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PUBLICAÇÕES

CGU

CRG
MM
MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL

REFERENCIAL TÉCNICO
Versão 2.0

UMA PUBLICAÇÃO DA CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO | CGU

Brasília • abril de 2022


CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO – CGU
Setor de Autarquias Sul (SAS) , Quadra 1, Bloco A,
Edifício Darcy Ribeiro, Brasília/DF CEP: 70070-905
cgu@cgu.gov.br

WAGNER DE CAMPOS ROSÁRIO


Ministro da Controladoria-Geral da União

JOSÉ MARCELO CASTRO DE CARVALHO


Secretário-Executivo

ANTÔNIO CARLOS BEZERRA LEONEL


Secretário Federal de Controle Interno

ROBERTO CÉSAR DE OLIVEIRA VIÉGAS


Secretário de Transparência e Prevenção da Corrupção

GILBERTO WALLER JÚNIOR


Corregedor-Geral da União

VALMIR GOMES DIAS


Ouvidor-Geral da União

JOÃO CARLOS FIGUEIREDO CARDOSO


Secretário de Combate à Corrupção

COORDENADOR: Jorge Arzabe

GERENTE DO PROJETO: Jorge Arzabe

EQUIPE TÉCNICA:
Carla Cristina Gomes Arêde
Iaci Pereira Castelo Branco de Mattos
Pedro Crisóstomo Rosário

Agradecimentos a todos que colaboraram na construção e aperfeiçoamento desse modelo.

Diagramação: Assessoria de Comunicação Social - Ascom / CGU

Copyright © 2022 Controladoria-Geral da União

Permitida a reprodução desta obra, de forma parcial ou total, sem fins lucrativos, desde que citada a fonte ou endereço da
internet no qual pode ser acessada integralmente em sua versão digital.
PUBLICAÇÕES
CGU

MODELO DE
MATURIDADE CORRECIONAL
CRG-MM

REFERENCIAL TÉCNICO
Versão 2.0

UMA PUBLICAÇÃO DA CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO | CGU

Brasília • abril de 2022


CONTEÚDO

Apresentação............................................................................................................................5
Histórico...................................................................................................................................6
O que é o CRG-MM...................................................................................................................6
Estrutura do CRG-MM...............................................................................................................8
Níveis de Maturidade...............................................................................................................9
Elementos de Avaliação.........................................................................................................11
KPA.........................................................................................................................................12
Implementação do KPA...........................................................................................................13
Evidências das Atividades Essenciais.....................................................................................14
KPA 2.1 – Procedimentos Correcionais Investigativos............................................................15
KPA 2.2 – Responsabilização de agentes públicos e entes privados......................................18
KPA 2.3 – Desenvolvimento profissional individual...............................................................21
KPA 2.4 – Planejamento.........................................................................................................22
KPA 2.5 – Gerenciamento e apresentação de informações....................................................23
KPA 2.6 – Interlocução e Cooperação.....................................................................................24
KPA 3.1 – Julgamento de processos correcionais acusatórios................................................25
KPA 3.2 – Profissionais Qualificados.......................................................................................26
KPA 3.3 – Transparência.........................................................................................................27
KPA 3.4 – Atuação com independência..................................................................................28
KPA 4.1 – Atuação preventiva a partir de riscos e vulnerabilidades......................................29
KPA 4.2 – Gestão eficaz de equipes........................................................................................30
KPA 4.3 – Medidas de resultados e desempenho...................................................................31
KPA 4.4 – Componente essencial da integridade...................................................................32
KPA 5.1 – USC reconhecida como agente de mudança..........................................................33
KPA 5.2 – Equipes engajadas.................................................................................................34
KPA 5.3 – USC no planejamento estratégico..........................................................................35
KPA 5.4 – USC reconhecida pela sociedade............................................................................36
Apresentação
A prevenção e combate à corrupção e o fortalecimento da integridade pública são temas prioritários para a sociedade
brasileira. Esta realidade impõe às organizações públicas o pleno desenvolvimento da sua maturidade correcional,
oferecendo uma resposta administrativa célere e efetiva às infrações e ilícitos identificados.
Como um marco do seu aniversário de 15 anos, o Sistema de Correição do Poder Executivo Federal (SisCor) con-
quistou mais uma ferramenta a contribuir com o aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas por suas unidades
componentes, o Modelo de Maturidade Correcional (CRG-MM).
O modelo apoia as unidades setoriais de correição (USCs) na identificação de seu nível de maturidade, fornecendo
parâmetros para o estabelecimento do patamar de desempenho desejado, considerando o porte e o perfil de risco
de suas operações sem, contudo, limitar os gestores a um conjunto de soluções pré-determinadas.
Agora, passados quase dois anos de seu lançamento, a Corregedoria-Geral da União vem apresentar a sua segunda
versão, que contempla melhorias implementadas no modelo a partir das contribuições e reflexões dos participantes
da 1ª rodada de autoavaliação realizada em 2020.
Com a certeza de que cada USC tirará o máximo proveito de seu processo de autoavaliação, é que lhes entregamos
a segunda versão do Modelo de Maturidade Correcional – CRG-MM, ferramenta para orientar seus esforços na
direção de uma melhor gestão e maior alcance de resultados no desempenho das atividades correcionais.

GILBERTO WALLER JÚNIOR


Corregedor-Geral da União

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 5


Histórico
O primeiro modelo de Maturidade foi desenvolvido na década de 1980, pelo Software Engineering Institute (SEI) da
Universidade Carnegie Mellon, como uma ferramenta para a avaliação de risco na contratação de empresas de sof-
tware pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Desde então, foram desenvolvidos modelos de maturidade em diferentes ramos da gestão, sempre com foco na
elevação da Maturidade dos processos e no aumento da previsibilidade de seus resultados, oferecendo instrumentos
para predizer a performance futura da organização naquela disciplina.
O CRG-MM foi construído com inspiração no Modelo de Maturidade de Auditoria Interna (IA-CM), desenvolvido
pelo Instituto dos Auditores Internos (IIA), e implementado na auditoria interna governamental do Poder Executivo
federal pela Secretaria Federal de Controle Interno da Controladoria-Geral da União na forma da Portaria CGU nº
777, de 18 de fevereiro de 2019.

Sobre o IA-CM

Desenvolvido pela IIA Research Foundation. O processo de


construção teve início em Outubro de 2006 e envolveu mais de 50
profissionais em mais de 20 países. A validação contou com mais de
300 profissionais em mais de 30 países e instituições internacionais.
O modelo foi publicado em 2009 e atualizado em 2017.

Por se tratar de um modelo internacional de Maturidade, o IA-CM possui escopo amplo e uma formatação complexa,
perfazendo 41 KPAs distribuídos em 6 elementos de avaliação.
A construção do CRG-MM partiu da síntese e da priorização dos componentes considerados essenciais à maturidade
da atividade correcional, no contexto específico do Sistema de Correição do Poder Executivo federal (SISCOR).
Num processo de depuração, buscou-se aliar a simplificação do conteúdo à qualidade e solidez técnica do modelo de
referência, proporcionando aos gestores do Poder Executivo federal, na implementação do CRG-MM, relação má-
xima entre custos x benefícios. Dada a natureza transversal do modelo, concebido para alcançar a todos os órgãos e
entidades do Poder Executivo federal a despeito da sua natureza jurídica, porte ou área de atuação, o CRG-MM pode
ser facilmente adaptado para a avaliação da Maturidade correcional nas demais esferas e poderes da administração
pública nacional, ampliando os potenciais benefícios da ferramenta.

O que é o CRG-MM
O CRG-MM é um modelo de avaliação da maturidade correcional de uma organização pública, estruturado em 5
níveis progressivos, diferenciados pelos graus de desempenho esperados e as características almejadas, cada um dos
quais divididos em 4 elementos que são as áreas avaliadas. O modelo ilustra, portanto, os estágios de desenvolvi-
mento da organização, na medida em que define, implementa, monitora e aperfeiçoa os seus processos e práticas
correcionais.

O CRG-MM identifica os fundamentos para uma atividade


correcional efetiva no setor público.

O grau de maturidade atingido em um nível torna-se a fundação necessária à progressão para o próximo patamar,
numa abordagem incremental que orienta a consolidação da atividade correcional como um dos pilares estratégicos
da integridade dos órgãos e entidades, plenamente inserida na estrutura de governança institucional.

6 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


O CRG-MM possibilita a:
• Comunicação: apresenta os parâmetros do que configura uma atividade correcional efetiva, de como ela
se insere na estrutura de governança da organização, os principais serviços prestados e o valor agregado à
instituição. É, portanto, um valioso instrumento de interlocução e tomada de decisão estratégica no âmbito
da organização.
• Avaliação: estabelece metodologia para a avaliação da Maturidade correcional dos órgãos e entidades do
Poder Executivo federal, seja na forma de autoavaliação (a própria organização conduz a avaliação), ou por
meio de avaliação externa (a avaliação é executada, ou validada, por uma outra organização).
• Desenvolvimento: oferece um roteiro para o aprimoramento estruturado da atividade correcional, indicando
as etapas que a organização deve galgar para estabelecer, consolidar e ampliar a sua maturidade correcional.
O CRG-MM oferece mecanismos para:
• Efetuar um diagnóstico, de acordo com a ferramenta disponibilizada no portal corregedorias.gov.br.
• Avaliar a Maturidade correcional existente, em comparação com os padrões almejados.
• Determinar os requisitos de Maturidade correcional desejados, de acordo com a natureza, complexidade e os
riscos associados às suas operações.
• Estabelecer um plano de ação para a superação de lacunas identificadas e para a consolidação do nível almejado
de maturidade.
O CRG-MM assenta-se nas seguintes premissas:
• A atividade correcional é parte integrante da governança pública e representa um componente estratégico para a
integridade do Estado.
• Cada organização tem a responsabilidade de determinar o nível almejado (ideal) de Maturidade correcional para
sustentar suas estruturas de integridade e governança.
• A avaliação deve considerar como variáveis: a atividade correcional, as características da organização e o seu
ambiente de operações.
• As organizações não precisam, necessariamente, alcançar o nível máximo de maturidade correcional. O nível de
Maturidade deve ser proporcional à natureza, porte e complexidade da instituição, bem como ao ambiente e aos
riscos a que suas operações estão expostas.
• A atividade correcional deve ser executada segundo as melhores relações de custo x benefício.
• A Maturidade correcional está diretamente relacionada às:
I - ações adotadas pelo(a) Titular da Unidade Setorial de Correição (USC) para implantar os processos
e práticas necessários para o alcance e a manutenção da maturidade desejada, e
II - medidas adotadas pelo corpo diretivo da organização para estabelecer condições favoráveis ao pleno
exercício da atividade correcional.

O CRG-MM se apresenta como um modelo geral que orienta a


gestão em torno de princípios, métodos, processos e procedimentos
que podem ser aplicados em todo o Poder Executivo federal para
fortalecer ou aprimorar a atividade correcional mediante o percurso
de etapas sucessivas de evolução.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 7


Estrutura do CRG-MM
O modelo está organizado em uma matriz composta por 5 níveis de maturidade diferenciados pelos graus de desem-
penho esperados, aumentando da base para o topo e por 4 por elementos, diferenciados pelos processos internos
a serem estruturados.
Os KPAs de cada elemento estão representados pelas células destacadas da matriz.

ELEMENTOS SERVIÇOS E PAPEL GERENCIAMENTO GOVERNANÇA E


GERENCIAMENTO DE
X DA AC  (ATIVIDADE DO DESEMPENHO E RELACIONAMENTO
PESSOAS
NÍVEIS CORRECIONAL) TRANSPARÊNCIA ORGANIZACIONAL

KPA 5.1 - UC RECONHECIDA KPA 5.3 - UC NO KPA 5.4 - UC


Nível 5 KPA 5.2 - EQUIPES
COMO AGENTE DE PLANEJAMENTO RECONHECIDA PELA
OTIMIZADO ENGAJADAS
MUDANÇA ESTRATÉGICO SOCIEDADE

KPA 4.1 - ATUAÇÃO KPA 4.3 - MEDIDAS KPA 4.4 - COMPONENTE


Nível 4 KPA 4.2 - GESTÃO
PREVENTIVA A PARTIR DE DE RESULTADOS E ESSENCIAL DA
GERENCIADO EFICAZ DE EQUIPES
RISCOS E VULNERABILIDADES DESEMPENHO INTEGRIDADE

KPA 3.1 - JULGAMENTO DE


Nível 3 KPA 3.2 - PROFISSIONAIS KPA 3.3 - KPA 3.4 - ATUAÇÃO COM
PROCESSOS CORRECIONAIS
INTEGRADO QUALIFICADOS TRANSPARÊNCIA INDEPENDÊNCIA
ACUSATÓRIOS

KPA 2.2 - KPA 2.5 -


RESPONSABILIZAÇÃO DE GERENCIAMENTO E
AGENTES PÚBLICOS E APRESENTAÇÃO DE
ENTES PRIVADOS KPA 2.3 - INFORMAÇÕES
Nível 2 DESENVOLVIMENTO KPA 2.6 - INTERLOCUÇÃO
EM BRANCO EM BRANCO
PADRONIZADO PROFISSIONAL E COOPERAÇÃO
INDIVIDUAL
KPA 2.1 - PROCEDIMENTOS
KPA 2.4 -
CORRECIONAIS
PLANEJAMENTO
INVESTIGATIVOS

Atividade não estruturada; dependente de esforços e habilidades individuais; resultados não sustentados;
Nível 1 falta de estrutura e recursos (financeiros, humanos e tecnológicos).
INICIAL * Todas as organizações são em regra categorizadas no primeiro nível de MATURIDADE correcional até
que tenham concluído a sua avaliação.

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Níveis de Maturidade
Cada nível da matriz descreve as atividades correcionais naquele patamar a partir das características almejadas e do
correspondente desempenho esperado.
Os 5 níveis do CRG-MM são:

NÍVEIS DE MATURIDADE CORRECIONAL (CRG-MM)

Atuação estratégica e inovadora NÍVEL 5


OTIMIZADO
Atuação preventiva e independente NÍVEL 4
GERENCIADO
Competência para julgamento e
transparência correcional NÍVEL 3
INTEGRADO
Práticas e procedimentos padronizados NÍVEL 2
PADRONIZADO
Desempenho dependente de NÍVEL 1
esforços individuais INICIAL

O modelo procura se alinhar aos diferentes graus de maturidade e complexidade das organizações, apontando
a Maturidade correcional adequada para sustentar cada patamar de operação. O nível de maturidade correcional
também guarda correspondência com a estrutura de governança e os padrões de integridade mantidos pelos órgãos
e entidades, e é por eles influenciado.
Naturalmente, organizações complexas ou que já atingiram determinados padrões de maturidade gerencial não
podem lastrear a sua integridade em uma atividade correcional de baixo desempenho, enquanto organizações de
menor porte, risco, e com estruturas de integridade e governança pouco desenvolvidas, não requererão alcançar os
mais altos níveis de Maturidade correcional.
Ao analisar o cenário que se lhe apresenta, uma organização pode, portanto, decidir manter a sua atividade corre-
cional em determinado patamar de desempenho, o que, naquela conjuntura, pode significar a melhor escolha para a
instituição. A decisão pode recair, por exemplo, na manutenção de um determinado nível de maturidade correcional
para ampliar a eficiência e a qualidade dos processos e práticas daquele patamar, em lugar de direcionar esforços para
alcançar níveis mais elevados de maturidade.
Outro fator a ser considerado pela organização é o custo associado à mudança de nível, ou seja, esta pode optar por
manter o seu desempenho correcional no nível 2 ou 3, e não almejar patamares superiores, pois aquele nível de
Maturidade representa, no momento, a melhor relação custo x benefício para a instituição.
A USC deve buscar atingir o nível de maturidade adequado ao porte, natureza e desafios da organização, não sendo
admitido, em quaisquer casos, a permanência no Nível 1 (inicial), onde as atividades não são estruturadas e são
dependentes de esforços e habilidades individuais, incorrendo em resultados não sustentáveis.
O CRG-MM não deve ser considerado um fim em si mesmo, mas um instrumento de posicionamento estratégico
para a organização, permitindo-lhe a avaliação do seu desempenho correcional e o estabelecimento do nível de Ma-
turidade que melhor responde ao seu perfil.
O primeiro passo é, portanto, realizar um diagnóstico da situação atual de modo a gerar subsídios para a definição, em
análise e discussão, conjunta com a Alta Administração, de qual o nível de Maturidade correcional se deseja alcançar
na organização.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 9


TABELA 1 – DESCRIÇÃO DOS NÍVEIS DE MATURIDADE CORRECIONAL

Atividade correcional não estruturada.


Os processos de responsabilização são gerenciados de forma isolada.
A qualidade das apurações e análises depende de esforços e habilidades individuais.
Os resultados e o desempenho correcional não são sustentados.
1
Falta de estrutura e de recursos (financeiros, humanos e tecnológicos) para o desempenho da atividade.
Os KPAs não estão implementados pela organização, isto é, não são executados de forma repetida e sustentada.
* Todas as USCs são em regra categorizadas no primeiro nível de MATURIDADE correcional até que tenham
concluído a sua autoavaliação e identificado seu real nível.
Os principais procedimentos e práticas correcionais são executados de forma padronizada e institucionalizada.
Desenvolvimento inicial das estruturas de gerenciamento da atividade correcional.
2
Implementação do Plano de capacitação e desenvolvimento de cada membro da USC
Interlocução com outras USC para troca de experiências e boas práticas.
Atividade correcional dispõe de competência para julgamento.
Membros da USC devidamente capacitados.
3 Desenvolvimento da transparência correcional ativa.
Atividade correcional dispõe de competências, estrutura e recursos (financeiros, humanos e tecnológicos) para
atuação independente.
Prevenção de ilícitos a partir do mapeamento de Riscos e Vulnerabilidades.
Gestão de equipes com base em projetos.
4 Medidas de desempenho correcional ampliadas e estabelecidas como norteadores dos processos de melhoria
contínua.
Inserção da atividade correcional na estrutura de integridade da organização.
Análise dos ambientes interno e externo da organização para a inovação e o aprimoramento contínuo.
Engajamento das equipes motivadas pela inovação.
5
Atividade correcional inserida no planejamento estratégico da organização.
Aferição da sensação de impunidade e do nivel de confiabilidade.

Ao oferecer um direcionamento seguro para a condução do aperfeiçoamento da atividade correcional, numa estru-
tura ordenada e incremental, o CRG-MM permite ainda o estabelecimento de metas específicas de evolução nos
diferentes componentes do modelo.
Assim, além de definir um nível-alvo de maturidade correcional, a organização pode estabelecer um plano de ação
específico para um determinado elemento considerado prioritário, como, por exemplo, os serviços correcionais, ou
o gerenciamento do desempenho e transparência da atividade.
Neste exemplo, a organização poderia decidir pela implantação do nível 3 de maturidade correcional e, em seu plano
de ação, incluir a implementação do KPA 4.3 que, mesmo integrando o nível 4 da matriz, seria prioritário para a
instituição naquele período.

10 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


Elementos de Avaliação
Para a autoavaliação da Maturidade correcional, o CRG-MM considera 4 elementos essenciais, examinados sob as
seguintes perspectivas: o ambiente externo, a organização e a atividade correcional.
AMBIENTE
EXTERNO

GOVERNANÇA E SERVIÇOS E
RELACIONAMENTO PAPEL DA AC
ORGANIZACIONAL
ORGANIZAÇÃO

GERENCIAMENTO GERENCIAMENTO
DO DESEMPENHO E DE PESSOAS
TRANSPARÊNCIA

ATIVIDADE
CORREICIONAL

TABELA 2 – DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS DA ATIVIDADE CORRECIONAL

Estrutura os serviços prestados pela atividade correcional de forma a garantir o


cumprimento do seu papel estratégico na organização.
Tais serviços abarcam os principais macroprocessos correcionais, desde os procedimentos
preparatórios de análise de denúncias e indícios de infração e o levantamento dos
Serviços e Papel da Atividade elementos que subsidiam a decisão quanto à adoção de me- dida correcional, passando
Correcional (AC) pela gestão dos procedimentos de responsabilização de agentes públicos e entes privados,
e culminando no julgamento dos processos e aplicação das sanções correspondentes.
Incluem ainda os procedimentos e práticas voltados à atuação preventiva a partir de riscos
e vulnerabilidades e à construção de um ambiente correcional inovador e focado na
entrega de valor para a organização.
Busca a criação de um ambiente de trabalho que propicie a cada integrante o pleno
Gerenciamento de Pessoas desempenho de suas competências, capacitação contínua, avaliação de desempenho com
base na meritocracia e sistema de valorização de equipes e lideranças.
Trata do planejamento e produção de informações, suficientes e relevantes, para a gestão,
a coordenação e o controle da atividade correcional, bem como a transparência quanto à
Gerenciamento do sua performance e os seus resultados.
Desempenho e Transparência Envolve a alimentação e o gerenciamento de sistemas e bases de dados para potencializar
o desempenho correcional da organização, incluindo procedimentos para garantir a sua
qualidade e integridade.
Refere-se ao posicionamento da atividade correcional na estrutura de governança da
instituição e o seu relacionamento com outras unidades dentro e fora da organização.
Destaca a atividade correcional como um dos pilares da integridade pública, através
da atuação integrada com as unidades responsáveis pela prevenção e a detecção de
irregularidades e a articulação e troca de informações com as demais unidades do
Governança e Relacionamento Sistema de Correição do Poder Executivo Federal (SISCOR).
Organizacional
Garante a independência dos trabalhos correcionais com pleno acesso às pessoas
e informações necessários à condução das apurações, bem como a interlocução
permanente com a Alta Direção e o corpo gerencial.
A unidade setorial de correição age para a diminuição da sensação de impunidade e
aumento da confiabilidade da sociedade no Estado.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 11


Cada um dos elementos da matriz procura estruturar a atividade correcional: em seus processos internos, nos resul-
tados que agrega à organização e, na sua capacidade de resposta às variações no ambiente externo. A ênfase dada a
cada uma destas três perspectivas obedecerá à natureza do elemento!
Assim, os elementos de Serviços e Papel da Atividade Correcional (AC), Gerenciamento de Pessoas e Gerenciamento
do Desempenho e Transparência privilegiam os instrumentos e práticas de gestão da própria atividade correcional. Já
o elemento Governança e Relacionamento Organizacional privilegia as relações estabelecidas com a organização e
com o seu ambiente externo de operação.

KPA
O KPA representa um bloco de construção na edificação da maturidade correcional da organização: indica o que pre-
cisa ser executado e sustentado naquele nível de maturidade, e alicerça as condições para que a atividade correcional
possa avançar para o próximo patamar de desempenho.
A cada novo nível, deve estar atestado que os níveis anteriores foram plenamente implementados e consolidados, de
modo a sustentar o desempenho correcional a ser alcançado.

KPA é a abreviação de Key Process Area, termo que foi traduzido no


Brasil como macroprocesso-chave.

Em outras palavras, se uma organização estabelece como objetivo o nível 4 de maturidade correcional, deve traçar
um plano de ação que contemple, ao menos, o domínio de todos os 6 KPAs do nível 2, os 4 KPAs do nível 3, e os 4
KPAs do nível 4 da matriz.
Cada KPA é composto por:
• Objetivo: Estipula o propósito e o escopo do KPA. Define os resultados desejados ou o padrão de execução
a ser implementado, de forma efetiva e duradoura, para aquele macroprocesso-chave.
• Atividades Essenciais: Estabelecem ações ou etapas que, ao serem cumpridas em sua totalidade, isto é
implementadas e incorporadas às rotinas de trabalho da organização, conduzem à consecução dos objetivos
do KPA.
Assim, o KPA prescreve um conjunto de práticas a serem implementadas e institucionalizadas pela organização com
vistas ao alcance dos resultados ou padrões de performance preconizados no seu objetivo.
Vale ressaltar que a efetiva implementação de um KPA requer que todas as suas atividades essenciais sejam repetíveis
e sustentadas, diante do que a simples execução, isolada ou desestruturada das atividades essenciais não estabelece a
Maturidade correcional necessária para o seu atendimento.

O CRG-MM oferece uma base sólida para que a organização


construa, a partir dos objetivos e atividades essenciais de cada KPA,
soluções adequadas ao seu contexto institucional.

O CRG-MM não se propõe a ser prescritivo em termos de como um procedimento deve ser executado, mas
apontar diretrizes quanto ao que deve ser feito e quais os resultados esperados.
A institucionalização de procedimentos e práticas em uma organização em particular deve, antes, atentar para o perfil
correcional e as características da própria instituição, além do seu ambiente de operações.

12 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


Cada organização tem autonomia para estabelecer as melhores soluções para implementar cada atividade essencial,
servindo-se do conhecimento e da experiência já acumulados, de forma a adequar tais atividades ao contexto e à
cultura da instituição.

No portal corregedorias.gov.br é possível acessar e contribuir com


conhecimentos, normas e boas práticas associados a cada KPA.

A partir dessa perspectiva de construção dinâmica de soluções, a troca de informações entre organizações é funda-
mental para a consolidação do CRG-MM como ferramenta a serviço de dirigentes, gestores e profissionais envolvidos
no aprimoramento contínuo da atividade correcional com vistas ao alcance dos seus objetivos e melhoria dos seus
resultados.
Por este motivo, a Corregedoria-Geral da União optou por apresentar o modelo em ambiente de internet, navegável
e aberto à constante atualização de conhecimentos, normas, boas práticas e reflexões acerca dos procedimentos e
práticas de cada KPA.
No endereço https://corregedorias.gov.br/acoes-e-programas/siscor/2.0_modelo-de-maturidade do Portal de Cor-
regedorias é possível navegar por todos os KPAs do CRG-MM e acessar, nas respectivas páginas, conteúdos atuali-
zados sobre o tema.

Implementação do KPA
Como bloco fundamental da matriz de Maturidade, o KPA é um macroprocesso-chave que será considerado imple-
mentado a partir do atendimento dos requisitos de Existência e Institucionalização de todas as atividades pertencentes
ao KPA.
A implementação de um KPA é a base para o alcance e a sustentação do nível de Maturidade almejado e é alcançada
por meio da institucionalização de cada uma de suas atividades essenciais, ou seja, quando TODAS se demostram
repetíveis e sustentadas. A simples execução, isolada ou desestruturada, de quaisquer de suas atividades essenciais
resulta na falta da Maturidade correcional requerida.

Um procedimento só pode ser melhorado se puder


ser repetido.

A implementação de um KPA exige as seguintes condições:


• Compromisso: o patrocínio da alta direção e o engajamento das equipes são fatores essenciais para a imple-
mentação do modelo.
• Habilidade: relaciona-se à aptidão para a execução competente das atividades essenciais.
• Execução: refere-se às iniciativas para o cumprimento de todas as atividades essenciais do KPA, sempre com
foco nos objetivos do macroprocesso-chave e buscando as soluções que melhor respondam ao contexto
específico da organização.
• Medição: envolve a mensuração e análise contínuas das atividades essenciais, bem como o monitoramento
quanto ao alcance dos objetivos do KPA.
• Verificação: visa garantir que as atividades essenciais são executadas de acordo com os procedimentos e
práticas estabelecidos, o que pode envolver instâncias de supervisão de processos e revisão de produtos.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 13


É importante destacar que o nível de autonomia da USC para a institucionalização de um KPA é variável.
Os KPAs do elemento Governança e Relacionamento Organizacional, e aqueles dos níveis mais altos da matriz do Mo-
delo, demandam maior articulação e negociação com atores relevantes dentro e fora da USC, o que reduz o controle
direto da atividade correcional sobre as condições necessárias à institucionalização destes macroprocessos-chave. De
outra sorte, os KPAs situados nos níveis mais baixos da matriz, até em razão de seu papel estruturador da maturidade
correcional, inserem-se, majoritariamente, no espectro de maior governabilidade e independência da USC.
A maturidade correcional em determinado Nível somente será atestada a partir da existência de evidências concretas
que corroborem a institucionalização de todos os seus KPAs (macroprocessos-chave), demonstrando que a organi-
zação de fato incorporou práticas sustentáveis naquele patamar de maturidade.

Evidências das Atividades Essenciais


A implementação de um KPA (macroprocesso-chave) é verificada apenas quando são apresentadas evidências de
que todas as suas Atividades Essenciais estão inseridas nas rotinas de trabalho da organização e contribuem para a
consecução dos objetivos do KPA.
Tais evidências abarcam documentos, entrevistas, indicadores, levantamentos amostrais e demais elementos de con-
vicção quanto à efetiva implementação das atividades essenciais, que uma vez incorporadas às rotinas e à cultura
institucional favorecem o alcance do objetivo do macroprocesso-chave.
Para nortear a metodologia de autoavaliação, que contempla escolha de caráter binário, atende ou não atende,
deve-se atentar aos parâmetros estabelecidos a seguir:
• Existência: A existência de uma Atividade Essencial está associada à sua inserção no âmbito das rotinas de
trabalho da USC ou da Organização. É verificada a partir de seu estabelecimento, mediante formalização de
fluxos de trabalho, guias, manuais, orientações e checklists.
• Parâmetro para pautar a aceitação da Existência: A existência de uma Atividade Essencial está
normalmente condicionada à comprovação material de que a atividade foi prevista nos processos de
trabalho da USC ou da Organização, o que normalmente ocorre mediante a verificação/confirmação do
estabelecimento formal de normas ou rotinas.
• Institucionalização: A institucionalização de uma Atividade Essencial está associada à sua consolidação no
âmbito das rotinas de trabalho da USC ou Organização. É verificada a partir de seus resultados/produtos
materiais como documentos, processos, dados, etc.
• Parâmetro para pautar a aceitação da Institucionalização: A institucionalização de uma Atividade
Essencial está normalmente condicionada à comprovação material de que a atividade foi incorporada nos
processos de trabalho da USC ou da Organização, o que normalmente ocorre mediante a verificação/
confirmação de geração de resultados/produtos materiais.
Nas próximas seções são exibidas as fichas de cada KPA, organizadas segundo os 4 níveis estruturados de maturidade
do CRG-MM e compreendendo os objetivos e atividades essenciais de todos os macroprocessos-chave da matriz.

14 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


NÍVEL 2
KPA 2.1 – Procedimentos Correcionais Investigativos
Objetivo: Planejar a instauração e monitorar a condução de procedimentos correcionais investigativos.

Atividades Essenciais

1) Estabelecer a competência da USC para instaurar e conduzir os procedimentos correcionais


investigativos.
• Existência: A USC dispõe de competência para instauração e condução dos procedimentos correcionais
investigativos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo que contenha o estabelecimento de competência para a
USC instaurar e conduzir procedimentos correcionais investigativos.
• Institucionalização: A USC instaura e conduz procedimentos correcionais investigativos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar instrumento de instauração da USC.

2) Adotar critérios de priorização para a instauração dos procedimentos correcionais investigativos.


• Existência: A USC possui critérios de priorização para a instauração dos procedimentos correcionais inves-
tigativos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentrar normativo que contenha os critérios definidos para orientar a priori-
zação de instauração de procedimentos correcionais investigativos.
• Institucionalização: A USC segue os critérios de priorização para a instauração dos procedimentos corre-
cionais investigativos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar instrumento de controle (planilha de controle, relatório de sistemas,
etc.) que comprove a aplicação dos critérios de priorização sempre que necessário.

3) Estabelecer medidas para que os procedimentos correcionais investigativos sejam executados,


resguardando-se os dados dos envolvidos e as informações de acesso restrito ou sigiloso.
• Existência: A USC estabelece tratamento diferenciado em relação a dados e informações de caráter restrito
ou sigiloso?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo que contenha a forma de resguardo de dados dos envol-
vidos e informações de acesso restrito ou sigiloso.
• Institucionalização: A USC segue as normas de resguardo das informações restritas ou sigilosas e preserva-
ção de dados?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos da forma de separação e o resguardo físico ou digital de
dados dos envolvidos e informações de acesso restrito ou sigiloso conforme orientações vigentes.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 15


4) Registrar a obtenção de evidências nos procedimentos correcionais investigativos.
• Existência: A USC dispõe de orientação para a obtenção e guarda de evidências nos procedimentos corre-
cionais investigativos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar orientação ou fluxo de trabalho que estabeleça como as evidências
devem ser obtidas e resguardadas quando da condução de procedimentos correcionais investigativos.
• Institucionalização: A USC segue as orientações para obtenção e guarda de evidências?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos de documentação de obtenção e guarda das evidências
conforme orientações vigentes.

5) Utilizar matriz de responsabilização como elemento norteador do procedimento correcional


investigativo.
• Existência: A USC dispõe de modelo de matriz de responsabilização?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo ou orientação que estabeleça a utilização de modelo de
matriz de responsabilização composta pelos elementos necessários para subsidiar a tomada de decisão.
• Institucionalização: A USC realiza os procedimentos correcionais investigativos utilizando a matriz de res-
ponsabilização?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos de matriz de responsabilização elaborada conforme orien-
tações vigentes.

6) Supervisionar a execução dos procedimentos correcionais investigativos necessários à realização


do juízo de admissibilidade.
• Existência: A USC dispõe de rotinas de supervisão da execução dos procedimentos correcionais investiga-
tivos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo ou rotinas estabelecidas para orientar a realização de su-
pervisão da execução dos procedimentos correcionais investigativos.
• Institucionalização: A USC supervisiona a execução dos procedimentos correcionais investigativos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos de documentos que comprovem a realização de ações de
supervisão conforme orientações vigentes.

7) Elaborar a conclusão do procedimento correcional investigativo para subsidiar o juízo de


admissibilidade.
• Existência: A USC dispõe de orientação que estabeleça os elementos que devem constar no documento de
conclusão do procedimento investigativo?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo ou orientação que estabeleça os elementos que devem
constar no documento de conclusão dos procedimentos correcionais investigativos (nota técnica, relatório
final, despacho etc.).
• Institucionalização: A USC segue as orientações quanto aos elementos que devem constar no documento
de conclusão dos procedimentos correcionais investigativos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos de documento de conclusão de procedimento investigativo
(Relatório/Nota Técnica).

16 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


8) Estabelecer controles e prazos para aprovação dos procedimentos correcionais investigativos e
adoção dos encaminhamentos propostos.
• Existência: A USC dispõe de orientação que estabeleça as responsabilidades, prazos e providências a serem
adotadas a partir da conclusão dos procedimentos investigativos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar norma ou orientação que estabeleça responsabilidades, prazos e
providências serem adotadas a partir da conclusão do procedimento correcional investigativo.
• Institucionalização: A USC monitora os prazos e atos processuais decorrentes do juízo de admissibilidade?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar instrumento de controle utilizado no monitoramento do cumprimen-
to da decisão em Juízo de Admissibilidade.

9) Adotar o Termo de Ajustamento de Conduta - TAC - como mecanismo preferencial de solução


de conflitos.
• Existência: A USC dispõe de orientação que estabeleça a adoção de TAC sempre que possível?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar orientação ou fluxo de trabalho que estabeleça a adoção do TAC
como mecanismo preferencial de solução de conflitos.
• Institucionalização: A USC propõe a celebração de TAC sempre que possível?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar instrumento de controle que comprove a proposição de TAC nas
circunstâncias em que tal proposição seja possível.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 17


NÍVEL 2
KPA 2.2 – Responsabilização de agentes públicos e entes privados
Objetivo: Planejar a instauração e monitorar a condução de processos correcionais acusatórios.

Atividades Essenciais

1) Estabelecer a competência da USC para instaurar e conduzir processos correcionais acusatórios


de agentes públicos e entes privados.
• Existência: A USC dispõe de competência para instauração e condução de processos correcionais acusató-
rios de agentes públicos e entes privados?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo que contenha o estabelecimento de competência para a
USC instaurar e conduzir processo correcionais acusatórios.
• Institucionalização: A USC instaura e conduz processos correcionais acusatórios de agentes públicos e de
entes privados?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemlos de portaria de instauração da USC.

2) Estruturar apoio administrativo para as comissões.


• Existência: A USC dispõe de profissionais com designação para prestar apoio administrativo às comissões?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar norma ou orientação que preveja a designação de servidores/colabo-
radores da USC para atuarem como apoio adminstrativo.
• Institucionalização: A USC presta apoio administrativo às comissões?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos de solicitações de apoio administrativo por parte de comis-
sões e respectivos atendimentos.

3) Estruturar apoio técnico para as comissões.


• Existência: A USC dispõe de mapeamento de áreas ou profissionais de modo a buscar obter assistência
técnica, defensoria dativa ou perícia?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar mapeamento acerca da identificação de áreas/profissionais para solici-
tar assistência técnica, defensoria ou perícia em eventual necessidade de apoio, de cunho técnico.
• Institucionalização: A USC recebe atendimento tempestivo em suas demandas técnicas?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos de solicitações de apoio técnico por parte de comissões e
seu respectivo atendimento.

4) Adotar critérios de priorização para instauração dos processos correcionais acusatórios.


• Existência: A USC possui critérios de priorização para instauração dos processos correcionais acusatórios?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar norma ou orientação que estabeleça critérios objetivos para orientar
priorização para instauração de processos acusatórios.
• Institucionalização: A USC segue os critérios de priorização para ordenar a realização dos processos cor-
recionais acusatórios?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar instrumento de controle (relatórios de sistema, planilhas de controle
etc.) que comprove a aplicação dos critérios de priorização sempre que necessário.

18 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


5) Estabelecer medidas para que os processos correcionais acusatórios sejam executados, resguar-
dando-se os dados dos envolvidos e as informações de acesso restrito ou sigiloso.
• Existência: A USC estabelece tratamento diferenciado em relação a dados e informações de caráter restrito
ou sigiloso?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo que contenha o estabelecimento da obrigatoriedade e a
forma de resguardo de dados dos envolvidos e informações de acesso restrito ou sigiloso.
• Institucionalização: A USC segue as normas de resguardo das informações restritas ou sigilosas e preserva-
ção de dados?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos da forma de separação e o resguardo físico ou digital de
dados dos envolvidos e informações de acesso restrito ou sigiloso conforme orientações vigentes.

6) Registrar a obtenção de evidências nos processos correcionais acusatórios.


• Existência: A USC dispõe de orientação para a obtenção e guarda de evidências nos processos correcionais
acusatórios?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar orientação ou fluxo de trabalho que estabeleça como as evidências
devem ser obtidas e resguardadas quando da condução de processos correcionais acusatórios.
• Institucionalização: A USC segue as orientações para obtenção e guarda de evidências?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos de documentação de obtenção e guarda das evidências
conforme orientações vigentes.

7) Utilizar matriz de responsabilização como elemento norteador do processo correcional acusatório.


• Existência: A USC dispõe de modelo de matriz de responsabilização?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo ou orientação que estabeleça a utilização de modelo de
matriz de responsabilização composta pelos elementos necessários para subsidiar a tomada de decisão.
• Institucionalização: A USC realiza os processos correcionais acusatórios utilizando a matriz de responsabi-
lização?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos de matriz de responsabilização elaborada conforme orien-
tações vigentes.

8) Estabelecer a adoção de plano de trabalho pelas comissões.


• Existência: A USC estabelece que as comissões devem apresentar plano de trabalho?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo ou orientação que estabeleça a obrigatoriedade de as co-
missões proporem e aprovarem, junto a autoridade instauradora, um plano de trabalho prevendo as ativida-
des a serem desenvolvidas em cada processo específico, os responsáveis, os recursos necessários, as datas
de entregas e outras questões pertinentes.
• Institucionalização: A USC pactua planos de trabalho para a execução de processos correcionais acusató-
rios?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos de planos de trabalho acordados com as comissões confor-
me orientações vigentes.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 19


9) Supervisionar a execução dos processos correcionais acusatórios.
• Existência: A USC dispõe de rotinas de supervisão da execução dos processos correcionais acusatórios?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo ou orientação que estabeleça diretrizer ou rotinas para a
supervisão da execução dos processos correcionais acusatórios.
• Institucionalização: A USC supervisiona a execução dos processos correcionais acusatórios?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos de documentos que comprovem a realização de ações de
supervisão conforme orientações vigentes.

10) Estabelecer orientações para dar suporte às análises da regularidade dos processos correcionais
acusatórios.
• Existência: A USC dispõe de orientação para pautar a análise dos processos correcionais acusatórios?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo ou orientação que estabeleça padrões e elementos míni-
mos para análise de regularidade material e formal dos processos correcionais acusatórios.
• Institucionalização: A USC produz documentos contendo a análise material e formal da condução dos
processos correcionais acusatórios?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar exemplos de documento que contenham a análise da regularidade
material e formal conforme orientações vigentes.

20 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


NÍVEL 2
KPA 2.3 – Desenvolvimento profissional individual
Objetivo: Estimular as pessoas a buscarem o aprimoramento de seus conhecimentos.

Atividades Essenciais

1) Identificar os conhecimentos técnicos e administrativos necessários para o cumprimento das ati-


vidades essenciais.
• Existência: A USC possui lista dos conhecimentos necessários para o exercício da atividade correcional?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar lista dos conhecimentos técnicos e administrativos necessários para a
execução das atividades correcionais.
• Institucionalização: A USC define as capacitações a serem disponiblizadas com base na lista de conhecimen-
tos necessários?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros que comprovem que as capacitações ofertadas guardam
correlação com a lista de conhecimentos necessários.

2) Elaborar planos individualizados de capacitação e desenvolvimento.


• Existência: A USC possui planos individualizados de capacitação e desenvolvimento?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar planos individuais de capacitação nos quais sejam listadas as necessida-
des de aprimoramento, bem como as ofertas disponíveis de cursos sobre os temas apontados.
• Institucionalização: A USC possui histórico individualizado das capacitações realizadas e das avaliações quan-
to à qualidade e à aplicabilidade?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de acervos individualizados compostos por certificados e
correspondentes avaliações do servidor em relação a cada ação de capacitação efetuada ao longo do último
exercício.

3) Disseminar internamente conhecimentos.


• Existência: A USC favorece e incentiva a disseminação de conhecimentos internamente?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar orientação sobre mecanismos de disseminação interna de conheci-
mentos.
• Institucionalização: A USC promove a disseminação interna dos conhecimentos adquiridos pelos membros
da área correcional?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de ações internas de disseminação de conhecimentos reali-
zadas por membros da USC.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 21


NÍVEL 2
KPA 2.4 – Planejamento
Objetivo: Planejar e monitorar as atividades do exercício.

Atividades Essenciais

1) Realizar levantamento dos processos de trabalho, das atividades e da situação dos recursos.
• Existência: A USC dispõe de levantamento atualizado?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar levantamento acerca dos processos de trabalho, atividades e a situação
dos recursos existentes na USC.
• Institucionalização: A USC utiliza o levantamento para a elaboração do seu planejamento anual?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de reuniões, entre membros da USC, sobre análise das
informações levantadas.

2) Implementar o plano operacional anual.


• Existência: A USC elabora o plano operacional anual com a participação dos membros da USC?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de reuniões, entre os membros da USC, sobre formulação
e elaboração do plano operacional anual.
• Institucionalização: A USC monitora a implementação do plano operacional?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar relatórios de avaliação da execução do plano operacional vigente.

22 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


NÍVEL 2
KPA 2.5 – Gerenciamento e apresentação de informações
Objetivo: Desenvolver o gerenciamento de informações.

Atividades Essenciais

1) Realizar tempestivamente os registros obrigatórios nos Sistemas Correcionais.


• Existência: A USC dispõe de orientação sobre o registro obrigatório de informações nos Sistemas Corre-
cionais?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar orientação ou fluxo de trabalho que trate da obrigatoriedade de cadas-
tro e atualização de informações nos Sistemas Correcionais.
• Institucionalização: A USC realiza algum tipo de verificação/conferência/correção dos dados cadastrados?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de ações de verificação/conferência/correção de dados ca-
dastrados no Sistemas Correcionais.

2) Coletar informações adicionais àquelas registradas nos Sistemas Correcionais para orientar a
tomada de decisão.
• Existência: A USC dispõe de orientação sobre que dados, além dos existentes nos Sistemas Correcionais,
deverão compor a apresentação de resultados?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar orientação ou fluxo de trabalho que trate da definição de quais dados
devem ser coletados, a periodicidade de coleta e o tipo de tratamento a ser aplicado.
• Institucionalização: A USC utiliza as informações coletadas para apoiar a tomada de decisão?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de reuniões que contemplem deliberação de ações a partir
das informações coletadas.

3) Publicar resultados da gestão correcional.


• Existência: A USC dispõe de orientação sobre a elaboração de relatório de gestão correcional?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar orientação ou fluxo de trabalho que estabeleça a estrutura e o conte-
údo do relatório de gestão correcional.
• Institucionalização: A USC disponibiliza relatório de gestão correcional em seu site?
• Parâmetro de Aceitação: Indicar o link onde está publicado o relatório de gestão correcional do último
exercício.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 23


NÍVEL 2
KPA 2.6 – Interlocução e Cooperação
Objetivo: Conduzir atividades de interlocução e cooperação para o aperfeiçoamento do SisCor.

Atividades Essenciais

1) Estabelecer interlocução regular com a alta administração.


• Existência: A USC tem vinculação direta à alta administração da organização?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo onde esteja estabelecida a vinculação direta da USC com
a alta administração da organização.
• Institucionalização: A USC participa de reuniões periódicas com a alta administração?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros/atas/memórias de reuniões periódicas com a alta administra-
ção.

2) Executar atividades de prevenção.


• Existência: A USC possui registro das ações de prevenção realizadas?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar documentação comprobatória das ações de prevenção realizadas pela
USC.
• Institucionalização: A USC disponibiliza os produtos resultantes das atividades de prevenção em seu site?
• Parâmetro de Aceitação: Indicar o link onde estão publicados os resultados das iniciativas de prevenção
(palestras, cursos, seminários, folders, cartilhas etc.).

3) Cooperar com o aperfeiçoamento contínuo do SisCor.


• Existência: A USC participa de iniciativas promovidas no âmbito do SisCor?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de participação dos membros da USC em atividades promo-
vidas pelo Siscor.
• Institucionalização: A USC efetua troca de conhecimento, experiências e ações conjuntas com outras uni-
dades do SisCor?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de interações ( troca de conhecimentos, oferta/recepção de
ajuda, desenvolvimento de trabalhos ) da USC com outras unidades do SisCor.

24 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


NÍVEL 3
KPA 3.1 – Julgamento de processos correcionais acusatórios
Objetivo: Estabelecer competência da USC para julgar processos correcionais acusatórios.

Atividades Essenciais

1) Estabelecer competência para a USC julgar processos disciplinares e de responsabilização de


pessoas jurídicas.
• Existência: A USC dispõe de competência para julgar processos disciplinares e de responsabilização de pes-
soas jurídicas?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo que contenha o estabelecimento de competência para a
USC julgar processos disciplinares e de responsabilização de pessoas jurídicas.
• Institucionalização: A USC julga os processos disciplinares e de responsabilização de pessoas jurídicas no
âmbito de sua competência?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar julgamentos da USC, em processos disciplinares e de responsabiliza-
ção de pessoas jurídicas conclusos.

2) Adotar parâmetros para a dosimetria das penalidades.


• Existência: A USC utiliza parâmetros para a dosimetria das penalidades?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo ou orientação que estabeleça parâmetros orientativos para
dosimetria das penalidades a serem aplicadas.
• Institucionalização: A USC observa os parâmetros no que concerne à dosimetria das penalidades?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar a observância dos parâmetros de dosimetria das penalidades na aplica-
ção das sanções, em processos disciplinares e de responsabilização de pessoas jurídicas conclusos.

3) Monitorar o cumprimento das decisões proferidas pela autoridade julgadora.


• Existência: A USC dispõe de orientação que estabeleça como será realizado o monitoramento das decisões?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar orientação que determine a realização e as responsabilidades, prazos
e providências a serem adotadas no monitoramento do cumprimento das decisões proferidas.
• Institucionalização: A USC monitora tempestivamente o cumprimento das decisões?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar ações de monitoramento do cumprimento das decisões proferidas,
em processos disciplinares e de responsabilização de pessoas jurídicas conclusos.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 25


NÍVEL 3
KPA 3.2 – Profissionais Qualificados
Objetivo: Elevar a qualificação dos profissionais.

Atividades Essenciais

1) Mapear os processos de trabalho executados pela USC.


• Existência: A USC possui mapeamento dos processos de trabalho de todas as suas atividades incluindo se-
gregação de atribuições entre chefes e subordinados?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar resultados obtidos na realização de mapeamento dos processos de
trabalho da USC, incluindo a segregação de atribuições entre chefes e subordinados.
• Institucionalização: A USC disponibiliza o resultado do mapeamento de seus processos de trabalho em local
de fácil acesso?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar disponibilização do resultado do mapeamento dos processos de tra-
balho da USC em local de fácil acesso (site / intranet / mural) aos membros da USC.

2) Utilizar mecanismos de feedback.


• Existência: A USC possui registros de feedbacks e troca de experiências entre a equipe?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de reuniões periódicas efetuadas no intuito de buscar o apri-
moramento da equipe.
• Institucionalização: A USC atualiza o inventário das competências considerando os feedbacks recebidos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar evidências/registros que indiquem o uso dos feedbacks para atualiza-
ção do inventário.

26 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


NÍVEL 3
KPA 3.3 – Transparência
Objetivo: Desenvolver transparência ativa da USC.

Atividades Essenciais

1) Publicar tempestivamente informações correcionais em transparência ativa.


• Existência: A USC possui uma área no site da organização com informações básicas sobre a atividade da
USC?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar o endereço (link) onde contenha no mínimo o quem é quem, período
do mandato no cargo do titular da USC, formas de contato com a USC, normas vigentes no órgão ou enti-
dade para o tratamento das atividades correcionais e relatório de gestão correcional.
• Institucionalização: A USC dispõe de rotina para disponibilização e atualização das informações correcionais?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar a orientação ou rotina que estabeleçe o conteúdo, responsabilidades
e a periodicidade de atualização do conteúdo a ser disponibilizado.

2) Manter repositório de referências técnicas.


• Existência: A USC dispõe de repositório de conhecimento?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar o endereço (link) onde as referências técnicas são organizadas, arqui-
vadas e mantidas disponíveis a todos os que desempenhem atividades correcionais.
• Institucionalização: A USC mantém o repositório atualizado?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar orientação ou rotina de atualização periódica do repositório.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 27


NÍVEL 3
KPA 3.4 – Atuação com independência
Objetivo: Assegurar que a USC atue com independência.

Atividades Essenciais

1) Estabelecer prerrogativas para o desempenho da atividade correcional.


• Existência: A USC dispõe de normativo que assegure pleno acesso aos documentos, sistemas e recursos
humanos necessários?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo que estabeleça as prerrogativas para o bom desempenho
das atividades correcionais como, acesso aos elementos probatórios, recursos tecnológicos, solicitação de
servidores de outras áreas, dentre outros.
• Institucionalização: A USC atua com as prerrogativas necessárias a sua independência?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros que comprovem o exercício das prerrogativas.

2) Validar a estrutura organizacional vigente.


• Existência: A USC dispõe de avaliação sobre o modelo organizacional mais adequado à realidade da orga-
nização?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar documento ou estudo que contenha avaliação acerca do modelo
organizacional mais adequado ao bom desempenho das atividades correcionais.
• Institucionalização: A USC adota modelo organizacional conforme aquele identificado na avaliação?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar documento que estabelece estrutura organizacional compatível com
o modelo identificado.

28 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


NÍVEL 4
KPA 4.1 – Atuação preventiva a partir de riscos e vulnerabilidades
Objetivo: Posicionar a USC como ator relevante na prevenção de ilícitos por meio da gestão de riscos.

Atividades Essenciais

1) Mapear a tipologia das infrações.


• Existência: A USC realiza mapeamento das tipologias das infrações cometidas na organização?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar levantamento e estudo identificando tipologias de infração, as causas,
a complexidade, o cargo dos agentes envolvidos, distribuição geográfica e setores de maior concentração de
ocorrência de ilícitos.
• Institucionalização: A USC mantém atualizado o mapeamento?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros que comprovem a atualização periódica do mapeamento.

2) Atuar no gerenciamento de riscos e vulnerabilidades da organização.


• Existência: A USC comunica os riscos e vulnerabilidades identificados?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar comunicações efetuadas a dirigentes e responsáveis sobre riscos e
vulnerabilidades identificados.
• Institucionalização: A USC participa do gerenciamento dos riscos e vulnerabilidades?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de ações realizadas com a participação da USC voltadas ao
gerenciamento dos riscos e vulnerabilidade identificados.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 29


NÍVEL 4
KPA 4.2 – Gestão eficaz de equipes
Objetivo: Ampliar a eficácia da atividade correcional.

Atividades Essenciais

1) Adotar práticas de gestão de equipes com base em projetos.


• Existência: A USC possui diretriz sobre uso de projetos para condução dos trabalhos em equipe?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo ou orientação que estabeleça o modelo de projeto a ser
adotado pela USC na condução de trabalhos em equipe, contendo, no mínimo, a indicação de membros,
escopo, cronograma e pontos de controle.
• Institucionalização: A USC utiliza a gestão por projetos nos trabalhos em equipe?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar trabalhos já conclusos conduzidos sob a forma de projetos, bem como
os resultados por eles alcançados.

2) Alocar as equipes da USC com base em critérios de eficácia.


• Existência: A USC adota critérios de eficácia para orientar o processo de alocação de equipes?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar regramento ou orientação estabelecendo critérios para orientar a
alocação eficaz de equipes para realização dos trabalhos.
• Institucionalização: A USC periodicamente valida os critérios de alocação com base em pesquisas de satis-
fação realizadas com os membros das equipes?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar resultados de pesquisas realizadas com membros da USC em relação
ao grau de satisfação com os atuais critérios de alocação.

30 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


NÍVEL 4
KPA 4.3 – Medidas de resultados e desempenho
Objetivo: Avaliar o desempenho e os resultados da USC para a organização.

Atividades Essenciais

1) Identificar benefícios (financeiros e não-financeiros).


• Existência: A USC dispõe de metodologia para identificar os benefícios (financeiros e não-financeiros)?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo ou regramento estabelecendo/apontando metodologia a
ser utilizada na identificação de benefícios (financeiros e não-financeiros).
• Institucionalização: A USC divulga com regularidade os benefícios (financeiros e não-financeiros) gerados
pela atividade correcional?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar, na área de transparência ativa da USC, a localização das informações
acerca dos benefícios (financeiros e não-financeiros) auferidos pelas atividades correcionais.

2) Mensurar desempenho.
• Existência: A USC dispõe de indicadores que captem e explicitem o desempenho da atividade correcional?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo ou regramento estabelecendo os indicadores a serem afe-
ridos para monitorar o desempenho da atividade correiconal.
• Institucionalização: A USC utiliza os indicadores de desempenho para subsidiar a tomada de decisão?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar análises conduzidas a partir dos resultados dos indicadores de desem-
penho das atividades correcionais, bem como as decisões adotadas a partir de tal.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 31


NÍVEL 4
KPA 4.4 – Componente essencial da integridade
Objetivo: Posicionar a atividade correcional como um dos pilares da integridade institucional.

Atividades Essenciais

1) Estabelecer mecanismos para compartilhar informações com as demais instâncias de integridade


da organização.
• Existência: A USC possui diretriz sobre o compartilhamento de informações com outras instâncias de inte-
gridade da organização?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar normativo ou regramento que estabeleça o compartilhamento de
informações com as demais instâncias de integridade da organização.
• Institucionalização: A USC troca informações com outras instâncias de integridade da organização?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de trocas de informações com outras instancias de integrida-
de da organização.

2) Participar das estratégias, iniciativas, comitês/fóruns voltados à promoção da integridade.


• Existência: A USC está formalmente inserida nas estratégias, iniciativas, comitês/fóruns voltados à promoção
da integridade?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar resultados de iniciativas conjuntas que comprovem a inserção da USC
nas estratégias, comitês/fóruns voltados à promoção da integridade.
• Institucionalização: A USC participa de atividades voltadas à promoção da integridade?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar resultados de ações desenvolvidas voltadas à promoção da integridade.

32 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


NÍVEL 5
KPA 5.1 – USC reconhecida como agente de mudança
Objetivo: Atuar como catalisador de mudanças positivas na organização.

Atividades Essenciais

1) Acompanhar os cenários (externos e internos) e o contexto geral da organização para avaliar o


seu impacto na USC.
• Existência: A USC possui metodologia de avaliação de cenários?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar diretrizes ou rotinas estabelecidas para a realização de avaliação dos
cenários e identificação de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.
• Institucionalização: uso do conhecimento adquirido a partir da avaliação de cenários e contextos nas toma-
das de decisão?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de decisões e medidas gerenciais adotadas a partir da análise
de cenários e contextos observados.

2) Adotar as melhores práticas de gestão.


• Existência: A USC dispõe de práticas que reflitam seu compromisso com a tempestividade das soluções e
otimização de processos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar estudos ou orientações visando a melhoria dos processos de trabalho;
adoção de novas soluções tecnológicas; desenvolvimento de projetos de inovação, dentre outros.
• Institucionalização: A USC agrega valor por meio das práticas adotadas?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar eventuais práticas inovadoras adotadas pela USC e incorporadas por
outras unidades da organização.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 33


NÍVEL 5
KPA 5.2 – Equipes engajadas
Objetivo: Fomentar o engajamento das equipes.

Atividades Essenciais

1) Atribuir papéis de liderança de equipe a pessoas qualificadas.


• Existência: A USC adota critérios para a ocupação de cargos de liderança?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar documento onde conste a identificação dos conhecimentos, habilida-
des e atitudes desejados para a ocupação de posições de liderança.
• Institucionalização: A USC atribui papéis de liderança a partir do mapeamento de competências, habilidades
e atitudes?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar formas de comprovação de atribuição de papéis de liderança a pessoas
que preencham os critérios.

2) Estimular o uso da inovação como ferramenta de engajamento da equipe.


• Existência: A USC dispõe de iniciativas inovadoras implantadas no último ano?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar comprovação de implantação de iniciativas inovadoras no último ano.
• Institucionalização: A USC promove a adoção de práticas inovadoras?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros da incorporação de práticas inovadoras resultantes de proje-
tos desenvolvidos pela USC.

3) Promover reconhecimento a equipes com alto desempenho.


• Existência: A USC dispõe de rotina de avaliação periódica de equipes?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar orientação que estabeleça a periodicidade, critérios e parâmetros para
avaliação de equipes.
• Institucionalização: A USC dispõe de medidas de reconhecimento e incentivo?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros de mecanismos de reconhecimento e/ou incentivos conce-
didos às equipes.

34 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


NÍVEL 5
KPA 5.3 – USC no planejamento estratégico
Objetivo: Integrar o planejamento estratégico da organização.

Atividades Essenciais

1) Inserir objetivos relacionados à atividade correcional no planejamento estratégico.


• Existência: A USC participa do planejamento estratégico?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar registros que comprovem a participação da USC nas discussões/reu-
niões para elaboração do planejamento estratégico.
• Institucionalização: A USC consegue incorporar projetos no âmbito do planejamento estratégico?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar os projetos propostos pela USC e contemplados no planejamento
estratégico.

2) Obter patrocínio da alta administração para desenvolvimento de projetos no âmbito do planeja-


mento estratégico.
• Existência: A USC dispõe de patrocínio para o desenvolvimento de projetos estratégicos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar documentos que demonstrem o patrocínio da alta administração na
implementação de projetos estratégicos para a USC.
• Institucionalização: A USC obtém os recursos necessários para a execução dos projetos estratégicos?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar resultados que comprovem a execução, de forma satisfatória, dos
projetos estratégicos para USC.

MODELO DE MATURIDADE CORRECIONAL • CRG-MM - REFERENCIAL TÉCNICO • 2022 35


NÍVEL 5
KPA 5.4 – USC reconhecida pela sociedade
Objetivo: Direcionar ações para a busca de resultados para a sociedade.

Atividades Essenciais

1) Diminuir a sensação de impunidade na organização.


• Existência: A USC possui instrumento para avaliar, interna e externamente, a sensação de impunidade na
organização?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar o instrumento de avaliação, interna e externa, da sensação de impu-
nidade na organização.
• Institucionalização: A USC utiliza os resultados das avaliações para a promoção de medidas que diminuam
a sensação de impunidade?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar as medidas que foram adotadas com vistas a diminuir a sensação de
impunidade.

2) Avaliar o nível de confiabilidade nos resultados correcionais.


• Existência: A USC possui instrumento para avaliar, interna e externamente, o nível de confiabilidade?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar o instrumento de avaliação, interna e externa, do nível de confiabilida-
de nos resultados das atividades correcionais.
• Institucionalização: A USC definiu metas incrementais para a melhoria do nível de confiabilidade?
• Parâmetro de Aceitação: Apresentar as metas estipuladas para se alcançar melhorias no nível de confiabili-
dade atribuído às atividades correcionais.

36 CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO • CGU


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