Você está na página 1de 15

PUBLICAÇÕES

CGU

CRG
MM
MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL

GUIA DE AUTOAVALIAÇÃO 2022


CRG-MM v2.0

UMA PUBLICAÇÃO DA CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO | CGU

Brasília • abril de 2022


CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO – CGU
Setor de Autarquias Sul (SAS) , Quadra 1, Bloco A,
Edifício Darcy Ribeiro, Brasília/DF CEP: 70070-905
cgu@cgu.gov.br

WAGNER DE CAMPOS ROSÁRIO


Ministro da Controladoria-Geral da União

JOSÉ MARCELO CASTRO DE CARVALHO


Secretário-Executivo

ANTÔNIO CARLOS BEZERRA LEONEL


Secretário Federal de Controle Interno

ROBERTO CÉSAR DE OLIVEIRA VIÉGAS


Secretário de Transparência e Prevenção da Corrupção

JOÃO CARLOS FIGUEIREDO CARDOSO


Secretário de Combate à Corrupção

GILBERTO WALLER JÚNIOR


Corregedor-Geral da União

VALMIR GOMES DIAS


Ouvidor-Geral da União

COORDENADOR: Jorge Arzabe

GERENTE DO PROJETO: Jorge Arzabe

EQUIPE TÉCNICA:
Carla Cristina Gomes Arede
Iaci Pereira Castelo Branco de Mattos
Pedro Crisóstomo Rosário

Diagramação: Assessoria de Comunicação Social - Ascom / CGU

Copyright © 2022 Controladoria-Geral da União

Permitida a reprodução desta obra, de forma parcial ou total, sem fins lucrativos, desde que citada a fonte ou endereço da
internet no qual pode ser acessada integralmente em sua versão digital.
PUBLICAÇÕES
CGU

GUIA DE AUTOAVALIAÇÃO 2022

MODELO DE
MATURIDADE CORRECIONAL
CRG-MM v2.0

UMA PUBLICAÇÃO DA CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO | CGU

Brasília • abril de 2022


CONTEÚDO

APRESENTAÇÃO........................................................................................................................5

PROCESSO DE AUTAVALIAÇÃO CRG-MM ..................................................................................6

ASSISTÊNCIA AAA (AUTOAVALIAÇÃO ASSISTIDA).....................................................................7


R1 - Reunião Inicial................................................................................................................................... 8
R2 - Reunião KPAs 2.1 e 2.2...................................................................................................................... 8
R3 - Reunião KPAs 2.3, 2.4, 2.5 e 2.6........................................................................................................ 9
Diretrizes de condução da Autoavaliação Assistida .................................................................................. 9

IMPLEMENTAÇÃO DE UM KPA – MACROPROCESSO-CHAVE ..................................................10


Existência de Atividade Essencial............................................................................................................ 10
Institucionalização de Atividade Essencial............................................................................................... 10

CRITÉRIOS PARA ANÁLISE / VALIDAÇÃO DE EVIDÊNCIAS.......................................................11

ESTABELECIMENTO DO NÍVEL ALMEJADO DE MATURIDADE CORRECIONAL .........................12

ELABORAÇÃO DE PLANO DE AÇÃO ........................................................................................13

ENCERRAMENTO DA AUTOAVALIAÇÃO DA MATURIDADE CORRECIONAL..............................14


APRESENTAÇÃO
O presente Guia oferece um roteiro para a realização da autoavaliação do nível de maturidade correcional da
organização.
Importante salientar que o CRG-MM ajuda a aprimorar os processos gerenciais e sua utilização tem um caráter per-
manente e contínuo, em que pese haver um calendário para o registro das informações coletadas na autoavaliação
da maturidade correcional, para que seja possível a aferição do nível de maturidade correcional e a identificação de
atividades a serem implementadas ou aperfeiçoadas.
Em 2022, a autoavaliação passará a incorporar um processo de assistência que será conduzido pela Corregedoria-
-Geral da União com o apoio dos Núcleos de Ações de Correição (NACORs) das Superintendências Regionais da
Controladoria-Geral da União.
Tal assistência permitirá a realização do diagnóstico da gestão correcional das Unidades Setoriais de Correição – USCs
do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal - SisCor com base no Modelo de Maturidade Correcional –
CRG-MM, de forma colaborativa, o que trará diversos benefícios, dentre eles:
• Incentivar maior reflexão sobre o tema da gestão correcional;
• Aperfeiçoar a autonomia das USCs no processo de autoavaliação;
• Desenvolver o trabalho colaborativo;
• Aumentar a consciência da relevância da atividade correcional; e
• Aprimorar os processos de trabalho, visto que em um curto espaço de tempo, será possível identificar,
priorizar e definir ações para elevar a qualidade das entregas e resultados correcionais, com reflexo na
melhora dos indicadores adotados pelo SisCor.
Para tanto, optou-se por um documento em linguagem direta e objetiva, que possa apoiar as Unidades Setoriais de
Correição – USCs ao longo de todas as etapas do processo.
Boa Leitura!

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - GUIA DE AUTOAVALIAÇÃO • 2022 5


PROCESSO DE AUTAVALIAÇÃO CRG-MM
O propósito do Modelo de Maturidade Correcional - CRG-MM é apoiar a construção e a sustentação de real ca-
pacidade correcional nas instituições públicas. Portanto, é fundamental que a autoavaliação seja realizada com rigor
para que se obtenha um retrato fiel da maturidade das atividades correcionais e proporcione subsídios a posterior
construção de estratégias para alcançar o nível almejado de maturidade correcional.
A autoavaliação da maturidade correcional será realizada e registrada em sistema específico da Controladoria-Geral da
União (e-Aud), cujo link será disponibilizado a USC, e onde deverão ser apresentados e/ou anexados os elementos
de comprovação de atendimento aos requisitos de Existência e Institucionalização das atividades essenciais já consoli-
dadas nas rotinas de trabalho da organização.
A compreensão, apropriação do objetivo, da lógica e dos conceitos contemplados compõem a fase preparatória.
Por isso, antes de partir para as etapas seguintes é importante que o Titular da USC, juntamente com as chefias e
líderes da unidade, reservem um tempo em suas agendas para CONHECER O MODELO.
Para conhecer o CRG-MM é imprescindível que os membros da USC envolvidos no processo de autoavaliação es-
tudem os conteúdos disponibilizados no endereço https:// corregedorias.gov.br/acoes-e-programas/siscor/2.0_mo-
delo-de-maturidade do Portal de Corregedorias e discutam internamente os seguintes pontos:
• Como o CRG-MM se alinha aos propósitos e objetivos da USC?
• Quais benefícios e resultados a USC vislumbra alcançar com a utilização do CRG-MM?
• Como tirar o melhor proveito do CRG-MM como ferramenta de COMUNICAÇÃO e tomada de decisão
estratégica, AUTOAVALIAÇÃO da gestão correcional, e APERFEIÇOAMENTO ordenado da atividade
correcional?
• Há desafios na utilização da ferramenta CRG-MM? Como enfrentá-los?
Com estas questões em mente, o gestor da USC estará preparado para definir a ESTRATÉGIA DE IMPLEMEN-
TAÇÃO do CRG-MM que deverá ser delineada por meio do estabelecimento de diretrizes, tais como:

• Definição de como apresentar o CRG-MM aos profissionais que exercem a atividade correcional e de
como envolvê-los na aplicação do modelo.
• Estratégia de envolvimento da Alta Direção e das unidades relevantes para o sucesso da realização da
autoavaliação.
O sucesso da autoavaliação reside, portanto, no RIGOR com que é conduzida, de forma que a USC deve propor-
cionar ao(s) responsável(eis) por sua condução as CONDIÇÕES TÉCNICAS e a AUTONOMIA necessárias para a
sua criteriosa execução.

6 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


ASSISTÊNCIA AAA (AUTOAVALIAÇÃO ASSISTIDA)
Uma vez concluída a fase preparatória, a USC estará apta a participar do processo de assistência, com a finalidade
de aumentar a precisão dos resultados a partir da submissão das evidências selecionadas à apreciação de assistentes/
colaboradores externos.
A autoavaliação assistida será realizada pela equipe do CRG-MM da COPIS/DICOR/CRG e pelos Núcleos de Ação
de Correição – NACORs das Superintendências Regionais da CGU.
Ademais, de modo a facilitar a interlocução ao longo do processo, as organizações serão divididas em 4 grupos:
I. Administração Direta, Fundações e Autarquias que não sejam IFES’s - G1
II. Estatais e Agências Reguladoras - G2
III. Instituições Federais de Ensino Superior – IFES’s – G3 e G4
A assistência será realizada por meio de reuniões pré-agendadas ao longo das quais serão tratados tópicos específicos
e efetuadas as devolutivas consideradas pertinentes de acordo com os detalhes apresentados a seguir.

COPIS ASSISTENTE
ASSISTENTE ASSISTENTE
COPIS
R1 R1 - 3H COPIS
R2 - 1H R3 - 1H Encerramento
Agendamento Devolutiva & Validação Final Autoavaliação
por ordem Agendamento Devolutiva Devolutiva
alfabética R2 e R3

USC
USC USC USC
REGISTRA (*)
PREENCHE (*) REGISTRA (*) AJUSTA (**)
(*) Em até 5 dias úteis antes da data da
no e-Aud as próxima reunião agendada - R1, R2
O Nível 2 da no e-Aud as no e-Aud o
respostas e ou R3.
Planilha de respostas e conteúdo dos
evidências
Diagnóstico e evidências KPAs 2.1, 2.2, (**) Em até 5 dias úteis após a R3.
relativas aos
envia o arquivo relativas aos 2.3, 2.4, 2.5
KPAs 2.3, 2.4,
por e-mail KPAs 2.1 e 2.2 e 2.6
2.5 e 2.6

COPIS - Plantões semanais de dúvidas

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - GUIA DE AUTOAVALIAÇÃO • 2022 7


R1 - Reunião Inicial

Objetivo: Apresentação e discussão das considerações quanto ao diagnóstico do nível de maturidade correcional
atual da organização.
Tempo estimado: 3 horas

Pré requisitos:

• Conhecer o CRG-MM, etapa imprescindível à compreensão e apropriação do objetivo, da lógica e dos


conceitos contemplados no Modelo de Maturidade Correcional - CRG-MM.
• Efetuar um diagnóstico do nível de maturidade correcional atual da organização, utilizando a planilha de
diagnóstico disponibilizada em https://corregedorias.gov.br/acoes-e-programas/siscor/2.0_modelo-de-
maturidade. Tal atividade irá permitir a familiarização com a lógica de construção e da aplicação de modelos
de maturidade e um conhecimento estruturado das atividades correcionais preconizadas no CRG-MM,
sendo importante ressaltar que o preenchimento da planilha não constitui e nem substitui a realização da
autoavaliação propriamente dita.
• Enviar o resultado do diagnóstico para a equipe de assistência.
Resultados esperados:

• Validação do diagnóstico realizado pela USC e apresentação de eventuais proposições de aprimoramentos


a serem implementadas com vistas a elevar a adequação dos registros a serem realizados no e-Aud.
• Registro no sistema e-Aud da ata de reunião com os compromissos assumidos.
• Aprovação do cronograma de trabalho relativo às duas próximas etapas (reuniões).

R2 - Reunião KPAs 2.1 e 2.2

Objetivo: Validação da autoavaliação das atividades essenciais componentes dos KPAs 2.1 e 2.2.

Tempo estimado: 1 hora

Pré requisitos:

• Proceder uma criteriosa avaliação das atividades essenciais componentes dos KPAs 2.1 – Procedimentos
Correcionais Investigativos e do KPA 2.2 - Responsabilização de agentes públicos e entes privados a
partir do atendimento comprovado aos parâmetros estabelecidos para aceitação da existência e da
institucionalização e registro dos resultados no Sistema e-Aud.
Resultados esperados:

• Validação dos registros efetuados pela USC no e-Aud em relação às atividades essenciais dos KPAs 2.1 e
2.2 do nível 2.
• Registro no sistema e-Aud do status e sugestões de cada atividade.
• Registro no sistema e-Aud da ata de reunião com os compromissos assumidos.

8 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


R3 - Reunião KPAs 2.3, 2.4, 2.5 e 2.6

Objetivo: Validação da autoavaliação das atividades essenciais componentes dos KPAs 2.3 a 2.6.

Tempo estimado: 1 hora

Pré requisitos:

• Proceder uma criteriosa avaliação das atividades essenciais componentes dos KPA 2.3 – Desenvolvimento
profissional individual Procedimentos Correcionais Investigativos, KPA 2.4 – Planejamento, KPA 2.5 –
Gerenciamento e apresentação de informações, e KPA 2.6 – Interlocução e Cooperação a partir do
atendimento comprovado aos parâmetros estabelecidos para aceitação da existência e da institucionalização
e registro dos resultados no Sistema e-Aud.
Resultados esperados:

• Validação dos registros efetuados pela USC no e-Aud em relação às atividades essenciais dos KPAs 2.3 a
2.6 do nível 2.
• Registro no sistema e-Aud do status e sugestões de cada atividade.
• Registro no sistema e-Aud da ata de reunião com os compromissos assumidos.

Diretrizes de condução da Autoavaliação Assistida

I. A assistência verificará apenas o nível 2 do Modelo de Maturidade. Os demais níveis serão eventualmente
analisados posteriormente, a partir de demanda da USC.
II. O escopo da assistência não abrange a análise de mérito e/ou legalidade dos normativos/orientações/docu-
mentos avaliados como elementos de comprovação / evidências.
III. A CRG marcará a reunião inicial – R1, cujo pré-requisito será o encaminhamento da planilha diagnóstico
preenchida, para o e-mail crg.maturidade@cgu.gov.br .
IV. O agendamento das demais reuniões, R2 e R3, será efetuado durante a reunião inicial.
V. Para as reuniões R2 e R3, o pré-requisito será o registro no e-Aud das evidências dos KPAs 2.1 e 2.2 (R2) e
KPAs 2.3; 2.4; 2.5 e 2.6 (R3).
VI. Na hipótese de não envio do material pré-requisito dentro do prazo, que será sempre de até 5 dias úteis
antes da data agendada, não será possível realizar a reunião, seja ela R1, R2 ou R3.
VII. Em todas as reuniões, será fornecida uma devolutiva do material recebido a título de pré-requisito.
VIII. É recomendável a participação de, no mínimo, 2 pessoas por USC em cada reunião.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - GUIA DE AUTOAVALIAÇÃO • 2022 9


IMPLEMENTAÇÃO DE UM KPA – MACROPROCESSO-CHAVE
Um KPA (macroprocesso-chave) é considerado implementado apenas quando apresentadas evidências verificáveis de
que todas as suas atividades essenciais estão estabelecidas (existência) e são exercitadas (institucionalização).
Tais evidências abarcam normas, regramentos, documentos, memórias de reuniões e/ou entrevistas, levantamentos
estruturados de dados e informações e demais elementos de convicção quanto à efetiva previsão e implementação
das atividades essenciais, que uma vez incorporadas às rotinas e à cultura institucional favorecem o alcance do obje-
tivo, produtos, resultados e práticas institucionalizadas do KPA (macroprocesso-chave).
Desse modo, grande parte do esforço de autoavaliação estará centrado na identificação e coleta destes elementos,
trazendo credibilidade ao trabalho.

Existência de Atividade Essencial

A existência de uma Atividade Essencial está associada à sua inserção no âmbito das rotinas de trabalho da USC ou
da Organização. É verificada a partir de seu estabelecimento, mediante formalização de fluxos de trabalho, guias,
manuais, orientações e checklists.
Parâmetro de aceitação: A existência de uma Atividade Essencial está condicionada à comprovação material de que
a atividade foi prevista nos processos de trabalho da USC ou da Organização, o que normalmente ocorre mediante
a verificação/confirmação do estabelecimento formal de normas ou rotinas.
• Competências: podem ser demonstradas em normas ou regulamentos, em vigor e editados por autoridade
competente.
• Procedimentos, Responsabilidades e Prazos: os fluxos de trabalho, guias, manuais, orientações e checklists,
são evidências que documentam a existência de um determinado procedimento ou rotina. Estes
procedimentos podem ainda estar aprovados ou instituídos por normativo interno.
• Instrumentos: algumas atividades do CRG-MM preveem a adoção de um instrumento ou ferramenta, a
exemplo do uso de matriz de responsabilização. Nestes casos, o próprio instrumento constitui a evidência
a ser avaliada.

Institucionalização de Atividade Essencial

A institucionalização de uma Atividade Essencial está associada à sua consolidação no âmbito das rotinas de trabalho
da USC ou Organização. É verificada a partir de seus resultados/produtos materiais como documentos, processos,
dados, instrumentos de controles, etc.
Parâmetro de aceitação: A institucionalização de uma Atividade Essencial está condicionada à comprovação material
de que a atividade foi incorporada nos processos de trabalho da USC ou da Organização, o que normalmente ocorre
mediante a verificação/confirmação de geração de resultados/produtos materiais.
• Competências: o efetivo desempenho de uma competência pode ser demonstrado por atos ou decisões
exarados quando do seu exercício.
• Procedimentos, Responsabilidades e Prazos: aqui é preciso reunir evidências que demonstrem que os
procedimentos, práticas e orientações estabelecidos são de fato conhecidos e cumpridos. Neste sentido,
pode-se proceder a levantamentos amostrais de processos ou documentos, à análise de dados, sistemas,
etc.

10 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


• Instrumentos: a comprovação da institucionalização de um instrumento requer o levantamento de
evidências quanto à sua efetiva utilização. O que se deseja é a verificação da incorporação do seu uso no
dia a dia da administração.

CRITÉRIOS PARA ANÁLISE / VALIDAÇÃO DE EVIDÊNCIAS

Questão fundamental na apresentação de evidências é que tais elementos com-


probatórios sejam apresentados de forma direta e prontamente verificáveis,
apontando com precisão do que se trata, onde está situado, a forma para ser
acessada e que seu conteúdo seja passível de verificação. Isso faz-se necessário
tanto para eventual verificação do processo de autoavaliação quanto para a re-
cuperação e atualização de tais elementos por parte dos integrantes da própria
USC no âmbito da gestão de conhecimento da Unidade.
• no caso de uma evidência de existência de competência, não basta in-
dicar o normativo em que ela esteja disposta. É necessário que se identi-
fique em que item/ponto do mesmo tal competência está disposta e como
acessar tal normativo e verificar o seu conteúdo;
• no caso de uma evidência de existência de atos administrativos, não basta
indicar em qual processo o ato se encontra, mas também indicar onde ele
se localiza dentro do processo e forma de acesso de seu conteúdo. Outra
forma de apresentação de evidência seria a apresentação de cópia do do-
cumento, indicando em seu corpo a localização do conteúdo de interesse.
• no caso de evidência de existência de tratativas, não basta afirmar que
elas existem ou existiram. Tal afirmação deve ser corroborada por atas/
memórias de reunião, agendas públicas, etc.

Enquanto a equipe da USC que realiza a autoavaliação da maturidade correcional dispõe de parâmetros de aceitação
para lhe orientar na escolha das evidências a serem apresentadas, a equipe que realiza a assistência dispõe de critérios
de aceitação para pautar as suas análises e validação do mesmo material.
• Precisão: Refere-se à precisão quanto à identificação e apontamento de um item no conteúdo em uma
norma, documento, instrumento de controle cujo conteúdo corrobora a existência/institucionalização da ativi-
dade essencial. O resultado da análise se restringe a SIM / NÃO.
• Acessibilidade: Refere-se à possibilidade de real acesso à norma ou documento cujo conteúdo é apontado
como adequado e sufuciente para corroborar a existência/institucionalização da atividade essencial. O resul-
tado da análise se restringe a SIM / NÃO.
• Conteúdo: Refere-se às conclusões das análises procedidas no(s) conteúdo(s) do(s) documento(s) apresen-
tado(s) como elemento(s) de comprovação ao proposto como parâmetro de aceitação. O resultado da análise
se restringe a SIM / Resposta Errada / Resposta Insuficiente.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - GUIA DE AUTOAVALIAÇÃO • 2022 11


ESTABELECIMENTO DO NÍVEL ALMEJADO DE MATURIDADE CORRECIONAL

Após concluída a etapa de autoavaliação assistida, o nível almejado de ma-


turidade correcional a ser trabalhado durante os próximos 2 anos deve ser
definido/revisto/confirmado.

A definição do nível almejado deve ter como perspectiva de alcance, idealmente, o período de 2 anos, considerando a
capacidade operacional, o patrocínio da alta administração, dentre outras questões que impactam a institucionalização
de todas as atividades estabelecidas para o nível almejado. Esta é, portanto, uma decisão de natureza estratégica, que
deve ser tomada em conjunto com a direção da organização, de forma a garantir o alinhamento e a convergência
entre o nível de maturidade almejado e as estruturas de integridade e governança da instituição.
O principal desafio nesta etapa é ENVOLVER O CORPO DIRETIVO DA ORGANIZAÇÃO, de forma que a defi-
nição do nível almejado de maturidade correcional seja uma decisão da organização e não apenas uma meta interna
estabelecida isoladamente pela USC sem o envolvimento dos dirigentes da organização.
Além de investir em uma estratégia de comunicação que possa apresentar à Alta Direção os potenciais benefícios e
desafios que podem ser aportados pelo CRG-MM, a USC também deve estar preparada para conduzir as medidas
a serem adotadas após a tomada de decisão quanto ao nível de maturidade correcional mais adequado ao perfil
analisado.
Uma das premissas do CRG-MM é que as organizações não precisam alcançar um mesmo nível de maturidade cor-
recional, uma vez que ele deve ser proporcional à natureza, porte e complexidade de cada organização, bem como
ao ambiente e aos riscos aos quais esteja exposta.
A análise do perfil da organização contempla a discussão de questões como:
• Porte: organizações de grande porte, ou seja, grande volume de pessoas, de ativos, ou de unidades
dispersas devem estabelecer patamares mais elevados para a sua capacidade correcional, vez que
demandam maior estruturação dos macroprocessos finalísticos e gerenciais da atividade.
• Natureza: o negócio, ou missão institucional, deve ser considerado na definição do nível almejado de
maturidade correcional da organização. Órgãos e entidades cujo negócio envolva maior exposição a riscos
de corrupção, como o exercício de atividade de fiscalização, regulação, concessão de licenças e benefícios,
devem almejar um maior nível de capacidade correcional. Estas e outras funções públicas em que há risco
de captura de interesses, uso indevido de informações privilegiadas, ou intenso contato com agentes e
interesses privados, devem estar sustentadas em altos padrões de desempenho correcional e um forte
ambiente de integridade.
• Orçamento: as instituições que executam grande volume de recursos públicos, seja por meio de
contratações e aquisições, ou pelo repasse como estratégia de proteção e pronta resposta a eventuais
desvios na gestão destes recursos.
• Imagem: cada organização deve ainda ponderar eventuais riscos de imagem na definição de seu nível
almejado de maturidade correcional. Esta questão é especialmente importante para os órgãos e entidades
que devem zelar por uma sólida cultura de integridade institucional, cuja credibilidade é fortemente
ancorada na integridade de seus agentes.

12 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


ELABORAÇÃO DE PLANO DE AÇÃO
Concluída a autoavaliação e definido o nível almejado de maturidade correcional, a USC deverá elaborar um Plano de
Ação que contemple as ações necessárias à superação das lacunas identificadas com base no conhecimento adquirido
sobre os processos de trabalho conduzidos na Unidade, seus pontos fortes e fragilidades, as situações de disponibi-
lidade e necessidade de recursos (materiais, humanos, orçamentários, tecnológicos, etc.), bem como a sua situação
frente aos requisitos do CRG-MM.
A formalização do Plano de Ação tem como objetivo registrar, de forma organizada, o que deve ser feito e orientar a
condução dos esforços da organização para alcançar o nível de maturidade correcional almejado.
Ainda que a execução das ações seja conduzida por diferentes profissionais e setores, dentro e fora da USC, é impor-
tante estruturá-las em UM ÚNICO PLANO DE AÇÃO, de modo a facilitar a VISIBILIDADE por parte dos profissio-
nais que exercem a atividade correcional, da Alta Direção e das unidades parceiras quanto aos progressos alcançados
em direção ao nível almejado de maturidade correcional.
Em geral, um plano de ação deve contemplar os seguintes itens para cada ação a ser desenvolvida:
• Objetivo a ser alcançando;
• Lista de tarefas a serem executadas;
• Data de início e fim previsto;
• Orçamento alocado, se for o caso; e
• Responsável pela execução.
Outros pontos importantes a serem observados:
• Após listar todas as ações é importante PRIORIZÁ-LAS. Planos de Ação menos extensos tendem a gerar
maior adesão e empenho pelas partes envolvidas. Neste sentido, sugerimos alguns critérios de priorização,
garantindo que as AÇÕES-CHAVE (relevantes para a implementação de cada macroprocesso) recebam a
devida atenção.
• Com a priorização definida é hora de construir uma ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO. Para tanto, é
importante envolver os responsáveis pelo macroprocesso, principais conhecedores dos detalhes
operacionais que podem representar fatores de sucesso ou riscos à execução do Plano de Ação. Assim,
pode ser identificado o melhor momento para a execução de cada ação, patrocinadores essenciais para o
sucesso de uma ação, medidas que devem concentrar maior esforço de monitoramento etc.
• Estabeleça QUICK WINS (vitórias rápidas), ou seja, distribua ações de fácil execução ao longo do Plano de
Ação, pois elas reforçam o estímulo e a percepção de avanço. Começar um Plano de Ação por uma ação
de alto risco, ou difícil execução, pode ampliar a percepção de esforço, enquanto uma quick win pode
favorecer a integração da USC em torno da conquista.
• Quebre as ENTREGAS do Plano de Ação, comunicando com maior eficácia os avanços na sua execução. Por
exemplo, em lugar de estabelecer como única entrega a implementação do nível almejado de maturidade,
defina entregas intermediárias, como a implementação de um determinado conjunto de macroprocessos.
Assim, tanto a Alta Administração quanto a USC terão uma melhor percepção da capacidade correcional
adquirida ao longo do trabalho.
• A elaboração do Plano de Ação se encerra com a definição dos mecanismos e instrumentos de
MONITORAMENTO E COMUNICAÇÃO, essenciais ao bom andamento de sua execução.

• Estabeleça REUNIÕES PERIÓDICAS DE MONITORAMENTO das ações, e organize a DOCUMENTAÇÃO


DO PLANO DE AÇÃO, de modo que cada profissional saiba onde registrar ou acessar informações e
decisões relevantes.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - GUIA DE AUTOAVALIAÇÃO • 2022 13


• Utilize as melhores ferramentas institucionais para o monitoramento e a comunicação do Plano de Ação, a
exemplo de aplicativos de planejamento, de comunicações rápidas com os envolvidos e de organização de
tarefas, procurando a máxima eficiência no registro da execução de cada ação, e de transparência quanto
ao andamento do Plano.
• Invista na COMUNICAÇÃO, estabelecendo mecanismos apropriados para cada tipo de informação.

Importante salientar que as orientações apresentadas nesse Guia não são de


caráter obrigatório; são sobretudo referências de apoio às Unidades Setoriais
de Correição do SisCor, a serem consideradas segundo as condições e circuns-
tâncias específicas da organização.

ENCERRAMENTO DA AUTOAVALIAÇÃO DA MATURIDADE CORRECIONAL


O encerramento do processo de autoavaliação no Sistema e-Aud será efetuado pela equipe técnica da DICOR/
COPIS, após o que as informações registradas não poderão mais ser alteradas, embora continuem podendo ser
acessadas/consultadas pelas USCs. Tal procedimento visa garantir a estabilidade dos dados registrados, ao longo da
realização de processos de análise, elaboração de relatórios e apresentação dos resultados.

14 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


www.cgu.gov.br

cguonline cguonline cguoficial cguonline cguoficial

Você também pode gostar