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RELATÓRIO DE AUDITORIA
Para melhor entendimento da obra relativa ao Lote 1.5 (Convênio nº 654932) da BR-210,
cabe informar que ela faz parte de um conjunto de obras de restauração no estado de
Roraima, quais sejam: Convênios SIAFI nºs 654698 (Lote 1.1 – BR-174), 656537 (lote
1.2 – BR-174), 657515 (Lote 1.3 – BR-174) e 654931 (Lote 1.4 – BR-174).
Ressalta-se que os contratos referentes aos outros lotes já foram objeto de fiscalização
desta CGU Regional e retratados nos seguintes Relatórios de Demandas Especiais: RDE
nº 00190.025389/2011-77 (Lote 1.1), RDE nº 00190.025388/2011-22 (Lote 1.2), RDE nº
00190.025386/2011-33 (Lote 1.4), e Relatório de Auditoria nº 201408089 (Lote 1.3).
Destaca-se ainda que todos os lotes mencionados já foram fiscalizados pelo TCU, que
identificou sobrepreço nos contratos no valor de R$ 27.377.980,59, quando somados
todos os lotes (Lote 1.1: R$ 3.684.258,61 - Contrato nº 32/2010; Lote 1.2: R$
11.352.531,56 - Contrato nº 33/2010; Lote 1.3: R$ 4.843.143,79 - Contrato nº 34/2010;
Além do considerável montante disponibilizado nas obras, outro fator preponderante para
o acompanhamento da execução dos citados convênios está na inegável importância
socioeconômica das rodovias em questão: a BR-174, ao servir como única via de acesso
terrestre do Estado de Roraima com o restante do território brasileiro; e a BR-210, com
papel estratégico de interligar Roraima ao Amapá, passando pelo Estado do Pará,
servindo, no futuro, de outra via terrestre de ligação de Roraima ao restante do território
nacional.
Os trabalhos relativos à fiscalização do Lote 1.5 da BR-210 foram realizados nos anos de
2016 e 2017, compreendendo o planejamento da fiscalização, a análise da documentação
fornecida pela Conveniada, os pedidos de esclarecimentos e manifestações, a fiscalização
“in loco” das obras e a elaboração deste relatório. Os trabalhos de campo para a inspeção
física dos serviços em execução foram realizados no período de nove a doze de outubro
de 2017.
I – ESCOPO DO TRABALHO
Fato
Para o subtrecho definido como Lote 1.5, o DNIT celebrou com o Governo do Estado de
Roraima o Termo de Compromisso (TC) n.º 773/2009, publicado no DOU em 28 de
dezembro de 2009, tendo como interveniente executora a Secretaria de Estado de
Infraestrutura de Roraima (SEINF/RR). O objeto do TC consiste na execução dos
serviços de recuperação da BR-210/RR, Trecho: Div. PA/RR – Div. RR/AM, Subtrecho:
S. João da Baliza – Entroncamento BR-174(A)/RR-170(Novo Paraiso), Segmento: km
113,00 – km 178,50, Extensão : 65,50, Código PNV: 210BRR0420 a 210BRR440,
segundo Projetos Básico e Executivo elaborados pela empresa Strata Engenharia Ltda –
CNPJ: 38.743.357/0001-32. O quadro a seguir apresenta o mapa de situação do trecho
referente ao Lote 1.5 da BR-210, objeto deste relatório.
O quadro a seguir apresenta as soluções dadas pela empresa Strata Engenharia Ltda para
o pavimento do Lote 1.5 da BR-210/RR, soluções no Projeto Básico e Executivo.
d) Pontes
Sobre a ponte do Rio Anauá (Est. 2102+19,97 a
Est. 2109+7,06) deverá ser utilizado o CBUQ
enquadrado na Faixa “C” da especificação do
DNIT 031/2006 ES, executado com a espessura
constante de 3,0 cm, precedida de uma pintura de
ligação com emulsão do tipo RR-1C. Este
Pelo quadro acima, e até mesmo pelo tempo decorrido entre uma solução e outra, verifica-
se que são soluções distintas.
Cabe destacar que o Projeto Básico foi aprovado pela Portaria DNIT nº 1.474, de 25 de
novembro de 2009, e o Projeto Executivo pela Portaria DNIT nº 1.463, de 31 de dezembro
de 2013.
De uma análise rápida, nota-se que a diferença de orçamento do Projeto Básico para o
Executivo, no valor de R$ 5.467.913,39 (R$ 78.646.866,18 – R$ 73.178.952,79), foi
devida, principalmente, ao item Pavimentação, pois a solução do Executivo, mesmo após
o tempo decorrido, mostrou-se mais econômica para a Administração.
Assim, para melhor compreensão, passamos a discorrer sobre a primeira licitação que
teve como base o Projeto Básico. E após, sobre a segunda, que teve como base o Projeto
Executivo.
o#tF
a/
1.1.1.2 INFORMAÇÃO
Fato
Da primeira licitação da obra, Concorrência nº 005/2010, que teve como base o Projeto
Básico de 2009, sagrou-se vencedora a empresa Construtora Meirelles Mascarenhas Ltda.
– CNPJ: 03.477.793/0001-22.
Ressalta-se que somente duas empresas participaram da referida licitação e que a empresa
vencedora CMT Engenharia Ltda, CNPJ: 17.194.077/0001-42, apresentou a proposta no
valor de R$ 78.410.141,11.
Foi verificado que a Empresa apresentou a Matrícula CEI nº 51.206.49260/70 para obra
em questão.
Para esse contrato foram realizadas 25 medições e uma medição indenizatória, uma vez
que o contrato foi rescindido amigavelmente. A 25ª medição realizada foi uma de ajuste,
assim, o quadro a seguir apresenta os valores pagos no referido contrato.
Sobre o Acórdão TCU nº 1994/2010, objetivo da 25ª medição, faremos um breve relato
a seguir.
Assim, como a Empresa só mediu parte dos serviços de terraplanagem, o valor total
medido de forma antieconômica foi de R$ 1.306.248,44, conforme tabela a seguir.
1.1.1.3 CONSTATAÇÃO
Fato
Esse serviço não foi medido e pago com recursos da conta do TC nº 773/2009, pois fez
parte da medição dita Indenizatória, paga com recursos exclusivos do Governo do Estado
de Roraima.
A Composição de Preço Unitária (CPU) utilizada para justificar o preço de R$ 86,15 foi
apresentada na Medição Indenizatória, na qual consta a utilização de areia comercial, no
valor de R$ 36,00, em detrimento da areia extraída, que é mais viável economicamente,
uma vez que no trecho há areais (jazidas de areia), conforme projetos básico e executivo
da Obra. Além disso, as areias dos areais existentes apresentam Equivalente de Areia
acima de 60%, sendo que a indicação usual para areia de Camada Drenante é Equivalente
de Areia acima de 35%, porém não foi apresentada justificativa para não utilização da
areia extraída.
Com a utilização da areia extraída, de custo em torno de R$ 6,57 (SICRO 1 A 01 170 01),
o preço final do m³ da Camada Drenante de Areia seria de R$ 27,16, bem abaixo do valor
pago de R$ 86,15.
Logo, considerando que a areia utilizada foi comercial, desde que a empresa apresente as
devidas notas fiscais, o preço final do m³ da Camada Drenante de Areia seria de R$ 56,75,
havendo, portanto, superfaturamento de R$ 479.833,58.
Esse serviço foi medido e pago com recursos da conta do TC nº 773/2009, e da medição
Indenizatória, paga com recursos exclusivos do Governo do Estado de Roraima.
O preço desse serviço no Projeto Básico foi de R$ 48,94, preço esse muito acima da
realidade da época, por dois motivos: utilização de uma CPU (SICRO 5 S 06 410 00) com
erro de índices de mão-de-obra e Distância Média de Transporte (DMT) não condizente
com a realidade. Esses erros poderiam ter sido evitados com uma simples consulta de
outra CPU (SICRO 2 S 06 410 00) que apresentava os índices corretos, e com a correção
da DMT considerando o Município de Rorainópolis/RR como fornecedor de madeira.
Assim, após essas correções, o preço final desse serviço seria de R$ 17,59, bem abaixo
do valor pago de R$ 48,73. Vale frisar que a CPU entregue pela empresa vencedora foi a
SICRO 2 S 06 410 00, ou seja, não havia motivo algum para o erro, pois nessa não havia
erro.
Outro fator que comprova o sobrepreço nesse serviço é que no Projeto Básico (orçamento
de maio de 2009) o valor foi de R$ 48,94 e, quatro anos após, no Projeto Executivo
(orçamento de julho 2013) o valor foi de R$ 19,48. Logo, esse valor de R$ 19,48 do mês
de julho de 2013 levado pelo INCC ao mês de maio de 2009, época do Projeto Básico,
seria equivalente a R$ 14,51 (R$ 19,48/1,342), ao invés dos R$ 48,94 cotados.
Ressalta-se que o Pagamento Indevido é o pagamento de algo que não deveria ter sido
pago, ou seja, é o ganho sem causa, e se caracteriza quando do desembolso do recurso
sem a devida prestação do serviço ou entrega do produto, ou devido ao pagamento
superfaturado (superfaturamento).
Baseado nas definições acima, temos que houve Pagamento Indevido por:
a) Superfaturamento por Sobrepreço e Distorções Qualitativas, pois utilizou-se de
areia comercial em detrimento de solução mais econômica com utilização de areia
extraída, sem apresentar justificativa técnica para isso, no serviço de Camada
Drenante de Areia, totalizando o valor de R$ 962.768,12;
b) Em uma segunda hipótese, após apresentação das notas fiscais e devidas
justificativas técnicas, Superfaturamento por Sobrepreço no serviço de Camada
Drenante de Areia com a utilização de areia comercial, totalizando o valor de R$
479.833,58;
c) Superfaturamento por Sobrepreço no serviço de Cerca de Arame Farpado com
Suporte de Madeira, totalizando o valor de R$ 2.411.201,34; e
d) Pagamento inadequado da Instalação de Usina de Asfalto, sem previsão alguma
de execução de serviços de pavimentação, totalizando o valor de R$ 79.658,95.
Causa
O CGU solicita apresentação de cópia de Nota Fiscal de compra de areia para se for o
caso, aceitar o custo de compra do referido material. Ocorre que decorrido mais de 6
anos da efetivação da 25ª medição de fevereiro de 2012, oficializada e, 03/03/2012, tais
documentos não se encontram mais, nos guardados de fácil acesso.
Todavia, ainda empenhamos esforços para localiza-los, principalmente pelo fato do
referido insumo ter sido adquirido por valor superior ao ofertado.
Ademais, inobstante o projeto ter indicado locais de jazidas de areia, tais materiais não
se mostraram presentes com as características descritas e nem nas quantidades
esperadas. Uma das áreas se tratava de um único local de pastagem de um pequeno
Ainda em relação ao serviço de 'camada drenante com areia' importa informar que a
CMM, procurando alcançar a melhor forma de rescisão consensual, mesmo ciente das
perdas com deste serviço, aceitou acatar o critério de medição e o preço sugerido.
Mesmo para material arenosos, o DNIT determina que os projetos adotem a relação
corte/aterro de 30% em função de diversos fatores, entre eles o empolamento,
adensamento/compactação, perda, etc. reafirme-se, é incontestável a ocorrências da
relação corte aterro de 30%.
Ademais, para este caso, é incontroverso que deveria ter sido considerado a perda do
volume de areia, por abatimento, no fundo das áreas de remoção de solo mole, que nas
obras chegam a 20% de perda, dependendo da relação entre a área de fundo e o volume
da camada de areia.
Na hipótese de redução de qualquer preço contratado, incluindo este de 'camada
drenante com areia', os consumos dos insumos e as quantidades medidas devem ser
recalculados para o que de fato ocorreu durante a execução da obra.
Conforme relatado pela CGU, o Contrato 031/2010 foi auditado pelo TCU, quando
foram apontados serviços com potencial para gerar prejuízo ao Erário e determinado
que a Contratada aceitasse as reduções indicadas no Acórdão.
(...)
Ocorre que, deste a auditoria realizada pelo TCU em 2010, os preços contratados para
o serviço de 'cercas de arrame farpado com mourão madeira seção quadrada' fez parte
do rol dos preços auditados.
(...)
Em que pese, ser uma situação que parece uma perda para a Contratante, em sentido
contrário, também ocorreram situações que manifestam perdas para a Contratada.
A CMM contratou a garantia da obra pelo período de vigência do contrato, todavia, não
foi devidamente remunerado, em função do cancelamento do Contrato. A Contratada
incorreu no custo integral da garantia, que seria integralmente remunerada com
conclusão da obra pelo percentual de 0,25% sobre o valor do contrato, conforme previsto
no BDI, que corresponde a R$ 193.372,95 desembolso.
O mesmo pode-se afirmar das despesas com a administração da obra, que foi
integralmente incorrida no prazo regular do Contrato de 2 anos de obras, tendo em vista
que todas as funções administrativas foram mobilizadas e apenas uma pequena parcela
foi remunerado.
Sobre a alegação que não foi considerado o adensamento da areia, informa-se que o
serviço de camada drenante de areia tem como critério de medição a camada já adensada
e que na CPU já há a previsão de 15% a mais do insumo areia. Logo, não há sentido em
se falar da medição mais empolamento/adensamento.
Ressalta-se que o pagamento indevido nesse serviço foi com recursos exclusivos do
Estado de Roraima, cabendo aos órgãos competentes as ações respectivas de
ressarcimento.
Ressalta-se que nesse serviço os pagamentos indevidos foram uma parte com recursos
exclusivos do Estado de Roraima e a outra parte com recursos do convênio. Assim, com
recursos do convênio foram pagos indevidamente R$ 2.091.720,01, e com recursos
exclusivos do Estado de Roraima foram pagos R$ 319.481,33, cabendo aos órgãos
competentes as ações respectivas de ressarcimento.
Recomendações:
Recomendação 1: Recomenda-se ao DNIT-Sede tomar as medidas cabíveis para o
ressarcimento do valor de R$ 2.171.378,96 referente aos pagamentos indevidos nos
1.1.1.4 INFORMAÇÃO
Fato
Da segunda licitação da obra, Concorrência nº 01/2014, que teve como base o Projeto
Executivo de 2013, sagrou-se vencedora a empresa Cavalca Construções e Mineração
Ltda – CNPJ: 79.201.539/0001-69, única participante da licitação.
Foi verificado que a empresa apresentou a Matrícula CEI nº 51.224.05173/77 para obra
em questão.
Para esse contrato, até o momento, foram pagas 41 medições de serviços e 38 medições
de reajustamento, de acordo com os volumes 1 a 60 do Processo nº 021101.000507/14-
00 fornecidos pela SEINF-RR.
Verifica-se que para o pagamento de cada medição, são emitidas seis notas fiscais,
separadas por três municípios do Estado de Roraima (Caracaraí, São Luiz do Anauá e São
João da Baliza), devido ao ISSQN, e por origem do recurso, concedente (Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT) e convenente (Governo do Estado de
Roraima). Portanto, no quadro anterior há 246 notas fiscais emitidas pela empresa
Cavalca Construções e Mineração Ltda., que totalizam R$ 56.017.358,07.
Verifica-se, no quadro a seguir, que não houve reajustamento das primeiras quatro
medições e não há a 38ª Medição de reajustamento, pois nos volumes 1 a 60 do Processo
nº 021101.000507/14-00 fornecidos pela SEINF-RR não constava essa medição e nem
documentação comprobatória dos pagamentos. Portanto, no quadro a seguir há cento e
catorze notas fiscais de reajustamento emitidas pela empresa Cavalca Construções e
Mineração Ltda., que totalizam R$ 6.831.070,28.
São
São João
Município João da São Luiz Caracaraí São Luiz Caracaraí
da Baliza
Baliza
5ª a 16ª 577 579 581 578 580 582
05/11/2015
1.131.505,76 2.579,83 18.975,35 12.389,99 83.414,61 613.536,37 400.609,61
17ª a 21ª 643 644 645 646 647 648
22/12/2015
200.125,37 456,29 3.356,10 2.191,37 14.753,24 108.513,98 70.854,39
22ª 670 671 672 673 674 675
02/02/2016
73.831,70 168,34 1.238,16 808,46 5.442,87 40.033,76 26.140,11
23ª 685 686 687 688 689 690
26/02/2016
304.413,09 694,06 5.105,01 3.333,32 22.441,33 165.061,91 107.777,46
24ª 721 722 723 724 725 726
19/04/2016
368.632,04 840,48 6.181,96 4.036,52 27.175,56 199.883,35 130.514,17
25ª 795 796 797 798 799 800
31/05/2016
115.338,77 262,97 1.934,23 1.262,96 8.502,78 62.540,14 40.835,69
São
São João
Município João da São Luiz Caracaraí São Luiz Caracaraí
da Baliza
Baliza
26ª 828 829 830 831 832 833
27/06/2016
43.716,23 99,68 733,12 478,69 3.222,76 23.704,25 15.477,73
27ª 859 860 861 862 863 864
09/07/2016
29.371,67 66,97 492,56 321,62 2.165,28 15.926,20 10.399,04
28ª 909 910 911 912 913 914
10/08/2016
15.207,53 34,68 255,03 166,52 1.121,10 8.245,98 5.384,22
29ª 969 970 971 972 973 974
27/09/2016
24.274,00 55,35 407,08 265,80 1.789,48 13.162,09 8.594,20
30ª 1001 1002 1003 1004 1005 1006
14/10/2016
20.692,23 47,19 347,01 226,58 1.525,43 11.219,95 7.326,07
31ª 1064 1065 1066 1067 1068 1069
22/11/2016
34.333,83 78,29 575,78 375,96 2.531,09 18.616,83 12.155,88
32ª 1120 1121 1122 1123 1124 1125
15/12/2016
492.325,14 1.122,51 8.256,29 5.390,96 36.294,21 266.953,46 174.307,71
33ª 1132 1133 1134 1135 1136 1137
15/12/2016
61.665,70 140,61 1.034,13 675,24 4.545,99 33.437,00 21.832,73
34ª 1182 1183 1184 1185 1186 1187
03/01/2017
1.116.111,01 2.544,74 18.717,18 12.221,42 82.279,71 605.188,87 395.159,09
35ª 1235 1236 1237 1238 1239 1240
14/02/2017
223.623,39 509,87 3.750,16 2.448,68 16.485,52 121.255,31 79.173,85
36ª 1252 1253 1254 1255 1256 1257
13/03/2017
1.635.883,13 3.729,81 27.433,76 17.912,92 120.597,31 887.024,91 579.184,42
37ª 1279 1280 1281 1282 1283 1284
11/04/2017
770.053,80 1.755,72 12.913,80 8.432,09 56.768,37 417.546,27 272.637,55
39ª 1387 1388 1389 1390 1391 1392
13/06/2017
169.965,89 387,52 2.850,33 1.861,13 12.529,89 92.160,60 60.176,42
Fonte: Medições de reajustamento do Contrato nº 38/2014.
1.1.1.5 CONSTATAÇÃO
Fato
Na CPU apresentada pela empresa para justificar o preço de R$ 67,92, consta a utilização
de areia comercial, no valor de R$ 17,50, em detrimento da areia extraída, que é mais
viável economicamente, uma vez que no trecho há areais (jazidas de areia), conforme
projetos básico e executivo da obra. Além disso, as areias dos areais existentes apresentam
Equivalente de Areia acima de 60%, sendo que a indicação usual para areia de Camada
Drenante é Equivalente de Areia acima de 35%, porém não foi apresentada justificativa
para não utilização da areia extraída.
Na CPU apresentada pela empresa para justificar o preço de R$ 84,81, consta a utilização
de areia comercial, no valor de R$ 17,50, em detrimento da areia extraída, que é mais
viável economicamente, uma vez que no trecho há areais (jazidas de areia). Ressalta-se
que, no próprio Projeto Executivo, está prevista a utilização de areia extraída dos Areais
A-1 e A-2, em cumprimento das determinações constantes do Acórdão do TCU nº
1994/2010, porém, de forma equivocada, no orçamento do Projeto Executivo está
constando areia comercial.
Tabela – Cálculo do superfaturamento para Base Est. Gran. com 20% de Areia
Na CPU apresentada pela empresa para justificar o preço de R$ 0,32, consta a utilização
de areia comercial, no valor de R$ 17,50, em detrimento da areia extraída, que é mais
viável economicamente, uma vez que no trecho há areais (jazidas de areia). Ressalta-se
que no próprio Projeto Executivo está prevista a utilização de areia extraída dos Areais
A-1 e A-2, porém, de forma equivocada, no orçamento do Projeto Executivo está
constando areia comercial.
Baseado nas definições já citadas neste relatório, temos que houve Pagamento Indevido
por:
a) Superfaturamento por Sobrepreço e Distorções Qualitativas, pois utilizou-se de
areia comercial em detrimento de solução mais econômica com utilização de areia
extraída, sem apresentar justificativa técnica para isso, no serviço de Camada
Drenante de Areia, totalizando o valor de R$ 110.850,74;
b) Superfaturamento por Sobrepreço, pois utilizou-se o preço de areia comercial em
detrimento de solução mais econômica com utilização de areia extraída,
contrariando o Projeto Executivo e o Acórdão TCU nº 1994/2010, sem apresentar
justificativa técnica para isso, no serviço de Base Estabilizada
Granulometricamente com Mistura de 20% de Areia, totalizando o valor de R$
554.516,32;
c) Superfaturamento por Sobrepreço, pois utilizou-se o preço de areia comercial em
detrimento de solução mais econômica com utilização de areia extraída,
contrariando o Projeto Executivo, sem apresentar justificativa técnica para isso,
no serviço de Arenado Asfáltico, totalizando o valor de R$ 28.855,71.
Causa
Recomendações:
Recomendação 1: Recomenda-se ao DNIT-Sede tomar as medidas cabíveis para o
ressarcimento do valor de R$ 665.367,06, referente aos serviços de camada drenante de
areia e base estabilizada com mistura de areia, pagos indevidamente no convênio TC nº
773/2009.
1.1.1.6 CONSTATAÇÃO
Fato
Causa
4 - Compactação de aterros.
Não foi apresentada a dita 1ª Revisão em Fase de Obras com a justificativa para esse
pagamento a maior quando comparados os dois contratos da referida obra.
Recomendações:
Recomendação 1: Recomenda-se ao DNIT-Sede tomar as medidas cabíveis para o
ressarcimento do valor de R$ 1.717.342,23, referente aos serviços de terraplenagem,
pagos indevidamente no convênio TC nº 773/2009.
III – CONCLUSÃO
Em face dos exames realizados, somos de opinião que a Unidade Gestora deve adotar
medidas corretivas com vistas a elidirem os pontos ressalvados nos itens:
1.1.1.3. Pagamentos indevidos referentes aos serviços de camada drenante de areia, cerca
de arame farpado e instalação de usina de asfalto totalizando R$ 3.453.628,41 (PI) no
Contrato nº 31/2010, referente à obra de restauração do Lote 1.5 da BR-210. Cabe
destacar que nesses serviços os pagamentos indevidos foram realizados com recursos de
ambas as partes integrantes do Convênio: União e Estado de Roraima. Com recursos da
União foram pagos indevidamente R$ 2.171.378,96, e no tocante ao Estado de Roraima,
R$ 1.282.249,45, cabendo aos órgãos competentes as ações respectivas de ressarcimento.