov.<;>ca d iª.


-

..
ber, morto ou vivo. De Oaspel', canUlo
t" de' longo cutao. �� '
..

feita em· Novo .México. ptÇ)du-


'Iez, na Marinha Mercante de Itálía, toda à Segunda Oiande
zirá 320 bilhões de ga�ões� de
Ouerra tendo sido torpedeado por '4 vezes, Dr. Regglo, for.
água ......
mais do que à capací-
.mado em direito, inlml�.o declarado dos cornunlstas �alclch,
dade dos reservatórios da ei-
..

funcionário do Lloid Trlesnno, tambem, perseguido'", pelos


dade 'de-. Nova Vork. 'Disse o
comunistas.' '

Dr. Langmuir que "Iaque e resu I


-

A odisseia da, viagem vem natrada no .lIvro de VI-


'

tado fôra obtido, com auxilio de


I!
UII%O SI,io, feito de acOrdo com o .Diár:lo, de Bordo •. Um
,

ex�inplar -dêsse' volurrié foi nos oferecido Com gentil dédl.


um gerador especialmente cons-
truido, ,o qual lariçara, .da ter-
'

ii Ao '
catour'. pelo comandante O e Osspefl. E a ( nesse volume
I

I
ra, iodeto -de t:lf:atà a� nuvens,
II'
quc{se blstórlà comdvedora
'

conta a de um a,,'lador, amigo


de De Gas perl e que íuíou bravamente na SI.ellta. Queria durante f3:'boras, D0 dia 12tde
Julho' de 19'9. A., áescenta,ü 0\ " '
,I.
ele laier, também, o cruzeiro. Nlo. sendo 'Porém boa a sua ..

saúde pediu a De 'Oasperl Que jogasse no E-strelto de Sic",:, Dr.'larlgmutr que vérificações
lia uma corOa de 10uros, féU, pelas suas próptlas mlos: feifas'� por estações meteotoló-
-
'A
J ogue Isto -em meu n'ome no lugar onde. por th:S anös com·
..

gica's comprovaram que a chu-,


bati em vlo-. Combatera, efetlvamente, pela IIbe,d.de da /
�va não poderia ter catd<;> na- '

itália. Rasgos e mais rasgos de heroismo se narram no li- tll'ralmente. ,

vro de Sério.
,

'.
.

.
,; "

1'- .,


Quando o -/Ialla 1r�tslt, cruzou o' Equador c,aiu den·
tro da -zona escura,-, como se diz em Rádio, zona ondé
'.à�ondà" 'cur,tas slo Ineflcientés. Navegaram, pols. dl:lraote FaJece� um grande
i'
alguns diaa seõf'luxtU,º, do rádio. Desde oa Açores, os 'r�­ biologista f�ancês,
dl,oamador,es ·braslielraS do núrdeste, vinham dando cober:­ : o Sr. Miché] Binetti, eRti�en-
tina à08 navegantes. Poram aqueles dias. narra De Oasperi,
tê biblogista francês, acaba de
dlls tristes, .Internaiá mesmo, sem opvlr uma voz amiga
"

fâlécer Em 1922. o Sr. Bin,et­


..

dQs radios�protetores dos ·brasllei. os. Dias amargol, q�é


II
ti: em�. colaboração com o Sr.

paslaram. Plnalmente., uma noite, ouviram o rádio de um


amador de� Recife cfando e pedindo poslçAo "e slluaçlo me­ M.). ,.Thomas, fez uma notavel
comunicação á. Sociedade de
.

teorológica. -Cri.amos alma nova. diz Oe Oasperl. � Isso


forçou·nos a continuar. Vlarnos que· os brasll.elros ficavam Biologia," ,s,obre o diagnóstieo"
precoce' do
'
�,
cancer. .

nóltes inteiras dé vlgilla para a proteçlo.- ,Proteç.o amiga e ,


1

dellnleres.slda
.

..

I ,

,Continua, na, página. 28 .�.


.

-
�-'�.'

Modas -.0; 'rt1ài:e;,t Dia" \-:::


CJiper
gàzifle feminino de .'Estado : :'.ç"
,

15 -

Acervo: Biblioteca Pública do


I._'
Estado de Santa Catarina
.
,

Centenário da Pierre Loti


No Lire Tenis Clube A Sorbonne comemorou o cen­
tenário do nascimento de Pierre
Lotí (l7/1/1849). Presidiu Vicent
Poderiamos, com justiça. 2c Amor em Florianópolis, Auril essa cerimônia, a que as­
'.
dizer que o Lira Tenis Clu­ da dupla Fonsebío sistiam o filho do escritor .Sarnuel
be: tem sido ö campeão do de Ju­ Viaud, e seus 'dois' netos, além.
30) Queremos Luz,
carnaval de Flortunópolís e venal M. de Sousa de inúmeras personalidades. '\
quiçá no Estado, devido a
'preparação que' sempre faz Sambas: .os discursos
Após de Fernand
da animação, promovendo fes- Oregh, presidente da «Societé
'
l°) Como é que eu. posso des Oens de Lettres» e de Phi­
tas e concursos: .

Ir, de M de s'óuse
.

. ' ;
Juvenal, lippe Hériat, .

Claude Farrere •

Em 1950 o Lira iniciou suas membro da Academia Francesa,


2°) Obrigado Maestro, de
ativldades carnavalescas com
Osmar Silva contou como fôra aspirante em
o oportuno e fellz concurso «Le Vautour», comandado por
3°) O Correio Chegou, de
.'0
de musicas carnavalescas de .

Loti, dizendo sua admiração, por


Abelardo' Sousa
.'

compositore�catarinenses. este, chefe, escritor e j oficial de


Embora anunciado com au­ Todas. essas festas se re­ escol.
tecedencia de pouco mais de vestiram de excepcional bri­
,

um mês alcançou retumbante lho e animação e concorreram


O MÚli�tr_o da E�u�açäo, -Yvon
Delbos, traçou breve' retrato da
sucesso. grandemente para o" sucesso
carreira do "enamorado do mar" .

ario s do carnaval de Hl50.


.

v
Apresentaram-se A banda da Marinna prestou seu
compositores, vinte músicas Encerrando sua trajetoría concurso,
entre marchas _e sambas.
brilhante realizou o Lira tr-es
Maulice Escande, da Comédie
.

Para maior divulgação das bailes carnavalescos nos días


mesmas, realizou o grito do Française, e Claude Dedieu, do
18,20 e21; No domíugo.rlevou "Teatro
carnaval no dia 21 de [anelro a efeito tradicional matlnée Herbelot, leram trechos do
autor dos «Pécheurs d'lslande».
que constituiu um aconteci­
mento.
[infantil que logrou sucesso. O, upos de dançarinos bretões,
Promoveu. o Lira 'I'enís' Clu­ vascos e do Tahiti, evocaram
c.
Nesta soírée, que marcou
be, na sua matinée, uma «Pa­ passagens de seus romances.
época. foi realmente o mar­
e rada Infantil", à qual compa­ Em outra cerimônia, nos sa­
co inicial do carnaval, insti­ cêrca de 50 crian­
receram
tuiu o Lira premios para o Wes do Ministério da Marinha,
ças. ostentando ricas tanta­ foi exaltado o nome de Pierre
rapaz e a moça maís animada· zías
e casal. Saíram vencedores: 8 Loti, discursando tambern Claude
Sta. Jussá Cabral, .Carlos Fe- A Comissão julgadora pre­ Farrere, depois do qual o Capitão
.'.
miou as seguintes meninas: de Fragata Rouch fez uma comu­
drigo e o par JOão Atlredo
Beirão esta. Risoleta Gouvêa.
,

nícação sobre «Pierr� Lotí pin­


.

1) Paula Sarmento Oliveira,


tor/do mar e da atmosfera", Icn-
vestida de «Dama Bspanholas.
No día 4 de fevereiro pro­ .
do Mauriçe Escande algumas pas- .

moveu animada soírée carna­ 2'). Maria Regina Serran,


.

sagens do-autor. Renê Cahuvaux,


valesca na qual foram exe­ tantaziada de «Ala», acompanhado por Robert Salvat,
cutadas todas as músicas do
'

cantou melodias de Albcníz e·


3') Vera Maria Serran, in­
,

o
concurso, contando com
terpretando «Chapeusínho ver­ e Laparra sôbre pa1avras <Ie. LoH.
'

concurso do [azz do Lira, com


melho».
os «Garotos da Ilha». Irmãs \c.
\ :
..

Qi) Jacintos) 'I'ibtu, Ary Gonçal­ E, como vem realisando to­


ves, Díão, Onor Campos. dos
mou a
os anos, também
sua «Rainha do
procla­
Car­
((O Vempó'"
No sabado seguinte, día
11, naval de 1950», sendo eleita
promoveu em colaboração em primeiro lugar a senhori­ o preço Je4t� J(evista
com estação local uma ir­ ta Jussâ Cabral; em segundo
a

radiação, quando, então, 8.' Vera Grijo; em terceiro, Dag­ é C,.$ 3,00 em qual.
comissão de julgamento com­
mar Muller. Jo
posta dos srs. Carmelo Prisco,
Manoel Mi­ A todos o Lira ofertou va­
que,. 10cal�JaJe
Arnoldo Ouneo e
ß,.a4il
randa da Cruz, proclamou liosos prêmios.
vencedoras as seguintes mu­
sicas:
J Marchas:
l°) Salomé, de autoria de Modas...tJ:iper. -, uma gale .... Modas Cliper tudo para -

Sousa e Salvio Olivei­ ria de modas à sua disposi­ a mulher elegante


.Abelardo
r-a ção
..

16 -

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


x 0,.
"
I

plesmente tedioso. 8 ist e e m {)


p. ô r à ,.r� a��
A", ,M,.01"'1'8'
_

Mas e case. de Sastre não.� c


.lídade transitória
que Yeats o
üníeo: parece qtl� em toda à ehamava justamente <o artítí­
parte do mundo' a linguagem cio da eternidade»,
,di"" ',ArIe se está sacrificando' à néces-
sídade de di.�er depressa, &.0
, Hã países no mundo
Inteleetuat
em que
o essa. catego­ -

compasso urgente da situa- ria eagíobando o' ar1il}ta �é �-

Jetl- ,o
ção, Os arttstas têm a por destíno socíet o s�ryidur;
, dência, que pode Vif a ser .
sem.restrtçêes.xío sístemä sô._
Terá atnda. tempo de ser desagradável, de se conver- bre o qual, se fuuda a soeíe­
um .artísta o cria.90r moder-
.
terem em protessores. dade; ou, em'ternros mais con­
ao? yêm�ni., essa, q�estã� ao do po­
Ql\er isto dizer que já não der.' Não hãfunçlonár,io
cretos. Um ,
"

o último livro díreíto, de


espi�Ito ao
l!,f hã artístas, lI:\cas simplesmen-
da Q s te
,

outra coisa, de se ser qualquer


se ser

�-e S,a;tre,! La. Mort intelectuais; gente que tem


I
am�, N�o tenho o propõsltu a. profissão da 'pensar, e, por coisa de 'DÓS só. Não lhe as­
o díreíto de. 'pensar fó­
de, d!scutlr aqui �s méritos e i880 mesmo, de julgar todas, síste
.

defeItos dessa obra no mes� as coisas. ra das normas qQ,e se apncam


Assim, as artes de
'8 todos os seas
mo
pl�no em q�e_ o autoeêsse se
llteraturà, ts, em menor gräu, .ígualmente
«O o nl r-a d és ", jndepegdeDtef
.�.' "

�oloca. �Ut��8 d_Jrao qu�


livro é slgmflcatlvo, da epoca,
as outras artes, confundem-se
num' gênero bizarro de ex- ,mente
do seu gênio P�ÓPfJo,
ou que esclarece problemas pressão proteifol'me: que se. de sua íntuíçào� mais./ ou wer
\
.,

que se suscitam em todos os aos aguda, do.. humano- Per­


poderia chamar ensaio exis-"
homens de hoje. Talvez nisso deu a iniciativa da sua arte; '

sua-" é
tenoíal, eusaío sobre o tempo esta
resid"'_ a força; mas esté agora' reduztda a
que corre. Um romance, um
também .nísso que consíste 11.m setor de prop�nd!1::'
sua fraqueza, do 'ponto de
poema,' um drama, são "e-xis-
vista du arte.·
teüclélístas",
uma su tíoí
declara-se 'com Os inf:efeetuais
ícíêaclà tngênua; mas ,também lll'boram.· 'lI.-t1in
L,I<!Si.I·S
- ':'''ocidên>t, '

�l!ro:
«La ,Mort -dans l'ame» é tu- não se pergunta se se trata ou .estão faHci,nRdo.$
.
'1'-eJa. ilistó.tia'
do o' que se quizer: um livro não de obras de arte. Fàla-se a ponto de trair a verdadêll'a
de jornalJsta" de f iI õ-s o f Ó. da beleza com um sorriso 8118.- c,ausa da arte. ,filsquE:,cj3m que
,

de historiador tudo, salvo peito, como de qualquer coi- êles são os primeiros 'culpa-'
-

passou," doravante dos de terem dissociado a


-

uma- obra de artista eenseí- sa que jã

ente das respónsabilídades de inútil; a beleza �á não estä .na arte da vlda; 'deram-st(aó df-'
sua arte. E mal composto, moda. e os Q;'Qe querem pas- reit.o de julgar': de poiiticà� �
_demasiad'Q longo, ,repleto de aar por f.iló,sofos R proclamam de falar .<:t.e'potiliea en;i' tôdfts
precessos que ss assemelham hoje tmpossível. as suas acepç'ões, já, nãO' 'CQ:�
a ·tiques; capítulos intl'iros mo, fjguras vivas, 'Pas 'ept ter-
'

Cada vez menos se fala "

q'ue sé e, stirâm C'O. mo uma re:.. mos abstrat'os Suas ',. pe"'sona".
.

...
'
-

de�a:rte, mas cada vez m.ais


...
.
.'
'

portagem retrospectiva, mim gens ,sãõ idéias em, máfeha;


de experiência, dt! anâlise. A
es'tilo llespreocupado, com á seus poemas
sâ�, StOgI!DS' G.on;
frialdade das coisàS mortas e expre�são. não cont� em sí; o tra outf!os. slogans; sua pilltU­ ,

que pOSSUI o dom da beleza


ainda m. uito próximas de riós
'

de demo -41$ t fS_


ra pretl' n,. r p'e I,a ' � ,
....

te. m ,q,u� se pôr,Y ao s.ervl�o·


.

para crescerem de proporção imagem ou o 'alé'ID dó h�PlaQ:o


de uma idéiä, quando não
,por falta .(. d,e perspectiva.' O o.u o demasiaQo humano> O
'

um- sistema. iotelectu- de Dm


'

au,tor est", ,ancioso de dizer prazßr da·ft.l'te 6 exclutdo de.-


aI não pässa do, instrumento
tudo, de provar' sua tese a liberadameute das suas obras.
da idéia no p,lano, da Y
'.

Slto d e tlldo .. A S,- nálavra. .•


"';': ,

'prop Ó•
.

. ..

Ir aepre�sa;, pr!lduzir P Il!&is Q ue�lstema 't()ttl,litário


um
sim, nada...se encontra de ines.. ,

POSSiVél,. tais são as re.gras possa ser lógiCo até o, f'im, e


p".,ado Jiês-se livro, cuja
,

mo� ." �

notoaia não se atenúa por uma


do que autróra se, cham'aya quê () tirano d"a,s artes 'lhes..: 'Ii
arte. diga: «Tendes'o poder de pro�:
linguagem que a torne real, -
>,'
.,..

vali, provait pois,;istQ», não é'


mas simplesmente deliberada. O 'te:U:):po urge; o mund0 es.- de, 'e.lltrsnhar. Ele lhes vedarã
Certo é qu� a. dea.omposi- tá em ,falêReia, diz-se. 'trata- a �seolha' da coisa a p'f(iv8r;
,
çãa de' úm mund,o é monóto- se de' explicar essa falência, .
mas, como ,arte, ,desenvolveu­
c

na; más a tééIiiua nfi,turaltsta ou, cri-ar' -estruturas de elipera se em d'i;1-Iét.lca y Ern vez de
de Sàrtre,'confundindo o rea... no lugar das' que·cà.lam em !âl�nta. habilidade para 1llon­
lismo dos fatbs com o da acr- vQlta,de J1ós. Pergunto eu qual tar mec,anismo. A. dlalétiOa P{)�
te, não, p,rocura dß {oÍ/mà ,al� a part� de nevJ;,ose n�sse ro- de ,proVar não tmporta o' Q:lle; "

'

g1:lma traduzir essa monoto-


I
mantismo da decadênciâ, q:q� dêItl-nos' t�mas' e· �8fluem8s
nia por um efeitO,:' ..capaz de ,�se dliá em alguns com um' que faremos uma obrá de ilJ;-.Q­
n08 impôr a sua obceS�ão; romal'itismo da idade do ou- paganda. dizem. em_ sUbstâo-' ,

m,ostra-se ,inferier a um jor_ 'f,o. Deixando-se lév�r por eia, os fabricanfes da Ilter�tu., .'

ess-a g:evrose, os. al'tistas' li.


'

nalista.de ofici<:); capa� de ra, em seus �o:àg!t�SSo's o,tIde


e

variar, a monotonia, acentu- '.8onje-iàm-ßa e perdem


toda a t'

aado-:lh� caracter; é sim- sua razão de, ser, qu� cO .I- 4Q'
O .

C;ontinua. na página

.
&

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina -...:.


-
....
....
..
-.""

,
I

Tempo _fiminino •
o

comemorações apenas como fatos maravilhosos d08 sagra,


Para a Mulher o
oportunidade de reuniões ta­ 90S
o

memoria.is que aprende­


miliares. e sociais e de dádi­ mos Da infância. Achamos in­
Damos, depois de demora­ va e recebimento de coisas teressantíssima a história -de
da seleção, um belissimo tre­ materiais. Certamente isto tu­ Gaspar. Melchior e Baltazar,
eho da escritor. Else Macha­ do possui encanto, e como que no papei de filósofos ocul­
do, A' ESTRELA DOS MA:. consegue alguém evitar os tlstas- e de peregrinos gradua­
GOs. Escrito especialmente costumes tradicionais? Contu­ dos saíram da Pérsia ou tal-
para a sensibilidade femini­ do, além dos hábitos festivos, o
vez da Arábia, a fim de co­

na, merece, pois, toda a a­ gostamos de .rememorar os nhecerem o menino que nas-
tenção de nossas leitoras:
«No decorrer do período de
lestas é desigual a atitude
dos que observam o .ornato
'de nossa porta; a maioria ge­
ralraente se limita a elogios,
poucos desejam indagar a es­
péeíe do materíal,e raríssimos
se preocupam com a siguifi­
eação dos detalhes. Mas a
atitude alheia em nada inter­
fere com o nosso próprio mo­
do de festejos de
encarar os

Natal, Ano Novo e Reis; por­


que, pareça ou não íngenuí­
dade, não recebemos estas

'
,

.. \,?

-e

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


cêra em rústico bêrço, desti­
nado a ser o rei espiritual'
dos judeus. E, depois de havê.
lo visto, não duvidaram da
autenticidade do avíso que
lhes trouxera a estrêla de _.

brilho desusado; -
curvaram-se
humlldernente e ofereceram
ao Divino Infante as dádlvas

religiosas, qUE' no caso eram


o ouro, o incenso e a mirra,
Um comentador da narra­
tiva. biblic" explica que o ou­
ro era o presente adequado a
um rei, o incenso era a ofer­
ta reservada a um sacerdote,
e a mirra era o unguento com

que ungia um pro.feta. Os


se

magos. portanto, espontânea­


mente, concederam ao filho
de Maria e de José as três
altas categorias de profeta,
sacerdote e rei. Em matéria
de religião nossa espiritualf­
dade também se contenta com
a supremacia do profeta que
nasceu em Belém dß Judéía­
do sacerdote que se deixou
crucificar por amor à igreja
cristã universal, e do rei da
fé. da esperança e da cari­
dade, que exerceu a profissão
de carpinteiro e mal teve na
terra um sltio seguro para
.

repousar a cabeça.
Presume-se que- os: magos
peregrinos não foram homens
,
incultos ,uem ingênuos; se
êles acreditaram nas revela-.
ções sobrenaturais, por que
nós, entãn,: vamos negar aqui­
lo que parece sobrepujar os
poderes visíveis da natureza?
Olhando a estrêla pendente
da corôa de Natal, que aca­
bamos de embrulhar, reafir­
mamos, neste .íníclo de 1950,
à crença nos acontecimentos
-

-extraordtnäríos qt1e cercaram


e
o nascimento, a vida e a mor-
te dé Cristo.

Polin6sia Anel de Casamento'


Casamento na
COMPRAR NA
do ca sam en­
_!- cerimo�ia o anel (aliança) de ca­
to �é� celebrada
-

na Poliné-, samento se usa na mão


sia com a' ausência com­
esquerda, porque a direita C a s a A m é r i ca
pleta do noivo, que duran­
significa autoridade, e o ma­
te a cerimonia e os feste­
trimonio é sujeição ...
É COMPRAR BEM
j os 'é obrigado a internar­
se em qualquer bosque. *

19

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


--......_-�--_-.---------.....__ ..

'Brevemente nesta Capital;



.
,
.

i,': <Art-Public-idade
.

\
-

-
,.
.>
,
..
'

,,'

I -

•• ...

<
:

J"
:'
_.'
. _
..

'

..
,

r
Distribuição e orientação de Propaganda
.

"

, .

;
',' _

Gingle� -

Spots -

,Slogans
.
.,

,
-

Desenhos comerciais e layouts -

'Serviço especializado. de Gravação para


-
..

propaganda comercial

Equipamento, completo de gravação em fio' e disco

�----------------------------.,,-�--.----
'-
20 -

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


.·0:-

SERVIÇOS SOCIAIS
I ,
"

SERVIÇO SOCIAL no CDMÉRCIO


-:- SES C -:-

Departamento Regional em
/:»

Santa Catal'ina

CONSELHO REGIONAL
Presidente: Charles Edgar Moritz
Membros : Flávio Ferrari
Sevéro Simões
Rogério Gustavo da
Costa Pereira
Raul Pereira Caldas

cttarles Edgar Moritz Flávio ferrarl

o plano ,do SESC para Q: ano de 1950


\
'_
FINALIDADES Destina-se tágio; aumento das 'resistêllciaS AMBULATÓ RIO -
Destinado
principalmente a encaminhar a específicas orgânicas inespecífi­ ao tratamento dos doenfes, Iíga-:
solução dos desajustamentos da caso do pois. as duas Iinaliaades prin­
capacidade aquisitiva mediante a cipais. Prestará os seguintes ser­
aplicação dos recursos assistên­ ÇAM PO DE APLICAÇÃO -

viços: Consultas clínicas em pres­


Todos os amparados do SESe
ciais existentes. crições ,e íomecirnente de medi­
Estado de Santa Catanna,
:
,"

no
camentos (a conta da Asslstên­
CAMPO DE APLlCAÇÃO'- quatorze mil aproximadamente, cia Farmaceutica) Pneumotoràx
,

Aplica-se assistência social


a as
serão. com maior ou menor in­
massas comerciárias de todo o
e Exames radiográiicos
tensidade, e em etapas sucessi­
Estado, díretamente nas princi­ Além do pessoal técnico de
vas. atingidos por êste tipo de
pais cidades, e indiretamente aos assistência. caráter permanente, haverá pois,'
comercíáríos dos demals centros
Os serviços de Cadastro Tu­
tlsiólogos; que prestarão serviços
de população.
.

no interior em carãter esporá­


berculino Torácico serão esten­ dico e que se poderá tor­
MEIOS -
Prestada por assís­ didos a todo o Estado, mediante
tentes sociais atravez da visitação um núeleo móvel: os serviços de
nar permanente, de acôrdo com
as necessidades locais e em {un­
domiciliar e do atendimento em ambulatório existirão sempre que
ção da existencla de especialis­
posto do SESe. Uma parte .dos houver tisiólogo disponível e os tas,

serviços-sociais será executada de internação serão centralizados Haverá igualmente enfermeiras


atravez do Serviço de Enferma­ em Floríanépolís e Ibírama, 10-
nos vários centros da assistêr.cia
gem, .cais ónde há sanatórios adequa-
do SESC� a quem competirá fa­
..dos. ,

a visitação domiciliar dos


Prevenção tratamento
e zer

MEIOS':":'" Dispensário Dinâ­ grabatários e demais doentes pa­


da tuberculose
mico Destinado a promover as
_
ra os quais isso fôr aconselhá-
FINAUDADI!S _

Influir na seguintes ativídades: descoberta .


vel.
diminuição do sofrimento huma- precoce dos fócos pela abreugra­ HOSPITAL :7"" Médi�o Qirúrgico
no função precípua da assísten- fia, pesquisa de analérgícos e destinado 'pri,ncipaljitente a im­
cia social e na redução das ta- vacinação pelo BiCO.
'

plantação do tratamento colapso­


xas de invalidez e de morte pe-
'

la tuberculose.

ENTROSAMENTO
/ . _
Funcio­ terâpíco e' cirurgia torácica.
narä em cordenação com os cen-
TECNICOS tros de saúde e órgãos do SEse
Proteção à Maternidade
OBJETIVOS -

Eliminação ,dos fatores


'

de con-
,
existentes no Estado, ,
Finalidades -

Destína-sepre-
r �

21 --

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina
�íPU�.DJ��te à. prevenção mor-
d�.
'.

talldáde infantil e materna,


Objetlvos Técnicos -
Con­
trôle da gestação para:
surpre­
ender Os estados mõrbídos incl­
píentes; t(�tamento 'das doenças;
'p{inêipahnenfe a5 infecciosas: pre­
ve.nir as' dlstõcías; assistência ào
pârto; demlcltíar, nos casos que
o requerem; educação sanitária ..

dá gestante, preparando-a para


a
"
maternídade.
Campo de Aplicação '''':_ A­
plíca-se às gestantes comerciáriás
-:- ou esposas �e comerclãríos da
,

Oapítal 'e' do interior. As moda,


. Iídades de serviço varía-ão, ob­
".'
viamente, COJll as posslbíädades
de contactos-Onde 'não fOr pas­
sivei assistir díretamente às ges­
tantes, o SEBe prestará. auxilio
em utilidades (à conta da verba
de AuxHios Especiais Serviço -

Social) alem de proporcionar a


educação sanitária adequada.. .

Melos Consultório de higiê­


-

nepré-natal, destinado a atingir


os objetivos técnicos acíma in­
díeades, prestará os ségufntes
.

serviços: exames perlõdícos das


.

gestantes; consultas elínícas com. ,_

prescrições e torneeímento de
medicamentos injetâveis (á con­
tá da Assistencia Farmaceutíca];
serviço. de assistencia ao parto
em domicilio; 's�rviço de inter­
venção, em .1J1a.lernidade.

Assistênçia à Infância
Flnallda4le • ...:. Reduzir amor ...

1alidade infantil; melhorar as,


.

eondiçêes de eugenía.
.
Objetlvos Técnico. -Coh!.rO· '" -

le alimentar; contröle däs ·infec ..

ções e doenças. geraís e educa


:
ção sanitária. j _

Campo de .plie.çi�':- re­


dos os filhos de comerciários da
Capital oe. do Interior dó Esta­

dö,cd.yrante es 12 primeiros me­


ses, de "-id�_ ser�o beaeticíados
em este tipo 'de_Bssistenci-a que,
contudo, variará de modalídade
de acõrdo com as passibilida­
-des 'de contacto e com. as=ne­

cessldades índívíduaís, ' .

.. '-

Continua na pdgina-� ->o

.M .
'
1 .. '.i'
� ,.
•••
i .

./
,

lfa' pdglna ao 'lado ;_ '])istri- :, .�

bulção de 'brfnqnedos,: 80S ti--


lhos dos cotríerci�rit»8., '"

_.
<
�,
_... �'.;i
,- -,

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


N9 muncdo dq R.clio:
/

Por AL NETO da USIS

,RADIO Há tempo
Fan-Clubs
a A13sodação
brasileiros' realizou
'dos

a apuração final dos votos .para


a eleição dos mel�ores, artistas'
de 19'49, desde caátores até to­
cadores de bateria 'Esta eleição
é similar a que se ,faz nos Es­
tados Untdos, sob o patrocínio
De todas 'ás
'

�VARENOA E RANCHfNHO suas criações, a da' Revista Down Beat.


Estreiararn. em 1935 na «Casa de maior êxito, pois dominou o
de Caboclo». então deslocada Carnaval de 1937, foi o «Seu A título-de eis áqui
curiosidade,
Condutor». ,Deixando a Rádio ouvintes brasí­
pensam os
para ö Tea­
da'. Praça Tiradentes o que
tro Fénix. O apresentador da' du­ Nacional, onde estavam sob, con­ leitos, de acôrdo com a Associa­
p�éCfoi o dansarino Duque. O
.

trato, Alvarenga e Ranchinho fi­ ção dos Fan Clubs. e o que


.....

primeiro disco gravado: '-«Liga zeram uma temporada em São pensam.' o,s: noete=americanos,
d,as Nações>,' Ho-je .ém dia, con­ Paulo, Agora 'reingressaram na de acördó com a última apura­
mais-de 300 <records- Tupi do Rio de Janeiro. ção ,de' Down' Beat, Note�se que
.

tarn, com .

a apuração' da revista america­


na 'ainda não é a final, como no
caso da associação brasileira.

Comecemos pelos cantores. Pa­


ra os brasileiros, o' melhor cantor
norte-americano de 1949 éFrank
Sinatr aOs I patrícios de Frank,
não pensam assim, e quem ocu­
pa o primeiro lugar até agora, é.
Billy Ecksfine. .--

No que diz respeito a canto­


res, brasileiros e 'norte-america­
nos estão de acördo quanto ao

segundo lugar," que é, em' am­


bas as apurações, de Elia Fitz­
gerald Mas o pritP.eiro lugar é
dado pelos brasrlélros a Doris
Day, e pelos améri��l1os a Sarah
Vaughan. Note-se que 'Sarah não
a�ál;.e�e em nenhtJ.m�:dos p,rimd. .

ros oito lugart;s,da";vQ,tação


'
bra-
SlleJra ,

/'-

'Qua�to \às (o";:qhêSft�:, '3 :rúme·


ro, .um, tanto -Bräsü'como nos
no

Estados �n!dos, '.segundo estas


.
apurações, �é, a �e��"\\!,ood)i�Her­
mäh. ,StaFl"k,�Kent91l. ()c'ú,pa 'o se­
gando lugar 'nli> Brasil, e ,Duke
Ellington é:o 'segundo ·110S. Es­
taäos. Unídos .

'JOE!. de-�MÉtpÁ,.da du-­


pla d,esfeitá· «Joe.l.
G"úcbo»; e
está ganhando rnuftQ dínhetro
'

em Buenos Aires; önde canta,

compõe muito ao, gosto dos


:

"

.Leonora Amar, brasileira, atualmente México, argentinos e é também dono


arti�ta no
de uma «holte>: enquanto Gaú­
,
atuandó com grande êxito no rádio e cho está no Rio ,âfastado das ,

cinema daquele pais -. ltdes ntisticas.,·


..

24 -

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


"
'.
JOSEVASCONSELPS será
o "criador das
pt'iriêipais vozes de
.

<Sintonia Amazonicas, desenho:


animado de longa metrágem, que
a Latini Estúdio está anunciando
como início de suas atividades
cinematográficas "Essa realização '

fné.,Çiita ho Brasil e na América


do Sul, contará com as ruais be­
las. lendas do folclore nortista.
ligadas por um argumento escrí­
to por Joaquim Ribeiro conhecido
teatrölogo. «Sinfonia Arnazoni­
ca .. , que está sendo feita em to­
nalidade azul, ªerá apresentada ao
público, em prlaclpios de 1950.

-:JORGE ÇURlatu�u pela primeL'


ra vez frente
microfone em ao
1942, inaugurando
oficialmente
a emissora de Caxarnbú, que teve
como madrinha a filha do gover­

Orlando Silva o cantor das,


- nador Benedito Valadares, Em Zezé Fonseca. uma das nossas
melhores" R_ádio
�td�e,s,
Barroso i�tégra
-

multidões, contlnúa empolgando 43, Ari que ô


conheceu o «cast» de- rãdio-teátre da
os ouvintes brasileiros, através c9nv1d()U para trabalhar na Tupi, .

de suas audições na PRC 8 onde 'ficou duas semanas se trans-


-
TupiAol ��: .<:'
Rádio' Guanabara do Rio ferindo apõs.para a B�8. Em Maio !!,,>
."
;;, .

de' ,1944 tran'smitiu "a primeira


*
p.artiQ�',deJutebol jôgo entre
,

II- ,*
-

o
,�\
.

.urugualos ebraslleiros, em hOJl1�-


RODOLFO MAlER,: com a nagem à F." E. B. Nb' dómingõ .-: ';
Rua competência, imprimiu subsequente, ,G4ri irradiou () j6gd,
DOVO cunho, dando nova Ieí- Flarnengorx Madureira pois Gà­
ção ao rádio teatro da ,Tamoio. gliano NEtl@,iánâo.'pertenéiâ mais '

que com isso melhorou muito. "à Nacionat. '�', ,� .

I'

Em· cima: Frank Siríatra. o vence­


dor ·do-.côlJGúrso de �o'mélfiör can­
-tor americano»; i.n�titlJido pelo
«Fan-Clubs ,Brasil-ei{os»

EIS AQUi ..
homem mais ocupado do rádio", um
o de sonoplas­ operador Em baixo: Ethel SmJIP, a- famo.­
tia, mostrando come são produzidos certos efeitos sonõros para um peo­ organista americana, dep,jta es-
!:ia

gl'ama· dramático, Ao mesmo tempo que êle dispará um tiro de festim,


,
peclal Simpatia à ni�iGà potf1l'lar .'
-,

faz, em transcrição' elétrlca, o ruído de um bem em marcha, e imita o .


"
ßrasllelra
fragor .de uma colisão. esmaqando uma caixa de madeirá com Q pé. >

25 -

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


Ainda existe uma vida .

.\

Por .Gabriel illDlIlOry

1- gente qlle por tudo dIstingue pelo seu caracter próprio. dem através do mundo as manl­
. resm\in- .

festações. Iiteriirlas musicais


-

.
ga oli os desiludidos da vida,' jii -
Paris .pouco e pouco,
resume-se, a .
e .

em geral, de certa idade,


,uma nos seus boulevar.ds, feudo de cer-
um dos mais
Entretanto, Paris. não tem que
suspiram, às vezes: Paris já' nlo tos privilegiados -

sUpOrtar a sU,", concorrência, como


é o que era dantes! Querem êles notórios foi Aúrélien Sholl que -

se 'pode erer um instante; a� in­


insinuar com isso que a capital tinham 'como ponto de honra ja- têm por efeito criar ,',
.

da frança estii em decadlncia. Te­ mais sail', dalit passar além dessa
venções novas
necessidades meios que as
nós
rIO �bzio'? Já nlo hii hpje uma provincia. ignoravam; os provinciais� que só
parisiense? AJ;\tes de tudo, êsse feliz reinado
vld)l Entretanto.
Mántmartre e depois Mont-
se recreavam outróra com soirées
dissipemos um equivoco: com sua anexou
ao piano, íntimas, querem ouvir
.

admlr4vel lÓgica. Monsleqr. de, ·Ia parnasse, ma. a pr.imeira guerra de perto belas orquestras sín- '.
as
Palis�, oporia que, enquanto heu­ mundial submerge-o nas trevas,
fônlcas que as ondas lhes revela­
Ver parisiense. mel5mo com Paris Quando vQ.lta a despertar, dolo- ram; corre-se ao teatro para. ver
reduzida modesto burgo, tido. já não se diverte com a- Iro-
-

a um
no palco os artistas q"e o cécram.
.sempre �aver' ",!pa. vida parisien­ nia de outróra; hii em sua alegria
nos mostrou. Por outra parte, as
se. Nesse caso, Cl questio es" re­ uma violenda cosmopolita.
·vedettes" dos filmes estrangeiros
solvida. MI., quaneto. se fala de eA vida parisiense, escreve fran-
vem buscar à França a consagra-
évJda tim
pari.fense» designa-se cis de. Croisset, já não são os p�-
f azem, mas os ç ã o.
-cQnIUJ;\to1de, prazeres ,e.
de maní­ r I síenses que a

festações' bltéltctúais a mundanas .

estrangeirol.. Resumindo. os teatros e os con-


que -detilm a P.ris a- fama que Se es antigos eltio cheios de certes parisiens'es atraem uma
tem .. E:esse prestigio que estii em pezar, os [ovens. estão cheios de. multidão cada vez maior de tu.ris.-.­
perigo? .

.'_ amargura; numa péça de Stéve, tas. aOS que Paris oferece um pro-
Data essa fama de uma época -Passeut. Lá traver,ée de'Paris à cheio de divertimentos; já'
grama
relativamente eécente, d.. época I« nege, pergunta-Ie ao prolago-
.

não bastam os espetáculos de ga­


.em que, se realizou a unidade do nis.a se êle gosta de P!ris� Res- .
la nem as centerenctas do dia; a.�
pais, e, ••btetudo. à partir dos ponde: brem-se à noite numerosos cabarets
princípios do século XVII; preste­ -Nada! é escuro, é sujo. é gran- onde a champagne substitui a me­
mos eisa j\JStiçâ às' Preciosas do de. e!ttá cheio de infelizes que _
-desta ginginlta dos concertos de
Pai4cio de RambpuUlet· que, ape­ passam seus dias a carimbar o ouftóra;' alguns estabeledmentos
aar de-seus êxageros; depurando nome de três mil ociosos em' li-' mais vastos são de um luxo, outróra
a linguagem e s�lvisando os cos­ vrol de cheques: .
inconcebivel e algumas revistas exl-
tuptt:s, forain, �s p�lmeiras I dar Em Tite de rechange, a prind-
gem peisoal numeroso. 'Enfim.
um
à Capital o seU: bnlho; na comé­ pai personagem de Jean-Vietpr as casas de alta' costura .multipli­
dfa, onde. M.ol�re as satiriza, Ma· Petlerín, lamenta-se igualmente, caram-se e a perfumaria, úníver-
'

delon é seu ,.rfelto Intérprete. maldizeHdo as dificuldades da e-


_

salmente reputada coloca-se na:


ao deelàrar, .pro\fJda por Mas' 'exlstência: ePode-se chamar viver,
carllle: .r"
.�
-

uma vida?».
.

vanguarda das ex.portações fran-


.

cesas. P arlS é a·I nd a.a capl "ta l d o


Só úm antfpoda da razio Mas Rio demos crédito absolu-
-

luxo.' do prazer e --
até do espí­
podl. dizer que Paris nio é o to at' desdim de alguns e à me-
lancolia dos outros. E' de todos rito; oferece suas bibliotecas e
. paiS das �r.vilhas. o ce�tro do laboratórios aos investigadores;
bom, g6.to, do, belo espbito e da 01'.'-tempos que os jovens despre- desfazendo-Ie de fortificações lnu­
galanteria: zàm o que antes deles se fazia.
......
teis que lhe tolhiam 01 movimen-
E eatbo conclue: É tambem em todos os t�mpos
o "

E' umá verdad!i fncontest.ivel.


tos. ediHcou a cidade Universita-
que õs velhos pretendem persua-
ria, que, a t ra I n d o es n� d an t es d e·to
-

VersaUJes, decerto. '-atrai o mo­ dir-se que de ....


Ii" ois deles vlri o di-
da -a parte do glob�, lhe deyolve
vimento elegante; 40b Luiz ·XIV
era a Corte boa e ii Cidade da boa­ IÚ��•.Pelo fatôdeixemol,
nOS
de Paris
cair nesse' .
a IU$ projeQãO da Idade Média;,
reconstruiu a Escola. Normal Su­
lociedade entt'nclendo-se bem. que erro. nio satis.
de súbito. 'lUDa ambiçlo pre" perier; fundoú Instituto-de O'Uca,
quando s� falava na Cidade nie fazer, .

am�nhl Inaugurará a sua -Nova


se designa,va o .p.O"vo '""':' ÔU, COinO coce., .est'.···.pouco:aso. destituldode--' faculdade de Medidna, cujas o­
en.tlo Ie dizia. a .� -canalha. -
mas 'encanto? ·Pelo fato de sua vida
.
bias e"ltlveram muito tempo inter-
lomente .� nobreza
grande e a lofrer algumas transformaçõ�s. 'po:-_
rompidas por c�u.a de circunstân-
.

bdrsuesia; Sob LuIz XV a Cidade, deose deduzir. cle ai que est' de;
eial viiri�s.. '.�,
com seus salões, cafés e' passei" saparecendo a vida parisiense ? ,

os. começa a vencer a C6rte. que Longe di$So ! Existe, pois, vida parisien-
-

uma
.. kevoluçlo suprim�. .
Longe disio!... .

se�.e mals Intensa que out�ra;


No léculo XIV, sob a Reltau.­ Tudo· evolui. Nlo sio somente tio alegre como nos tempos idos.-
as guerras e �$. convl,llsõel soclall está. no entanto. animada de. uma
ra�o. e.,bDra 8alzac:,� .em lua ,

«geograHa IIIOrà( de Parii., pre­ que mudam a face do mundo. mas ativldâde mais nobre
'

e ,reparada,
tenda que Paril nlo fOníla um os progressos cientifico •• que, gra� pum ambiente de prazer. de ad­
.

conjunto, e qlÍe cada bairre se ças ao cinema, e ao ridio,' difun- vento de um litundo melhor.

26-- ot •

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


o �I_M 00 .�lUND.O.·... O plano do ,SESC .. ...

.
,

ContinuaçãD dá pdgina �3' Continuaçã» da pdgina 23' _

se toma algumas míl.ve­


cem que um deslumbrante mal' de fo- Meios -
Haverá consultórios
ses maisinte-nsas. Assim se go. Num só día, se subverterão de Higiene Infantil destinados' a.
.

mantem durante semanas. de­ a humanidade, 'a civilização, a


atingir os objetivos técnicos. pres­
pois as erupções cessam, e a ciência, a in.teligencia" o .resulta- .

tanco os seguintes serviços: Exa­


calma se restabelece. No fim do dos esforços dê tahtas gera- rnes periódicos dos infantes; imü­
de alguns anos a estrela re­
ções, A menos que nossos des- nisações; consultas, incluindo a­
toma a sua antiga .magnítude. cendentes, tendo previsto a ca- fendimento em domicilio nos ca­
Fica muitas vezes cercada de tástrofe, transfcrmados em es-
UIß anel nebuloso 'ou mesmo
sos indicados; prescrições de
pantosos astronautas. consigam dietas e regimes alimentares, a
se translorma compíetamente emigrar para um planeta de um
numa nebulosa. É o que val outro sistema solar menos' amea-
serem proporcionados com base
na verba de Assistência Alimen­
acontecer, muito provável­ çado, onde irão transmitir as
tar; fornecimento de medícamen­
mente com o nosso 801 dentro '.
suas ultimas descobertas aos ou-
.

tos il'1jetáveis a conta de Assis­ ..

de alguns bilhões
de séculos, tros seres planetários vizinhos,
tencia Farmaceutíca,
conforme os cálculos de Bethe A Terra desaparecerá: por sua.
e de Bok, sobre as vez, com o Sof e -os seus pli�1ße­
reações ;
....
nucleares, quando virá Bi ser tas numa gigantesca explosão.
uma estrela' de helto de se- Mas que importancia terá. o fim .Modas Cliper' -
tudo pará a
.' .

I
gunda grandeza. Será ,
gran- a de uma minuscula fiumanidade, , mulher elegante'
de noite.' de um pepueno -slstemà solar,
Chamas colossais de ·gazes in­ quando a 'n.(> s s a ,Via-Lactea, _

candescentes, proveníerites das quando trilhões de vías-lacteas .A.ceitaHuU � em


erupções atomícas solares. incen­ no céu, engendram, sem cessar,

diarão a superfiere da terra. Nos'­ bilhões de astros e astros, t4dJutU� ..


sos oceanos serão vaporizados, É certo, porem, que' 'teremos �ó � rimuJJJ.
nossas cidades nossas florestas a de ter tentado
alegria suprema
queimadas, os seres vivos redu­ a grande aventura do Infinito e ��a-.�
zidos a cinzas Dentro em pouco de ter experimentado construir .. (JlJt1I4t, 26f1, 3:� '.
a crosta terrestre, onde as mon­ a Terra. a custa di Ciência e

,I·�

tanhas se derreterão, como lavas de consciencia, o paraíso para �.


incandescentes, lião será mais do Todos.

Fábrica da Móveis Estofados. BAR COELHO,


'Bebidas Nacionais �
·

,Extrangeiras
"SU'L'EMA�' I r" ,
.,' Aperitivos Unos -"
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R. joio Pinto 19


I,
l.. _>o

'COLCHOARIA
Cama Patente, colchões de .mola; .caplm; crina animale­
vegejal, travesseiro de pa'�na, jogos: estofados em geral
I.
Serviço rápido, perfeito e garantido.
I
COLCHOARIA MODERNA, de João' da 'S:ilvap
)'.
.
.
.
'$. .

."
, .'
<,
-
.'�,
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:RUA FERNANDO· MACHADO, ,3 .i.._ f'LORIANOPOL[S -.


.�,'
"

f)·_ 2 ,

2l

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


o problema mais importante o cruzeíro do ...

'guu 88 depara aos dentistas Continuação da página 15

Na reuníão. anual, ultima­ Chegidol tertltorlo nacional foram sempre bem ace­
a
mente celebrada nesta cidade,
da Sociedade Odontológica do
Ihldos., Alvo da e homenagem dos br.sllelros,
'admhaçlo
0'1 navegadorf'.8 Italianos vlo prosseguido do IUll marcha
Estado de Nova York (New
York State Dental Society). à
pira o sul. para Buenos Ayres, CInde terminará o ·ralde.
No Rio de Janeiro, recebidos pelas IIltas autoridades
qual estiveram presentes mil e.
da Republica, tiveram o maior íncenttvo posslvel. Homena-
dentistas, o Diretor do Colé­
gearam nodia de sua chegada, com um corOa de flores, a
gio de Odontologia da Univer- me-moria de Almirante Tamandaré, um bravo da Marinha.
'sidade de Nova York, Dr. Wal­
ter Henry Wright, afi)'mou que x 'x x
o problema maís importante,
que se depara" aos dentístas Em Plorfanopolls os navegantes 'oram r�cebldos ma-,
é, o da preyenção das doen­ gnilicamente com festividades da parle do governo", do po­
ças. vo, desse povo bom que admira e co�'raternlzai COlD tals
fasgOS de 'heroismo. Passaram, Oll navegante. alguns dias
«Em consequência do viver
entre nós, sempre admirados, sempre respeitadOS eQ1 sua
moderno e do atual regime de Indómita biavura. E um dia, pela manhl, o pequenino
alimentação disse ás de­
- -

.Ualla,-T,lestee, rumava para a Barra Sul, IIUmo a cidade. �e


formações e doenças dentá­ Laguna' na rota para Buenos, Ayres... Qu, Deus os Oule,
rias estão crescendo, a pon- '

slo nOll08 vot08. Que a bravura e o Idealismo dos tripur


to de já não ser maís possl-:
I,ntes do .)taUI-Trlesle- conquiste IS 'S�a8 Cidades perdi-
vel controlá-las por' meio do
,d'8 de sua pátria como conquistaram o toraçlo dos Brasi­
tratamenté -testauràtivo. A cá­ lebol. SalveI Llberdad, para Pola, Zara, flume e Trleste,
rie se tem. ;generalizado de ,Iio ô. volo •. do ,O TEMPO.
tal modo, q� passouia cons­
tituir �ndemia entre as .érlan­
ças, 90 iior- eento das quats
se apresentam" '
com dentes
Iurados.s ":
P -R O C Q-P I O
.
,
� �

Referiu-se,àr Importãncía-fío
papel que '08 alímetrtos de­
Continuação da pdgina 47
sempenham no tangente aos

,
dentes, e cltou, em .eompro- tensão ,da riqueza dessa comicidade nas' suas surpreendentes vartu­
vação disso, a Norjrega, onde eões
.
de.cojorído nas suas infinitas nuances ínflexiveís,
a eseaasês de açúcar durante
Para Os narizes torcidos do Brasil esse milionário do riso apenas
a guerra reduziu eoaslderä­ faz palhaçadas.
velmente os easos cárie den­ E justamente as virtudes que os brasileiros despresam cm
são
tária. ao que, ao au­
passo Procöpío, que Jouvet, uma das maís autortzadas figuras da 'cena
as
mentar a provisão de açúcar
frances,a, acaba de exaltar. Jouvet não vê, atualmente, ninguém me­
depois de finda a guerra; re­ lhor do que Procópio para ínterpretar Moliére.
crudesceu päralelamente o
Que isso sirva para que os nossos íncontentáveís se convençam
número dos C8S0S.
de que para o róI dos grandes ateres do mundo atuak o Brasít coneor­

O dr. Joseph J. Obst, chefe reu com uma figur.a 'o palhaço iProcópio.
-

dá. Olíníea Odontológica" de


Williamsburg, em Brooklyn,
disse que o hábito de
,
comer 'doces, : destruidores do esmal- '

do se ingerem grandes quan­


doces e tortas, e de beber, te dos dentes. '
tídades de açúcar. Disse mais
,
refrescos entre as reteíções Acrescentou ainda o Dr. que, por outro lado, os rete­
principais, era eminentemen­ Obst que 'os novos, dentifricas ridos den tUricos não podem
-

te prejudicial aos dentes, por­ a base de-amônia e de fluo­ curar nem prevenir sequer
quanto ácido por eles Ior­
'o reto de sódio não constituem as doenças des gengivas, às
JBá.do na boca produz cáries, paD8céia para as doenças dos quais 56 deve a perda' de
fato esse que 'torna preferível dentes, pois que a limitada maior n'umero de dentes ia­
toma-r leite e frutas nesses proteção que eles oferecem cisivos,· caninos e molares,
intervalos, e que a aquisição ao esmalte. desaparece quan- do que a própria cäríe.
desde tenros anos, do hábito
• •
de tomar estes últimos alimen­
�08 teri'á como resultado a08
fi­ Moda Cllper ponto seu de Modas CUper .a mais bela
- -

ca�..!se dando pref4trêneia ,

encontro com a elegancía coleção de artigos femínínos


..

-:- -28 -

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


Nos tempos de. an.tanho.

Os Farrapes e uns farrapos ,

Quando a difamação de uma heroina é fruto de despeito. As


tropelias de Canabarro ., Pontos obscuros de um
periodo tão devassado.
I �'"
.
,

WA�TER F. PIAZZA

o primeiro cente cm barrigas verdes, o


terras «heroina dos dois, Mundos,.:­
já passou
nário daquelas lutas 'gloriosas nosso inesquecivel A I m i r a n­ Ana de Iesús 'Ribeiro: É, uma
e, também, sangrentas' que pas- te Henrique Boiteux nos deu fig u r a interessante, ê uma
saram às páginas de nossa His- a« História da República Ca­ ftgura ímpar, e <como' ta;1 tem
tória o m e de tarinense» que outra coisa não sido não poucas vezes discu­
co m o c o gn
é, sinão, a luta dos -Iarrou- tidísslrna
«Farrapos»,
A Revelação Farroupilha pilhas" em 110550 torrão. •
Moralistas
-

de undécima Iro­
expressão eloquente do li be- Dequando em vez eucon­ ra centra
pregam a sua mo­
ralísmo gaúcho é um repo-
-
tramos alguma coisa que nos
ral; clamam centra a sua 110-
sitérlo ínexgotável de tätos .

impele a falar nos --persona­ nestidade e se esquecem do


que tivera,," e têm os seus es�' geus grandiosos que se mo­
-
áto regenerador praticado em
tudíosos, laúchos e catarinen- -
vlmentararn, -que se alçaram Montevidéo perante o sacer-.
ses, esp��ialm:.n1e. -N.a- terra naqueles .dez anos de lutas. que dote católico romano
dos pampas e do minuano o. Brasil Imperio assistiu es­
Ana de jesús Ribeiro é a
encontramqs Weilter Spalding, tupefato. e, somente, a argü­
mestre inigualável. 'com «Far, ela e a clarividência de um figura central e principal da
rapes»; Allrélio Porto. Dante Luiz Alves de Lima e Silva grandiosa .epopéia que as ter­
de bravura ras do vale do Tubarão fo­
Laytane, osociólugo (e que puderam conter a e

idealismo dos homens do ram teatro.


em certa oportunidade quan- o

do, só, seu nome nos era sul. Desde aquelá cena impres­
eenárlo -catarinense em
-

conhecido o confundíramos com No sionante _


do rompante teatral
o
filélogo português, dr. Ma- plano superior se' eleva' a Ii­
noel dê Paiva Boléo). Aqui gura sirnpãtlca e atraente da Continua na página 40

'_

29
/

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


�N-o-'-lVI-u-n--d-o-D-e-'-H-o-j-e-'j
Síntese, dos principais econtecimenlos Pintura Submarina
Segundo -notícia recentemente lii­
Os Estados Unidas levarão a Peron autoriza sindicancias nos 'Julgada no jornal -Los Angeles Ti-
mes», a sra. Laurel Griffin, de San
efeito um plano de.controle mun­ jomais La Prensa e La Nacián .
Pedro. Calilernla. é, provavelmente, a
dial pura .as armas atõmicas _. -

OSI' trabalhistas vencem por única pintora que tem corno motivo
Os Estados Unidos e a Grã-Bre­ escassa maioria as, eleições na para os seus quadros as paisagens
tanha estão de pleno, acordo muitas submarinas ESpOS3-EtUe é de um es-
.

Ingtaterra;: perdendo ca-.


cafandrisla norte-americano, a s r a.
quanto às relações com ia Russia, âetras anteriormente conquistadas Griffin vem realizando a sua arte
a respeito äe qualquer eestâo nos Comuns; Attlee propõe-se -

sob as aguas do mar, há mais de


para pôr fim à corrida. atômica­ dois anos
governar mesmo com forte oposi-.
-
uT" Ao começar trabalhos. a
os seus
Aviões nacionalistas chineses põ­ çao
-_
Ch urc hill
I
1'1'ree I'
ms ton
el- .
,
I
sra., Griffin empregava capacete um
em em elieque a frota de guerra Racionada por um ano a
to,
-

de mergulhador; podendo, assim, re­


da China comunista-Bombardea­ energia elétrica, em São. Paulo produzir, cm aquarelas, os jardins
da nacionalistas chineses
pelos Novos Ec/esiasticos católicos ore- submarines, Em breye, porém, pas­
sou a se utilizar de um traje e ca-
a centralelétrica äe, Hanchow­ .<Io'S Tchecoslovaquia
na
:
-

O
pace te de mergulho em aguas rasas,
lncetuiiou-se o laboratório de Fí­ Cardeal Spellmann chega a Ro- o que lhe proporcicnava maior li-
sica da Universidade do Prince­ ma
-

Ordenada pelo Presidente berdade de mevímento. Come.


/

ton, tendo sido destruido um pos­ Trutnan, dos Estados Unidos, a o uso desse equipamento tornava
sante Ctctetronio. Ainda exis­ impossivel o trabalho em aquarelas,
-

construção da primeira superbotn-


a pintora passou a. lançar' -mão de
tem escravos em várias regiões ba de hidrogenio A Abertura
Ab -
Ó
.

tintas de oleo especiais e de telas es-


do mij�d(). principalmente na Rús­ do Ano Santo congregou em Ro- pecíalmente tratadas. Seu cavalete
.
sia Sovietica Foi descoberto
-'-
ma milhões de fieis Dom Jai- -
paira no fundo do mar por meio de
lastro Je chumbo
um segundo quadro de Mona Li­ me de Barros Câmara, Cardeal- .

'Todo o equipamento submarino


sa, por Leonardo
pintado da
'
d° B rasit visita Rama _.O Pre- da sra. Griffio possúe um' sistema
Vinci A Rússia boicôtou a de­
-

sidente General Eurico Gaspar de comunicação nes dois sentidos,


cisãona O. N. U. sobre a in­ Dutra viaja por todc o território afim de poder se manter em coa­
tacto constante com o seu marido,
vestigação dos trabalhos forçados nacional Ordenada pelo Pro-
--

encarregado do aparelho de respira-


-
O cientista Fuchs, que entre­ cura dor G'
eral da Reputblitca a
ção, à bordo da pequena embarca-
gou segredos atõmicos à Rússia extinção do jogo em todo o ter- ção de ambos, que para· eles, é ofi­
-

Sovletica foi condenado na In­ I ritário brasileiro. -


Prossegue em' eina e resídencía,

glaterr.o, a 14 anos de prisão -'


calma panorama politico na-
o Segundo a .sra. Griffin, pintar a ' '

flora ea fauna lJ05' mares é algö de


Foi anunciada a prlme ira verba danai. Desco berta a bom b a de
-

emocionante. Todavia, a pintora sa-


do Plano Marshall para Portu­ hidrogenio, mil vezes mais pode- lienta que a Ilora submarina, quan­
gal Greves no Chile, Estados
-

rosa que a bomba de uranio, -


do trazida à superficle, perde as suas
O Centro No proximo número "O Tempo" cores brllhantes.
Unidos e. no Brasil
-

Há oito anos, os Griffins vivem


dos Industriats Padeiros äe Bue­ informará
" os importantes aconte:
Urna vida marítima.
..
Quando o sr.
nos Aires, .
Argentina, ordenou cimentos do mês de março. Griffin não está no désempenhe de
estado de greve -
O Governo seus contratos de trabalho, ambos
navegam. pelo Pacifico, à procura de
neves locais, onde: a sra, GrUBn
possa dar expansão à sua arte. No
próximo verão, o casal pretende ex­
cursionar pelas águas. mexicanas, .

onde vai filmar e reproduzír em telas


as bele�as do {unlio do mar.

I
TELEVISÃO �
!.
«Ninguém pode fazer um pto.�
grama de televisão por semana',
e
fazê-lo
cc;yn perfeição, diz �
Eddie Cantor, No rádio, há quem !ii

I�.'!i,
consiga fazer um programa por
semana fazê-lo. bem. Mas ein
e

televisão..
as dificundades são. i'
maiores. Por maís genial que se-
,A- Fôrça. aérea Norte-Americana está realizando as; dltimas provas com o novo ��
avião de bombardeio Martin XB51 de três iaäos. Suas delgadà;; asas de alta _ ja um produtor, ele necessita de
velocidade, sua cabine de dois lugares; com ar condicionado, e seu original tempo pora poder preparar um

,
trem de aterrissagem' capacitam êste aviiJo para as operações de auxüto às
forças terrestres.
.

J,
-

Continua na página 39 �
..

30 -

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


o fim do Mundo percmte
a ,Ciência I
,

PAUL BECQUEREL' (da Academia franceza de Ciencias)


.

No começo deste século, os estrelas que a rodeam. Com das bacterias, dos cogumelos,
.
astrõnomos temiam ainda. a eteíto, essas nebulosas, que dos líquens, dos musgos, dos .'

colisão da Terra com um co- E, Baraar chamou de «sacos fetos, da


antiga vegetação, ao
meta cujo numero atinge a de carvão», quando não são degelarem-se. se poriam a

quase 500 no sistema solar. O formados de meteoritos. de­ germina:' ovos dos
com os
seu aparecimento súbito, as vem ser constituidos de Iinas animais revivescentes. Uma
.

suas formas estranhas com partículas de calcio e de he­ nova evolução da vída reco-
seus núcleos brtlhantes, as .Iío de um décimo de micron meçaría. Mas teria ela tempo
caudas lumíuosas de 100 a de diametro absorvendo princlpíar.
.

e- para tornar a com

300 milhões de qullêmetros nergtcamente as irradiações uma nova humanidade? E' mui­
de comprlmento por 10 ou das estrelas. to duvidoso.
20 milhões de largura, im- A nossa Terra, se fosse ar­
Agora os maiores perigos
presslouavam fortemente as rastada pelo Sol para dentro
provirão dl1 evolução do aos­
de urna nuvem desses peque­
.

populações ignorantes. Era so Lembremo-nos de que


sol
para elas o anúncio do fim do nos corpusculos, cuja densi­ é uma pequena estrela anã,
mundo. Ora. nós sabemos ho- dade seria suüctente em 'ra­
amarela de 5a. grandeza, da
je que os cometas são amou- zão da baixa ternpeuatura, se
classe espectral G, cuja .mag-
.

toados de poeira de meteori- resfriaria quase subitamente. nítude absoluta, isto é, cújo
tos, pesando pouco mais de Porque as radiações solares
brllho é avaliada em 4.8' Oe8-
algumas centenas de milhões seriam detidas por essa teta.
de 2 bllhõps de anos, a sua
de toneladas: desprendendo Nossa atmosfera obscurecida
intensidade de luz: tem fica­
partleulas de gàses extrema- atingiria muito rapidamente do quasi constante. Ú cíclo
mente rarefeitos que vão fOI:- a' uma tem peratu ra de 200
das manchas solares, é de on­
mar as suas imensas caudas graus abaixo de zero. Seus ze anos. Em consequencía de
ao refletirem a luz- do sot A gazes se liquefariam, uma I circunstancias desconhecidas,
Terra já atravessou sem pe- chuva diluviana de ar llquí­
se a nossa estrela se tornas­
rigo a cauda do cometa de do caírla n a superllçlé .íos
se semi-variavel
numa a. sua'
Halley em 1910. e nós nem o mares e dos continentes ge­
magnitude, aumentando o� di';.
percebemos Se tívessemos lados Ela aniquilaria as plan. '

tas e 08 animais de vida ati­


mlnuíudo perlodícameute: de
passado pela cabeça do co-
uma unidade, isto seria bas­
meta teríamos assistido a uma va, a humanidade desapare­ tante para tornar
magnifica chuva de estrelas certa coogelada, solidificada, insustentá­a
vel a vida na terra, pois
cadentes de bólidos euor-
ou Essa terrificante viagem 110
temperatura aumentaria de
mes caindo no mar ou des- frio e na dbscurídadé poderia
durar milhares de anos, pois
perto de 100·. Mas os astro­
truíndo apenas algumas cída- nomes tem assistido a varia­
des e florestas. essas imensas nuvens cosmí-
ções bruscas, ínäuítamente
O choque com um asteroi- eas tem mutras vezes trílhões
é
.

mais temerosas, como o ca­


de seria mais perigoso: mas, de quilômetros de comprímen­
so das estrelas temporárias,
entretanto não destruiria a to e de largura. Isto não extin­
as «novae- as e
«superno­
.Terra, pois amassá desses pe- guiria o sol, cujas reações ter­ vae». Já
conhecem perto
se
quenos astros não. vai.alem mo-nucleares continuariam.
de uma centena delas, Trata­
de algumas centenas de bí- Assim que saísse dessa nu­
se de pequenas estrelas co­
lhões de toneladas, .

vem cosmíca. a Terra se ílu-


mo o nosso sol, anäo amare­
Quanto ao encoútro- com minaria de novo; a sua atmos­
lo, que se vão transtormar
um mundo extinto a sua pro- fera voltaria ao estado gaso­
provavelmente, em anãs bran­
babilidade -admítia
com8 o so, os .

gelos derreteriam, a
cas ou, na maior parte das
Arrhenius, é extremamente temperatura normal voHaria.
vezes, de anãs brancas, Elas
fraca. Seria certamentemaior Então cousa extraordínâ­
são, subítameme teatro de
se se tratasse da passagem ria, a vida reapareceria! um cataclisma formidavel.
do sistema solar atraves de Gomo nas experiencias que
uma das múltiplas nebulosaa eu realizei com os germens
Re-pentinamente' seu brilho
aumenta de dez a quinze
gasosas e obscuras da Via mergulhados nos gases líque­ magnítudes, a sua irradiação
Lactea, fenomeno que deve feitos eotre= 200' e 271', -

s�r muito frequente para as 08 esporos da vida latente Continua na página 27

-
33-

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


I

MATtRIA ,pLÁsTléA SUBSTlfUf CARTlLAGfNS f ()SSOS 1
Descobriu-se ültimamente que polietileno está sendo usado na cala comercial é o que há de
uma nova matéria plástica que forma de tubos' moldados, na mais complexo.
foi usada' no decurso da guerra reconstrução, dos condutos bilia- No que diz respeito ao seu
.na construção de aparelhos de res e para reparar as partes da­ uso como substituto de cartila­
radar e outros ínstrumentos elé- nífícadas das artérias. Na' Escola gens e ossos, tem a vantagem
tricos especiais para o exército de medicina em questão já se de não empenar. carnbar-se. nem
norte-americano, pode substituir substítuiu com Nm tubo desse 'se dissolve!'. Além disso, adere
com excelentes resultados as car- material toda a parte toráxica da rápidamente e com firmeza, e.
tilagens e os ossos humanos na
.

aorta. produz menos reaçöes postcirúr-


círurgla plástica, segundo a iri-: Durante a guerra. o polietiJe­ gicas do que a cartilagem. Não
formação que deu ao público a no foi aperleíçoado, com fins co­ produz nenhum efeito nocivo I)OS
revista The fournal ot Ptastic '
,
merciais, pela Bakelite. Corpora­ tecidos celulares e não é afetado
and Reconstructive Surg�ry. ttorr; mas toda a produção des- pelos' tecidos nem pelas tempe­
Trata-se. ,do polietileno, que tínàva-se .então ao exército. Erra raturas comuns, Sua flexibilida­
vem sendo usado-com êxito no empregada 'no isolamento dos -
de natural permanece invariável
Hospital do Distrito de' Kings" cabos para o ràdar .e a televí­ e,apesar disso. presta-se admi­
de New-York, na-reconstrução ne são, labricação' de travessas
na- ravelmente para as operações
narizes, orelhas; queixadas e até pará cubos de' gelo nos reíríge­ em que .os cirurglões têm que
,

mesmo graudes párt�.s. do crâneö radores, receptáculos para a ba­ dar a 'forma necessária para
.'
humano" .segundo àfirmam; nó' nheiro, garrafas' e outros rnais corrigir deformidades de nas­ ..

citado, relatório\' :gl!; � 1)r5., Leo-: artigos ínquebráveis pª,ra produ­ cença 'ou causadas .por algum aci­
nard- R. .Rubín. ,'Qêqrge W.· t{o.:; tos. alimentícios e diversos ob-' dente É certo que ós médicos es­
,
bertson e Raym,oó.él H. Shapiro, [etos doméstico,' ou nas'
de uso pecializados i no assunto insistem
"
membros da Fäculdade do De- Indâstrias, Mas embora .seía cer­ em. qne. em tais casos, �ó se
"partamento,
..
de:,Cirurgiéi, Plãsttca to que provém de urna das ma s deve usar I) políetlleno química­
do retende 'hospital.
simples fórmulas químicas que mente pure. pois lá foi verifica-
.

.Bm.experíêncías realizadascom existem, no 'domínío das mate­


.

do que ,outras. matérias plásticas


animais na c: Ii�'i:ta: Mayó e na rlas plásticas. tambem é vertia­ são decididamente nocivas aos .

Escola. Médica de Harvard;.o -deque à sua produção em es-


,,1 ....
.

�.'
tecidos celulares
��,
,!" ""....
. �,. •

'�'.'

�,. ,'., ,
.' :'-'-1

"".

-';"';

'H(j:t:el M�gestic
--,

Distinção
• r
�, ;..
:
�.!

Díreeêo de Huço Pessí


,'
: ..

'Hotel MagesticC
RUA .TRAlANO, fSllNI DE CONSELHEIRO ,MAfRA -'
.:
.

..

34

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


,

.
,

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I
I,

,
A

••

,,)

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


'

........

'o Tempo 120.! /ar


com aguá e sal e deixe ferver Ponha centro da
o coelho no

�eceHas e pratos diversos durante cinco minutos


Derreta.numa caçarola 5(;) gra-
travessa, cerque rodelínhas
de/pão frito e cubra com o mö­
com

mas de manteiga, junte duas co- 'lho de tomate bem quente.


Rosquinhas de aguardente
lheres rasas de farinha de trigo, .


Cinco ovos, oito colheres das de
sopa de açúcar, dê gordura (ban­
uma
(misturando bem com a mantei-
ha) uma de sal amoníaco, uma xíca­ ga), quatro ou seíscolheres de cal- Brócolos à italiana /

ra grande de leite e uma peaquena de do de camarão e os camarões co- Depois dos brócolos lavades
cachaça. Sal à vontade. sidos"· e livres das' folhas exteriores,
Tudo isso é misturado e desmancha­
Deixe ferver até cosinhar a Ia- cosinhe em manteiga com .sal e
do com a mão. ou uma colher de pau I
.

, em um quilo de farinha de trigo. Es­ rlnha, formando um môlho gros pímenta..


tando pronta a massa. tormam-se ros­ so. Tire do fogo, deixe esfriar, Descasque duas cebolas, pique
quinhas pequenas, em feitio de ar­ junte três gemas de ovo batidas, miudinhas e deixe corar numa
go las, e põem-se em' tabuíelrçs lige-i� ,

de salsa
ramente untados' de gordura e levam­
um pouco picada, um caçarola com, manteiga, em fogo
se ao forno quentura reqular, depois pouco de manteiga, e .o mõlho brando, Junte. duas. colheres de
de se pincelarem as roscas com uma que resultou do esmagamento das cogumelos partidos em pedaci­
mistura batida de gema de ovo com
cabeças dos camarões. Mexa bem nhos, uma de pepinos. picados,
leite: Depois de crescerem ao forno,
e leve ao fogo por uns minutos. meia colher de salsa piéada, sal
deixam-se corar e'tiram-sa Podem ser
servidas quentes 'ou frias. e pimenta Ferva meia hora e .

.
\.
sirva bem quente sôbre os bro-
• Peixe espada frito'
. colos .

'Corte
em .postas um peixe es- •
Bôlo excelente
pada e deixe ;nú tempero duran- Conselhos dteis
.

Bate-se se'paradatne!nte, numa te­ -

te duas horas.
rrina, xícara grande, de lei­
4 'ovos, 1
te, 3 de farinha de trigo, 1 colher de
Passado êsse tempo enxugue, Para tírar manchas na sê-
'
'

sopa de vinho e urna colher de sopa. envolva. em farinha de trigo e fri­ da, rayon é tecidos finos, es­
de fermento; noutra terrina: uma xi­ te. Sirva CO-In brócolos à italiana, frega-se primeiro com aleoel
cara grande, de manteiga e duas de ·
bem puro; Se fôr necessário
açucaro Junta·se o comeüdo.: da pri­ •
lave-se a seguir, com sabão
meira terrina ao 'da segunda e contí- .

qua-se batendo. Estando homogêneo, Canapés de camarões neutro, juntàndo um poueo de '

põe-se a assar em dUils ou tres for­


Cosínhe càmÍl·rão
o e soque com éter, ou amoníaco.
mas e leva-se ao f�rnQ brando. De­ *
pois de assado tudo. cotoca-se num' manteiga, juntando depois queí­ '
'" '"

prato a massa da primeira fôrma e [o _rãlad9. Corte fatias de pão de Não' ministre nenhum pur-

sõbre ela uma camada de geléia, fôrma em pequenos retângulos e á


gativo criança que tiver
goiabada rala, marmelada ou. doce cólicas agúdas. Chame com'
de .lelte; em cima -põe-se a massa lila cubra-os com a mistura, pondo
centro urna talhada de azei­ urgeneía o riié<t.ico, prlnclpal­
·

no
segunda fôrma e sobre ela outra ca­
mada de geléia, goiabada, etc.; por tona. mente se. � dor fôr mais per-
.

cima de tudo a massa da terceira sistente do "lado direito do


• .

íõrma,: QU de mais, que se tenham


·

ventre e houver dificuldade


íeíte. Cobre-se o bolo lodo, afinal,
com massa 'de suspiro que pode ser
Pasteläo d� c�rne 'c. d� le�ficar a perna, dêsse mes-
enfeitada com pedacinho de nozes
ou amêndoas
a' massa como
Prepare ��!8� ladc;k' p'��a)
.

• pasteis. Deixe repousar durâfft�"'li!l1'· *


*
'"

dAuas horas e forre com ela uma Limpe as golas dos casacos
Creme de café forma um pouco funda. Enquan-

t Irleclonendo-as com.um pano -

a massa descança
Num litro de leite €om 206 !oogado f�ça um
�e- umídecldo' com água e amo-
carne moida, íatías
.

.... com
gramas açucar, deitam-se
de níaco em partas. iguais. '

.de presunto toucinho. encha a


'

e *:
.

duas ou três colheradas de café


'" '"
fôrmá com êste refogado, cubra
bem forte, misturem-se a" pouco
com/ a'mesma massa, doure com. 'Não s,e assuste' se tiver de
e pouco 8 gemas de ovo bati­
prestar socorro a uma
pessoa
das, mexendo sempre, passe-se gema crua.e leve ao fogo.
v i tí m a da p e' I a Insoíação.
por lima peneira e deixe-se to­ • o�oente para um
mar eonsístencía.
Transporte
Coelho molho
-com lugar á 'sombra; abram-se-Ihe
• as roupas e ö ponha deitado de
...
de tomate modo que o busto fique um
.

Camarões de Frícassé do coelho cosido, Cor-


Depois .
.poneo maís alto que o restá
Descasque os' camarões; sepa-: .
te pedaços e doure em man-
em do eorpo. Ponha compressas
r-ando as cabeças, que serão so- teiga. Faça um môlho de terna- 'de água Iria na cabeça e no
cadas e passadas em peneira Ii- te à pafte, substi.tQi,ndo a água peito. Fri·ccione os ;pés e a,
,Leve os camarõf,S, a(!) togo pOf vinho branco. peJ,'uas
"

na. •


I

/
,

-:- 38 -

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


J. ,�9.
�y::.�� .�E
, ..
Margaret Mitchell
CC1ntinuaç40 da
página 3
9 falecimento de Magaret
zem
vas e
sepultadas sob ·-as· -al'eias· rui-
inexoráveis. Sonhando por
.. . .. _
..

MitchelI, escritora norte-ame­ FARMAC:IA


entre os matizes mais surpreen­ ricana e autora do livro « E O ..

dentes do azul o azul transparen­


-
VENTO LEVlJU», será sentido
te das águas, o azul translúcido do
'por «mllhões de pessoas nos

N
céu, -
levou-nos através do "lendá­
Estados Unidos ê no exterior»
rio Mediterrâneo, ao longo de. cuja
ortlha mil portos se abrem para a
-
diz o jornal «New York Ti­
mercancia e para o amor. E até mes» em artigo de fundo.
mais longe o seguimos à imen­

E
-

sidão do Pacífico; e, vendo. surgir O articulista acrescenta que


lentamente do hortzonte as. conste­ olivro « RO VENTO LEVOU»
..•

lações crepitantes, com êle fomos foi a única novela escrita pela

1
ancorar diante das ilhas coroadas
falecida jornalista, de 43 anos,
-

de coqueiros, donde nos vêQ\, nas


asas mornas da brisa noturna, os
tornando-a «uma das maís que­
cheiros resinosos das fogueiras ri­ ridas admiradas persoua­
e
I
tuais e a cantiga embriagadora das gens dos Estados Unidos».
bailadeiras
O
dor,
morenas

largo mundo festivoe sofre­


encravado com as 'máscaras
...

em
Margaret Mitchen faleceu
meados de agosto último,
s
de têdas as raças. nas extensas so­ II
em resultado -dos ferimentos
O
.

lídões marinhas, está nos livros


simples e amáveis de Pierre Loti, que recebeu quando foi atro­
sób � forma artística de emoção pelada por um automóvel na
sensual: Peachtree Street. Atlanta,
.

no

,No Mundo de ...


Estado de
que
Geórgia, uma
figurou com destaque
rua
em N
sua novela.
da página 30
Continuação Seu romance histórico do'
bom programa. Na melhor das Sul da America, com 1.037 pé,­ 'Farmacêutico responsavel:
hipóteses é possível elaborar dois versando sôbre a guerra
II

cartazes por mês» Assim pen­ ginas, II


.

civil nos Estados Unidos, foi


sa o Intérprete de efi:scândalos
Romanos». Dois la'nçamen;tos
traduzido para 30 idiomas
Mais de 8 milhões de exem­
.. Nelson Di Bernardi
mensais é o. que Eddie Cantor
está fazendo para � National Bro­ plares do livro foram vendi­
dos em 40 nações, desde sua
adcasting Comps,ny, §õb o pa-.
trocínio da cerveja Pabact-Blue- publicação em 1936. Nos Es­
tados Unidos, a obra ainda
Ribbon.

"
.'

está sendo vendida à razão Drogas


de 50 mil exemplares por ,

CO )URSO PAR.t\· APURAR· ano. Somente a Bíblia a su­


.
QUÄL O MELHOR VINHO DU pera em número de exempla­
Nacionais
.
I
MUNDO_ I
.
�.
res dístríbuídos.
Um juri de apreciadores Inter- .
e
nacíonaís .ds vinhos reunír-se-á "
'.','
em 'Bordéus (França) em junho
proximo, para escolher o 'inefhor
vinho do mundo. O produtor do
o Guia Norts-Americano estrangeiras
vinho vencedor receberá como Um livro de extraordinária utilida­

premio' uma estatueta de. 'uma


menina em costume .reglonal de
.
de para qualquer pessôa que preten­
da viajar" pelôs Estados Unidos é
eThe Amerícan Guide .. (O Ouia Nor­
Perfumaria
.
I'

Bordeus. com cachos" de uvas ..


te-Americano); pois cobre todes os .

cravejados de diamantes,,:,) aos pontos de interesse,. no pais inteiro,


e indica onde se' deve ir e o que se II e
seus pés. deve vêr. T-rata-se de um volume de
I.

� .competíção será, no futuro, 1-.376 páginas, 46 das quaís são de


'I

reaUzada todos mapas rodoviários, de cidades, e de


cosméticos

0$. anos.
O sr. Gabriel Seynat. pr.esiden­ parques nacionais. Traz descrições ,

te do Comitê de áiJlinhos Bor- geográficas e hístôrícas, tem se­


e

ções dedicadas à arquitetura, à arte,


.

céus, anunciar a competição,


ao à literatura, à músíeà, e à indústria
declarou: O «Oscar» não. é um .
do pais.
desafio dos vinhos franceses aos Assim, não só é um guia histórico Santo Amaro -

Palhoça
dos outros países, Que o melhor como tambem econômico e, social,
.

�.

saia ao vencedor». alem de oferecer a descrição física


.dos Estados 'Unidos. De maneira que
Intorma-se que vários produtores
é utíl tanto para o turista como pa­
brasileiros eömparecerão ao cer­ ra o leitor em geral, como um livro
tame. instrutivo sôbre . os Estados Unidos.

--
39.

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


,- .

OS fARRAPOS ( .. ·

A M orte �a Arte
Continuação da página 29
Continuação
«autocrítica», tem lugar
da pdgina 17
S I'

I'

e amoroso dd
«condottíerl» a
II
Giuseppe Garíbaldí até as, suas preponderante, Recusar essas
fugas para
do Uruguai.
Banda Oriental
Anita
a
é a com­
diretrizes
tam a
que não se limi­
orientar,
-

obra ponto por


mas a deter­ I
minar a ponto
pan heira de tôdas as horas
é condenar-se a morrer.

L
-

do batalhador.
Um Iutelectual, embora com
A heroína-c- da América e
vocação para .mecãnlca, não a
dr), Eu'ropa é -

universal, não se pode transformar num me­


ruais é catarluense, nem so­
cânic-o. 'É tunctonalmente, um
rocabana.
mou,
cat-n-ín
em
euse
Cr-esceu, viveu,
Santa Caiarína.
pelo' tempo que

E' Intelectual, ou um parasíta
que deve ,desaparecer. II
V
Esta situação absurda, que '0
aqui viveu.

baídl
Mas, 'deixemos Anita Gari­
e seus datratores.
próprio intelectual criou, en­
cérrando-se êle próprio em
dogmatismos concorrentes que
A· II

Agora, outro vulto que, tam­ esfacelam o mundo, éde vida,


bém de vez em quando tem já o disse, à obcessão da hís­ a tesoura' modelo I'

sido alvo de controvérsias: tóría, de que artista também o

David t.auabarro ou como não se pode libertar. É natu­


.'

Jo­ ral que o artista sofra a pai­ de Florian6polis


queria o nosso pranteado
sé Boiteux: David José Mar­ xão do seu tempo e a tradu­
tins. za em belas formas; mas o
aquêle nosso querido
Dizia que não é natural é que êle .
R. Tíradentes, 24'
tome suas teorias politicas ou
cavouqueiro que o destemido seu sistema .de valores mo­
«farroupilha» era natural da rais por coisa de arte. E,\ tenho,
antiga freguesia de Nossa Se­ como todo o mundo, dlreíto
nho ra da Conceição da La-:
Il ha bela de San­
de ter crenças politicas ou
gôa, desta morais, e de as exprim-ir. Mas
ta Catarina. Mas, os nossos
a não é uma cátedra de
arte
pesquisadores, melhor,
genealoquístas ainda não
ou
dis­
os
doutrina; é até completamente Comprar na
o- contrário; as, ídéías que ela
seram a palavra Ilnal.
faz circular são tanto- mais
..

E, sua memória é pouco atuantes quanto mais ela con­ CASA


.benquista pelas populações, segue fazê-las esquecer. O ar­
ribeirinhos á Laguna de San­ tista criador não pensá quan­
to Antônio deis Anjos pelas do cria; cria simplesmente, e
com todo o seu ser, sua al­
A
tropelias ,que, por .aquelas
bandas, armou praticando nos ma, espírito e corpo. Está
idos de 1038, para além dos temas, da his­ M
epopéía farroupilha já
A tória, no' coração de uma per­ ,

manência humana que o acon­


mereceu um Congresso His­
tórico no Rio Grandedo Sul tecimento pode Ierír, mas que E
no ano do centenário de seu jamais aniquilará.
término.
0,
-'R
Arquivo Nacional
O Dum
atuações índívtduaís como a
gesto patriótico publicou
tíssimo material documentário
vas­ do CeI. Joaquim Xavier Ne­
ves que tem sido apreeíado
I
com preciosas notícias kio­ de maneira diferente por vá­
bibliográficas. Enfim, a luta rios autores de nossa terra. -Cr
pelo devassamento deste ca­ São êsses alguns farrapos
pitulo da Aistória Pátria tem' de idéias que nos vieram a
sido grandiosa, e, no entanto, mente, A
existem claros. .. ...
A íotoqrafla que ilustra o presente
Os Pontos obscuros nessa
epopéia não são poucos, -prín­
trabalho é do quadro «Anita Garlbal­
di e os farrapos», de autoria do
é comprar b,em
cípalmente, na parte catarí­ consagrado pintor catarlnense WiIlV \:
nense e .no que se refere a Zumblick.
,

40-
Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina
I
;

A
espera e abate todo pesquí- ser esta a grande oporiuuí­

I l'
... '
sador de regresso ao Brasil: dade. para, coordenando, os
CIE ,,� CIA -
a falta de amblente.. isto redor de César esforços, em
é, a falta de compreensão e Lattes fervoroso propaga­
.

____________

interêsse que o meio tem pe­ dor dessa idéia formarem' -

A Revista �O TEMPO. tem


lo trabalho de pesquisa um centro de pesquisas .Iisí­
..

como programa divulgar e dar Nesta situação" não dese­ cas e matemätícas.
.

apôio a todas as iniciativas jando renunelar ao ideal que Dirigiu-se esse gruno de .

brasileiras que' visam elevar pe­ com tanto saeríücío abraçou, cientistas ao Almte. Álvaro'
rante o mundo nossa cténcia e .

o ex-bolsista seute-se impe­ Alberto da' Motta Silva e ao


nossa cultura; o que somos e o

que podemos fazer. Assim é que lido, por- sua perseverança, Dr. Arthur Moses, que tlinto
.

prestigiando o «CENTRO BRA­ a continuar pesquisando em têm se destacado no meio.


SILEIRO OE PESQUISAS Fl­
SICAS •• fundado pelo cientista
qualquer lugar e sob quais­ cientifico brasileiro. bem co­
patricio CESAR LATTES; pô« á quer öoadições, É claro gue mo ao Ministro João Alberto

disposiçllo do mesmo, por inter- o pesquisador excepcional Uns de Barros e ao Dr. Pau­
lo 'de Assis Ribeiro, tendo
.

.
médio do Sr.. SEIXAS NETTO, consegue produzir nas een­
as suas página:;, díções mats adversas; porém em vista o entusiasmo com
No presente número publica­
mos firialidades do «CEN­
as
não. há, dúvida de que os re­ que tem encarado as inicia- "

TRO BRASILEIRO DE PES­ sultados obtidos não corres, '-tivas como essa. 'fados .eles
,

QUISAS 1;1SICAS� fornecidas pendem a sua capacidade po­ mostraram-se inteiramente de


especialmente porCESAR LAT­ tencial. É o que tem aconte­ acordo com a premente ne­
TES.
cido, via de regra, entre nõs, cessídade de se criar no Bra-
Como é do conhecimento
püblíco.o Brasil já possui um
bom grupo de pesquisadores
de elevado nlvel cientifico,
formado à custa de denodado
CENTRO BRASI LEI RO DE,
esfôrço pessoal. Muitos dês­
ses cientistas e técnicos ti-­ PESQUISAS FíSICAS
-veram opertuntdade de se a-
A Ciência no Brasil O trabal.ho do clent1sta Cesar Lattes
-'.
,

perfeiçoar no exterior, gra(lis "'7

a bolsas de estudo concedi­ Os obstáculos -


O que é o "Centro Brasileiro de Pesquisas.,Físl- ,

das, sobretudo, por organiza­ CQs" -


O programa do "Centro Brasileiro de �esqulsas F;ísicás'"
ções estrangeiras. I

Em' contacto com graudes


centros cientificos ampliaram
seus conhecimentos e, em resultando num trabalho de sil um centro de pesquisas:
bom número, se destacaram baixo rendimento. de graúde desde Ioga dando incondicio­
de tal sorte que receberam prejuizo pãra o pais, que não nal apoio a esta íäéía Ficou
aproveita eficientemente 088.- assim assentada a fundação
.
'

propostas vantajosas na Amé- -

rica e na Etiropà. Fato, earac- ber e a capacidade de seus do Centro' Brasíleíeo de' Pes .
...

"

elementos, mais valiosos. qülsas Físicas.


.

teristico do entusiasmo que '

têm. tido os bolsístas. pelo Para esta' situa­


remediar Oesar Lattes teve que vol­
progresso do nivel cíentíäco ção precária, a graúde mato­ tar aos Estados Unidos, afim
nacional é 'a recusa dessas ria dos cientistas brâsllelros. de finalizar as suas pesquisas
oportunidades e a volta à pá- principalmente dos que se tão brilhantemente iniciadas.
, � tria, onde esperam aplicar e dedíeam a pesqúisa fisica e Lá recebeu tambem várias pro- -
,

difundir conheelmentoe matemätíca, os dois ramos


que postas vantajosas para se li­
-

os

adquiriram.' ,
da ciência que menos ampa­ gar, à tnstítuíções americanas.
Aqui OR bolsistas -;- parti- ro têm recebido entre nós­ Mas, em .taee da altruístíca
-
cularmente os que S8 dedí. .
I vinham 'almejando criar um Idéia da, realização do Cen­ \

cam à Físíea e à Matemática, centro de estudos e pesquí­ tro Brasileiro de Pesquisas


-
encontram 'sérias dificul! sàs destinado a obter e pro­ Flsicas, não acertou nenhuma
dades na falta de aparelha.-· porcionar os meles materiais das propostas que lhe foram
mento -adeqnado, na falta de indispensáveis de que todos feitas. E. maís ainda: aprovei­
bibliotecas espeeíalízadaa e, 'necessitam.
>

tou sua permanência nos Es­


o pior, na falta. regtnie de Em fins de 1948, Cesar Lat­ tados Unidos para conseguir
tempo integral que pague um tes após sua transcendental apoio e colaboração dos cíen­
salário que lhes permita se descoberta do meson artlíí­ tistas e do próprio governo
dedicarem exclusivamente
.

.
a cial,_regresson ao Brasil afim norte-americano para Q Cen­
.
pesquisa .: de ser patrono da turma de tro Brasileiro de Pesquisas
Mas- estes obstáculos, que
.
químicos industriais da Esco­ �
Fisícas, entrando em' enten-
são grandes, tornam-se pe­ la Nacional dé Química, 'da dimentos com várias Univer­
queaes em fabe (lo mator de Uníversídade do Brasil. Sen ..
sidades particulares, com a
todos, ,
que invariavelmenfe I
tiram os cientistas braslleíros, Uatversídade da Califórnia e,

41

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


através doesta, com a Comis­
são de Energia Atomica, fi­ DOS FI-NS DA SOC.IEDADE
cando assentado que os cien­
tistas brasileiros encaminha­ Art. lO: «o Centro Brasileiro d) promover o intercâmbio
dos. pelo Centro às Universi­ de Pesquisas Físicas», com séde cnltural com· as universi-
dades Americanas. teriam, nes­ na Capital da República dos Es- dades e instituições cienti-
tados Unidos do Brasil, à Rua ficas nacionais e estrangel-
tas, livre acesso para a utili­ ,

zação d� material cientifico. .


Alvaro Alvim 21, 2'1' andar, é ras;
A Universidade' da Califór­ sociedade civil, de duração inde- e) artlcular-se com outras en-
nia através de um dos seus terminada, e terá como objetívo; tidades congêneres, nacio­
graudes físicos, o Prof. Er­ estudos
nals ou estrangelras, para a

nest Lawrence (premio No­


a) promover epesqui- realização das finalidad.es
sas fisicas e matemáticas, e
bel de física), otereceu-se.ge­ acima;
coordenar, sistematizar e
conceder bolsas de estudos
nerosamente para fazer os f)
'planos do cícloton que o Cen­
divulgar' ös conhecimentos ou de pesquisas, dentro e
pertinentes a êsses ramos
fóra do
tro pretende construir, bem país,
como auxiliar na
de ciência; O Centro foi registrado
fabricação como
-

do mesmo. b) criar e sociedade civil em 4' de feverei­


manter, isoladamen ...

Regressou então Cesar-Lat­ te ou por melo de ajustes -ro ge 1949, iniciando ßuas ativi­
tes definitivamente, tendo lhe e contratos' com entidades dades em séde provisória á Av.
sido oterecída uma cátedra oficiais ou particulares, cur- Presidente Vargas n. 40, em -,,2
na Universidade do 'Brasil. Já sos especializados, e PfO- de maio.
nesse periodo recebeu o Cen­ mover conferências cultu-
tro, apoio oficial de governo raís; *
brasileiro, através do Exmo. «A odísséla atlântica do
Sr. Presidente da República, c) patrocinar, promover � cus­
"seus ministros e do Prof. Pe­
tear estudos e pesquisas, Bareo Italía-Tríeste»
nos campos das ciências .

dro Calmou, .reítor da Univer-


. abstratas e das' experimen­ «A Odisseia Atllnticá do .

sídade do Brasil. barco ltaJia- Trieste» é um in­


tais, e nomeadamente no
.

Ao tratar-sé da organiza­ teressante relato à base do '«Diá-­


campo tadustríal, sem pre­
ção inicial do, Centro, pen­ rio de Bordo» do barco clTALIA·­
_

juizo dos objetivos fixados


seu-se primeiramente em-dar­ nas alíneas anteriores; TRIESTE,., que fez o percurso
lhe o carater de Fundação, Trieste, 'Qa Italla, ao Rio de Ja-
que seria a melhor maneírá neiro e daí às Repúblicas Plati-
" -

de se seguir os objetivos al­ nas.

mejados. Para tal, tornava-se O pequeno volume de Vlcen­


necessário um patrimonio e rir lucros, sendo seu único zo Sério retrata, fielmente, o que
como ainda não se possuía -'
intuito, e razão de ser de sua. foi o «raid- desses bravos mari­
este patrímonío, o Centro Bra­ exísteneía, o de 'auxiliar �. nheiros..
sileiro de Pesquísas Fisicas O barco <, Itália-Ttieste» de
promover o desenvolvimento
foi organizado em forma de das pesquisas cíentíücas no que íala o livro de Sério, passou
sociedade' civil.. Cumpre a-o
.

Brasil. Como se pode verífí- alguns dias no porto de Floria­


centuar que o Centro Brasí­ car pelos seus, estatutos, na nöpólís, antes de prosseguir via­
loiro de Pesquisas Físicas forma do Art., I', que trans- gern para Buenos Ayres, na Re-
não possui objetívo de aute- crevemos abaixo. 'pública Ar-gentina. .

,Colchoaria DUARTE
Móveis e Colchões

Móveis de�todos os tipos, em desenhos modernes,


dé primoroso acabamento, pelos menores
"MASCO'JCE"
-

preços da praça.
o a.lfaiate- que veste os artistas
Colchões de capim, crina vegetal e animal de fJorianópofis
COLCHOARIA DUARTE \

Rua Curítibanos, 33
.

I
-

José Duarte
.
DE

de. Amorim
.

-
I
FLORIANÓ�OLIS fI
J'

I' Rua-l:;o- Pinto, 34 -

��-----� • " �·_·_"'._'._,,,_*_,,'M!SO_n'!.'M.t'.àMMn_tFt�!D�"' 'CI_.n • ____

.."..
,42

Acervo:
.,
Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina
d�

A. Horácio Flacco.
RELEMBRANDO
Eptstola aos Písões, Traduzida
em Portuguez, e

Uma página de colecionadores_ de livros ilustrada com escolhidas notas


dos antigos e modernos intér­
pretes, e com hum Comentá­
o escritor lusitano Albino Forjaz de Sampaio, em seu livro Ho critico sobre os preceitos
cJlomens de Letras», tem uma página muito interessante
-

poéticos, lições várias,


eLei1õe21 de livros. -

da
qual se transcreve abaixo um
e

su.estivo parágrafó inteligência dos Iugares difi­


CUlt080S:
«Eu gosto de folhear velhos catálogos e eomprázo-me
por
imaginar leilões que passaram, de que já ninguem se lem­
_

em
José da Fonseca
bra e que todavia ficaram na história da bíblíogralía. Pois Ped�o
não é curioso a gente ímagtnar o leilão do velho Inocêncio. **

Pensar em quem seriam os desse tempo que disputaram ao Lisboa,


«arrematado» do pregoeíro as preciosidades do bilioso sá­ Na {)fficina de Simão Thaddeo
bio? Imaginar o júbilo do Merelo, ínímlgo e concorrente do
I

Ferreíra
dicionarista e saber 'que escritores, que livreiros, que am­
'
biciosos apaixonados se degladiaram a botes de tostão des- Anno M. PCC. XC.
ses tempos felizes? Uns, como Palha, queriam os Iivros pa­
Com licença da Real Meza da
ra estudo, outros, como o Rodrigues, do .Pote das Almas> Comissão Geral sobre o Exame,
ou do «Frade», para a vendá. Mas o Merelo, esse queria os
e Censura dos Livros
livros para os sonegar de todo o convívío. Nem ar, nem luz,
nada de vistas profanas, nada de <deboches» de Iettura, nada Esta é a Iolha de rosto do fa­
de exibições doentias ou. sãs .: O livro nas mãos de Pereira moso livro de Horácio, edição
Marejo ia- para eaíxotes, arcas e .saeos. E tudo isso ia para bilingue. latim português -

toda ii parte, que mesmo debaixo' da cama se aninhavam


No verso da mesma folha:
clássicos e romãntíoos, folhetos einfolios.»
A tt 'l�ão, Grão Flacco, após ti
andem meus olhos .

Intima relação entre


• <From Cave Painting to Comio te, a o

desenvolvimento dos meios de Ferreira, Poem, Lusit. Cart. 18


Strip» (Dos Desenhos Primitivos
às Histórias em Quadrinhos), por éomunlcação e o desenvolvimen­ Foi taxado este Livro em pepet
Lancelot Hogben, é um livro' ex­ to da civilização. a quinhentos reis. Meza 2 äe Se­
tremamente interessante, que a *
* '"
tembro de 1790
Chanticleer Press, de Nova- York,
Com Ires Rubricas
acaba de publicar.' É uma histó­ • Um livro que é certo não se
ria dos meios de comunicação tornar um =best-seller» é o «Se­ Impresso na velha escola ti­
entre os homens e descreve os mantic Count of the 570 Com­ pográfica lusa, em papel fi­
monest Words» (Contagem Se­ níssímo ioda quando o s me­
principais desenvolvimentos nes­
diano das palavras tinha a
'se.setôr, desde quando o homem mântica das 570 Palavras Mais
forma de f. Livro raro. .de
primitivo desenhava nas paredes Comuns). por Irving Lorge, Pro-
das cavernas. O Sr. Hogben faz .
fessor de Psicologia da Univer­ grande erudição, é uma ra­
desse estudo de 27.000 anos de sidade de Colúmbia. Esse livro, r-iaade bibliográfica
história um livro fora do comum que acaba de publicado, é
ser
*
onde explica o desenvolvimento uma análise palavras mais
das * •

dos -híerogtííos, dos alfabetos, da comuns da lingua inglesa, e é


imprensa, da íotogratla, e tíe ou­ uma sequência dos estudos 80- passo Como é do conhecimento
tras artes referentes aos meios bre a frequência do emprego de de muitas pessoas, cada um; das
de comunicação. Mostra como palavras, de autoria dos Profes- _
palavras mais comuns da lingua
certas técnicas tiveram grandes sores Thorndike e Lorge. Eles inglesa possue inúmeros signifi­
consequências soetlis; por exem­ haviam publicado anteriormente cados; a palavra «run por e­ .. ,

plo, as nações que adoraram um uma lista das 20.000 palavras xemplo, tem 800 significados di­
alfabeto fon-ético, simples, foram inglesas mais comuns, na ordern ferentes. O Professor Lorge ca­
\

talogou todos, eles, de cada pala­


.

capazes de progresso mais rápi­ da frequnêcia em que são em-


do do que outras, que se vlram essa baseada num
pregadas, lista vra, trazendo assim uma expres­
retardadas por um sistema com- .

cuidadoso exame de textos de siva contribuíção ao estudo­


toda a natureza, num total de e consequentemente ao ensino e
plexo de escrita, por meio de
ideogramas. O autor tambem de­ milhões de palavras. Mas. esse à aprendizagem -:- da Iingua in­
monstra, de maneira convincen- livro mais recente avança outro glêsa.
-

43 -

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


o Tempo na .
,

por -Allan Leeds.

"'.,\

Noticiário
BEnE DAVIS está negociando
a compra de alguns acres de
terras na praia do lago Tahoe,
num des mais belos pontos, pa­
ra cenas de filmes, na America.
Ela caiu de amores pelo local
.

durante a filmagem de algumas'


cenas para o filme da Warner
Bros., Filha de Satanars (Bey-
(t
-

ond The Forest).



TTm inacreditavel incidente o-
correu no Departamento de "ma­
ke-up" da Warner no dia em
'

que Doris Day entrou para a-


<'
prontar-se para es seus primei­
ros días de trabalho do filme
"Young man With a Horn". Ela
olhou o "rnake-up man" díreta­
mente nos olhos e disse-lhe que,
não tentasse fazê-Ia bonlta, -que
ela não gostaria. B foi exatamen­
te o que o homem fez depois de
consultar o estudio sobre o caso;
e desde então, êle aprendeu que
Miss Day, jamais submeteu-se
ao "make-up" .

-

«lhe Glas8 Managerie,., co-
meçarä a rodar brevemente. Jã
foram iniciadas as construções
.

dos "sets" sob' a díreção do


Diretor de arte, Robert Haas, que
tambem trabalhou no mesmo sen­
tido para ülmes como "Belinda",
(johnny Belinda), "lnspetor Geral"
(The Inspector General), «Meus
Sonhos te Pertencem" (My Dre­
am Is Yours) e «Always Leave
.

";-"
Them Laughíng>. «The mass
Bette Davis, a gra�de atriz dramática da Waroer
Maoagerie» terá Jane Wymah,
Kirk Douglas e Oertrude Lawren- '
,-

ce sob a díreção de Irving Rapper


«fÚRIA, SANOUlNÁR,IA·»
.
.
.

FRANCIS
.

para a Warner-Bros. P�ijRLET,.foi con ..

está alcançando tre­


(White Heart)
• tratado pela, Norma Productions mendo sucesso em Londres, no
Está decidido definitivamente, Para o Importante papel de ma­ Warner Theatr!fa.assim tomo em
rido deAlice Machrahon em
que Richard Todd estrelará em outros graudes mercados como
.

«Líghting .

Strikes
Twicé», um -The Hawk ABd The Arrow», L.iverpool, Leeds, Bradíord, etc ..

drama de suspense baseado na que será distribuldo pela 'War .. ceFliria Sanguinária>� tem em seus
novela de Margaret Echard, King ner Bros
\
,

dois principais papeis; Virginia


Vidor dirigirá esta produção' de
lO grande melodrama ..

romântico' será filinado em tec­


Mayo e o notavel James Cagney
Henry Blanke, logo que Richard A direção é de Raoul Walsh.
-

chegue agora no principia do


nicolor e estrelado por Burt Lao­ Foi produzido por' Lou Edelman
ano. easter. para a W&rner. Bros.

44

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


Curlostdades do filme
«Vontade lndômita-

• <beet-seller» de Ayn
O
Rand, «The Fountaínhead»

cujo titulo em português é


«Vontade lndômíta», e que a
Wörner, Bros. transtertu para
a téla com Gary Cooper e
Patricia Neal, foi publicado
24 vêzes ( 24 edições) em 12
idiomas diferentes.
• 300 desenhos de arquí­
tetura foram preparados para
C'Vontade Indômíta» ...

• Patricia Neal usa 28 ves­


tidos. em tôdo o filme, dese­
nhados por. Milo Andersen ..

• George Holburn, famoso


escultor, foi contratado para
criar uma estátua grega a
qual aparece proeminente-.
.

mente num-a dás sequências


do filme ...

«Vontade Indômita» mar­


• .
.

ca 30° aniversário de Ray-


o
mond Massay como atôr ...

• Ayn Rand trabalhou du­


.rante ...seis meses no escritó­
rio de .um grande arquiteto
de New .York, para conseguir
detalhes e cör para 8 sua no­
vela c Vontade Indomlta» (The o

Fountainhead)...
• O iamoso advogado. dos
.Estadoa Unidos, Eugene D
Williams, foi o aupervfsor têc­
nico da cena dó [ulgamen-
.;
to...
• Na sequência 'do julga-
,

meato «Voatade.Iudõmlta­
em

Gary Cooper tem 942 palavras


de­
.para dizer em-sua prépría
fesa. Um dos principais ouvin-
o
tes é Patricia Neal que inter­
preta Dominique, seu grande
amor famosa história de
na

Ayn Rand trazida.a tela pela ,

Warner Bros, e di.rigida por'


King Vidor.
1._tlll_lfOciiiiiBIetll_11 ... _11 ..... _

Em cima: Eleanor Parker, ío­


tografada no jardim de sua resí­
dência, quando passeava com
sua filhinha. Eleanor vem aí ao
lado de Humphrey Bogart em ..

cChain Lightning .. .da Warner


13ros.' o,
.
o

Em baixo: Rita Hayworth,


atual Princesa Ali Khan.

45 -

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


•...

.
JAMtS eA6NEY sen,;iú náu­
seas sabCßldg q'JC deveria matar
sua pnfj,pria esposa. em «White
Heat .. IlIlIll,e.
,
no caso. é a bela
Virg+na Mayo (l'ata\lbem pudera).
E por ísse, o fii,Jme terá apenas
treze assassinatos ao inves de
'quatorz�. (�AGNEY sugeriu que
sua esposa "osse capturada pela
policia pelo seu assasslnio co­
metido no filme' em vez de ele
ter qae matá-Ia Alem disso. ex­
plicou o especialista gangster de
cinema, atualmente, sente-se sem

desejo de matar mulheres espe­


cialrnente tão bela quanto Vírg].
na Mayt). "EG, acrescentou, "não
.creio que meus Ians gostem de
me ver como matador de mu­
lheres».

*
JOHN MACKEE, um ex-piloto de
bombardeiro. heroe da ll Grande
..
f·\.
Guerra Mundial, continua su-a
carreira heróica, agora. nos stu­
dios da Warner Bros, tomando
parte do filme «Horizonte em
Chamas- (Task Force) estrelado
por Gary Cooper e mais Wayne '

Morris e Walter Brennan.


Mackee, era tenente-coronel
quando deixou as Fôrcas Aéreas
dös EE. UU, depois de seis
anos de serviço e com mais de
50 missões de bombardeio.' Êle
foi ferido-quando o "bombardei­
ro" que pilotava foi derrubado
na França ocupada pelos ate­
20
.

"
mães em de dezembro de
1942, mas. conseguiu fugir, com
grande parte da tripulação, de
Bio,grafia de Virgini'a. Mayo Paris para a
Hesp�nha, Gíbral­
trar Inglaterra.' Nesse tempo
e

ein ele' fazia "parte do Grupo de


VirginIa Mayo nasceu Girl from Jones Beach), o
São Luíz, Estado de Missouri, filme que seguiu' «Armadi­
-
Bombardeiros 306. John Mackee
no dia 30 de novembro Aos ... lha Fatal» e o drama «A ,Mas­ nasceu na Philadelphia, e tem
8 anos de idade decidiu ser cara da Traíção», tôdos co­ parte semelhante com Dana An­
atriz é aos 14 a encontramos mo estrêla e tôdos para a drews.
como díselpula na Academia Warner. Seu nome verdadei­
de Arte de propriedade de ro é Virginia Jenes.
sua tia, senhora Virginia Jo­ tambem amante da leitura,
Seu passatempo lavorito é
nes.
ir ao cinema. Está porém se a oonvtdam pata
cassda
com Michael O'Shea que
ver uma película deixa qual-
Depois qe. algum tempo de .

quer festa para ir ao cine-


também
/

experiência em palcos, e de é astro cinematográ ..

ma. .....
como atriz
.numerosos triunfos fico. Ambos comem bem, po­ .-
\�.....

de variedades nos clubes da rém observam certas regras A


próxima película. de Vir ..

Broadway, Virginia fêz a sua .


pará não perder à j·ioha. Ama gínía Mayo será musícal, e a
estréia" eínema, onde tra­
no a arte Indígena e seu marido perspectiva que a Warner
balhou em várias películas possui uma bela coleção de .
tem para ela lhe dará pleni­
antes de entrar para a War­ tapetes feitos Pelos lindios e tude de oportunidade para
ner Br08 ... Foi contratada pa­ são considerados os mais Iín­ brilhar como uma das mals
ra fazer o papel principal em dos de Hollywood,. I reluzentes estrêlas de agora
,«A VENUS'DA' PRAIA .. (The Ela gosta de dançar e é em diante.

,46
Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina
1m HOfia.nópplis I I I

VIRIATO C@RM,À

Eu tenho com Procöpío Ferreira um ponto de ligação que, sem HOTElS


que percebamos, tem servido para dissipar aborrecimentos que entro ' ,
,

nós ßois tenha surgido pelo caminho da vida. -:_

Esse ponto de Idgação é a "Jurití ". Eu. nunca rnaís J't 'esqueci
de que o grande êxito de minha peça foi, na
m:l'i�f parte, obra-do ful�
gor surpreendente que Procópío imprimiu' ao papél que encarnou. Pro"
cöpío nunca mais se esqueceu de que foí, a partir de "Juri:tf"� que
espalmou as asas do seu gênio cénico para o large vôo do seu- re-.
-.:..
nome atual,
As glõrías areístícas do .nosso maior ator. atual,: sem que . eu dê"
PQr isso, tocam ii. minha ternura, Eu, que lhe assístí os p:rimei.:'l)s
passos incertos, sinto uma alegria imensa em ver as. suas
ascenções
fu�uranteS. ,

Isto, senhores; vem a propösíto de certo convite que PL'oc6f;:0,


nestes últim'os' dias, recebeu de Louis Jouvet, conhecem-no'? 'Já (JS'

[ornais '" publicaram .Mas' vale' a pena peJjetir a publícação :


. ,:, _

"Je réve, depuís que Je vous vai vu.dans MoUér,e, que vous CDn­

sentíez à [ouer avec moi Ie röle" de Sgànare�o dàns ':D.' Juan",' C':est
une des piéces de Moliére ,à Iaquelle je senge depuís vien �ngtemps.

Je ne vois pas d'autre acteur que puisse I'ínterpreter míeux que vous, ,

aujourd'hui. Vous êtes ,un troo grand oomédíen.; Ilfaut qu'eu.Ie sache '
.
.. "
.:'
d vaus avez besoin :qu'on, vous Ie díse".
Dízía Paulo Barrem que, de três em três, dias, os homens de vida
intelectual no Brasil tinham necessidade 'de r·eflÍzer o ;nome.·' Isso
memória;" de :yipt� qlia-
porque, neste país, ninguém tem em meiiõ-!, e

tro horas todo 'O mundo esquece o Jiahor e 'o ,britlho dos (Jjt!re"lrabalham
.', .} _.:. ,

mentalmente:" , ." ,.

, "

Não é 8Ó mem6ria que falta ao b<rasil��iI'o� Ralta-Ihe, principal­


mente, conf'íança naquilo que lhe pertence. S6 lhe' merece respeito D ,

"

que é de röra, Gonçakves -Días, no século passado, só: teve a' láurea
do maior poeta nacional depois que .Alexandre Herculano proclamou o
seu .gênio poético, Foi o estrangeiro que nos revelou Osvaldo Cruz.

Víla-Lobos s6 começou a ser olhado depois que a Europa e os Estados

Higiene,
-

Unidos' começaram a festejá-lo.


O cetro de prímeíro ator brasíleiro, que há vários anos o pu­
blico colocou nas mãos de Procöpio, para muita gente é ainda, coisa
duvidosa. Para as críasuras de nar.iz tOl·ß.�do o nosso grande ator näo
,�
-Conforto ,
passa de tim palhaço.
Nestaterra, num grupínho, está se proeessaodo um conceito
que põe gente surpreendida diante do' absurdó
a 'o conceito de -
Cosinha de
que o riso é coisa in:tlCiI'ior O teatro tem que ser o drama duro, arre­
_

piante, patotögíco. Ulna, cena que pr.OVOC"8. hilaridade na ;platéia é


logo classificada de "chanchada". A vida humana s6 deve ter. aspectos
Primeira.
negros. O pa�(lo deve' ser úm vasto sanatörlo, 'Onde se agita;n tarades
e gente' triste ou uma câmara mortuária onde impere a desgraça. A,

obrigação máxima do ator e do autor é torturar o púl;>ldco com conce-:


tos mais pegado� montenhas aeranoar lágrimas den'
tísta
ou

dentes. A peça que não trver essas oaracterístieas não


arranca
como um

Direçao de
tem o flue eles chamam "substãncía", ou mais frequentemente "con­
téudo humano" e deve ser relegada para o r61 das inreriorírlade. O
�Jso fOI banido para os circos. O ator que faz rir 'não é atol' é palhaço.
'HUGO PESSI
A natureza deu a Procópío a mais ,riCla, e a maís bela flama de
comicidade que um ator pode ter. E é, realmente, ineoncehivel ex-

Continua na pdgina 28

I
-
47

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


<, 1/ r�
�:j�
.
,",.'"...,.

'FA1JA -r-;
A. REDACÃO"
'�-"'�-":,..::_",.::,' ,

Se de
comentar, para os nesses leitore$,·.o panorama-
tivéssemos ::-:-.�
_
-1
mundial hás seus mo ls diversos setores;: teríamos, forçosamente, que tomar '

\
partido .1-0' lado de uma das' duas grandes correntes, de opinião. Ou seríamos'
...._ \
-

.'

russöüíos, desonestos, pois; com:�o: nosso pensamento, o,U seríamos-ameri-


canístas não-levando, então; errrconslderação a -liberdadé de pensamento a"

as idéias de Particularmente, -somos admiradores dos oci­


nossos leitores.
dentais, isto é, da democracia ocidental. Admiramos 9 dito capitalismo dos
Estados Unidos, da, Inglaterra, do Brasil e, consequentemente, a liberdade.
esta liberdade mesma que 11,05 permite ,;fui1dar OlEM'PO -sern maiores tro­
peços e-que-nos permite também dizer '0 que estamos dizendo, Someis pelá


./ J
• ,/ -

liberdade ampla. Esta Iiberdãde 'que gozamos não é ainda o ideal;. mas, co-:
mo o ideal, intrinsecamente, não existe" esta liberdade está ótima. Muito in­

teressante seria compará-la com', outras liberdades ...

*.::, ' ,

Mas vamos conversar um �ouquiri7_ho com nossos leitores:


estaremos com um grande aparelhamento de
Não demora nuiito e

pesquisas físicas, no Brasil. Obra; esforço. trabalho de um grupo de patrícios,


chefiados por Cesar Lattes, nó intuito de aplicar os -conhecimentos nuclea­


res e atômleos ao' progresso e à paz, Tentarão os cientístas, br-:asileiro} .a­

plicar a energia atêrnica às indústrias Devemos apoiá-los.


ti
...

,-,

Mais algum tempo passado e teremos refinarias de Petróleo em di


-

versos' pontos do País �


c • _

.-
"

utilizados- em
,I Dentro
droelétricos de que dispõe o Brasil.
em breve .serão maior escala. os: fatores hí-

'Tudo isto, caro -leitor, é obra de- Brasileiros, mas não faltará quem,
depois, ,p�r despeito ou má vontade, venha djzer queé produto de nossa
"venda" a Wall Street, Isto de Wall Street é guerra' psicolõgica. Nada mais.
Nesse caso os dois "tearns" Oriente. e Ocidente estão vendidos' para o �

Kremlin e .para Washington e Londres. Logo: O x O" o páreo; tudo não pas­
sa de conversa
.
.').ff.
fiada. Como
.
o bom caboclo dizemos:
-

.' -

'.,
"o'i cORve�l%jatamo
.�
"
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interado .
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48 -

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


M'o,tl�s Cliper, '

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FEMININO DO,..
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ESTADO, \ .

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último moda
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_) A primeira a'lançar a

Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


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Acervo: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina

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