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MINISTERIO P E EPUCAÇAO E C U L T U R A

U N l V E R S l D A P E F E D E R A L D O R I O G R A N D E DO SUL
ESCOLA DE E N G E N H A R I A
PROGRAMA D E P ~ s - G R A V U A Ç Ã O EM E N G E N H A R I A DA ENERGIA, METALURGIA
E MATERIAIS - PPGEEMM

Con$kibuiçZo Ü heduçãa d i h e x a d e minéaia d e d e m a


com &eduXok a s l i d o : i n d l u ê n c i a d o t e u & d e c i n z a a
d o cahuão' e d e u m agenze: gaseldican.te a d i c i o n a l .

EDUARDO USO;
Eng e n k e i a o mexa.
'

Taabatha aealikado na Depat


gAca d a EacoQa d e E n g ~ n h a a i . da U F R G S , dertiao d o Pkoghama
d e P ó a - G a a d u a ~ ã o em ~ n g e n h a .
Mateaiaia - PPGEEMM.

PORTO A L E G R
1 9 8 5
Cant~ibuiçãa sedução d i k e k a d e m i n e t i o d e 6 e k t ~ o
com aedutotr. ~ Õ l i d o :ikdluência d o teuir de c i n z a s
d o cahvão e d e um a g e n t e g a a e i d b c a n t e a d i c i o n a l .

Apkeaenkada ao Phaghama d e ~ o b - ~ & a d u a ç ã oem E n g e n h a ~ i a


da Enekgia, MefaBu&gia e M a i e ~ i a i a - P P G E E M M , como pua
-
t e doa a e q u i s i i o a paha a o b t e n ç ã o d o TZ$u&a de
Esta DISSERTAÇÃO f o i julgada adequada para a obtenção do
t i t u l o de Mestre em Engenharia, Area de concentração Me-
talurgia extrativa e aprovada & sua forma f i n a l , pelo
-
.Orientador e pela Banca Examinadora do Curso de p ó s - ~ r a -

Orientador: Hartwig Rupp


Dr. Ing. D i p l . Wirtsch. Ing.

Banca Examinadora:
Helena L e i s t e r
Livre Docente
UFRGS/Aços Finos P i r a t i n i

Rene Rech
Mestre em C i ê n c i a s
UFRGS/C IENTEC

Mário Saffer
Doutor em Engenharia
C IENTEC

Coordenador do PPGEEMM

~ í r i oSchaeffer
Doutor em Engenharia
A G R A D E C I M E N T O S

Aos Profs. D r s . Hartwig- Rupp e Helena Leister pe-


la orientação recebida.

Aos Profs. Z u l e i k a C. C. da Silva e Rene Rech pela


colaboração prestada.

Aos colegas e técnicos do PPGEEMM, em especial a


Gilcemar Franco e Nestor Heck, pelo auxilio concedido.

Ao CNPq p e l o auxílio f i n a n c e i r o dado a e s t e traba-


lho.
R E S U M O

Estudou-se nesse trabalho a i n f l u ê n c i a da adição de li -


quidos (água e álcool etílico) na redução d i r e t a de pelotas
hematíticas com r e d u t o r s ó l i d o nas temperaturas d e 950,
O
1000 e 1050 C. Pesquisou-se a influência da adição desses
líquidos sobre a velocidade de redução do minério (através
do grau de redução) e sobre a variação de volume ocorrida
nas pelotas durante a redução (através de variação de d i z -
metro e observações em microscÓpio Ótico e e l e t r ô n i c a ) .
:..

Paralelamente estudou-se a influência do teor d e cin-


zas do carvão sobre sua r e a t i v i d a d e , através d e t e s t e s de
redução d e pelotas com carvões desgaseificados e não desga-
seificados e também testes de gaseificação dos carvões, to-
dos a 95o0c.

Os ensaios foram realizados em reatores aquecidos por


forno e l é t r i c o . Empregaram-se carvões da mina ~ u t i ãRecreio
(RS) de 3 5 % de c i n z a s (desgaseificados) n o s t e s t e s c o m a d i -
ção de l í q u i d o s e carvões da mina de ~ e ã o(RS) lavados, com
diversos teores de c i n z a s e não lavados ( R . O . M . ) .

Concluiu-se que a adição d e liquidos aumenta a redução


das pelotas e proporciona diminuição do inchamento.

-
Verificou-se que utilizando-se carvões previamente des
gaseificados não houve considerável influência do teor de
cinzas sobre a reatividade, entretanto com carvão não des-
gaseificados e s t a influência tornou-se significativa.
The influence of addition of l i g u i d s (water and
e t k y l i c alcohol) in the d i r e c t r e d u c t i o n o£ haematite
pellets w i t h s o l i d r e d u c t o r in t h e temperatures o£ 9 5 0 ,
1000 and 1 0 5 0 ~has ~ been s t u d i e d . The i n f l u e n c e o£ the
a d d i t i o n of these l i q u i d s upon t h e reduction v e l o c i t y
(through t h e reduction grad} and t h e volume modification
'

ocurred on the p e l l e t s d u r i n g t h e reductfon ( t h r o u g h


diameter variation and o b s e r v a t i o n w i t h o p t i c a l and
:- e l e c t r o n i c microscope).
A t the same t i m e the influence o£ the ash content
on the r e a c t i v i t y , through t e s t s o£ direct reduction of
p e l l e t s w i t h char and coal and a l s o t e s t s o£ gaseificatim
a l i at 9 5 0 ~ ~ .

The test were performed with reactors heated in


e l e c t r i c oven. T h e used coals were ~ u t i ã - ~ e c r e i o(RS)
mine with 35% ashes ( t e s t s with liquids addition) and
~ e ã omine IRS) wasked w i t h dif f e r e n t s ashes c o n t e n t s
and ROM.

It w a s concluded that liquid a d d i t i o n increases


t h e pellets reduction while decreases t h e swelling.

It w a s verified that w i t h char there w a s not


remakable i n f l u e n c e of a s h content upon r e a c t i v i t y .
Althought with coal t h i s i n f luence turned t o be
significant.
I I REVI SAO
I

2. 1, 1 Fatote4 p&incipaia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.1.2. I m p o k ~ â n c i ad e a e i e n um aeduxok com alXa

2 . 2 . 1 . i l i l e h e n ~ ana g a s e i 6 i c a ç ã o com C O p e H p O --
2.2.2. F a S o h e ~ que in,jlueni na t e a t i v i d a d e d e um
cahvão - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - h - -

- 2.3. lndtuência da adição d e H 2 ao gã6 a e d u f o h C0 6 0 -


b t e a velocidade d e keduçãu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2 . 3 . 1 . Conaidekaçõea f & m i c a a - - - - - - - - - - h - - - - 13
2.3.2. Conaideaaçüea f&hrnodinâmica~ - - - ------ 13
2 , 3 . 3 . C o n b i d e t l a ç õ e ~ cinesticaa - - - - - - - - - - - - - - - - - - 14
4 . Mudançaa eaRtu;tu&ahb na6 petoXa4 duitante a hedução 17
2 . 4 . 1 . I n d l u i i n c i a da^ p t o p t l i e d a d e ~ i n - i c i a i ~ d a b
p e l o k a a a a b k e an mudança^ e a 2 a u t u t a i a fb
2 . 4 . 2 . Mudançaa eaXkukuhaia d u n a n t e a hedução - - 19

3.1. Makehiaca - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - h - - - -

3.2. Equipamento& . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 . 2 . 1 . E n a a i o a em e s c a l a d e l a b o i t a k õ h i o -
3.2.2. E n ~ a i o a em edcala aemi-pilozo - -
3 . 3 , Me,$odologia - - - - - - - - - - h - - - - - - - - - - - - - - + - - - - - - - - - - - 37
3.3.1. TeaXeb d e hedução com adição d e LZquido4 - 31
3 . 3 . 2 , T e b f e h com canvõea d e dibeieelzkea Xeohea de
31
3.3.3. Tea;tea d e d e a g a a e i ~ i c a ç C i o- - - - - - - - - - - - - - - - 36
3 . 4 , Pkocedimenko expehimenfa& ....................... 37

4 . 1 . TeaXea d e kedução p a u veni6icak a ivabluência da


adição de ,l;quidob .............................. 46
$.I.]. - - - - - - - - - - - - - - - - 46
T e a X e ~ com a d i ç ã o de. â g u a
4.1.2, Teaxed com adição d e Ú L c o o l etzlico - - - - - - 46
4.1.3. Tedfe4 com a d i ç ã o d e m i ~ X u t l a ãtcool e água 49
4 . 2 . Teaxes paha veaidican a indLuencia d o k e o a de cin -
zab na n e a X i v i d a d e d o s caavõea - - - - - - - - - - - - - - - - - - 4b
4 . 2 . 7 . T e ~ t e a ea;tÜkicoa d e t ~ e d u ç ã o - - - - - - - - - - - - - - 48
4 . 2 . 2 . Te~;kesdinâmicos de t ~ e d u ç ã u - - - - - - - - - - - - - - 48
4 . 2 . 3 . TeaAeh d e 4eduçZio em e h c a l a h e m i - p i l o z o -- 49
4 . 2 , 4 . TeaXea dinâmicas d e gaa e i ~ i c a ç ã o-- - - - - - - - 49
4 . 3 . Obaeitvaçõea d e peCo.Xas Ido4 t e h f e b d e kedução com
a d i ç ã o d e C i q u i d o a } em r n i c h ~ a c ~ ~õ ti ioc o d e & t ~ z
h e d l e t i d a e em michoacópio e l e $ k o n i c o d e v a h k e d u -
ha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
4.3.1. Obaef~vaçõea d e aeçüea potidaa em rnicnobcc-
p i o ;tico - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - h - - - - - - - - - - -

5 2.
4 . 3 . 2 . Uba e a v a ç ü e ~ em m i c ~ o a c ü p i o e l e f d n i c o - - - - 54
4.3,3, Te~Xea d e tleduçüa d e p õ d e pelciita em m i c n ~
c z p i o e ~ e t a õ n i c ode v a t t e d u x a cum d i a p o h i -
iiuo a d i c i o n a & d e a q u ~ c i m e n ~eo ktakamenko
C o m gAa 56
- - - - - - - - - - - - - - - - + - - - - - - - - - - - - - - - - -

5.1. Teakea d e sedução com i n j e ç ã o d e tzquidoa - - - - - - - 74


5.1. 1 . 7eatea com i n j e ç ã o de ãgua - - - - - - - - - - - - - - - 74
5 . 1 . 2 . T e d t e d c o m adiçüo d e miaiutla ~ B c o o f e água 84
5 . 1 . 3 . Vaaiação d e v o l u m e ocorraido naa +te&Sebcom
a d i ç a-o d e agua #
85
5 . 2 . P i ~ e u a a ã odoa Z e a t e a d e ~ e d u ç ã ocom cahvãea de d- i
Q e t l t n f e s ieakea d e c i n z a a - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 86

7 . 1 , T e a i e b prreliminahea d e i n j e ç ã o , d e água - - - - - - - - - - 100


7 . 2 . Teafea bãsicoa de g a a e i ~ i c a ç ã o - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 O0
7 . 3 . TabeCaa d o s ~ e a u ~ t a d a-b- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 0 3

SUGESTOES PARA TRABALHOS FUTUROS ......................... 10 8


SNDZCE DAS T A B E L A S

Tab. 1 A d i ç ã o de c a t a l i ~ a d o k ed~e g a b e i ~ i c a ç ã o em b u b ~
tânciaa cahbonoaa4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . fl h

Tab. i 1

Tab. I 1 1

T a b . IV Análise imediaXa doa cakvõea u ~ a d o bno4 ensaio4


paaa v e a i $ i c a ~a inbLuEncia d o i e o k d e c i n z a 4
aobhe a k e a $ i v c d a d e 28

Tab. V
Z

T a b . VI C o n d i ç õ e ~d e execução doa feazes com i n j e ç ã o de


49

Tab. V 7 7 Condições d e execução d o b keartea c o m i n j e ç ã o d e


mibkuka d e ãLcoaL e água 5 0 % - - - - - - - - - - - - - - - - - - 50

T a b . VIZI Condições de execução d o a ;teb;teh com ca/ruÜea d e


di6ehen;tes Xeoaea d e c i n z a & a 9 5 0 o C - - - - - - - - - - - 50

T a b . IX

Tab. X Condiçiers de execuçãa d o 4 XeaZea dinâmicos de


d e s g a s e i d i c a ç ã o com C O Z a 9 5 0 O C - - - - - - - - - - - - - - - 51

Tab. XI Pode& hedu;tok (ml d o & gaaea gskadoa na g a s e i 6 i -


cnção a d i c i o n a l d e C p e t a H20 i n j e z a d a - - - - - - - - 79
Tab. X T I Eneagia conaumida no& $ea;tes d e iredução com i a -
jecão de úgua + - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - + - - -
82

T a b . XIlI R e g u e ~ i m e n t od e e n e k g i a no d o k n o hoXaXivo indua


XaiaL - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - h - - - -
- 83

Tab. X I V A n ã l i b e p e t ~ a g k ã 6 i c a doa caxvõea A , C e V - - - - - $9


Tab. XV Q u a n t i d a d e d e c i n z a s d o s c a k v õ e ~ não d e á g a d e i b i
cadob -
- - - - - - - - - - - - - - v - - - - - - - - - - - - - - - - - - - + - - - - - -
90
Quantidade d e maf&ia voláfil naa cakvãea não
deagadei$icadoa 97
Tab. X V I Z A n á l i d e q u a l i t a f i v a do& gasea g e k a d a ~p e l a ma$;
& i a u o l ã ~ i ldub cuhvÕe4 nÜo d e ~ g a a e h ~ A c a d o--- h- 91
u
Tab. x v I I r Condic6ea d o s XesXes pireliainaires [l! e 2. &é-
kiEb) *---------------------------------------- 101
e

Tab. X I X ResuUados do6 t e d g e s paelirninaire-4 ( 1 : déhie) - 101

R e s u t t a d o s d o s t e s t e s phetiiilinaa>reã (20 ~ é i l i e l - 102

Tab. X X I R e s u t X ; d o ~ d o 6 Z e b t e 6 d e hedução com adição de


HpO ( 1 . d é n i e ) ................................ 103

Tab. X X 1 1 resultado^ doa ;tea;tea d e rtedução com adição de


H20 (z$d é n i e ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104

Tab.XX11I
H ~ Q(
-
ReauLkadoh doa . t e a X e ~ d e t ~ e d u ç ã o com adição
3 s ~e a i g ) ( a 1 0 5 0 ? ~ 1 . - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
de
104

Tea$eb a OC ................................ 105

Resultados do4 feaitea d e tedução com a d i ç ã o d e


mibtuka d e útcoo& e água - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 0 6

Tab. X X V ReaulXadoa doa ZeaXea d e kedução ~ a k á ~ i c o bc o m


cairvões d e d i v e h d o b X e o R e d d e c i n z a * da d & i e M
( c a a v õ e a d e s g a ~ e i $ i c a d o ~ .l. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106

Tab. X X V T R u u l t a d o d d o 4 Z e d t e s de aedução e6ctã&ico~ com


c a h u õ e ~d e dive.1~404Xeohea d e c i r i z a ~da b é l t i e N
[ c a k v õ e a d c a g a a e i . ~ i c a d o s l. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

Tab.XXVI1 ~ Xea-ted e s t ã ~ i c o sd e hedução com


R e ~ u & X a d odoa
cahvões d e d i v e t l ~ o sX e o t ~ e h de c i n z a & da s & i e O
( c a t v õ e a não d e a g a b e i ~ i c a d o a1 - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 0 7
Fig. I - Piaghama oxidação-hedução d a & h i a t e r n a h F e - C - H - O I4
Fig. 2 - P e ~ e n h o. e ~ q u e m ã ; t i c odo equipamenza uZilizado no4
Z e ~ t ede~ hedução com a d i ç ã o d e L Z q u i d o ~ - - - - - - 39
Fig. 3 - E ~ q u e m a [ a ] e doXogka6ia ( 6 ) d o apahelho de i n -
j e C ã o d e fzquidaa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

Fig. 4 - Ehquema do aeaXa& uzilizado no4 teaste& c o m a d i -


ção d P f ? i U i d O d . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

Fig. 5b - ?o$o d a tzquipamenfo utilizado nod enaaiob dinâ-


mico& - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - + - - - - - - - - -
43

Fig. 6 - P e ~ d i ld e $empekafuka ao longo d o boano d e tiliia


zona& 44

~ i g ,7 - P e ~ a i Rde X&mpehatuka d a cahga d o &eaXoh e d o


d o m o ao Longo d o $ c a t e d e kedução com adição
de &lquido6 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 45

Fig. 8 - Gkau d e heduçãa (GRI em dunção da vazâo de ãgua


( V I do4 X e a t e h d a 1G h e h i e (aLXu&a da catcga 2 2 0
mml e da ?'i a & i e (aliuta da c a t g a 1 1 0 m m ) - - - - 5%

fig. 9 - Gaau de kedução [ G R ) em bunção d a vazão d e ãgua


( V ] d o & feaites da 3$ a & i e ( a Q t u h a de caaga 1 7 0
mm e i n j e ç â o de N 2 duaante t o d o o t e s z e l - - - - - - 59

Fig. 1 0 - Conaumo d e caabano em unção da vazão d e âgua


( V ) d o 4 t e a z e a da 3: ~ e i r i e. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6O

Fig. 11 - InchamenXo daa pe8aAas e m iunção d a vazão d e 2-


gua ( V I da4 t e ~ . t e bd a 3C a e k i e - - - - - - - - - - - - - - - - 61

Fig. 1 2 - Ghau d e t e d u ç ã o IGR) em 6unção da v a z ã o ( V ) doa


t e a z e d com i n j e ç ã o da miafurra â l c u o t e doa k e b -
Zea com i n j e ç ã o de Ügua a 1 0 0 0 q C - - - - - - - - - - - - - - 62
XIII

fig. 13 - Cunaurno d e c a h b o ~ o em 6unção da v a z ã o ( V ) dob


f e d t e a com i n j e ç ã o d e mib-tuhu ãgua e ãLcoo& e
doa X e a t e b com i n j e ç ã o ' d e dguu a 1 0 0 0 o C - - - - - - 43

FL'. f4 - Gkau d e keduçãa ( G R ) em dunção d o -teoie d e c i n


zaa do6 c u l t v Ü e ~ doa ; t e h t e ~e h ~ Ü t i c c i 4 da& 6iZitieQ
M , e N ( c a ~ u õ e bd e a g a a e i ~ i c a d o a )e a h i e O lcart
v o e s nãu d e a g a a e i ~ i c a d u a )a 9 5 U o C - - - - - - - -6-4 --I

Fig. 1 5 - Pekda d e peao I A P I em i u n ç ã a d o ,tempo (SI doa


t e a t e a d i n ã m i c o a de k e d u ç ã o a 9 5 0 o C - - - - - - - - - -
Fig. 16 - Pekda de peao ( A P ) em dunçüo d o t e m p o ( f ) doa
t e a t e a ' d i n â m i c a 4 d e gaa e i Q i c a ç ã o d e cairvõea com
COp e 950QC .................................. 66
Fig. 1 7 - Razão o x i g Znio & e m o v i d o / c a i e b o no consumido paita
04 Zeatet, de t e d u ç ã o com i n j e ç ã o d e ãgua da 3EL
d;*ce - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - h - - - - - - - - -

Fig. 18 - íncharnento em ,junção d o gxau d e ~ e d u ç ã o ( O U )p a


&a 04 i t e d i t e ~ de aeduçüu com i n j e ç ã o d e água d ã
ii
3a #
~ e k i g - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - I - - - - - - I - - - -

Fig. 19 - Balanço d e muaaa d o & c a x v õ e 6 A e V doa Zeartea


d e t e d u ç ã o e d t á X i c o d com C U R V Ü ~ d~ e didekenXes
i e u k e a d e c i n z a s da a z t i c O - - - - - - - - - - - - - - - - - -
INTRODUCAO E OBJETIVOS

redução direta de minério de ferro é uma alternativa


A
ã siderurgia clássica que usa o A l t o Forno para a redução
I

do minério, O redutor empregado no A l t o Forno, o coque, e


praticamente todo importado e representa uma considerável
parcela da nossa balança de pagamentos. P o r o u t r o lado, o
R i o Grande do S u l c o n t a com uma grande reserva de carvão e- s
t h t a d a em 20 bilhões de toneladas. A s jazidas em exploração
produzem carvão não coqueificãvel. O p r i n c i p a l problema d o s
carvões Sul-brasileiros é seu elevado teor de c i n z a s , j u n t -a
mente com o a l t o c u s t o e baixo rendimento da lavagem. Isto
acarreta problemas tecnolõgicos e econÕmicos, particularmen -
te na redução d i r e t a com r e d u t o r sólido t a i s como:
- diminuição do volume Ú t i l d o forno e conseqiiente per-
da de produtividade;
- aumento do consumo especifico de energia (mais rnate-
ria1 inerte na carga) ;
- aumento da tendência d e formação de aglomerações;
- i n f l u ê n c i a sobre a r e a t i v i d a d e do carvão.

A redutibilidade do minério de ferro e a reatividade


do carvão redutor são parâmetros importantes no processo,
pois estão relacionados diretamente com a produtividade do
forno. A influência da redutibilidade do minério na opera-
ção e performance do f o r n o é ainda ponto d e controvérsia ( 4 ,
.
51) E n t r e t a n t o , a r e a t i v i d a d e do carvão t e m sido apontada
como principal f a t o r d e t e r m i n a n t e da taxa de reaqão glo-
b a l ( 3 , 4 , 5, 6 ) . O emprego de carvão com a l t a reatividade
minimiza a formação de aglomerações, porque q u a n t o mais rea -
t i v o for o carvão menor é a temperatura e o tempo para
atingir um determinado grau de metalização.

p
A velocidade de redução do sistema minério-carvão é li
-
mitada p e l a etapa de gaseificação do carvão, efetuada somen -
te p e l o C 0 2 proveniente da redução d e Óxido de f e r r o . O C 0
gerado por e s t a gaseificação 6 o principal gás redutor em-
pregado na redução do m i n é r i o .

Se a oferta 'de agentes gaseif icantes f o r aumentada, por


exemplo adicionando-se H20 ou C2H50H ( á l c o o l e t í l i c o ) , mais
gases redutores serão gerados (C0 e H2) e maior será a velo
cidade de redução.

A adição desse novo gás redutor ao sistema, o H2, deve


tmzer muitas vantagens para o processo, t a i s como:
- aumento da velocidade de redução;
- possibilidade de abaixamento da temperatura dentrodo
f o r n o , com diminuição da tendência de formação de a-
glomerações;
- diminuição do inchamento das pelotas na redução e e
seqiiente diminuição da q u a n t i d a d e de f i n o s ( t a m b é m
com repercussão direta na formação de anéis).

1.2. O B 3 E T I VOS

E objetivo deste trabalho melhorar a produtividade do


processo de redução direta com redutor s ó l i d o , aumentando a
velocidade de redução do minério de ferro e diminuindo a
tendência de formação de aglomerações através de um aumento
da disponibilidade d e gases redutores. Para isso, decidiu-
-se adicionar álcool e t í l i c o e acelerar a velocidade de ga-
seificação do carvão, adicionando-se um agente gaseilicante
.
extra (água) Paralelamente, estudou-se a reatividade de um
carvão redutor, através da variação de seu teor de c i n z a s ,
assunto de grande controvérsia na literatura.
As matgrias primas u t i l i z a d a s no processo de redução
direta com r e d u t o r sólido em forno r o t a t i v o são: carvão não
coqueificãvel, minério de ferro (pelotizado ou granular) e
calcáreo u t i l i z a d o para dessulfuraçã~. A redução s e f a z no
estado sólido, sem que haja Eusão da carga. O carvão se a-
presenta como uma dupla função: gerar C 0 através de sua ga-
seificação e produzir calor necessário para as reações de
gaseificação e redução a t r a v é s da combustão do carbono, dos
voláteis e d e p a r t e do C 0 com o ar injetado ao longo do f o-
r
nQ. Neste processo o C 0 gerado pela gasei£icação do carvão
é o agente redutor do óxido de ferro, enquanto q u e o C02 re
sultante dessa redução é utilizado como agente gaseificante
do carvão.

gaseificação

redução

O produto o b t i d o , o f e r r o e s p o n j a , empregado na etapa


subseqüente em aciaria elétrica, é de alta qualidade em com
paração com a sucata. Pelo fato de não conter impurezas não
ferrosas & muito apropriado para a fabricação de aços espe-
ciais, além de não estar s u j e i t o a constantes variações de
preços do mercado, características da sucata.

2.1. Paoblemãtica d a ~ o ~ m a ç ãdoe a n é i s e agXomenaçoes

2.1.1. Fatores principais

N o s formos de redução d i r e t a é comum a formação d e en-


crustações aderentes à parede, formando uma finacamada pro-
tetora ao r e f r a t á r i o . Ao crescer, essa camada pode formar
os chamados "anéis de colagem", que causam t r a n s t o r n o s ao
processo e obrigam a interrupção da campanha para a sua re-
mqão. E s s a s aglomerações aderentes aos refratários dimi-
nuem o espaço Ú t i l do forno, podendo a t e bloqueá-lo comple-
tamente, Os anéis são considerados o principal problema li -
m i t a n t e da duração da campanha d e fornos r o t a t i v o s de redu-
ção direta ( L , 2 , 3 , 4 ) .

Muitos f a t o r e s podem afetar a formação e o crescimento


dos anéis, t a i s como ( 3 ) :
- características físico-químicas, de amolecimento
decrepitação do minério de ferro;
- natureza do r e d u t o r usado, particularmente a tempera
tura inicial de fusão das cinzas e reatividade;
- condições de transferência de calor na zona de redu-
ção do forno;
- parhetros de operação do forno tais como p e r f i l de
ar, rotação, grau de enchimento e razão C fix'Fetotai.

Aformação de aglomerados (1) 6 causada por fusões 10-


cais que unem as p a r t í c u l a s sólidas formando blocos maio-
res. Dependendo de alguns fatores, a s aglomerações podem ou
-
não aderir ã parede r e f r a t á r i a com a possibilidade de forma
ção de anéis.

A temperatura é a causa imediata das fusões locais. Quan


-
-
do misturas eutéticas dos componentes da carga (Óxido defer
ro, A12Q3 e S i O Z das cinzas do carvão e CaO) se formam, po-
de haver aparecimento de fase líquida, o que desencadeia as
reaçÕes,deterrninantes do fenômeno. Diagramas d e fases des-
ses compostos revelam temperaturas de fusão a p a r t i r de
1070°c, enquanto que t e s t e s d e temperaturas d e amolecimento
dos aglomerados indicam amolecimento e n t r e 1 0 2 0 e 1 0 6 0 ~ ~ .

~nãlisesdos aglomerados (1) mostraram que são forma-


dos por materiais o r i u n d o s de f i n o s menores que 1 , O m m , p o i s
-
estes t e m grande superfície e tendem ã sinterização mais £a
cilmente que materiais granulares. Estes finos podem aglu-
t i n a r e incorporar materiais maiores.

Algumas incrustações são causadas também por s i n t e r i z -


a
ção do ferro esponja, através de pontes de ferro metálico
devido a excesso de temperatura e baixas r e l a ~ ó e sCfix/FeW
na zona de descarga do forno ( 3 , 4 , 5).

Leister e Fokmoso (1) concluiram, em seus estudos so-


bre os anéis do forno rotativo, que % a matéria mineral do
carvão, com a l t o s teores de S i O Z e A 1 2 0 3 , que reage com o
FeO e CaO da carga causando aglomerações. Leister (6) quan-
do estudou um carvão não coqueificável do Rio Grande do Sul
verificou que quando e s t e alcança a l t o s níveis de conversão
d a c a r b o n o se degrada facilmente proporcionando a l t a quan-
tidade de f i n o s , pois é o carbono que confere a resistência
mecânica ao esqueleto de c i n z a s .

2.1.2. ~mportânciade se ter um redutor com alta r e a t-


i
vidade no processo

A reatividade do carvão redutor é um fator muito impor -


tante na redução direta ( 3 , 4 , 5, 6 ) . O emprego de carvão
com a l t a reatividade melhora o r e n d i m e n t o do f o r n o e minimi
-
za a formação d e aglomerações, pois são menores a temperatu -
ra e o tempo necessários para se a t i n g i r um deteminado grau
de metalização, aumentando a capacidade do forno. Empregan-
do-se menor temperatura, menor 6 a tendência ã formação de
anéis. A diferença e n t r e as temperaturas do g á s e do sólido
no forno decresce com o aumento da reatividade. Se esta di-
ferença 6 apreciável, i s t o significa que a transferência de
calor entre os gases e os sólidos 6 pobre, i s t o é, o calor
ao invgs de ser transferido para os sólidos se concentra
tanto na superfície do l e i t o como nas paredes refratárias,
causando deste modo a fusão e colagem dos materiais,
2.2, Reatividade d e caxvõea

h Reatividade pode ser definida como a velocidade comque


o karbono reage com um agente gaseificante ( e n t r e os quais
o C 0 2 e H20).

2.2.1. Diferenças na gaseificação com C 0 2 e H20

A reação do carbono com dióxido de carbono (COZI é ge-


ralmente mais lenta do que a com vapor d'água a igual con-
centração de reagentes ( 7 ) e temperatura.

L Koba e S h i r o (8) realizaram estudos de gaseificação de


O
diversos coques com misturas Co2 + H20 a 1200 C. A reativi-
dade dos coques reagidos com H20 foi significantemente maior
do que com C 0 2 puro. A reatividade aumentou proporcionalmen
te c o m o aumento do teor de H20 na mistura a p a r t i r de 10%.
Entretanto, reatividade mínima foi encontrada com teores de
H20 entre 2 - 4 % . Exames rnicrográficos mostraram que a gasei-
ficação com H20 desenvolveu muitos poros no interior do co-
-

que, enquanto que a reação com C02 foi próxima à superficie


produzindo uma face relativamente lisa.

-
Walker também c o n s t a t o u uma maior reatividade para car
vÕes gaseificados com H20 do que com COZ Uma das razões pa -
ra esta maior reatividade deveria ser o menor tamanho da mo
l é c u l a de H20 (por conseguinte maior difusibilidade) o que
favoreceria a sua difusão nos microporos dos carvões. Foi
encontrada uma difusibilidade efetiva de H2-H20 até dez ve-
z e s maior do que CO-C02 (9) .
F o i realizada uma pesquisa sobre a formação e e s t r u t u -
ra dos poros em l i n h i t o s reagidos com diversos agentes ga-
seificantes (10). A reação com H20 proporcionou maior área
superficial e maior volume de poros do que a reação com COT

. Davis e Reynolds (11) determinaram a r e a t i v i d a d e de og


zgcoques reagidos com H 2 0 e C 0 2 nas temperaturas de 800,
O
950 e 1100 C. A reatividade com H20 foi maior especialmente
a 800 e 9 5 0 ' ~ . As duas reações se beneficiam com o aumento
-
da temperatura, porém a reação de Boudouard ( C 02 ) é mais en
dotérmica e deve ser mais favorecida com o aumento da t a p -e
ratura do que a reação com vapor.

Ãi n f l u ê n c i a dos produtos das reações d e gaseificação


(H e CO) sobre a velocidade de gaseificação dos carvões-
2
ainda muita controvérsia.
L

Gaballah., e Szekely (12) verificaram que a taxa de ga-


seificação do coque aumenta consideravelmente com a adição
(até 5%) de H 2 ao gás do A l t o Forno. Outra pesquisa (13) su -
gere que a g a s e i f i c a ç ã o por C 0 2 é retardada pelo H2 e que
a reação por H20 é retardada menos pelo H2 do que pelo CO.

Turkdogan e Vinters (14) c o n c l u i r a m que pequenas quan-


tidades de C 0 retardam muito a gaseificação de grafite e car -
vão vegetal por C o r Explicaram que i s t o se deve inibição
ocasionada pelo C 0 e H2 que são adsorvidos quimicamente n o s
c e n t r o s ativos em detrimento do C 0 2 Ou H20-

S o l a n o et a l l i (15) constataram que o H2 age como ini-


bidor na gaseificação por H20 de "char" (resíduo da desga-
seificação não aglomerado) de baixo rank e tem pouco efei-
to em chars de médio rank. ~ l é mdisso 6 um forte acelerador
da gaseificação de chars produzidos por carvão de a l t o rank.

McKee (16) demonstrou que o H2 pode ser um acelerador


da reação C-H20 quando quantidades apreciáveis d e Fe estão
presentes. Quando o Fe já está oxidado o H2 não atua mais
como catalisador.

- 2.2.2. Fatores que i n f l u e m na r e a t i v i d a d e de um carvão

Segundo diversos pesquisadores a reatividade de um car-


vão 6 inversamente proporcional a seu rank.

Chiu (17) es'tudou os fatores que afetam a reatividade


d e coques produzidos por carvões de diversas p a r t e s do rnun-
do. C o n s t a t o u um aumento da reatividade com o decréscimo do
rank dos coques. carvões de maior rank têm maior grau degra -
fitização e menor número de centros a t i v o s .

L Hippo e Walker (18) fizeram t e s t e s de gaseificação com


carvões americanos de diversos ranks e acharam que a r e a t i -
vidade decresce com o aumento do rank. A maior r e a t i v i d a d e
de carvões de menor rank deve-se, ao menos em p a r t e , a maior
porcentagem de volume de poros na forma de macroporos e a
melhor utilização da área superficial de microporos na rea-
ção.

Gudenau ( 5 ) t e s t o u vaxios carvões ( d e s d e o a n t r a c i t o -


a
té o linhito) na redução de minério de f e r r o em forno rota-
t i v o . Quanto menor f o i o rank do carvão maior a sua r e a t i v-i
dade, menor a t e m p e r a t u r a necessária paxa redução do miné-
rio e maior a produtividade do forno.

Outra possível causa para a maior r e a t i v i d a d e dos li-


n h i t o s (baixo rank) em relação aos a n t r a c i t o s (alto r a n k ) 6
a maior concentração de elementos catalizadores da gaseifi-
cação nas cinzas d o s linhitos (19).

A maioria dos pesquisadores concorda que paredes espeç


sas, baixa porosidade e pequenas áreas superficiais tendem
a conferir baixa reatividade devido a resistência ã penetra
-
çZo do agente gaseificante no interior do carvão para ternpe -
o
- .
raturas maiores que 900 C (18, 3 , 9) E n t r e n t a n t o , C h i u (17)
n& encontrou relação alguma e n t r e a porosidade e a r e a t i v-
i
0
dade em t e s t e s entre 8 0 0 e 1100 C. A razão para i s s o seria,
provavelmente, que o e f e i t o da porosidade não é t ã o impor-
t a n t e como o u t r o s f a t o r e s tais como rank, c o n s t i t u i n t e s das
cinzas e n t r e outros.

Apesar da porosidade c o n f e r i r um aumento da superficie


de contato do carvão com o agente gaseificante,uma a l t a po -
rosidade não implica necessariamente em a l t a r e a t i v i d a d e ,
pois é necessário que os sitios a t i v o s (onde ocorre a rea-
ção) não estejam totalmente grafitizados.

L Teuir. d e c i n z a s

O teor e a c o n s t i t u i ç ã o das c i n z a s 6 de grande impor-


tância na r e a t i v i d a d e de carvões e chars.

As c i n z a s podem agir como Inibidoras bloqueando os po-


ras do carvão no curso da reação, dificultando o contato
do agente gaseificador com a s superficies d e reação. Quando
isso acontece há uma diminuição da reatividade com o aumen-
to do teor de cinzas do carvão.

AS c i n z a s podem conter também elementos que atuam como


catalizadores da reação de gaseificação. Um grande d de
trabalhos têm sido f e i t o s pora verificar uma correlação en-
t r e os elementos c o n s t i t u i n t e s d a s c i n z a s dos carvões e a
reatividade. A tabela I mostra os resultados de algumas pes -
q u i s a s deadiçãode impurezas (principalmente sais e me-
tais) em carvões e c h a r ~ .tendo-se em conta sua ação c a t a l-i
zadora da reação de gaseificaqão.

Quando Ba e K foram adicionados 2s cinzas e estas a-


pós misturadas em carvões do RS (201, não s e observou efei-
to catalltico. Com o decorrer da reação uma camada d e cin-
z a s se interpos entre os catalizadores e a matéria carbono-
sa, Na gaseificação de carvões desgaseificados e não desga-
seificados impregnados c o m catalizadores os efeitos c a t a l i -
&os cessaram com um a l t o grau d e conversão ( 8 5 % ) . devido
ã formação de uma camada espessa de c i n z a s .

Walker e colaboradores (21, 22, 18, 3 , 15) estudaram o


e f e i t o da remoção da matéria1 mineral em diversos carvões
e chars através de desmineralização com ácidos. A desminera -
lização produziu,' em geral, um aumento da ãrea superficial
e do volume dos poros. Para carvões de alto r a n k , a r e t i r a -
da das cinzas aumentou a reatividade. A influência do aumen -
to de porosidade sobre a r e a t i v i d a d e foi maior do que a in-
f l u ê n c i a negativa da retirada de catalizadores. Em carvões
de baixo rank (especialmente l i n h i t o s ) , a desmineralização
diminuiu muito a reatividade devido S r e t i r a d a de cataliza-
dores. O aumento da porosidade, n e s t e caso, não teve muita
influência p o i s e s t e s carvões já possuiamalta porosidade.

Outros pesquisadores ( 1 9 ) encontraram resultados seme-


lhantes. A remoção das cinzas de l i n h i t o s d i m i n u i u a r e a t i -
vi-dade e quando essas c i n z a s foram colocadas em a n t r a c i t o s
houve um aumento da r e a t i v i d a d e d e s t e s . N ~ Ofoi possivel sa-
ber se o aumento da r e a t i v i d a d e 6 devido ao abaixamento da
energia de ativação ou pelo aumento do nfimero de sitios a t-i
vos.

Outros mecanismos de catálise são s u p o s t o s como uma se


-
qtlência de reações de redução, oxidação e carbonetação (23).

~ a r c i l i o ( 2 4 ) testou vários carvões sul-brasileiros não


coqueificãveis com teores de cinzas entre 20-508. Com o au-
mento do teor de c i n z a s f o i encontrado um aumento d a r e a t i -
vidade tomando por base a massa d e carbono reagente, e uma
diminuição da reatividade considerando-se a massa de carbo-
no restante (este Último f o i considerado mais apropriado pa -
ra medição da reatividade).
caramão ( 2 5 ) também realizou pesquisas sobre a i n f l u ê - n
tia do teor de c i n z a s na reatividade de diversos carvões
sul-brasileiros . A reatividade dos chars aumentou com o au-
-
mento do teor de cinzas, considerando-se a massa de carbono
(segundo o a u t o r , melhor parãmetro para se medir a reativi-
dade) , e diminuiu considerando-se a massa total da amostra.
~ p Ó so consumo de 6 0 % do carbono, a r e a t i v i d a d e diminui c o m
o aumento do teor de cinzas, devido ao bloqueio dos poros
p e l a formação de uma camada de c i n z a s , o que dificultou ?
difusão dos gases:

Agente ga- blaterial Tkrpratuzã B£.


Catalisalores
seificanb <OC, Bib.
caco3, w3,
sm3
m3,
nitratos, ó- Hz" grafite 800-1100 16
x i b , clorebs e
sulfetos de Ba
Carbomtos & Li, K,
032
grafite 23
Na
cafb1~3
LiOZ, Fe* m/a2 800-1090 29
msfo
a,Ca, Fe, W , Na, chars de an-
%O tracito e li - 800-1100 19
Si, K, Ti nhito/qrafi-
K 800-1200 26
m2
Na, K, &, Cal Mg 032 C G P 1050 17

K2C03 m/m2 V 800-1050 31


,

K2m3, W H , N a , K a , char de mn& 850-1000 I


2o 1
,L i a , RbC1, &CL subktutinom i
.&,K H7O m daoe%
e n çsgg, . 8 5 0 - 1 0 0 0 -
20 1
Naco,, 59. NaC1, I
m2 ~ u t i ã - ~ h - m e i ~ 950 30
K1, m2 (Fs)desqas. I1
I

I I

Tabela I: Adição de catalisadores de q a s e i f i ~ kem subs&cias c a ~


ImrEGas
* Na &uç% & minério & ferm mm carfn~o,o F ~ Ofomimicb durmte a
~ d q s6 catalisou a reage de Bodmard.
-
e D u r a n t e a desgaseificação, devido 2 retirada de m a t e -
ria volátil, ocorre um aumento da ãrea superficial do car-
vão, criação de novos poros e o crescimento dos existentes
(32, 3 3 , 2 2 ) . Existe, p o r t a n t o , uma tendência geral de au-
mento da reatividade com o aumento da matéria volatil ( t a m -
bém porque e x i s t e uma dependência do teor d e voláteis com
o rank do carvão)',

Temperaturas a l t a s e tempos prolongados d e desgasei£i-


cação diminuem a reatividade do char. HS um decréscimo da
super£ície e volume dos poros e uma diminuição do número de
sxtios a t i v o s devido a grafitização (17, 3 3 , 10).
C
V a t i a ç ã o da ~ e a f i v i d a d ed u t a n t e a aeaçüo

A variação da r e a t i v i d a d e no c u r s o da reação depende


muito do carvão utilizado. Em geral, no i n í c i o da reação há
um aumento da reatividade para a maioria dos carvões, devi-
d o ao consumo de carbono, o que causa aumento da porosidade
e da ãrea superficial. Na parte final da gaseificação (con-
sumo de carbono > 5 0 % ) pode haver uma sinterização da maté-
ria mineral com diminuição dos poros e aumento da g r a f i t i z - a
ção com a conseqllente queda da r e a t i v i d a d e ( 3 5 , 32, 9 ) .

Com carvões de alta t e o r de cinzas a i n d a há o problema


da formação da camada d e c i n z a s que causa a diminuição da
reatividade.

2.3. l n d l u ê n c i a da adição d e H ? ao gãn h e d u t o t C0 h o b a e


a v e l o c i d a d e de keduçãu

Aredução de ó x i d o s d e ferro por H2 e por C 0 é muito


semelhante. I s t o 6 , a redução acontece em três estágios a c-i
ma de 5 7 0 ~ ~exibindo
. m a g n e t i t a e w u s t i t a ao lado do ferro
O
metálico, e em d o i s estágios abaixo de 570 C sem a formação
da wustita. Entretanto, existem diferenças de naturezas tér -
-
micas, termodinâmicas e c i n é t i c a s e n t r e e s t e s t i p o s de redu
(C0 e H2) ( 3 6 , 3 7 , 3 8 ) .

2.3.1. considerações térmicas

O
O calor das reações a 25 C com H2 é o s e g u i n t e :

3 Fe203 + H2 ' = 2 Fej04 + H20 AHO = -2,8 Kcal

Fej04 + H2 = 3 FeO AHO = +18,5 Kcal

FeO +Hs -
- Fe + H2
AH' = + S I 7 Kcal

; FegOj + 3H2 = 2 Fe + 3 H20 AHO = +21,4 Kcal

Para as reações com CO:

AH' = -12,6 Kcal

- Fe304 + C0 = FeO + C02 AH' = +a, 6 Kcal

FeO + C0 = Fe + COs AHO = - 4 , l Kcal

Observa-se que, t a n t o a reação global quanto a reação


de redução da w u s t i t a 2 ferro metálico (que c o n s t i t u i a eta
-
pa mais d i f í c i l d e redução), são endatérmicas quando reali-
zadas com H2 e exotérmicas com CO. E s t e fato c o n s t i t u i uma
desvantagem, do ponto de v i s t a térmico, da redução por
H2
em relação a redução por CO.

2.3.2. considerações termodinâmicas

A d i f e r e n ç a de comportamento termodinâmico entre a re-


dução por H2 e por C 0 e s t á i n d i c a d a na figura 1 {diagrama
Fe-C-H-O) .

F i g . 1: Diagrama oxidação-redução dos sistemas Fe-C-H-O

vê-se que na redução por C 0 apenas as condições corres


-
pondentes ã area ABH são redutoras em relação aos Óxidos de
ferro. Na redução por H2 o campo de condições redutoras e
-
muito mais amplo correspondendo toda a área acima EFG. No-
ta-se que a 8 2 OOC, termodinamicamente , os poderes redutores
do H2 e C0 se igualam. Acima dessa temperatura o poder redu
tor do H2 é maior que o do C 0 e abaixo de 820OC é menor. Ig
to é, para temperaturas elevadas são necessários teores mais
a l t o s de C 0 do que H2 para se c o n s e g u i r a redução do óxido
h ,

a . ferro metálico. ~ o r é m ,para temperaturas baixas o H2 1s


va a vantagem d e ser estável e não se decompor como o CO.

2.3.3. ~ o n s i d e r a ~ õ ecsi n é t i c a s

Acinética da redução de óxidos d e f e r r o por E12, C 0 e


carbono puros tem s i d o objeto de muitos trabalhos (12, 29,
31, 3 6 , 51). Entretanto, poucas pesquisas têm sido r e a l i z a -
das para estudar a redução de Óxidos por misturas C0 + H2.

Um dos primeiros pesquisadores a estudar o comportamen -


to d e Óxidos de ferro na redução por C0 e H2 f o i wiberg(52).
O H2 mostrou-se como o r e d u t o r mais rápido até 7 5 % de grau
de redução. A p a r t i r d a i , a taxa de redução decresceu mais
rapidamente do que c o m CO. ~ a m b é mo tempo para completar a
redução foi mais longo. A explicação desse f a t o experimen -
t a l reside na formação de um envelope de ferro contlnuo na
periferia do grão de wustita (partindo-se de minério magne-
t i t a ) . P e l a redução por CO, o carbono depositado difunde no
ferro até o Óxido subjacente (wustita). Ao reagir com o oxi -
gênio nele contido formam-se gases, a pressão é aumentada, 2
casionando a quebra da camada de ferro expondo, assim, a es-
trutura de 6xido ao acesso dos gases redutores.
%

E d s t r B m constatou que a redupão de hematita a 1 0 0 0 ~é ~


mais rápida com H2 do que com CO. E l e explicou este fato pe-
la maior difusibilidade da molécula de H2 em relação à molé-
cula de C O , devido ao menor tamanho da primeira. aí resul-
ta que o H2 penetra nos poros m u i t o m a i s rapidamente que o
C0 k a redução completa-se em menor tempo. ~amb&n foi verifi -
cada que uma pequena quantidade de C02 no g á s redutor re-
tarda m u i t o a redução da wustita. H20 t e m também o mesmo e-
f e i t o , porém menor que o COZ

Gaballah et a l i i (53, 5 4 ) pesquisararn a redução de he-


matita granular pura e aglomerada por misturas C0 + H2 em
três temperaturas: 680, 812 e 9 5 0 ' ~ . A primeira é uma tempe-
ratura termodinamicamente desfavorável 5 redução por H2,
qual também a deposi~ãode carbono é muito importante. A
812'~ os poderes redutores do C0 e H2 s e igualam (termodina-
micamentel e a 950 O C a reduqáo por H2 é favorecida. F o i ve-
rificado que a queda da velocidade no decorrer da redução é
rninimizada com o aumento do teor de H2. A 680 e 812'~ a ve-
locidade cresceu até 25% de H2, a p a r t i r desse teor permane -
teu constante. Nessas temperaturas, com a l t o s teores de CO,
f o i constatada deposição de carbono (fenômeno semelhante
ao verificado por Wiberg), responsável pela alta velocidade
de redução encontrada a 812'~ com teores de H2 e n t r e 10 e
25%. A 950°c,
I -
a a d i ~ á ode H2 ao g á s r e d u t o r (de O a 100%) au
mentou significativamente a velocidade de redução até que
foi atingido cerca de 80% de grau de redução, a p a r t i r d a i
a adição de H2 não influiu sobre a velocidade ou até a dimi -
nuiu em alguns casos. Gaballah et alli atribuiram e s t e com-
portamento a diversos fatores, tais como: formação de cama-
da de ferro mais compacta na redução por H2 e diminuição da
deposição de carbono, q u e é favorecida em a l t a s concentra-
ções de CO.

A cinética da redução de p e l o t a s comerciais de hemati-


ta f o i e s t u d a d a por S z e k s l y et alli ( 5 5 , 56) nas temperatu-
rag entre 600 e 1 2 0 0 ~com ~ misturas C 0 + H*. Em todas t a p - e
raturas £oi e n c o n t r a d o um aumento do grau d e redução com o
aumento do teor de Hs na mistura num dado tempo. Quanto a
-
velocidade de reduqão f o i verificado 5 9 0 0 ~ uma ~ t a x a dez
vezes maior com puro H do que com p u r o CO; e valores i n t e r
2 -
mediários para m i s t u r a s desses gases. E s t a grande diferença
n* taxa de reação f o i a t r i b u í d a a maior d i f u s i b i l i d a i ! e efe-
tiva da molécula de H2 em comparação à molécula de CO.

Turkdogan e V i n t e r s ( 5 7 ) t a m b é m r e a l i z a r a m t e s t e s de
O
redução com pelotas de hematita sintéticas e n t r e 700 e 1100 C
com misturas de C 0 + H2 em todas as proporções. Encontraram
q u e q u a n t o maior a t e m p e r a t u r a empregada, maior é a i n f l u è -
n
tia da adição de H ao gás (CO/C02 = 9/11 . A 8 0 0 a~ ~redu-
2
ção c o m H i puro levou mais tempo do que com C 0 puro. Para
temperaturas mais elevadas notou-se uma grande i n f l u ê n c i a n a
taxa de reação quando f o i adicionado até 40% de H2 no gás
r e d u t o r . A partir de 40% o aumento da velocidade de redução
não f o i muito significativo. A taxa de redução com H2 puro
foi d e cerca de uma ordem de magnitude maior do que com C 0
puro. A causa disso f o i conferida ã área superficial dos po -
r o s , causada pelo H2 e C 0 e suas diferentes difusibilidades
e f e t i v a s , visto que na redução d e pelotas, p e l o menos a pax
t i r de 5 0 % de redução, há um controle pela difusão gasosa
nos poros da camada de f e r r o .

vários estudos já foram f e i t o s sobre a injeção de com-


b u s t í v e i s e x t r a s no A l t o Forno, com f i n a l i d a d e de aumentar
o teor de H2 no gás redutor. Sakurai et alli ( 5 9 ) pesquisa-
ram o e f e i t o da adição do H2 no g á s d e alto f o r n o . através
da injeção de carvão em pó com água, Óleo ou a l c a t r ã o nas
temperaturas entre 1100 e 1 5 0 0 ~ ~O. aumento do teor de H2
no gás (entre 1 e' 8%) ocasionou um apreciável aumento da re -
dução. proporcional ao teor de H2 no g á s , além de outras
vantagens i n e r e n t e s ao sistema do A l t o Forno.

Gaballah e S z e k e l y (12) t a m b é m pesquisaram as taxas


we.dução da w u s t i t a e de consumo d e coque sob condições r_ue>si -
m v a n a c u h d e um Alto Forno. Substituindo parte do gás
( c o n s t i t u í d o de C 0 e COZI por H 2 até 25%. foi verificado um
significativo aumento da redução da wustita e um menor au-
mento do consumo de coque. Estes aumentos foram crescentes
com a temperatura (990 - 1 0 5 0 ~ .~ A) 1 0 5 0 ~ observou-se
~ uma
dependéncia linear do grau de redução com o teor de H? adi-
cionado. Com 25% d e H2, n e s t a temperatura, o grau de redu-
ção foi três vezes maior do q u e o o b t i d o sem H i . A 1 0 0 0 ~a ~
i n f l u ê n c i a da adição de H2 foi bem menor, começando a apa-
cer apenas a p a r t i r de 15% de H2.

A amplitude do aumento da velocidade de redução em fun


-
çáo do tear d e H2 no gás r e d u t o r como foi visto. é diferen-
-
te de um a u t o r a o u t r o , e é função das propriedades dos Óxi
dos de ferro, da temperatura e dos métodos experimentais en -
tre o u t r o s fatores.

Asmudanças estruturais que ocorrem durante a redução


de pelotas hematiticas de a l t o teor de ferro têm sido obje-

.
to de muitas investigações ( 3 5 , 3 6 , 3 9 - 4 3 , 4 6 - 4 8 , 51-54, 58,
6 1-78) com resultados nem sempre concordantes.
Existem vários f a t o r e s que influem na fragilização e
conseqtientemente no inchamento durante a redução de m i n é r i o
de ferro, v i s t o q u e um aumento de volume d e m a pelota ou
mjpério ocorre p a r a l e l a m e n t e ã sua degradação durante a re-
dução ( 5 2 , 6 4 ) . E n t r e os f a t o r e s referentes 2 s condições de
redução tem-se tempo, temperatura e gases r e d u t o r e s , e os
referentes a s propriedades das pelatas de minério de ferro
pode-se destacar: a porosidade inicial, composiç~oquímica,
fases e x i s t e n t e s e condições de queima das pelotas.

2.4.1. ~nfluênciadas propriedades iniciais das


p e l o t a s sobre as mudanças e s t r u t u r a i s

U papel da porosidade i n i c i a l sobre a degradação é Im-


portante na redução das p e l o t a s . A s p e l o t a s porosas sofrem
redução uniforme. O enfraquecimento da e s t r u t u r a , devido a
transformaçãa de h e m a t i t a 2 m a g n e t i ta, ocorre simultaneamen
te em toda pelota (61). JZ as p e l o t a s densas sofrem uma re-
dução topoquímica e a fragilização se f a z por etapas, permi -
t i n d o uma maior s o l i d e z no núcleo, g a r a n t i n d o , portanto,mafs
resistência do que as pelotas porosas ( 7 3 ) . Do ponto d ~ vis .
ta t e ó r i c o , a redução múltipla da h e m a t i t a até ferro é acom -
3
panhada de uma diminuição dp volume ( 4 2 ) : 1 cm de hematita
3
compacta corresponde a 0,462cm de Fe sem poros. Quanto mai -
or é a porosidade i n i c i a l da pelota maior será a porosidade
f i n a l após a redução. Uma p e l o t a hematitica com 3 0 % de poro -
sidade, apõs a redução estará com 5 0 % de poros. É e s t e au-
mento de porosidade que dá ao p r o d u t o o b t i d o o aspecto es-
ponjoso c a r a c t e r í s t i c o ( 4 2 , 5 8 ) .

A coerência de Uma p e l o t a hematitica é assegurada


por
dois tipos de ligações intergranulares: as ligações do Óxi-
do de f e r r o , que são as ligações hematíticas e as ligações
de escória ( 5 2 ) . Durante a redução a 500°c, as ligações de
hematita e de escória são muito frágeis para resistir às
tensões induzidas p e l a anisotropia de redução da hematita e
p e l a variação de volume d u r a n t e a formação da magnetita. A
a l t a s temperaturas (900 a 1100'~) as l i g a ~ ó e s hematíticas
são também muito frágeis. porém, as de esc6ria já são sufi-
cientemente p l á s t i c a s para dar uma coerência apreciável ao
.
awegado c r i s t a l i n o (73) Walter e Carpenter ( 3 9 ) ta&&
cons -
tataram que as escórias diminuem o inchamento das p e l o t a s
pois aglomeram os grãos hematlticos. Ao contrário Rupp e
Gudenau ( 6 9 ) crêem que inclusões de ganga reforçam a crepi-
tação do óxido, por causa da diferença de dilatação térmica
entre as fases. A natureza e a quantidade de ligações i n t e- r
granulares são correlacionadas, de uma maneira não muito-
d e f i n i d a , ã basicidade e ã quantidade de ganga de pelotas.
Indices de basicidade (CaO/SiOZ) são frequentemente relacig
nadas com resistência mecânica e inchamento das pelotas.

Outro importante fator que influencia o inchamento £i-


nal de uma p e l o t a keduzida é a temperatura de queima a que
é submetida a pelota crua. Foi constatado que quanto menor
f o r a temperatura de queima maior será o inchamento desta
p e l o t a durante a redução, pois maior será sua porosidade i-
nicial (74, 781.

2.4.2. Mudanças estruturais durante a redução

Reduçüo d e h e m a t i z a ã w u ~ l i t a

E consensoentre a grande maioria dos pesquisadores(62,


63, 65, 52, 5, 69, 70, 7 3 , 77) que a fragilização dos Óxi-
dos de ferro ocorre principalmente na redução de hematita ã
magnetita.

- Teoricamente, um decréscimo de volume de 4 , 9 % acompa-


nha a redução de h e m a t i t a à magnetita ( 6 5 ) , m a s na p r á t i c a
uma grande expansão é observada, indicando q u e uma conside-
rável q u a n t i d a d e de espaços vazios é c r i a d a durante a redu-
ção. Esses espaços vazios compreendem: fraturas t r a n s g r a n u -
lares, intergranulares e poros, sendo que a q u a n t i d a d e rela -
t i v a de cada um depende da temperatura. As causas p a r a e- s
sa degradação são:
- anisotropia da velocidade de redução da hematita(res-
ponsável p e l a formação de irregularidades na malha
cristalina, aumento da porosidade e consequente au-
C mento de volume);
- transforma$o da malha hexagonal da hematita em ma-
lha cúbica de faces c e n t r a d a s da m a g n e t i t a (introdu-
zindo Eissuras e um aumento de volume).

A fragilização durante a etapa magnetita-wustita 6 me-


nor do que na etapa a n t e r i o r , pois não há modi£icação da re -
de cristalina nem anisotropia de redução. Tanto a magnetita
quanto a w u s t i t a t ê m malha cúbica de face centrada. No en-
tanto, os d e f e i t o s da rede c r i s t a l i n a , as fraturas i n t e r e
transgranulares e porosidade elevada ocorridos na etapa he-
matita-magnetita são integralmente transmitidos durante a
r d u ç ã o da magnetita até wustita (65, 73).

~ã muita controvérsia q u a n t o ao surgimento ou não de


trincas durante o aquecimento do m i n é r i o no reator devido a
choques térmicos e/ou rápida saída de umidade. Azevedo (51)
repetiu o ciclo térmico de seus experimentos sem redutor e
nãb constatou nenhum t i p o de t r i n c a s , o mesmo amn- cun
B. Edwards ( 6 5 ) . JS Walker e Carpenter ( 3 9 ) e Turkdogan e
V i n t e r s ( 4 0 ) observaram t r i n c a s r a d i a i s e circunferências,
que aumentavam com a elevação da temperatura entre 800 e
O
1020 C. Supuseram que essas t r i n c a s poderiam ter aparecido
no resfriamento.

O inchamento que ocorre nos primeiros i n s t a n t e s da re-


dução g chamado "inchamento normal". E s t e aumento de volume
se. dá até que o ferro metálico comece a surgir. B. Edwards
encontrou na redução da hernatita à rnagnetita com H2 um au-
mento de v o l u m e crescente d e 16 a 25%, para temperaturas en -
tre 800 e 1 1 0 0 ~ ~Na . redução h e m a t i t a até wustita observa-
ram a mesma dependência da temperatura com o aumento de vo-
lume da etapa anterior, porém com valores de inchamento um
.
pouco maiores (2%) Walker et a l l i ( 3 9 , 6 3 ) encontraram va-
lores parecidos aos de Edwards para o inchamento de briqueties,
4
de Fe203 reduzidos c o m CO. Para temperaturas e n t r e 900 e
1 1 0 0 ~o ~aumento d e volume foi entre 15 e 2 0 % até rnagnetita
e de 20 a 2 7 % na redução até wustita. E d s t r b n ( 5 2 ) ' v e r i f i -
cou mudanças de volume em cubo,s de hematita reduzidos can CO/
7

C02, e n c o n t r a n d o inchamento de 25 e 3 5 % nas reduções a&mg


-
n e t i t a e wustita, respectivamente. Alguns autores observa-
ram um aumento de volume até 9 5 0 ' ~ (61, 6 4 ) , o u t r o s a t é te
O
p e r a t u r a s maiores que 1 0 0 0 C ( 3 9 , 52, 63, 65) .
A grande mai'oria das pesquisas realizadas ( 3 9 , 4 0 , 42,
5 2 , 58, 61, 6 3 , 64, 65, 68) verificaram que o volume dos p0
ros é crescente com o grau de redução (temperatura e tempo)
e que há uma t e n d ê n c i a ã formação de macroporos a p a r t i r de
rnicroporos. O espectro de distribuição do r a i o dos poros v 2
r i a com a temperatura e com a s condições d e redução. Wright
(w)constatou que o tamanho médio dos poros e o volume to-
t a l dos poros cresce com o aumento da temperatura d e redu-
-
ção (entre 7 0 0 e 9 0 0 ~ ~e )c o m o perf i1 de aquecimento. A tem
O
peraturas menores que 9 0 0 C , o volume dos poros está conti-
, do dentro de d u a s f a i x a s de tamanho de poros. A primeira fai
-
xa-, de poros de 1 um d e r a i o é similar ao observado em pelo -
t& não reduzidas e é causada pelos vazios interparticula -
rei das pelotas de óxido. A segunda faixa, consistindo de
poros menores é causada pelo desenvolvimento d e poros nos
grãos pela remoção do oxigênio durante a redução. A tempera -
turas maiores que 900°c, devido à incrível mobilidade do Fe
d u r a n t e a redução, os vazios interparticulas crescem e s e
unem com os i n t e r ~ ~ t i c i od sa s partículas formando grandes po
-
TOS.

: A importância da composição química do g á s r e d u t o r s e


f a z n o t a r no desenvolvimento da degradação d u r a n t e a redu-
ção dos Óxidos de £erro. Esta deve-se a maior tensão de di-
fusão do C 0 2 (formado a p a r t i r d e CO) em relação ao H20 (for
mado durante a redução pelo H*) ( 7 7 ) . Observou-se na redu-
ção pelo C 0 que os poros ção maiores e a degradação é mais
intensa do que na redução pelo H2, o que conduz a um maior
inchamento nos Óxidos de ferro reduzidos com C 0 ( 5 2 , 71) ,
Turkdçlgan e Vinters (58) também verificaram que a e s t r u t u -
ra dos poros obtida com C 0 é mais-grosseira do que a obtida
na redução com H2 e justificaram o f a t o por ser a taxa de
redução por C 0 mais lenta do que por Hs.

Redução de w u ~ t i t aã 6ehao me$áCico

A última fase da redução (wustita-ferro) não i n t r o d u z


qualquer desagregação ao material. Ao contrária, nesta eta-
pa, há uma dirninùlção do volume dos Óxidos de ferro reduzi-
dos, devido ã reconsolidação a quenta da w u s t i t a e , princi-
palmente, do f e r r o metálico chamada s i n t e r i z a ç ã o . urria ten
dência geral de aumento da sinterização com o grau de redu-
Ç ~ O( 3 9 , 4 3 , 52, 69, 7 0 , 71).

*- Rupp e Gudenau (69, 70) encontraram uma diminuição de


volume de 2 5 % n e s t a etapa a 9 5 0 ~ ~Narita
. et alli (76) en-
c o n t r a r a m valores similares a Rupp para diminuição de volu-
me em pelotas hematíticas na redução a 9 1 0 com ~ ~ misturas
CO/HZ/COZr e constataram ainda que essa contratação volumé-
t r i c a ocorre a partir de 60 a 7 0 % de grau de redução. Fuwa
e Ban-ya (71) encontraram uma grande diminuição de volume
em pelotas a p a r t i r d e 1 0 0 0 ~na~ redupáo com CO. Edstrbn(S2)
e n t r e t a n t o mediu uma contração de apenas 10% em cubos de hg
matita na redução a 1 0 0 0 ~com ~ CO. Segundo Wenzel et a l l i
(5) há uma maior tendência da sinterização quando o f e r r o
cresce de maneira rugosa de que quando cresce em £orna pla-
na e compacta.

O tipo de gás redutor t e m fundamental importãncia no


incharnento final de pelotas hematiticas. Estudos em micros-
cópio e l e t r ô n i c o de varredura (53, 54) m o s t r a r a m que a redu
-
çáo por H2 produz uma camada compacta de ferro,enquanto que
por C0 a camada de ferro 6 menos compacta e fissurada. Rupp
.(69) e Gaballah (54) também observaram que a redução por C0
provoca a formação de grande fissuras, e que, praticamente,
terminam por quebrar toda a amostra e que por i s s o , há um
grande aumento de volume, enquanto que pelo H2 aparecem fiz
suras pequenas. A redução por H2 ocorre mais rapidamente e
a fase £erro, que t e m grande t e n d ê n c i a a sinterizar, apare-
ce em menos tempo do que no caso da redução por CO. E s t a s i - n
t w i z a ç ã o impede o alargamento das fissuras e provoca uma
diminuição do volume na fase final. Em outro trabalho (57)
Turkdogan e V i n t e r s , ao f i n a l de 1 3 0 min de redução de pelo-
t a s cmerciais com C0 (grau de redução de 90%), encontraram
inchamento de 25%, enquanto que na redução com H2 ap6s 30
min (grau &redução de 100%) nenhuma variação apreciável de
v o l u m e f o i notada'. Gabllah, S z e k e l y e Yoon verificaram que,
quanto maior o teor de H2 no gás redutor C0 menor foi o in-
chamento das pelotas.
ainda alguma controvérsia sobre a influência do po-
der de redução dos gases redutores sobre a variação de volu
me de Óxidos de ferro. Alguns pesquisadores (39, 52, 61, 71)
verificaram que o inchamento 6 maior na redução com gás de
Alto poder redutor. Outros afirmam que quanto mais fraca for
a mistura gasosa ( t a n t o na redução por C 0 quanto na redução
por H2) maior será o aumento de volume o b t i d o pelo minério
na redução ( 6 4 , 69, 73).

Durante a redução de õxidos de ferro, segue-se ao in-


O
chamento normal, na etapa final de redução ( w u s t i t a - F e ) u-
ma l i g e i r a contração de volume, devido Z sinterização. Con-
tudo em certas pelotas de minérios hematíticos, este efeito
6 substituído por um aumento violento de volume, chamado in -
chamento catastrófico, que introduz uma grande degradação
nas p e l o t a s , E s t e inchamento anormal, que se apresenta como
um aumento de volume de m a i s de 40% e as vezes maior que
100%, é causado pela formação de agulhas de Fe f i b r o s o ( W-s
k e r s ) na superficie da wustita durante sua redução com CO.

Essas agulhas podem ser conceituadas como filamentosmo -


nocristalinos de dimensões muito pequenas ($?J < 50 pm). Seu
crescimento, provavelmente, 6 d e v i d o a i m p u r e z a s adsorvidas
na wustita como CaO, Na20, K20, heterogeneidade superficial
da wustita e fase gasosa não uniforme ( 5 4 , 62, 6 3 , 6 7 , 69-
-72, 77) -
-
O inchamento supõe-se originado da colisão e crescimen
to de m a agulha de ferro sobre um grão adjacente d e wusti-
ta que é então empurrado para o lado.

Dependendo do número de núcleos, o ferro reduzido pode


t e r uma variedade de formas, desde a de um cogumelo até de
uma agulha (63).

A composição quirnica dos gases redutores têm grande in


-
f l u ê n c i a na formação de ferro em agulhas.

Em geral, as agulhas de ferro começam a aparecer por


~ ~ são muito ng
~ ~redução por CO. A 9 0 0 elas
volta de 7 0 0 na
merosas e a partir de 1 0 0 0 ~elas
~ são substituídas por fer-
ro- em forma mais composta, devido a sua s i n t e r i z a ç ã o . Adi-
cionando H2 ao gás redutor (CO), constataram um favorecimen -
to de crescimento de ferro em camadas compactas ( 6 2 , 67,69,
71). Somente Gaballah ( 5 4 ) encontrou considerável formação
de ferro em agulhas com misturas C 0 + H2.

. Osvalores de inchamento encontrados devido 5 presença


de ferro como agulhas na redução por C 0 varia desde 4 0 % ( 6 2 )
até 300% (71), enquanto na redução com B 2 até uma mesma re-
duçáo O aumento do volume não passa de 25% (71).

Quanto ao poder redutor dos gases reagentes f o i consta


tado que a tendência de formação de agulhas de ferro é dimi -
nuida com misturas redutoras mais fracas ( 6 7 , 7 2 ) .
A influgncia do teor de CaO no minério é muito d i s c u t-i
da. Alguns pesquisadores encontraram maior formação de agu-
lhas com teores crescentes de CaO (62), outros observaram
agulhas sem a presença de CaO, Na20 ou K 2 0

Asuposição de que todo o inchamento c a t o s t r õ f i c o 6 cau


sado por agulhas de ferro 6 ainda muito discutível. Walker
et alli (6) encontraram inchamento de 130% na redução de bri_
O
quete c o m C0 a 1020 C sem expressiva formação de agulhas.
Wright. na reduqão de pelotas commistura de 76% H2. 16% C0
+ 8% COZ, observou um aumento de volume de 6 4 % sem presença
d k agulhas (apenas ferro em forma de nódulos e projeções) .
Quando grãos de w u s t i t a estão próximos um do o u t r o , a nu-
cleação e crescimento de ferro, de qualquer t i p o , criará u-
ma cunha que tende a forçar os grãos a separar-se. Embora
as agulhas de ferro possam ser um ú t i l indicador de excessi h

vo inchamento, a sua ausência não 6 necessariamente i n d i c a -


tiva de pequeno aumento de volume.

Também a deposição de carbono t e m sido considerada co-


mo causa da degradação dos Óxidos de ferro reduzidos pelo
C0 (53, 66). Este fator é bastante influenciado pelas condi -
çÕ-es dos testes. Assim 6 que, quando alguns pesquisadores
contram umã relação entre a fragllização de sinteres (devi-
do a redução anisotrópica da hematita) reduzidas pelo C 0 a
temperatura de 5 0 0 ° c , e a deposição d e carbono, outros ex-
plicam o fato pela coincidência de temperaturas em que es-
ses dois fenõmenos são rnkimos (77). Na redução a temperatg
r- mais a l t a s (700 a 9 5 0 ~ ,~ a) deposição de carbono afeta
de maneira diferenciada a resistência dos Óxidos de ferxo.0
carbono depositado no grão de ferro reage com a wustita sub -
jacente, formando bolhas de g á s que quebram a e s t r u t u r a de
ferro (53). Gaballah observou t a m b k que a deposição de car -
bono passa por um máximo em função do teor de H2 ( < 2 5 % ) na
mistura C0 + H2 e em função da temperatura (temperaturas bai
x a s ) , Turkdogan e Vinters ( 6 6 ) estudaram a deposição de car -
bono em ferro poroso a partir de mistura C0 + H2. Determina -
ram que o depósito de carbono pode c o n s i s t i r de cementita
e gxafita. uma expansão acompanhando a formação de cemen -
t i t a e sua subseqilente decomposição a ferro e g r a f i t a poden
h

do ser responsáve1,pela desintegração e dispersão d e f e r r o


no depósito de carbono. Observaram tambh que a presença de
1 a 2 % de H2 em C0 aumenta muitas vezes a deposição de car-
bono. Com o aumento de temperatura ( 4 0 0 - 1 0 0 0 ~ ~a) deposição
diminui. Fuwa e Ban-ya (71) verificaram que a deposição de
carbono não f o i responsável pelo inchamento dos m i n é r i o s tan
to a 6 0 0 como~ ~ a 1000~~.
Em todos os -testes f o r a m empregados somente =&ias :
i
r
p
mas nacionais.

Usou-se minério de ferro p e l o tizado indus trialmente (e


matita), de granulometria entre 11 e 12 mm, , c u j a a n á l i s e
qufmica consta da tabela 11,

O carvão emptegado nos ensaios em que se f a z i a adição


de lzquidos, normalmente usado no forno rotativo de uma in-
dústria l o c a l , era proveniente da mina ~utiá-~ecreio.Na ta -
b e l a I11 constam as análises imediatas deste carvão desgase-
ficado e não desgaseificado. Para se testar a i n f l u ê n c i a do
teor de c i n z a s do carvão sobre a reatividade, utilizaram-se
carvões da mina de ~ e k carvão : não lavado R.0.M ( t i p o A ) e
carvões lavados indus trialmente de aproximadamente 4 0 , 35 e
2 0 % de cinzas ( t i p o B, C e D, r e s p e c t i v a m e n t e ) . Essas fra-
ções eram provenientes do mesmo carvão, i s t o é, não foram*
tidas através de m i s t u r a s . Em alguns ensaios realizados c o m
carvões desgaseificados u t i l i m r a r r r s também carvões t i p o E e
F , obtidos por misturas estequiométricas dos carvões C e D
desgaseificados da seguinte maneira: E = 60% D + 4 0 % C; F =
2 6 % D + 7 4 % C. As a n á l i s e s imediatas desses carvões constam
da tabela IV. A tabela V mostra as a n s l i s e s i m e d i a t a s dos
.
carvões de ~ e ã odepois de desgaseif icados A granulometria
utilizada em todos os carvões foi de 2-4 mm, o b t i d a por moa -
gem e peneiramento desprezando-se os f i n o s abaixo d e 2 mm.

Nos t e s t e s de, injeção de l í q u i d o s utilizaram-se água deg


t3lada e álcool etilico a 9 6 % .
I%) 67,5

S ( %1 0,016

MgO (a) 0,30

CaO (%I O, 72

A1203 (%I O , 76

1,88
Si02 (%)
-
Tabela I1 - Anãlise química do minério
de ferro,

' f i x bç
U
- CZbs
. - - MVbs
N ~ Odesgaseif icado - 29,6 38,3

Desgaseif icado 1,94 43,s Ir6 54,9

Tabela 111 -,Anãlise i m e d i a t a do carvão empregado nos


t e s t e s de adição de l í q u i d o s .
Tabela IV - Análise imediata dos carvões usados nos ensaios
para v e r i f i c a r a i n f l u ê n c i a do teor de c i n z a s
sobre a reatividade.

Tabela V - Análise imediata dos carvões após desgaseiffcação


hmaioria dos ensaios foram realizados com
A equiparnen-
tos an escala de laboratório, muitos dos quais construidos
especialmente para o t i p o de teste desejado.

3.2.1. Ensaios em escala d e laboratório

Te~Xea de kedução com adição de Lzquidoa

Nesses t e s t e s utilizou-se wn forno vertical resistivo


de 160 mm de diâmetro interno e 900 mrn de a l t u r a , com três
zonas de temperaturas controladas independentemente por fon -
t e s tiristorizadas, Os reatores empregados eram de aço ino-
xidável SAE 304 com 4 8 mm de diâmetro externo, 2 mm de espes-
susa de parede e 800 mm de a l t u r a , com tampa rosqueada. In-
seridos na tampa havia três tubos soldados, c u j a s funçõese -
ram de permitirem a saxda dos produtos gasosos, injeção de
líquidos e colocação d e termopar.

: Devido 2 boa hornogeneidade de temperatura conseguida


-
neste forno, utilizaram-se em cada t e s t e três reatores dis
postos triangularmente como pode ser v i s t o na Figura 2,

O desenho esquemático e a f o t o g r a f i a d o s aparelhos de


injeção utilizados nesses t e s t e s se encontram na figura 3.
Eles consistem, basicamente, de um motor com rotação cons-
tante de 1 RPM em Cujo eixo g i r a t ó r i o associou-se uma h a s t e
rosqueada com uma porca. A e s t a porca conectou-se um tubo
que a impedindo de girar, avançava ao longo da haste rosquea
da. Na extremidade do tubo havia uma placa que com o avanço
comprimia o êmbolo de uma seringa cheia de líquido. A vazão
do Iíquido era função do passe da rosca na haste e do d i % e-
tro da seringa.

injetados através de um tubo de aço -


Os llquidos eram i
noxidável de 6 mm d e diâmetro e 900 mm de a l t u r a , colocado
no centro ao longo da retorta, com uma única abertura no f u- n
do. A função desse t u b o era de fazer com que o 1Iquido ti-
-
vesse sua passagem forçada até o fundo do reator, vaporizan
do-se, aquecendo-se em uma câmara. especial e após reagindo
c0rn.a carga no seu caminho ascedente. O reator c o m seus de-
t q l h e s e s t á na figura 4 .

-
Os produtos gasosos que deixavam o reator, eram obriga
dos a passar por recipiente com água, o que a princípio
impedia entrada de ar falso no sistema.

~ caavõea d e d i d e h e n z e ~Z e o h e ~ de c i n z a &
T e ~ i ecom

NOS t e s t e s em w s e t e s t o u a i n f l u ê n c i a do teor de cin-


zas, usou-se um forno elétrico resistivo vertical com diâ-
metro i n t e r n o de 110 mm e comprimento d e 500 m com 3,6 KW
de potência e controle de temperatura t i p o liga-desliga. Os
reatores utilizados eram semelhantes aos dos testes com in-
jeção de líquidos, porém com 3 0 0 mm de a l t u r a . Nesses en-
saios utilizou-se somente um retor por t e s t e , colocado no
eixo c e n t r a l do forno para obtenção de uma melhor reproduti
bilidade dos resultados,

Para os ensaios dinâmicos de redução e de gaseificação


de carvão, a variação de peso f o i registrada continuamente
ao longo do t e m p o . A carga era colocada num pequeno reator
de aço inoxidável SAE 304 com diâmetro d e 48 mm e altura de
110 mm, s e m tampa. Nos ensaios de redução, o reator era sus -
penso por um f i o conectado a uma c é l u l a de carga e e s t a a
ma ponte amplificadora onde era f e i t a a l e i t u r a de perda de
peso. Este pequeno reator f o i colocado dentro de um 2eabr
maior, c u j o diâmetro era aproximadamente igual ao do forno.
O f i o de sustentação do reator menor passava por um o r i f i -
-
c i o da tampa do r e a t o r maior, por onde t a m b é m f a z i a - s e a ve
dação com N2. Um esquema deste equipamento está representa-
do na f i g u r a 5 .

Nos ensaios dinâmicos de gaseificação o f i o de susten-


taçãoldo reator foi s u b s t i t u í d o pox um t u b o central (seme-
lhante ao utilizado para injeção de 1Iquidos) através & qwi
além de sustentar o reator, se injetava COi.

3.2.2. E n s a i o s em escala serni-piloto

Foram f e i t o s t e s t e s de redução no forno Salvis da u n i -


dade de redução d i r e t a de uma empresa l o c a l , a f i m de veri-
ficar-se a i n f l u ê n c i a das c i n z a s na reatividade do carvão em
escala semi-piloto. Este forno, r o t a t i v o e l é t r i c o h o r i z o n -
tal, & usado para simular experimentos do forno r o t a t i v o ig
dustrial de redução de m i n é r i o de ferro. Maiores d e t a l h e s
d e s t e forno são encontrados na l i t e r a t u r a (6).

3.3-1. Testes d e redução com adição de líquidos

T e a X e ~ c o m a d i ç ã o de g g u a

A s temperaturas u t i l i z a d a s para e s s e s ensaios 4950, 1000


) t e m p e r a t u r a s encontradas nos fornos r o t a t i v o s
e : 1 0 5 0 ~ ~são
de redução direta na zona de redução. Essas t r ê s tempexatu-
xas combinadas com o tempo d e redução de 100 min, proporcio
nam uma ampla faixa de grau de redução do m i n é r i o : desde 60%
até quase 100%.

Rrpregaram-se vazões de H O de 0 , 0 4 até 0,5 m l / m i n duran


2 -
te os Últimos 6 0 min de redução. Para a carga utilizada (130g
de m i n é r i o e 61 g de carvão), considerando-se que o carbono
presente no inicio da i n j e ç ã o (após 40 min) s e j a g a s e i f i c a -
do 50% pelo C02 (proveniente da reduqão do m i n é r i o ) e 5 0 %
pela H20 injetada, a quantidade estequiométrica de H20
ria de 15 g ou 0,25 ml/min.
6
Com a p o s s i b i l i d a d e d e utilização de um forno de três
zonas tiristorizado, o qual p r o p o r c i o n a v a maior zona de tem
-
peratura c o n s t a n t e , pensou-se em dobrar a a l t u r a da carga
a
(220mm) para que o s t e s t e s fossem mais r e p r e s e n t a t i v o s (1.
série), porém i s s o causou r e s u l t a d o s inesperados que serão
discutidos mais a d i a n t e , obrigando a usar novamente a a l t u -
ra- da carga inicial (2: s é r i e ) . A interpretação dos r e s u l t a
dos dessa s é r i e forçaram sua i n t e r r u p ç ã o e realização de u-
a
ma 3 . série, na qual s e injetava N2 d u r a n t e todo o ensaio.

ate^ com adição de Ü B c o o l e.tZtica

~ t oé presente momento não se obteve qualquer informa-


ção sobre o emprego de ãlcool e t í l i c o na redução direta de
mingrio de f e r r o . Como é demonstrado nos ensaios &icx>s (ver
anexo) , o álcool não atua como agente gaseif icante do car-
vão. A utilização do álcool na redução direta atwlmn-te não ,

6 - j u s t i f i c á v e l economicamente, mas seu emprego poderá tra-


zdr muitos benef Ecios tecnolÓgicos ao processo.

As condições em q u e foram realizados os t e s t e s são as


a
mesmas da 3 . série d e adição de H20, porém somente na tempe -
ratura de 1 0 0 0 ~ ~ .

Por razões t g c n i c a s usou-se, mistura


em s e g u i d a , uma
de 50% água e 5 0 % álcool, utilizando-se as m e s m a s condições
anteriores.

i
Como a temperatura & um dos f a t o r e s imporkqntes
mais
nas reações pesquisadas, a medição e o r í g i d o c o n t r o l e de
.
temperatura e r a f u n d a m e n t a i , ~

Inicialmente, realizou-se uma e x a u s t i v a medição de t e m-


p e r a t u r a do forno de t r ê s z o n a s , no centro e próximo 2 pa-
rede, a f i m de se obter o melhor p e r f i l através do a j u s t e
da temperatura das três zonas. A f i q u r a 6 mostra o melhor
perfil c o n s e g u i d o no centro do forno. ~ r Ó x i r n o5 parede a va
-
riação de temperatura era mais acentuada, Observa-se na fi-
gura que e n t r e 40 e 60 cm a variação de t e m p e r a t u r a era de
O
apenas 4 C. Nesta região ficou localizado o reator.

Medindo-se a tempertura d u r a n t e o aquecimento no cen-


trp e no fundo do reator, verificou-se que d u r a n t e os 100
min de t e s t e , não se alcançava um p e r f i l isotermico. ~ n t ã o
optou-se por f a z e r um superaquecimento escalonado. A melhor
combinação de temperatura e tempo foi a s e g u i n t e :

Teste a 9 5 0 ' ~
T I = Ts = . = 100oOc
1 0 ' 2 0 ~ ~T3 d e LI a 16 min
de 16 a 3 0 rnin

a p a r t i r d e 30 rnin

I Testes a 1 0 0 0 ~ ~
de O a 16 min
d e 16 a 3 0 rnin

a p a r t i r de 30min

Testes a 1 0 5 0 ~ ~
Tl = T2 = l l O o O ~ ,T3 = 1 0 8 0 ~ ~ de O a 16 m i n
T1 = T2 = 1 0 7 5 O ~ ,Tj = 1 0 5 5 ~ ~ de 16 a 3 0 min

T1 = T2 = 1 0 5 0 ~ ~T3
. = 1 0 3 0 ~ ~ a p a r t i r de 30 min

Sendo T
1, 2
ou - temperatura nominal da respectiva
zona, numeradas de cima para baixo.

A £ i g u r a 7 mostra os perfis de t e m p e r a t u r a no f o r n o e
O
no centro da carga para t e s t e s f e i t o s a 1 0 0 0 C . Observa-se
que a água foi injetada somente aos 40 min de t e s t e , pois
a p a r t i r d a i obteve-se um perf i1 de temperatura mais ou me-
nos isotérmico. Mediu-se também temperaturas no fundo do
reator. A 10 min de t e s t e a diferença entre a temperatura
I'
O o
do fundo e do centro da carga 6 d e 5 0 C, a 20 min é d e 20 C,
aos -30 rnin baixa para menos de 10'~.

3.3.2, Ensaios com carvões de d i f e r e n t e s teores de


cinzas

fim de se é s t u d a r a influsncia que o teor de c i n z a s


A
I
de um carvão exerce sobre a r e a t i v i d a d e elaborou-se uma
série de experimentos de redução de mingrio de ferro com car -
vão. A reatividade dos carvões era medida de uma forma i n d- i
reta, através do grau de redução (GR) do m i n é r i o .
-
Escolheu-se a temperatura de 9 5 0 para
~ ~ todos os tes-
t e s , por ser a mais commente empregada em ensaios d e reati -
vidade de carvões e , também, d e redução de m i n é r i o de ferro.

Na primeira série (M) de t e s t e s realizados utilizou-se


carvões desgaseificados com seis teores de c i n z a s d i f e r e n -
tes. Usou-se inicialmente carvão desgaseificado para e v i t a r
a l g u m influência da matéria v o l á t i l e também porque alguns
métodos d e ensaios de reatividade recomendam emprego de car
vões desgaseificados. Usou-se a relação

Lfix = 0,38 que é um valor encontrato em f o r n o s r o t -


a
Fetot
-
tivos de redução direta e também já utilizado em outras pes
quisas. E s t e s testes tiveraro duxanção de lh30min.

observou i n f l u ê n c i a muito signi£icativa do teor


N ~ Os e
de cinzas sobre a redução do minério. Decidiu-se, então, di -
rninuir a disponibilidade de carbono, baixando-se a relapáo )
n
L
fix para 0,30 e tambh aumentar o tempo de t e s t e para 3h
Fetot
(série N). Novamente nenhuma t e n d ê n c i a nitida foi v e r i f i c a -
da.

Utilizando-se carvão não desgaseificado e mantendo-se


os o u t r o s parâmetros, diferenças entre os carvões de varia-
dos teores de c i n z a s foram observadas (série O) .

As quantidades de minério e de carvão não eram as mes-


mas nos te$tes com d i f e r e n t e s teores de cinzas. Elas esta-
vam fixadas através de dois parãmetros : a l t u r a da carga i-
gual a 1lOmm (zona de temperatura c o n s t a n t e no reator) q u e
3
correspondia a 175 cm , e na relação Cfix/Fetot

A temperatura do f o r n o era c o n t r o l a d a por um termopar


pituado próximo 5 parede i n t e r n a numa a l t u r a média. No cen-
t r o da carga a 6 cm do fundo da r e t o r t a f o i colocado wn ter-
mopar de cromel-alumel, conectado através de f i o de compen-
sação a um milivoltimetro d i g i t a l .

A temperatura do forno era mantida entre 9 6 0 - 9 7 0 ~ ~ . -


.~es
vios m u i t o pronunciados da temperatura da carga eram corri-
gidos no controlador de temperatura do forno.

Foram feitos perfis de t e m p e r a t u r a s para todos os tes-


t e s com carvões desgaseificados .

Teaf ea dinâmicos de kedução

Para obsexvar as variações de redução com divexsos cag


vões, c o n t i n u a m e n t e ao longo de todo o t e s t e , fez-se t e s t e s
de redução dinâmicos. Nesses e n s a i o s registrou-se a perda
de peso da carga através de uma célula de carga, acoplada a
uma ponte amplif icadora com precisão d e 0 , l g , As condições
de t e s t e s empregadas foram idênticas as dos t e s t e s e s t á t i -
cos com carvões não desgaseificados. Para poder se fazer u-
ma comparação e n t r e as curvas, usou-se um f a t o r de correção
para a "massa a t i v a " dos carvões, i s t o é, a matéria volátil
e o carbono f i x o , tornando por base o carvão A. Isto possibi
-
l i t o u a correlação da perda de peso com a redução do miné-
-
rio.

Mo i n t u i t o de confirmar os t e s t e s realizados em escala


de labora t õ r i o realizaramse ensaios em escala semi-piloto no
forno S a l v i s , rnan'tendo-se as mesmas condições dos testes m m
carvões não desgaseificados.

T e ~ i e dde ~ e a t i v i d a d ccom C O q

-I -.izaram-se, também, testes dinâmicos de medição "dire


-
ta'' da reatividade de carvões de d i f e r e n t e s teores de c i n -
zas. Adaptou-se o método Kdppers de determinação de reatlvi -
dade de coques às condições empregadas nos testes de Adu-
ção com carvões não desgaseificados. O volume de carvão A ,
C e D em cada t e s t e era c o n s t a n t e e igual a 153 cm.3
As c u-
r
vas foram posteriormente padronizadas em relação a quantida
de de carbono fixo no carvão A. A vazão de C02 foi de 0,9 -e/
min,
- 'I
O controle de temperatura dos testes dinâmicos era feg
to por um termopar colocado fora da retorta menor. través
de testes anteriores, sem medição de peso, calculou-se a t e m
-
peratura real no centro da carga, possibilitando a s s i m uma
comparação com o termopar externo.

3 - 3 . 3 . Testes de desgaseif icação

Com o carvão já moído entre 2-4 mm, carregava-se os rea -


teres de acordo com a zona de temperatura constante do for-
no, Com o fomo já "encharcado" eram colocados três reato-
res. As retortas eram bem vedadas e,devido ã pressão positl
va da saída dos voláteis, não havia possibilidade de conta-
to com o ar. ~ p õ s1 h , na temperatura de 9 5 0 OC, as r e t o r t a s
eram retiradas do f o r n o e , durante 10 min, resfriadas ao ar
com passagem de N2 e logo após resfriadas na água.

-
O procedimento seguido em todos os t e s t e s era o seguin
te:
- secagem das matérias primas;
- pesagem da carga com precisão de décimo de grama;
- carregamento dos reatores: os reatores eram carrega-
dos de t a l maneira que a carga ficasse dentro da zo- i
-
na d e temperatura mais c o n s t a n t e no forno;
colocação dos reatores no forno já aquecido na t a p -
C

e
r
ratura dese jada;
- - finalizado o t e s t e , resfriamento dos reatores forado
a forno (com exceção dos t e s t e s dinâmicos) durante 5
min, e após resfriamento brusco em água, sempre com
passagem de N2;
- pesagem d a s frações magnéticas e não magnéticas;
- moagem d e amostras dos produtos o b t i d o s na granulome -
tria menor que 60 mesh;
- O i-+
a n á l i s e química via k i d a (Fe , Fe , Fetot ) da f r a -
ção magnética (ferro esponja) e análise imediata (U,
MV, CZ, C f i x ) da fração não magnética ("char").

Nos resultados, cada ponto de uma cruva corresponde a


um t e s t e , com exceção das curvas das figuras 10, 11 e 1 3 on
-
de foram colocadas as médias dos t e s t e s .

N a s curvas referentes aos graus de redução usou-se uma


média do grau de redução obtido pela analise química e do
1
o b t i d o por pesagem, através d a s s e g u i n t e s fõrmulas:
Pi - Pf
GR (pesagem) = x 100
Pi x 0 . 4 3 x Fetot

onde Pi = peso inicial do m i n é r i o


Pf = peso f i n a l do m i n é r i o reduzido
e o denominador representa o peso de o x i g ê n i o inicial
amostra.
GR (análise) = x 0,4286,)
( F ~ O + ( ~ e + +x 0,1429) 100

Em g e r a l , os valores de grau de redução o b t i d o s por pe


sa3em e por análise eram bastante semelhantes.

N o s t e s t e s de redução em que havia adição de água, fa- i


ziam-se medições do diâmetro das p e l o t a s de minério antes e
após os t e s t e s , As medições eram feitas sobre uma espécie
de calha i n c l i n a d a graduada. A s pelotas eram enfileiradas -
a
leatoriamente, e o' comprimento t o t a l medido. Repetia-se c i - n
Co vezes e s t e procedimento, com o diâmetro médio das pelo -
tas reduzidas obtinha-se o inchamento ocorrido em um t e s t e
através da variação de volume.
injeçdo de gaus rwtivos,inertes e agw
I

3 - torno

F i g . 2: Desenho esquemático do equipamento utilizado nos t e s t e s de


redução com adição de 1Iquidos
Fig. 3: Esquema(a) e fotografia(b) do aparelho de injeção de 11-
quidos.
saida
de +
gases

F i g . 4: Esquema do reator utilizado nos t e s t e s com adição d e 1;-


quidos.
1-c&a de carga

2-omplif icodor

3-fomo
4-fio de susttntacão
5-rtator pequem

7-dortio de aço imx


a~idade gás

F i g . Sa: Esquema do equipamento utilizado n o s ensaios d i n b i -


! COS
Fig. 5b: Foto do equipamento utilizados nos ensaios dinãmi-
COS
zona de fmlizociio
da cõqa do reator

Fig. 6 : Perfil de temperatura ao longo do forno d e três zonas.


I
I
I I,
I
I
I
+ Tconsider~dacomt. inicio injwáo
I

F i g . 7: Perfil de temperatura da carga do reator e do forno ao


longo do t e s t e de redução com adição de l í q u i d o s .
RESULTADOS

4 . 1 . TeQSeb de /~eduçãa puka v e k i b i c a i t a i n ~ l u " e c c i ~


da adição d e t z q u i d o a

4.1.1. estes com adição de água

condições em que foram efetuados e s t e s testes estão


As
tabeladas na tabela VI.

Os resultados, sob forma8giráfica, podem ser v i s t o s nas


figuras 8, 9. 10 e 11.

Na figura 8 tem-se o gráfico grau de redução (GR) em


função da vazão (V) para t e s t e s f e i t o s com carga de 220 m
de a l t u r a (1: série). Para vazões maiores q u e 0,25 rnl/minhã
um decréscimo do grau de redução. No mesmo gráfico tem-se o
resultado da 2: série, i s t o é, t e s t e s com carga de 110 m.
Esta curva mostra'uma máxima redução para vazão de 0,12 me/
min e uma redução para vazão de 0,50 mL/min, menor do que
sem injeção de água. Observa-se no etxo das abcissas que as,
vazões da 1.a série correspondem ao dobro das vazões da 2., a

porém a relação vazão/carga se manteve constante.

9 mostra curvas de grau de redução em função


A figura
da vazão para 950, 1000 e 1 0 5 0 ~ ~Nessas . duas primeiras tem -
peraturas observa-se que há um grau de redução máximo na va -
zão de 0.12 rnL/min. A 1 0 5 0 ~ -
o ~grau de redução c o n t i n u a cres
tendo até a vazão ,de 0 , 2 5 m l / m i n .
1

O gráfico do consumo de carbono em função da vazão u t-


i
lizado para a 3: série consta na figura 10. Para as três
temperaturas, quanto maior a vazão maior 6 o consumo de cag
o -
bono. A 9 5 0 C tem-se o mais baixo consumo de carbono enquan
O O
to que entre 1000 e 1050 C observou-se pouca diferença no
consumo com a injeção de ãgua. .

A figura 11 apresenta a variação de volume(inchamento)


a de
das p e l o t a s em função da vazão de água para a 3- série
I

testes. Nota-se que em todas as curvas, o inchamento e


maior nos testes em que não se injetava água. Observa-se
também uma tendência de diminuição do inchamento com o au-
O
mento da vazão principalmente a 1050 C.

4.1.2. Testes com adição de á l c o o l e t í l i c o

A injeção de ãlcool causou muitos problemas, p o i s além


de d i s s o l v e r as colas e vedantes utilizados, desenvolveu a1
-
ta pressão no i n t e r i o r dos reatores, o que danificou os sis
temas de injeção.

-
Apesar disso os t e s t e s realizados mostraram uma tendên
tia de aumento do grau de redução com a injeção d e álcool,
sem q u e para i s s o houvesse significativo gasto adicional
de carvão na temperatura d e 1 0 0 0 ~ ~ .

4.1.3. Testes c o m mistura ~ l c o o le água

Em função das dificuldades encontradas com a injeção


de álcool puro, injetaram-se misturas a 5 0 % de álcool e
água. com essa m i s t u r a não foram desenvolvidas pressões in-
t e r n a s que danificassem os aparelhos injetares.

AS condições de realização desses t e s t e s se encontram


na tabela VII. O g r á f i c o grau d e redução em função da vazão
consta na f i g u r a 12. Na figura 13 está plotado o gráfico de
consumo d e carbono versus a vazão empregada. A fim de compa -
ração, foram colocados nesses dois g r á f i c o s os resultados
obtidos com ãgua pura a 1 0 0 0 ~ ~Observa-se
. q u e tanto o grau
de redução q u a n t o o consumo d e carbono crescem com a inje-
ção d e álcool e ãgua até a vazão de 0,34ml/min.
4.2. Tcatc.cr pata verribicair a indtuZncia d o t e u & d e c i n
zaa na ~ e a t i u i d a d ed o 4 ca&vÕea

4.2.1, Testes estáticos de redução

As condições desses t e s t e s de redução constam na tabe-


la VIII. Os resultados das três séries d e t e s t e s (M, N e O)
são mostrados compactamente na figura 14, a q u a l mostra o
grau de redução em função do t e o r de cinzas d o s carvões !e
pregados. Os resultados dos t e s t e s com carvões desgaseifica -
dos (sgrle M e N),. para melhor comparação com os da série 0,
foram representados no g r á f i c o com seus teores de cinzas ori
g i n a i s , i s t o é, a n t e s de serem desgaseificados. A temperatu -
ra u t i l i z a d a para todos os t e s t e s f o i sempre de 9 5 0 ' ~ . Pa-
ra d i f e r e n t e s séries, i s t o é, d i f e r e n t e s razões carbono fi-
xo/ferro total (Cfix/Fetot) e tempos de ensaio obtém-se di-
ferentes níveis d e grau de redução. Somente na série 0 , u-
sando-se carvões desgaseificados, notou-se uma considerável
influência do t e o r d e cinzas sobre o grau d e redução a t i n -
gida pelo m i n é r i o , obtendo-se um mínimo grau de redução c m
&pr&lavadoB (deapr-te 4 0 % d e c i n z a s ) , can cam-k
previamente desgaseificados g o foi possível d e t e c w um nítida d w - n
&ia do teor de cinzas s d x e o grau de redução.

4.2.2, Testes dinâmicos d e redução

Nesses t e s t e s , as condições são as mesmas usadas nos tes-


t e s estáticos can c&s Mo desgaseif icados (série O) e ta&n se en
-
mtrm M e l a VIII;.

~afigura 15 são mostrados os r e s u l t a d a desses testes de redu-


ção can -
t
e registro de prãa de peso (AP) . As a m a s represen-
são referidas a um msno tenr de cdl:bom fixo e de matéria volá-
til (tamndo p r base o carvão A ) . A& uma perda de peso de 28 g essas
curvas se mnfundm. Mesta etapa - e dewaseificaçk do &c e re
-
duç% do mi&io p e h s voláteis. Wis de 25 min de teste as curvas
campn a divergir rapidmente devido a diferaqa de reatividade dos
carvões. O grau de redGo (a) fim1 das pelotas confimm a terdên-
cia das curvas. A maior perda de peso m r r e u nos testes ccm carvão D
(cun GR de 71%) seguido car~carvão A (GR de 68%) e por iiltinio can c . -
60c (GR de 65%).
4.2.3. Testes de reduçao em escala s a i - p i l o t o

mostra o g r a u . de redução a t i n g i d o nos tez


A tabela IX
t e s realizados no f o r n o r o t a t i v o S a l v i s . As condições dos
t e s t e s foram as mesmas da série 0 . E s s e s resultados mostram
-
q u e os carvões pré-lavados C e B apresentam menor reativida
de que o carvão não lavado A e o carvão D, confirmando a
tendência dos testes realizados em escala de laboratórios
com esses carvões.

4.2.4. estes d i n k i c o s de gaseificação

fim de se verificar a influência do teor de


A cinzas
sobre a reatividade do carvão através de uma medição direta,
sem a ocorrência da reação paralela(reduçã0 do rninério),reg
liqaram-se t e s t e s dinâmicbs de gaseificação dos carvões com
COZ A s condições de execução desses t e s t e s e s t ã o na tabela
X. Os resultados, expressos como curvas de variação de peso
(AP) em f u n ç ã o do tempo, c o n s t a m na figura 16, Utilizou-se
o mesmo volume de carga em todos os testes, por isso as c u-r
vas são corrigidas por f a t o r e s que levam em conta as dife-
r e n t e s q u a n t i d a d e s de carbono fixo dos carvões. No inicio
dos t e s t e s houve uma rápida perda de peso correspondente a
-
desgaseificação. O carvão C foi o menos r e a t i v o con, uma
perda relativa de carbono de 5 8 % , enquanto que os carvões
A e D tiveram um consumo de carbono de 71 e 7 2 % respectlva-
mente.

12 série 25 série 3
; série
Carvão utilizado -as&£ icado Desgasei f icado Desgaseif &i

cf#tot 0,38
, ,
O, 38 0,38

T ('C) 1000 1000 950,1000 e 1050

V (rni/min) O-0,2Ç-0,50-1,O 0-0,12-0,25-0, O-0,04-0,07


50 O, 12-0,25
Aitura da carga 220 110 110
(m)
~ e r i o d ode i n j -
e SÓ no resfria
- SÕ no resfria
- Durante todo
qêo de N 2 mento mento o teste
-p

Tabela Vf: C o n 9 i g k de exeniÇáo dos testes can injeçãa de H20


.-

carvão Utilizado Desgaseificado

0,38
'fixIFetot

T )
C
'
( 1000

T (min) 40 + 6 0 c/injeção

V (ml/min) O-0,12-O, 25-0,34

A l t u r a da Carga(mm) 110

~ e r i ú d ode injeção Durante todo o t e s t e


de N2
Tabela VII: condições de execução dos testes
com injeção de mistura álcool
água 5 0 % .

carvões Série M série N série O m a i o s ~FnãTnioos


U t i l i zaãos A,B,C,D,E,F A,C,D A,B,C,D AIB,C,D
-
Desgaseificados Desgaseifica Não desga 60desgasei fi-
dos sei£
-&i . cadou

C fix 0,30 0,30 O, 30


0,38
Fetot

Tempo 1 h 30 min 3 h 3 h 3 h

Tabela VIII: Con3iQões de exemqk dos testes cun carvões de d i f e r e n b


tmres de cinzas a 9 5 0 ~ ~ -
* Tipo de carvão Grau de ~ e d u ç ã o

A 70,3%

B 68,5%

C 64,4%

D 69,0%
Tabela IX: Resultados dos t e s t e s de redução
~ ~escala semi-piloto
a 9 5 0 em
(forno Salvis)

carvões Utilizados A,C e D não desgaseificados

vazão de CQ2 0,9 l/min

Peso corrigido de 33,3 g


Carbono
Tabela X: Condições de execução dos t e s t e s dinâmicos
de gaseificação com C 0 2 a 9 5 0 ~ ~ .
4 . 3 . O b ~ e i t v a ç õ e a de p e f o t a ~ f d o aR e a R e d de tredução com
a d i ç ã o d e Lzquidoa 1 em m i c ~ a a c õ p i o Ó t i c o d e Luz
v aedlezida e em m i c ~ o a c õ p i o e t e i t k õ n i c o d e v a u e -
duta.

Pretende-se, através de exames em rnicroscÓpio Ótico e


e l e t r ô n i c o , verificar as diferenças morfológicas das fases
presentes n a s p e l o t a s reduzidas com e sem a presença de
H 2 no gás r e d u t o r , assim como também observar as diferen-
ças em relação à seção das pelotas e em relação ãs tempera
turas de redução.

4.3.1. Observações de seções polidas em microscõpio 6


tico

Para o embutimento das seções polidas u t i l i z o u - s e A-


r a l d i t e MY com o auxílio de vácuo, a fim de se obter uma
melhor penetração da resina nos poros, procurando evitar
assim o arrancamento de grãos durante o lixamento.

As amostras eram colocadas em e s t u f a a 50 C até


o seu
t o t a l endurecimento. pós, as arr,ostras eram cortadas na
a l t u r a do c e n t r o das p e l o t a s . A superfície esposta, que I
v i a e s t a r i s e n t a de vazios, sofria um desbaste preliminar
com l i x a e após um polimento a t r a v é s de uma seqfiência de
pós abrasivos.
Fez-se observações de testes realizados nas três tem-
peraturas (950, 1000 e 1 0 5 0 ~ ,~ )sem i n j e q ã o d e água e com
i n j e ç ã o nas vazões de 0 , 1 2 e 0 , 2 5 m l / m i n , além de testes
com mistura ãlcool e água e também h e m a t i t a não reduzida.

- A S seções polidas d a s amostras o b t i d a s nos t e s t e s


u-
sando misturas álcool e água e as de h e m a t i t a ficaram com
má qualidade, isto é, quase não s e pode observar os grãos.
A razão disso poderia ser a b a i x a f l u i d e z e consequenternen
-
te a má penetração do araldite n o s poros das pelotas. As
partes escuras 'e difusas observadas nessas fotos provavel-
me.nte eram v a z i o s de partículas arrancadas.
N ~ S S G fotografias, os grãos cinzas são de Wustita ou
magnetita, e n t r e t a n t o , para os g r a u s de redução o b t i d o s , ~
teor de m a g n e t i t a presente 6 muito baixo. Os grãos bran-
cos são de ferro rnetilico e-aspartes escuras são v a z i o s .

As -
observações que são feitas a s e g u i r se referem so
mente a t e s t e s com e sem injeções de H20 n a s três tempera
-
turas .
Para t o d a s a s vaz6es empxegadas e temperaturas, se
observa que na p e r i f e r i a da pelota a redução 6 completa
.
(fotos 1,2 e 3 ) Com a distância aumentando a margem da
pelota para o centro, o teor de FeO a u m e n t a gradualmente,
(fotos 4,5 e 6).

~ ~grãos do interior das pelotas são


A 9 5 0 os peque-
nos e muito disgersos e são c o n s t i t u i d o s principalmente
de WustitaI4). N ~ Oé possível se observar di£erenças sfg-
nificativas e n t r e as p e l o t a s reduzidas sem a presença de
H20, com a presença de H 2 O e suas d i f e r e n t e vazões. A ra-
zão disso s e deve a pouca diferença de grau d e redução o@
t i d a s e n t r e elas nesses t e s t e s .

A 1 0 0 0 ~ ~no
, c e n t r o das p e l o t a s reduzidas sem a d i -
ção de água aparecem áreas de ferro metálico isoladas.
Nessa região as áreas de Wustita estão predominando ( 5 1 .
Ao c o n t r á r i o , na redução com adição de 0,12 rnl/min de
água, o teor de ferro no c e n t r o das p e l o t a s é bastante
maior do que no caso anterior(7). Nesta região pode ser
distinguido o comportamento topoqulrnico de redução em ai
guns grãos, i s t o é, na margem já s e formou ferro, entre-
tanto no centro do grão ainda aparece Wustita. Comparan-
do-se a amostra reduzida com adição de 0,12 m l / m i n com
a de 0 , 2 5 m l / m i n de água não s e cbserva diferençaapreciá -
v e l , pois o grau de redução desses d o i s t e s t e s são m u i t o
parecidos.
O
A 1050 C se consegue notar diferenças mais acentua-
das. Os grãos de f e r r o da zona peri£érica com injeção de
'0,25 ml/min (foto 8 ) (maior redução o b t i d a ) são maiores
e mais compactos, i s t o é, estão mais sinterizados do que
os sem injeção d e H20 (foto 3 ) . Com vazão d e 0 , 2 5 m l / m i n
(£oto 9 ) no c e n t r o da p e l o t a , ao contrário do q u e sem in-
jeção d e H20 (foto 6 ) , não aparece mais w u s t i t a . Isso quer
d i z e r que a redução é p r a t i c a m e n t e completa no centro da
pelota.

Existe em geral, uma diferença entre as pelotas redu &

zidas com ( f o t o s 7 e 9 ) e ,sem i n j e ç ã o de água ( f o t o s 5 e


6 ) de t a l forma que as pelatas r e d u z i d a s no primeiro caso
mostram aparentemente uma superficie mais densa dos grãos
individuais, especialmente a 1000 e 1 0 5 0 ~ ~ .

Comparando os t e s t e s a 950, 1000 e 1050'~ e n t r e eles,


pode ser d i t o (sempre considerando-se que é o centro d a s
pelotas que é observado) q u e com o aumento da temperatura
de redução o teor d e F e O 6 decrescente ( f o t o s 4 e 9) . A
1050'~ observa-se uma grande sinterizaqáo dos grãos de fer -
ro esponja ( 1 0 ) , principalmente na margem das p e l o t a s . Ob
serva-se que os grãos são b e m mais compactos e maiores
do que a 9 5 0 ' ~ (1) e bem mais compactos que a 1 0 0 0 ~( 2~) .

4.3.2. ~bservaçõesem miscroscópio eletrônico

Realizaram-se observações em microscÓpio eletrÔnico


O
d e varredura (M.E.V.) de pelotas reduzidas a 1000 e 1050 C.
Examinaram-se dois casos extremos quanto ao grau de redu-
ção: sem injeção e com i n j e ç ã o d e H20 nas vazões d e 0.12
rnl/min para testes a 1 0 0 0 ~e ~0.25 ml/min para t e s t e s a
. todas as p e l o t a s foram observadas a
1 0 5 0 ~ ~Em superfí-
cie externa e i n t e r n a . Para obtenção desta Última, as
p e l o t a s foram quebradas a t r a v é s de uma cunha sobre as ra-
chaduras. Observa-se na foto 11 a superficie externa d e
uma pelota reduzida com suas grandes rachaduras, Foram ti h

radas aproximadamente 30 f o t o s com diversas ampliações de


regiões consideradas típicas e t a m b é m algumas consideradas
atípicas. A discussão a seguir 6 f e i t a sobre as fotos -
tira
das de regiões t í p i c a s .

CompahaçÜo e n t h e X e s t e n com e npm i n j e ç ã o de H20:

A 10 0 oOc examinado-se a superfície i n t e r n a , observa-


se claramente que nos t e s t e s em que se i n j e t o u H 2 O, a su-
perficie é compacta e praticamente não há presença de agu-
lhas de ferro ( f o t o 12) ao' contrário do que s e observa em
t e s t e s sem injeção de H20(foto 13 e 20).

Na foto 14 vê-se uma das poucas áreas que apresentam


algumas agulhas d e ferro crescendo a p a r t i r de grãos de
Wustita, apesar disso, observa-se que o f e r r o se apresenta
muito mais compacta e em camadas do q u e o ferro que cresce
sem a presença de H 2 . I

A 1 0 5 0 ~ ~embora
. a presença d e agulhas de f e r r o seja
bem menor, constata-se q u e a superfície i n t e r n a (sem i n j e -
ção de H20)é mais áspera e heterogênea enquanto
(foto 15)
que com a presença de H O e l a 6 m a i s arredondada e homogs-
2
nea (foto 1 6 ) .

Considerando-se a superficie e x t e r n a , observa-se que


a 1 0 5 0 ~os~ grãos das pelotas de testes sem adição de H20
(foto 17) , sãc menores que os com injeção de 0,25 m l / m i n
(foto 18).

Cornpa~ação e ~ z h eb u p e k ~ ~ ec xif e~a n a e i n t e h n a da& pe-


l o $ :~ ~

A 1 0 5 0 ~ ~com i n j e ç ã o de H20, a superfície e x -


. ou sem
terna & muito mais homogêneaIlisa e compacta) ( f o t o 15) do
que a superficie internalfoto 1 7 ) .

Essa diferenfa f i c a mais acentuada a 1 0 0 o O ~ , pois nes


-
sa temperatura a formação d e Whiskers é máxima na superfi-
c i e interna(l3) enquanto que na superfície externa sua for
-
ma e mais compacta e lisa(l9).
A superfície i n t e r n a a 1 0 0 0 ~é ~muito mais heterogênea
e'com o ferro predominantemente em forma de a g u l h a s (fotos
1 3 e 2 0 ) . A 1050'~ as agulhas que existiam a 1000'~, atra-
vés da d i f u s ã o tornam-se mais arredondadas e compactas (£0
to 15).

As superficies externas, tanto a 1 0 0 0 ~ q u~a n t o a 1050'


C são l i s a s e compactas(£oto 19). Observa-se que a 1050°
O
C os grãos são'um pouco maiores e menos porosos que a 1000
C ( f o t o 17) .

Em algumas ~fotos(l2e 18) observa-se uma sedimentação


de pequenas p a r t í c u l a s que,tornam a super£icle dos grãos de
ferro mais ásperas. A causa d i s s o , provavelmente deve ser
a deposição de carbono. Nota-se que essa deposição ocorre-i
preferencialmente em p e l o t a s q u e foram reduzidas com a pre-1
sença de H2.

4.3.3. Testes d e redução de pó de p e l o t a em microscó-


pio e l e t r ô n i c o de varredura com dispositivo adi
-
cional de aquecimento e tratamento com g á s

Realizaram-se t e s t e s de redução d e p e l o t a s , moidas na


granulometria de 0,03 a 0,06mrn, com misturas CO/CO a 9/1
e misturas CO/COZ/H2 a 8/1/1 na temperatura d e 950 C. 8 Nes-
ses t e s t e s a redução era acompanhada visualmente ao longo
do . t e s t e(até lh) . D e t a l h e s do equipamento utilizado
nesses
ensaios, realizados no e x t e r i o r , são encontrados na litera-
tura(70).

Na redução com CO/C02 o crescimento de ferro ocorreu


na forma de agulhas, as quais, com o decorrer do tempo so-
freram arredondamento e aompactação. A o c o n t r á r i o , nos tes-
tes com presença de H2 no g á s r e d u t o r houve formação de feg
rs em camada quase c o n t l n u a perfurada por grandes poros, e
assim aendo, nenhuma destruição d a e s t r u t u r a v i a crescirnen-
to de f e r r o em forma d e agulha pode ocorrer, A formação
de poros e f i s s u r a s ocorreram da m e s m a maneira nos dois
casos.

Com a adição de H2, houve também urna significativa


deposição de carbono. Eventualmente e s t a alta deposição 6
devido ao e f e i t o c a t a l í t i c o do ferro mais rapidamente re-
duzido p e l a presença de H2.
\ #--1= sev

Fig. 8: Grau d e r e d u ç ã o ( ~ ~em


) função da vazão d e ã g u a ( ~ )dos t e s t e s
da la série(a1tura da carga 220mm) e da 2a série ( a l t u r a da
carga IlOmm) .
Fiq. 9 : Grau de redução ( G R ) em Eunqão da vazão de água (V) dos t e - s
t e s da 3a série ( a l t u r a da carga 1 l O r n m e injeção de N2 du-
rante todo o t e s t e ).
Fig. 10: Consumo de carbono em função da vazão de ã g u a ( ~ )dos t e s -
t e s da 3a série.
Õs pontris das curvas, rqresenm a &dia dos resultados.
Fig. 11: Inchamento das pelotas em função da vazão de ãgua(~)dos
a
t e s t e s da 3- ssrie.
Os pontos das curvas, representam a d i a dos resultados.
*/o l
água

90
NO'
*--- -f \
1 x
o/
O
O

água e álcool
80

70 -

m m v

o o,ia U5 Q34

Fig. 1 2 : Grau de redução (GR) em função da vazão (V) dos t e s t e s


com injeção da mistura álcool e água e dos testes
com injeção de água a 1000OC.
água

F i g . 13: Consumo de carbono em função da v a z ã o ( ~ )dos t e s t e s


com i n j e ç ã o de mistura ãgua e á l c o o l e dos testes
com injèção de ãgua a 1000'~
ús pontos das m a s , representam a d i a dos resultados.
O Série O
m ã o não desgaseificado
t = 3 h

CfhFetot = 0,30

3 série N
Cawão desgaseif icado
t = 3 h
Cf&Fetot = 0.30

Skie M
carvão desgaseificado
t = 1.5

tot = 0,38
I
%O

% CINZAS

Fig. 14 - Grau de redução (GR) em função do t e o r de cinzas


dos carvões dos t e s t e s estáticos d a s séries M e
N (carvões desgasaificados) e série O (carvões
não desgaseificados) a 9 5 0 ' ~ .
k 5 J . CINZAS
C=3@L CINZAS
D=2I0LCINZAS

Fig. 15: Perda de peso (AP) em função do tempo (t) dos testes dinâ-
micos de redução a 950'~.
Fig. 16: Perda de ( A P ) em f u n ç ã o do tempo (t) dos t e s t e s
dinâmicos de gaseificação de carvões com C 0 2 a
950'~.
~oton91: 9 5 0 ~ ~
v = o
Zona p e r i f é r i c a
200 x

~ o t onq 2: 1 0 0 0 ~ ~
v = o
Zona p e r i f e r i c a
500 x

Zona periférica
500 x
Foto n? 4 :

Zona central
500 x

**:
- a Foto nP 5:

Zona central
~ O O O ~ C
v = o

500 x

Foto nQ 6 : 1 0 5 0 ~ ~
V = O
Zona central
500 x

L .
1
Foto nQ 7: 1 0 0 0 ~ ~
V=0,12ml/min
Zona c e n t r a l

Foto nQ 8 : 1 0 5 0 ~ ~
V=O,25rnl/min
Zona periférica
500 x

V=0,25ml/rnin
Zona central
~ o t ono 10: 1 0 5 0 ~ ~
V=0,25ml/min
H ,,na periférica
200 x

. ~ o t ono 11: ~uperfi-


c
: c i e externa de p e l o t a
h- 4- 11 x (M.E.V.)
\:
'*.

Foto nQ 12: 1 0 0 0 ~ ~
V=O ,12ml/min
superfície i n t e r n a
9 5 0 x (M.E,V)
??r? r c&??l
9 Foto nP 13: 1 0 0 0 ~ ~

4
v = o
~ u p e r f k c i einterna
1400 x ( M . E . V . )

4
r
P*
-I4

'
L1.r
I
Foto n? 14: 1 0 0 0 ~ ~
V=O ,12ml/min
Superfície i n t e r n a
950 x (M.E.V.)

Foto nQ 15: 1 0 5 0 ~ ~

superfície i n t e r n a
7 2 0 x (M.E.V.)
Foto n0 1 6 : 1050'~
~=O,ZSrnl/min
Superf icie i n t e r n a
550 x ( M . E . V . )

m -r2 Foto W 17:


O
1050 C
v = o
~uperfícieexterna
980 x (M.E.V.)

~ o t on9 18: 105a0c


V=o,25rnl/min
~uperficieexterna
920 x (M.E.V.)
Foto no 19: 1 0 0 0 ~ ~
v = o
Superfície externa
1600 x ( M . E . V . )

~ o t on9 20: 1 0 0 0 ~ ~
v = o
superfície i n t e r n a
1 1 3 0 0 x (M.E.V.)
[I-

V, DISCUSSHO

5 . 1 . Teaxea d e hedução com i n j e ç ã o de & z q u i d o a

5.1.1. Testes com injeção de água

Nos primeiros t e s t ~ srealizados, chamados prelimina-


res(ver 7.1), não se conseguiu boa re~iodutibilidade. O
principal fator responsável foi o c o n t r o l e d e f i c i e n t e de
temperatura ao longo do t e s t e . ~ l é mdisso, as duas retor-
t a s usadas não eram mantidas em posições extremamente fi-
xas no f o r n o , fazendo variar de um t e s t e para o o u t r o seu
perfil de temperatura.
I

~ ã soe conseguiu t a m b é m um controle preciso da i n j e -


'ção de água porque essa f o i f e i t a manualmente.

mn conseqaência d i s s o , decidiu-se recomeçar os tes-


tes com novos equipamentos. Utilizou-se um novo f o r n o de
três zonas de temperatura cujo controle tiristorizado per -
m i t i u a repetibilidade das condi~õestérmicas n o s ensaios;
aperfeiçoou-se o sistema de fixação das retortas, assegu-
rando-se suas posições exatas d e n t r o do forno, C o n s t r u i -
ram-se também máquinas de injeção que garantiram um pre-
c i s o . c o n t r o l e da vazão durante os t e s t e s .

Com a possibilidade de utiliza~ãodo f o r n o de três


zonas, o qual proporcionava maior zona de temperatura
constante, t e n t o u - s e dobrar a q u a n t i d a d e de carga e con-
sequentemente a vazãc, para que os t e s t e s fossem mais
representativos. por& isso c a w u heterq%eidade m carga (1- a
75

série), obrigando a usar novamente a quantidade (altura)


de carga i n i c i a l (22 série) . Ainda observou-se grande va-
riação dos resultados, devido a ocorrência ou não de reg
xidação durante o teste, o que foi evitado pela injeção
'constante de N 2 a p a r t i r da chamada 32 série.

Nesses t e s t e s empregou-se o dobro da carga, i s t o é,


carga correspondente a uma a l t u r a de 220mm. A q u a n t i d a d e
de carga injetada t a m b é m f o i duplicada, passando-se a
usar vazões de, 0,25, 0,50 e 1 rnl/min.

Observando-se as p e l o t a s ao final dos ensaios com


diferentes vazões, notou-se um grande heterogeneidade en -
tre elas. N o s t e s t e s em que não se adicionou água e na-
queles com injeção de 0,25 ml/min, todas as'pelotas apre
1
-
sentavam uma cor c i n z a clara. Com vazão de 0,50 rnl/rnin
aproximadamente 1/4 das pelotas estavam escuras, enquan-
to que coin 1 , O rnl/min elas passaram a ser metade escuras
(localizadas predominantemente no £undo do reator). Pelo -
tas claras têm maiW q ~ a n t i d a d ede ferro metálico e con-
sequentemente maior redução q u e pelotas escuras.

A figura 8 mostra que há um grau de redução máximo


com adição de 0,25 m l / m i n d e água. Com o aumento da va-
zão para 0,50 ml/min e principalmente 1,O m l / m i n , o grau
de reduçao o b t i d o passa a ser muito inferior ao sem a d i -
ção de água. E s t e fato se deve, provavelmente, aos aumeg
tos da vazão de água e da carga sem um aumento d e área
de c o n t a t o vapor/carga, Isto f e z com que as camadas do
fundo da carga recebessem grande quantidade de vapor
d'água, gaseificando rápido, praticamente todo o carvão.
E s t e carvão pobre em carbono, gerou um gás redutor muito
d i l u i d o em H20 o que proporcionou pouca redução ou até
reoxidação das pelotas das regiões inferiores da carga.
Isto f i c a evidenciado pela cor escura d a s pelotas r e d u z i
das mn a alta vazão de ~~0e pelo carvão -i&, -
a cinzas(partícu
las brancas) q u e foram observadas no £undo do reator.

Uma altura excessiva da carga pode causar também prc


'blemas de transferência de calor no centro da carga. Fo-
r a m f e i t a s m e d i ç õ e s de temperatura no centro e no fundo
da carga de a l t u r a de llOmm(ver em 3.3.1.) encontrando di -
ferenças consideráveis até 30 rnin de t e s t e . E de se espe-
r a r que com uma carga de 2 2 0 m essas diferenças fiquem
maiores ainda, ocasionando um menor grau d e redução nas
pelotas.

25 S é n i e :

Nessa série de t e s t e s voltou-se a usar a a l t u r a


1

IlOm.

,b'
Na figura 8observa-se que a maior redução obtida,
ocorreu em t e s t e s em que se injetou 0,12 ml/min d e água
(-valente a 0,25 m l / m i n dos t e s t e s da lasérie). Com in-
jeção de 0,25 m l / m i n há uma queda do grau de redução(- rg
lação ã vazão a n t e c e d e n t e ) porém é ainda maior do que sem
injeção de água. I s t o já não ocorre com adição de 0,50 ml/
* min, c u j o grau de redução é pouco menor do que P obtido
sem injeção.

a e 2-a séries) do mes-


Observando-se as duas curvas (1-
mo grsficg,nota-se que sem injeção de água os valores de
grau de redução das duas séries estão relativamente pr6xi-
mos. Mas quando se i n j e t a água os g r a u s de redução obtidos
nos testes da 22 série são consideravelmente maiores que
os da la série. Os motivos dessa diferença já foram comen-
tados.

-
Observações dos produtos após os testes mostraram ocor
-
r g n c i a de pelotas escuras(oxidadas) muitas das quais na par
te superior da carga. Este i n d í c i o associado com a má repe-
tibflfdade dos t e s t e s sugeriram estar havendo uma reoxida-
ção durante o t e s t e ou durante o resfriamento causado pe-
la entrada de água proveniente-dos frascos lavadores (ver
figura 2 ) . Esta ãgua que 6 proveniente da saida de gases,
não sofre o mesmo aquecimento, atingindo a superfície da
carga numa temperatura bem i n f e r i o r a esta. Contrariamen-
te, a água que 6 injetada passa por um longo tubo através
da retorts aquecendo-se e entrando em contato com a carga
na temperatura desejada (ver figura 4 ) .

Nos t e s t e s seguintes pasa cada reator separadamente,


injetou-se N2 a uma vazão Constante d e ,100 m l / m i n durante
-
t o d o o t e s t e e aumentou-se para 1000 m l / m i n durante o res
friamente ao ar e água (quando era mais provável a aspira -
ção de água devido ã contração dos gases do reator).Com
esse procedimento obteve-se boa reprodutibilidade dos re-
sultados.

Nesses ensaios foram testadas vazões menores que


0,12 m l / m i n a fim d e se encontrar a vazão que proporcio-
nasse um máximo grau d e redução. A vazão d e 0,50 m l / m i n
não foi mais empregada devido a baixa redução com ela ob-
tida.

Comparando-se os resultados d o s testes a 1000~c(ver


a
figuras 9 e 8 , 2. série), nota-se que realmente havia uma
reoxidação das cargas das retortas sem injeção de N 2 ao
longo de todo t e s t e , pois e s t a s apresentaram graus de re-
dução sempre menores do que as com injeção de NI.

Observa-se que pasa temperatura de redução de 950 e


1 0 0 0 ~ ~existe
. um máximo de grau de redução para vazão de
0.12 rnl/rnin. Diferentemente, a 1 0 5 0 ~o ~grau de redução
cresce de uma maneira continua até a vazão de 0,25 m l / m i n .

Para melhor compreensão desses comportamentos, se


f e z um estudo do poder redutor (m) dos gases gerados exch
sivamente na gasefficação do carbono pela água n a s d i v e r -
sas vazões. Fizeram-se relações H2 + C0 gerados na gasei-
ficação/~~o não reagido. Os móis de Hg e C 0 são equivalen
tes cada um, 5 , d i f e r e n ç a entre o consumo de carbono comin -
jeçáo d e água e o consumo de carbono sem injeção. Os móis
de água que não reagiram com o carbono são iguais 5 quan-
t i d a d e de água i n j e t a d a diminuída da diferença de consumo
de carbono entre com e sem adição de água (ver figura 10).

A razão molar de H2 + CO/H20 (poder r e d u t o r real)-


comparada com @ poder redutor teórico no equilibrio FeO-
Fe na referida temperatura através das s e g u i n t e s equações
(79) :

Sendo :

T = Temperatura absoluta (K)

Foi f e i t a uma tabela com os valores reais e de equi


-
l í b r i o dos poderes redutores dos gases gerados na gaseifi
cação adicional do carbono pela injeção de 0,12 e 0,25
m l / m i n de água além dos valores r e l a t i v o s ao incremento da
injeção de 0,25 m l / m i n em relação a 0,12 rnl/min n a s três
temperaturas estudadas (Tabela XI).

Observa-se nessa tabela que a 9 5 0 o


~ poder
~ redutor
dos gases o b t i d o s com 0,12 ml/min de água 6 superior ao
do equilibrio, resultando num aumento do grau de redução
com esta vazão (ver figura 9). Comparando-se o incremento
da vazão de 0,25 m l / m i n com 0,12 m l / m i n , observa-se que
o gás obtido t e m poder redutor menor que o do equilibrio,
responsável pela queda do grau de redução com 0,25 m l / m i n .

1 0 0 0 ~
A ~ vazão de 0,12 m l / m i n obteve-se as con-
com
dições mais favoráveis eni que praticamente toda água e
-
convertida ,em gases redutores.
950°c mr = 0,69 mr = 0,60 mr = 0,50
me = 0 , 6 5 me = 0 , 6 4 me = 0 , 6 4

1 0 0 0 ~ ~ rnr = 0,92 mr = 0,76 rnr = 0,53 4

m e ' = 0,66 me = 0,65 me = 0,63

1050'~ mr = 0,60 mr = 0,59 mr = 0,58


me = 0 , 6 3 me = 0 , 6 3 me = 0,63

Tabela X1:Poder r e d u t o r (m) dos gases gerados na gaseificação a d i c i o n a l do


p e l o H20 i n j e t a d a .
mr = poder r e d u t o r real
m e = poder r e d u t o r no equilxbxio
Na vazão de 0,25 m l / m i n , t a m b k o poder redutor real e
-
maior que o do equilíbrio, porém considerando-se a varia -
ção entre 0,12 e 0,25 m l / m i n , . n o t a - s e que o poder redu-
.ter real 6 in£erior ao do equilíbrio, caracterizando uma
diminuição no grau de redução.

h 1 0 5 0 ~o ~poder redutor do g á s e s t á abaixo do va-


l o r do equilíbrio, não correspondendo ao grau de redução
encontrado, o mesmo ocorre com o gás gerado pela vazão
de 0,25 ml/min de água. Provavelmente há um erro experi-
mental num dos t e s t e s envolvidos. E impossível que O
poder redutor do g á s gerado pela adição d e água s e j a in-
ferior a do equilíbrio, pois a redução o b t i d a nesse caso
6 praticqmente tota1(96%). Observa-se na figura 10, que
o consumo de carbono a 1 0 5 0 ~ ~ i n j e ~ ã ode H20
sem es tã
muito alto, comparando-se com as outras temperaturas. Se
o maior valor de consumo de carbono ( 6 5 % ) f o r desconside-
rado, a média cairá e os novos v a l o r e s de poderes reduto -
res serão:
- com 0,12 m l / m i n : rnreal = 0,77 ; m e q = 0 , 6 4
- com 0 , 2 5 ml/min: mreal = 0,68 ; rneq = 0 , 6 4
Estes valores são compatíveis com os resultados o b t i d o s .

O fenômeno explicativo para a d i m i n u i ç ã o do grau de


redução com o aumento da vazão de 0,12 para 0,25 m l / m i n ,
nas temperaturas mais baixas, e do aumento a 1 0 5 0 ~pode ~
ser exposto da seguinte maneira: em cada s i t i o a t i v o do
carvão, só pode reagir uma molécula de H20 de cada vez.
Se todos os sítios a t i v o s estão ocupados, um aumento da
vazão(ou s e j a da velocidade dos gases) não v a i £aze+ com
que mais mol~culasreajam, podendo até em alguns casos,
causar arrancamento das moléculas qtie já estavam nos SI-
tios ativos, diminuindo assim, a velocidade da reação.
Com um aumento da temperatura,a reação química, que ocor -
re nos s l t i o s a t i v o s , torna-se mais rápida, podendo apro
v e i t a r , desta maneira, a maior d i s p o n i b i l i d a d e de agentes
gaseificantes oferecida pelo aumento da vazão, proporcio -
nando um ,gás redutor mais r i c o .
A fim de se verificar a.eficiência da redução sem
injeção e com injeção de H20(nas vazões de 0,12 e 0.25
-
m l / m i n ) , foram calculadas razões de móis de oxigênio re
movido do minério por móis de carbono consumido(~/C)pg
ra as t r ê s temperaturas usadas. As curvas com e s t e s va-
l o r e s constam na figura 17. Quanto maior 6 a razão O/C
melhor é o aproveitamento de carbono na redução, ou se-
ja, mais oxigênio é removido do m i n é r i o em relação a um
carbono cons'umido. Observa-se que Sem a adição de H20
-
tem-se um melhor aproveitamento do carbono, especialmen
te a 1 0 0 0 ~ ~Nesse
. g r á f i c o , observando-se o eixo das or
denadas, pode-se t e r uma avaliação da composição do gás
formado sem a presença de H2 ou H 2 O. Quanto maior é a
relação O/C, mais C02 é formado e m a i s completa é a rea -
ção, Observa-se novamente, que o valor d e O/C para
~ injepão, não acompanha a tendência das
1 0 5 0 ~sem ou-
tras curvas, provavelmente, como já f o i d i t o , devido a
um erro experimental no consumo de carbono d e um t e s t e .

Com i n j e ç ã o de H Z O , quanto maior f o r a temperatura,


' melhor será o aproveitamento do carbono na reação, po-
rém nunca é alcançado o valor obtido sem injeção de
HZO. Testes s e m injeção de H O sempre dão melhor apro-
2
veitamento de carbono porque todo oxigênio do sistema 6
p r o v e n i e n t e do m i n é r i o , enquanto que com adição de . ~ ~ 0 , ' h á
consumo adicional de carbono devido a presença d e oxige -
n i o que não provém exclusivamente do m i n é r i o .

Consumo de e n e k g i a causado p e l a adição d e H 2 0 :

Uma outra possível causa para a d i m i n u i ç ã o do grau


de redução com o a u m e n t a da vazão poderia ser um abai-
xamento da temperatura da carga d e v i d o ao consumo de
energia necessári~para vaporizar e aquecer a água i n j e
tada até a temperatura desejada. É sabido que a v e l o c i -
dade da reação de gaseificação e , consequentemente de
redução é muito dependente da disponibilidade de calor.
Se a água fosse adicionada a 2 5 O ~de uma vez só na
O
carga a 1000 C de um reator sem fonte de aquecimento, a
temperatura baixaria 3 7 0 ~ ~ .

As temperaturas, no centro da carga, medidas com


ou sem injeção de 0,25 m l / m i n de água foram comparadas,
verificando-se que nesses ensaios a injeção de ãgua não
causou abaixamento da temperatura da carga. A razão dis -
so f o i a farta disponibilidade de energia fornecida pe-
lo forno de 15KW de três zonas. Injetando-se ãgua 1XquA
da numa vazão de 0,25 m l / m i n , há um consumo de 270 cal/
min para sua vaporizaq50 e aquecimento a 1 0 0 0 ~o ~ que
equivale a 0,019 KW. O forno fornece uma potência máxi -
ma de 15KW, p o r t a n t o quase 1000 vezes maior.

Uma melhor i d é i a do consumo de e n e r g i a para aqueci-


mento da água pode ser dada através de sua comparação
com o consumo de energia para aquecimento da carga e
reações quirnicas dos t e s t e s realizados. A tabela XII, @

fornece dados de energia consumida nos t e s t e s r e a l i z a d a


em retorta a 1 0 0 0 ~com ~ vazão de 0,25 m l / m i n .

Energia requerida para Taxa de energia consumida


(K C a l / m i n )
Vapori zação e
Aquecimento da água 0,271

Aquecimento da carga
considerando composição
3,323
aos 4 0 min(GR= 5 5 % e
consumo C= 37%)

Aquecimento consideran -
do carga i n i c i a l O , 487

~ e a ç õ e sd e redução è
gaseificação O, 488

Energia fornecida pelo


forno 215

T 3 k h + T : ~ n e r g i a consumida nos t e s t e s de redução com


injeção de agua.
Do mesmo modo que se f e z comparação de consumc de
energia em relação ao aquecimento da água em t e s t e s de
laboratório, realizaram-se também comparações, da energi
V a que s e r i a consumida pelo aquecimento da água se i n j e -
tada num forno rotativo industrial de ~ e d u ç ã o Direta,
com os dados de requerimento de energia retirados do
balanço enesgético publicado por R . RangelI80) . A quan-
t i d a d e de água, injetada no forno r o t a t i v o seria de
27,8 l/min (mantendo-se a mesma relação Cfix/H20 i n i c i -
al dos t e s t e s de laboratório com vazão de 0,25 r n l / m i n ) .
A água seria injetada a partir da zona 4 (metade do for-
o
no) , onde a temperatura já ultrapassa os 9 5 0 C , pois a
adição de H2 à mistura gasosa redutora é termodinâmica-
mente desfavorável 2 redução FeO-Fe em temperaturas in -
feriores a cerca d e 8 6 0 (81) .
~ ~ A tabela X I I I mostra os
diversos requerimentos de energia no forno rotSkivo.

Energia consumida em: Energia em Mcal


tFe-Sp ' 1

vaporização e
Aquecimento da água 234,8

Aquecimento de carga
(total) 556,l

~ e d u ç ã o+ gaseificação
595,5
(total)

Perdas ( t o t a l ) 285,8

Aq~ecimento~carga 17,5
(metade do forno)

~ e d u ç ã o+ gaseificação
(metade do forno) 562,5

Perdas
(metade do forno) 153,2

W l a XIII?=-b de energia no forno r o t a t i v o in-


dus trial.
Observa-se que a e n e r g i a necessária para aquecer a
água a 1 0 0 0 ~é ~menos da metade da energia t o t a l c o n s-u m
mida n a s reações q u í m i c a s , menos da metade da energia
para aquecer toda a carga e um pouco menos que a ener-
gia perdida pelas paredes do forno.

5.1.2. Testes com adição de mistura álcaol e água

Observando-se os gráficos d a s f i g u r a s 12 e 13, no-


ta-se que os t e s t e s da série em que se injetou misturas
álcaol e água, obtiveram grau de redução e consumo de
carbono inferiores aos da série em que se injetou somen -
te água na mesma temperatura, inclusive os t e s t e s sem in -
jeção alguma de liquidas. E s t a diferença é devido a qu-
ma de 2 espiras na r e s i s t ê n c i a do forno, a l t e r a n d o a s -
sim o p e r f i l de temperatura,

Observa-se na f i g u r a 12 que as duas curvas de grau 1


de redução em função da vazão deveriam estar muito pró-
ximas até a vazão de 0,12 ml/min, caso não houvesse
problema mencionado. A partir dessa vazão, o grau de re -
. dução com água pura começou a decrescer, enquanto que
com álcool e água, o grau de redução c o n t i n u o u crescen-
do e atingiria um grau de redução s u p e r i o r ao com água
pura na vazão de 0,25 ml/min. ~enôrnenod i f e r e n t e ocorre
com o consumo de carbono (fig. 13). Enquanto e l e f o i sem -
pre crescente com o aumento da vazão de H20, nos t e s t e s
com mistura água e ãlcool o consumo de carbono cresceu
i n t e r m i t e n t e m e n t e e mais moderadamente.

O á l c o o l , ao contrário da água, não 6 um agente o-


x i d a n t e , por i s s o não g a s e i f i c a o carvão, não causando
consumo extra de carbono (ver em 7 . 2 ) . O seu e f e i t o be-
néfico à redução se deve a um c r a q u e m t o . A altas terrpera-
t u r a s e a u s ê n c i a de ar, 1 m o 1 d e C2H50H se transforma emum
mo1 de CO, 1 de H2 e 1 m o l de CH . Segundo H.Pereira ( 8 2 )
quando o álcool é aquecido a 9 5 0 8 C na presença de ar,há
t a m b é m a formação de H20, CH4 e C o r Ao mesmo tempo, o
CH4 gerado reage c o m H O e C 0 formando m a i s C 0 e H 2,' As -
2 2
sim f o i obtida, a 9 5 0 na~ ~presença de gases oxidantes,
uma formação de atmosfera £ortemente redutora contendo
cerca de 3 0 % de C0 e 55% de H2 e 10% de CH4 e n t r e outros.
Com o aumento da temperatura e da i n j e ç ã o de gases oxidan
-
' t e s , há uma diminuição do teor de CHq

P e l o explicado, deduz-se que i n j e t a r mistura


ãlcool
e água é mais interessante tecnicamente e economicamente,
do que se injetar álcool puro.

5.1.3. variação de volume ocorrido nos t e s t e s com a d-i


ção de H20

Examinando-se o gráfico da figura 11, inchamento em


função da vazão de H20, vê-se que, sem adição de água,quan -
to maior a temperatura u t i l i z a d a , maior f o i o aumento de
volume das pelotas obtido e quando água foi adicionada,hou -
ve um decréscimo do aumento d e volume para as três tempera -
turas. Nota-se que com pequenas vazÓes(0,04-0,07 m l / r n i n ) j á
houve uma considerável diminuição do inchamento em relação
aos t e s t e s sem presensa de água. Na temperatura de 1050°c,
houve a maior diminuição de i n c h a m e n t o com adição de água.
Com vazão maior que 0,07 m l / m i n , o inchamento passou a
O
ser menor que o dos t e s t e s realizados a 1000 C .

E n t r e t a n t o , é preciso comparar valores de inchamento


para um mesmo grau de redução. Elaborou-se, então um grá-
fico de inchamento das pelotas em função do grau d e redu-
ção por elas obtidaslfigura 18). Observa-se mais claramen -
te n e s t e gráfico, que nos testes sem a adição de água(^=^)
há urna tendência de aumento do inchamento das p e l o t a s com
o aumento do grau de redução. Com a adição de H20, para
cada temperatura houve um aumento do grau de redução, po-
rém o inchamento, ao contrário d a t e n d ê n c i a observada s e m
adfção de água, diminuiu consideravelmente, revelando a s -
sim, que a presença de H2 ao g á s r e d u t o r CO, provoca real
-
mente uma diminuição no inchamento das pelotas.

Segundo a maioria dos pesquisadores(62, 6 7 , 69, '711,


na redução por C0 puro, o ferro cresce em forma de protu-
beráncias e a g u l h a s . A adição de H2 ao g á s r e d u t o r C 0 £a-
vorece o crescimento de ferro e m camadas mais lisas e com -
pactas resultando numa dirninu.ição do inchamento das pelo-
+ t a s . As f o t o s t i r a d a s das p e l o t a s reduzidas na presença
de H2, em microscópio e l e t r o n i c o e com aquecimento, con-
firmaram esta tendência d e formação de ferro numa forma
mais compacta e com menos n6dulos e a g u l h a s do que no ca-
so da redução com C 0 p u r o .

~ambérn, com a adição de H2 ao CO, a fase ferro apare -


ce mais rapidamente do que na redução por C 0 puro. A s i n -
t e t i z a ç ã o que ocorre nesta fase, f a z diminuir as fissuras
e as porosidades das pelotas, provocando uma diminuição
no volume fina1(54,69) . través das f o t o s tiradas no mi-
croscÓpioÓtico, pode-se verificar que a adição de água d~
r a n t e a redução das p e l o t a s , causou maior sinterização e
compactação n o s grãos do no caso d e redupaõ sem água.

tiradas em rnicrosc6pio eletrônico mostraram


As f o t o s
uma maior deposição d e carbono nos t e s t e s com adição de
água. Outros pesquisadores ( 5 3 , 6 6 , 821, também observa-
ram que a presença de H2 no gás r e d u t o r C 0 provoca uma
maior deposição de carbono. porém nestes t e s t e s , a deposi-
ção de carbono, aparentemente, não teve influência sobre
o inchamento ocorrido nas pelotas.

5.2. D i ~ c u ~ a ãdac i ~ t e a t e a d e iredução c a m c a t ~ v ü e s d e


digehenXea Reoaea d e c i n z a a

Na primeira s é r i e d e testes(ver f i g u r a 14), usando


carvões desgaseificados(s6rie verificou-se um leve au-
mento do grau de redução com a diminuição do teor de c i n -
zas. Na série N esperava-se obter um.Wrd&ia mais dtiàa pg
r a t a l , diminuiu-se a disponibilidade de carbono empregan
-
do-se menor relação ~fix/Fetot e maior tempo de redução ,
entretanto esta tendência, novamente não foi verificada.A
ú n i c a série q u e mostra uma variação mais expressiva de
grau de redução entre carvões com diferentes teores de
c i n z a s é a série 0 , na qual se fmplegamcarvÕes não desga
-
87
s e i f i c a d o s . Considerando-se somente os carvões p r é - l a ~
dos (B;C;D) observa-se que as tendências das três curvas
da f i g u r a 14 foram as m e s m a s , porém, c o m carvões não des
I
-
gaseificados houve um aumento do grau de redução com a
d i m i n u i ç ã o do teor de cinzas muito mais significativo. Ve -
rifica-se também, que o carvão não lavado A , antes da
d e s g a s e i f i c a ç ã o , apresentava reatividade muito s u p e r i o r
de que após sua desgaseificação. No estado não desgasei-
f i c a d o , sua r e a t i v i d a d e só f o i menor que a do carvão D,

-
Tanto os resultados o b t i d o s através de t e s t e s de re
dução em esc'ala semi-piloto aotro os dos t e s t e s de redução
dinâmicos de laboratório estão em concordância com os en -
saios e s t á t i c o s usando carvões não desgaseif icados (série
O), uma vez que o car'vão c o m 3 5 % de c i n z a s (c) apresenta
menor reatividade que o carvão bruto (A) e o carvão com
2 0 % de c i n z a s (D).

Em relação aos t e s t e s de gaseificação dos carvões


com C02 verifica-se que o carvao A e o carvão D mostra-
ram alta reatividade, a t i n g i n d o um valor de m a i s de 7 0 %
de consumo de carbono contra 58% de carvão C , resultados
e s t e s coerentes c o m os dos demais ensaios de redução
realizados com carvões não desgaseificados .
A diferença observada e n t r e os resultados obtidos
com carvões pré-lavados a n t e s e após suas desgaseifica-
ções pode ser explicada da s e g u i n t e s maneira: quanto mai -
or o teor de cinzas de um carvão, maior é a dificuldade
de difusão g a s o s a nos poros (especialmente se tratando de
carvões com a1 t o s teores de c i n z a s ) , p o i s as c i n z a s po-
dem agir como i n i b i d o r e s bloqueando os poros do carvão
no c u r s o da. reação, dificultando o c o n t r a t o do agen-
te g a s e i f i c a n t e com os centros ativas do carvão. A
9 5 0 a~ difusão
~ nos poros já c o n t r o l a a velocidade da gg
seificação do carvão j u n t a m e n t e com a reação quzmica (6).
Com a desgaseificação a m i c r o e s t r u t u r a do carvão sofre
variaç&. Observações de f o t o s t i r a d a s em microscópio -
e
l e t r õ n i c o de varredura ( t r a b a l h o a ser apresentado no
Congreso da ABM de 1985 por H. Rupp) desses carvões an-
t e s e após sua desgaseificação, mostraram claramente que
durante a desgaseificação há um grande aumento da porosida-
de, facilitando a difusão dos gases no interior do carvão,
diminuindo assim, a influência do teor de cinzas do carvão
sobre sua reatividade. ~ o r h os , carvões apõs serem desga-
seificados, perdem a matéria volátil que é responsável por
-
20-30% de grau de 'redução ( 5 0 ) , tornando-se assim menos rea
tivos: Este aumento da porosidade após a desgaseificação tam -
bém f o i constatado através de medições da superfIcie especi -
f i c a realizadas pelo método B l a i n e (através de penetraçãode
ar). Apesar de nã'o ser o mgtodo mais recomendado para essas
-
medições nesses materiais, os resultados mostraram um aumen
to significativo de su~erfscieespecifica de 4 0 % e 80% para
carvões D e A , respectivamente. V i l e l a (50) t a m b é m encon-
trou uma diminuição da diferença de reatividade entre car-
vões do R i o Grande d o Sul, apõs serem desgaseificados.

à fim de serem verificadas as possfveis causas da a l t a


reatividade do carvão não lavado de 5 0 % de c i n z a s ( A ) em re -
lação aos o u t r o s carvões de menor teor de c i n z a s , a n a l i s a -
ram-se os c o n s t i t u i n t e s petrográf i c o s dos carvão A , C , D não
desgaseificados. A tabela X I V apresenta a composiqão desses
carvões e3n termos d e percentagem d e v i t r i n i t a , exinita, iner -
t i n i t a (constituintes da matéria carbonosa) e matéria mine-
r a l . Os grupos de macerais reativos do carvão são a exini-
ta (maior responsável pela matéria volátil) e a vitrinita
(msp&vel pela dflataeo durante a pir6lise em carvões aoqueificã-
v e i s ) . A inertinita e a matéria mineral não s k coristituintes reatiws.
--se que can a retira& das cinzas M iavagem, G um a m t o de
exinita e vitrinita, a inertini~-e oonstante e a m&ia mine-
ral diminui. As varia* desses constituintes da m e i a - b o m não
-li- a alta reatividade do 6 A.

Uma das razões para a a l t a r e a t i v i d a d e do carvão A não


desgaseificado pode ser devido à presença de substãncias
que constituem suas cinzas, pois (como pode ser visto
na Tabela XV), considerando as quantidades de carvão pre -
sentes nos testes com carvões não desgaseificados, o
carvão A p o s s u i a maior quantidades de cinzas em
MACERAIS M A ~ R I AINORGANICA
r -

Exinita V i t r i n i t a Inertinita Argilas Carbon. Pirita Reativos


( %1 (% (%I (%I (%I ( %1 Inertes

% Total 5,1 17,3 25,3 - 49,9 2,1 0 ~ 9 22%

% Considerando
só a matéria 10,7 36,3 53,O
I -
Total = 5 2 , 0 %
carbonosa M a t . mineral

Ixzq 54%
% Total 10,7 43,6 26,2 15,ó 3,8 0,1
% Considerando
s 6 a matéria 13,3 54,2 32,5 T o t a l = 19,5
carbonosa Mat. mineral

1-1
% ~ 0 t h 14,9 53,9 24,O 6r4 0, 7 011 69%
% Considerando
só a matéria 16,O 58,l 25,9 Total = 7 , 2 %
carbonosa Mat. mineral I
T a k h . X 3 V : ~ n á l i s epetrogrãfica dos carvões A , C e D.
relação ao ferro t o t a l presente nos ensaios.

r
Peso em cinzas (g) cinzas / Fetot

A 44,9 0,66
C 23,7 0,27
'D 11,7 0,12
Tabela XV - Quantidade d e cinzas dos carvões não
desgaseificados

Da tabela XIV conclui-se que o carvão A t a m b h possui


a maior percentagem de a r g i l a s nas c i n z a s (90%). O p r i n c i -
pal c o n s t i t u i n t e das argilas das c i n z a s dos carvões não la-
vados é a caulinita (61, cuja fórmula pode ser expressa por
Al2O3.2ÇiO2.2H20. Observa-se que a água é um significativo
c o n s t i t u i n t e dessas argilas, a qual está absorvida na forma
de hidroxilas (grupo OH). Estas'hidroxilas provavelmente de -
vem ser liberada corroH2 e H20. E s t e s gases seriam os respon -
sáveis pelo alto grau de redução o b t i d o em t e s t e s com car-
vão A . E n s a i o s destes carvões em termo-balança e crornatógra -
fo realizados por N, Heck e Rupp num t r a b a l h o a ser apresen -
tado no Congresso da ABM, detectaram liberação de água das
a r g i l a s a 5 4 0 ~ ~A .quantidade de água proveniente do carvão
A f o i cerca de 7 0 % maior que a água liberada pelos carvões
C e D. I s t o explicaria também a diminuição de r e a t i v i d a d e d o
carvão à após sua prévia desgaseificação.

Segundo muitos pesquisadores, as cinzas (especialmente


-
de carvão de baixo rank) podem conter elementos que catali
zam a reação de gasei£icação. A remoção dessas cinzas dimi
-
nuiria a reatividade do carvão. Verificando-se uma a n á l i s e
das c i n z a s do carvão realizada por D. Azambuja ( 8 3 ) , consta -
ta-se que há presença de vários elementos que poderiam (se-
gundo a literatura) atuarem como catalisadores da reação de
gaseificação, t a i s como: Fe, Ca, Na, K, Ti, Mg, Nota-se, en -
t r e t a n t o , que o carvão A desgasei£icado não mais pcssui af-
ta reatividade. ' A desgaseif icação poderia causar altera@ nesses ele
-
-tos, fazendo can que eles r& mais exercessm ação catalitica. I%&
assunm entretanto, é de grade oontrovksia, visto que, muitos pequi
-
contestaan que as cinzas ácidas dos carvões sul brasileiros p-
rn inflv' cawiti-k sobe a reatividaae.
influência da matéria volátil de carvão sobre , a
A
redução do minério de ferro já f o i amplamente estudada
(50). través dos gases C 0 e H2, os voláteis do carvão
podemreduzir a hematita até vu.stita. ~ t r a v ê sda anãlise
* da matéria volátil em base seca sem c i n z a s (MVbssc) se
verifica que o carvão A possui um mais a l t o teor de ma-
t é r i a v o l á t i l , porém o ..que :- interessa é a quantidade
.

de matéria volátil em relação ao ferro total do m i n é r i o


utilizado nos ensaios. Estes dois pasãmetros(que cons-
tam da tabela X V I ) são indicadores genéricos de a l t a rea -
tividade,.

MV
Mvbsic '
Fetot

9
A 48,4 0,28
B 45,4 0,25
C 43,6 O, 2 3
r
D 43,o 0,22
Tabela XV3: Quantidade d e matéria volátil
nos carvões não desgaseificados

Observa-se na tabela que o carvão A possui a maior


relação ~ ~ / ~ e t o t .

~ n á i i s eq u a l i t a t i v a dos gases liberados pela matéria


volátil desses carvões, através de aquecimento a 9 5 0 ~ ~
num p e r f i l semelhante ao encontrado no forno de laborat6-
r i o foram realizadas no exterior(traba1ho a ser divulgado
no Congresso da ,ABM 1985). A tabela XVII, mostra essas
análises.
?

Tabela XVII: ~ n á l i s equalitativa dos gases gerados pela ma


téria volátil dos carvões não desgaseificados
Observa-se que o poder redutor dos gases liberados
p e l a matéria v o l á t i l de carvão A 6 superior ao dos ou-
tros carvões.

Realizarari-se testes de redução (interrompidos aos


25 min) a fim de se verificar a influência dos voláteis
desses carvões na redução do minério, mas devido 5 gran -
de imprecisão da pesagem e principalmente da análise
química das pelotas com baixos graus de redução(20-30%)
não f o i possível detectar diferenças.

~ t x a v é sdos ensaios d i n h i c o s de gaseificação con-


segue-se determinar a perda de peso dos carvões, rela-
t i v o 5 saida dos voláteis. Verifica-se que o carvão A
perdeu 35g referente a matéria volgtil enquanto que os
carvões C e D perderam 25 e 28g respectivamente.

1
Observando-se as curvas dos resultados dos ensaios
d i n h i c o s d e redução, não se pode verfficar influencia
da matéria volátil sobre o grau de redução, pois e s t a s
curvas foram cosrigidas em função da quantidade da m a t-é
r i a volátil e do carbono fixo do carvão A. por&, refa-
zendo-se as curvas somente com correção de carbono fixo,
observa-se (aos 30 min) a superioridade obtida com O

carvão A.
A s condições de transmissão de calor também pode-
riam influir nos resultados obtidos com carvões de dife -
rentes teores de cinzas, pois a reação de gaseificaçãoé
grandemente dependente da disponibilidade de calor. Rea -
lizaram-se medições de temperatura no interior da carga
com c a r v ã o , ~e D e nenhuma diferença foi e n c o n t r a d a , de
-
vido à grande p o t ê n ~ i a gerada no forno.

A figura 19,mostra a complexidade do sistema com-


parando-se num balanço de massa a redução de minerio e-
fetuada com carvões de teores de cinzas situados nos
-
dois extremos possiveis(com reatividade parecidas) ,usan
do-se o mesmo volume de carga e a mesma relação C f i x /
Fetot. Observa-se que para produzir a mesma quantidade
de ferro esponja, o carvão A precisa quase o dobro
( 8 4 x 1,4 = 117g) da massa do carvão D. O aproveitamen -
to relativo do carbono f i x o do carvão A é melhor, ~ i & .o. .
teor do Cfix baixa de 0 , 2 4 a 0,10 contra 0 , 4 6 a 0,36
do carvão D. O teor relativamente a l t o do Cfix final
do carvão D deixa margem a um possível reaproveitamen-
to.
Fig . 17 : ~ a z ã ooxiggnio removido/carbono consumido para os
t e s t e s de redução com injeção de água da 3: série.
toso %

Fig. 18: Inchamento em função do grau de redução (GR) para os


a
t e s t e s de redução com injeção de água da 3- série
Red.

F i g . .l9: Balanço de massa dos carvões A e D dos t e s t e s de redução


estáticos com carvões de diferentes teores de cinzas da
série 0.
V I , COMCLUSUES

Para as condições de t e s t e s e equipamentos utilizados,


são válidas as seguintes conclusÕes:

-A partir de 950°c, a adição de H20 proporcionou al-


gum aumento do grau de redução do minério;

- Existe umavazão ótima de H20 a qual proporciona um


máximo grau de redução que 6 função da temperatura;

- de H20 causa consumo adicional de c a r b o n o , p -


A adição
porcional ao aumento da vazão injetada;

;
- A adição de HZO, diminui o inchamento das pelotas. O
menor inchamento o b t i d o , d e v i d o à injeção de H20 se deu na
temperatura d e 1 0 5 0 ~ ~ ;

-0bservaçÕes em microscÓpio Ó t i c o e eletrônico mostra-


ram que a diminuição do inchamento 6 devido a forma de cres-
cimento do f e r r o metálico, que com a presença de H2 cresce
com menor protuberância do que fia redução com C0 puro, e tam-
b k devido a mais rápida sinterização, impedindo alargamento
das f issuras;

-O efeito mais favorável, devido à injeção d e H20, se


. injeção de 0.12 ml/rnin, obtendo-se o mesmo
deu a 1 0 0 0 ~ ~com
grau de redução que a 1 0 5 0 ~sem
~ injeção de H20, e, com um
consumo de carbono apenas 5 % maior;

-A energia necessária para a vaporizasão e aquecimento


da água a 1 0 0 0 ~(considerando-se
~ v = 0.12 rnl/min) é -
aproxi
madamente um quarto da energia requerida para a s reações de
redução e -
gaseificação e também um quarto da energia requeri
da para o aquecimento da carga,

- A adição de água no sistema m i n é r i o ferro mostrou-se


favorável nos s e g u i n t e s aspectos:

. aumento da velocidade de redução das pelotas de miné-


rio;
. menor inchamento as pelotas;

e desfavorável nos que seguem:

. aumento do consumo de carbono;


, consumo adicional de energia para vaporização e aque-
cimento da água até a temperatura desejada.

-Afim de ser verificada a viabilidade da injeçao de á


gua em forno r o t a t i v o i n d u s t r i a l seria preciso a elaboração
de um detalhado estudo abrangendo os seguintes aspectos gené -
ricos:

. modificações causadas nos balanços de massa e ener-


gia;

. mudanças na transmissão de calor;

além de estudos mais específicos, tais como:

. cálculo do abaixamento de temperatura causada pela in


-
jeção de vapor na zona de redução;

. possibilidade de u t i l i z a ç ã o do calor residual dos gg


ses de saida para vaporização da água fora do forno, e n t r e o u
tros fatores inerentes ao processo de redução d i r e t a com r2
dutor s6lido em forno sotativo;
QuanXo a i n ~ l u t n c i ad o feoa d e c i n z a a d o c a ~ v ã ona aua
heaXividade:

- Usando-se carvões desgaseificados notou-se uma leve


tendência de diminuição do grau d e redução do m i n é r i o com o
aumento do teor de cinzas -dos carvões;

- Usando-se carvões ngo desgaseificados, o grau de re-


dução do m i n é r i o diminui mais acentuadamente com o aumento
do teor de cinzas ,dos carvões pré-lavados. O carvão não la-
vado (de maior teor de cinzas) e não desgaseificado , c o n s t- i
tuiu exceção, possuindo elevada reatividade, t a n t o na medida
i n d i r e t a , através do grau de redução do minério, quanto na
medição direta, através do consumo de carbono.
V I I ANEXOS

7.1. T e a t e 4 pheliminarrea de hedução com a d i ç ã o


ãg ua

Os primeiros testes de redução realizados sobre a


-
influência da adição de H20 foram considerados prelimina
res devido as razões já comentadas em 5.1.

mostra as condições em que foram f e i -


A tabela )(Vi11
a
tas a la e 2- séries desses t e s t e s .

Os resultados obtidos constam nas tabelas a X e XX.

Apesar das condições precárias em que se realizam os


t e s t e s preliminares e da má -
reprodutibificlade rlas resul
t a d o s , pode-se observar que não havia vantagem em i n j e t a-
r
se H20 à temperatura de 8 5 0 ' ~ . (Ver tabela IV) .
Observa-
se que a injeção de água não causou g a s t o extra de carbo-
no. Disso conclui-se que não houve praticamente gaseifica -
ção do carvão pelo vapor d'água, ocorrendo preferencial-
mente a oxidação do ferro esponja à gaseificação de car-
vão.

Nas temperaturas d e 950 e 1 0 5 0 ~


os~ resultados m o s -
tram uma tendência de aumento do grau de redução com a
injeção de H 2 0 A 950OC constatou-se que para vazões supe -
riores a '0,12m l / m i n não houve aumento de redução apesar
de haver maior gasto de carbono. A 1 0 5 0 ~ observou-se
~ uma
maior diferença do grau de redução entre testes com e sem
injeção de H 2 0 Nessa temperatura, quanto maior a vazão
de água injetada, maior f o i a redução obtida.

:1 sgrie - 26 série
1 .
carvão Utilizado ~ ã desqaseif
o icado íksqaseificado
cfix/m, O , 43 0133-0,38-0,43
T )
C
'
( 850, 950, 1000 950, 1050

T (min) 15+30c/injeH20 15+30c/injeçãoH20

V (rnl/min) 0-0, 50-0,25 - 0, 125 0,50-0,25-0,125


a
Tabela : X V I I I : C & ~ ~ ~ ~dos
Õ ~ S t e s t e s preliminares (1: e 2. série)

TEMPERATURA vazão Grau Red. Gasto Cfix incham~nto


(OC) ml/min (%I (%I (%I
O 36,8 28 -
850
O125 35,2 28 h

67,9 34 -
67,O 37
74,3 32 -
O, 125 76,O 44 -
4

O, 25 76,4 52 -
. O, 5 0 77,2 51 -
89,2 57 6t2
O 87,5 59 513
95,3 58 1,O
0,125 95,O 56 2,7
0, 25 90,1 75 113
0,50 . 97,3 72 O
a série)
Tabela XIX: Resultados dos testes preliminares (I.
Temperatura vazão Grau de Gasto Cfix ( % )
Cfix (ml/min) Red. ( % )
(OC 1
Fetot
40,6 25,2
O 39,5 26,9

". 40,4 27,4


0,125 ' 41,l 31,9
0,25 41,3 32,6
0,50 45,7 45,5
42,l 27,l
O 46,8 29,6
0,38 43,7 27,2
O, 125 45,O 36,6
O, 25 47,2 36,4
O, 50 44,O 41,l
45,7 -
I

O , 43 O , 125 47,7 -
O, 25 52, O 41,l
0,SO 46,3 38,4
i
64,2 51,1
o
64,l -
O ,125 *69,5-84,O 56,8
O , 33
0,25 *80,5-66,3 -
67,O 35,8
o
0,38 - 71,7 47,4
0,125 76,8 56,3
0,25 81-88* 65,3
O 75,4 45,l
0,125 85,6 I
55,7-
a
Tabela X#:Resultados dos t e s t e s preliminares ( 2 - série)
*~ispersãoe n t r e pesagem e a n á l i s e quimica.

Realizaram-se t e s t e s de gaseificação de carvão a 950O


com C 0 2 , misturas C02-H O e álcool
a 50%. O carvão
empregado foi Butia-Recreio desgaseificado. Utilizou-se
40g de carbono em cada t e s t e e quantidades estequiomé-
tricas de agentes gaseificantes. O perIodo de injeção
*desses agentes foi de 30 min precedido de 30 min de
aquecimento da carga.

As vazões empregadas foram as seguintes:

Os resultadas estão expressos em temos de consumo


de carbono ( 9 ) :
G a s e i f i c a ç ã o p o r C02= 45.5%
Gaseificaçáo por C02 + H20 = 4 9 , 8 %
Gaseificaçáo por C02 + álcool = 17,8%

Observa-se, que na gaseificaçáo com mistura CO+H20,


o consumo de carbono foi quase 10% maior do que c o m C02
puro, demonstrando o efeito positivo de adição de H2°
; na gaseificação de carvão. A adição de álcool não causou
acréscimo algum ao consumo de carbono, ao contrário, o
diminuiu. Provavelmente, o álcool se decompõe em altas
temperaturas em gases como C0 e H2, parte dos q u a i s rea-
ge com parte do C02 causando assim um baixo consumo de
carbono.

Vazão (rnl/min) GR( % ) -Par análise GR ( % I -Por peso


78,3 79,8
O 76,7 76,3
74, O 71,4* -
O, 2 5 77,9 78,4
- 76,3
0,50 69,l 71,l
1,O ' 59,l 60,s
62,l 63,4
" 'h.XXZ &sultados dos testes de r e d e c / a d i e de ~~0(lq série)
vazão GR(%) GRI%)
(ml/min) Por análise . Por peso
71,8 74,2
O 69,7 71,8
79,2 79,2 -
81,l 84,l
0,125
86,l 88,9
0,25 80,7 85,l
80,5 82,7
0,50 70, O 70,7
I
66,9 67,3
1

Tabela X 1 : R e s u l t a d o s dos testes de redução c/adição de


H ~ (2a O série)

~azãc GR ( % ) por GR(%) por Consumo de Inchamento


(ml/min) análise peso carbono I%)
64,9 65,3 45,l -
O 61,4 63,s 42,O 27,6
60,9 61,9 37,8 23,7
0,07 67,6 68,8 46, O 23,6
66,8 67,6 42,7 -
O, 125 67,5 68,2 52,2 24,2
68,5 69,5 47,6
O, 25 63,5 64,3 54,5 25,6
61,4 63,4 55,2 19,O

Tabela ~ 1 I : R e s u l t a d o sdos t e s t e s de r e d u ~ ã ocom adição de


água (3a s é r i e )
a) Testes a 9 5 0 ~ ~
vazão GR(%) Consumo de Inchamento
(ml/min) por análise por peso Carbono(%) !%I
73,0* 78,8 52,l 29,7
80,6 80.3 48,5 34,6
74,8* 81,2 - 35,7
-
82,l 82,4 52,4
80,5 50,2 -
0,04

O, 0 7

O, 125

0.25
r
b) T e s t e

Vazão GR(%) GR ( % Consumo de Inchamento


(ml/min) por análise por peso Carbono ( % ) (%
84,9 86,2 53,7 35,3
O 92,2 88,9 64,8 36,2
90,5 87,7 59 9 33,4
O, 07 93,3 94,3 56.5 -
91,3 91,5 67,O 24,8
0,12 94,6 93, O 66,3 22,6
95,9 94,9 65.5 -
96,9 97,8 72,5 20,4
1 94,2 95,1 85,0* , - 22,l
c) Teste a 1 0 5 0 ~ ~
vazão GR(%l GR(%) Consumo de Carbono
(ml/min) por análise por p.eso
O 73,7 77,8 42,5
72,6 73, O 44,5
O, 12 8l,6 83,7 42,4
84,5 86,9 52,8
O , 25 84,3 87,7 50,7
85,6 86,6 52,4
0,34 88,3 89,3 57,4
86,4 88,5 54, O
Tabela resultados dos t e s t e s de redução com adição de
mistura álcool e água

carvão GR(%)por análise GP(%) por peso

50,s 49,8
A
50,2 50,5

46,3* 46,2*
B
51,3 52,l

C - 53,O

D 53,9 54,5
54,4 55,4

E - 53,8
Tabel:a, XXY:Resultados dos t e s t e s de redução e s t á t i c o s , com
carvões de diversos teores d e cinzas da série
c carvões desgaseificados)
carvão GR(%) por a n á l i s e GR(%) por peso

A 65,O 66,O
66,7 66,8
C 66,8 66,5
65,8 66,2 e

D 68,2 68,2
64,4 66,O
Tabela XWI: Resultados dos t e s t e s de redução e s t á t i -
cos.com carvões de diversos teores de
cinzas da série c carvões desgaseificados)

Carvão GR(%) por análise GR(%) por peso

A 80,7 80,O
81,6 83,2

B 81,s 71,7
O
74,7 75,7

C 78,7 89,2*
79,3 -
D 86,O 84,9
84,6 81,5
r -

Tah4-a XXSrS1:Resultados dos t e s t e s estáticos d e redu-


ção com carvão de diversos teores d e cin
z a s da série carvões não desgaseifica-
dos).
Sug ebSÜea paaa t h a b a ~ k o d dukuhoa

- Realizar t e s t e s de redução com injeção de


água analisando os gases de saída, para se obter melhor
esclarecimento dos mecanismos ocorridos.
- Testar a 1050°c, vazzes mais a l t a s do que
as empregadas n e s t e t r a b a l h o , a fim de se verificar um
máximo do grau de redução.
-
Testar a influência do teor de c i n z a s sobre
a reatividade com outros carvões sulbrasileiros, reali-
zando separação densimétricas das frações em laboratório
para evitar a possibilidade de misturas de carvões.

-
Realizar medições de p o r o s i d a d e , com equipa
-
r mento apropriado, dos carvões antes e apõs a lavagem e
a desgaseificação.
-
Realizar estudo petrográfico, mais aprofun-
dado, das variações ocorridas após a retirada das cinzas
e após a desgaseificação.
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