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As Testemunhas de Jeová e suas doutrinas.................................................................................................................

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................................................................03
- Resumo Histórico ....................................................................................................................................................................03
- Russel nos Tribunais...............................................................................................................................................................04

AS HERESIAS DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ...............................................................................................................05


- Negam a Divindade de Jesus................................................................................................................................................05
- Negam a Trindade....................................................................................................................................................................12
- Negam a Espírito Santo.........................................................................................................................................................17
- Afirmam que Jesus já Voltou...............................................................................................................................................20
- Negam a Ressurreição de Cristo........................................................................................................................................23
- Possuem uma Idéia Falsa Sobre o Resgate...................................................................................................................24
- Proíbem a Transfusão de Sangue.....................................................................................................................................25
- Dizem que só os 144 Mil Vão para o Céu.......................................................................................................................28
- Negam a Vida Após a Morte.................................................................................................................................................35
- Negam a Existência do Inferno...........................................................................................................................................37
- Afirmam que os Anjos têm Vida Sexual..........................................................................................................................39
- As Literaturas da Organização ..........................................................................................................................................40
- São Rebeldes às Autoridades..............................................................................................................................................41

CONCLUSÃO..................................................................................................................................................................................42

AUTORES........................................................................................................................................................................................43

BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................................................................................43

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INTRODUÇÃO

É Necessário Fazer a Vontade de Jeová


Assim diz o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová:
“Importante conhecer as verdades da Bíblia. Contudo, este
conhecimento não vale nada, se você não adorar a Deus em
verdade. (Jo 4.24). O que conta é praticar a verdade e fazer a
vontade de Deus. A fé sem obras está morta, diz a Bíblia (Tg
2.26). Para agradar a Deus, portanto, sua religião não só
precisa estar em pleno acordo com a Bíblia, mas também
precisa ser aplicada em todas as atividades da vida. Portanto,
se souber que está fazendo algo que Deus diz ser errado, estará
disposto a mudar? Há grandes bênçãos em reserva para você, se fizer à vontade de Deus. Tirará
proveito até mesmo já agora. A prática da religião verdadeira fará de você uma pessoa melhor -
homem, marido ou pai melhor, mulher, esposa ou mãe melhor, ou filho (a) melhor. Desenvolverá
em você qualidades piedosas, que farão com que você se destaque no meio dos outros por fazer
aquilo que é direito. Além disso, porém, significará que estará em condições de receber as
bênçãos da vida eterna em felicidade e perfeita saúde na nova terra... Não há dúvida sobre isso
– a religião a que você pertence faz diferença!”. (Extraído do livro - Poderá Viver Para Sempre
no Paraíso na Terra, Edição de 1989, STV, pág.33).

RESUMO HISTÓRICO
Charles Taze Russel, fundador da facção Jeovista, nasceu em 16/02/1852. Ainda que Russel
nunca fosse ordenado ministro, elegeu-se pastor e usou esse título pelo resto de sua vida. Organizou
a Sociedade Bíblica Torre de Vigia em 1879. O nome “Testemunha de
Jeová” (daqui p/ frente TJ) foi usado pela primeira vez pelos membros
dessa sociedade em 1931. Conjectura-se que Russel tenha sido um homem
de maus procedimentos. Casou-se em 1879 e várias vezes compareceram
aos tribunais, inclusive por ações movidas pela esposa. Ela não suportou os
maus tratos e o abandonou em 1897 e dele divorciou-se em 1913. Outra
coisa repulsiva era a sua prática de induzir moribundos a doar bens à sua
organização. Viu-se muitas vezes envolvido com a justiça por motivos e

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escândalos financeiros.

A fim de tornar aceitáveis seus falsos ensinos as TJs fizeram sua própria tradução da Bíblia
que se chama: “Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas – TNM”. As TJs alegam que a
sua tradução é superior as demais, mas os peritos na língua grega reconhecem que essa tradução é
inferior e tendenciosa. Foi modificada, com o intuito de legitimarem seus falsos ensinos.

Russel nos tribunais e sua falta de conhecimento do grego


Em 1912, o reverendo J. J. Ross, pastor da Igreja Batista de James Stret, em Hamilton, Ontario,
no Canadá, publicou um panfleto intitulado “Alguns fatos sobre Russel”. Quando o pr. Russel
processou o pr. Ross, o tribunal decidiu a favor do pr. Ross. Nesse processo os autos do tribunal
mostram que Russel dizia conhecer o grego quando na realidade não o conhecia. Segue abaixo a
transcrição dos autos:

Pergunta: (Advogado Stauton) – “O senhor conhece o alfabeto grego?”.


Resposta: (Russel) – “Oh, sim”.
Pergunta: (Advogado Stauton) – “o senhor poderia me dizer o nome dessas letras se
as visse”.
Resposta: (Russel) – “Algumas delas; talvez me enganasse com algumas”.
Pergunta: (advogado) – “Poderia me dizer o nome das que estão no alto da p|gina
447, que tenho nas mãos?”.
Resposta: (Russel) – “Bem não sei se seria capaz”.
Pergunta: (advogado) – “O senhor não conhece essas letras; veja se as conhece”.
Resposta: (Russel) – “Meu caminho...” (Russel foi interrompido nesse ponto e não lhe
permitiram explicar).
Pergunta: (Advogado) – “O senhor conhece bem a língua grega?”.
Resposta: (Russel) – “Não”.

O incidente acima descrito não teria significado nenhum se não fosse o fato de muitas TJ
seguirem as táticas do pastor Russel, declarando-se mestre do grego quando não o são.

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AS HERESIAS DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

NEGAM A DIVINDADE DE JESUS CRISTO

Dizem ser Jesus Cristo o Primogênito de Jeová (sua


primeira criação). É seu Unigênito (o único criado diretamente
por ele). Sendo "Filho de Deus" é submisso e inferior ao Pai.
Recebeu o nome de Miguel e o título de Arcanjo (= anjo
principal). É "um deus", assim como Satanás, no sentido de ser
poderoso. É "Deus Poderoso", mas nunca "Deus Todo-
poderoso" como Jeová. Morreu numa "estaca" (não numa cruz).
Ressuscitou em espírito (não fisicamente). "Voltou"
invisivelmente em 1914. Somente as TJs o viram com os "olhos
do entendimento". Através do Corpo Governante, ele exerce sua
chefia sobre a organização.

Avaliação bíblica

A Cristologia das TJs é uma ressurreição do arianismo, que surgiu com Ário (256-336), um
sacerdote do século IV, da cidade de Alexandria, no Egito. Ário afirmou que Jesus Cristo era uma
criatura, baseando principalmente em Provérbios 8.22 e I Coríntios 1.24. O primeiro é uma poesia,
onde a sabedoria diz ter sido "criada" por Deus. O segundo diz que Jesus Cristo é a sabedoria de Deus.
Assim, concluiu Ário, se Jesus é a sabedoria de Deus, então ele foi criado. O problema de Ário foi o
seguinte: ele utilizava uma tradução do que hoje conhecemos como Antigo Testamento, escrito
originalmente em hebraico, para o idioma grego.

O texto hebraico traz em Provérbios 8.22 o verbo qanáni (possuir). Contudo, o texto grego
adotado por Ário verteu qanáni por bará, que significa "criar". Quando S. Jerônimo fez a Vulgata,
tradução do hebraico para o latim, traduziu corretamente qanáni por possédit me (possuiu-me). A
pergunta que se levanta é: qual é o termo correto – criar ou possuir? A resposta é óbvia: possuir.
Basta um pouco de raciocínio para perceber isso. Veja: Deus é eterno, de eternidade a eternidade.
Como ele é imutável, o que ele é hoje, sempre foi e sempre será. Assim, não há variação em Deus.
Então, se Deus é poderoso, ele é poderoso de eternidade a eternidade. Nunca houve um momento em
ele não tenha possuído poder. Ele não poderia ter criado seu poder, pois isso significaria que um dia
ele não o teve. Ora, o mesmo se dá com a sabedoria de Deus. Se dissermos que Deus criou sua
sabedoria, chegaremos à conclusão que um dia Deus não teve sabedoria. Daí vem à pergunta: com
que grau de inteligência Deus percebeu que não tinha sabedoria e que precisaria criá-la? Assim,

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diante dessa conclusão ilógica, afirmamos à luz da Bíblia: Deus é sábio de eternidade a eternidade.
Seus atributos são tão eternos quanto ele, pois Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Diante
disso, a leitura correta de Provérbios 8.22 deve ser: "O SENHOR me possuía no início de sua obra,
antes de suas obras mais antigas". Para concluir, é preciso dizer que não se pode afirmar
categoricamente que o texto de Provérbio 8.22 faça referência a Jesus Cristo. O texto simplesmente
apresenta a sabedoria de Deus num estilo poético e, em poesia, tudo pode acontecer: a sabedoria
grita, ama, trabalha etc. Seja como for, Provérbios 8.22 não pode ser usado para afirmar que Jesus é
uma criatura. Ao contrário, a Bíblia o apresenta como Criador de todas as coisas (João 1.3;
Colossenses 1.16,17; Hebreus 1.10 com 3.4).

Jesus seria o Arcanjo Miguel?

Se Miguel fosse dar ouvidos as seitas estaria mergulhado numa profunda crise de identidade. Os
Mórmons afirmam que ele é Adão, os Adventistas que é Jesus e as TJs mudaram a identidade do
Arcanjo por três vezes, sendo que a última identifica Miguel com o Filho de Deus.

Jesus e Miguel não são as mesmas pessoas por duas razões:

Enquanto que em Daniel 10.13 Miguel é chamado de "um dos mais destacados príncipes"
(TNM), o que nos leva a concluir que ele não é o principal, o primaz, em Colossenses 1.18 se diz que
Jesus tem a primazia.

Mateus 4.10, 11 e Marcos 1.25-27 apresentam Jesus Cristo repreendendo Satanás; mas em
Judas 9 está escrito que Miguel não se atreveu a censurá-lo, ao invés, entregou para Deus tal
responsabilidade. Jesus tem, portanto, diferente de Miguel, a autoridade absoluta sobre Satã.

Jesus é apenas um ser criado?

Já que Deus disse em Isaías 43.10 que antes dele Deus nenhum se formou e que depois dele,
Deus nenhum haverá, fica evidente que existe somente um Deus. Tudo o que for, além disso, é uma
falsa deidade. Assim, Jesus não poderia ser um deus à parte. Além do mais, se Jeová fosse o Deus e
Jesus "um deus" (como verte a TNM o texto de João 1.1), então teríamos dois deuses: um maior
(Jeová) e o outro menor (Jesus). Ora, a crença em mais de um deus constitui-se em politeísmo, o que
é um grave pecado contra Deus.

Esclarecendo algumas dúvidas

Alguns grupos, como as TJs, se perdem na terminologia das Escrituras, dando significados
errôneos a certos termos aplicados a Jesus Cristo, como por exemplo: primogênito, unigênito,
princípio da criação e Filho de Deus. Tal equívoco se dá devido ao fato de desconhecerem regras de
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uma boa hermenêutica (interpretação) bíblica, e assim, separam esses termos de seu contexto
imediato ou local e o geral, bem como histórico e gramatical. Querem, com isso, afirmar aquilo que
originalmente não significavam no texto bíblico.

Eis alguns exemplos:

1. Primogênito (Colossenses 1.15) — Longe de significar nesse texto "primeiro criado" ou "o
primeiro de uma série", o termo "primogênito" é um título que indica preeminência ou primazia,
apontando assim para a soberania de Cristo sobre a criação, pois segundo os versículos seguintes, ele
criou todas as coisas; não podendo ser, portanto, uma criatura (veja 2.1.3. – letra c). Outro ponto
importante é que esse texto de Colossenses é uma aplicação do Salmo 89.27, que é messiânico.
Originalmente foi aplicado ao rei Davi, que era o caçula de sua família (Salmo 89.20). No entanto,
segundo esse salmo, Deus o colocaria como "primogênito", e explica o porquê: "O mais excelso dos reis
da terra", que equivale ao título "rei dos reis" (Apocalipse 17.14). Que a idéia de soberania está
implícita, basta conferir 1º Samuel 10.1, onde Samuel diz a Davi que Deus o ungiu para ser o líder ou
chefe de Israel. Assim, o termo primogênito fala da posição soberana de Cristo sobre tudo e todos, e
não que ele seja o primeiro de uma série.

2. Unigênito (João 3.16) — Este título fala da singularidade de Jesus Cristo, o eterno Filho de
Deus. Ele é único, não há ninguém semelhante a ele (Judas 4). Essa palavra é composta por mono
(único) + genus (tipo, espécie). A ênfase, portanto, está na primeira parte: único, o que implica na
idéia de singularidade, tal como acontece com Hebreus 11.17. Neste texto, Isaque é chamado de
unigênito de Abraão. Ora, sabemos que Abraão não tinha apenas a Isaque como filho, não podendo
ser ele, a rigor, o único filho. Aliás, Ismael era o primogênito. Isso mostra, portanto, que o termo
"unigênito" abarca outros significados. Em que sentido, então, Isaque era o unigênito? Porque ele era
o único e singular filho de Abraão. A idéia de um relacionamento íntimo e diferencial entre pai e filho
está implícita na passagem; logo, não está em questão a ordem de nascimento de Isaque, mas sua
posição diante do pai, sua singularidade. O mesmo se dá com Cristo em relação ao Pai. Sendo, então,
"primogênito" e "unigênito", torna-se o "herdeiro de todas as coisas", sustentando, ele mesmo, "todas
as coisas pela palavra do seu poder" (Hebreus 1.2, 3).

3. Princípio da criação (Apocalipse 3.14) — A palavra grega arché, traduzida por princípio em
muitas traduções da Bíblia, também significa "governador", "soberano", "origem". Assim, já que
diversas passagens bíblicas atestam a eternidade de Cristo, posto ser ele o criador e sustentador de
todas as coisas (Colossenses 1.16, 17; Hebreus 1.3), fica evidente que entender arché como o
"primeiro de uma série", nesse caso em particular, seria pedir demais. Se ele criou todas as coisas e as

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sustenta, o termo "origem" cai como uma luva no contexto imediato e mais amplo. É assim que o
termo princípio deve ser entendido em Apocalipse 3.14. Essa é, aliás, a forma traduzida pela versão
espanhola La Bíblia de Estudio "Dios Habla Hoy". É bom também lembrar que na Tradução do Novo
Mundo a expressão arché é usada em relação a Jeová (Apocalipse 22.12), sendo entendida como
fonte, origem, começo; embora seja evidente, pelo contexto, que arché aplica-se ao Senhor Jesus
Cristo, pois Ele também é descrito assim em Colossenses 1.18. De qualquer forma, nenhum dos
termos supracitados pode ser usado para defender a idéia de que Jesus seja um ser criado.

4. Filho de Deus (Marcos 1.1) — Esse termo geralmente é usando pelas TJs para indicar a
inferioridade do Filho em relação ao Pai. Ora, isso não faz o menor sentido, pois Jesus é chamado de
"filho de Maria" (Marcos 6.3); "Filho de Davi" (Marcos 10.48); e "Filho do Homem" (Mateus 25.31), e
nem por isso, ele poderia ser considerado inferior a Maria, Davi ou ao homem. A primeira expressão
"filho de Maria" tem o significado de "filho" no sentido comum da palavra, ou seja, ele era filho de
Maria em sentido biológico. Ser chamado de Filho de Davi pode significar não somente que ele é seu
descendente, mas também participante da linhagem real de Davi. Já o título "Filho do Homem" aponta
para a humanidade assumida por Cristo, ou seja, ele participou de nossa natureza humana, contudo,
sem pecado. E, finalmente, Jesus também é chamado de "Filho de Deus", não porque seja inferior, mas
porque é participante da mesma natureza divina da qual o Pai também participa. Aqui cabe bem o
velho ditado: "Tal pai, tal filho".

Textos mal interpretados

Os textos apresentados a seguir são bastante usados pelos antitrinitários, entre eles as TJs,
para apoiar a idéia de que Jesus não era Deus, pois declarou que o Pai era maior do que ele (João
14.28); que acerca do dia e hora de sua vinda, somente o Pai sabe (Marcos 13.32); além disso, dizem
que se ele orava ao Pai (João 17.1), não poderia ser o próprio Pai (esta sentença, aliás, os trinitários
jamais afirmaram). Esses equívocos decorrem do fato de desacreditarem de outra grande "riqueza
insondável do Cristo" (Efésios 3.8), ou seja, a sua Encarnação: o Verbo, que era Deus, "se fez carne e
habitou entre nós" (João 1.14). A doutrina da Encarnação é tão complexa quanto à doutrina da
Trindade. Mais uma vez vale ressaltar – o ser finito jamais poderá compreender com perfeição o Ser
Infinito, mesmo quando este assume nossa finitude. Ao assumir a natureza humana, tornando-se
"Filho do Homem", Jesus Cristo assumiu a posição de "servo" (Filipenses 2.6 e 7). Tornou-se "menor"
que os anjos, sem se tornar inferior a eles (Hebreus 2.9). Assim, sua humanidade, como a nossa, era
limitada; mas, por outro lado, ele ainda era 100% Deus, ou seja, ilimitado. E aí está o grande
problema: como compreender que numa única pessoa pudesse haver duas naturezas opostas
naturalmente entre si? Ao mesmo tempo em que dizia "o Pai é maior do que eu" (João 14.28), também
afirmava "Eu o Pai somos um" (João 10.30). Como resolver essa questão? A coisa não é tão fácil assim.

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Se alguém achar a resposta a essa pergunta, também terá descoberto como Deus veio a existir (aliás,
ele nunca veio a existir, pois ele foi, é e sempre será) e explicará satisfatoriamente a Triunidade
Divina. O que precisamos é recorrer ao testemunho das Escrituras para ver o que ela tem a nos dizer
sobre isso, mesmo que indiretamente. Uma passagem reveladora é a de Mateus 8.23-27. Durante
uma tempestade, o texto relata que Jesus dormia, mas, Deus não dorme. Desesperados, os discípulos
acordaram-no, clamando por socorro. Nesse momento, Jesus acorda, repreende o vento e o mar, e
ambos se aquietam. Ora, o homem não tem esse poder. Segundo os Salmos 65.5-7; 89.9 e 107.29,
somente Deus, como criador, tem poder sobre as forças da natureza, e Jesus revelou tal poder
(Hebreus 1.3). Percebe-se, portanto, nessa Escritura, a plena humanidade e divindade de Jesus Cristo.
Ele tornou-se humano, sem deixar de ser Deus. Era Deus, assim como o Pai e o Espírito Santo, mas
também era verdadeiro homem. Alguns objetam afirmando que Moisés abriu o Mar Vermelho, e nem
por isso era Deus (Êxodo 14). O mesmo se deu na travessia do rio Jordão, sob o comando de Josué
(Josué 3). Mas, quem foi que disse que Moisés abriu o Mar Vermelho? Segundo o livro de Êxodo, Deus
mandou Moisés erguer um bastão e estendê-lo sobre o mar (14.16), e no versículo 21 diz que foi o
próprio Deus, por meio dum forte vento, que fez o mar retroceder. O Salmo 114 poeticamente mostra
que os acontecimentos ocorridos em ambos os lugares, foram promovidos pelo Senhor do vento e do
mar: Deus. Já nos eventos cristológicos é dito que Jesus fez: Jesus perdoou pecados – Jesus recebeu
adoração – Enfim, Jesus é Deus!

1. João 14.28 — Quando Jesus disse "o Pai é maior do que eu" subentende-se a sua posição de servo,
de humilhação à qual ele se submeteu voluntariamente. Nada tendo haver com sua essência, sua
natureza divina (Filipenses 2.6-8; Atos 8.33; 2 Coríntios 8.9). Nessa posição, segundo a Bíblia, Jesus
também era menor que os anjos (Hebreus 2.6-9), pois em relação aos humanos, os anjos são "maiores
em força e poder" (IIPedro 2.11). Entretanto, nem mesmo as TJs acreditam que Jesus seja inferior aos
anjos. Então Jesus podia dizer — sem prejuízo para sua natureza divina — que o Pai era maior do que
ele.

2. Marcos 13.32 — Se em Cristo estão "ocultos todos os tesouros da sabedoria e da ciência"


(Colossenses 2.3), por que ele afirmou que acerca daquele dia e daquela hora ele não sabia, mas
unicamente o Pai? Essa é uma pergunta de difícil resposta; contudo, convém lembrar-se do seguinte:
Jesus disse que os anjos também não sabiam; sendo assim, o que foi feito menor também não saberia
(Hebreus 2.9). Como homem Jesus não tinha sabedoria ilimitada. Aprendeu como qualquer um de
nós (Lucas 2.52). Não cabe ao homem saber os tempos e as épocas que Deus determinou sob sua
jurisdição (Atos 1.7).

3. João 17.1 — Acompanhado desse texto, normalmente vem à seguinte observação dos
antitrinitários: Visto que Jesus orou a Deus, pedindo que fosse feita a vontade de Deus, não a sua, os dois
não poderiam ser a mesma pessoa; e se Jesus fosse o Deus Todo-poderoso, ele não oraria a si mesmo.
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Para inicio de conversa, esse argumento revela certa ignorância do que seja a doutrina da
Trindade. Não acreditamos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam a mesma pessoa, mas, sim, o
mesmo Deus, ou seja, possuem a mesma natureza. O termo "Deus" pode ser aplicado individualmente
a cada uma das Pessoas da Trindade (1ª Coríntios 8.5; 1ª João 5.20; Atos 5.3, 4), como pode ser usado
como coletivo para abarcar as Três Pessoas Divinas, como em Gênesis 1.1. Assim, não sendo a mesma
"pessoa" fica claro que não há nenhum impedimento para que o Filho dialogasse com o Pai. Na
Encarnação Jesus participou das experiências humanas, menos o pecado (2ª Pedro 2.22). Jesus, como
todo e qualquer humano, tinha necessidades espirituais. Ele precisa ter contato com o Pai (Mateus
4.4; João 4.34). Portanto, Jesus dialogou com o Pai, sem deixar de participar da mesma natureza
divina, pois ele mesmo disse: "Eu o Pai somos um" (João 10.30). A objeção comum à frase "Eu e o Pai
somos um" é a de que isso não significa que Jesus tenha a mesma natureza que o Pai, e de que ambos
sejam de fato um. Argumentam que Jesus apenas frisava sua unidade de propósito e pensamento com
o Pai. A base bíblica apresentada é a de João 17.11, 21, 22, onde Jesus em oração pede que todos os
seus discípulos sejam um, assim como ele e o Pai são um. Arvoram que isso não significa que os
discípulos serão a mesma pessoa ou que possuirão a natureza divina. Enfatizamos que a idéia de
serem os dois, Pai e Filho, a mesma pessoa, jamais estará em questão. Quanto à idéia de unidade de
propósito e pensamento, dizemos que esta está presente em ambas as passagens. Todavia, segundo o
contexto de João 10.30, há muito mais incluído do que simplesmente "unidade de propósito e
pensamento". Acompanhe os seguintes raciocínios...

A) - Nesse capítulo, Jesus fala diversas vezes de suas ovelhas. No versículo 28 ele diz que dá a essas
ovelhas a "vida eterna" e que elas jamais seriam destruídas (ou pereceriam). Pergunta-se: Poderia
uma criatura, por mais importante que fosse conceder a outras criaturas a vida eterna e a
indestrutibilidade? Não é somente Deus, o Eterno, a fonte da vida? (Salmo 36.9; Atos 17.27, 28).
Contudo, Jesus disse de si mesmo: "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11.25). Disse mais: "Eu sou o
caminho, a verdade e a vida" (João 14.6). Seria pedantismo demais para um arcanjo, uma criatura,
mesmo que fosse "o segundo maior personagem do universo", afirmar tudo isso. Entretanto, não o
seria para aquele que, junto com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre. Portanto, pelos
versículos precedentes a João 10.30, fica claro que, se o Pai e o Filho são fontes da vida, então Jesus
foi além da "unidade de propósito e pensamento" ao dizer "Eu e o Pai somos um". É bom lembrar que,
por mais que nos esforcemos, jamais conseguiremos ser a ressurreição, a verdade e a vida. Assim,
devemos nos contentar com nossa "unidade de propósito e pensamento" para com Deus. Já Jesus
Cristo, além do que temos (e num grau mais elevado e incomparável), também possui "toda a
plenitude da Divindade" (Colossenses 2.9).

B) - Diante da frase "Eu e o Pai somos um", a reação dos judeus foi imediata: acusaram a Jesus de
blasfêmia, pois, sendo homem, fazia-se Deus a si mesmo (João 10.33). Eles entenderam exatamente o

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que Jesus queria dizer com aquele "um". Não faria sentido acusá-lo de blasfêmia pelo simples fato de
expressar com a palavra "um" uma "unidade de propósito e pensamento". Na Tradução do Novo
Mundo, João 10.33 é vertido assim: "Nós te apedrejamos, não por uma obra excelente, mas por
blasfêmia, sim, porque tu, embora seja um homem, te fazes um deus". A frase mal traduzida - "te fazes
um deus" tenta suavizar a força das palavras de Jesus, que evidentemente igualou-se ao Pai. Ademais,
a acusação de blasfêmia só faria sentido para os judeus se Jesus se fizesse igual a Deus, o Pai, e não a
"um deus", termo mais do que genérico nessa péssima tradução. É importante ressaltar que numa
outra ocasião Jesus falou aos judeus dizendo: "Meu Pai tem estado trabalhando até agora e eu estou
trabalhando" (João 5.17 – TNM). Diante disso, alguns dos judeus queriam matá-lo, e uma das razões
apresentadas foi a de que ele chamava Deus de Pai, "fazendo-se igual a Deus" (João 5.18 – TNM).
Percebe-se, portanto, que em ambas as passagens (João 10.29-33 e 5.17, 18) as declarações de Jesus
sempre são entendidas como afirmações de igualdade com o Pai, ou seja, ele afirma fazer aquilo do
qual somente o Ser Supremo é capaz (compare com Marcos 2.5-11). Assim, se Jesus não fosse tudo
aquilo que afirmou ser, direta ou indiretamente, não passaria de um impostor, mentiroso e
megalomaníaco.

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NEGAM A TRINDADE
Antes de tudo é preciso definir o que é a doutrina da
Trindade, pois até mesmo muitos cristãos se perdem nesse quesito.
Por "Trindade" não queremos dizer que acreditamos em três deuses,
pois para nós há somente um Deus (Isaías 43.10). Ao invés disso,
queremos dizer que na Divindade há três pessoas: o Pai, o Filho e o
Espírito Santo. Pode parecer um paradoxo, mas Deus é três e um
simultaneamente. Precisamos fazer distinção entre o termo "pessoa" e "natureza". As pessoas em
Deus são três, mas uma só é a natureza, que consiste na onipotência, onisciência, onipresença etc.
Vários exemplos foram apresentados para exemplificar esse caso; porém, o triângulo equilátero é o
que mais se aproxima desse conceito.

O triângulo forma uma única figura, assim como Deus é único (simbolizado por toda a figura).
Todavia, cada lado é distinto do outro e, contudo, formam a mesma figura, que só existe com os três
lados iguais; assim, tomando a analogia, o Pai não é o Filho, o Filho não é o Espírito Santo e vice-
versa; porém, eles constituem o mesmo Deus. A individualidade pessoal é mantida, bem como a
unidade. Assim, Deus não é somente o Pai, nem somente o Filho, e nem tampouco somente o Espírito
Santo. Deus é o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Analisando algumas objeções

Negam a doutrina da Trindade, alegando que é de origem pagã e que tal palavra não aparece
na Bíblia. Dizem: Somente Jeová é o Deus verdadeiro. Ele não é onipresente, ou seja, não pode estar em
vários lugares ao mesmo tempo, pois sendo uma pessoa, possui um corpo de forma específica, que
precisa de um lugar para morar. Assim, Jeová está confinado no céu. “Para exercer seu comando sobre o
universo, ele usa seu poder, seu espírito santo, que é sua força ativa". Sua onisciência é seletiva, ou seja,
Jeová não sabe o futuro de todas as coisas, a menos que ele queira. Explicam isso da seguinte forma: Um
rádio pode captar qualquer onda, porém, é preciso sintonizá-lo na estação certa. Assim, se Jeová quiser
saber se alguém será fiel a ele ou não, deverá "sintonizar" na "estação" dessa pessoa.

a) A palavra "Trindade" não aparece na Bíblia — A doutrina da Trindade está fortemente


enraizada nas Escrituras. A palavra "trindade" é um termo extrabíblico utilizado para designar aquilo
que é revelado nas Escrituras; embora a palavra não apareça, a idéia está explícita na Bíblia. É uma
palavra de cunho teológico, empregada pela primeira vez nos escritos de Teófilo de Antioquia, e
depois usada por Tertuliano, um dos pais da igreja do II século numa polêmica contra certo Praxeas.
Depois dele, esta palavra ficou consagrada na teologia cristã.

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Outro fator que torna sem fundamento a objeção das TJs é o fato de que utilizam termos
como "corpo governante" e "teocracia" (governo religioso), embora tais palavras também não
apareçam na Bíblia. Das duas, uma: ou aceitam o uso do termo "trindade" ou deixam de usar as
terminologias "corpo governante" e "teocracia".

b) A Trindade e o paganismo — A objeção de que a doutrina da Trindade é de origem pagã, uma


vez que os pagãos cultuavam suas tríades de deuses, também não faz sentido, pois a concepção dos
pagãos em nada se assemelha a doutrina trinitariana. Enquanto os pagãos são politeístas, ou seja,
crêem na existência de vários deuses, sendo sua trindade mais um conjunto de deuses em seu
panteão, nós, cristãos, somos essencialmente monoteístas, pois cremos que há um só Deus (Isaías
43.10), que subsiste em três "pessoas": Pai, Filho e Espírito Santo. Não são três deuses, posto que só
há um Deus. Assim, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são ao mesmo tempo três pessoas distintas e um
só Deus. O termo "Triunidade" resume melhor essa concepção bíblica de Deus. É bom também
lembrar que a Bíblia não é o único livro que fala de um dilúvio universal. A literatura pagã também
contém relatos sobre um dilúvio. Isso, evidentemente, não faz do dilúvio uma concepção pagã;
tampouco a doutrina da Trindade deveria ser vista da mesma forma. Poderíamos citar casos
abundantes em que este argumento pueril volta-se contra elas mesmas, mas nos deteremos apenas
em alguns:

Deuses – Os antigos pagãos acreditavam em deuses e semi-deuses, por exemplo, os romanos tinham
Júpiter como o Deus supremo enquanto Mercúrio era um deus menor abaixo de Júpiter. Não é isto
que fazem as Tjs em relação a Jesus? E ainda a alegação de que o batismo é de origem pagã, como
esta em A Sentinela 01/04/1993. Será que elas se consideram pagã por causa disso?

c) A Trindade e a razão humana — A acusação de que a doutrina da Trindade não se conforma com
a lógica ou a razão também é descabida, pois a mente humana não pode apreender tudo sobre Deus.
É impossível que o relativo entenda com precisão o Ser Absoluto, que o finito atinja o Infinito, que a
criatura desvende todos os mistérios e segredos do Criador. Isso é pedir demais. (cf. Rm 11.33; ICo
2.11; Jó 11.7; Is 40.28). No livro Raciocínios à Base das Escrituras (publicado pelas TJs), página 123,
há a seguinte pergunta: "Será que Deus teve começo?" Daí eles citam o Salmo 90.2, que diz que Deus é
Deus de "eternidade a eternidade", ou seja, ele é incriado, sempre foi, é, e será eternamente. Diante
desse mistério, o livro lança o desafio: "Há lógica nisso? Nossa mente não pode compreender isso
plenamente. Mas não é uma razão sólida para rejeitá-lo". Aplicando o mesmo princípio a doutrina
da Trindade, podemos perguntar: "Será que Deus é uma Trindade? Há lógica nisso? Nossa mente
não pode compreender isso plenamente. Mas não é razão sólida para rejeitá-lo".

d) A Trindade e a Matemática — Outra objeção argumenta que a Trindade contraria a Matemática,


pois se 1 + 1 + 1 = 3 então, Deus Pai + Deus Filho + Deus Espírito Santo não podem ser um, mas três

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deuses. Ora, outro argumento desprovido de bom senso, pois Deus não pode ser medido pelas
Ciências Exatas. No campo da Matemática, ele não pode ser somado, diminuído, dividido ou
multiplicado. Mas, se é matemática o que querem, a pergunta é oportuna: Na Matemática, três podem
ser um? Dependendo da operação que se escolher, sim - veja: 1 X 1 X 1 = 1.

A Trindade e o Antigo Testamento

a) Gênesis 1.26, 27 — Chegando o momento de criar o homem, Deus disse: "Façamos o homem à
nossa imagem, conforme nossa semelhança". O verbo "fazer", nesse caso, aponta para um ato criativo,
e somente Deus pode criar. Assim, ao ser criado, o homem não poderia ter a imagem de um anjo ou
de qualquer outra criatura, mas a imagem de Deus, a imagem de seu Criador. No versículo 27, lemos:
"Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou". O
interessante, porém, é que a Bíblia diz que Jesus Cristo também criou todas as coisas, as visíveis e
invisíveis (João 1.1, 3; Colossenses 1.16, 17; Hebreus 1.10), o que inclui necessariamente o homem.
Desse modo, concluímos, à luz da Bíblia, que o homem tem a Jesus como seu Criador. Logo, o homem
carrega Sua imagem, pois Jesus é Deus, uma vez que "à imagem de Deus" o homem foi criado. Já em Jó
33.4, Eliú declara: "O Espírito de Deus me fez". Afinal de contas, quem fez o homem? A Bíblia diz:
"Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou". E quem é esse Deus? Resposta:
Pai, Filho e Espírito Santo. É digno de nota que há outros textos em que Deus fala no plural: Gênesis
3.22; 11.7-9; Isaías 6.8. Alguns dizem tratar-se de plural de majestade, ou seja, é uma forma de
expressão onde o indivíduo fala do plural que não revela necessariamente uma pluralidade
participativa. Todavia, isso não funciona em Gênesis 1.26, 27, pois outros textos bíblicos deixam claro
que o Pai, o Filho e o Espírito Santo criaram o homem; logo, não está em jogo nenhum plural de
majestade, mas um ato criativo de Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Os demais textos devem seguir
logicamente esse mesmo raciocínio.

b) Deuteronômio 6.4 — "Escuta, ó Israel: Jeová, nosso Deus, é um só Jeová" (TNM). Esse texto é usado
para desacreditar a doutrina da Trindade, mas, ao contrário disso, é o texto que prova que na
unidade de Deus existe uma pluralidade, dando abertura para a concepção trinitariana. Como assim?
Na língua hebraica, existem duas palavras para expressar unidade, a saber, ’ehadh e yehidh. A
primeira designa uma unidade composta ou plural. Exemplo: Gênesis 2.24 diz que o homem e a
mulher seriam uma (’ehadh) só carne, ou seja, dois em um. A segunda palavra é usada para expressar
unidade absoluta, ou seja, aquela que não permite pluralidade. Exemplo: Juízes 11.34 diz que Jefté
tinha uma única (yehidh) filha. Qual dessas palavras é empregada em Deuteronômio 6.4? A palavra
’ehadh, o que indica que na unidade da Divindade há uma pluralidade.

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A Trindade e o Novo Testamento

A revelação da Triunidade de Deus no Antigo Testamento não é tão clara quanto no Novo. Os
textos bíblicos abaixo listados (respeitando-se os devidos contextos) mostram sempre juntos o Pai, o
Filho e o Espírito Santo. Levando-se em conta que Deus é único (Isaías 43.10) e que ele não partilha
sua glória com ninguém (Isaías 42:8; 48.11). É interessante notar como o Pai, o Filho e o Espírito
Santo são postos em pé de igualdade, coisa que nenhuma criatura, por melhor que fosse, poderia
alcançar e muito menos uma suposta "força ativa".

a) Mateus 28.19 — A ordem de Jesus é para batizar em "nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo".
Ora, se Jesus fosse uma criatura e o Espírito Santo uma "força ativa", seria estranho que as pessoas
fossem batizadas em nome do Criador (que não divide sua glória com ninguém), em nome de um
anjo, e de uma "força ativa". Aliás, que necessidade há em batizar alguém em nome de uma "força"?
Tudo isso só faz sentido se ambos forem Deus.

b) Lucas 3.22 — No batismo do Filho, lá estão o Espírito Santo e o Pai; como sempre, inseparáveis.
Essa é uma das razões pelas quais o batismo cristão deve ser ministrado em nome das três pessoas.

c) João 14.26 — Jesus fala do Espírito Santo, que será enviado pelo Pai, em seu próprio nome, isto é,
de Cristo.

d) II Coríntios 13.13 — Outra fórmula trinitária, onde aparece o Filho, em primeiro lugar, com sua
graça ou benignidade imerecida; depois, o Pai, com seu amor; e finalmente, o Espírito Santo, com a
comunhão ou participação que dele procede.

e) I Pedro 1.1, 2 — Pedro fala aos escolhidos, que foram eleitos segundo a presciência do Pai,
santificados pelo Espírito e aspergidos com o sangue de Jesus Cristo.

f) Outros versículos — Romanos 8.14-17; 15.16, 30; I Coríntios 2.10-16; 6.1-20; 12.4-6; II Coríntios
1.21, 22; Efésios 1.3-14; 4.4-6; II Tessalonicenses 2.13, 14; Tito 3.4-6; Judas 20, 21; Apocalipse 1.4, 5
(compare com 4.5) etc. É digno de nota que se o Filho fosse uma criatura e o Espírito Santo uma
"força ativa", os dois não poderiam assumir o primeiro lugar em algumas das passagens bíblicas
acima citadas. Aliás, o que uma "força ativa" estaria fazendo no meio de duas pessoas? As TJ objetam
dizendo que mencionar as três Pessoas juntas, não indica que sejam a mesma coisa, pois Abraão,
Isaque e Jacó (Mateus 22.32), bem como Pedro, Tiago e João (Mateus 17.1) sempre são citados juntos.
Contudo, isso não os torna um. O que as TJ não perceberam foi o seguinte: Abraão, Isaque e Jacó
tinham algo em comum: o patriarcado. Já Pedro, Tiago e João tinham em comum: o apostolado. E o
que o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm em comum? Resposta: a natureza divina, ou simplesmente, a
divindade.
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QUADRO DEMONSTRATIVO DA TRINDADE


DEUS PAI DEUS FILHO DEUS ESPÍRITO SANTO
Pai Onipresente, Jr 23.24 Filho Onipresente, Mt 28.20 E. S. Onipresente, Sl 139.7
Pai Onipotente, Gn 17.1 Filho Onipotente, Mt 28.18 E. S. Onipotente, Lc 1.35
Pai Onisciente, IPd 1.2 Filho Onisciente, Jo 21.17 E. S. Onisciente, I Co 2.10
Pai o Criador, Gn 1.1 Filho o Criador, Jo 1.3 E. S. o Criador, Jó 33.4
Pai o Eterno, Rm 16.26 Filho o Eterno, Ap 22.13 E. S. o Eterno, Hb 9.14
Pai o Santo, Ap 4.8 Filho o Santo, At 3.14 E. S. o Santo, IJo 2.20
Pai o Santificador, Jo 10.36 Filho o Santificador, Hb 2.11 E. S. o Santificador, IPd 1.2
Pai o Salvador, Is 43.11 Filho o Salvador, IITm 1:10 E. S. o Salvador, Tt 3.5

“Porque três são os que testificam no céu: O Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são
um” (I Jo 5.7) – Tradução Almeida Revista e Corrigida.

É argumentado pelas TJs que I João 5.7 não é válido como um texto bíblico de prova a favor da
doutrina da Trindade e sim como um acréscimo à Bíblia. Dizem ainda que este versículo não nos
consta mais antigos manuscritos. Entretanto, falando de tradução bíblica, não se pode desprezar
nenhum manuscrito. Nossas versões foram preparadas usando o textus receptos ao invés do texto
crítico de Westcort e Hort, o que é perfeitamente aceito. Durante todos esses séculos foi o texto mais
aceito pela igreja. Apesar de uma parte dele ser recente, é totalmente confiável. Prova disso é o caso
do livro de Isaías, sua tradução foi feita de um manuscrito recente, mas que em 1947 e 48 foi
encontrado nas cavernas Qumran próximas ao mar morto um rolo que data provavelmente cem anos
antes de Cristo. Este rolo comprovou a tradução recente, pois eram idênticos. Isso nos prova que não
devemos desqualificar nenhum manuscrito. As TJs usam esses argumentos para desacreditar a
Trindade e consequentemente a divindade de Cristo, mas a sua própria tradução TNM é composta de
muitos textos, que eles mesmos afirmam não conter entre os mais antigos manuscritos. Exemplo
disso é Marcos 16.15-19. Agora, é preciso salientar que não é necessário usar tal versículo (I Jo 5.7)
para apoiarmos a Trindade, pois ela está por toda a Bíblia e, com, ou sem este versículo, é
perfeitamente possível defendermos a doutrina do Deus Uno e Trino.

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NEGAM A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

Dizem as TJs que o Espírito Santo não é uma pessoa inteligente, mas sim uma força impessoal,
invisível e ativa. Assim, o Espírito Santo nada mais é do que um poder ou influência de Deus para
executar a Sua vontade. Todavia, sabemos que o Espírito Santo é uma Pessoa da Trindade, portanto
Deus, Ele não é uma energia impessoal! É um ser pessoal, inteligente, com vontade e determinação
próprias. Que o Espírito Santo é uma pessoa está provado pela atribuição que a Escritura faz a Ele de
atos pessoais. Mesmo assim, muitos negam a personalidade e divindade do paracleto de Deus, como
as seitas espíritas. Para estas o Espírito Santo é apenas uma "falange de espíritos" e para aquelas (TJs)
apenas uma energia. Em ambos os casos, o Espírito Santo é algo, não alguém.

A PERSONALIDADE E DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO COMPROVADA

a) É Deus, como o Pai e o Filho (Atos 5.3:4 - Compare com Atos 16.31, 34).

b) É um ser pessoal, pois o Espírito Santo: Guia, fala, declara, ouve (João 16.13); Ama (Romanos
15.30); Clama (Gálatas 4.6); Toma decisões, administra (1ª Coríntios 12.11); Sabe e atinge as
profundezas de Deus (1ª Coríntios 2.10, 11; compare com Mateus 11.27 e Lucas 10.22); Pode ser
contristado (Efésios 4.30 comparar com Isaías 63.10); Implora e intercede (Romanos 8.26, 27
comparar com v. 34); Ensina (Lucas 12.12 comparar com 21.14, 15; veja João 14.26); Fala (Atos
10.19 - Ver também 13.2; 10.19, 20; 21.11; Mateus 10.18-20); É resistido (Atos 7.51 comparado com
Isaías 63.10; Salmo 78.17-19); Proíbe, põe obstáculo (Atos 16.6 e 7; comparar com o v. 7 com
Romanos 8.9 e Filipenses 1.19); Ordena, dirige e dá testemunho (Atos 8.29, 39 e 20.23); Designa,
comissiona (Atos 20.28 - Ver também 1ª Coríntios 12.7-11, comparando com 12.28 e Efésios 4.10,
11); É mencionado entre outras pessoas (Atos 15.28);

1ª Coríntios 6.19 – Ao lado do templo do verdadeiro Deus na antiga Jerusalém, as Escrituras


mencionam muitos outros templos — por exemplo: o templo de Dagom (1ª Samuel 5.2), o templo de
Júpiter (Atos 14.13), o templo de Diana (Atos 19.35), e assim por diante. Cada um era o templo de
alguém, ou do Deus verdadeiro ou de um deus falso. Mas a Bíblia também mostra que o corpo físico
de cada cristão individualmente se torna um templo. Templo de quem? Um ‘templo do Espírito Santo’
(1ª Coríntios 6.19).

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Textos mal aplicados ao Espírito Santo

a) Mateus 3.11 – João Batista disse que Jesus batizaria com o Espírito Santo, assim como ele batizava em
água; portanto, assim como a água não é pessoa, tampouco seria o Espírito Santo uma pessoa.

Refutação: É possível ser batizado numa Pessoa, sem que ela perca sua identidade pessoal.

Romanos 6.3 (batizados em Cristo/batizados em sua


morte)

Gálatas 3.27 (batizados em e revestidos de Cristo)

1ª Coríntios 10.2 (batizados em Moisés)

b) 2ª Coríntios 6.6 – O Espírito Santo é incluído entre várias


outras qualidades, o que indicaria que não se trata duma
pessoa (Efésios 5.18; Atos 6.3; 11.24 e 13.52)

Refutação: Em Gálatas 3.27 e Colossenses 3.12 insta-se às pessoas a ficarem revestidas de Cristo,
assim como a se revestirem de qualidades como humildade, compaixão etc., sem que isso faça de
Cristo uma "força ativa".

c) Atos 2.4 – Os 120 discípulos ficaram cheios duma "força ativa" e não duma pessoa.

Refutação: É claro que a Bíblia usa aí uma figura de linguagem onde toma a parte pelo todo.

Efésios 1.23 diz que Deus "preenche todas as coisas", o que concorda com Atos 2.4.

Romanos 8.11 diz que o Espírito Santo mora ou reside em nós, assim como Efésios 3.17 diz que
Cristo reside em nossos corações. Assim também em João 14.23 fala da habitação em nós tanto do
Pai, quanto do Filho. Nada disso faz com que o Pai e o Filho deixem de serem pessoas.
O que dizer da legião de demônios que se apossou de uma só pessoa? Até mesmo as TJs defendem a
personalidade dos demônios. Lançando mão de tal raciocínio tão pouco Satanás seria uma pessoa,
pois diz a Bíblia que ele entrou em Judas (Lucas 22.3).

d) Atos 13.12 – O fato de a Bíblia dizer que o Espírito Santo fala, isso não prova sua personalidade,
pois outros textos mostram que isso era feito através de seres humanos.

Refutação:

Atos 3.21 mostra que Deus não falou diretamente, mas por meio da boca dos seus profetas,
assim como se diz do Espírito Santo (Atos 28.25).

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Comparar Mateus 10.19, 20 com Lucas 21.14, 15 e Jeremias 1.7-9.

e) Lucas 7.45, Romanos 5.14, 21, Gênesis 4.7 – Estes textos mostram que coisas abstratas, como a
sabedoria, o pecado e a morte são personificados; o mesmo se dá com o Espírito Santo.

Refutação: A Bíblia personifica a sabedoria, o pecado e a morte porque não são pessoas. No caso do
Espírito Santo, Ele não é personificado, pois já é uma pessoa. É apenas simbolizado, assim como Jesus
e o próprio Jeová:

Espírito Santo: Pomba (Lucas 3.22); línguas de fogo (Atos 2.3)

Jesus Cristo: Leão (Apocalipse 5.5); cordeiro (João 1.29); Porta (João 10.9); Videira (João 15.1)

Jeová: Fogo (Deuteronômio 4.24); sol (Salmo 84.11)

f) Atos 7.57 - “Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem em pé à direita de Deus.”. Diante
deste texto as TJs concluem que Estevão só viu o Pai e o Filho, mas não diz ter visto o Espírito Santo!

Refutação: Estevão não podia ter visto o Espírito Santo pelo fato deste estar na terra cumprindo a
sua missão, uma vez que fora enviado pelo Filho, que por sua vez fora enviado pelo Pai. Jesus disse
que a menos que Ele próprio fosse embora, o Espírito Santo não viria. Assim sendo, quando Jesus
voltou ao céu, enviou o Espírito, razão pela qual Estevão não poderia tê-lo visto. (Cf. João 16.7, 8).

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AFIRMAM QUE JESUS JÁ VOLTOU

As TJs negam o que a Bíblia ensina sobre a volta pessoal, literal e visível de Cristo para
governar e reinar sobre a terra, durante o milênio. Ensinam que Cristo já voltou em 1914. Observe:
“Na sua volta... no ano de 1914” (Livro – Poderá Viver... Página 193). E para consubstanciar esta
declaração, citam todas as invenções modernas como prova da volta “parousia” de Jesus.

Agora contrastemos isso com a Bíblia, o que ela nos mostra? Mostra-nos que Jesus Cristo vai
voltar novamente para sua Igreja (I Ts 4.13-18; Mt 24.36-44) – se manifestará com poder e grande
glória e todo o olho o verá, leiamos: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as
tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande
glória” (Mt 24.30; leia também Zc 14.4; At 1.11; Ap 1.7). É uma grande tolice declarar que estes fatos
e muitos outros se cumpriram em 1914. As TJs erraram em todas as predições envolvendo 1914 e
hoje baseados em novas “iluminações” tentam camuflar os erros do passado.

Certa vez, numa conversa com um ancião das TJs, indaguei-lhe qual era a base para a data da
volta de Jesus em 1914, e ele respondeu-me que estava nas previsões do livro de Daniel. Perguntei-
lhe então:

- “Se essa doutrina é tão importante e está baseada no livro de Daniel, de onde foi possível
calcular a data da volta de Cristo, então por que Jesus ou algum dos apóstolos não comentaram sobre
tal cálculo, visto que eles conheciam perfeitamente o livro de Daniel (Mt 24.15)? Seria por que Russel
conhecia mais a Bíblia do que os apóstolos ou o próprio Jesus?”.

Com um olhar estupefato e com feições nervosas, disse-me: - “Não sei, nunca pensei no
assunto”.

Saiba que qualquer teólogo, ainda que seja de renome, não sabe e não poderá calcular o dia
da Volta de Cristo, pois está escrito: “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu,
nem o Filho, {nem o Russel}, senão só o Pai”. (Mt 24.36 – grifo é nosso). Será que as TJs acham que o
fundador da Torre de Vigia é maior que Jeová? Quem sabe!

Sobre o cálculo para a volta de Cristo

As TJs afirmam que o capítulo 4 de Daniel revela a data da volta de Cristo e o começo do seu
reinado. Afirmam também que Deus ficou sem reinar desde 607 A.C. (destruição do reino de Judá) à
1.914, data essa que Jesus começou a reinar. (Livro: “Poderá viver para sempre no Paraíso na Terra –

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pág.138-141)”. alegam ainda que o corte da árvore (Dn 4.14) foi o corte do reino de Deus e que os
“sete tempos” (Dn 4.16) citados representam sete anos, que são iguais há 2.520 dias. Daí eles pegam
esses dias e transformam cada dia é um ano, subtraindo do ano 607 A.C. que resultará na data 1.914.
O que eles fizeram, em números, é mais o menos isso: 7 tempos (que eles dizem ser anos) x 360 dias
= 2.520 dias = 2.520 anos – 607 A.C. = 1914dC. Ou seja, pegaram sete anos e transformaram em dias e
depois pegaram os dias e transformaram em anos, mas sem nenhuma base exegética. O mais
impressionante de tudo isso é que essa é uma conta que qualquer um saberia fazer - mas Jesus
garantiu que o dia e a hora não seriam informados a ninguém.

A verdade sobre Daniel 4

Em primeiro lugar vamos entender o que cada figura do texto é realmente:

A árvore: é o rei Nabucodonosor – Leia Daniel 4.22 (TNM)

O Tronco: era o reinado de Nabucodonosor que seria cortado


– Daniel 4.23 (TNM).

Os sete tempos: são literalmente “sete estações” do ano. Isso


é provado pelo fato de que esses sete tempos se cumpriram
naquela época e não 2.520 anos depois, leia Daniel 4.16 e 34.
O versículo 34 diz: “E ao fim dos dias...” (TNM), “Mas ao fim
daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei ao céu os meus olhos,
e voltou a mim o meu entendimento...”

Na verdade o explicativo acima é só para auxiliar um


pouco, mas qualquer pessoa que tenha noção da nossa língua
chegará a essa conclusão ao ler o texto, pois o cap. 4 de Daniel
não tem nada de oculto e nem foi Daniel quem o narrou, mas o
próprio Rei. A história é simples; o reinado do Rei Nabucodonosor se tornou uma potência, uma
grande árvore que era vista por todos (vrs. 22) e o orgulho subiu-lhe ao coração (vrs. 30) e por isso
lhe sobreveio o castigo Divino. O Rei (a árvore) foi cortado (ficando um tronco) por sete tempos
sofrendo. Ao terminar o tempo determinado por Deus (os sete tempos ou estações), o Rei voltou ao
seu reinado (vrs. 36) e glorificou a Deus que estabelece as autoridades (vrs. 34,35 e Romanos 13).
Isto é explicitamente o que está escrito, sem precisarmos recorrer a interpretações fantasiosas e
falaciosas. O que aconteceu com a Sociedade Torre de Vigia foi o predito pelo apóstolo Paulo: “Mas
temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma

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sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade e da pureza que h| em Cristo”


(II Co 11.3). “Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (I Tm 4.1). Para as TJs, esses versos
caem-lhe como uma luva!

É totalmente absurda a suposição de que Deus pôde ficar sem ter representantes na Terra pelo
espaço de 2.520 anos. É lógico que a Sociedade Torre de Vigia está errada mais uma vez, pois no
próprio livro de Daniel é mostrado que mesmo dentro do cativeiro babilônico Deus conservava o seu
povo (Dn 1.9, 17). Daniel chegou a ser um dos governadores de Babilônia (2.48). Agora, o erro mais
grosseiro dessa doutrina é afirmar que só em 1914 é que Jesus começou a reinar. O próprio Senhor
Jesus nos mostrou que o Seu Reino começaria a ser implantado junto com o inicio do seu ministério,
Lc 10.9 diz: “Curai os enfermos que nela houver, e dizer-lhes: É chegado a vós o reino de Deus”. No texto
referido, o verbo “chegado” indica o tempo presente e não no futuro. O seu reinado começou com o
seu ministério e a cada dia milhares de pessoas se convertem ao evangelho do Senhor, fazendo o seu
reino se expandir mais e mais (Ap 1.6). Também o Senhor Jesus garantiu que a sua Igreja não iria
parar, não iria fechar as portas, mas estaria sempre prevalecendo e em atividade! (Mt 16.18).

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NEGAM A RESSURREIÇÃO LITERAL DE JESUS CRISTO

É argumentado pelas TJs que Jesus não


ressuscitou com o seu próprio corpo do sepulcro.
Vejamos o que é dito: “... sua volta nunca poderia ser
com o corpo humano” (livro “Poderá Viver... pág.143).
E ainda: “... Deus ressuscitou a Jesus para a vida como
gloriosa criatura espiritual no céu” (Revista “A
Sentinela” Pg. 7, 15/03/01). Pelo visto as TJs não
acreditam na ressurreição literal de Jesus. Alegam que
Jesus não poderia ser levado ao céu em um corpo físico
(tese espírita).

Entretanto a Bíblia mostra que Jesus subiu ao


céu e voltará, em um corpo físico (leia: Jo 20.24-27, At.
1.11 - TNM). Parece que as TJs desconhecem a
passagem de II Reis 2, onde Elias foi levado ao céu com o seu corpo humano. O Apóstolo Paulo nos
fala que a ressurreição literal de Cristo é a nossa maior esperança, pois se Deus pode ressuscitar a
Jesus em um corpo físico e imortal, também poderá ressuscitar o nosso. Veja que Paulo diz; “E, se
Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (I Co 15.14).
Realmente a pregação de porta em porta feita pelas TJs é vã, pois se não se crê na ressurreição literal
de Cristo tudo é vão, como bem diz as escrituras.

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POSSUEM UMA IDÉIA FALSA SOBRE O RESGATE

Dizem que: “Também, nos dias à frente,


o resgate abrirá para nós o caminho para
recebermos a dádiva da vida eterna...” (Livro:
Poderá viver para sempre no paraíso na Terra,
pág. 63). Esse resgate não tem poder total, mas
apenas parcial, serviu apenas de ajuda. Em outras
palavras quando Cristo bradou: “está
consumado”, não era bem isso que ele queria
dizer. Cada Testemunha de Jeová tem a
capacidade de auto-salvação por assim dizer. O “resgate” das TJs apenas garante a todos uma
oportunidade para a vida eterna e não a certeza da vida eterna conota que a salvação não acontece na
hora, sendo prorrogada para o futuro. Contudo, a Palavra de Deus, nos mostra que quando cremos e
aceitamos a Jesus Cristo somos salvos automaticamente, sem precisarmos esperar para ver se “quem
sabe um dia serei salvo”.

Leiamos: “Quem crer e for batizado ser| salvo; mas quem não crer ser| condenado” – Mc 16.16

“em quem temos a redenção pelo seu sangue, a redenção dos nossos delitos, segundo as riquezas
da sua graça” – Ef 1.7

“Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me
enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida” (Jo 5.24).

O verdadeiro resgate de Cristo é a garantia da nossa salvação, é a nossa passagem para o céu,
é o direito de entrarmos na nova Jerusalém pelas portas celestiais (Ap 22.14), pois Ele consumou de
uma vez por todas a nossa salvação!

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PROÍBEM A TRANSFUSÃO DE SANGUE

Afirmam as TJs sobre o sangue: “Transfusões violam a


santidade do sangue”; “Questão de salvar vida não justifica
violar a lei de Deus” (Tradução do Novo mundo – TNM , apêndice
doutrinário pág.1660 – Ed. de 1986) – “...as pessoas que vivem
segundo a vontade de Deus não aceitam transfusões de sangue,
mesmo que outros insistam que isso lhe salvaria a vida”
(Conhecimento que Conduz a Vida Eterna – Pág.129)

As TJs entendem que no sangue está a vida da alma, por isso,


se depender deles, não doam nem recebem sangue, nem que isso

custe à vida. Eles acreditam (pasmem!) que não podemos adorar a


Nesta Revista Despertai as
TJs comemoram os jovens Deus com toda a nossa alma, pois segundo entendem, a alma é o
mortos por não aceitarem a próprio sangue.
transfusão de sangue.

Existe um livrete: “Sangue, Medicina e a Lei de Deus”, onde fazem apologia da posição
assumida quanto à doação ou recepção de sangue. As TJs, ao afirmarem que não podemos doar
sangue, cometem vários equívocos, provam sua falta de amor ao próximo, de conhecimento e sobre
tudo sua terrível ignorância em relação às verdades bíblicas – Em nenhum lugar da Bíblia
encontraremos a proibição para tal.

Fatos sobre a palavra alma

Existem três palavras diferentes empregadas no grego para designar “vida” ou “alma”: 1) bios,
2) Psiquê, 3) zoe. Todas elas descrevem a vida da alma, mas exprimem significados bem diferentes.
Bios refere-se aos meios de vida ou subsistência. Zoe é a vida mais elevada, a vida do espírito.
Sempre que a Bíblia fala de vida eterna ela usa esta palavra Zoe. Psiquê refere-se à vida animada do
homem ou vida da alma. No antigo testamento a palavra hebraica para alma – nefesh – é usada
igualmente para vida da alma. Vejamos então:

Como sendo sangue (Bios): Gn.9:4-5; Dt.12:23, LV.17:11, Lv.17:14...

No sentido de alma (Psiquê) que é a mente (Pv 19.2, Sl 13.2, Sl 139.14, Lm 3.20, Pv 2.10, Pv 3.21-
22, Pv 24.14...), as vontades (ICr 22.19, Jr 44.14, Jó 6.7, Jó7.15,...), emoções (I Sm 18.1, Ct 1.7, II Sm
5.8, Zc 11.8, Dt 6.5, Jó10.1, Sl 107.18, Sl 84.2, Mt 26.38, Lc.1.46, Jo 12.27, II Pe 2.8...).

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Jesus Cristo – o grande doador de sangue

A Bíblia mostra o contrário do que é ensinado pelas TJs e diz que Jesus Cristo também
transferiu o seu sangue na cruz do calvário (leia Mt 26.27-28). No texto de Mateus Jesus manda que
os discípulos tomem o vinho como sendo o seu sangue - “...bebei dele todos...isto é meu sangue”. Jesus
além de ensinar a receber o seu sangue mandou que imitássemos seus atos e dele aprendêssemos,
leiamos: “... e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração...” (Mt 11.28-29). Arriscaríamos
até dizer que Jesus foi o primeiro grande doador de sangue. Além do que, se o sangue é a vida, então a
Bíblia manda realmente doarmos sangue – “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por
nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos” (I Jo 3.16).

Explicando Atos 15.29

“Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da
prostituição; e destas coisas fareis bem de vos guardar. Bem vos v|”.

As TJs interpretaram, por algum tempo, que o texto se referia à vacinação. A vacinação era
considerada violação do pacto eterno que Deus fez com Noé, baseando sua interpretação em Gn 9.1-
17. (The Golden Age. 4-2-1931. P. 293, hoje, Despertai!) Essa interpretação foi abandonada, conforme
publicação de A Sentinela, de janeiro de 1954, p. 15. Mais tarde, foi proibido o transplante de órgãos,
com a interpretação de que um transplante de órgãos equivalia a uma transfusão de sangue, sendo
ambas as práticas proibidas. Deus permitiu que os humanos comessem carne animal... Será que isto
incluía comer carne humana...? Não! Isso seria canibalismo, costume repugnante a todas as pessoas
civilizadas. (A Sentinela , de 1 de junho de 1968, p. 349). Posteriormente, essa proibição foi revogada
com a seguinte alegação: Embora a Bíblia proíba especificamente a ingestão de sangue, não há
nenhuma ordem bíblica que proíba especificamente receber outros tecidos humanos (A Sentinela, 1 de
setembro de 1980, p. 31). Permanece a proibição da transfusão de sangue, a qual teve início em 1945.
Nesse mesmo ano, a revista Consolação, hoje Despertai!, publicou o seguinte: Deus nunca justificou
determinações que proíbam o uso de medicina, injeções ou transfusões de sangue. É uma invenção de
homens que agem como os fariseus, deixando de fora a misericórdia o amor a Jeová. Servir a Jeová não
exclui o nosso raciocínio, especialmente quando se trata de uma vida humana que está a serviço dele.
(Consolação , setembro de 1945, p. 29, edição em holandês). O texto em tela (At 15.20,28) só proíbe
comer sangue de animais (Lv 17. 3,10-13). Pode-se matar o animal para alimento, mas não se deve
comer o sangue. O v. 13 torna claro que se trata de caça de animal ou de ave que se come. As
Testemunhas de Jeová argumentam que: a título de comparação, considere o caso de um homem a
quem o médico dissesse que precisa abster-se do álcool. Estaria ele obedecendo à ordem, se deixasse de
beber álcool, mas fizesse que este lhe fosse injetado diretamente nas veias? (Raciocínios à Base das

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Escrituras. STV. 1985. P. 345). Ora, se o médico proíbe o álcool, é claro que tanto por via oral como
por via venal o efeito pode ser o mesmo, mas se a proibição diz respeito ao álcool, não se pode incluir
o suco de laranja. Assim, a proibição está restrita ao sangue dos animais como alimento e não ao
sangue humano como medicamento.

Um diálogo sobre a questão do Sangue

Um dia falando com um jeovista sobre a problemática do sangue, fiz a seguinte pergunta:
- É errado doar sangue?
Ele disse:
- Sim, é totalmente errado.
Daí eu perguntei:
- E doar órgãos ou receber um órgão é proibido?
Meio desconfiado, respondeu:
- Claro que não.
Então eu retruquei:
- Como receber um fígado ou um coração de um doador sem receber frações de sangue?
Silêncio. Então continuei:
- Entendi, a questão está na "quantidade" de sangue então.

O diálogo acima é constrangedor para as TJs, pois antigamente não era permitido receber
órgãos de um doador, isso era considerado canibalismo: - "... Aqueles que se submetem a tais
operações (aos transplantes) estão assim a viver à custa da carne de outro humano. Isso é
canibalismo." (A Sentinela, 15/11/1967, pág. 702 - em inglês)

Hoje mudou: - "No que se refere ao transplante de tecido ou osso humano de um


humano para outro, é um caso de decisão conscienciosa de cada uma das Testemunhas de
Jeová. [...] não há nenhuma ordem bíblica que proíba especificamente receber outros tecidos
humanos [...] É um assunto para decisão pessoal [...] A comissão judicativa da congregação não
tomaria nenhuma ação disciplinar, se alguém aceitasse o transplante dum órgão." (A
Sentinela, 01/09/1980, pág. 31)

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DIZEM QUE SÓ 144 MIL VÃO PARA O CÉU

No livro “Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra”, pág.120 e no tópico “Quem vai para
o céu e por quê?” é explanada a doutrina Rutherfordiana dos 144 mil. É interessante que no início do
tópico referido é citado que o céu é real e que “baseados em tais promessas, milhões de pessoas
fixaram o coração na vida celestial” (Cf. &21). No livro das TJs são citados vários versículos que
aludem ao céu: Fl 3.20, Rm 6.5, II Co 5.1-2, Jo 14.1-3, II Tm 2.12, Ap 5.9, Hb 12.22 - mas eis que surge
a pergunta: “Quantos vão para o Céu?” - e em resposta a essa questão citam Apocalipse (Rev.) 7.4 -
8,14.1 e daí para frente começa a distorção da Palavra de Deus! Todos os versículos citados, em
forma de promessas que nos garante o céu são interpretados (lê-se distorcidos) ao gosto da STV e
sua fraudulenta exegese. Sem nenhum embasamento teológico concreto e somente baseado em um
único texto do livro de Apocalipse, as TJs erigiram uma doutrina banal, injusta e de um sofisma
maligno. Digo isso, pois para a STV o céu tem somente 144 mil vagas – e em certos momentos elas
estão preenchidas e em outros ainda resta 8 ou 7 mil vagas... de vez em quando aparece um louco no
salão arvorando ser um dos 144 mil – esse toma a ceia (refeição noturna) e se acha superior aos
demais (veja: Poderá Viver... pág.125) e isso é afirmado sem nenhuma razão bíblica concreta. Talvez
seja por isso que atualmente, a organização é chamada de apenas “Torre de Vigia” e seus templos de
“salão do reino” e não “igreja”, pois eles não se consideram como “a Igreja”. Se bem que alguns anos
atrás ainda traziam este nome. Chegam ao absurdo de dizerem que: “Jó, Davi e João, o batizador...
constituirão a nova terra...” (Idem – pág.126 &31), ou seja, não irão para o céu, ou melhor, não foram.
Para as TJs, nem um dos santos do VT poderá chegar ao céu, porque segundo elas, não fazem parte
dos 144 mil.

Outro erro grotesco cometido pelas TJs é a idéia de que somente os 144 mil são a Igreja de
Jesus. O que a Bíblia diz, e o que eles são na verdade, é um remanescente convertido do povo judeu e
que pregarão na grande tribulação: “E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo, cento e
quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel: da tribo de Judá havia doze mil
assinalados; da tribo de Rúben... da tribo de Gade... da tribo de Aser... da tribo de Naftali... da tribo de
Manassés... da tribo de Simeão... da tribo de Levi... da tribo de Issacar... da tribo de Zabulom... da tribo de
José... da tribo de Benjamim, doze mil assinalados (de cada tribo)” (Ap 7.4-8 – o grifo é meu)

A Bíblia ensina que vamos para o céu?

A Palavra de Deus elucida a questão quanto a nossa ida para o céu, pois logo após o Livro de
Apocalipse falar dos 144 mil judeus convertidos, é mostrado as demais nações, povos, línguas e
tribos juntos ao Cordeiro: “Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém
podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e

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em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos” (Ap 7.9).

Mais versículos que falam sobre o céu...

“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.6).

“Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus”
(Mt 5.10).

“Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram
aos profetas que foram antes de vós” (Mt.5:12).

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há
muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos
preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós
também” (Jo 14.1-3)

“Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum
entrareis no reino dos céus” (Mt.5.20).

“O primeiro homem, sendo da terra, é terreno; o segundo homem é do céu” I Co 15.47

“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabern|culo se desfizer, temos de Deus um
edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. Pois neste tabernáculo nós gememos, desejando
muito ser revestidos da nossa habitação que é do céu,” (II Co 5.1-2).

“Conheço um homem em Cristo que h| catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não
sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu” (II Co 12.2).

“Mas a nossa p|tria est| nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus
Cristo” (Fl 3.20).

“por causa da esperança que vos est| reservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da
verdade do evangelho” (Cl 1.5).

“{ universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e
aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.23) ainda I Pedro 1.4

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Deus não faz acepção de pessoas...

“E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor
tanto deles como vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas” (Ef 6.9). Como
poderíamos aceitar estes dois apriscos (terrestre e celestial) sem duvidar da imparcialidade de Deus?
Se Ele escolhesse levar um grupo de filhos para o céu e deixasse a maioria em um plano inferior na
terra por razões misteriosas que só uns poucos “iluminados” conseguem enxergar - Que Deus seria
esse? A Bíblia é enfática ao dizer que “para com Deus não há acepção de pessoas”! Acredito que se
Deus levar um grupo de seus filhos para o céu e deixar a maioria na terra, em um plano inferior, seria
de uma injustiça sem igual!

“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela...” (Mt 16.18).

A palavra grega “ekklesia” (Igreja), literalmente, refere-se à reunião de um povo, por


convocação (grego Ekkaleo). No NT, termo designa o conjunto do povo de Deus em Cristo, que se
reúne como cidadãos do reino de Deus (Ef 2.19), com o propósito de adorar a Deus (Jo 4.23-24). A
palavra Igreja pode referir-se a uma Igreja local (Mt 18.17, At 15.4) ou à Igreja no sentido universal
(At 16.18, At 20.28, Ef 2.21-22). A Igreja é composta por filhos de Deus através de Jesus Cristo (Jo
1.12) que irá morar nos céus com o Ele (Hb 12.23). Veja que o texto de Hebreus diz: “igreja dos
primogênitos inscritos nos CÉUS”, a palavra “primogênitos” está no plural indicando que todos os
filhos de Deus compõem a Igreja que está arrolada nos Céus.

Louvado seja Deus que nos dará além da nossa primogenitura, que é a nossa filiação, o direito de
morar ao Seu lado no céu.

Todos os que aceitam a Jesus compõem a igreja de Cristo

“e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu { Igreja,
que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas” (Ef 1.22; Cf. Hb 3.6; ITm
3.15.

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A Igreja vai para o céu

“Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos
de Deus” (Jo 1.12)

“Mas tendes chegado ao Monte Sião, e { cidade do Deus vivo, { Jerusalém celestial, a miríades de anjos;
à universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos
espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.22-23)

“e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à
Igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas” (Ef 1.22; Cf.
Hb 3.6, ITm 3.15)

“..., saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da
verdade” (I Tm 3.15).

“mas Cristo o é como Filho sobre a casa de Deus; a qual casa somos nós, se tão-somente conservarmos
firmes até o fim a nossa confiança e a glória da esperança” (Hb 3.6)

A compreensão dos textos acima é simples. Você aceita a Jesus Cristo como seu Salvador e se
torna filho de Deus. Quando você se torna filho se transforma em casa de Deus, em morada do
Espírito Santo (I Co 3.16) e sendo “casa de Deus” você é automaticamente a Igreja de Jesus Cristo na
Terra. Essa Igreja representa o corpo do Senhor movendo-se na terra e fazendo a obra do Pai. É
lógico que quando Jesus voltar para buscar a sua Igreja (Jo 14.1-3, I Ts 4.13-18), Ele não vai levar
uma parte do seu corpo e deixar a outra, mas como disse Paulo; “estaremos com Ele” (Fl 1.23).

Naquele dia será uma grande festa entre o noivo e a sua “Igreja noiva” (II Co 11.2, Ef 5.23-
27). O Apóstolo Paulo escreveu a maior parte das epístolas do NT e nunca fez separação entre o povo
de Deus em duas classes. A única vez que há uma separação é quanto a gentios, judeus e igreja, mas
sempre subtendendo uma questão de ordem, porém quando ambos se convertem, todos se tornam
parte de um único povo – a igreja. (leia: Rm 16.16, I Co 1.2, I Co 16.19, II Co 1.1, Gl 1.2, Cl 4.15, I Ts
1.1, II Ts 1.1, I Tm 3.5, I Tm 5.16, Fl 1.2). A Igreja de Jesus Cristo não é composta de somente 144 mil
judeus, mas de todos os que de coração servem ao Senhor!

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A Jerusalém celestial – o céu para onde a igreja será arrebatada

A Igreja será arrebatada ao céu que é a mesma coisa que Jerusalém celestial, leiamos: “Mas
tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos; à
universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos
espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.22-23).

Nesta cidade celestial viveremos com Jesus por toda a eternidade. O patriarca Abraão tinha essa
mesma esperança; “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de
receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé peregrinou na terra da promessa, como em
terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque
esperava a cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus” (Hb 11.8-10).
Abraão sabia que a terra que lhe fora prometida, aqui no mundo, não era o fim da sua jornada. Pelo
contrário, o fim era bem além, na cidade celestial que Deus preparara para seus servos fiéis. Abraão
serve de exemplo a todo povo de Deus (Gl 3.14). Devemos reconhecer que estamos apenas de
passagem neste mundo, caminhando para o nosso verdadeiro lar no céu. Não devemos pensar em
segurança plena neste mundo, nem ficar fascinado por ele como fazem os pecadores (Hb 11.13).
Devemos nos considerar estrangeiros e exilados na terra. Esta não é a nossa pátria, mas território
estrangeiro; o fim da nossa peregrinação será uma pátria melhor (Hb 11.16, Fl 3.20), a Jerusalém
Celestial (Hb 12.22) e a cidade permanente (Hb 13.14).

O tamanho da cidade celestial – a nova Jerusalém

A Nova Jerusalém é um cubo perfeito, por ser totalmente quadrada. É a cidade que Deus tem
preparado para sua Igreja (Hb 12.22-23). A Nova Jerusalém tem doze mil estádios por cada lado (Ap
21.16). Cada milha tem oito estádios, portanto calcula-se que a Nova Jerusalém tem mil e quinhentas
milhas por cada lado, ou seja, a nova Jerusalém, tem quase três mil quilômetros de altura, três mil de
comprimentos e três mil de largura. Nessa cidade daria para construir 15 bilhões de casas. Em outras
palavras, haveria casas para todas as pessoas da terra. Bem disse Jesus: “Na casa de meu Pai há
muitas moradas...” (Jo 14.1-3).

Mas os santos não herdarão a terra?

É argumentado pelas TJs em seu Livro “Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra”
(Pág.7-15) que o homem herdará a terra e não o céu. Os versículos usados são os seguintes; Sl 37.29,
Mt 5.5. Esses textos falam sobre uma herança e é dito que esta herança é a terra, mas que terra será
essa? Apesar dos vários versículos citados a respeito da nossa ida para o céu, gostaríamos de

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esclarecer mais alguns pontos:

1) Se somente os mansos e justos herdarão a terra, significa isso que os “ungidos” não são nem
mansos e nem justos? Afinal de contas é uma promessa imperativa; “Os justos herdarão a terra” e
pelo texto de Apocalipse cap 14 é dito que os 144 mil são realmente justos. Como entenderemos isso?
Das duas, uma: ou eles também vão herdar a terra ou então todos os justos vão para o céu.

2) A Bíblia também nos mostra a destruição dessa terra por completo e no livro de Apocalipse (ou
Revelação) é mostrado um novo céu e uma nova terra totalmente diferente do argumentado pelas TJs
(confira na Bíblia: Ml 4.1, II Pe 3.7, Ap 21.1-8, Ap 22.1-5). O estado final de tudo pregado pelas TJs é o
citado pelo texto de Is 65 e 66, mas uma ligeira comparação e ver-se-á que as profecias são diferente
e para outras épocas e circunstâncias. Tanto é que no texto de Isaías fala de morte, de dias e noites,
etc...Mas no texto de Apocalipse há um nítido contraste; ali fala de eternidade sem morte, que não
existe mais o mar de água e sim um mar de vidro, não há dia nem noite, não há fome ou sede, etc...,
Concluímos então que as profecias são totalmente diferentes. Isaias aponta para o milênio (que não é
o estado eterno) e João fala do estado eterno do mundo, o que vemos em Apocalipse é um único
lugar, lindo e maravilhoso, chamado de o “Novo Céu e Nova Terra”, no qual iremos morar
eternamente!

Fatos sobre a palavra “Terra”


1)Terra significa: “Lugar ou planeta onde habitamos”; 2) Solo sobre o qual se anda; 3) Parte
sólida da superfície; 4) Localidade, pátria (Dicionário da Língua Portuguesa - Carvalho).

Pelo que vemos sobre a palavra “Terra” não há nada demais se declaramos; “A nossa Terra está
no céu” (Cl 3.20). É interessante notarmos que há terra no céu, é isso mesmo eu não estou brincando
está na Bíblia, vejamos - “Estão chegando desde a terra longínqua, desde a extremidade do céu. Jeová
e as armas de sua verberação, para estragar toda a terra” (Is.13.5 - TNM). O texto em lide chama o céu
de “terra longínqua”. Abraão sabia dessa terra celestial e lá esperava um dia morar. A palavra de Deus
nos mostra que, embora o Senhor houvesse dito que a descendência de Abraão herdaria a terra da
Palestina, Abraão não se interessava pelo terreno, mas aguardava o celestial (Hb 11.16).

Pelos textos que falam do céu, pela prova Bíblica que há uma terra celestial corroborados pelas
explicações acima, podemos concluir que a terra prometida para os filhos de Deus é a celestial!

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O Salmo 37
Vejam explicação da Bíblia Apologética para a argumentação Jeovista sobre o Salmo 37:
“Quando esses versículos são analisados dentro do seu próprio contexto, apresentam um quadro
completamente diferente da crença das Testemunhas de Jeová. O Salmo 37 fala sobre a prosperidade
aparente dos ímpios, que é passageira. Somente os justos serão felizes. Embora alguns teólogos
entendam que essa passagem se refira ao milênio, parece que o Salmo não descreve um tempo futuro. O
que se espera ver no presente é que os mansos prosperem sob a bênção de Deus, e os ímpios paguem um
alto preço. Por exemplo, os versículos 1 e 2 recomendam que não nos indignemos por causa dos
malfeitores. No versículo 25 o salmista descreve o que observou na sua vida, e o mesmo ocorre com os
demais versículos. Concluímos que o Salmo 37 fala de eventos que aconteceram durante a vida de Davi.
Quando analisamos o Salmo em seu contexto, podemos entender que diz respeito aos benefícios
imediatos da boa conduta, e ao fim infeliz dos ímpios. O alvo de Israel era manter os limites geopolíticos
de sua nação, isso somente seria possível através da graça de Deus: os mansos herdarão a terra. Aqueles
que fossem submissos a Deus, continuariam na terra prometida”.

(Para entender melhor está questão, leia o livro “Céu e Inferno” do Prof. João Flávio Martinez,
editado pelo CACP).

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NEGAM A VIDA APÓS A MORTE

“Que a alma continua viva após a morte é uma mentira inventada pelo Diabo. E
também é difundida pelo Diabo...” Livro: “Poderá Viver... pág.89-&12”.

Se perguntarmos a uma TJ: “Para onde vão as almas dos que morrem?” A resposta seria algo
como: “A lugar nenhum, pois quando o homem morre, ele para de existir”. Para as TJs, o homem é como
um animal irracional, na sua morte deixa simplesmente de existir, ou seja, passa para um estado de
total inconsciência e inatividade, seu espírito se extingue na hora da morte. O fato é que a Bíblia
descorda veementemente com tal teoria. O Senhor Jesus Cristo corroborou com esse ensino da vida
da alma após a morte, embora seja dito que quem fala de vida após a morte é instrumento do Diabo.
Porventura foi Jesus Cristo tal instrumento quando proferiu o ensinamento sobre o rico e Lázaro
(medite em Lc 16.19-31).

Questões sobre a vida após a morte


– Se o homem morre e sua alma também, com quem Jesus
conversou no monte da transfiguração, visto que Moisés já
havia morrido? Leia na TNM: Deuteronômio 34.7 – Mateus
17.3.

– Se a alma é o sangue e se morre quando o corpo morre,


que almas eram aquelas que gritavam debaixo do altar de
Deus? Leia na TNM: Revelação (Ap.) 6.9-10.

- Se quando o homem morre tudo acaba, o que é que volta a


Deus? Leia na TNM: Eclesiastes 12.7

- Se o homem só é composto de alma e corpo, estaria o apóstolo Paulo errado ao admitir que o
homem tenha três partes? (espírito, alma e corpo). Será que não é claro que o homem é mais do que
uma alma? Leia na TNM: I Tessalonicenses 5.23.

- Se o homem é só uma alma, como ele poderá adorar a Deus, pois está escrito que é com o espírito
humano que se adora o Pai? Leia na TNM João 4.23-24.

- As TJs afirmam que a alma é só o sangue, mas sangue tem sentimentos? Como pode o sangue ficar
contristado? Leia na TNM: Mateus 26.38.

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Um texto para ser meditado

Um dos textos mais utilizado pela


“Torre de Vigia” é os de Eclesiastes que
reza: “Porque os vivos sabem que hão de
morrer, mas os mortos não sabem cousa
nenhuma, nem tampouco terão eles
recompensa, porque a sua memória jaz no
esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles
já pereceram para sempre não têm eles
parte em cousa alguma do que se faz
debaixo do sol”. (Ec 9.5-6)

Conforme explicitado em todo o nosso escopo teológico, a Bíblia ensina que a alma sobrevive
à morte em um estado de compreensão consciente. As passagens que dizem não haver conhecimento
ou recordação após a morte estão se referindo a não ter memória neste mundo, e não deste mundo.
Salomão claramente especificou o seu comentário dizendo que era na sepultura (Ec 9.10) que não
haveria nem ciência nem sabedoria alguma. Ele também afirma que os mortos não sabem o que está
acontecendo debaixo do sol. Os mortos não sabem nada do que diz respeito ao que se passa no
mundo. Mas enquanto eles não sabem nada o que está se passando na terra, certamente conhecem o
que está se passando no céu (Ap 6.9). Esses textos referem-se a seres humanos em relação à vida na
terra. Eles não dizem nada a respeito da vida imediatamente posterior a esta.

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NEGAM A EXISTÊNCIA DO INFERNO

No livro “Seja Deus Verdadeiro” está escrito: “A doutrina de um inferno de fogo, onde os injustos
serão eternamente torturados depois da morte não pode ser verdadeira por quatro razões: 1) É
completamente contrário às escrituras; 2) é irracional; 3) É contrário ao amor de Deus; 4) É
repugnante a Justiça”.

Observemos em separado cada um desses pontos, e vejamos com quem está a razão:

1) A Doutrina sobre a existência do Inferno é teologicamente visível em toda a Bíblia, mostrando


assim que esta doutrina nunca foi contra a Bíblia, mas corroborada por ela. Leiamos: Dt 32.22; Jó
22.6; Am 9.2; II Pe 2.4; Pv 27.20; II Ts 1.7-9; Ap 14.9-11; Mc 9.47-48; Mt 22.33; Lc 16.22-23; Mt 25.47-
46... É impossível duvidarmos do ensino das escrituras e da seriedade com que Jesus Cristo falava
acerca do Inferno. O caráter do ensino de Cristo indica fortemente que o inferno é um lugar literal.

2) As TJs dizem que o ensino sobre o inferno é irracional, mas a Bíblia mostra ser o contrário:
A Bíblia diz: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para
ele é loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (I Co 2.14). A
doutrina do inferno só é irracional para o homem natural, não convertido. Dai ser fácil concluir
porque as TJs acham o ensino sobre o inferno irracional, eles nunca nasceram de novo. Somente os
nascidos de novo entendem a Palavra de Deus e não recusa nenhuma verdade por mais dura que
seja. Veja, os espíritas também não aceitam a doutrina do inferno e se igualam às TJs neste particular.
Com tantos textos existentes na Bíblia a respeito de tal lugar é diabólico fugir dessa realidade por
mais dura que seja.

3) — A doutrina do inferno não é contrária ao amor de Deus, como dizem as TJ:


Todos os que falam assim deixam de reconhecer a santidade de Deus e a necessidade do
pecado ser punido por causa dessa santidade. Lembremos que Deus é amor. Deus amou o mundo
inteiro e quer que todos se salvem (ITm 2.4). Apesar de Deus querer salvar todos os homens, Ele não
age contra a vontade humana, o homem é, por vontade e determinação de Deus, um ser livre para
escolher, só depende dele. O inferno não havia sido projetado para o homem e sim para o Diabo e
seus anjos (Mt 25.41), mas com a desobediência acabou recebendo o mesmo destino (Mt 25.46).
Sabemos que o fundamento de todo governo é a justiça, sem a justiça impera a anarquia. A justiça e a
verdade não neutralizam o amor de Deus, antes o exalta.

4) — A doutrina do inferno e do lago de fogo não é repugnante à justiça:


Se Deus fosse aplicar de maneira mecânica sua justiça , o que é mais que justo pois de fato a
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merecemos, cada um de nós receberia a condenação (Jo 3.18). Merecemos a justiça, mas Deus nos
concede a misericórdia pela sua graça, por causa do seu Filho Jesus (Rm 3.26). Todos devem ser
salvos da mesma maneira, através dos méritos de Cristo (Ef 2.8-9). Deus é justo e justificador daquele
que tem fé em Jesus. O Inferno sem os ensinos cristalinos da Palavra de Deus, é uma dura realidade
que até gostaríamos de não aceitá-la, todavia nós nos curvamos ante a excelsa soberania de Deus. O
inferno não só é uma realidade, mas também um lugar de sofrimento (Judas 7), dor (SI 116.3),
tormento (Lc 16.24,25,28), ira (Ef 2.3, Cl 3.6), condenação eterna (Mc 3.29) e tormento eterno (Mt
25.41, 46; Mc 9.44-46).

Questionamentos baseados na TNM sobre a doutrina do inferno

- Se o inferno não existe o que é que Jesus disse que foi


preparado para o diabo e seus anjos? Leia na TNM: Mateus 25.41

- Se o inferno não existe, o que é “FOGO ETERNO”? Leia na TNM:


Mateus 25.41

- Se o inferno não existe, onde é que o gusano (verme) nunca morre


e o fogo não extingue? Leia na TNM: Marcos 9:48; Lucas 3:17.

- Se a palavra inferno, no original, também se traduz por geena, o


que é geena ardente? Leia na TNM: Mateus 18.9

- Por que Jonas, estando no ventre do grande peixe e passando por grande angustia e sofrimento, diz
estar no inferno? Será que Jonas não quis mostrar que o inferno é um lugar onde se fica vivo e em
grande sofrimento ao contrário do que é dito pelas TJ? Será que o sofrimento de Jonas não é parecido
com o rico da passagem de Lucas? Leia na TNM: Jonas 2.2 — Lucas 16.23.

- As Testemunhas de Jeová afirmam que a palavra “Hades” significa “sepultura”, mas por que no texto de
Lucas é dado o sentido de sofrimento? Leia na TNM: Lucas 16:23. E ainda: por que a palavra
sepultura tem nome próprio (mnemeion) no grego?

- Por que em varias enciclopédias Bíblicas a palavra “Inferno” significa: “Lugar destinado ao suplício das
almas”? Leia na TNM: Lc16:23 e compare com a Enciclopédia da Ed. Vida.

- O que é decepamento eterno? E por que “decepamento” eterno esta em contraste com vida eterna?
Leia na TNM: Mateus 25.46”.

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AFIRMAM QUE OS ANJOS TÊM VIDA SEXUAL

Ainda o livro, “Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra” —


Páginas 93 e 94: “Sim, os anjos assumiram corpos carnais, e vieram
à terra para ter relações sexuais com belas mulheres... nasceram
filhos a esses anjos e suas esposas.” As TJs são impressionantes em
suas heresias, desconhecem por completo as regras básicas de uma
boa hermenêutica. Uma delas é —“A Bíblia interpreta a própria
Bíblia”. O texto que as TJs usaram para falar tal heresia foi Gênesis
cap.6, onde é dito o seguinte: “Sucedeu que, quando os homens
começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas,
viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e
tomaram para si mulheres de todas as que escolheram”.

Comentário

“Quem são os filhos de Deus? E as filhas dos homens? Filhos de Deus seriam, naturalmente,
aqueles em quem se via refletida a santidade divina, ao passo que filha dos homens seriam aquelas
consideradas corruptas. Naquela época havia duas raças distintas: os descendentes de Sete(Gn.5:4), e
os descendentes de Caim (Gn.4: 17). Com lógica, baseado no que foi dito pelo Senhor Jesus em Mt
22.30, os filhos de Deus seriam os descendentes de Sete e as filhas dos homens, seriam descendentes
de Caim”.

Ainda a Bíblia Explicada de Estudos da Editora CPAD explica o seguinte: Lemos em Mateus
22.30 que “pois na ressurreição nem se casam nem se dão em casamento; mas serão como os anjos no
céu” . A expressão “tomaram para si mulheres” é usada no VT somente com referência ao casamento
legítimo; nunca às relações sexuais ilícitas. É claro que havia nesse tempo duas raças distintas: a
descendência de Sete e a de Caim... os filhos de Deus foram a descendência de Sete, e as filhas dos
homens a descendência de Caím.

Vemos assim que o ocorrido não tem nada haver com uma relação sexual de outro mundo. O
Senhor Jesus foi enfático ao afirmar que os anjos “não se casam e nem se dão em casamento” e que por
isso seríamos semelhantes a eles lá no céu. As TJs, por serem uma organização desvirtuada da
verdade cristológica, acabam inventando doutrinas bárbaras e incompatíveis com a palavra de Deus.

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AS LITERATURAS DA ORGANIZAÇÃO EM PÉ DE IGUALDADE COM A BÍBLIA

Dizem as TJs: Jeová Deus proveu também sua


organização visível, seu escravo fiel e discreto, composto
dos ungidos com o espírito, para ajudar os cristãos em todas
as nações a entender e a aplicar corretamente a Bíblia na
sua vida. A menos que estejamos em contato com este canal
de comunicação usado por Deus, não avançaremos na
estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia (“A
Sentinela”, 1-8-1982, p. 27).

Tal afirmação é uma amostra do medo que as seitas sentem da Verdade exposta na palavra de
Deus. Procuram impedir os seus membros de ler e estudar, pois sabem que se assim o fizerem
chegaram ao conhecimento da verdade. Pois a mentira só permanece enquanto a verdade não chega.
É impressionante como Jesus relacionou o conhecimento da verdade com liberdade quando disse: “e
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertar|” João 8.32 – As TJs são escravas do Corpo
Governande, escrvas de um sistema ditatorial que tira a expressividade do indivíduo.

Praticamente existem dois modos de estudar a Bíblia: o modo certo e o modo errado. O modo
errado é usar as Escrituras para provarem os seus pressupostos doutrinários. Introduzindo assim o
que o conceito humano acha, preocupando-se em não ferir a sua ética própria. Entretanto, o modo
certo é aproximarmos da Palavra de Deus com um coração honesto, dependendo do Espírito Santo
(Jo 16.15). Ao estudar a Palavra devemos ter uma mente pura e sem preconceitos. No caso do
inferno, por exemplo, as TJs lêem os textos, mas por acharem terrível tal idéia, desacreditam da
verdade de Deus em prol de pressupostos humanos. Em certa conversa com um ancião das TJs, fui
informado que os seus adeptos não podem ler outros livros e são ameaçados com a exclusão se o
fizerem. Bem diz o vulgo popular: “quem não deve, não teme”!

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SÃO REBELDES ÀS AUTORIDADES

Dizem que a política, o comércio e a religião formam a trilogia


pelas quais o diabo domina o mundo. Não deve por isso, um verdadeiro
cristão prestar ajuda a nenhum governo. Os russelitas não votam, não
aceitam cargos públicos, recusam servir à pátria, à bandeira nacional e
outros deveres patrióticos. Essa posição tem lhes causado conflito com os
tribunais de vários países, muitas TJs foram presas por causa de um
ensinamento distorcido deste Corpo Governante. O interessante que um de seus Lideres, o Sr. Joseph
F. Rutherford, era juiz de direito e possuidor de uma grande mansão na cidade de São Diego,
Califórnia. Antigamente eles podiam servir a pátria e saudar a bandeira, sendo tudo isso proibido
posteriormente sob a alegação de que receberam uma “nova luz” de entendimento. Entretanto o que
os fatos mostram é que as TJs têm é andado em trevas todo esse tempo!

Sabemos, porém que o ensino da Bíblia não está, de maneira nenhuma, de acordo com esse
raciocínio. A verdade é que a Palavra de Deus ensina o oposto - ela ensina a sermos submissos às
autoridades e prestativos ao nosso governo.

Leiamos: “Disse-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mc
12.17). “Toda alma esteja sujeita {s autoridades superiores; porque não h| autoridade que não venha
de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à
ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não
são motivos de temor para os que fazem o bem, mas para os que fazem o mal. Queres tu, pois, não temer
a autoridade? Faze-o bem, e terás louvor dela; porquanto ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se
fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador em ira contra
aquele que pratica o mal. Pelo que é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa da ira,
mas também por causa da consciência. Por esta razão também pagais tributo; porque são ministros de
Deus, para atenderem a isso mesmo. Dai a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem
imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra”(Rm 13.1-7). Leia também: I Tm 2.1-3,
Mt 12.24-27.

O Senhor Jesus Cristo mandou que pagássemos a César o que é de César. O texto na carta
paulina nos deixa mais claros ainda a respeito à submissão do cristão às autoridades constituídas
legalmente. Portanto, seja um bom cristão — Urge relembrar que as TJs sob uma “nova luz” já
mudaram várias vezes a interpretação desse texto. Com certeza essa luz não é de Deus, “E não é de
admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz” II Coríntios 11.14.

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CONCLUSÃO

O intuito de termos escrito e compilado tal obra não é ofender


ninguém, mas de alertar do perigo que se corre quando a Bíblia é
interpretada sem nenhum conhecimento teológico adequado. Sabemos de
casos a respeito das seitas que levaram milhares a morte, crédulas em suas
doutrinas falsas. O fato de não possuirem um senso crítico, por terem
passado por uma lavagem cerebral através de técnicas de persuasão,
deixaram se controlar em demasia pelos seus lideres, que muitas vezes só
estavam preocupados em construir seu próprio paraíso particular.

Entre as TJs, por exemplo, ouve a pouco tempo na TV o caso de um


rapaz que precisava receber sangue, se os médicos não entresssem com uma liminar judicial para
salvá-lo, os pais teriam deixado e consentido com a morte do filho. E por que isso tudo ocorre? A
resposta é falta de conhecimento Bíblico e de alerta da parte dos verdadeiros cristãos. Por isso,
oremos e evangelizemos as TJs!

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Autores:
Prof. João Flávio Martinez, formado em teologia pela Escola de Educação Teológica das
Assembléias de Deus – EETAD, Apologista, professor de religião e presidente do Centro
Apologético Cristão de Pesquisas – CACP, graduado em História. Tem desenvolvido
pesquisas e escrito diversos artigos sobre temas relacionados à fé cristã.

Pb. Paulo Cristiano da Silva é apologista e acumula cargos de grande responsabilidade na


área do ensino: é co-fundador e vice-presidente do CACP (Centro Apologético Cristão de
Pesquisas) e membro da comissão revisora do curso teológico do Instituto Bíblico das
Assembléias de Deus em S.J.R.P. Gradua-se em Ciências Sociais pela Faculdade UNICERES.
Tem desenvolvido pesquisas e escrito diversos artigos sobre temas relacionados à fé cristã.

BIBLIOGRAFIA

Os Profetas Das Grandes Religiões - R. R. Soares – Ed. Da Graça;

20 Razões Porque Não Sou Tj, A Justus;

O Pentateuco, Ed. EETAD;

Heresiologia - EETAD;

Revista Defesa Da Fe;

Bíblia Pentecostal,Ed. CPAD;

Bíblia Explicada; Ed. CPAD;

Bíblia de Jerusalém;

Bíblia ‘Vida Nova’;

Bíblia Scofield;

Bíblia Anotada;

Bíblia Em Cd Rom;

Bíblia TNM;

Bíblia ARC;

Estudos Particulares do Prof. João Flávio Martine;

“O PIOR INIMIGO DA SOCIEDADE TORRE DE VIGIA E A SUA LITERATURA”.


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