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Este trabalho faz parte de um conjunto de auditorias

realizadas com a finalidade de verificar a correta


execução de obras públicas em rodovias federais
localizadas no Estado de Roraima.
Ministério da Transparência e Apresentam-se, a seguir, as principais conclusões da
Controladoria-Geral da União auditoria, com base nos exames realizados:
___________________________ 1. Houve pagamentos indevidos referentes aos
serviços de camada drenante de areia, cerca de arame
RELATÓRIO Nº 201601654 farpado e instalação de usina de asfalto, totalizando R$

Este Relatório contempla os 3.453.628,41 (PI) no Contrato nº 31/2010. Cabe


resultados da auditoria realizada destacar que com recursos da União foram pagos
nos anos de 2016 e 2017 sobre as indevidamente R$ 2.171.378,96, e do Estado de
obras de restauração do Lote 1.5 Roraima R$ 1.282.249,45, cabendo aos órgãos
da BR-210/RR, do competentes as ações respectivas de ressarcimento.
objeto
Convênio nº 654932 (TC nº 2. Pagamentos indevidos por utilização de areia
773/2009), firmado entre o comercial em detrimento da areia extraída, totalizando
Departamento Nacional de R$ 665.367,06 (PI) no Contrato nº 38/2014.
Infraestrutura de Transportes – 3. Pagamentos indevidos relativos aos serviços de
DNIT e o Governo do Estado de terraplenagem nos contratos nº 31/2010 e 38/2014,
Roraima, no R$ Convênio nº 654932 (TC nº 773/2009), firmado entre
valor de
76.287.460,20, publicado no o Departamento Nacional de Infraestrutura de
DOU, em 28 de dezembro de Transportes – DNIT e o Governo do Estado de
2009, em atendimento à Roraima, no valor de R$ 1.717.342,23 (PI).
determinação contida na Ação de Em virtude disso, recomendou-se ao DNIT-Sede
Controle nº 201601654. tomar as medidas cabíveis para o ressarcimento dos
valores pagos indevidamente com recursos públicos
da União.

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SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

Unidade Auditada: SUPERINTEND. REG. NOS ESTADOS AM/RR - DNIT


Município - UF: Boa Vista - RR
Relatório nº: 201601654
UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO
ESTADO DE RORAIMA

RELATÓRIO DE AUDITORIA

Senhor Superintendente da CGU-Regional/RR,

Este Relatório apresenta os resultados da ação de controle realizada sobre as obras de


restauração do Lote 1.5 da BR-210/RR, objeto do Convênio nº 654932 (TC nº 773/2009),
firmado entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT e o
Governo do Estado de Roraima, no valor de R$ 76.287.460,20, publicado no DOU, em
28 de dezembro de 2009, em atendimento à determinação contida na Ação de Controle
nº 201601654.

Para melhor entendimento da obra relativa ao Lote 1.5 (Convênio nº 654932) da BR-210,
cabe informar que ela faz parte de um conjunto de obras de restauração no estado de
Roraima, quais sejam: Convênios SIAFI nºs 654698 (Lote 1.1 – BR-174), 656537 (lote
1.2 – BR-174), 657515 (Lote 1.3 – BR-174) e 654931 (Lote 1.4 – BR-174).

Ressalta-se que os contratos referentes aos outros lotes já foram objeto de fiscalização
desta CGU Regional e retratados nos seguintes Relatórios de Demandas Especiais: RDE
nº 00190.025389/2011-77 (Lote 1.1), RDE nº 00190.025388/2011-22 (Lote 1.2), RDE nº
00190.025386/2011-33 (Lote 1.4), e Relatório de Auditoria nº 201408089 (Lote 1.3).

Destaca-se ainda que todos os lotes mencionados já foram fiscalizados pelo TCU, que
identificou sobrepreço nos contratos no valor de R$ 27.377.980,59, quando somados
todos os lotes (Lote 1.1: R$ 3.684.258,61 - Contrato nº 32/2010; Lote 1.2: R$
11.352.531,56 - Contrato nº 33/2010; Lote 1.3: R$ 4.843.143,79 - Contrato nº 34/2010;

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Lote 1.4: R$ 4.869.116,31 - Contrato nº 30/2010; e Lote 1.5: R$ 2.628.930,32 – Contrato
nº 31/2010).

Além do considerável montante disponibilizado nas obras, outro fator preponderante para
o acompanhamento da execução dos citados convênios está na inegável importância
socioeconômica das rodovias em questão: a BR-174, ao servir como única via de acesso
terrestre do Estado de Roraima com o restante do território brasileiro; e a BR-210, com
papel estratégico de interligar Roraima ao Amapá, passando pelo Estado do Pará,
servindo, no futuro, de outra via terrestre de ligação de Roraima ao restante do território
nacional.

Cabe informar, no intuito de uma melhor compreensão dos serviços relacionados à


restauração das citadas rodovias, que o trecho da BR-174/RR foi dividido em quatro sub-
trechos (Lotes 1.1 a 1.4), com início na divisa dos estados do Amazonas e Roraima,
seguindo na direção norte até o encontro com a BR-210/RR, e, posteriormente, seguindo
na direção noroeste até o ponto final, na cidade de Caracaraí/RR. O Lote 1.5 consiste no
trecho localizado na BR-210/RR. Destaca-se que foram realizados procedimentos
licitatórios distintos para a contratação das empresas responsáveis pelos serviços em cada
um dos Lotes de 1.1 a 1.5. Além das cinco licitações correspondentes aos trechos a serem
recuperados, realizou-se uma licitação específica para a supervisão das obras de
recuperação dos lotes citados. Essa licitação, por sua vez, foi dividida em dois lotes
distintos: Item 1 - Supervisão das obras contratadas nos Lotes 1.1; 1.2; 1.3 e 1.4 da BR-
174/RR, e Item 2 – Supervisão das obras contratadas no Lote 1.5 da BR-210/RR.

Os trabalhos relativos à fiscalização do Lote 1.5 da BR-210 foram realizados nos anos de
2016 e 2017, compreendendo o planejamento da fiscalização, a análise da documentação
fornecida pela Conveniada, os pedidos de esclarecimentos e manifestações, a fiscalização
“in loco” das obras e a elaboração deste relatório. Os trabalhos de campo para a inspeção
física dos serviços em execução foram realizados no período de nove a doze de outubro
de 2017.

Os trabalhos de fiscalização foram realizados a partir da análise do processo licitatório e


da execução físico-financeira dos contratos dele resultantes, com vistas a avaliar, dentre
outros, a conformidade dos projetos de engenharia, as propostas apresentadas na licitação,
composição unitária dos itens em confronto com o SICRO, as memórias de cálculo e
quantitativos de serviços medidos, os relatórios de supervisão dos contratos; bem como
verificar a possibilidade da ocorrência de direcionamento da licitação e
superfaturamento/sobrepreço ou de pagamento antecipado na execução das obras.

Os resultados pormenorizados dos trabalhos relacionados ao Lote 1.5 estão descritos a


seguir, nas quais estão relatadas as informações e constatações relacionadas às situações
contidas nas demandas apresentadas, as manifestações do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT) e do Governo do Estado de Roraima e as devidas
análises desta CGU Regional.

I – ESCOPO DO TRABALHO

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Os trabalhos foram realizados nos Municípios de Boa Vista/RR, Caracaraí/RR, São Luiz
do Anauá/RR e São João da Baliza/RR nos anos de 2016 e 2017, em estrita observância
às normas de auditoria aplicáveis ao serviço público federal, objetivando o
acompanhamento concomitante dos atos e fatos de gestão ocorridos no período de
abrangência do trabalho.

II – RESULTADO DOS EXAMES


1 GESTÃO OPERACIONAL
1.1 Gerenciamento de Processos Operacionais
1.1.1 FISCALIZAÇÃO EXECUÇÃO DA AÇÃO GOVERNAMENTAL
1.1.1.1 INFORMAÇÃO

Informações relativas aos Projetos Básicos e Executivos de restauração do Lote 1.5


da BR-210.

Fato

Para o subtrecho definido como Lote 1.5, o DNIT celebrou com o Governo do Estado de
Roraima o Termo de Compromisso (TC) n.º 773/2009, publicado no DOU em 28 de
dezembro de 2009, tendo como interveniente executora a Secretaria de Estado de
Infraestrutura de Roraima (SEINF/RR). O objeto do TC consiste na execução dos
serviços de recuperação da BR-210/RR, Trecho: Div. PA/RR – Div. RR/AM, Subtrecho:
S. João da Baliza – Entroncamento BR-174(A)/RR-170(Novo Paraiso), Segmento: km
113,00 – km 178,50, Extensão : 65,50, Código PNV: 210BRR0420 a 210BRR440,
segundo Projetos Básico e Executivo elaborados pela empresa Strata Engenharia Ltda –
CNPJ: 38.743.357/0001-32. O quadro a seguir apresenta o mapa de situação do trecho
referente ao Lote 1.5 da BR-210, objeto deste relatório.

Quadro – Mapa de situação do subtrecho definido como Lote 1.5 da BR-210/RR

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Fonte: Projeto Executivo da Obra elaborado pela Strata Engenharia Ltda.

O quadro a seguir apresenta as soluções dadas pela empresa Strata Engenharia Ltda para
o pavimento do Lote 1.5 da BR-210/RR, soluções no Projeto Básico e Executivo.

Quadro – Soluções para o pavimento do Lote 1.5 da Br-210/RR


Projeto Básico - Nov/2009 Projeto Executivo – Dez/2013
a) Pavimento existente: a) Pavimento existente:
Situação I – Reciclagem da Base com Reconfecção da base existente
incorporação do Revestimento e adição de Brita Detalhamento Executivo
01 (20%) e cimento (4%) + • Reconfecção da base existente com adição de
Reforço material granular, espessura de 20 cm;
Detalhamento Executivo • Base Estabilizada Granulometricamente com
• Reciclagem do revestimento e base existentes (15 adição de 20% de areia, espessura de 15 cm;
cm) + adição de 20% de Brita 01 e 4% de cimento • Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à
em peso; taxa de 1,5 l/m²;
• Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à • Pintura de Ligação com emulsão RR-1C, taxa de
taxa de 1,5 l/m²; 0,4 l/m²; e
• Camada Anti Reflexão de Trincas (CART – TSD • Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa
com polímeros); “C”, espessura de 5,0 cm.
• Pintura de Ligação com emulsão RR-2C, taxa de
0,5 l/m²;
• Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa
“C” espessura de 5,0 cm.
Situação II – Reconstrução do Pavimento
(RECON)
Detalhamento Executivo
• Remoção do revestimento (espessura = 2,5cm) e,
Base + Sub-base existentes (30 cm);
• Regularização do Subleito;
• Execução de Sub-base (e = 15 cm) (Material
proveniente de jazida);

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Projeto Básico - Nov/2009 Projeto Executivo – Dez/2013
• Execução de Base (e = 15 cm) (Material
proveniente de jazida);
• Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à
taxa de 1,5 l/m²;
• Pintura de Ligação com emulsão RR-2C, taxa de
0,5 l/m²;
• Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa
“C” espessura de 5,0 cm.
b) Pavimentos Novos b) Pavimentos Novos
Locais de elevação do greide Locais de elevação do greide e baia de ônibus
Detalhamento Executivo Detalhamento Executivo
• Regularização do Subleito; • Regularização do Subleito;
• Execução de Sub-base (e = 15 cm) (Material • Sub-base Estabilizada Granulometricamente com
proveniente de jazida); material de jazida, espessura de 20 cm;
• Execução de Base (e = 15 cm) (Material • Base Estabilizada Granulometricamente com
proveniente de jazida); adição de 20% de areia, espessura de 15 cm;
• Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à • Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à
taxa de 1,5 l/m²; taxa de 1,5 l/m²;
• Pintura de Ligação com emulsão RR-2C, taxa • Pintura de Ligação com emulsão RR-1C, taxa de
de 0,5 l/m²; 0,4 l/m²; e
• Execução de camada de Concreto Betuminoso • Concreto Betuminoso Usinado a Quente Faixa
Usinado a Quente Faixa “C” espessura de 5,0 cm. “C”, espessura de 5,0 cm;

Implantação de acostamentos Implantação de acostamentos


Detalhamento Executivo Detalhamento Executivo
• Regularização do Subleito; • Regularização do subleito;
• Execução de Sub-base (e = 15 cm) (Material • Sub-base Estabilizada Granulometricamente com
proveniente de jazida); material de jazida, espessura de 20 cm;
• Execução de Base (e = 15 cm) (Material • Base Estabilizada Granulometricamente com
proveniente de jazida); adição de 20% de areia, espessura de 15 cm;
• Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à • Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à
taxa de 1,5 l/m²; taxa de 1,5 l/m²; e
• Execução de Tratamento Superficial Duplo • Tratamento Superficial Duplo (TSD) nos
(TSD). acostamentos.
c) Limpa Rodas c) Limpa Rodas
• Solução Final para implantação dos Limpa Detalhamento Executivo
Rodas • Regularização do Subleito;
Detalhamento Executivo • Base Estabilizada Granulometricamente com
• Regularização do Subleito; adição de 20% de areia, espessura de 15 cm;
• Execução de Sub-base (e = 15 cm) (Material • Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à
proveniente de jazida); taxa de 1,5 l/m²; e
• Execução de Base (e = 15 cm) (Material • Execução de Tratamento Superficial Simples
proveniente de jazida); (TSS).
• Arenado Asfáltico com asfalto diluído CM-30 à
taxa de 1,5 l/m²;
• Execução de Tratamento Superficial Duplo
(TSD).

d) Pontes
Sobre a ponte do Rio Anauá (Est. 2102+19,97 a
Est. 2109+7,06) deverá ser utilizado o CBUQ
enquadrado na Faixa “C” da especificação do
DNIT 031/2006 ES, executado com a espessura
constante de 3,0 cm, precedida de uma pintura de
ligação com emulsão do tipo RR-1C. Este

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Projeto Básico - Nov/2009 Projeto Executivo – Dez/2013
revestimento tem como objetivo restabelecer a
condição adequada de trafegabilidade aliada a um
maior nível de conforto ao rolamento.
Ressalta-se que os projetos das pontes sobre o
Igarapé São Luiz, Igarapé Areal e Rio São
Francisco serão objeto de licitação específica, não
sendo indicada a execução de revestimento sobre
tais pontes.
Fonte: Projeto Básico (Ref. Nov/2009) e Executivo (Ref. Dez/2013) da Obra elaborado pela Strata
Engenharia Ltda.

Pelo quadro acima, e até mesmo pelo tempo decorrido entre uma solução e outra, verifica-
se que são soluções distintas.

Cabe destacar que o Projeto Básico foi aprovado pela Portaria DNIT nº 1.474, de 25 de
novembro de 2009, e o Projeto Executivo pela Portaria DNIT nº 1.463, de 31 de dezembro
de 2013.

O orçamento do Projeto Básico, está resumido na tabela a seguir:

Tabela – Resumo do orçamento do Projeto Básico (Ref. Maio/2009)


VALOR TOTAL
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO
(R$)
1 TERRAPLENAGEM 9.298.351,24
2 DRENAGEM E OBRAS-DE-ARTE CORRENTES 9.973.770,47
3 PAVIMENTAÇÃO 47.518.396,55
4 SINALIZAÇÃO 933.823,92
5 OBRAS COMPLEMENTARES 4.054.694,20
6 MEIO AMBIENTE 2.188.755,94
INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS E
7 ACAMPAMENTOS 4.107.325,23
8 MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO 571.748,63
ORÇAMENTO DO PROJETO BÁSICO (NOV/2009) ........................ R$ 78.646.866,18
Fonte: Projeto Básico da Obra elaborado pela Strata Engenharia Ltda.

O orçamento do Projeto Executivo, está resumido na tabela a seguir:

Tabela – Resumo do orçamento do Projeto Executivo (Ref. Julho/2013)


VALOR TOTAL
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO
(R$)
1 TERRAPLENAGEM 8.739.295,84
2 DRENAGEM E OBRAS-DE-ARTE CORRENTES 9.455.462,70
3 PAVIMENTAÇÃO 42.377.172,30
4 SINALIZAÇÃO 1.426.314,90
5 OBRAS COMPLEMENTARES 5.923.663,27
6 MEIO AMBIENTE 927.191,72

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VALOR TOTAL
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO
(R$)
INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS E
7 ACAMPAMENTOS 3.750.642,85
8 MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO 297.814,25
9 SINALIZAÇÃO PROVISÓRIA 281.394,96
ORÇAMENTO DO PROJETO EXECUTIVO (DEZ/2013) .................... R$ 73.178.952,79
Fonte: Projeto Executivo da Obra elaborado pela Strata Engenharia Ltda.

De uma análise rápida, nota-se que a diferença de orçamento do Projeto Básico para o
Executivo, no valor de R$ 5.467.913,39 (R$ 78.646.866,18 – R$ 73.178.952,79), foi
devida, principalmente, ao item Pavimentação, pois a solução do Executivo, mesmo após
o tempo decorrido, mostrou-se mais econômica para a Administração.

Assim, para melhor compreensão, passamos a discorrer sobre a primeira licitação que
teve como base o Projeto Básico. E após, sobre a segunda, que teve como base o Projeto
Executivo.
o#tF
a/

1.1.1.2 INFORMAÇÃO

Informações relativas à primeira licitação e ao Contrato Nº 31/2010 referente à


restauração do Lote 1.5 da BR-210.

Fato

Da primeira licitação da obra, Concorrência nº 005/2010, que teve como base o Projeto
Básico de 2009, sagrou-se vencedora a empresa Construtora Meirelles Mascarenhas Ltda.
– CNPJ: 03.477.793/0001-22.

Ressalta-se que somente duas empresas participaram da referida licitação e que a empresa
vencedora CMT Engenharia Ltda, CNPJ: 17.194.077/0001-42, apresentou a proposta no
valor de R$ 78.410.141,11.

A tabela a seguir apresenta o resumo da proposta da empresa vencedora, no valor de R$


77.349.178,55, que apresentou um desconto de 1,65% sobre o orçamento da
Administração.

Tabela – Resumo da proposta da empresa vencedora da Concorrência nº 005/2010


VALOR TOTAL
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO
(R$)
1 TERRAPLENAGEM 9.298.351,24
2 DRENAGEM E OBRAS-DE-ARTE CORRENTES 9.881.733,73
3 PAVIMENTAÇÃO 46.702.863,72
4 SINALIZAÇÃO 933.005,41
5 OBRAS COMPLEMENTARES 4.030.146,20
6 MEIO AMBIENTE 2.188.478,25

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VALOR TOTAL
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO
(R$)
INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS E
7 ACAMPAMENTOS 3.841.592,00
8 MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO 473.008,00
PROPOSTA VENCEDORA ........................ R$ 77.349.178,55
Fonte: Proposta da empresa vencedora da Concorrência Pública nº 005/2010.

Assim, em 17 de março de 2010, foi assinado o Contrato nº 31/2010, entre o Governo do


Estado de Roraima e a empresa Construtora Meirelles Mascarenhas Ltda, no valor de R$
77.349.178,55, e em 25 de março de 2010, a Ordem de Serviço nº 020/2010.

Foi verificado que a Empresa apresentou a Matrícula CEI nº 51.206.49260/70 para obra
em questão.

Para esse contrato foram realizadas 25 medições e uma medição indenizatória, uma vez
que o contrato foi rescindido amigavelmente. A 25ª medição realizada foi uma de ajuste,
assim, o quadro a seguir apresenta os valores pagos no referido contrato.

Quadro – Pagamentos do Contrato nº 31/2010

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VALOR
NF VALOR
DATA MEDIÇÃO TOTAL DATA MEDIÇÃO NF Nº
Nº TOTAL (R$)
(R$)
Medições do Contrato Medições do Contrato
05/04/2010 1ª 0,00 - 32.504,33 0020
25/11/2011 14ª
05/05/2010 2ª 0,00 - 1.005,29 0021
373.483,99 0881 32.504,33 0022
30/06/2010 3ª 25/11/2011 15ª
11.551,05 0882 1.005,29 0023
1.461.181,05 0885 32.504,33 0024
12/07/2010 4ª 25/11/2011 16ª
45.191,17 0886 1.005,29 0025
1.512.697,94 0905 32.504,33 0026
12/08/2017 5ª 25/11/2011 17ª
46.784,47 0906 1.005,29 0034
718.500,18 0946 32.504,33 0035
22/10/2010 6ª 25/11/2011 18ª
22.221,66 0947 1.005,29 0029
6.390,25 0990 32.504,33 0036
14/12/2010 7ª 25/11/2011 19ª
206.617,95 0991 1.005,29 0037
25.475,97 0992 500.485,57 0032
14/12/2010 8ª 25/11/2011 20ª
823.723,00 0993 15.478,93 0038
47.878,24 0994 785.710,80 0134
14/12/2010 9ª 13/04/2012 21ª a 24ª
1.548.062,94 0995 24.300,33 0135
Medição de ajuste - Acórdão TCU nº 1994/2010 –
146.950,21 1058
Plenário, e outros
21/02/2011 10ª
25ª
4.544,85 1059 -1.341.595,75
Medição
3.392.735,93 1060 Medição de Indenização
21/02/2011 11ª
104.929,98 1061 14/03/2012 Indenização 7.637.730,69 Total
104.392,54 0016 10/04/2013 2.545.910,00 0246
25/11/2011 12ª
3.228,64 0017 15/08/2013 1.204.314,25 0288
Pago
127.350,49 0018 10/10/2013 2.345.910,69 0330
25/11/2011 13ª
3.938,68 0019 15/10/2013 200.000,00 0331
Fonte: Medições do Contrato nº 31/2010.

Do quadro anterior, verifica-se que foi medido o valor total de R$ 19.902.595,22 da 1ª a


24ª medição que, diminuído da medição de ajuste negativa de R$ 1.341.595,75, totalizou
o montante pago de R$ 18.560.999,47 com recursos do TC nº 773/2009, conforme soma
dos valores de notas fiscais apresentados. Nota-se, também, que foi realizada uma
medição de indenização, paga com recursos exclusivos do Estado de Roraima, no valor
de R$ 7.637.730,69

Desses pagamentos realizados, verificou-se, na presente inspeção, que alguns serviços


foram superfaturados, o que gerou pagamentos indevidos à empresa Construtora
Meirelles Mascarenhas Ltda., conforme constatação 1.1.1.3 deste relatório.

Sobre o Acórdão TCU nº 1994/2010, objetivo da 25ª medição, faremos um breve relato
a seguir.

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Os achados do TCU foram na linha de um projeto antieconômico, comprovou que o
Projeto Básico de 2009, apresentava diversas soluções equivocadas, onerando o contrato
em R$ 2.628.930,32, tais como:
“9.1.1.1. fornecimento de materiais betuminosos com preços corrigidos de forma
irregular, com indício de sobrepreço de R$ 265.023,70;
9.1.1.2. utilização de areia comercial em lugar de areia extraída nos itens “Sub-base
est.gran.c/mist.solo-areia na pista” e “Base estabiliz.granul.c/ mist. solo areia na pista”,
com indício de sobrepreço de R$ 1.580.191,64;
9.1.1.3. escavação, carga e transporte de material de 1ª categoria utilizando pá
carregadeira em detrimento da referência com a utilização de escavadeira, com indício
de sobrepreço de R$ 783.714,98;”

Assim, como a Empresa só mediu parte dos serviços de terraplanagem, o valor total
medido de forma antieconômica foi de R$ 1.306.248,44, conforme tabela a seguir.

Tabela – Diferença devolvida de acordo com os achados do TCU


SICRO TERRAPLENAGEM VALOR (R$)
Serviços de Escavação, carga e transporte com Carregadeira
5 S 01 100 09 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 50 A 200M C/CARREG -56.879,07
5 S 01 100 10 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 200 A 400M C/CARREG -134.088,26
5 S 01 100 11 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 400 A 600M C/CARREG -123.459,93
5 S 01 100 12 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 600 A 800M C/CARREG -66.773,36
5 S 01 100 13 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 800 A 1000M C/CARREG -519.819,05
5 S 01 100 14 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 1000 A 1200M C/CARREG -189.177,55
5 S 01 100 15 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 1200 A 1400M C/CARREG -313.036,80
5 S 01 100 16 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 1400 A 1600M C/CARREG -67.837,44
5 S 01 100 17 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 1600 A 1800M C/CARREG -108.139,08
5 S 01 100 18 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 1800 A 2000M C/CARREG -111.396,16
5 S 01 100 19 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 2000 A 3000M C/CARREG -681.414,12
5 S 01 100 20 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 3000 A 5000M C/CARREG -480.802,00
2 S 01 100 33 ESC. CARGA TR. MAT 1ª C. DMT DMT > 5000 M C/CARREG -280.434,00
Serviços de Escavação, carga e transporte com Escavadeira
5 S 01 100 22 ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 50 A 200M C/ESCAVADEIRA 46.991,91
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 200 A 400M
5 S 01 100 23 C/ESCAVADEIRA 102.242,68
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 400 A 600M
5 S 01 100 24 C/ESCAVADEIRA 138.287,90
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 600 A 800M
5 S 01 100 25 C/ESCAVADEIRA 160.649,69
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 800 A 1000M
5 S 01 100 26 C/ESCAVADEIRA 121.549,28
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 1000 A 1200M
5 S 01 100 27 C/ESCAVADEIRA 142.960,24
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 1200 A 1400M
5 S 01 100 28 C/ESCAVADEIRA 125.219,52

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SICRO TERRAPLENAGEM VALOR (R$)
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 1400 A 1600M
5 S 01 100 29 C/ESCAVADEIRA 113.691,40
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 1600 A 1800M
5 S 01 100 30 C/ESCAVADEIRA 86.917,70
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 1800 A 2000M
5 S 01 100 31 C/ESCAVADEIRA 94.983,23
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 2000 A 3000M
5 S 01 100 32 C/ESCAVADEIRA 168.990,87
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT 3000 A 5000M
5 S 01 100 33 C/ESCAVADEIRA 524.523,96
Diferença total a maior, conforme achado TCU ....... R$ -1.306.248,44
Fonte: 25ª Medição - Ajuste do Contrato nº 31/2010.

Importa salientar que o valor estornado na 25ª Medição totalizou R$ 1.341.595,75,


diferença entre o valor de R$ 1.494.524,79, relativo a tabela anterior mais outros serviços,
e o valor de R$ 152.929,04, relativo ao reajuste financeiro devido à empresa.
o#tF
a/

1.1.1.3 CONSTATAÇÃO

Pagamentos indevidos de R$ 3.453.628,41 (R$ 2.171.378,96, parcela da União, e R$


1.282.249,45, parcela do Estado de RR) no Contrato Nº 31/2010, referente à obra
de restauração do Lote 1.5 da BR-210.

Fato

Para o Contrato nº 31/2010, assinado entre o Governo do Estado de Roraima e a empresa


Construtora Meirelles Mascarenhas Ltda – CNPJ: 03.477.793/0001-22, no valor de R$
77.349.178,55, foram realizados pagamentos no valor de R$ 18.560.999,47, após ajustes
determinados pelo TCU. Da análise das medições realizadas na presente ação de controle,
verificou-se, além dos serviços de terraplenagem já descritos, outras ocorrências de
superfaturamento. É o caso de alguns serviços pagos com preços acima de mercado, o
que gerou superfaturamento, além de pagamentos efetivados de forma inadequada,
conforme descrito a seguir.

I – Camada Drenante de Areia – Serviço não previsto no Projeto Básico.

Ausência de previsão do serviço de Camada Drenante de Areia no Projeto Básico, pois


com a previsão de serviços de Escavação, Carga e Transporte de Solos Moles, sua
substituição natural seria por uma Camada Drenante de Areia. Esse erro foi corrigido no
Projeto Executivo.

Esse serviço não foi medido e pago com recursos da conta do TC nº 773/2009, pois fez
parte da medição dita Indenizatória, paga com recursos exclusivos do Governo do Estado
de Roraima.

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Nessa indenização, foi pago o quantitativo de 16.320,87 m³ de Camada Drenante de
Areia, a um preço unitário de R$ 86,15, totalizando um pagamento de R$ 1.406.042,95.

A Composição de Preço Unitária (CPU) utilizada para justificar o preço de R$ 86,15 foi
apresentada na Medição Indenizatória, na qual consta a utilização de areia comercial, no
valor de R$ 36,00, em detrimento da areia extraída, que é mais viável economicamente,
uma vez que no trecho há areais (jazidas de areia), conforme projetos básico e executivo
da Obra. Além disso, as areias dos areais existentes apresentam Equivalente de Areia
acima de 60%, sendo que a indicação usual para areia de Camada Drenante é Equivalente
de Areia acima de 35%, porém não foi apresentada justificativa para não utilização da
areia extraída.

Com a utilização da areia extraída, de custo em torno de R$ 6,57 (SICRO 1 A 01 170 01),
o preço final do m³ da Camada Drenante de Areia seria de R$ 27,16, bem abaixo do valor
pago de R$ 86,15.

Assim, houve superfaturamento de R$ 962.768,12 ao se comparar o serviço com


utilização de areia comercial, sem justificativa técnica comprovada para isso, com o
serviço com utilização da areia extraída.

Outra questão que comprova que houve superfaturamento no serviço de Camada


Drenante de Areia é o custo da areia comercial colocada na composição unitária, no valor
de R$ 36,00/m³. Ora, em 2009, uma carrada de areia média de 6m³ no Estado de Roraima
custava em torno de 60,00 a 80,00 reais, logo o m³ estaria na faixa de 10,00 a 13,00 reais,
o que é comprovado pelo próprio Projeto Executivo que orçou o custo da areia em R$
17,50/m³ em julho de 2013, após 4 anos do orçamento do Projeto Básico.

A variação do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) no período compreendido


entre os projetos básico (maio/2009) e executivo (julho/2013) foi de 34,2% considerando
os respectivos índices (414,742 e 556,60). Dessa forma, o valor orçado para o insumo
areia comercial no projeto executivo (julho/2013), de R$ 17,50, retrocedendo para a base
do projeto básico (maio/2009), seria de R$ 14,50 (R$ 17,50/1,342), ao invés de R$ 36,00,
cotado na composição de custo unitário contratual do serviço de Camada Drenante de
Areia.

Logo, considerando que a areia utilizada foi comercial, desde que a empresa apresente as
devidas notas fiscais, o preço final do m³ da Camada Drenante de Areia seria de R$ 56,75,
havendo, portanto, superfaturamento de R$ 479.833,58.

A tabela a seguir apresenta o resumo das composições unitárias supracitadas do serviço


de Camada Drenante de Areia e os respectivos cálculos de superfaturamento.

Tabela – Cálculos dos superfaturamentos para Camada Drenante de Areia


Custos na CPU (R$)
Descrição
Indenizatória AC* AE*
Custo unitário de Execução (Equipamentos e
1,97 1,97 1,97
Mão-de-obra)

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Custos na CPU (R$)
Descrição
Indenizatória AC* AE*
Materiais 44,12 21,12 14,69
Manta 8,12 8,12 8,12
Areia Comercial (AC) 36,00 13,00
Areia Extraída (AE) 6,57
Transportes da Areia 21,30 21,30 4,58
Pavimentada 21,09 21,09 4,37
Não Pavimentada 0,21 0,21 0,21
Custo total CPU 67,39 44,39 21,24
Preço total CPU 86,15 56,75 27,16
Quantidade paga Indenizatória 16.320,87 16.320,87 16.320,87
Valor total pago de Camada Drenante 1.406.042,95 926.209,37 443.274,83
Diferença considerando areia comercial 479.833,58
Diferença considerando areia extraída 962.768,12
*AC = Areia Comercial; AE = Areia Extraída

II – Cerca de arame farpado com mourão de madeira seção quadrada.

Esse serviço foi medido e pago com recursos da conta do TC nº 773/2009, e da medição
Indenizatória, paga com recursos exclusivos do Governo do Estado de Roraima.

Com recursos do TC nº 773/2009, foram pagos 46.800,00 metros, a um preço unitário de


R$ 48,73/m, totalizando R$ 2.280.564,00, mais o serviço de recomposição de cerca, no
valor de R$ 634.368,01, que não foi executado. E com recursos da Indenizatória, foram
pagos 30.631,00 metros, a um preço unitário de R$ 48,73/m, totalizando R$ 1.492.648,63,
menos o valor de recomposição de cerca no valor de R$ 634.368,01, que foi pago com
recursos do convênio, assim, totalizou um pagamento de R$ 3.773.212,63 (R$
2.280.564,00 + R$ 634.368,01 + R$ 1.492.648,63 – R$ 634.368,01) para esse serviço.

O preço desse serviço no Projeto Básico foi de R$ 48,94, preço esse muito acima da
realidade da época, por dois motivos: utilização de uma CPU (SICRO 5 S 06 410 00) com
erro de índices de mão-de-obra e Distância Média de Transporte (DMT) não condizente
com a realidade. Esses erros poderiam ter sido evitados com uma simples consulta de
outra CPU (SICRO 2 S 06 410 00) que apresentava os índices corretos, e com a correção
da DMT considerando o Município de Rorainópolis/RR como fornecedor de madeira.
Assim, após essas correções, o preço final desse serviço seria de R$ 17,59, bem abaixo
do valor pago de R$ 48,73. Vale frisar que a CPU entregue pela empresa vencedora foi a
SICRO 2 S 06 410 00, ou seja, não havia motivo algum para o erro, pois nessa não havia
erro.

Assim, houve superfaturamento de R$ 2.411.201,34, ao se considerar o preço real de


mercado para o serviço de Cerca de Arame Farpado com Mourão de Madeira de Seção

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Quadrada. Desses, R$ 2.091.720,01 foram da conta do convênio e R$ 319.481,33 de
recursos exclusivos do Estado de Roraima.

Outro fator que comprova o sobrepreço nesse serviço é que no Projeto Básico (orçamento
de maio de 2009) o valor foi de R$ 48,94 e, quatro anos após, no Projeto Executivo
(orçamento de julho 2013) o valor foi de R$ 19,48. Logo, esse valor de R$ 19,48 do mês
de julho de 2013 levado pelo INCC ao mês de maio de 2009, época do Projeto Básico,
seria equivalente a R$ 14,51 (R$ 19,48/1,342), ao invés dos R$ 48,94 cotados.

A tabela a seguir apresenta o resumo das composições unitárias supracitadas do serviço


de Cerca de Arame Farpado e os respectivos cálculos de superfaturamento.

Tabela – Cálculos dos superfaturamentos para Cerca de Arame Farpado


Custos na CPU (R$)
Descrição
Proposta Corrigido
Custo unitário de Execução (Equipamentos e Mão-de-obra) 27,20 6,58
Materiais 5,63 5,63
Transportes 5,29 1,55
Custo total CPU 38,12 13,76
Preço total CPU 48,73 17,59
Quantidade paga no Convênio 46.800,00 46.800,00
Quantidade paga na Indenizatória 30.631,00 30.631,00
Valor da Recomposição de Cerca (diferença) 634.368,01 0,00
Valor total pago de Cerca no Convênio 2.914.932,01 823.212,00
Valor total pago de Cerca na Indenizatória 858.280,62 538.799,29
Diferença calculada medições Convênio 2.091.720,01
Diferença calculada na Indenizatória 319.481,33
Diferença calculada Total 2.411.201,34

III – Instalação de Canteiro de Obras e Acampamento.

Para o Contrato nº 31/2010, dentro do item Instalação de Canteiro de Obras e


Acampamento, estava previsto o item Instalações Industriais, que previa a instalação de
Usina de Solos e de Usina de Asfalto. Na 11ª Medição do Contrato, período de 01/01/2011
a 31/01/2011, foi realizada a medição e posterior pagamento do Item Instalação de Usina
de Asfalto, no valor de R$ 79.658,95. Ocorre, que não houve serviço algum de
pavimentação da obra que justificasse tal instalação e tal pagamento na época
considerada.

Assim, houve pagamento indevido no valor de R$ 79.658,95 para instalação de Usina de


Asfalto, uma vez que não foi executado serviço algum de pavimentação e nem havia
previsão para execução desse serviço naquele momento, devido aos erros de projeto
expostos pela Contratada e pela Supervisora.

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IV – Resumo dos pagamentos indevidos no Contrato nº 31/2010.

Ressalta-se que o Pagamento Indevido é o pagamento de algo que não deveria ter sido
pago, ou seja, é o ganho sem causa, e se caracteriza quando do desembolso do recurso
sem a devida prestação do serviço ou entrega do produto, ou devido ao pagamento
superfaturado (superfaturamento).

O superfaturamento consiste na materialização do dano, a partir da liquidação e


pagamento por serviços com sobrepreço ou por serviços não executados. Classificam-se
os superfaturamentos pelas suas causas:
• Quantitativo (de quantidade);
• Qualitativo (de qualidade);
• Sobrepreço (por preços);
• Quebra do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato (por jogo de planilha ou
outro);
• Alteração de cláusulas financeiras que geram pagamentos antecipados, distorção do
cronograma físico-financeiro ou reajustamentos irregulares (por alteração de cláusulas
contratuais);
• Qualquer outro tipo de envio de recursos públicos da administração pública para os
contratados realizado de forma inadequada ou em desacordo com o ordenamento jurídico
pátrio.

Baseado nas definições acima, temos que houve Pagamento Indevido por:
a) Superfaturamento por Sobrepreço e Distorções Qualitativas, pois utilizou-se de
areia comercial em detrimento de solução mais econômica com utilização de areia
extraída, sem apresentar justificativa técnica para isso, no serviço de Camada
Drenante de Areia, totalizando o valor de R$ 962.768,12;
b) Em uma segunda hipótese, após apresentação das notas fiscais e devidas
justificativas técnicas, Superfaturamento por Sobrepreço no serviço de Camada
Drenante de Areia com a utilização de areia comercial, totalizando o valor de R$
479.833,58;
c) Superfaturamento por Sobrepreço no serviço de Cerca de Arame Farpado com
Suporte de Madeira, totalizando o valor de R$ 2.411.201,34; e
d) Pagamento inadequado da Instalação de Usina de Asfalto, sem previsão alguma
de execução de serviços de pavimentação, totalizando o valor de R$ 79.658,95.

Portanto, houve pagamentos indevidos exclusivos no Contrato nº 31/2010, que


totalizaram o valor de R$ 3.453.628,41, e em segunda hipótese, após apresentação das
notas fiscais da areia comercial e justificativas técnicas adequadas, o valor de R$
2.970.693,87.
o#tF
a/

Causa

Pagamento de serviços com preços acima do mercado, gerando prejuízos para


Administração.
u#asC
/

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Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 097/2018-SRDNIT/RR, de 09 de março de 2018, a


Superintendência Regional do DNIT no Estado de Roraima apresentou a seguinte
manifestação:
“1. Em atenção ao vosso ofício em referência, lembro que os Contratos n.
031/2010 e 038/2014, objetos da análise do Relatório n. 20160165, são instrumentos
firmados entre o Governo do Estado de Roraima, com a interveniência da Secretaria de
Estado da Infraestrutura de Roraima - SEINF/RR, e as empresas Meirelles Mascarenhas
Ltda e Cavalca Construções e Mineração Ltda., competindo aquele órgão a fiscalização,
o recebimento, o aceite e o pagamento dos serviços contratados.
2. Enquanto que, ao DNIT enquanto concedente nos convênios firmados com
entes da federação, compete a análise e a apresentação dos planos de trabalho, bem
como o recebimento das obras/serviços e da prestação de contas.
3. Razão pela qual, em 09/02/2018, esta Superintendência encaminhou o Ofício
n. 83/2018 ao Diretor do Departamento de Infraestrutura de Transportes da SEINF -
DEIT/SEINF, solicitando que apresentasse as justificativas e os esclarecimentos
concernentes aos achados constantes do Relatório retro, conforme cópia anexa, sendo
que até a presente data não nos foi encaminhado nenhum expediente.
4. Assim, será reiterado a solicitação a SEINF e, tão logo enviem as justificativas
e os esclarecimentos solicitados por cossa senhoria, vos será encaminhado.”

Por meio do Ofício GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 361/2018, de 14 de março de 2018,


a Secretaria de Estado da Infraestrutura de Roraima - SEINF/RR apresentou a seguinte
manifestação:
“Com os cumprimentos, em resposta ao Processo N° 00221.1000014/2016-
01/OF. N° 2462/2018/NAC/RR/Regional/RR-CGU, encaminho a Vossa Excelência, o
MEMO N° 081/2018/DEIT/SEINF, com os Relatórios de Justificativas das constatações
indicadas pela Auditoria da CGU/RR, referente aos contratos n° 031/2010 e 038/2014 -
BR-210, Lote 1.5.”

O referido Memo enviou anexo um Laudo Técnico de Engenharia, de 08 de março de


2018, apresentado pela empresa Construtora Meirelles Mascarenhas Ltda., com as
seguintes informações: (...)

CAMADA DRENANTE COM AREIA

O CGU solicita apresentação de cópia de Nota Fiscal de compra de areia para se for o
caso, aceitar o custo de compra do referido material. Ocorre que decorrido mais de 6
anos da efetivação da 25ª medição de fevereiro de 2012, oficializada e, 03/03/2012, tais
documentos não se encontram mais, nos guardados de fácil acesso.
Todavia, ainda empenhamos esforços para localiza-los, principalmente pelo fato do
referido insumo ter sido adquirido por valor superior ao ofertado.

Ademais, inobstante o projeto ter indicado locais de jazidas de areia, tais materiais não
se mostraram presentes com as características descritas e nem nas quantidades
esperadas. Uma das áreas se tratava de um único local de pastagem de um pequeno

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proprietário rural e, ainda assim, com espessura de decapagem de 1 m e apenas 30 cm
de espessura, para uma areia que não seria capaz de agir como material drenante de
substituição de solo mole.

Os custos de movimentação de terra e de indenização das áreas indicadas, para extração


de areia, já seria motivo suficiente para não utilizar as jazidas indicadas. Todavia,
conforme já relatado, não se tratava de material que pudesse ser utilizado nem como
mistura para o material de base, tão pouco como material drenante.

É de conhecimento dos técnicos da SEINF, sendo inclusive um dos motivos relatados


para a rescisão contratual, a discrepância entre as indicações de projeto e as condições
reais de campo.

Para o caso de fornecimento de areia, de forma coerente, o projeto indicou areia


comercial, tendo em vista a inexistências de jazida de areia na região que pudesse ser
utilizado como material drenante, para substituição do solo mole, conforme afirma o
Relatório da CGU.

Para o trecho de obra do Contrato 031/2010, restou apenas a obtenção comercial da


areia, para qualquer que fosse sua aplicação.

Ainda em relação ao serviço de 'camada drenante com areia' importa informar que a
CMM, procurando alcançar a melhor forma de rescisão consensual, mesmo ciente das
perdas com deste serviço, aceitou acatar o critério de medição e o preço sugerido.

Veja que a quantidade medida de areia se iguala a quantidade medida de remoção de


solo mole. Todavia, no mínimo, deveria ter sido considerado um consumo de 1,25 m3 de
areia por metro cúbico de remoção de solo mole na composição do preço contratado em
função do adensamento e demais fatores da relação corte/aterro, nos moldes das
composições de serviço de camada drenante das CPU dos orçamentos das obras do
DNIT.

Mesmo para material arenosos, o DNIT determina que os projetos adotem a relação
corte/aterro de 30% em função de diversos fatores, entre eles o empolamento,
adensamento/compactação, perda, etc. reafirme-se, é incontestável a ocorrências da
relação corte aterro de 30%.

Ademais, para este caso, é incontroverso que deveria ter sido considerado a perda do
volume de areia, por abatimento, no fundo das áreas de remoção de solo mole, que nas
obras chegam a 20% de perda, dependendo da relação entre a área de fundo e o volume
da camada de areia.
Na hipótese de redução de qualquer preço contratado, incluindo este de 'camada
drenante com areia', os consumos dos insumos e as quantidades medidas devem ser
recalculados para o que de fato ocorreu durante a execução da obra.

Notadamente, a correção do consumo de areia deverá ser aplicada no insumo e no


transporte, previstos na composição de preço unitário, na hipótese de se reduzir os

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preços contratados sob a alegação de paridade com o valor de mercado. Tal conceito
deve ser aplicado para mais e para menos nos preços e nos critérios de medições
contratados, segundo o entendimento do TCU.

Por fim, o relatório do Acórdão n° 1230/2014-TCU-Plenário evidencia que a execução


de sub-base com areia foi abandonada e a espessura da camada aumentada. Também
houve mudança nas jazidas indicadas, o que confirma a inexistência das fontes dos
materiais indicados para os serviços do Contrato 031/2010. Principalmente, confirma a
inexistência de jazida de areia que pudesse ser utilizada como material de camada
drenante para substituição de solo mole.

CERCAS ARAME FARPADO COM MOURÃO MADEIRA SEÇÃO


QUADRADA

A composição de preço unitário do Sicro, apresentada no relatório da CGU, é referente


a cerca executada com postes e mourões de madeira roliça. O serviço previsto no
contrato 031/2010 é referente a poste de seção quadrada, cujos custos são superiores
aos do Sicro.

Conforme relatado pela CGU, o Contrato 031/2010 foi auditado pelo TCU, quando
foram apontados serviços com potencial para gerar prejuízo ao Erário e determinado
que a Contratada aceitasse as reduções indicadas no Acórdão.

Remontando ao Acórdão n° 1230/2014-TCU-Plenário, foi prolatada a decisão de que,


tendo sido corrigidos os preços dos serviços de terraplenagem, não restou apontamento
de sobrepreços nos demais serviços contratados, conforme excerto da ementa do
Acórdão.

(...)

O Plenário do TCU acatou os esclarecimentos sobre os preços dos materiais


betuminosos, e decidiu pela inexistência de sobrepreços nos demais itens de serviços do
Contrato 031/2010, com a correção dos preços de terraplenagem com escavadeira em
substituição aos preços com carregadeira.

Ocorre que, deste a auditoria realizada pelo TCU em 2010, os preços contratados para
o serviço de 'cercas de arrame farpado com mourão madeira seção quadrada' fez parte
do rol dos preços auditados.

O preço da cerca compõem os preços que fornecem o Equilíbrio Econômico-Financeiro


do Contrato 031/2010, cujo valor foi auditado e acatado pelo plenário do TCU: "indícios
de sobrepreço afastados mediante correção do orçamento, acolhimento das razões de
justificativa".

(...)

INSTALAÇÃO DE CANTEIRO DE OBRAS E ACAMPAMENTO

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19
O Contrato foi rescindido antes que fosse possível executar os serviços decorrentes da
'Instalação da Usina de Asfalto'. Entretanto, a instalação foi executada e remunerada.

Em que pese, ser uma situação que parece uma perda para a Contratante, em sentido
contrário, também ocorreram situações que manifestam perdas para a Contratada.

A CMM contratou a garantia da obra pelo período de vigência do contrato, todavia, não
foi devidamente remunerado, em função do cancelamento do Contrato. A Contratada
incorreu no custo integral da garantia, que seria integralmente remunerada com
conclusão da obra pelo percentual de 0,25% sobre o valor do contrato, conforme previsto
no BDI, que corresponde a R$ 193.372,95 desembolso.

Entretanto, a CMM foi remunerada em apenas 0,25% do valor efetivamente medido, o


que correspondeu a R$46.402,50 (R$ 18.560.999,47 x 025%). Isto representou uma
perda de R$ 146.970,45 (R$ 193.372,95 - R$ 46.402,50).

O mesmo pode-se afirmar das despesas com a administração da obra, que foi
integralmente incorrida no prazo regular do Contrato de 2 anos de obras, tendo em vista
que todas as funções administrativas foram mobilizadas e apenas uma pequena parcela
foi remunerado.

Note que, as equipes mínimas mobilizadas correspondem ao que foi efetivamente


contratado, ou seja, equipe de saúde e segurança do trabalho, administração, topografia,
vigilância, laboratório, etc, cujas despesas foram efetivamente incorridas e não foram
devidamente remuneradas.

Na hipótese de redução de qualquer preço contratada, deverá ser recomposto o


equilíbrio das despesas incorridas e não remuneradas, tais como, a remuneração das
despesas com administração local e seguros e garantias.”.
oaU
c#ndM
xm
Eistfe/

Análise do Controle Interno

Considerando as informações apresentadas pela SEINF-RR, segue análise separada por


itens:

I – Camada Drenante de Areia – Serviço não previsto no Projeto Básico.


Não foram apresentadas as notas fiscais que pudessem comprovar a utilização de areia
comercial nesse serviço e nem o custo de R$ 36,00/m³ colocado na respectiva CPU.
Contudo, a SEINF apresentou notas fiscais emitidas pela empresa L. J. Ribeiro da Silva
& Cia. Ltda. – ME – CNPJ: 05.606.058/0001-05, nos anos de 2016, 2017 e 2018, de
acordo com o que já foi colocado no campo ‘fato’, pois o valor do metro cúbico da areia
nesses anos variou de R$ 18,00 a R$ 23,00, bem diferente dos R$ 36,00 reais previstos
nas CPU´s do Projeto Básico (maio/2009), conforme tabela a seguir.

Tabela – Notas fiscais de compra de areia

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20
Nota Fiscal Quantidade Valor Unit. Valor Total
Data nº (m³) (R$) (R$)
08/11/2016 60 129,31 22,00 2.844,83
08/11/2016 61 209,57 22,00 4.610,64
16/01/2017 62 425,16 23,00 9.778,58
06/02/2017 66 668,75 23,00 15.381,15
04/03/2017 71 2.882,15 23,00 66.289,45
07/04/2017 81 2.119,13 18,00 38.144,34
06/05/2017 85 1.551,66 18,00 27.929,88
05/06/2017 90 1.531,59 23,00 35.226,54
05/07/2017 92 567,98 23,00 13.063,59
05/08/2017 95 786,44 23,00 18.088,04
08/09/2017 97 507,39 23,00 11.669,88
08/11/2017 101 31,04 23,00 713,92
12/12/2017 106 52,99 23,00 1.218,79
16/01/2018 109 133,10 23,00 3.061,24
22/02/2018 111 147,60 23,00 3.394,80
Total (m³) 11.743,85
Fonte: Notas fiscais anexas ao ofício GAB/SEINF/OFÍCIO nº 361/2018.

Sobre a alegação que não foi considerado o adensamento da areia, informa-se que o
serviço de camada drenante de areia tem como critério de medição a camada já adensada
e que na CPU já há a previsão de 15% a mais do insumo areia. Logo, não há sentido em
se falar da medição mais empolamento/adensamento.

Ressalta-se que o pagamento indevido nesse serviço foi com recursos exclusivos do
Estado de Roraima, cabendo aos órgãos competentes as ações respectivas de
ressarcimento.

II – Cerca de arame farpado com mourão de madeira seção quadrada.


O laudo apresentado informa que o TCU decidiu pela inexistência de sobrepreços nos
demais serviços não constantes no Acórdão n° 1230/2014-TCU-Plenário. Fato este que
não é correto, uma vez que o TCU não se pronunciou explicitamente sobre o sobrepreço
nos demais serviços, mas tão somente sobre os já colocados neste relatório.

Ressalta-se que nesse serviço os pagamentos indevidos foram uma parte com recursos
exclusivos do Estado de Roraima e a outra parte com recursos do convênio. Assim, com
recursos do convênio foram pagos indevidamente R$ 2.091.720,01, e com recursos
exclusivos do Estado de Roraima foram pagos R$ 319.481,33, cabendo aos órgãos
competentes as ações respectivas de ressarcimento.

III – Instalação de Canteiro de Obras e Acampamento.


A informação apresentada não justificou o pagamento do serviço desnecessário.
orInC
#estA
li/a

Recomendações:
Recomendação 1: Recomenda-se ao DNIT-Sede tomar as medidas cabíveis para o
ressarcimento do valor de R$ 2.171.378,96 referente aos pagamentos indevidos nos

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serviços de cerca de arame farpado e instalação da usina de asfalto, relativos ao convênio
TC nº 773/2009.

1.1.1.4 INFORMAÇÃO

Informações relativas à segunda licitação e ao Contrato Nº 38/2014, referente à


continuação da restauração do Lote 1.5 da BR-210.

Fato

Da segunda licitação da obra, Concorrência nº 01/2014, que teve como base o Projeto
Executivo de 2013, sagrou-se vencedora a empresa Cavalca Construções e Mineração
Ltda – CNPJ: 79.201.539/0001-69, única participante da licitação.

A tabela a seguir apresenta o resumo da proposta da empresa vencedora, no valor de R$


72.726.715,92, que apresentou um desconto de 0,618% do orçamento da Administração.

Tabela – Resumo da proposta da empresa vencedora da Concorrência nº 01/2014


VALOR TOTAL
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO
(R$)
INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS E
1
ACAMPAMENTOS 3.687.450,83
8 MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO 297.814,25
1 TERRAPLENAGEM 8.692.888,23
2 DRENAGEM E OBRAS-DE-ARTE CORRENTES 9.396.167,47
3 PAVIMENTAÇÃO 42.208.916,93
4 SINALIZAÇÃO 1.425.819,20
5 OBRAS COMPLEMENTARES 5.818.292,44
6 MEIO AMBIENTE 918.168,96
7 SINALIZAÇÃO PROVISÓRIA 281.197,61
PROPOSTA VENCEDORA ........................ R$ 72.726.715,92
Fonte: Proposta da empresa vencedora da Concorrência Pública nº 01/2014.

Assim, em 25 de março de 2014, foi assinado o Contrato nº 38/2014, entre o Governo do


Estado de Roraima e a empresa Cavalca Construções e Mineração Ltda., no valor de R$
72.726.715,92, gerando na mesma data a Ordem de Serviço nº 012/2014.

Foi verificado que a empresa apresentou a Matrícula CEI nº 51.224.05173/77 para obra
em questão.

Para esse contrato, até o momento, foram pagas 41 medições de serviços e 38 medições
de reajustamento, de acordo com os volumes 1 a 60 do Processo nº 021101.000507/14-
00 fornecidos pela SEINF-RR.

O quadro a seguir apresenta as medições de serviços e os valores pagos no Contrato nº


38/2014, que totalizaram R$ 56.017.358,07, com suas devidas notas fiscais.

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Quadro – Pagamentos e Medições de serviços do Contrato nº 38/2014
Data das
Medição nº /
Notas Notas Fiscais Nº / Valor (RS)
Valor (R$)
Fiscais

Origem dos recursos Convenente (3%) Concedente (97%)

São João São Luiz São João São Luiz do


Município Caracaraí Caracaraí
da Baliza do Anaú da Baliza Anaú
1ª 238 239 240 241 242 243
06/05/2014
643.727,18 1.467,70 10.795,30 7.048,81 47.455,57 349.048,19 227.911,61
2ª 258 259 260 261 262 263
16/06/2014
71.473,23 162,96 1.198,61 782,63 5.269,01 38.754,93 25.305,09
3ª 264 265 266 267 268 269
16/06/2014
717.832,23 162,96 1.198,61 20.173,40 5.269,01 38.754,93 652.273,32
4ª 301 302 303 304 305 306
07/08/2014
4.083.294,34 2.835,39 24.141,47 95.521,98 91.677,57 780.574,07 3.088.543,86
5ª 330 331 332 333 334 335
15/10/2014
2.823.293,36 162,96 50.694,63 33.841,21 5.269,00 1.639.126,38 1.094.199,18
6ª 343 344 345 346 347 348
14/11/2014
2.171.162,08 4.950,25 36.410,39 23.774,22 160.058,07 1.177.269,21 768.699,94
7ª 349 350 351 352 353 354
14/11/2014
159.980,47 364,76 2.682,87 1.751,79 11.793,76 86.746,21 56.641,08
8ª 360 361 362 363 364 365
12/12/2014
4.974.259,11 11.341,31 83.418,33 54.468,14 366.702,38 2.697.192,51 1.761.136,44
9ª 387 389 400 391 392 393
22/12/2014
5.483.429,09 12.502,22 91.957,11 60.043,55 404.238,39 2.973.279,75 1.941.408,07
10ª 427 428 429 430 431 432
18/03/2015
201.883,95 460,30 3.385,59 2.210,63 14.882,88 109.467,54 71.477,01
11ª 433 434 435 436 437 438
18/03/2015
2.232.853,67 5.090,91 37.444,96 24.449,75 164.605,97 1.210.720,24 790.541,84
12ª 467 468 469 470 471 472
23/04/2015
2.126.671,40 4.848,81 35.664,28 23.287,05 156.778,22 1.153.145,03 752.948,01
13ª 502 503 504 505 506 507
22/07/2015
198.142,60 451,77 3.322,85 2.169,66 14.607,07 107.438,86 70.152,39
14ª 508 509 510 511 512 513
22/07/2015
381.580,46 870,00 6.399,01 4.178,31 28.130,12 206.904,43 135.098,59
15ª 514 515 516 517 518 519
22/07/2015
215.006,81 490,22 3.605,66 2.354,32 15.850,30 116.583,14 76.123,17
16ª 520 521 522 526 524 525
22/07/2015
723.052,12 1.648,56 12.125,58 7.917,42 53.303,40 392.060,56 255.996,60
17ª 545 546 547 548 549 550
11/09/2015
133.111,35 303,50 2.232,28 1.457,57 9.812,97 72.176,96 47.128,07
18ª 555 556 557 558 559 560
09/10/2015
56.447,91 128,70 946,63 618,10 4.161,34 30.607,75 19.985,39
19ª 561 562 563 564 565 566
09/10/2015
60.493,59 137,93 1.014,48 662,40 4.459,58 32.801,44 21.417,76
20ª 615 616 617 618 619 636
21/12/2015
181.795,19 414,50 3.048,71 1.990,66 13.401,94 98.574,80 64.364,58

Dinheiro público é da sua conta


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Data das
Medição nº /
Notas Notas Fiscais Nº / Valor (RS)
Valor (R$)
Fiscais

Origem dos recursos Convenente (3%) Concedente (97%)

São João São Luiz São João São Luiz do


Município Caracaraí Caracaraí
da Baliza do Anaú da Baliza Anaú
21ª 622 623 624 625 626 627
21/12/2015
911.400,63 2.077,99 15.284,19 9.979,84 67.188,46 494.188,76 322.681,39
22ª 664 665 666 667 668 669
02/02/2016
482.333,35 1.099,72 8.088,73 5.281,55 35.557,62 261.535,61 170.770,12
23ª 691 692 693 694 695 696
26/02/2016
2.055.540,51 4.686,63 34.471,41 22.508,17 151.534,45 1.114.575,73 727.764,12
24ª 727 728 729 730 731 732
19/04/2016
2.369.989,39 5.403,58 39.744,72 25.951,38 174.715,61 1.285.079,35 839.094,75
25ª 789 790 791 792 793 794
31/05/2016
773.252,20 1.763,02 12.967,44 8.467,11 57.004,15 419.280,54 273.769,94
26ª 843 823 824 825 826 827
27/06/2016
289.513,59 660,10 4.855,14 3.170,17 21.342,94 156.982,95 102.502,29
27ª 853 854 855 856 857 858
09/07/2016
261.211,80 595,56 4.380,52 2.860,27 19.256,54 141.636,88 92.482,03
28ª 903 904 905 906 907 908
10/08/2016
126.386,57 288,16 2.119,50 1.383,93 9.317,22 68.530,59 44.747,17
29ª 963 964 965 966 967 968
27/09/2016
150.230,61 342,53 2.519,37 1.645,03 11.075,00 81.459,54 53.189,14
30ª 995 996 997 998 999 1000
14/10/2016
125.934,87 287,13 2.111,93 1.378,99 9.283,92 68.285,66 44.587,24
31ª 1058 1059 1060 1061 1062 1063
22/11/2016
222.390,05 507,05 3.729,48 2.435,17 16.394,59 120.586,56 78.737,20
32ª 1114 1115 1116 1117 1118 1119
15/12/2016
1.524.836,25 3.476,63 25.571,50 16.696,96 112.410,93 826.811,96 539.868,27
33ª 1126 1127 1128 1129 1130 1131
15/12/2016
217.459,38 495,82 3.646,79 2.381,18 16.031,10 117.913,00 76.991,49
34ª 1176 1177 1178 1179 1180 1181
03/01/2017
3.542.434,23 8.076,76 59.406,62 38.789,65 261.148,25 1.920.814,11 1.254.198,84
35ª 1229 1230 1231 1232 1233 1234
14/02/2017
1.125.246,45 2.565,57 18.870,38 12.321,45 82.953,17 610.142,38 398.393,50
36ª 1245 1246 1247 1248 1250 1251
13/03/2017
5.112.187,20 11.655,80 85.731,38 55.978,45 376.870,44 2.771.981,25 1.809.969,88
37ª 1273 1274 1275 1276 1277 1278
11/04/2017
2.634.677,32 6.007,07 44.183,54 28.849,72 194.228,42 1.428.601,07 932.807,50
38ª 1317 1318 1319 1320 1321 1322
04/05/2017
3.585.570,16 8.175,10 60.130,01 39.261,99 264.328,23 1.944.203,71 1.269.471,12
39ª 1381 1382 1383 1384 1385 1386
13/06/2017
626.713,64 1.428,92 10.509,99 6.862,51 46.201,33 339.822,92 221.887,97
40ª 1399 1400 1401 1402 1403 1404
06/07/2017
1.140.674,52 2.600,75 19.129,11 12.490,39 84.090,52 618.507,94 403.855,81
15/08/2017 41ª 1461 1462 1463 1464 1465 1466

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24
Data das
Medição nº /
Notas Notas Fiscais Nº / Valor (RS)
Valor (R$)
Fiscais

Origem dos recursos Convenente (3%) Concedente (97%)

São João São Luiz São João São Luiz do


Município Caracaraí Caracaraí
da Baliza do Anaú da Baliza Anaú
1.099.885,21 2.507,75 18.445,07 12.043,74 81.083,54 596.390,75 389.414,36
Fonte: Medições de serviços do Contrato nº 38/2014.

Verifica-se que para o pagamento de cada medição, são emitidas seis notas fiscais,
separadas por três municípios do Estado de Roraima (Caracaraí, São Luiz do Anauá e São
João da Baliza), devido ao ISSQN, e por origem do recurso, concedente (Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT) e convenente (Governo do Estado de
Roraima). Portanto, no quadro anterior há 246 notas fiscais emitidas pela empresa
Cavalca Construções e Mineração Ltda., que totalizam R$ 56.017.358,07.

O quadro a seguir apresenta as medições de reajustamento e os valores pagos no Contrato


nº 38/2014, com suas devidas notas fiscais.

Verifica-se, no quadro a seguir, que não houve reajustamento das primeiras quatro
medições e não há a 38ª Medição de reajustamento, pois nos volumes 1 a 60 do Processo
nº 021101.000507/14-00 fornecidos pela SEINF-RR não constava essa medição e nem
documentação comprobatória dos pagamentos. Portanto, no quadro a seguir há cento e
catorze notas fiscais de reajustamento emitidas pela empresa Cavalca Construções e
Mineração Ltda., que totalizam R$ 6.831.070,28.

Quadro – Pagamentos e Medições de reajustamento do Contrato nº 38/2014


Data das
Medição nº
Notas Notas Fiscais Nº / Valor (RS)
/ Valor (R$)
Fiscais

Origem dos recursos Convenente (3%) Concedente (97%)

São
São João
Município João da São Luiz Caracaraí São Luiz Caracaraí
da Baliza
Baliza
5ª a 16ª 577 579 581 578 580 582
05/11/2015
1.131.505,76 2.579,83 18.975,35 12.389,99 83.414,61 613.536,37 400.609,61
17ª a 21ª 643 644 645 646 647 648
22/12/2015
200.125,37 456,29 3.356,10 2.191,37 14.753,24 108.513,98 70.854,39
22ª 670 671 672 673 674 675
02/02/2016
73.831,70 168,34 1.238,16 808,46 5.442,87 40.033,76 26.140,11
23ª 685 686 687 688 689 690
26/02/2016
304.413,09 694,06 5.105,01 3.333,32 22.441,33 165.061,91 107.777,46
24ª 721 722 723 724 725 726
19/04/2016
368.632,04 840,48 6.181,96 4.036,52 27.175,56 199.883,35 130.514,17
25ª 795 796 797 798 799 800
31/05/2016
115.338,77 262,97 1.934,23 1.262,96 8.502,78 62.540,14 40.835,69

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25
Data das
Medição nº
Notas Notas Fiscais Nº / Valor (RS)
/ Valor (R$)
Fiscais

Origem dos recursos Convenente (3%) Concedente (97%)

São
São João
Município João da São Luiz Caracaraí São Luiz Caracaraí
da Baliza
Baliza
26ª 828 829 830 831 832 833
27/06/2016
43.716,23 99,68 733,12 478,69 3.222,76 23.704,25 15.477,73
27ª 859 860 861 862 863 864
09/07/2016
29.371,67 66,97 492,56 321,62 2.165,28 15.926,20 10.399,04
28ª 909 910 911 912 913 914
10/08/2016
15.207,53 34,68 255,03 166,52 1.121,10 8.245,98 5.384,22
29ª 969 970 971 972 973 974
27/09/2016
24.274,00 55,35 407,08 265,80 1.789,48 13.162,09 8.594,20
30ª 1001 1002 1003 1004 1005 1006
14/10/2016
20.692,23 47,19 347,01 226,58 1.525,43 11.219,95 7.326,07
31ª 1064 1065 1066 1067 1068 1069
22/11/2016
34.333,83 78,29 575,78 375,96 2.531,09 18.616,83 12.155,88
32ª 1120 1121 1122 1123 1124 1125
15/12/2016
492.325,14 1.122,51 8.256,29 5.390,96 36.294,21 266.953,46 174.307,71
33ª 1132 1133 1134 1135 1136 1137
15/12/2016
61.665,70 140,61 1.034,13 675,24 4.545,99 33.437,00 21.832,73
34ª 1182 1183 1184 1185 1186 1187
03/01/2017
1.116.111,01 2.544,74 18.717,18 12.221,42 82.279,71 605.188,87 395.159,09
35ª 1235 1236 1237 1238 1239 1240
14/02/2017
223.623,39 509,87 3.750,16 2.448,68 16.485,52 121.255,31 79.173,85
36ª 1252 1253 1254 1255 1256 1257
13/03/2017
1.635.883,13 3.729,81 27.433,76 17.912,92 120.597,31 887.024,91 579.184,42
37ª 1279 1280 1281 1282 1283 1284
11/04/2017
770.053,80 1.755,72 12.913,80 8.432,09 56.768,37 417.546,27 272.637,55
39ª 1387 1388 1389 1390 1391 1392
13/06/2017
169.965,89 387,52 2.850,33 1.861,13 12.529,89 92.160,60 60.176,42
Fonte: Medições de reajustamento do Contrato nº 38/2014.

Ressalta-se que o orçamento do Projeto Executivo considerou os achados do TCU,


Acórdão TCU nº 1994/2010, com exceção do serviço de Base estabiliz.granul.c/ mist.
solo areia na pista. Esses achados foram na linha de um projeto antieconômico, que
comprovaram que o Projeto Básico de 2009 apresentava diversas soluções equivocadas,
onerando o contrato em R$ 2.628.930,32, conforme itens a seguir especificados:
“9.1.1.1. fornecimento de materiais betuminosos com preços corrigidos de forma
irregular, com indício de sobrepreço de R$ 265.023,70;
9.1.1.2. utilização de areia comercial em lugar de areia extraída nos itens “Sub-base
est.gran.c/mist.solo-areia na pista” e “Base estabiliz.granul.c/ mist. solo areia na pista”,
com indício de sobrepreço de R$ 1.580.191,64;
9.1.1.3. escavação, carga e transporte de material de 1ª categoria utilizando pá
carregadeira em detrimento da referência com a utilização de escavadeira, com indício
de sobrepreço de R$ 783.714,98;”

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26
Dos pagamentos realizados, verificou-se que alguns serviços foram superfaturados, o que
gerou pagamentos indevidos a empresa Cavalca Construções e Mineração Ltda.,
conforme constatações 1.1.1.5 a 1.1.1.7 a seguir descritas.
o#tF
a/

1.1.1.5 CONSTATAÇÃO

Pagamentos indevidos de R$ 665.367,06 (Preços Iniciais - PI) no Contrato Nº


38/2014, referente à obra de restauração do Lote 1.5 da BR-210.

Fato

Para o Contrato nº 38/2014, assinado entre o Governo do Estado de Roraima, e a empresa


Cavalca Construções e Mineração Ltda., no valor de R$ 72.726.715,92, foram realizados
pagamentos nos valores de R$ 56.017.358,07 e de R$ 6.831.070,28, conforme medições
de serviços e de reajustamentos apresentadas. Da análise das medições, verificou-se que
alguns serviços pagos estavam com preços acima de mercado, o que gerou
superfaturamento por sobrepreço, conforme descrito a seguir.

I – Camada Drenante de Areia.

Até a Medição de Serviço nº 41, foi pago o quantitativo de 2.486,00 m³ de Camada


Drenante de Areia, ao preço unitário de R$ 67,92, totalizando o pagamento de R$
168.849,12.

Na CPU apresentada pela empresa para justificar o preço de R$ 67,92, consta a utilização
de areia comercial, no valor de R$ 17,50, em detrimento da areia extraída, que é mais
viável economicamente, uma vez que no trecho há areais (jazidas de areia), conforme
projetos básico e executivo da obra. Além disso, as areias dos areais existentes apresentam
Equivalente de Areia acima de 60%, sendo que a indicação usual para areia de Camada
Drenante é Equivalente de Areia acima de 35%, porém não foi apresentada justificativa
para não utilização da areia extraída.

Com a utilização da areia extraída com escavadeira hidráulica de custo em torno de R$


5,45 (SICRO 1 A 01 170 01), o preço final do m³ da Camada Drenante de Areia seria de
R$ 23,33, abaixo do valor pago de R$ 67,92.

Assim, houve superfaturamento de R$ 110.850,74, ao se comparar o serviço com


utilização de areia comercial, sem justificativa técnica comprovada para isso, com o
serviço com utilização da areia extraída.

A tabela a seguir apresenta o resumo das composições unitárias supracitadas do serviço


de Camada Drenante de Areia e os respectivos cálculos de superfaturamento.

Tabela – Cálculo do superfaturamento para Camada Drenante de Areia

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Custos na CPU (R$)
Descrição
AC AE
Custo unitário de Execução (Equipamentos e Mão-de-obra) 1,69 1,69
Materiais 25,86 11,18
Manta 5,73 5,73
Areia Comercial (AC) 20,13
Areia Extraída (AE) 5,45
Transportes da Areia 26,06 5,54
Pavimentada 26,06 5,54
Custo total CPU 53,61 18,41
Preço total CPU 67,92 23,33
Quantidade paga 2.486,00 2.486,00
Valor total Camada Drenante 168.849,12 57.998,38
Diferença considerando areia extraída 110.850,74

II – Base Estabilizada Granulometricamente com Mistura de 20% de Areia.

Até a Medição de Serviço nº 41, foi pago o quantitativo de 127.182,64 m³ de Base


Estabilizada Granulometricamente com Mistura de 20% de Areia, ao preço unitário de
R$ 84,81, totalizando o pagamento de R$ 10.786.359,87.

Na CPU apresentada pela empresa para justificar o preço de R$ 84,81, consta a utilização
de areia comercial, no valor de R$ 17,50, em detrimento da areia extraída, que é mais
viável economicamente, uma vez que no trecho há areais (jazidas de areia). Ressalta-se
que, no próprio Projeto Executivo, está prevista a utilização de areia extraída dos Areais
A-1 e A-2, em cumprimento das determinações constantes do Acórdão do TCU nº
1994/2010, porém, de forma equivocada, no orçamento do Projeto Executivo está
constando areia comercial.

Com a utilização da areia extraída com escavadeira hidráulica de custo em torno de R$


5,45 (SICRO 1 A 01 170 01), o preço final do m³ da Base Estabilizada
Granulometricamente com Mistura de 20% de Areia seria de R$ 80,45, abaixo do valor
pago de R$ 84,81.

Assim, houve superfaturamento de R$ 554.516,32 ao se comparar o serviço com


utilização de areia comercial que contrariou o Acórdão do TCU, sem justificativa técnica
comprovada para isso, com o serviço com utilização da areia extraída.

A tabela a seguir apresenta o resumo das composições unitárias supracitadas do serviço


de Base Estabilizada Granulometricamente com Mistura de 20% de Areia da proposta
com areia comercial e o corrigido com areia extraída, bem com os respectivos cálculos
de superfaturamento.

Tabela – Cálculo do superfaturamento para Base Est. Gran. com 20% de Areia

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Custos na CPU (R$)
Descrição
Proposta Corrigido
Custo unitário de Execução (Equipamentos e Mão-de-obra) 5,58 5,58
Materiais 8,95 5,51
Transportes 52,41 52,41
Custo total CPU 66,94 63,50
Preço total CPU 84,81 80,45
Quantidade paga 127.182,64 127.182,64
Valor total pago Cerca de Arame Fapado Convênio 10.786.359,87 10.231.843,55
Diferença considerando areia extraída 554.516,32

III – Arenado Asfáltico.

Até a Medição de Serviço nº 41, foi pago a quantitativo de 721.362,68 m² de Arenado


Asfáltico, ao preço unitário de R$ 0,32, totalizando o pagamento de R$ 230.845,66.

Na CPU apresentada pela empresa para justificar o preço de R$ 0,32, consta a utilização
de areia comercial, no valor de R$ 17,50, em detrimento da areia extraída, que é mais
viável economicamente, uma vez que no trecho há areais (jazidas de areia). Ressalta-se
que no próprio Projeto Executivo está prevista a utilização de areia extraída dos Areais
A-1 e A-2, porém, de forma equivocada, no orçamento do Projeto Executivo está
constando areia comercial.

Com a utilização da areia extraída com escavadeira hidráulica de custo em torno de R$


5,45 (SICRO 1 A 01 170 01), o preço final do m² de Arenado Asfáltico seria de R$ 0,28,
abaixo do valor pago de R$ 0,32.

Assim, houve superfaturamento de R$ 28.855,71 ao se comparar o serviço com utilização


de areia comercial que contrariou o Projeto Executivo, sem justificativa técnica
comprovada para isso, com o serviço com utilização da areia extraída.

A tabela a seguir apresenta o resumo das composições unitárias supracitadas do serviço


de Arenado Asfáltico da proposta com areia comercial, o corrigido com areia extraída e
o respectivo cálculo de superfaturamento.

Tabela – Cálculos do superfaturamento para Arenado Asfáltico


Custos na CPU (R$)
Descrição
Proposta Corrigido
Custo unitário de Execução (Equipamentos e Mão-de-obra) 0,20 0,20
Materiais 0,04 0,01
Transportes 0,01 0,01
Custo total CPU 0,25 0,22
Preço total CPU 0,32 0,28
Quantidade paga 721.392,68 721.392,68

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Custos na CPU (R$)
Descrição
Proposta Corrigido
Valor total Arenado Asfáltico 230.845,66 201.989,95
Diferença considerando areia extraída 28.855,71

IV – Resumo dos pagamentos indevidos no Contrato nº 38/2010.

Baseado nas definições já citadas neste relatório, temos que houve Pagamento Indevido
por:
a) Superfaturamento por Sobrepreço e Distorções Qualitativas, pois utilizou-se de
areia comercial em detrimento de solução mais econômica com utilização de areia
extraída, sem apresentar justificativa técnica para isso, no serviço de Camada
Drenante de Areia, totalizando o valor de R$ 110.850,74;
b) Superfaturamento por Sobrepreço, pois utilizou-se o preço de areia comercial em
detrimento de solução mais econômica com utilização de areia extraída,
contrariando o Projeto Executivo e o Acórdão TCU nº 1994/2010, sem apresentar
justificativa técnica para isso, no serviço de Base Estabilizada
Granulometricamente com Mistura de 20% de Areia, totalizando o valor de R$
554.516,32;
c) Superfaturamento por Sobrepreço, pois utilizou-se o preço de areia comercial em
detrimento de solução mais econômica com utilização de areia extraída,
contrariando o Projeto Executivo, sem apresentar justificativa técnica para isso,
no serviço de Arenado Asfáltico, totalizando o valor de R$ 28.855,71.

Portanto, houve pagamentos indevidos no Contrato nº 38/2010, que totalizaram o valor


de R$ 694.222,77.
o#tF
a/

Causa

Pagamento de serviços com preços acima do mercado, gerando prejuízos para


Administração.
u#asC
/

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 097/2018-SRDNIT/RR, de 09 de março de 2018, a


Superintendência Regional do DNIT no Estado de Roraima apresentou a seguinte
manifestação:
“1. Em atenção ao vosso ofício em referência, lembro que os Contratos n.
031/2010 e 038/2014, objetos da análise do Relatório n. 20160165, são instrumentos
firmados entre o Governo do Estado de Roraima, com a interveniência da Secretaria de
Estado da Infraestrutura de Roraima - SEINF/RR, e as empresas Meirelles Mascarenhas
Ltda e Cavalca Construções e Mineração Ltda., competindo aquele órgão a fiscalização,
o recebimento, o aceite e o pagamento dos serviços contratados.

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2. Enquanto que, ao DNIT enquanto concedente nos convênios firmados com
entes da federação, compete a análise e a apresentação dos planos de trabalho, bem
como o recebimento das obras/serviços e da prestação de contas.
3. Razão pela qual, em 09/02/2018, esta Superintendência encaminhou o Ofício
n. 83/2018 ao Diretor do Departamento de Infraestrutura de Transportes da SEINF -
DEIT/SEINF, solicitando que apresentasse as justificativas e os esclarecimentos
concernentes aos achados constantes do Relatório retro, conforme cópia anexa, sendo
que até a presente data não nos foi encaminhado nenhum expediente.
4. Assim, será reiterado a solicitação a SEINF e, tão logo enviem as justificativas
e os esclarecimentos solicitados por cossa senhoria, vos será encaminhado.”

Por meio do Ofício GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 361/2018, de 14 de março de 2018,


a Secretaria de Estado da Infraestrutura de Roraima - SEINF/RR apresentou a seguinte
manifestação:
“Com os cumprimentos, em resposta ao Processo N° 00221.1000014/2016-
01/OF. N° 2462/2018/NAC/RR/Regional/RR-CGU, encaminho a Vossa Excelência, o
MEMO N° 081/2018/DEIT/SEINF, com os Relatórios de Justificativas das constatações
indicadas pela Auditoria da CGU/RR, referente aos contratos n° 031/2010 e 038/2014 -
BR-210, Lote 1.5.

O referido Memo enviou anexo o Ofício OF-042/2018 da empresa Cavalca


Construções e Mineração Ltda., de 13 de março de 2018, que para essa constatação
apresentou as seguintes justificativas: (...)

I - Camada Drenante de Areia.


A utilização de areia comercial em colchões drenantes: o equivalente de areia é
definido pelo projetista através de cálculos que levam em consideração a permeabilidade
e vazão necessária. A empresa seguiu orientação de projeto e de fiscalização da obra
quanto ao uso da areia adequada para este tipo de serviço;
II - Base Estabilizada Granulometricamente com Mistura de 20% de Areia.
Na 1ª Revisão em Fase de Obras a composição unitária do serviço Base
Estabilizada Granulometricamente com Mistura de 20% de Areia foi alterada. A areia
comercial foi substituída por areia extraída de acordo com o projeto executivo;
III - Arenado asfáltico.
A areia utilizada no arenado asfáltico foi areia comercial. No início dos serviços
tentou-se fazer uso da areia extraída. Mas por dois motivos optou-se pela areia
comercial: a areia extraída era mais fina e acabava por "puxar" mais o CM-30 aplicado
na imprimação, formando uma camada fina pouco aderente à base. Não obstante, a
mesma apresentava muitas impurezas de maior volume como raízes e pedras, o que
atrapalhava em muito a imediata liberação ao tráfego.”
oaU
c#ndM
xm
Eistfe/

Análise do Controle Interno

Considerando as informações apresentadas pela SEINF-RR, segue análise separada por


itens:

I - Camada Drenante de Areia.

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Apesar de a empresa ter seguido a orientação do projeto, não houve justificativa
técnica para a não utilização da areia extraída nesse serviço, pois, conforme o projeto
executivo, o equivalente de areia extraída ficou acima de 60%. Sendo assim, a areia
extraída poderia ter sido utilizada, o que evitaria o superfaturamento nesse item.

II - Base Estabilizada Granulometricamente com Mistura de 20% de Areia.


Não foi apresentada a dita 1ª Revisão em Fase de Obras com a correção da
composição unitária utilizando-se areia extraída.

III - Arenado asfáltico.


A informação apresentada pela empresa foi de encontro ao projeto executivo, e
corrigiu a falha naquele projeto, portanto há justificativa para o preço ofertado. Assim,
não será considerado o superfaturamento nesse ponto específico.

Após as devidas justificativas analisadas tem-se que houve decréscimo nos


pagamentos indevidos de R$ 694.222,77 para R$ 665.367,06.
orInC
#estA
li/a

Recomendações:
Recomendação 1: Recomenda-se ao DNIT-Sede tomar as medidas cabíveis para o
ressarcimento do valor de R$ 665.367,06, referente aos serviços de camada drenante de
areia e base estabilizada com mistura de areia, pagos indevidamente no convênio TC nº
773/2009.

1.1.1.6 CONSTATAÇÃO

Pagamentos duplicados no Convênio Nº 654932 (TC nº 773/2009), no valor de R$


1.717.342,23 (PI).

Fato

Para os Contratos nº 31/2010 e 38/2014, assinados entre o Governo do Estado de Roraima,


e as empresas Construtora Meirelles Mascarenhas Ltda. – CNPJ: 03.477.793/0001-22 e
Cavalca Construções e Mineração Ltda. – CNPJ: 79.201.539/0001-69, respectivamente,
foram realizados pagamentos duplicados ou incongruentes no item Terraplenagem que
geraram pagamentos indevidos no valor de R$ 1.859.991,00 (PI), calculados de forma
conservadora, uma vez que considerou-se o menor dos preços propostos nos Contratos
nos 31/2010 e 38/2014. Da análise das medições dos contratos, verifica-se que foram
pagos quantitativos além daqueles previstos no Projeto Executivo, conforme descrito a
seguir.

No Contrato nº 31/2010, até a 25ª Medição, o acumulado pago de Terraplenagem foi de


R$ 4.289.621,52, considerando os preços corrigidos após determinações do TCU,
conforme tabela a seguir.

Tabela – Pagamentos de Terraplenagem no Contrato nº 31/2010.

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32
Projeto
25ª Medição (CMM)
Executivo
Descrição Und
Pr. Unit. Pr. Total
Qtde Qtde
(R$) (R$)
DESM. DEST. E LIMP. ÁREAS C/
ARV. DIAM. ATÉ 0,15M m² 1.629.844,66 385.617,40 0,37 142.678,44
ESC. CARGA TRANSP. MAT 1A
CAT DMT 50M m³ 99.072,00 47.216,65 1,89 89.239,47
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
50 A 200M C/ESCAVADEIRA m³ 34.299,00 7.858,18 5,98 46.991,92
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
200 A 400M C/ESCAVADEIRA m³ 20.058,00 15.753,88 6,49 102.242,68
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
400 A 600M C/ESCAVADEIRA m³ 8.263,00 19.783,68 6,99 138.287,92
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
600 A 800M C/ESCAVADEIRA m³ 28.567,00 21.334,62 7,53 160.649,69
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
800 A 1000M C/ESCAVADEIRA m³ 64.681,00 15.444,64 7,87 121.549,32
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
1000 A 1200M C/ESCAVADEIRA m³ 35.523,00 16.838,66 8,49 142.960,22
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
1200 A 1400M C/ESCAVADEIRA m³ 30.271,00 14.149,10 8,85 125.219,54
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
1400 A 1600M C/ESCAVADEIRA m³ 14.432,00 12.371,21 9,19 113.691,42
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
1600 A 1800M C/ESCAVADEIRA m³ 16.047,00 9.178,22 9,47 86.917,74
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
1800 A 2000M C/ESCAVADEIRA m³ 14.763,00 9.603,97 9,89 94.983,26
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
2000 A 3000M C/ESCAVADEIRA m³ 60.815,00 14.505,65 11,65 168.990,82
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
3000 A 5000M C/ESCAVADEIRA m³ 30.942,00 34.126,48 15,37 524.524,00
ESC. CARGA TRANSP. SOLOS
MOLES DMT 50 A 200M m³ 8.293,00 16.320,87 15,94 260.154,67
CAMADA DRENANTE DE AREIA m³ 31.436,00 16.320,87 86,15 1.406.042,95
COMPACTAÇÃO DE ATERROS A
95% PROCTOR NORMAL m³ 132.577,11 2,74 363.261,28
COMPACTAÇÃO DE ATERROS A
100% PROCTOR NORMAL m³ 201.530,51 61.728,89 3,26 201.236,18
COMPACTAÇÃO DE ATERROS A
100% PI m³ 186.678,81
Pago na Terraplenagem no Contrato nº 31/2010 .......... R$ 4.289.621,52
Fonte: 25ª Medição (Ajuste) e Medição Indenizatória do Contrato nº 31/2010.

No Contrato nº 38/2014, até a 41ª Medição, o acumulado pago de Terraplenagem foi de


R$ 5.362.851,43, conforme tabela a seguir.

Tabela – Pagamentos de Terraplenagem no Contrato nº 38/2014.

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33
Projeto
41ª Medição (Cavalca)
Executivo
Descrição Und Pr.
Pr. Total
Qtde Qtde Unit.
(R$)
(R$)
DESM. DEST. E LIMP. ÁREAS C/
ARV. DIAM. ATÉ 0,15M m² 1.629.844,66 1.629.764,49 0,39 635.608,15
DESTOCAMENTO DE ÁRVORES
C/ DIÂM. 0,15 A 0,30M Und 4.862,00 4.860,00 34,60 168.156,00
DESTOCAMENTO DE ÁRVORES
C/ DIÂM. > 0,30M Und 155,00 154,00 86,50 13.321,00
ESC. CARGA TRANSP. MAT 1A
CAT DMT 50M m³ 99.072,00 98.045,15 2,03 199.031,65
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
50 A 200M C/ESCAVADEIRA m³ 34.299,00 25.731,00 6,31 162.362,61
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
200 A 400M C/ESCAVADEIRA m³ 20.058,00 15.978,28 6,85 109.451,22
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
400 A 600M C/ESCAVADEIRA m³ 8.263,00 8.121,56 7,35 59.693,47
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
600 A 800M C/ESCAVADEIRA m³ 28.567,00 28.222,00 7,93 223.800,46
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
800 A 1000M C/ESCAVADEIRA m³ 64.681,00 49.676,10 8,29 411.814,87
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
1000 A 1200M C/ESCAVADEIRA m³ 35.523,00 35.202,00 8,91 313.649,82
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
1200 A 1400M C/ESCAVADEIRA m³ 30.271,00 29.882,85 9,30 277.910,50
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
1400 A 1600M C/ESCAVADEIRA m³ 14.432,00 13.832,00 9,67 133.755,44
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
1600 A 1800M C/ESCAVADEIRA m³ 16.047,00 13.896,00 9,97 138.543,12
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
1800 A 2000M C/ESCAVADEIRA m³ 14.763,00 6.524,00 10,38 67.719,12
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
2000 A 3000M C/ESCAVADEIRA m³ 60.815,00 52.751,00 12,21 644.089,71
ESC. CARGA TR. MAT 1A C. DMT
3000 A 5000M C/ESCAVADEIRA m³ 30.942,00 14.798,59 16,10 238.257,30
ESC. CARGA TRANSP. SOLOS
MOLES DMT 50 A 200M m³ 8.293,00 3.025,00 15,63 47.280,75
ESC. CARGA TRANSP. SOLOS
MOLES DMT 200 A 400M m³ 5.554,00 3.193,00 16,98 54.217,14
ESC. CARGA TRANSP. SOLOS
MOLES DMT 400 A 600M m³ 10.175,00 7.662,00 17,56 134.544,72
ESC. CARGA TRANSP. SOLOS
MOLES DMT 600 A 800M m³ 2.856,00 2.856,00 18,23 52.064,88
ESC. CARGA TRANSP. SOLOS
MOLES DMT 1000 A 1200M m³ 3.448,00 3.190,00 21,29 67.915,10
CAMADA DRENANTE DE AREIA m³ 31.436,00 2.486,00 67,92 168.849,12
COMPACTAÇÃO DE ATERROS A
100% PROCTOR NORMAL m³ 201.530,51 200.120,77 3,33 666.402,16
COMPACTAÇÃO DE ATERROS A
100% PI ACABAMENTO m³ 186.678,81 90.656,93 4,13 374.413,12
Item Terraplenagem no Contrato nº 38/2014 .......... R$ 5.362.851,43
Fonte: 41ª Medição do Contrato nº 38/2014.

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34
As tabelas a seguir demonstram a comparação entre os quantitativos previstos no Projeto
Executivo e os pagos nos Contratos de nos 31/2010 e 38/2014, bem como os respectivos
cálculos de pagamentos indevidos, considerando o menor valor proposto dos serviços
previstos nos contratos.

Tabela – Serviços de Desm. Dest. Limpeza áreas árvores até 0,15m


Contrato nº Contrato nº Contratos
Projeto
31/2010 38/2014 31/2010 e
Descrição Und Executivo Diferença
25ª Medição 41ª Medição 38/2014
Qtde Qtde Qtde Qtde Paga
DESM. DEST. E
LIMP. ÁREAS C/
m² 1.629.844,66 385.617,40 1.629.764,49 2.015.381,89 385.537,23
ARV. DIAM. ATÉ
0,15M

Cálculo do Pagamento a maior no Contrato nº 31/2010 ou no Contrato nº 38/2014


Qtde paga a
Descrição Und Menor Preço Unitário Menor Preço Total
maior
DESM. DEST. E
LIMP. ÁREAS C/
m² 385.537,23 0,37 142.648,78
ARV. DIAM. ATÉ
0,15M
Fonte: Medições Acumuladas 25ª (Contrato nº 31/2010) e 41ª (Contrato nº 38/2014).

Da tabela acima, tem-se que foram pagos indevidamente R$ 142.648,78, considerando o


menor dos preços propostos.

Tabela – Serviços de Escavação, Carga e Transporte Mat. 1ª Cat DMT´s diversas


Contrato nº Contrato nº Contratos
Projeto
31/2010 38/2014 31/2010 e
Descrição Und Executivo Diferença
25ª Medição 41ª Medição 38/2014
Qtde Qtde Qtde Qtde Paga
ESC. CARGA
TRANSP. MAT 1A
CAT DMT 50M m³ 99.072,00 47.216,65 98.045,15 145.261,80 46.189,80
ESC. CARGA TR. MAT 1A C/ESCAVADEIRA - DMT:
50 A 200M m³ 34.299,00 7.858,18 25.731,00 33.589,18 -709,82
200 A 400M m³ 20.058,00 15.753,88 15.978,28 31.732,16 11.674,16
400 A 600M m³ 8.263,00 19.783,68 8.121,56 27.905,24 19.642,24
600 A 800M m³ 28.567,00 21.334,62 28.222,00 49.556,62 20.989,62
800 A 1000M m³ 64.681,00 15.444,64 49.676,10 65.120,74 439,74
1000 A 1200M m³ 35.523,00 16.838,66 35.202,00 52.040,66 16.517,66
1200 A 1400M m³ 30.271,00 14.149,10 29.882,85 44.031,95 13.760,95
1400 A 1600M m³ 14.432,00 12.371,21 13.832,00 26.203,21 11.771,21
1600 A 1800M m³ 16.047,00 9.178,22 13.896,00 23.074,22 7.027,22
1800 A 2000M m³ 14.763,00 9.603,97 6.524,00 16.127,97 1.364,97
2000 A 3000M m³ 60.815,00 14.505,65 52.751,00 67.256,65 6.441,65
3000 A 5000M m³ 30.942,00 34.126,48 14.798,59 48.925,07 17.983,07

Cálculo do Pagamento a maior no Contrato nº 31/2010 ou no Contrato nº 38/2014

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Qtde paga
Descrição Und Menor Preço Unitário Menor Preço Total
a maior
ESC. CARGA
TRANSP. MAT 1A
CAT DMT 50M m³ 46.189,80 1,89 87.298,72
ESC. CARGA TR. MAT 1A C/ESCAVADEIRA - DMT:
200 A 400M m³ 11.674,16 6,49 75.765,30
400 A 600M m³ 19.642,24 6,99 137.299,26
600 A 800M m³ 20.989,62 7,53 158.051,84
800 A 1000M m³ 439,74 7,87 3.460,75
1000 A 1200M m³ 16.517,66 8,49 140.234,93
1200 A 1400M m³ 13.760,95 8,85 121.784,41
1400 A 1600M m³ 11.771,21 9,19 108.177,42
1600 A 1800M m³ 7.027,22 9,47 66.547,77
1800 A 2000M m³ 1.364,97 9,89 13.499,55
2000 A 3000M m³ 6.441,65 11,65 75.045,22
3000 A 5000M m³ 17.983,07 15,37 276.399,79
Valor total pago a maior ............ R$ 1.263.564,97
Fonte: Medições Acumuladas 25ª (Contrato nº 31/2010) e 41ª (Contrato nº 38/2014).

Da tabela acima, tem-se que foram pagos indevidamente R$ 1.263.654,97, considerando


o menor dos preços propostos.

Tabela – Serviços de Escavação, Carga e Transporte Solos Moles DMT´s diversas


Projeto Contrato nº Contrato nº Contratos
Executiv 31/2010 38/2014 31/2010 e
Descrição Und o 25ª Medição 41ª Medição 38/2014 Diferença
Qtde Qtde Qtde Qtde Paga
ESC. CARGA TRANSP. SOLOS MOLES DMT:
50 A 200M m³ 8.293,00 16.320,87 3.025,00 19.345,87 11.052,87
200 A 400M m³ 5.554,00 3.193,00 3.193,00 -2.361,00
400 A 600M m³ 10.175,00 7.662,00 7.662,00 -2.513,00
600 A 800M m³ 2.856,00 2.856,00 2.856,00 0,00
1000 A 1200M m³ 3.448,00 3.190,00 3.190,00 -258,00
Diferença total entre quantitativos pagos e previstos no Projeto Executivo
.................. R$ 5.920,87

Cálculo do Pagamento a maior no Contrato nº 31/2010 ou no Contrato nº 38/2014


Qtde
Descrição Und paga a Menor Preço Unitário Menor Preço Total
maior
ESC. CARGA TRANSP. SOLOS MOLES DMT:
50 A 200M m³ 5.920,87 15,94 94.378,67
Fonte: Medições Acumuladas 25ª (Contrato nº 31/2010) e 41ª (Contrato nº 38/2014).

Da tabela acima, tem-se que foram pagos indevidamente R$ 93.378,67, considerando o


menor dos preços propostos.

Importa ressaltar que se há diferença de quantitativo no serviço de Escavação, Carga e


Transporte de Solos Moles em DMT´s diversas, haverá diferença também no serviço de

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Camada Drenante de Areia, pois um é vinculado ao outro. Atualmente, de acordo com as
medições apresentadas, verifica-se que não houve medições de serviços de Camada
Drenante de Areia congruentes com as medições dos serviços de Escavação, Carga e
Transporte de Solos Moles em DMT´s diversas no Contrato nº 38/2014.

Tabela – Compactação de aterros


Contrato Contrato
Contratos
Projeto nº 31/2010 nº 38/2014
31/2010 e
Descrição Und Executivo 25ª 41ª Diferença
38/2014
Medição Medição
Qtde Qtde Qtde Qtde Paga
COMPACTAÇÃO DE
ATERROS A 95% m³ 132.577,11
PROCTOR NORMAL
200.120,77 332.697,88 131.167,37
COMPACTAÇÃO DE
ATERROS A 100% m³ 201.530,51
PROCTOR NORMAL 61.728,89
COMPACTAÇÃO DE
m³ 186.678,81 90.656,93 152.385,82 -34.292,99
ATERROS A 100% PI

Cálculo do Pagamento a maior no Contrato nº 31/2010 ou no Contrato nº 38/2014


Qtde paga
Descrição Und Menor Preço Unitário Menor Preço Total
a maior
COMPACTAÇÃO DE
2,74 359.398,59
ATERROS A 95% m³ 131.167,37
PROCTOR NORMAL
Fonte: Medições Acumuladas 25ª (Contrato nº 31/2010) e 41ª (Contrato nº 38/2014).

Da tabela acima, tem-se que foram pagos indevidamente R$ 359.398,59, considerando o


menor dos preços propostos.

A tabela a seguir apresenta o resumo dos valores pagos indevidamente no Contrato nº


31/2010 ou no Contrato nº 38/2014, de acordo com as tabelas apresentadas acima.

Tabela – Resumo dos pagamentos indevidos nos respectivos contratos


Contrato nº 31/2010 ou
Tabelas Anteriores
Contrato nº 38/2014
Serviços de Desm. Dest. Limpeza áreas árvores até 0,15m 142.648,78
Serviços de Escavação, Carga e Transporte Mat. 1ª Cat DMT´s diversas 1.263.564,97
Serviços de Escavação, Carga e Transporte Solos Moles DMT´s diversas 94.378,67
Compactação de aterros 359.398,59
Total nos contratos ................. R$ 1.859.991,00

Portanto, houve pagamentos indevidos no Convênio nº 654932 (TC nº 773/2009),


firmado entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT e o
Governo do Estado de Roraima, no valor de R$ 1.859.991,00 (PI), considerando o menor
dos valores propostos nos Contratos nos 31/2010 e 38/2014.
o#tF
a/

Causa

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Pagamento de serviços com preços acima do mercado, gerando prejuízos para
Administração.
u#asC
/

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 097/2018-SRDNIT/RR, de 09 de março de 2018, a


Superintendência Regional do DNIT no Estado de Roraima apresentou a seguinte
manifestação:
“1. Em atenção ao vosso ofício em referência, lembro que os Contratos n.
031/2010 e 038/2014, objetos da análise do Relatório n. 20160165, são instrumentos
firmados entre o Governo do Estado de Roraima, com a interveniência da Secretaria de
Estado da Infraestrutura de Roraima - SEINF/RR, e as empresas Meirelles Mascarenhas
Ltda e Cavalca Construções e Mineração Ltda., competindo aquele órgão a fiscalização,
o recebimento, o aceite e o pagamento dos serviços contratados.
2. Enquanto que, ao DNIT enquanto concedente nos convênios firmados com
entes da federação, compete a análise e a apresentação dos planos de trabalho, bem
como o recebimento das obras/serviços e da prestação de contas.
3. Razão pela qual, em 09/02/2018, esta Superintendência encaminhou o Ofício
n. 83/2018 ao Diretor do Departamento de Infraestrutura de Transportes da SEINF -
DEIT/SEINF, solicitando que apresentasse as justificativas e os esclarecimentos
concernentes aos achados constantes do Relatório retro, conforme cópia anexa, sendo
que até a presente data não nos foi encaminhado nenhum expediente.
4. Assim, será reiterado a solicitação a SEINF e, tão logo enviem as justificativas
e os esclarecimentos solicitados por cossa senhoria, vos será encaminhado.”

Por meio do Ofício GAB/SEINF/OFÍCIO Nº 361/2018, de 14 de março de 2018,


a Secretaria de Estado da Infraestrutura de Roraima - SEINF/RR apresentou a seguinte
manifestação:
“Com os cumprimentos, em resposta ao Processo N° 00221.1000014/2016-
01/OF. N° 2462/2018/NAC/RR/Regional/RR-CGU, encaminho a Vossa Excelência, o
MEMO N° 081/2018/DEIT/SEINF, com os Relatórios de Justificativas das constatações
indicadas pela Auditoria da CGU/RR, referente aos contratos n° 031/2010 e 038/2014 -
BR-210, Lote 1.5.”

O referido Memo enviou anexo o Ofício OF-042/2018 da empresa Cavalca


Construções e Mineração Ltda., de 13 de março de 2018, que para essa constatação
apresentou as seguintes justificativas: (...)

Pagamentos duplicados (contrato 31/2010 e 38/2014).


1 - Serviços de Desm. Dest. Limpeza áreas árvores até 0,15m.
Serviço que antecede todos os demais em terraplenagem. A empresa do contrato
nº 31/2010 executou e mediu extensão maior do que deixou com terraplenagem
concluída. Como houve um lapso temporal entre o fim dos serviços da 1ª contratada e o
início dos serviços da 2ª contratada, muitas áreas tiveram que ter novo desmate para que
os serviços subsequentes pudessem ser executados pela atual contratada;
2 - Serviços de Escavação, Carga e Transporte Mat. 1ª Cat DMT's diversas.

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A 1ª Revisão em fase de obras apresenta nova distribuição de massa com as
devidas seções primitivas levantadas no início dos serviços contratados. Tem o seu
aumento geométrico evidenciado principalmente por: mudança de solução de pavimento
do projeto básico para o executivo, onde no básico estava prevista a manutenção da cota
de greide existente na pista. No projeto executivo foi considerado um lançamento de uma
nova base sobre a já existente. No entanto, foi considerada a cota de greide prevista no
projeto básico para execução dos acostamentos, o que gerou um acréscimo de volume
em todos os trechos onde foram previstos a implantação de acostamento;
3 - Serviços de Escavação, Carga e Transporte Solos Moles DMT's diversas.
O volume observado em campo de solo que deveria ser substituído para
estabilização do talude aterro foi maior do que o previsto. No entanto, foi observado que
não havia necessidade em muitos destes pontos da execução de colchão drenante de areia
e sim apenas de substituição, homogeneização e compactação adequada de novo
material de aterro. Com isso, houve a economia de serviço não necessário ao escopo do
serviço de terraplenagem;
4 - Compactação de aterros.
Idem justificatica nº 2
Assim sendo, a empresa fica à disposição para dirimir qualquer dúvida que possa
ocorrer.”
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Eistfe/

Análise do Controle Interno

Considerando que a manifestação da SEINF/RR, para esta constatação específica,


somente apresentou informações da empresa contratada por intermédio do contrato nº
38/2014, tem-se que:

1 - Serviços de Desm. Dest. Limpeza áreas árvores até 0,15m.


Pelas informações apresentadas, esse valor a maior foi pago no contrato nº 31/2010, que
após a demora na contratação de outra empresa para continuação da obra, tais serviços
foram perdidos e tiveram que ser refeitos, ou seja, a administração pagou novamente o
serviço. A informação apresentada pela empresa justificou o pagamento do serviço no
contrato nº 38/2014. Assim, não será considerado o superfaturamento nesse ponto
específico.

2 - Serviços de Escavação, Carga e Transporte Mat. 1ª Cat DMT's diversas.


Não foi apresentada a dita 1ª Revisão em Fase de Obras com a justificativa para esse
pagamento a maior quando comparados os dois contratos da referida obra.

3 - Serviços de Escavação, Carga e Transporte Solos Moles DMT's diversas.


Não foi apresentada justificativa pela empresa sobre a diferença de quantitativo pago a
maior na soma dos dois contratos quando comparados com o Projeto Executivo.

4 - Compactação de aterros.
Não foi apresentada a dita 1ª Revisão em Fase de Obras com a justificativa para esse
pagamento a maior quando comparados os dois contratos da referida obra.

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Após as devidas justificativas analisadas, tem-se que houve decréscimo nos pagamentos
indevidos de R$ 1.859.991,00 para R$ 1.717.342,23.
orInC
#estA
li/a

Recomendações:
Recomendação 1: Recomenda-se ao DNIT-Sede tomar as medidas cabíveis para o
ressarcimento do valor de R$ 1.717.342,23, referente aos serviços de terraplenagem,
pagos indevidamente no convênio TC nº 773/2009.

III – CONCLUSÃO

Em face dos exames realizados, somos de opinião que a Unidade Gestora deve adotar
medidas corretivas com vistas a elidirem os pontos ressalvados nos itens:

1.1.1.3. Pagamentos indevidos referentes aos serviços de camada drenante de areia, cerca
de arame farpado e instalação de usina de asfalto totalizando R$ 3.453.628,41 (PI) no
Contrato nº 31/2010, referente à obra de restauração do Lote 1.5 da BR-210. Cabe
destacar que nesses serviços os pagamentos indevidos foram realizados com recursos de
ambas as partes integrantes do Convênio: União e Estado de Roraima. Com recursos da
União foram pagos indevidamente R$ 2.171.378,96, e no tocante ao Estado de Roraima,
R$ 1.282.249,45, cabendo aos órgãos competentes as ações respectivas de ressarcimento.

1.1.1.5. Pagamentos indevidos por utilização de areia comercial em detrimento da areia


extraída totalizando R$ 665.367,06 (PI) no Contrato nº 38/2014, referente à obra de
restauração do Lote 1.5 da BR-210.

1.1.1.6. Pagamentos indevidos relativos aos serviços de terraplenagem nos contratos nº


31/2010 e 38/2014, Convênio nº 654932 (TC nº 773/2009), firmado entre o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT e o Governo do Estado de Roraima, no
valor de R$ 1.717.342,23 (PI).

Boa Vista/RR, 02 de abril de 2018.

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