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Orientação para Planos

de Aulas (OPA)
Uma parceria entre a SED/SC
e o Instituto Ayrton Senna

Matemática
Desafios em funções, padrões, geometria e trigonometria
para conhecer mais Matemática

1º ano/4º bimestre
1º ano/4º bimestre
Orientação para Planos de Aulas
Uma parceria entre a SED/SC (OPA)
e o Instituto Ayrton Senna

Matemática
Desafios em funções, padrões, geometria e trigonometria para
conhecer mais Matemática

Introdução p. 02

Mapa das atividades p. 09

Quadro-síntese das atividades p. 10

Sequência didática 1 (SD) p. 12


Sumário

Sequência didática 2 (SD) p. 18

Sequência didática 3 (SD) p. 19

Sequência didática 4 (SD) p. 22

Sequência didática 5 (SD) p. 26

Sequência didática 6 (SD) p. 29

Introdução
Caro(a) professor(a),

As sequências didáticas propostas para o bimestre (ver quadro adiante) compreendem


jogos, revisão de potenciação e circunferência, matemática e arte, estudo de funções de
domínio discreto, função exponencial e a ampliação dos estudos de trigonometria com
atenção para a introdução do círculo trigonométrico.

As propostas de resolução de problemas terão continuidade com foco na busca por


estratégias de sua resolução e na leitura e interpretação de textos. Continuamos com as
sessões de cálculo mental e uma previsão de tempo para atividades de avaliação.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 2


Neste material, são apresentadas propostas que permitem aos estudantes revisar
noções, conceitos e procedimentos normalmente explorados no Ensino Fundamental.
Como é o caso de algumas noções básicas de geometria, mas desta vez relativas ao
círculo e à circunferência. Nós nos aproximamos ainda mais do foco, a fim de desenvolver
habilidades socioemocionais, especialmente a organização, o protagonismo, a resolução
de problemas, a comunicação e a autogestão.

A respeito do estudo de funções no primeiro ano, gostaríamos de observar que, de modo


geral, o estudo de função exponencial é apresentado sem relação com progressões e
sequências. Nós fizemos um pequeno ajuste. Neste quarto bimestre, a proposta é uma
forma de mantermos o trabalho com sequências e sua relação com funções, agora a
exponencial. Dessa forma, os alunos podem continuar refletindo a respeito do conceito
de função e analisar como é a representação gráfica de uma função com domínio
discreto.

Abordar funções exponenciais a partir de sequências permite que os jovens exponham


dúvidas que ainda permaneceram do estudo de funções. Propicia, também, a exploração
de padrões e a busca de regularidades, noções de potência, crescimento e
decrescimento de funções.

Na abordagem que escolhemos para a ideia de exponencial, os alunos poderão ter o


primeiro contato mais formal com a noção de infinito, além de explorar situações-
problema envolvendo variação de grandezas e o desenvolvimento da linguagem
geométrica.

Vale ainda um comentário a respeito da ampliação da trigonometria para o estudo do


círculo trigonométrico e da medida de ângulos em radianos. Nesta proposta de educação
integral, dividimos o estudo da trigonometria em três partes, sendo a primeira relacionada
ao triângulo retângulo, a segunda a um triângulo qualquer e, agora, iniciamos a
exploração do círculo trigonométrico e do radiano, garantindo que os estudantes possam
fazer, simultaneamente, uma breve revisão de noções básicas de ângulo e triângulo.
Deixamos a apresentação do círculo trigonométrico para o final do primeiro ano, após
uma revisão de circunferência, círculo, arcos e medidas de arco. A trigonometria da
primeira volta e as funções trigonométricas seno, cosseno e tangente serão objeto do 1º
bimestre do 2º ano. Com essa organização, pretendemos ampliar o tempo da
aprendizagem dos alunos, com a expectativa de que, mantendo constante o ensino desse
tema, seja possível garantir aprendizagens importantes para resolver problemas
trigonométricos e habilidades de percepção espacial.

Mantenha foco na avaliação

Nos bimestres anteriores, apresentamos o desafio de avaliar os alunos em aspectos


socioemocionais e cognitivos presentes na Matriz de Competências e também o domínio
de habilidades matemáticas. Estas são metas desta proposta curricular de Ensino Médio.
Propomos, para esse desafio, que você se organize com um caderno de anotações para
os registros de suas observações.

Sugerimos que, ao longo das aulas, você registre suas observações de indícios de
avanços e dificuldades dos jovens em relação aos objetivos de cada atividade. Tanto a
respeito de algumas habilidades matemáticas (comunicação e argumentação) como de
competências socioemocionais inerentes ao processo de resolver problemas, de
desenvolver a capacidade argumentativa (raciocínio lógico) e de aprender
colaborativamente.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 3


Para este bimestre, trazemos uma sugestão a mais para complementar o caderno de
anotações. Vamos chamá-la mapa de resultados.

Nesse mapa, vamos listar os objetivos e as competências socioemocionais que queremos


estimular os jovens a desenvolverem, assim como apresentar orientações para a gestão
das aulas e para sua presença pedagógica. Nesse mapa, você terá a visão do todo e
poderá intervir com maior clareza e foco. Seu registro será feito sobre a classe como um
todo e, na última coluna, você poderá escrever questões específicas para um aluno ou
grupo de estudantes.

Novamente afirmamos que a observação direta dos jovens e de suas produções é central
para podermos compreender a sua evolução na direção de ações matemáticas cada vez
mais avançadas. Também sabemos que nem sempre é possível observar a todos, mas,
se a cada aula você se organizar para observar três ou quatro jovens e mantiver isso
anotado, em poucas semanas todos os seus alunos terão sido acompanhados por você.
Com o tempo, essa prática se tornará cada vez mais simples e imprescindível em sua
tomada de decisões a respeito de avançar com as atividades, retomar algumas delas,
inserir aulas para resolver dúvidas e dificuldades dos estudantes. Em outras palavras, o
registro é a coleta de dados que permite decisões embasadas.
Vamos ao mapa!

Turma: __________________________________________
Objetivos gerais das atividades: (aqui você completa a partir do mapa das OPAs dos
diferentes bimestres)

SIM NÃO
Atividades IDENTIFICAÇÃO ex: Observações
SD1- atividade X
específicas

Os alunos
reconhecem e
valorizam a
matemática
envolvida
Os estudantes
se mobilizam
nas atividades
propostas
Os jovens
resolvem os
problemas
propostos nas
atividades

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Quanto às competências socioemocionais:

SIM NÃO Observações


Atividades específicas
Autoconfiança: Os
alunos se expuseram?
Falaram suas opiniões
sem temer julgamento do
colega ou o seu?
Colaboração: Todos os
estudantes participaram
e colaboraram com o
trabalho de cada dupla
ou grupo?
Leitura: Os jovens
identificaram os dados
em cada proposta
Argumentação: os
alunos justificam, de
forma coerente,
oralmente ou por
escrito, suas
resoluções para
problemas/atividades
propostos.
Vocabulário
matemático: os
discentes utilizam
termos e notações
relativos aos conceitos
e procedimentos
necessários para
realizar as tarefas e
comunicar ideias
matematicamente.
Resolução de
problemas: Os alunos
se arriscam a elaborar
alguma estratégia para
resolver o problema.
Eles persistem na
busca da resolução

Sobre sua gestão da sala de aula e presença pedagógica:

SIM NÃO Observações


Atividades específicas
Você estudou a
OPA e preparou os
materiais para
cada atividade.
Você envolveu a
todos nas

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diferentes partes
de cada
atividade.

Você propiciou
um ambiente de
liberdade de
expressão para
seus alunos.
Você mediou os
conflitos, sem
julgar, mas
promovendo o
diálogo com
boas perguntas.

A cada atividade, preencha a tabela, reflita sobre ela a cada NÃO registrado, busque
parceiros para auxiliá-lo no desenvolvimento dessa proposta. Que tal trabalhar mais
próximo do professor do componente Matemática? Que tal compartilhar suas
preocupações com seus colegas de escola e com seu coordenador pedagógico?

Para finalizar o ano

Propomos dois momentos para avaliação mais reflexiva. No primeiro, o professor analisa
o andamento das aulas e dos alunos, para, então, decidir se deve continuar ou se é
preciso realizar alguma recuperação de imediato. Sugerimos que esta avaliação seja feita
por volta da terceira semana do sétimo mês de aula. Ir adiante com as orientações das
aulas pressupõe essa tomada de decisão, pois sabemos que, nesta proposta, há muito
mais a ser alcançado do que apenas o cumprimento da lista de conteúdos.
A segunda é a autoavaliação final dos estudantes, com o cuidado de não gerar apenas
mais papel.

No caso da autoavaliação, é preciso lembrar que ela deve permitir ao professor situar o
aluno no processo de ensino e aprendizagem, dando a ele clareza das ferramentas que
possui e dos aspectos nos quais precisa investir mais para aprender melhor. Ao mesmo
tempo em que o docente amplia seu olhar sobre esses jovens e pode direcionar o ensino
de modo mais adequado ao perfil deles, o próprio processo de se avaliar pode gerar
novas aprendizagens, especialmente no âmbito socioemocional. O estudante passa a se
conhecer melhor, ganha consciência de suas forças e fraquezas, pode observar seus
limites e pontos de superação.

No entanto, a avaliação feita pelo aluno exige que a relação entre ele e o professor seja
de confiança recíproca, uma relação de cooperação. O olhar do estudante sobre ele
mesmo não basta. O olhar do docente sobre o aluno também é parcial. É na combinação
desses dois pontos de vista que a avaliação efetiva se realiza.
Isso significa que, em primeiro lugar, o aluno precisa ter clareza do porquê de se
autoavaliar e o que comentar por escrito em relação ao seu desempenho. Os objetivos
do professor e de seu planejamento devem ser conhecidos pelo jovem, ele deve saber o
que era esperado dele nas atividades sobre as quais recai sua autoavaliação. Em

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 6


segundo lugar, depois da autoavaliação, aluno e professor devem conversar e trocar
opiniões complementares sobre os itens descritos no instrumento avaliativo, ocasião em
que a visão do jovem deve ser aperfeiçoada, e, eventualmente, redirecionada, pelas
observações e registros do docente.

Mesmo quando não é possível um retorno individualizado, cabe ao professor ler o que
seus alunos falam de si mesmos e realizar algum tipo de feedback, por grupo ou no
coletivo da classe, sempre sem exposição de ninguém. É essencial que todos saibam
que você concorda ou discorda de alguma informação trazida por eles, e isso deve ser
feito com bons argumentos e registros consistentes das aulas.

Os alunos esperam o olhar do professor, valorizam suas opiniões e aprendem com ele
ao verificar que, com profissionalismo e qualificação, há legítimo interesse por eles como
pessoas, pelos seus saberes e percepções, por suas conquistas e pontos que ainda
precisam de maior investimento.

O retorno das autoavaliações é o ponto-chave para que esse instrumento promova o


diálogo professor-aluno e possa desenvolver no estudante a capacidade de reflexão
sobre seu papel, a gestão de seus processos de aprendizagem e de sua própria forma
de agir nas aulas.

Em Matemática podemos avaliar os eixos com os quais temos trabalhado:

1. O tema específico de números, álgebra e geometria de cada bimestre: pela ampliação


dos campos numéricos, pela linguagem algébrica, pelo estudo de funções, pelo
tratamento de informações, pela trigonometria e a geometria.
2. Resolução de problemas.
3. Cálculo mental.

Muitas vezes, pela premência do tempo, deixamos de conversar com os jovens a respeito
do que já fazem bem e do que, na opinião deles, é preciso melhorar. Esse é um exercício
compartilhado que não pode ser deixado de lado na finalização deste ano, pois ele foi
especial pela inovação e pelas mudanças no sentido de ensinar e de aprender
Matemática.

Se o tempo for o obstáculo, peça apenas que os estudantes pensem a respeito de suas
aprendizagens, organize no quadro, com eles, a lista de tudo que fizeram e do que se
esperava que aprendessem. Incentive que expressem suas opiniões e depois apresente
a sua mostrando, concordâncias e pontos de vista que são seus e que podem ajudá-los
a avançar.

Esta avaliação é o último exercício deste ano e o primeiro do próximo, que vai evidenciar
aos alunos seu percurso e mostrar as conquistas pelo que aprenderam e motivá-los a
continuar aprendendo com a Matemática.

Professor(a), sua tarefa agora é estudar essas orientações para suas aulas, identificando
as atividades de integração na área, preparando-as com seus colegas e, como tem sido
ao longo deste ano, dando continuidade ao olhar diferenciado para a avaliação dos
alunos.
Contamos com você, bom trabalho!

Para saber mais


BOALER, J. Mathematic as Mindsets. San Francisco: Jossey-Bass editions, 2016.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 7


BRASIL, Ministério da Educação/Diretoria de concepções e orientações para a Educação
Básica/Coordenação Geral de Ensino Médio. Ensino Médio Inovador. Disponível em:
bit.ly/EM-inovador. Acesso em: abr. 2017.

BRASIL, Ministério da Educação/Secretaria de Educação Média e Tecnológica.


PCN+Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/Semtec, 2002. Disponível em: bit.ly/pcn-
matematica. Acesso em: abr. 2017.

CALLEJO, M.L; GOÑÍ, J. M (Cords.). Educación Matemática y ciudadanía. Barcelona:


Editorial Graó, 2010.

ESCÁMEZ, J. e GIL, R. O protagonismo na educação. Porto Alegre: Artmed, 2003.

SMOLE, K. S.; DINIZ, M. I. Matemática Ensino Médio. v. 1. São Paulo: Saraiva, 2012.

SMOLE, K. S; DINIZ, M. I.;ISHIHARA, C. A.; PESSOA, N. Cadernos do Mathema, Ensino


Médio - Jogos de Matemática. Porto Alegre: Artmed, 2008.

SPRENGER, M. Memória: como ensinar para o aluno lembrar. Porto Alegre: Artmed,
2008.

VILA, Antoni; CALLEJO, María Luz. Matemática para aprender a pensar. Porto Alegre:
Artmed, 2011.

WALLE, John A. Van de. Matemática no Ensino Fundamental, Formação de Professores


e Aplicação em Sala de Aula. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

Macrocompetências em foco
x Autogestão
x Gestão de processos
x Colaboração
x Curiosidade investigativa
x Resolução de problemas
x Comunicação

Metodologias integradoras
As atividades promovem integração entre alunos e educadores e entre eles e a
concepção de ensino do componente curricular, com base na aprendizagem colaborativa
e na problematização. Conceitos que, por sua vez, favorecem e estimulam oportunidades
de integrar conteúdos de todas as áreas de conhecimento.

Atividades
As ações propostas, para as quais prevemos 36 aulas, não contemplam o total das aulas
do bimestre, porque continuamos deixando, em média, uma aula por semana livre para o
professor retomar e realinhar as atividades. Atendendo tanto aos ritmos de aprendizagem
de cada aluno e turma quanto aos acertos necessários no tempo em função de possíveis
feriados e atividades planejadas pela escola. Nos quadros a seguir, apresentamos o
conjunto de sequências didáticas (SD) e a síntese das atividades, cuja descrição, mais
adiante, traz objetivos e comentários para o planejamento das aulas.

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Mapa das Atividades
Matemática
Nome Conteúdos Indicadores de avaliação Duração Página
Prevista
Resolução de Leitura - Lê problemas de texto.
Problemas Interpretação e - Identifica os dados necessários
resolução de para a resolução de problemas.;
diferentes - Reconhece a situação proposta,
tipos de bem como os dados para sua
problema resolução.
- Cria uma ou mais estratégias de
resolução e as coloca em prática.
Sequência
- Comunica por escrito ou oralmente
Didática 6 aulas p. 12
a estratégia utilizada para resolver
1
um problema.
- Participa das discussões da
resolução dos problemas propostos.;
- Tem iniciativa para resolver
problemas.
- Utiliza argumentos adequados
para analisar resoluções de
problemas.
Cálculo Resolução de - Realiza operações com potências. 10 a 15
Mental equações de - Resolve equações de 2º grau minutos,
Sequência
segundo grau mentalmente. duas
Didática p. 18
vezes
2
Potenciação por
semana
Revendo Potenciação - Resolver problemas que envolvam
Sequência potências a noção de crescimento exponencial
Didática e o cálculo com potências de 9 aulas p. 19
3 expoente inteiro.
Sequências e Padrões e - Diferenciar crescimento linear de
função regularidades crescimento ou decrescimento
exponencial em sequências exponencial.
numéricas - Resolver problemas que envolvam
a noção de crescimento
Função de exponencial.
Sequência
domínio discreto - Associar a determinadas
Didática 11 aulas p. 22
sequências com cálculos
4
Função exponenciais.
exponencial - Identificar o gráfico, o domínio e a
imagem de uma função
exponencial.
- Resolver problemas relacionados à
função exponencial.
Brincadeiras Círculo - Identificar círculo, circunferência e
Sequência com círculo e seus elementos.
Didática a Circunferência - Fazer construções usando
5 aulas p.26
5 circunferênci compasso.
a - Revisar a noção de comprimento
da circunferência e o número Pi.
Sequência Círculo e Círculo - Medir arcos em graus e radianos.
Didática Trigonometria trigonométrico - Localizar ângulos no círculo
10 aulas p.29
6 trigonométrico.
Medidas de arco

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Quadro-síntese das atividades

7º mês 1ª Semana 2ª Semana 3ª Semana 4ª Semana

Aula
SD 1-
1 Aula livre SD 1- Problema 5 Finalização do
SD 1- Problemas 3 Ficha 2 problema da
e4 semana -
Ficha 2 Ficha 5
SD2 SD2
2 Aula livre Ficha 6 propostas Ficha 6 propostas
1e2 3e4 SD 4
SD 3 – Fichas10 e SD 4 Ficha 14
11

3 SD 1- Problemas 1
e2 SD 5
Ficha 1

4 SD 3 - Ficha 9 SD 4
Ficha 13

6 SD 2 SD 3- Pescaria de SD 3 – Pescaria de Avaliação


potência potência
Ficha 12

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Quadro-síntese das atividades

8º mês 1ª Semana 2ª Semana 3ª Semana 4ª Semana

Aula
SD2 SD2
1 SD4 SD 1- Problema 6 Ficha 7 propostas Ficha 8
e7 4a6
Ficha 3 SD 6

SD 6

SD 2 SD6
2 Ficha 7 propostas Batalha naval
1a3 circular
SD 4

3 SD 5- Ficha 8

SD 1- Problemas 8 SD6
4 e9 Estudos orientados
Ficha 4

5 SD 3 – Pescaria de SD 6
Potências Ficha 16

6
Aula livre SD6 Aula livre Aula livre

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SD 1
Aula de resolução de problemas
Seguimos com a aula de resolução de problemas visando ampliar a
capacidade dos alunos de ler, interpretar e resolver problemas.
Espera-se que, ao final do Ensino Médio, eles consigam elaborar e
desenvolver estratégias pessoais de identificação e solução de
Resumo
problemas, aplicando-as espontaneamente a situações da vida
cotidiana. Nas aulas de problemas são selecionadas situações para
incentivar os estudantes a buscar e se apropriar de estratégias
adequadas, tornando-se bons resolvedores de problemas.
Foco Elaborar estratégias pessoais de abordagem de um problema.
Ler e interpretar textos em Matemática, desenvolver argumentações;
ampliar vocabulário matemático; desenvolver uma variedade de
Objetivos
estratégias para abordar e resolver um problema; aprender a
comunicar-se matematicamente.
Recursos e
Fichas 1 a 5 do Caderno do Estudante.
providências

Duração Prevista 6 aulas (sendo uma delas para o problema da semana).

Desenvolvimento

Ao desenvolver esta sequência didática seria importante que você relesse as orientações
que demos anteriormente a respeito do trabalho com a resolução de problemas nos
bimestres anteriores. O mesmo vale para gestão da aula de resolução de problemas.

Gestão da aula

9 Na gestão da aula, lembre-se de: envolver os alunos na busca de uma solução para
as situações-problema propostas, propiciar um ambiente de liberdade de expressão e
compartilhar as vozes, evitando centralizar as aulas e resoluções em você.

9 Na discussão das soluções do problema, faça uma boa mediação na roda de conversa,
de modo que seja instaurado um clima acolhedor às ideias, fazendo com que todos se
sintam à vontade para compartilhar o que pensam e sentem.

9 Quando houver divergências de opiniões, valorize todas, propondo uma atitude de


respeito do grupo em relação à diversidade. Evidenciar as singularidades e coincidências
de valores, ideias, habilidades e pontos de vista é importante para que a turma se
conheça e se reconheça como tal.

9 Lembre-se que é importante que os mais tímidos sejam incentivados a se expressar e


a compartilhar momentos de fala com os colegas.

9 É importante que os jovens não “personalizem” a participação em alguém, por


exemplo, nos líderes de grupo, pois o momento de discussão da solução de um problema
é de caráter coletivo.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 12


9 Indique sempre a importância do registro, orientando os alunos a anotar o que de mais
importante for discutido, bem como as conclusões da discussão.

Considerações a respeito dos problemas desta sequência

Apresentaremos, para este bimestre, dez problemas que todos os alunos devem resolver,
sendo nove para resolução em sala e um como problema da semana (ver explicação na
OPA do 2º bimestre). Também apresentamos seis problemas extras, que deverão compor
a Problemateca, juntamente com os opcionais propostos nos bimestres passados e
outros que você, professor(a), queira acrescentar.

Os problemas de 1 a 9 foram pensados para resolução em sala de aula, como tem sido
feito tradicionalmente desde a OPA do 1º bimestre. Os problemas 1 a 5 (Fichas 1 e 2 do
Caderno do Estudante) são problemas que envolvem raciocínio algébrico ou aritmético,
mas são resolvidos, necessariamente, por algum algoritmo ou equação. Mantendo o foco
da aula de resolução de problemas, escolhemos textos que exigem criação de
estratégias, levantamento de hipóteses, tentativa e erro. A ideia é que, além da
matemática, eles desenvolvam paciência, concentração e persistência, entre outras
habilidades necessárias para aprender, para exercer profissões e para ser cidadão. Para
esses problemas, a execução de um painel de soluções será importante. Se aparecerem
resoluções algébricas, elas devem ser valorizadas, mas em detrimento de outras que
surjam. Os alunos poderão comparar vantagens e desvantagens de cada tipo de
resolução. A respeito do painel, veja orientações dadas nas OPAs anteriores.

Problema 2 - R: Há muitas
respostas possíveis e aqui
colocamos apenas duas delas.
Incentive os alunos a achar pelo
menos três.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 13


Problema 3 - R: alternativa E. Aqui
será importante analisar com eles
as condições para que a soma de
números naturais seja ímpar ou par;
a multiplicação etc. Eles devem
concluir que par + par = par; para +
ímpar = ímpar; ímpar + ímpar = par;
um número qualquer x par = par e
ímpar x impar = ímpar. Uma tabela
com os primeiros dez pares e
ímpares, associando as operações
em questão pode ajudar para essas
conclusões, caso eles não saibam
isso.

Problema 4 - R: 6 abacates.
Incentive que façam um desenho de
balanças para representar a
situação do problema.

Problema 5 - R: 10 652

Os problemas 6 e 7 (Ficha 3 do Caderno do Estudante) novamente trazem a exploração


das noções de lógica e envolvem leitura, análise de condições, organização, tomada de
decisão, checagem da resposta frente às condições propostas.

Problema 6 - R: B

Problema 7 - R: Não. A afirmativa


correta é que Celina é a mais nova
de todos, mas seu marido é
Alberto.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 14


Os problemas 8 e 9 envolvem visualização espacial e se encontram na Ficha 4 do
Caderno do Estudante.

Problema 8 - R: Alternativa C

R: Este problema é um quebra-cabeça. Deixe que os alunos manipulem as peças, façam


testagens, as imaginem em diferentes posições. A ideia é que possam fazer essa
proposta individualmente, mas, ao final, será preciso socializar como pensaram para
resolver, por onde iniciaram a montagem, qual peça foi mais complexa, que pistas foram
obtendo a partir da análise da imagem de cada peça e do tabuleiro.

Resposta correta

Como posso avaliar o que aprenderam?

Como seus alunos percebem o desenvolvimento deles ao longo


do ano na aula de problemas? Que tal conversar com eles a
respeito disso: o que não sabiam que agora sabem? O que é
importante fazer para ser bom resolvedor de problemas? Que
dificuldades ainda encontram e que precisarão superar no
segundo ano?

Anote as considerações que fizerem para que você possa


avaliar ações a serem desenvolvidas no próximo ano que
auxiliem o professor que vier a dar aulas para eles na
continuidade do trabalho.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 15


Problema da semana

Para problema da semana,


escolhemos um das Olimpíadas
Brasileiras de Matemática para a
Escola Pública. É um problema mais
longo, que exigirá tempo e
investimento na resolução e que se
encontra na Ficha 5 do Caderno do
Estudante. Desta vez, eles não
precisam expor as soluções, apenas
resolver para que vocês discutam na
aula combinada, que deve ser na
última semana do mês 7. Não deixe
de colocar o enunciado em lugar
visível da sala.

Problemas para a Problemateca

Os problemas que propomos a seguir devem compor a seleção que estamos formando
para a Problemateca. Há mais seis problemas. Não se esqueça de colocar os seus e de
propor aos alunos que tragam problemas para nossa coletânea. Eles devem trazer
problemas que saibam resolver, entregar a você para sua análise e, se houver
concordância, você coloca na caixa. Caso não, chame quem propôs e explique por que
aquele problema não vai para a coletânea, de modo que a decisão não seja arbitrária e
que os estudantes possam ter critérios de seleção cada vez mais focados e elaborados.

1. Jucilene quer pintar as quatro paredes de seu quarto usando as cores lilás, azul,
branco e rosa. Cada parede deve ter uma cor diferente e as paredes lilás e azul não
devem ficar uma em frente a outra. De quantas maneiras diferentes ela pode pintar o
quarto? (R: 16)

2. A mãe de Juliano deu a ele as seguintes instruções para fazer um bolo:


x Se colocar ovos, não coloque creme.
x Se colocar leite, não coloque laranja.
x Se não colocar creme, não coloque leite.
Com essas instruções Juliano pode fazer um bolo com ovos e laranja, mas sem leite e
sem creme? (R: Sim)

3. Cinco colegas não estão totalmente de acordo sobre a data da prova de Matemática.
x Andréa diz que será em outubro, dia 16, segunda-feira.
x Dani diz que será em outubro, dia 16, terça-feira.
x Fabrícia diz que será em novembro, dia 17, terça-feira.
x Angélica diz que será em outubro, dia 17, segunda-feira.
x Clara diz que será em novembro, dia 17, segunda-feira.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 16


Apenas uma das meninas está correta, mas as outras acertaram pelo menos uma das
informações: o mês, o dia do mês ou o dia da semana. Quem está certa? (R: Angélica)

4. (OBEMEP-adaptada) O gráfico mostra o número de casos notificados de dengue, a


precipitação de chuva e a temperatura média, por semestre, dos anos de 2007 a 2010
em uma cidade brasileira.

Qual das seguintes afirmações é verdadeira? (R: C.)


a) O período de maior precipitação foi o de maior temperatura média e com o maior
número de casos de dengue notificados.
b) O período com menor número de casos de dengue notificados também foi o de maior
temperatura média.
c) O período de maior precipitação não foi o de maior temperatura média e teve o maior
número de casos de dengue notificados.
d) O período de maior temperatura média foi também o de maior precipitação.

5. Observe a sequência de figuras. Qual será a próxima? Desenhe-a.


Resposta correta

6. Na conta a seguir as letras A, B e C representam algarismos distintos. Qual é o número


representado pela letra C?

A A A A
B B B B
+ C C C C
Y A A A C

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 17


Como posso avaliar o que aprenderam?

Lembre-se de observar e dar retorno para os alunos a respeito


do que estão fazendo bem, no que melhoraram e quais as
metas que ainda precisam ser vencidas. Converse algumas
vezes com eles a respeito do que já fazem bem e do que, na
opinião deles, é preciso melhorar. Esse pode ser um exercício
compartilhado. Você pede que pensem a respeito, digam a
opinião deles e, depois, você apresenta a sua, mostrando
concordâncias e pontos de vista que são seus e que podem
ajudá-los a avançar. Evite informações genéricas tais como:
“precisa estudar mais”, “prestar atenção”. Procure informar de
modo a ajudar a avançar. Por exemplo, dizendo: “É importante
ler e identificar as palavras desconhecidas”; “Que tal olhar a
resolução feita e ver se ela responde à pergunta do problema?”

SD 2
Cálculo mental
Desenvolver a capacidade de realizar cálculos mentais e de fazer
estimativas tem sido um aspecto importante da aprendizagem em
Matemática, nesta proposta de educação integral. Dando
Resumo continuidade a este trabalho, enfatizaremos, neste bimestre final, a
realização de atividades que envolvam mais diretamente cálculos
rápidos com potenciação, operações com números inteiros e
resolução de equações de 1º grau.
Foco Ampliar a capacidade de calcular sem lápis e papel.
Desenvolver habilidades de cálculo mental; resolver mentalmente
Objetivos operações numéricas com números inteiros e potenciação; resolver
equações de 2º grau simples.
Recursos e
Fichas 6 a 8 do Caderno do Estudante.
providências

Duração Prevista Tempos de 15 min, duas vezes por semana.

É importante perceber que as propostas com cálculo mental não visam somente o treino,
estrategicamente, elas estão organizadas de modo a estimular que o aluno busque
formas de pensar o cálculo.

Por outro lado, por mais contraditório que possa parecer, o cálculo mental é estratégico
na resolução de problemas numéricos e algébricos a serem explorados no Ensino Médio.
Porque, ao propormos situações problematizadoras, estamos, em geral, preocupados
com que o aluno compreenda relações entre dados. Esperamos também que ele analise
e faça escolhas sobre quais estratégias correspondem à situação do problema, como irá
desenvolver a estratégia escolhida com sucesso etc. De modo geral, os estudantes até
conseguem selecionar e pôr em prática uma estratégia, mas erram em cálculos simples
ou perdem muito tempo por não terem alguma prontidão para calcular com operações
numéricas e algébricas simples. O cálculo mental auxilia a diminuir a incidência de erros

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 18


na resolução de problemas numéricos e fornece um modo de controlar esses mesmos
erros, quando eles acontecerem.

Gestão da aula

9 Os alunos devem saber o que se espera deles em cada proposta que fazemos nas
aulas de Matemática. Por isso, socialize com eles a proposta de cálculo mental do
bimestre.

9 Você pode começar a desenvolver as propostas de potenciação após a etapa 2 da


sequência didática 1.

Como posso avaliar o que aprenderam?

Procure avaliar, com cada classe, como as atividades de cálculo


mental os ajudaram nesse ano. Anote as considerações dos
alunos para podermos melhorar essa proposta para outros
anos, outros estudantes, professores e escolas.

SD 3
Revendo potências
A proposta desta sequência didática é retomar o conceito de
potências com expoentes inteiros e as principais propriedades
Resumo envolvidas no cálculo exponencial para que os alunos compreendam
melhor os estudos que farão de progressões geométricas e,
posteriormente, da função exponencial e logarítmica.
Foco Cálculo com potências de expoentes inteiros.

Resolver problemas que envolvam a noção de crescimento


Objetivos
exponencial e o cálculo com potências de expoente inteiro.

Recursos e Fichas 9 a 12 do Caderno do Estudante; livros didáticos de 1º ano


providências do Ensino Médio; calculadora simples.
9 aulas (sendo 4 para as atividades, 1 para retomada do problema
Duração Prevista
da semana, 3 para o jogo e 1 para Estudos Orientados).

O cálculo com potenciação é importante, porque envolve tanto a noção de crescimento


ou decrescimento não linear (proporcional) quanto uma operação que está presente em
muitos procedimentos e modelos matemáticos.

A proposta que apresentamos retoma a ideia de crescimento exponencial em problemas,


mostra a potenciação como recurso para resolver problemas e aborda algumas
propriedades das potências. Essa revisão tem como foco auxiliar os alunos no estudo de
função exponencial.

Gestão da aula

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 19


Apenas para relembrar:

Preparar a aula é essencial, por dois motivos principais: o primeiro deles é, obviamente,
para que a aula transcorra adequadamente, sem falta de recursos e com você,
professor(a), preparado(a) com boas intervenções, porque pensou nelas antes; o
segundo motivo é o mais importante – neste projeto, saber gerir o tempo e os processos
de estudo é um conteúdo a ser aprendido, e é pela vivência dos alunos com bons
exemplos de seus educadores que essa aprendizagem vai acontecer.

Desenvolvimento

Etapa 1

Proponha aos alunos que, em duplas, resolvam os problemas da Ficha 9, da forma como
acharem melhor. Podem usar tabelas, diagramas, esquemas etc.

Eles devem resolver e, depois, vocês


discutem para analisar as diferentes
soluções. Caso apareça potenciação
na resolução, analise com a classe toda
como essa representação se relaciona
com os problemas resolvidos. Caso não
apareça, não introduza ainda, porque
faremos isso nas atividades da parte 2.
Procure analisar com eles qual a
semelhança entre as três atividades,
verificando se percebem que o tipo de
resolução é semelhante, especialmente
entre os problemas 2 e 3.

Incentive que anotem soluções


diferentes das suas e as conclusões a
que chegaram, reforçando a discussão
e análise de diferentes processos de
resolução que favorecem o
desenvolvimento da capacidade de se
comunicar matematicamente. Para
isso, se necessário, faça anotações das conclusões ou das ideias relevantes no quadro
e peça que anotem no caderno.

Etapa 2

Agora, em duplas, eles devem resolver os problemas da Ficha 10. Precisarão de uma
calculadora por dupla. Eles resolvem, vocês analisam, discutem a notação de potências
e, então, voltam aos problemas da Ficha 9 para fazer as seguintes atividades:
x Usar uma escrita matemática para expressar a quantidade de cubos no enésimo termo
(um termo qualquer) da sequência de números cúbicos.
x Relacionar a ideia de três ao cubo, quatro ao cubo, n ao cubo à representação dos
elementos da sequência, que nada mais é do que calcular o volume do cubo (a x a x a
onde a é o valor da aresta).
x Pedir que resolvam novamente os problemas 2 e 3, agora usando a notação de
potência.

Etapa 3

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 20


Se possível, faremos, novamente, uso do recurso da sala de aula invertida, ou fliped
classroom. Proponha que, sozinhos ou em pequenos grupos, assistam aos vídeos (o
endereço está na Ficha 11 do Caderno do Estudante):

Expoente exemplo 2 – vídeo da Khan Academy. Disponível em: bit.ly/expoente-


exemplo2 . Acesso em: abr. 2017.

Elevação de um número à potência de 0 e de 1 – vídeo da Khan Academy. Disponível


em: bit.ly/potencia0-1. Acesso em: abr. 2017.

Se você achar que eles conseguem assistir aos vídeos em uma aula de Estudos
Orientados, antes da aula de Matemática, melhor. No entanto, caso não seja possível,
pode exibi-los em sala, um após o outro, mais de uma vez, se necessário. Em seguida,
eles realizam a proposta da ficha de atividades a partir do que aprenderam no vídeo.

Gestão da Aula

9 Procure assistir aos vídeos antecipadamente, para que possa saber os pontos centrais
das explicações e como elas podem auxiliar os alunos. No portal Khan Academy há
atividades extras que os estudantes podem fazer. Indique isso a eles e mostre o caminho
de como acessar. Isso pode ser feito para todos ou para aqueles que precisam de mais
tempo para aprender.

9 Devem, então, realizar as atividades da Ficha 11 e trazer as dúvidas para a aula.


Aproveitem a aula para analisar as incompreensões, os erros, retomar as dúvidas. Podem
utilizar a lista que fizeram no item 8 da Ficha.

9 Organize com a turma a próxima etapa desta sequência, que é a preparação do


material para jogar Pescaria de Potências, que está na Ficha 12. Planeje com os alunos
como será a preparação do material.

Etapa 4:

Jogo Pescaria de Potências

Preparado o material, vocês o jogarão três vezes. Diga a eles que a proposta é que
ganhem agilidade de cálculo com potências simples. É interessante que joguem uma vez
por semana, durante três semanas, seguindo um roteiro:

1. Na primeira vez, analisam as cartas, leem as regras (não leia para eles, nem explique,
leiam com calma e juntos) e jogam para conhecer o jogo. Ao final, podem conversar a
respeito do que foi fácil, do que foi difícil, dos cuidados que precisam ter na próxima vez
que jogarem. Diga a eles que se quiserem estudar mais, podem jogar fora da sala de aula
também.

2. Na segunda vez, jogam para aprofundar o conhecimento. Aqui podem produzir uma
lista de aprendizagens com o jogo. Caso você veja que está muito fácil para a turma,
pode parar aqui. Caso contrário, para todos ou para um grupo específico de alunos, pode
jogar uma terceira vez.

3. Observe que o jogo repetido é uma forma de exercitar e substitui, com vantagem,
várias listas de exercícios repetitivos. No entanto, o jogo desenvolve também as
competências para o século 21, especialmente a capacidade de argumentação e de
convívio. Como complemento, eles desenvolvem a linguagem matemática.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 21


Gestão da aula

Seu incentivo é muito importante, uma vez que se trata de uma experiência bem nova
para eles. Nessa primeira vez pode acontecer de somente alguns alunos realizarem a
proposta, mas, quando vocês discutirem, envolva a todos, retome a importância da
resolução de problemas e a experiência que eles têm nas aulas de problemas do
Letramento. Repetiremos a proposta, de modo que eles, progressivamente, se envolvam
mais com ela.

Estudos Orientados em Matemática

Terminada a etapa 4, avise que:

x Continuarão estudando a respeito de potenciação nos tempos destinados ao cálculo


mental.

x Se tiverem dúvidas, proponha uma revisão em uma aula de Estudos Orientados. Eles
podem usar o ambiente dos vídeos que sugerimos aqui para revisão e fazer atividades
dos livros didáticos disponíveis na escola. Indique quais livros, páginas e atividades
podem ser feitas. Você pode preparar um roteiro de estudos de aprofundamento e revisão
para quem ainda precisar. Não coloque as atividades, indique o caminho, por exemplo:
9 use os vídeos e o ambiente;
9 use o livro X página Y atividades tais e tais;
9 no livro Z, nas páginas de tal a a tal há cinco atividades que podem ser feitas para
revisar potências.

x Esse recurso de orientar por roteiros de estudo é novo para alunos e professores. Por
isso, converse com eles sobre a responsabilidade de agir por conta própria. Fale sobre o
quanto isso é importante para que aprendam por si, sobre a responsabilidade que devem
ter como estudantes, sobre o quanto isso auxilia para a vida toda etc. Evite sermão, não
deixe transparecer que você está dando lição de vida. Indique que você os está
chamando para que sejam parceiros, que ganhem responsabilidade etc. Essa formação
faz parte do processo de desenvolver autonomia e, por consequência, dar passos no
sentido do protagonismo que desejamos ver alcançado ao final do 3º ano do Ensino
Médio.

SD 4
Sequências e função exponencial
Explorar a função exponencial a partir da busca de padrões e regularidade
Resumo em sequências numéricas, diferenciando as ideias de crescimento linear
e crescimento exponencial.
Compreender fenômenos de crescimento não linear e associá-los à ideia
Foco
de exponencial.
Diferenciar crescimento linear de crescimento ou decrescimento
exponencial; resolver problemas que envolvam a noção de crescimento
exponencial; revisar a ampliar cálculos com potência; associar a
Objetivos
determinadas sequências com cálculos exponenciais; identificar o gráfico,
o domínio e a imagem de uma função exponencial; resolver problemas
relacionados à função exponencial.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 22


Recursos e Fichas 13 e 14 do Caderno do Estudante; livro didático; Winplot; régua;
providências dicionário comum ou virtual.
Duração
11 aulas (sendo 2 para Estudos Orientados).
Prevista

Desenvolvimento

Para quem atua no Ensino Médio, não é estranho falar das dificuldades dos alunos
reveladas nas aulas e avaliações durante o estudo das funções. Uma parte das dúvidas
diz respeito a algum desconhecimento que ainda exista da linguagem algébrica e do
cálculo algébrico. Erros de cálculos com letras relativos ao uso de parênteses, problemas
em interpretar e expressar as leis das funções em sua forma algébrica, dificuldades em
operar com números e sinais são muito frequentes e podem atrapalhar as operações que
envolvem funções, por exemplo, na determinação das raízes de uma função pela resolução
de equações, ou da imagem para um valor da variável independente e vice-versa. Isso é
normal e esperado em se tratando de alunos em processo de alfabetização na linguagem
algébrica. Precisamos ficar atentos e trabalhar com esses erros e desconhecimentos em
processo, como, aliás, tem sido nossa proposta desde o primeiro bimestre.

Etapa 1

Espera-se que, ao estudar funções, o aluno aprenda a relacionar as grandezas envolvidas,


expressar a função algébrica, identificar as propriedades da função, ler, interpretar e
produzir gráficos.

Outro aspecto importante do estudo de funções está em seu caráter integrador, mas agora,
de modo especial, entre conteúdos e conceitos matemáticos. Para tomarmos um exemplo,
as sequências numéricas, em especial as progressões aritméticas e geométricas, nada
mais são do que funções. Usaremos a ideia intuitiva de progressões, associadas à busca
de regularidades em sequências, para estimular as primeiras reflexões entre crescimento
exponencial e linear.

Nessa etapa, procuraremos associar as situações dessa sequência com aquilo que os
alunos vêm estudando sobre potências. Fique atento para apoiar o grupo nessas conexões
entre diferentes ideias da matemática. Isso evita que eles pensem em um conceito isolado
do outro.

Proponha que os estudantes realizem individualmente as três primeiras atividades da


Ficha 13 do Caderno do Estudante.

Oriente que só recorram a você, quando esgotarem a busca de informações no livro


didático ou em um dicionário. Deixe um tempo de reflexão e então conduza a uma análise
das respostas. Considere os procedimentos já sugeridos para painel de soluções.

A seguir, eles devem resolver a proposta 4. Na discussão, devem analisar


cuidadosamente a ideia de domínio discreto e, portanto, a diferença entre domínio real e
natural. Devem explorar com cuidado a noção de crescimento exponencial.

E finalizar com a proposta 5. Fazendo coletivamente uma lista das principais


aprendizagens e a anotando no caderno.

Etapa 2

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 23


A segunda parte da atividade vai retomar alguns dos conceitos de função, o uso do
Winplot e também vai introduzir a ideia do tipo de crescimento/decrescimento “provocado”
pela função exponencial.

Gestão da aula

Você e os alunos usarão o Winplot, prepare o grupo:

9 Oriente novamente os estudantes a respeito do uso do computador e do programa.


Informe que tudo o que eles precisam saber está orientado na ficha de trabalho, bastando
para isso que leiam com atenção. Eles deverão estar mais familiarizados com esse
recurso.

9 A ficha tem como objetivo permitir que os alunos trabalhem em seu próprio ritmo,
evitando-se sua dispersão ou impaciência, o que sempre acontece se eles dependem
totalmente de instruções do professor.

9 Se for usar o laboratório de informática, é importante que todos os esclarecimentos


sejam feitos ainda em sala de aula, para que, junto ao computador, os jovens saibam
exatamente qual é a tarefa e possam se dedicar a ela.

9 Durante a execução da atividade, acompanhe o desenvolvimento do trabalho e avalie


as aprendizagens dos alunos.

9 Os registros gerados durante a atividade são importantes para que você possa
acompanhar o trabalho desenvolvido por eles, e para que possam ter à mão as próprias
conclusões ou descobertas quando, em sala de aula, serão feitas as sistematizações
necessárias. Oriente nesse sentido e relembre durante a aula em um ou dois momentos
que devem fazer anotações.

9 Enquanto os alunos trabalham, observe para que possa encaminhar e intervir nos
trabalhos das duplas, identificar maior ou menor domínio da máquina e dos conceitos
envolvidos na atividade. Alguns estudantes podem se tornar monitores, auxiliando e
orientando aqueles colegas que apresentam dificuldade, seja com os comandos, seja
com o conteúdo específico.

Os alunos deverão fazer a primeira parte da sequência com Winplot da Ficha 14 visando
relembrar o uso desse recurso. Se eles lembrarem por si mesmos, você pode deixar essa
ficha de lado. Caso não possam salvar a suas produções, peça que façam no caderno
um pequeno esboço dos gráficos para poderem consultar para a parte B. Acompanhe os
grupos, tire as dúvidas e conduza uma conversa com a classe a respeito das conclusões
e investigações.

No desenvolvimento das atividades da ficha, aproveite para:

1. Relembrar os conceitos importantes das funções: domínio, imagem, zeros da função,


crescimento e decrescimento.
2. Relacionar as atividades da Ficha 13 com as propostas da Ficha 14.
3. Quando realizarem a ficha, a proposta é organizar e discutir com eles a comparação
entre as funções em termos de: tipo de gráfico que elas geram; como se analisa o
crescimento/decrescimento delas e como o gráfico mostra isso; as diferenças no que diz
respeito ao domínio e à imagem de cada uma.

Etapa 3 – A função exponencial

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 24


Gestão da aula

Para melhor gerir a aula:

9 Já lembramos a você que toda aula deve ter começo, meio e fim, por isso não se
esqueça de, no início da aula, colocar no quadro o que será feito e, ao final, avaliar se o
que foi proposto foi realizado por todos.

9 Igualmente importante é relacionar uma aula a outra, para que os alunos, entre tantas
atividades que realizam na escola, possam acompanhar a lógica do que fazem a cada
atividade.

9 Por isso, faça-os relembrar as atividades anteriores, destaque alguma curiosidade que
tenha acontecido, uma ideia importante que não deve ser esquecida. Assim eles
percebem que você está atento a eles e que se preocupa com eles e com a aprendizagem
esperada para todos.

9 Prepare-se estudando a atividade antes de propor aos estudantes, ela vai solicitar a
leitura de um texto mais elaborado. Assim você poderá perceber as dificuldades que eles
poderão encontrar durante essa leitura.

Utilize um livro didático que esteja disponível para estudar nos tempos previstos os
seguintes aspectos:
- Definição da função exponencial, seu domínio, sua imagem e gráfico.
- Propor problemas relativos a funções exponenciais.

Faremos agora apenas a resolução de equações exponenciais simples do tipo


2x = 8, São muitas informações de uma vez.

Estudos Orientados na aula de Matemática

Prepare uma lista de até 10 atividades envolvendo os conceitos estudados nesta


sequência. Reserve duas aulas para eles estudarem um pouco mais com a sua
supervisão. Você pode utilizar o seguinte roteiro para organizar o trabalho:

x Prepare com os alunos uma lista das aprendizagens e dúvidas (coletiva); uma ficha de
atividades contendo até 10 propostas relativas ao que eles têm dúvida, para que realizem
a proposta no tempo de Estudos Orientados.
x Combine com eles que devem tentar resolver em duplas, sendo um dos integrantes
alguém que não tem as dúvidas apresentadas.
x Podem consultar as anotações, o livro didático e até videoaulas para trabalharem
juntos. Explique que retomarão apenas aqueles que sozinhos não conseguirem resolver.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 25


Como posso avaliar o que aprenderam?

Que tal experimentar, agora, uma modalidade diferente de


prova? Por que não fazer uma prova com consulta a um resumo
das principais ideias que os alunos aprenderam até aqui? Para
isso, você pode seguir o roteiro abaixo:
¾ Ao final da aula de Estudos Orientados, peça aos estudantes
que, individualmente, façam uma lista em, no máximo, uma
página, das coisas mais importantes que estudaram até aqui.
Explique que podem colocar exemplos, imagens e outras
informações importantes. A folha deve ser escrita à mão.
¾ Explique que usarão esse resumo no dia da prova.
¾ No dia da prova, que de preferência não deve ser muito longe
da elaboração desse resumo, eles podem consultar suas
anotações, desde que sejam feitas de próprio punho.
¾ Aplique a avaliação e procure observar na correção: quais os
avanços? No que ainda erram muito? O que você precisará
retomar? O resumo ajudou? Como? Houve evolução na escrita
matemática?
¾ De posse dessas anotações, estabeleça um foco para fazer a
retomada da avaliação com eles.

SD 5
Brincadeiras com o círculo e a
circunferência
Revisar as noções de círculo e circunferência e seus elementos
principais (raio, diâmetro, centro), além de retomar com os alunos os
Resumo
conceitos de como medir o comprimento da circunferência e sua
relação com o número Pi (π) são metas dessa sequência didática.
Foco Revisão de elementos básicos da circunferência e do círculo.
Identificar círculo, circunferência e seus elementos; fazer construções
Objetivos usando compasso; revisar a noção de comprimento da circunferência
e o número Pi.
Ficha 15 do Caderno do Estudante; compasso; régua; lápis colorido;
Recursos e
tesoura; papel em branco para desenhos; livro didático e vídeo
providências
indicado na descrição da sequência.
Duração Prevista 5 aulas.
Para desenvolver trigonometria no círculo trigonométrico, acreditamos ser necessário
revisitar algumas ideias básicas da geometria plana, em especial as relativas ao círculo
e à circunferência, de modo similar ao que fizemos para ângulos e triângulos.
Aproveitaremos essa retomada para falar com os alunos de Pi, explorar o uso do
compasso e desenvolver habilidades de pensamento geométrico que temos procurado
ampliar desde o início do ano. A sequência didática terá ainda um aspecto lúdico, uma
forma de criação e de relação com a arte. Para desenvolvê-la, elaboramos três etapas
que descrevemos a seguir.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 26


Gestão da aula

Para mobilizar os estudantes, apresente um resumo de tudo o que eles farão ao longo da
atividade e oriente-os para que os materiais necessários estejam presentes a cada aula.

Etapa 1

Peça aos alunos que, em duplas, façam uma lista de tudo o que sabem a respeito de
circunferência e círculo. Dê um tempo para que listem e, em seguida, proponha que
socializem com a classe. Retomaremos essas duas listas ao final da sequência didática.
Divida o quadro em duas partes e anote o que eles sabem em um lado e de outro, aquilo
que precisa ser retomado. Explique para turma que usarão bastante alguns conceitos
relativos ao círculo e à circunferência e que, por isso, vão relembrar algumas
propriedades dessas figuras.

Proponha que usem o compasso para traçar no caderno uma circunferência e aproveite
para retomar a diferença entre círculo e circunferência, bem como o que são centro, raio
e diâmetro. Não fale ainda da relação entre raio e diâmetro, porque eles irão investigá-la
um pouco mais adiante.

Analise com eles a ideia de que a circunferência tem infinitos raios e diâmetros. Explore
a noção de que todos os pontos da circunferência são equidistantes do centro e que é
isso que define essa forma geométrica. Peça que anotem com calma todas essas ideias
e explicações. Cuide de escrever cada uma delas para que as anotações dos alunos
fiquem corretas. Deixe que participem da redação.

Ainda nessa aula, solicite que cada estudante desenhe em um papel branco (se for de
gramatura firme, como cartolina, melhor) três circunferências de diâmetros diferentes
(cada um escolhe o seu) e recorte, marcando internamente a medida do raio.

Na sequência, proponha que meçam o diâmetro da circunferência e que marquem um


ponto qualquer em cada uma das circunferências (pode ser o encontro de um segmento
de reta que represente um dos raios, com a circunferência). Eles devem encostar esse
ponto no número zero da régua e fazer com que a circunferência dê um giro completo na
régua marcando o número no qual o ponto parou. Explique que fazendo isso temos uma
medida aproximada do comprimento da circunferência. Devem fazer o mesmo processo
para as três circunferências que construíram, e completar uma tabela como a mostrada
a seguir, usando a calculadora se necessário, evitando mudar o foco da pesquisa das
relações para as contas.

Raio (cm) Diâmetro (cm) Comprimento D:r C:D


(em cm)

Preenchida a tabela, problematize:

a) Que relação há entre diâmetro e raio da circunferência? Como podemos registrar isso?

b) Observando a relação C:D que número conseguiram? Todos conseguiram números


parecidos? Poderiam escrever essa relação por extenso?

Apresente então a ideia do Pi como a razão entre o comprimento da circunferência e o


diâmetro. Aqui não teremos como provar, mas faremos dedução informal uma vez que os
alunos terão medidas de comprimento e diâmetro diferentes uns dos outros, mas todos

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 27


obterão valores 3 e 3,16 para razão C:D. Aproveite para explorar como poderiam escrever
o comprimento da circunferência em função do seu raio, ajude-os a chegar à expressão
C = 2πr. Mas não corrija nada, faremos a discussão final sob outra forma. Atenção! Não
abordaremos a área agora, apenas no segundo ano.

Para finalizar, proponha que assistam ao vídeo “Matemática em Flashes - Número PI”.
Primeira Parte. Disponível em: bit.ly/matematica-flashes. Acesso em: abr. 2017.

Ao assistirem, eles devem comparar o que deduziram, com as informações e fazer os


ajustes necessários para organizar as informações finais para as investigações feitas.

Etapa 2

Use uma aula para propor atividades envolvendo cálculos de comprimento da


circunferência. Você pode prepará-la usando livros de 8º ou 9º anos. Não deixe de
enfatizar a irracionalidade do Pi.

Etapa 3

Peça aos estudantes que individualmente olhem as propostas da Ficha 15. Na ficha,
aparece a construção de duas figuras geométricas a partir da circunferência e ainda,
rosáceas para construir com compasso.

Veja com eles o trabalho da artista carioca Beatriz Milhazes, que utiliza como base de
suas obras círculos e rosáceas. Há uma sugestão de site a ser visitado (Disponível em:
bit.ly/beatriz-milhazes. Acesso em: abr. 2017.).

Converse com o grupo acerca das cores que a artista usa, como os círculos e linhas são
usados, os fundos e os tamanhos das telas. Desafie-os a criar rosáceas e pintar como
quiserem. Eles podem se inspirar no que viram da artista. Em seguida, podem recortar
tanto as figuras feitas na atividade 3, quanto as rosáceas para a montagem de um painel
sobre um fundo preto, visando fazer uma composição com todas as “flores”. Escolham
um local da escola para expor a configuração final da classe. Cada aluno pode fazer mais
do que uma contribuição para o painel.

As construções auxiliarão os alunos a desenvolver o senso estético, a atenção, a


coordenação visomotora, a discriminação visual e a percepção da geometria relacionada
à arte e à arquitetura.

Peça que voltem à lista feita no início desta sequência e que verifiquem se mudariam algo
nos conhecimentos que tinham a respeito de círculo e circunferência fazendo os ajustes
necessários. Isso pode ser utilizado como uma autoavaliação. Não vale nota, mas eles e
você podem identificar o que precisa ser revisto.

SD 6

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 28


Círculo e trigonometria
Neste bimestre vamos ampliar o estudo de trigonometria introduzindo
o estudo de medidas de arcos de circunferência em graus e radianos
e, também, a noção de círculo trigonométrico. Dividimos o estudo da
geometria em duas partes sendo a primeira relacionada à
trigonometria do triângulo retângulo, de um triângulo qualquer e
apresentação do círculo trigonométrico desenvolvida no primeiro ano.
A trigonometria da primeira volta e as funções trigonométricas seno,
Resumo cosseno e tangente serão objeto do primeiro bimestre do segundo ano
do Ensino Médio.
A atividade tem como objetivo ampliar o tempo da aprendizagem dos
alunos e retomar conceitos da geometria plana que são importantes
para o estudo da trigonometria, em particular ângulos, triângulos e
círculo. Temos a confiança de que os alunos aprenderão o que
necessitam para resolver problemas trigonométricos e ter habilidades
de percepção espacial bastante desenvolvidas.
Ampliação dos conhecimentos de trigonometria com a introdução de
Foco nova unidade de medida de ângulo (radiano) e o estudo inicial do
círculo trigonométrico.
Medir arcos em graus e radianos; localizar ângulos no círculo
Objetivos trigonométrico; resolver problemas envolvendo medidas de arco e a
localização de ângulos no círculo trigonométrico.
Ficha 16 do Caderno do Estudante; livros didáticos de 1º ano do
Recursos e Ensino Médio que tratem da introdução do círculo trigonométrico;
providências vídeos da Khan Academy indicados na descrição da sequência
didática.
Duração Prevista 10 aulas (sendo duas de Estudos Orientados na aula de Matemática).

Desenvolvimento

Os alunos costumam ter certa dificuldade para compreender a relação entre ângulos em
graus e radianos e a representação de ângulos e arcos no círculo trigonométrico que são
o objeto de estudo desta sequência didática. Isso ocorre tanto pela novidade do assunto,
quanto devido a algumas incompreensões de conceitos anteriores da geometria plana,
ou, ainda, porque a abordagem apenas pelo livro didático torna as imagens estáticas, não
permitindo que as relações sejam completamente compreendidas pelos alunos. Dado que
consideramos que essas incompreensões podem impedir a aprendizagem das funções
trigonométricas, sugerimos que a introdução dessa expansão da trigonometria seja feita
com cuidado, retomando alguns temas da geometria plana (noções de ângulo, de arco
de circunferência). Apresentaremos também a medida de arco de circunferência em
radianos e o círculo trigonométrico.

Por isso, decidimos utilizar, para o desenvolvimento da sequência, o recurso de


videoaulas (elas permitem que os alunos vejam os conceitos mais do que uma vez, com
figuras em movimento e possibilitam que analisem os conceitos por outras vozes além da
voz do professor), da leitura de um livro didático (afinal, aprender a ler e interpretar textos
de Matemática é meta desta proposta de educação integral e condição inegociável para
que os estudantes aprendam a aprender), da resolução de problemas e de um jogo que
será realizado na finalização desta sequência didática.

Observe que, com todo esse cuidado, algumas retomadas serão necessárias à medida
que você identificar alguma falta de conhecimento dos alunos com relação aos números
racionais e reais e a propriedades geométricas de figuras planas. No entanto, sugerimos

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 29


que isso não paralise totalmente as atividades propostas, pois ao longo dos próximos
anos os jovens terão oportunidade para pensar novamente sobre esses conteúdos.

Gestão da Aula

Dicas para melhor gerir a aula:

9 Para esta sequência didática, é preciso muita preparação e planejamento. É


importante que você faça a seleção dos livros e atividades que serão utilizados nas
propostas e, também, que assista aos vídeos, capture-os e salve para uso em sala, de
modo a não depender da internet.

9 Selecione com cuidado o livro que usará. Procure um que tenha pelo menos alguns
aspectos comuns com a proposta de Matemática desta proposta de educação integral:
texto para ser lido com aluno; exercícios resolvidos; interação entre as atividades
resolvidas e os problemas propostos e uma preocupação com o Letramento em
Matemática no sentido que temos discutido aqui.

9 Após a etapa 2, sugerimos que os alunos recebam uma lista com 10 a 12 atividades,
que podem incluir propostas do livro didático. Essa lista será trabalhada com os
estudantes após a etapa 4 em dois tempos destinados a estudos orientados com sua
supervisão.

Etapa 1

Nessa etapa, exploraremos um pouco da história da trigonometria. Para isso, é possível


escolher um texto que apareça em um livro didático ou que seja selecionado em uma
pesquisa na internet para ler com os alunos. Veja algumas sugestões a seguir:
x Um pouco da História da Trigonometria – Disponível em: bit.ly/historia-trigonometria.
x Trigonometria – Disponível em: bit.ly/trigonometria-surgimento.
x Trigonometria: o início da trigonometria – Disponível em: bit.ly/trigonometria-inicio.
Acessos em: abr. 2017.

Podemos ler e selecionar trechos para contar aos alunos, ou organizar uma apresentação
de slides. Se preferir, há livros paradidáticos que auxiliam a conversa a respeito da
história dessa área da Matemática. Um dos mais interessantes é Dando corda à
trigonometria, de Oscar Guelli (São Paulo: Ática). Caso sua escola tenha o livro, pode
contar a história em capítulos para eles, criando suspense, parando nos pontos mais
interessantes. Que tal pedir sugestões ao professor de Língua Portuguesa sobre como
ler para seus alunos?

Etapa 2

A proposta agora é retomar as noções de arco de circunferência, sua relação com ângulos
e a medida em graus. Propomos que isso seja feito usando um recurso que é o uso de
videoaulas. Vocês podem usar o vídeo “Medidas de ângulos e arcos do círculo”.

“Medida de ângulos e arcos do círculo”, da Khan Academy. Disponível em: bit.ly/medida-


angulos-arcos. Acesso em: abr. 2017.

Em seguida, ler a respeito do mesmo tema em duplas no livro didático e fazer uma roda
de conversa a respeito do que sabem, do que aprenderam.

Proponha que, em duplas, os alunos estudem os exercícios resolvidos e realizem


atividades relativas a esse tema que tenham sido selecionadas por você.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 30


Etapa 3

Assistir em aula ao vídeo “Introdução aos radianos”, da Khan Academy. Disponível em:
bit.ly/introducao-radianos. Acesso em: abr. 2017.

O objetivo agora é definir radianos de modo a fazer sentido para os alunos a extensão
das razões trigonométricas para qualquer número real. Para isso é preciso trocar a
medida dos ângulos em graus por outra que relacione a medida do ângulo a um número
real.

Em qualquer círculo há uma relação entre a medida do ângulo central e o


comprimento do arco definido por este ângulo sobre a circunferência.

Se o ângulo está medido em graus.


O comprimento do arco S é obtido:
S-----------------θ
2πr --------------- 360 o
Daí,S = θ .2πr/360o

E, se o raio da circunferência foi igual a 1, a relação entre as medidas do


comprimento de S e do ângulo central medido em graus passa a ser:
S = θ . 2π/360 o

A proposta é que compreendam a ideia por trás do radiano. Para isso é interessante
realizar com a classe uma aula dialogada em torno da explicação a seguir.

Agora, imagine uma circunferência de raio 1 e uma reta numerada com unidade 1,
posicionados desta forma:

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 31


Continue imaginando o eixo numerado
enrolando-se sobre a circunferência,
mantendo-se fixo o ponto O comum à
circunferência e ao eixo.
O que aconteceria com o ponto 1 da
reta?
Ele corresponderia a um arco de
extremidade O e comprimento 1.
Esse arco teria um ângulo central de
medida α em graus, mas que vamos
definir como sendo de 1 radiano.
Assim, um radiano é ao mesmo tempo
a medida do comprimento do arco e a
nova unidade de medida do ângulo
central.

A cada ponto da reta numerada corresponde um ponto sobre a circunferência. Os


números positivos sendo percorridos no sentido anti-horário da circunferência e os
números negativos da reta percorridos no sentido horário sobre a circunferência.
Isso nos permite estabelecer a relação entre α em graus e este ângulo de 1 radiano,
assim:
O comprimento 1--------- α graus
O comprimento 2π --------------- 360o daí: α = 360o / 2π ≈ 360o / 6,28 ≈ 57o.
E, os números π e -π da reta numerada correspondem a qual ponto sobre a
circunferência? E a quais ângulos centrais da circunferência?

Compreendida a relação entre números reais (da reta numerada), arcos sobre a
circunferência e respectivos ângulos centrais medidos em radianos, é possível apresentar
o círculo trigonométrico como usualmente se encontra nos livros. Dando destaque:
x À orientação dos arcos sobre a circunferência.
x Ao cálculo dos senos e cossenos de ângulos no 1º quadrante, identificando-os com
medidas sobre os eixos orientados com origem no centro da circunferência orientada.
x À extensão do seno e cosseno para qualquer número real e formalização das funções
seno e cosseno em R.

Feito isso, devem ler a respeito do mesmo tema no livro didático selecionado, em uma
dinâmica parecida com a da etapa 2. Sugira que os alunos anotem suas aprendizagens
e compartilhe o endereço do vídeo com eles.

Em seguida, devem estudar os exercícios resolvidos do livro didático e fazer alguns


problemas previamente selecionados do livro. Podem rever o vídeo quantas vezes
quiserem ou, ainda, assistir aos de “conversão de radianos em graus” e praticar esse tipo
de conversão. Para isso, basta acessar o site da Khan Academy (Disponível em:
bit.ly/radianos-graus. Acesso em: abr. 2017.).

Proponha aos estudantes que leiam e trabalhem em duplas, e mesmo individualmente,


com a apresentação do tema em um livro didático. Eles devem ler, anotar dúvidas, fazer
perguntas e não podem pular o estudo dos exercícios ou problemas resolvidos.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 32


Etapa 4

O jogo Batalha naval circular1 explora a localização de alvos em um círculo orientado


utilizando como coordenadas raios e ângulos. Relaciona ângulos com círculo
trigonométrico. Utilizar jogos no estudo da trigonometria favorece que os alunos
aprimorem o cálculo mental, memorizando valores usuais de funções trigonométricas,
fazendo cálculos aproximados relativos às relações trigonométricas. Por isso,
escolhemos um jogo para finalizar a sequência de trabalho com trigonometria prevista
para o primeiro ano. Realizaremos o jogo em quatro partes descritas a seguir.

Jogada 1

Peça aos alunos para que se organizem em duplas para jogar. Eles devem ler
individualmente as regras que estão na Ficha 16 e, depois, ler outra vez em dupla para
interpretar as regras verificando se as compreenderam ou não. Preveja uma rodada de
dúvidas e perguntas e, apenas se for muito necessário, faça uma simulação do jogo
contra a classe projetando o tabuleiro no quadro.

Como posso avaliar o que aprenderam?

Preveja um tempo para uma rodada de conversa: como foi


jogar, que dúvidas tiveram, o que precisam fazer para jogar
melhor na próxima vez. Faça com eles uma lista do que foi
dúvida e deixem registrado no caderno.

Jogada 2

Peça que formem a mesma dupla da aula anterior, e comece essa segunda parte da
sequência didática retomando as dúvidas da aula anterior. Para tirar dúvidas, se
necessário, projete o vídeo a seguir, porque ele poderá auxiliar na revisão dos conceitos
nos quais a turma ainda está insegura.

“Medida de ângulos e arcos do círculo”, da Khan Academy. Disponível em: bit.ly/medida-


angulos-arcos. Acesso em: abr. 2017.
.
Eles jogam a segunda vez e agora cada dupla anota em seu caderno de duas a quatro
aprendizagens realizadas por eles.

Jogada 3

Inicie a aula pedindo aos estudantes que leiam suas listas de aprendizagens. É
interessante fazer assim: uma dupla começa e diz duas de suas aprendizagens e você
anota no quadro. Dê voz a cada dupla, que agora deve incluir na lista apenas
aprendizagens diferentes daquelas já listadas. Ao final, diga de sua satisfação com as
aprendizagens percebidas, explique que elas serão importantes para outras atividades
que farão de trigonometria ao longo do Ensino Médio e peça que eles anotem a lista final
nos cadernos.

Estudos Orientados em Aula

1
Este jogo foi retirado de SMOLE, K.C.S et al. Ensino Médio - Jogos de Matemática, série Cadernos do Mathema. v. 3.
Porto Alegre: Artmed, 2008.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 33


Destine duas aulas para que os alunos possam realizar as atividades que estão na lista
que você elaborou. Para isso, você pode selecionar questões do livro e até do ENEM na
elaboração da lista. Eles podem rever todos os vídeos para estudar e tirar dúvidas. Sugira,
ainda, este outro link, que leva ao site da Khan Academy e no qual há atividades que
podem ser realizadas online. Disponível em: bit.ly/praticar-radianos-graus. Acesso em:
abr. 2017.

Como posso avaliar o que aprenderam?

Proponha os problemas a seguir para as duplas visando finalizar esta


sequência. Avise que devem fazer com cuidado, porque você recolherá
para avaliação. Vamos propor que esse registro valha um ponto da
nota do bimestre. Eles podem resolver consultando o tabuleiro do jogo
e suas anotações pessoais.
1. Ao realizar o lançamento (3, 270º), você recebeu a confirmação que
tinha atingido o porta-aviões de seu oponente. Liste os possíveis
lançamentos que você pode fazer para atingir todo o navio.
2. Observe o tabuleiro a seguir.

Quais as coordenadas do destroyer que está no primeiro quadrante?


3. Inventem um problema que possa ser resolvido com o jogo e
resolvam.

Terminamos o ano. Organize uma pequena filmagem, que pode ser feita com o celular,
para registrar com os alunos suas aprendizagens no ano. Pergunte se eles gostariam de
dar uma dica para os alunos ingressantes no Ensino Médio que vierem para essa
proposta de educação integral no ano seguinte a respeito de como se organizar para
aprender mais Matemática.

OPA Matemática – 1ºano/4º bimestre 34

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