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de Aulas (OPA)
Uma parceria entre a SED/SC
e o Instituto Ayrton Senna
Matemática
Desafios em funções, padrões, geometria e trigonometria
para conhecer mais Matemática
1º ano/4º bimestre
1º ano/4º bimestre
Orientação para Planos de Aulas
Uma parceria entre a SED/SC (OPA)
e o Instituto Ayrton Senna
Matemática
Desafios em funções, padrões, geometria e trigonometria para
conhecer mais Matemática
Introdução p. 02
Introdução
Caro(a) professor(a),
Sugerimos que, ao longo das aulas, você registre suas observações de indícios de
avanços e dificuldades dos jovens em relação aos objetivos de cada atividade. Tanto a
respeito de algumas habilidades matemáticas (comunicação e argumentação) como de
competências socioemocionais inerentes ao processo de resolver problemas, de
desenvolver a capacidade argumentativa (raciocínio lógico) e de aprender
colaborativamente.
Novamente afirmamos que a observação direta dos jovens e de suas produções é central
para podermos compreender a sua evolução na direção de ações matemáticas cada vez
mais avançadas. Também sabemos que nem sempre é possível observar a todos, mas,
se a cada aula você se organizar para observar três ou quatro jovens e mantiver isso
anotado, em poucas semanas todos os seus alunos terão sido acompanhados por você.
Com o tempo, essa prática se tornará cada vez mais simples e imprescindível em sua
tomada de decisões a respeito de avançar com as atividades, retomar algumas delas,
inserir aulas para resolver dúvidas e dificuldades dos estudantes. Em outras palavras, o
registro é a coleta de dados que permite decisões embasadas.
Vamos ao mapa!
Turma: __________________________________________
Objetivos gerais das atividades: (aqui você completa a partir do mapa das OPAs dos
diferentes bimestres)
SIM NÃO
Atividades IDENTIFICAÇÃO ex: Observações
SD1- atividade X
específicas
Os alunos
reconhecem e
valorizam a
matemática
envolvida
Os estudantes
se mobilizam
nas atividades
propostas
Os jovens
resolvem os
problemas
propostos nas
atividades
Você propiciou
um ambiente de
liberdade de
expressão para
seus alunos.
Você mediou os
conflitos, sem
julgar, mas
promovendo o
diálogo com
boas perguntas.
A cada atividade, preencha a tabela, reflita sobre ela a cada NÃO registrado, busque
parceiros para auxiliá-lo no desenvolvimento dessa proposta. Que tal trabalhar mais
próximo do professor do componente Matemática? Que tal compartilhar suas
preocupações com seus colegas de escola e com seu coordenador pedagógico?
Propomos dois momentos para avaliação mais reflexiva. No primeiro, o professor analisa
o andamento das aulas e dos alunos, para, então, decidir se deve continuar ou se é
preciso realizar alguma recuperação de imediato. Sugerimos que esta avaliação seja feita
por volta da terceira semana do sétimo mês de aula. Ir adiante com as orientações das
aulas pressupõe essa tomada de decisão, pois sabemos que, nesta proposta, há muito
mais a ser alcançado do que apenas o cumprimento da lista de conteúdos.
A segunda é a autoavaliação final dos estudantes, com o cuidado de não gerar apenas
mais papel.
No caso da autoavaliação, é preciso lembrar que ela deve permitir ao professor situar o
aluno no processo de ensino e aprendizagem, dando a ele clareza das ferramentas que
possui e dos aspectos nos quais precisa investir mais para aprender melhor. Ao mesmo
tempo em que o docente amplia seu olhar sobre esses jovens e pode direcionar o ensino
de modo mais adequado ao perfil deles, o próprio processo de se avaliar pode gerar
novas aprendizagens, especialmente no âmbito socioemocional. O estudante passa a se
conhecer melhor, ganha consciência de suas forças e fraquezas, pode observar seus
limites e pontos de superação.
No entanto, a avaliação feita pelo aluno exige que a relação entre ele e o professor seja
de confiança recíproca, uma relação de cooperação. O olhar do estudante sobre ele
mesmo não basta. O olhar do docente sobre o aluno também é parcial. É na combinação
desses dois pontos de vista que a avaliação efetiva se realiza.
Isso significa que, em primeiro lugar, o aluno precisa ter clareza do porquê de se
autoavaliar e o que comentar por escrito em relação ao seu desempenho. Os objetivos
do professor e de seu planejamento devem ser conhecidos pelo jovem, ele deve saber o
que era esperado dele nas atividades sobre as quais recai sua autoavaliação. Em
Mesmo quando não é possível um retorno individualizado, cabe ao professor ler o que
seus alunos falam de si mesmos e realizar algum tipo de feedback, por grupo ou no
coletivo da classe, sempre sem exposição de ninguém. É essencial que todos saibam
que você concorda ou discorda de alguma informação trazida por eles, e isso deve ser
feito com bons argumentos e registros consistentes das aulas.
Os alunos esperam o olhar do professor, valorizam suas opiniões e aprendem com ele
ao verificar que, com profissionalismo e qualificação, há legítimo interesse por eles como
pessoas, pelos seus saberes e percepções, por suas conquistas e pontos que ainda
precisam de maior investimento.
Muitas vezes, pela premência do tempo, deixamos de conversar com os jovens a respeito
do que já fazem bem e do que, na opinião deles, é preciso melhorar. Esse é um exercício
compartilhado que não pode ser deixado de lado na finalização deste ano, pois ele foi
especial pela inovação e pelas mudanças no sentido de ensinar e de aprender
Matemática.
Se o tempo for o obstáculo, peça apenas que os estudantes pensem a respeito de suas
aprendizagens, organize no quadro, com eles, a lista de tudo que fizeram e do que se
esperava que aprendessem. Incentive que expressem suas opiniões e depois apresente
a sua mostrando, concordâncias e pontos de vista que são seus e que podem ajudá-los
a avançar.
Esta avaliação é o último exercício deste ano e o primeiro do próximo, que vai evidenciar
aos alunos seu percurso e mostrar as conquistas pelo que aprenderam e motivá-los a
continuar aprendendo com a Matemática.
Professor(a), sua tarefa agora é estudar essas orientações para suas aulas, identificando
as atividades de integração na área, preparando-as com seus colegas e, como tem sido
ao longo deste ano, dando continuidade ao olhar diferenciado para a avaliação dos
alunos.
Contamos com você, bom trabalho!
SMOLE, K. S.; DINIZ, M. I. Matemática Ensino Médio. v. 1. São Paulo: Saraiva, 2012.
SPRENGER, M. Memória: como ensinar para o aluno lembrar. Porto Alegre: Artmed,
2008.
VILA, Antoni; CALLEJO, María Luz. Matemática para aprender a pensar. Porto Alegre:
Artmed, 2011.
Macrocompetências em foco
x Autogestão
x Gestão de processos
x Colaboração
x Curiosidade investigativa
x Resolução de problemas
x Comunicação
Metodologias integradoras
As atividades promovem integração entre alunos e educadores e entre eles e a
concepção de ensino do componente curricular, com base na aprendizagem colaborativa
e na problematização. Conceitos que, por sua vez, favorecem e estimulam oportunidades
de integrar conteúdos de todas as áreas de conhecimento.
Atividades
As ações propostas, para as quais prevemos 36 aulas, não contemplam o total das aulas
do bimestre, porque continuamos deixando, em média, uma aula por semana livre para o
professor retomar e realinhar as atividades. Atendendo tanto aos ritmos de aprendizagem
de cada aluno e turma quanto aos acertos necessários no tempo em função de possíveis
feriados e atividades planejadas pela escola. Nos quadros a seguir, apresentamos o
conjunto de sequências didáticas (SD) e a síntese das atividades, cuja descrição, mais
adiante, traz objetivos e comentários para o planejamento das aulas.
Aula
SD 1-
1 Aula livre SD 1- Problema 5 Finalização do
SD 1- Problemas 3 Ficha 2 problema da
e4 semana -
Ficha 2 Ficha 5
SD2 SD2
2 Aula livre Ficha 6 propostas Ficha 6 propostas
1e2 3e4 SD 4
SD 3 – Fichas10 e SD 4 Ficha 14
11
3 SD 1- Problemas 1
e2 SD 5
Ficha 1
4 SD 3 - Ficha 9 SD 4
Ficha 13
Aula
SD2 SD2
1 SD4 SD 1- Problema 6 Ficha 7 propostas Ficha 8
e7 4a6
Ficha 3 SD 6
SD 6
SD 2 SD6
2 Ficha 7 propostas Batalha naval
1a3 circular
SD 4
3 SD 5- Ficha 8
SD 1- Problemas 8 SD6
4 e9 Estudos orientados
Ficha 4
5 SD 3 – Pescaria de SD 6
Potências Ficha 16
6
Aula livre SD6 Aula livre Aula livre
Desenvolvimento
Ao desenvolver esta sequência didática seria importante que você relesse as orientações
que demos anteriormente a respeito do trabalho com a resolução de problemas nos
bimestres anteriores. O mesmo vale para gestão da aula de resolução de problemas.
Gestão da aula
9 Na gestão da aula, lembre-se de: envolver os alunos na busca de uma solução para
as situações-problema propostas, propiciar um ambiente de liberdade de expressão e
compartilhar as vozes, evitando centralizar as aulas e resoluções em você.
9 Na discussão das soluções do problema, faça uma boa mediação na roda de conversa,
de modo que seja instaurado um clima acolhedor às ideias, fazendo com que todos se
sintam à vontade para compartilhar o que pensam e sentem.
Apresentaremos, para este bimestre, dez problemas que todos os alunos devem resolver,
sendo nove para resolução em sala e um como problema da semana (ver explicação na
OPA do 2º bimestre). Também apresentamos seis problemas extras, que deverão compor
a Problemateca, juntamente com os opcionais propostos nos bimestres passados e
outros que você, professor(a), queira acrescentar.
Os problemas de 1 a 9 foram pensados para resolução em sala de aula, como tem sido
feito tradicionalmente desde a OPA do 1º bimestre. Os problemas 1 a 5 (Fichas 1 e 2 do
Caderno do Estudante) são problemas que envolvem raciocínio algébrico ou aritmético,
mas são resolvidos, necessariamente, por algum algoritmo ou equação. Mantendo o foco
da aula de resolução de problemas, escolhemos textos que exigem criação de
estratégias, levantamento de hipóteses, tentativa e erro. A ideia é que, além da
matemática, eles desenvolvam paciência, concentração e persistência, entre outras
habilidades necessárias para aprender, para exercer profissões e para ser cidadão. Para
esses problemas, a execução de um painel de soluções será importante. Se aparecerem
resoluções algébricas, elas devem ser valorizadas, mas em detrimento de outras que
surjam. Os alunos poderão comparar vantagens e desvantagens de cada tipo de
resolução. A respeito do painel, veja orientações dadas nas OPAs anteriores.
Problema 2 - R: Há muitas
respostas possíveis e aqui
colocamos apenas duas delas.
Incentive os alunos a achar pelo
menos três.
Problema 4 - R: 6 abacates.
Incentive que façam um desenho de
balanças para representar a
situação do problema.
Problema 5 - R: 10 652
Problema 6 - R: B
Problema 8 - R: Alternativa C
Resposta correta
Os problemas que propomos a seguir devem compor a seleção que estamos formando
para a Problemateca. Há mais seis problemas. Não se esqueça de colocar os seus e de
propor aos alunos que tragam problemas para nossa coletânea. Eles devem trazer
problemas que saibam resolver, entregar a você para sua análise e, se houver
concordância, você coloca na caixa. Caso não, chame quem propôs e explique por que
aquele problema não vai para a coletânea, de modo que a decisão não seja arbitrária e
que os estudantes possam ter critérios de seleção cada vez mais focados e elaborados.
1. Jucilene quer pintar as quatro paredes de seu quarto usando as cores lilás, azul,
branco e rosa. Cada parede deve ter uma cor diferente e as paredes lilás e azul não
devem ficar uma em frente a outra. De quantas maneiras diferentes ela pode pintar o
quarto? (R: 16)
3. Cinco colegas não estão totalmente de acordo sobre a data da prova de Matemática.
x Andréa diz que será em outubro, dia 16, segunda-feira.
x Dani diz que será em outubro, dia 16, terça-feira.
x Fabrícia diz que será em novembro, dia 17, terça-feira.
x Angélica diz que será em outubro, dia 17, segunda-feira.
x Clara diz que será em novembro, dia 17, segunda-feira.
A A A A
B B B B
+ C C C C
Y A A A C
SD 2
Cálculo mental
Desenvolver a capacidade de realizar cálculos mentais e de fazer
estimativas tem sido um aspecto importante da aprendizagem em
Matemática, nesta proposta de educação integral. Dando
Resumo continuidade a este trabalho, enfatizaremos, neste bimestre final, a
realização de atividades que envolvam mais diretamente cálculos
rápidos com potenciação, operações com números inteiros e
resolução de equações de 1º grau.
Foco Ampliar a capacidade de calcular sem lápis e papel.
Desenvolver habilidades de cálculo mental; resolver mentalmente
Objetivos operações numéricas com números inteiros e potenciação; resolver
equações de 2º grau simples.
Recursos e
Fichas 6 a 8 do Caderno do Estudante.
providências
É importante perceber que as propostas com cálculo mental não visam somente o treino,
estrategicamente, elas estão organizadas de modo a estimular que o aluno busque
formas de pensar o cálculo.
Por outro lado, por mais contraditório que possa parecer, o cálculo mental é estratégico
na resolução de problemas numéricos e algébricos a serem explorados no Ensino Médio.
Porque, ao propormos situações problematizadoras, estamos, em geral, preocupados
com que o aluno compreenda relações entre dados. Esperamos também que ele analise
e faça escolhas sobre quais estratégias correspondem à situação do problema, como irá
desenvolver a estratégia escolhida com sucesso etc. De modo geral, os estudantes até
conseguem selecionar e pôr em prática uma estratégia, mas erram em cálculos simples
ou perdem muito tempo por não terem alguma prontidão para calcular com operações
numéricas e algébricas simples. O cálculo mental auxilia a diminuir a incidência de erros
Gestão da aula
9 Os alunos devem saber o que se espera deles em cada proposta que fazemos nas
aulas de Matemática. Por isso, socialize com eles a proposta de cálculo mental do
bimestre.
SD 3
Revendo potências
A proposta desta sequência didática é retomar o conceito de
potências com expoentes inteiros e as principais propriedades
Resumo envolvidas no cálculo exponencial para que os alunos compreendam
melhor os estudos que farão de progressões geométricas e,
posteriormente, da função exponencial e logarítmica.
Foco Cálculo com potências de expoentes inteiros.
Gestão da aula
Preparar a aula é essencial, por dois motivos principais: o primeiro deles é, obviamente,
para que a aula transcorra adequadamente, sem falta de recursos e com você,
professor(a), preparado(a) com boas intervenções, porque pensou nelas antes; o
segundo motivo é o mais importante – neste projeto, saber gerir o tempo e os processos
de estudo é um conteúdo a ser aprendido, e é pela vivência dos alunos com bons
exemplos de seus educadores que essa aprendizagem vai acontecer.
Desenvolvimento
Etapa 1
Proponha aos alunos que, em duplas, resolvam os problemas da Ficha 9, da forma como
acharem melhor. Podem usar tabelas, diagramas, esquemas etc.
Etapa 2
Agora, em duplas, eles devem resolver os problemas da Ficha 10. Precisarão de uma
calculadora por dupla. Eles resolvem, vocês analisam, discutem a notação de potências
e, então, voltam aos problemas da Ficha 9 para fazer as seguintes atividades:
x Usar uma escrita matemática para expressar a quantidade de cubos no enésimo termo
(um termo qualquer) da sequência de números cúbicos.
x Relacionar a ideia de três ao cubo, quatro ao cubo, n ao cubo à representação dos
elementos da sequência, que nada mais é do que calcular o volume do cubo (a x a x a
onde a é o valor da aresta).
x Pedir que resolvam novamente os problemas 2 e 3, agora usando a notação de
potência.
Etapa 3
Se você achar que eles conseguem assistir aos vídeos em uma aula de Estudos
Orientados, antes da aula de Matemática, melhor. No entanto, caso não seja possível,
pode exibi-los em sala, um após o outro, mais de uma vez, se necessário. Em seguida,
eles realizam a proposta da ficha de atividades a partir do que aprenderam no vídeo.
Gestão da Aula
9 Procure assistir aos vídeos antecipadamente, para que possa saber os pontos centrais
das explicações e como elas podem auxiliar os alunos. No portal Khan Academy há
atividades extras que os estudantes podem fazer. Indique isso a eles e mostre o caminho
de como acessar. Isso pode ser feito para todos ou para aqueles que precisam de mais
tempo para aprender.
Etapa 4:
Preparado o material, vocês o jogarão três vezes. Diga a eles que a proposta é que
ganhem agilidade de cálculo com potências simples. É interessante que joguem uma vez
por semana, durante três semanas, seguindo um roteiro:
1. Na primeira vez, analisam as cartas, leem as regras (não leia para eles, nem explique,
leiam com calma e juntos) e jogam para conhecer o jogo. Ao final, podem conversar a
respeito do que foi fácil, do que foi difícil, dos cuidados que precisam ter na próxima vez
que jogarem. Diga a eles que se quiserem estudar mais, podem jogar fora da sala de aula
também.
2. Na segunda vez, jogam para aprofundar o conhecimento. Aqui podem produzir uma
lista de aprendizagens com o jogo. Caso você veja que está muito fácil para a turma,
pode parar aqui. Caso contrário, para todos ou para um grupo específico de alunos, pode
jogar uma terceira vez.
3. Observe que o jogo repetido é uma forma de exercitar e substitui, com vantagem,
várias listas de exercícios repetitivos. No entanto, o jogo desenvolve também as
competências para o século 21, especialmente a capacidade de argumentação e de
convívio. Como complemento, eles desenvolvem a linguagem matemática.
Seu incentivo é muito importante, uma vez que se trata de uma experiência bem nova
para eles. Nessa primeira vez pode acontecer de somente alguns alunos realizarem a
proposta, mas, quando vocês discutirem, envolva a todos, retome a importância da
resolução de problemas e a experiência que eles têm nas aulas de problemas do
Letramento. Repetiremos a proposta, de modo que eles, progressivamente, se envolvam
mais com ela.
x Se tiverem dúvidas, proponha uma revisão em uma aula de Estudos Orientados. Eles
podem usar o ambiente dos vídeos que sugerimos aqui para revisão e fazer atividades
dos livros didáticos disponíveis na escola. Indique quais livros, páginas e atividades
podem ser feitas. Você pode preparar um roteiro de estudos de aprofundamento e revisão
para quem ainda precisar. Não coloque as atividades, indique o caminho, por exemplo:
9 use os vídeos e o ambiente;
9 use o livro X página Y atividades tais e tais;
9 no livro Z, nas páginas de tal a a tal há cinco atividades que podem ser feitas para
revisar potências.
x Esse recurso de orientar por roteiros de estudo é novo para alunos e professores. Por
isso, converse com eles sobre a responsabilidade de agir por conta própria. Fale sobre o
quanto isso é importante para que aprendam por si, sobre a responsabilidade que devem
ter como estudantes, sobre o quanto isso auxilia para a vida toda etc. Evite sermão, não
deixe transparecer que você está dando lição de vida. Indique que você os está
chamando para que sejam parceiros, que ganhem responsabilidade etc. Essa formação
faz parte do processo de desenvolver autonomia e, por consequência, dar passos no
sentido do protagonismo que desejamos ver alcançado ao final do 3º ano do Ensino
Médio.
SD 4
Sequências e função exponencial
Explorar a função exponencial a partir da busca de padrões e regularidade
Resumo em sequências numéricas, diferenciando as ideias de crescimento linear
e crescimento exponencial.
Compreender fenômenos de crescimento não linear e associá-los à ideia
Foco
de exponencial.
Diferenciar crescimento linear de crescimento ou decrescimento
exponencial; resolver problemas que envolvam a noção de crescimento
exponencial; revisar a ampliar cálculos com potência; associar a
Objetivos
determinadas sequências com cálculos exponenciais; identificar o gráfico,
o domínio e a imagem de uma função exponencial; resolver problemas
relacionados à função exponencial.
Desenvolvimento
Para quem atua no Ensino Médio, não é estranho falar das dificuldades dos alunos
reveladas nas aulas e avaliações durante o estudo das funções. Uma parte das dúvidas
diz respeito a algum desconhecimento que ainda exista da linguagem algébrica e do
cálculo algébrico. Erros de cálculos com letras relativos ao uso de parênteses, problemas
em interpretar e expressar as leis das funções em sua forma algébrica, dificuldades em
operar com números e sinais são muito frequentes e podem atrapalhar as operações que
envolvem funções, por exemplo, na determinação das raízes de uma função pela resolução
de equações, ou da imagem para um valor da variável independente e vice-versa. Isso é
normal e esperado em se tratando de alunos em processo de alfabetização na linguagem
algébrica. Precisamos ficar atentos e trabalhar com esses erros e desconhecimentos em
processo, como, aliás, tem sido nossa proposta desde o primeiro bimestre.
Etapa 1
Outro aspecto importante do estudo de funções está em seu caráter integrador, mas agora,
de modo especial, entre conteúdos e conceitos matemáticos. Para tomarmos um exemplo,
as sequências numéricas, em especial as progressões aritméticas e geométricas, nada
mais são do que funções. Usaremos a ideia intuitiva de progressões, associadas à busca
de regularidades em sequências, para estimular as primeiras reflexões entre crescimento
exponencial e linear.
Nessa etapa, procuraremos associar as situações dessa sequência com aquilo que os
alunos vêm estudando sobre potências. Fique atento para apoiar o grupo nessas conexões
entre diferentes ideias da matemática. Isso evita que eles pensem em um conceito isolado
do outro.
Etapa 2
Gestão da aula
9 A ficha tem como objetivo permitir que os alunos trabalhem em seu próprio ritmo,
evitando-se sua dispersão ou impaciência, o que sempre acontece se eles dependem
totalmente de instruções do professor.
9 Os registros gerados durante a atividade são importantes para que você possa
acompanhar o trabalho desenvolvido por eles, e para que possam ter à mão as próprias
conclusões ou descobertas quando, em sala de aula, serão feitas as sistematizações
necessárias. Oriente nesse sentido e relembre durante a aula em um ou dois momentos
que devem fazer anotações.
9 Enquanto os alunos trabalham, observe para que possa encaminhar e intervir nos
trabalhos das duplas, identificar maior ou menor domínio da máquina e dos conceitos
envolvidos na atividade. Alguns estudantes podem se tornar monitores, auxiliando e
orientando aqueles colegas que apresentam dificuldade, seja com os comandos, seja
com o conteúdo específico.
Os alunos deverão fazer a primeira parte da sequência com Winplot da Ficha 14 visando
relembrar o uso desse recurso. Se eles lembrarem por si mesmos, você pode deixar essa
ficha de lado. Caso não possam salvar a suas produções, peça que façam no caderno
um pequeno esboço dos gráficos para poderem consultar para a parte B. Acompanhe os
grupos, tire as dúvidas e conduza uma conversa com a classe a respeito das conclusões
e investigações.
9 Já lembramos a você que toda aula deve ter começo, meio e fim, por isso não se
esqueça de, no início da aula, colocar no quadro o que será feito e, ao final, avaliar se o
que foi proposto foi realizado por todos.
9 Igualmente importante é relacionar uma aula a outra, para que os alunos, entre tantas
atividades que realizam na escola, possam acompanhar a lógica do que fazem a cada
atividade.
9 Por isso, faça-os relembrar as atividades anteriores, destaque alguma curiosidade que
tenha acontecido, uma ideia importante que não deve ser esquecida. Assim eles
percebem que você está atento a eles e que se preocupa com eles e com a aprendizagem
esperada para todos.
9 Prepare-se estudando a atividade antes de propor aos estudantes, ela vai solicitar a
leitura de um texto mais elaborado. Assim você poderá perceber as dificuldades que eles
poderão encontrar durante essa leitura.
Utilize um livro didático que esteja disponível para estudar nos tempos previstos os
seguintes aspectos:
- Definição da função exponencial, seu domínio, sua imagem e gráfico.
- Propor problemas relativos a funções exponenciais.
x Prepare com os alunos uma lista das aprendizagens e dúvidas (coletiva); uma ficha de
atividades contendo até 10 propostas relativas ao que eles têm dúvida, para que realizem
a proposta no tempo de Estudos Orientados.
x Combine com eles que devem tentar resolver em duplas, sendo um dos integrantes
alguém que não tem as dúvidas apresentadas.
x Podem consultar as anotações, o livro didático e até videoaulas para trabalharem
juntos. Explique que retomarão apenas aqueles que sozinhos não conseguirem resolver.
SD 5
Brincadeiras com o círculo e a
circunferência
Revisar as noções de círculo e circunferência e seus elementos
principais (raio, diâmetro, centro), além de retomar com os alunos os
Resumo
conceitos de como medir o comprimento da circunferência e sua
relação com o número Pi (π) são metas dessa sequência didática.
Foco Revisão de elementos básicos da circunferência e do círculo.
Identificar círculo, circunferência e seus elementos; fazer construções
Objetivos usando compasso; revisar a noção de comprimento da circunferência
e o número Pi.
Ficha 15 do Caderno do Estudante; compasso; régua; lápis colorido;
Recursos e
tesoura; papel em branco para desenhos; livro didático e vídeo
providências
indicado na descrição da sequência.
Duração Prevista 5 aulas.
Para desenvolver trigonometria no círculo trigonométrico, acreditamos ser necessário
revisitar algumas ideias básicas da geometria plana, em especial as relativas ao círculo
e à circunferência, de modo similar ao que fizemos para ângulos e triângulos.
Aproveitaremos essa retomada para falar com os alunos de Pi, explorar o uso do
compasso e desenvolver habilidades de pensamento geométrico que temos procurado
ampliar desde o início do ano. A sequência didática terá ainda um aspecto lúdico, uma
forma de criação e de relação com a arte. Para desenvolvê-la, elaboramos três etapas
que descrevemos a seguir.
Para mobilizar os estudantes, apresente um resumo de tudo o que eles farão ao longo da
atividade e oriente-os para que os materiais necessários estejam presentes a cada aula.
Etapa 1
Peça aos alunos que, em duplas, façam uma lista de tudo o que sabem a respeito de
circunferência e círculo. Dê um tempo para que listem e, em seguida, proponha que
socializem com a classe. Retomaremos essas duas listas ao final da sequência didática.
Divida o quadro em duas partes e anote o que eles sabem em um lado e de outro, aquilo
que precisa ser retomado. Explique para turma que usarão bastante alguns conceitos
relativos ao círculo e à circunferência e que, por isso, vão relembrar algumas
propriedades dessas figuras.
Proponha que usem o compasso para traçar no caderno uma circunferência e aproveite
para retomar a diferença entre círculo e circunferência, bem como o que são centro, raio
e diâmetro. Não fale ainda da relação entre raio e diâmetro, porque eles irão investigá-la
um pouco mais adiante.
Analise com eles a ideia de que a circunferência tem infinitos raios e diâmetros. Explore
a noção de que todos os pontos da circunferência são equidistantes do centro e que é
isso que define essa forma geométrica. Peça que anotem com calma todas essas ideias
e explicações. Cuide de escrever cada uma delas para que as anotações dos alunos
fiquem corretas. Deixe que participem da redação.
Ainda nessa aula, solicite que cada estudante desenhe em um papel branco (se for de
gramatura firme, como cartolina, melhor) três circunferências de diâmetros diferentes
(cada um escolhe o seu) e recorte, marcando internamente a medida do raio.
a) Que relação há entre diâmetro e raio da circunferência? Como podemos registrar isso?
Para finalizar, proponha que assistam ao vídeo “Matemática em Flashes - Número PI”.
Primeira Parte. Disponível em: bit.ly/matematica-flashes. Acesso em: abr. 2017.
Etapa 2
Etapa 3
Peça aos estudantes que individualmente olhem as propostas da Ficha 15. Na ficha,
aparece a construção de duas figuras geométricas a partir da circunferência e ainda,
rosáceas para construir com compasso.
Veja com eles o trabalho da artista carioca Beatriz Milhazes, que utiliza como base de
suas obras círculos e rosáceas. Há uma sugestão de site a ser visitado (Disponível em:
bit.ly/beatriz-milhazes. Acesso em: abr. 2017.).
Converse com o grupo acerca das cores que a artista usa, como os círculos e linhas são
usados, os fundos e os tamanhos das telas. Desafie-os a criar rosáceas e pintar como
quiserem. Eles podem se inspirar no que viram da artista. Em seguida, podem recortar
tanto as figuras feitas na atividade 3, quanto as rosáceas para a montagem de um painel
sobre um fundo preto, visando fazer uma composição com todas as “flores”. Escolham
um local da escola para expor a configuração final da classe. Cada aluno pode fazer mais
do que uma contribuição para o painel.
Peça que voltem à lista feita no início desta sequência e que verifiquem se mudariam algo
nos conhecimentos que tinham a respeito de círculo e circunferência fazendo os ajustes
necessários. Isso pode ser utilizado como uma autoavaliação. Não vale nota, mas eles e
você podem identificar o que precisa ser revisto.
SD 6
Desenvolvimento
Os alunos costumam ter certa dificuldade para compreender a relação entre ângulos em
graus e radianos e a representação de ângulos e arcos no círculo trigonométrico que são
o objeto de estudo desta sequência didática. Isso ocorre tanto pela novidade do assunto,
quanto devido a algumas incompreensões de conceitos anteriores da geometria plana,
ou, ainda, porque a abordagem apenas pelo livro didático torna as imagens estáticas, não
permitindo que as relações sejam completamente compreendidas pelos alunos. Dado que
consideramos que essas incompreensões podem impedir a aprendizagem das funções
trigonométricas, sugerimos que a introdução dessa expansão da trigonometria seja feita
com cuidado, retomando alguns temas da geometria plana (noções de ângulo, de arco
de circunferência). Apresentaremos também a medida de arco de circunferência em
radianos e o círculo trigonométrico.
Observe que, com todo esse cuidado, algumas retomadas serão necessárias à medida
que você identificar alguma falta de conhecimento dos alunos com relação aos números
racionais e reais e a propriedades geométricas de figuras planas. No entanto, sugerimos
Gestão da Aula
9 Selecione com cuidado o livro que usará. Procure um que tenha pelo menos alguns
aspectos comuns com a proposta de Matemática desta proposta de educação integral:
texto para ser lido com aluno; exercícios resolvidos; interação entre as atividades
resolvidas e os problemas propostos e uma preocupação com o Letramento em
Matemática no sentido que temos discutido aqui.
9 Após a etapa 2, sugerimos que os alunos recebam uma lista com 10 a 12 atividades,
que podem incluir propostas do livro didático. Essa lista será trabalhada com os
estudantes após a etapa 4 em dois tempos destinados a estudos orientados com sua
supervisão.
Etapa 1
Podemos ler e selecionar trechos para contar aos alunos, ou organizar uma apresentação
de slides. Se preferir, há livros paradidáticos que auxiliam a conversa a respeito da
história dessa área da Matemática. Um dos mais interessantes é Dando corda à
trigonometria, de Oscar Guelli (São Paulo: Ática). Caso sua escola tenha o livro, pode
contar a história em capítulos para eles, criando suspense, parando nos pontos mais
interessantes. Que tal pedir sugestões ao professor de Língua Portuguesa sobre como
ler para seus alunos?
Etapa 2
A proposta agora é retomar as noções de arco de circunferência, sua relação com ângulos
e a medida em graus. Propomos que isso seja feito usando um recurso que é o uso de
videoaulas. Vocês podem usar o vídeo “Medidas de ângulos e arcos do círculo”.
Em seguida, ler a respeito do mesmo tema em duplas no livro didático e fazer uma roda
de conversa a respeito do que sabem, do que aprenderam.
Assistir em aula ao vídeo “Introdução aos radianos”, da Khan Academy. Disponível em:
bit.ly/introducao-radianos. Acesso em: abr. 2017.
O objetivo agora é definir radianos de modo a fazer sentido para os alunos a extensão
das razões trigonométricas para qualquer número real. Para isso é preciso trocar a
medida dos ângulos em graus por outra que relacione a medida do ângulo a um número
real.
A proposta é que compreendam a ideia por trás do radiano. Para isso é interessante
realizar com a classe uma aula dialogada em torno da explicação a seguir.
Agora, imagine uma circunferência de raio 1 e uma reta numerada com unidade 1,
posicionados desta forma:
Compreendida a relação entre números reais (da reta numerada), arcos sobre a
circunferência e respectivos ângulos centrais medidos em radianos, é possível apresentar
o círculo trigonométrico como usualmente se encontra nos livros. Dando destaque:
x À orientação dos arcos sobre a circunferência.
x Ao cálculo dos senos e cossenos de ângulos no 1º quadrante, identificando-os com
medidas sobre os eixos orientados com origem no centro da circunferência orientada.
x À extensão do seno e cosseno para qualquer número real e formalização das funções
seno e cosseno em R.
Feito isso, devem ler a respeito do mesmo tema no livro didático selecionado, em uma
dinâmica parecida com a da etapa 2. Sugira que os alunos anotem suas aprendizagens
e compartilhe o endereço do vídeo com eles.
Jogada 1
Peça aos alunos para que se organizem em duplas para jogar. Eles devem ler
individualmente as regras que estão na Ficha 16 e, depois, ler outra vez em dupla para
interpretar as regras verificando se as compreenderam ou não. Preveja uma rodada de
dúvidas e perguntas e, apenas se for muito necessário, faça uma simulação do jogo
contra a classe projetando o tabuleiro no quadro.
Jogada 2
Peça que formem a mesma dupla da aula anterior, e comece essa segunda parte da
sequência didática retomando as dúvidas da aula anterior. Para tirar dúvidas, se
necessário, projete o vídeo a seguir, porque ele poderá auxiliar na revisão dos conceitos
nos quais a turma ainda está insegura.
Jogada 3
Inicie a aula pedindo aos estudantes que leiam suas listas de aprendizagens. É
interessante fazer assim: uma dupla começa e diz duas de suas aprendizagens e você
anota no quadro. Dê voz a cada dupla, que agora deve incluir na lista apenas
aprendizagens diferentes daquelas já listadas. Ao final, diga de sua satisfação com as
aprendizagens percebidas, explique que elas serão importantes para outras atividades
que farão de trigonometria ao longo do Ensino Médio e peça que eles anotem a lista final
nos cadernos.
1
Este jogo foi retirado de SMOLE, K.C.S et al. Ensino Médio - Jogos de Matemática, série Cadernos do Mathema. v. 3.
Porto Alegre: Artmed, 2008.
Terminamos o ano. Organize uma pequena filmagem, que pode ser feita com o celular,
para registrar com os alunos suas aprendizagens no ano. Pergunte se eles gostariam de
dar uma dica para os alunos ingressantes no Ensino Médio que vierem para essa
proposta de educação integral no ano seguinte a respeito de como se organizar para
aprender mais Matemática.