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MARCELO REBELO DE SOUSA Profesor enedetce da Tacolade de Dirte de Litbou [ANDRE SALGADO DE MATOS Arsntente da Fulda de Dire de Lisbow Direito Administrativo Geral Tomo I Actividade administrativa PoblicngSer Dom Quizoe ei Ais leone Sika? 62 1050-124 Lbs — gal Reserrdos todas ot dios acid com tags cm go (© 2006, Marlo Reb de Soa, ‘Ande! Slade de Matar Publics ors Quine Dain Air Henigne Cite cor Ria Mics Rovio Tote Vig Lago Fever de 2007 Deine a 254 054007 Segunda Caputo opto eseabarten Guide Ane Gris ISBN: 975.972.20-3401.5 wmwlgizoe pt Nota prévia Conforme se dizia em 2004 na nota prévia da primeira edigio do Tomo L do Diveito Administratioo Geral, o plano desta obra convempla trés toms, © primeiro dedicado 2 introdugio a0 direito administrativo ¢ aos seus principios fundamentais, 0 segundo 4 organizagio administrativa ¢ 0 ter- ceiro 4 actividade administrativa, Editado, ¢ jé em segunda edigio (2006), o Tomo I, deveria seguir-se- -lhe oTomo II. Sucede, no entanto, quea organizagéo administrativa por ruguesa atravessa actualmente um periodo de certa turbuléncia, perfilan- do-se a breve trecho reformas, eventualmente com projeccées na teoria geral da organizagio administrativa, da administragio estadual ditecca (designadamente, quanto & estrurura dos mi istérios e da administragio regional c local do Estado) ¢ inclirecta (quanto aos institutos e, eventual- mente, as empreses piblicas), bem como da administragio auténoma (quanto as associagdes puiblicas, &s autarquias locais ¢ as regides auténo- ‘mas, designadamente no que respeita as finangas locais ¢ regionais e 2s ‘empresas piblicas municipais, bem como, novamente, com o espectro da ctiagio de regi6es administratvas). A edigio imediata do segundo tomo teria, portanto, como consequencia previsivel a sua desactualizagio quase instantinea num expressivo segmento da macéria. Optou-se, por isso, por néo transformar para jf em tomo impresso os apontamentos policopiados facultados aos alunos sobre a teotia geral da organizagio administrativa, suspender a edigio do Tomo I até & estabili- zagio minima do seu objecto ¢ avangar desde jé para a edigéo do Tomo Ill E certo que actualmente decorem também trabalhos legislativos de fando sobre as matésias dos coutintus win istrativos e da responsabili- dade civil, mas, tanto quanto é dado pereeber neste momento, as aera 5Pes que se perspectivam serio menos significativas nas matérias em causa do que no capitulo da organizagéo administrativa, A isto actesce a neces- sidade imperiosa de fornecer aos alunos elementos de estudo sistemati- 2ados sobre a matéria central da actividade administrativa, 0 que se torna crescentemente dificil em face da auséncia de manus de direito admai- histrativo actualizados ~ aspectos que sobrelevam mesmo a necessidade de apecfeigoar ou desenvolver o tratamenco de alguns pontos versados. © presente Tomo IIL surge, > presen + asim, com a perspectiva de uma nipida revisio. lids, conforme pode perceber-se pelo aparecimento de uma segunda edicfo (c nio de uma mera reimpressio) do ‘Tomo J, apenas dois anos volvidos sobre a primeira, o presente projecto assenta em actualiza- ses mais frequences do que aquelas que sio tradicionais em obras seme- tbantes na doucrina portuguesa, Apesar de tal perspectiva, éa primeira ver que um manual nacional de dircito administrativo inclai uma teoria geral da actividade administativa, 0 tratamento a se do plano € dos actos reais ‘no capltulo da actividade administrativa e uma exposigio sistematicae uni tétia das pretensées reintegratétias dos particulates, que abrange, a par da responsabilidade civil, as pretensies indemnizarérias pelo sacrificio de direitos pateimoniais privados, as pretensbes 20 restabelecimento de posi- ‘cs jurdicas subjectivas violadas (incluindo tratamento substantive da pretensio & reconstituigéo da ieuagho actual hipotética) ea pretensGo A res- es sistematicas de novas perspectivas na abordagem de miltiplos temas, jf cestadas em vitios ants de doctncia dos autores nas aula tebricas e pré- ticas de direito administrative, que decerto néo escapario 20 leitor atento Mantém-se a filosofia anunciada aquande da primeira edigao do'Tomo I, sustencada em preocupagies de simplicidade e careza didécticas, rentando sempre nio comprometer a profundidade da andlise eo rigor do discurso. Bspera-se assim, que @ comunidade acaclémica e, em geral, o universo das profisbes juridicas dispenscin a este Tomo Ill um acolhimento pelo ‘menos to bom como o que teve o Tomo Lisboa, Dezembro de 2006, Marcelo Rebelo de Sow André Salgado de Matos Siglas ¢ abreviacuras Autores virios Acbrdio Anuio de Direito do Ambiente Aptindice 9 Ditrio de Governo Apéndice ao Ditvio da Reptblica Acéndios Doutrnais do Supremo Teibunal Administrative Archiv des difedichen Rechss ‘American Political Science Review Archiv fir Rechts- und Sotialphilosophie Antigo ‘Analise Social Acérlios do"Tibunal Constitucional Baurecht Bayertche Verwalrungsblatter Boletim da Direocio-Geral das ConuibuisOes e impostor Boletim da Faculdade de Dizeito de Coiml Boletn del lustre Colegio de Abogados de Madrid Boletim do Miniseéro da Justia ‘Bundesverfassungsgericht Cédigo Administrative (aprovado pelo Decreto-Lei n 27 424, de 31 de Dezembro de 1936, kim alcracio pela Lei n# 15/2002, de 22 de Fevereiro) U Cortese Amministrative Convengio de Chicago sobre Avigio Civil Internacional, aprovada para ratficaggo pelo Decteto-Lei n° 36 158, de 17 de Feveriro de 1947, na fcada pela Carta de Ratificasio do Minitéio dos Negocios Escrangciros, DG-l, de 28 de Absit de 1948, ‘Comissio de Acessa ans Dacumentos Adminisraivos Cidigo Civil (apeovado pelo Decteto-Lei n® 47344, de 25 de Novem- ‘bro de 1966, slcima altzragio pela Lei n° 6/2006, de 23 de Feverio} (Comissio Consctucional cre cris, eRe RCo cre CRPeed cr cre. cypr ba ppc be dls dlss dou Dy DyAP pL, DocAdes Césigo das ExpropriagSes (Lei n 16899, de 18 dle Setembro, hima aleeragéo pela Lei ne 4-A/2003, de 19 de Fevereiro) DOUA Revista do Centeo de Estudos de Dieeito do Ondenamento, do Urbane: mo e do Ambiente Colectines de Juispeudéncia CCadeenos de Justiga Adminitraciva ‘Césdigo Pena (aprovado pelo Decreto-Lei n° 400/82, de 23 de Setem- bro, ltr alterasdo pela Lein.° 5/2006, de 23 de Fevereiro) Cédigo do Procedimento Adminisaivo (aprovada pelo Decreto-Let rns 442191, de 15 de Novembro, alteado pelo Decreto-Lei n 6196, de 31 de Janeiro) Céddigo de Processo Civil (aprovado pelo Decreto-Lei n° 44129, de 28 ide Dgzerbro de 1961, tilins ateragio pela Lei n° 14/2006, de 26 de Absil Contigo de Processo nos Tribunals Administratives (aprovado pela Lei rio 15/2002, de 22 de Revereiro,alterado pela Lei .° 4-A/2003, de 19 se Beverito} ‘Cédigo do Regio Civil (aprovado pelo Decteto-Lein.? 131/95, de 6 de Junho, dkima alcrapio pelo Decteto-Lei n° 53/2004, de 18 de Marga) Céstigo do Registo Comercial (aprovado pelo Decreto-Lei n.° 403/86, de3 de Dezembro, ilkima alteragio pelo Decicto-Lei n° 76-A/2006, de 29 de Margo} Constituigia da Repablica Portuguesa de 2 de Absil de 1976 (na versio 4a Lei Conscitucionl n° 1/2005, de 12 de Agosto) Cédigo do Regist Predial fapravado pelo Decreto-Lei n.° 224/84, de 6 de Julho, lima alteragio pela Lei n.° 6/2006, de 23 de Fevercivol (Céxdgo do Tiabalho (aprovado pela Lein.* 99/2003, de 27 de Agorto) Gikocia & TéeniesFisal Convensio de Viens sobre Dirito dos Ttatados (apeovada pela Resolr ‘fo da Assembleis da Repiiblica n.° 67/2003, de 7 de Agosto, e ratfcada pelo Dectero do Presidente ds Repsiblica a 46/2003, de 7 de Junho} (Convencao de Viena sobre Relies Consulates (sprovada pelo Decreto- “Lei ne 183172, de 30 de Maio) Convenio de Viens sobre Relagdes Diplomiticas(aprovada pelo Decre- torLei n." 48295, de 27 de Margo de 1968) Direto Adeninistativo Documentagio ¢ Dircco Comparado Ditio da Governo Disseeagdo de meseadoinédita Disseragéo de douroramenta inédita Direitoe Justin Dicionirio Juriico da Administagio Pablica Democraca e Lberdade Documenraci6n Administativa 10 Dea Dov DR Deg DsE Dv Dval EP ED EDFAAP. EPARAA, EPARAM HLR icr IMOPPL vA. Ditto Pocesuale Amministaive Die feck Veralng Dio du Reptin Dectto Regalmentar Died aque pei Die Vervalung Devecher Veraeng ble Erte dor Benefcs Pi Enclopedi del Ditto Exod Dito xan Disilinar dos uncon Apenes de Adminis bce Capon plo Dove Len 284 de 16 de nc) Erato PlitcosAdnistavo da Rego Anno ds Agr (Li 159/86, de 5 de Agno ina aera pla Lei 619, de 27 de Agosto) Exanito Polico-Adminisavo da Regito Auténoma de Madeie Gein? 1391, do5 de Jonho,scrad pela Le n= 130/9, de 21 de Ages) seatsto dos Tibunais Adwinistativs © sci (preva pola Le 1. 1372002, de 19 de Fee alsa pda Le n= A203, de 19 de Fever) Eeroparche Feo Amino Fide Gsen dosAdvogatos da Reap de Luan Gras da Rel de Lsbos Geverbeachiv Grune Li Fanaental de Replica Federl a Alemanhs, de 23 de Mal de 1949, kina sso pla cde Aero de 28 de Agar de 210061 Harvard Law Review Inepegio Geral do Tabalho Tost dos Metcates de Obris Palos © Parca Imobilro Trporto see 0 Valor Acrescenad Jlediche tbe luer Juristische Blatter Jornal de Contabilidade Jalebuch fir Baropaiche Vervaungeschicte Jornal Oeil das Comunidades Lopes Sonal Of da Unio Europe Janek Schlung Jusienctung Kihche Vircjhceche fle Gestogehung und Rechswinenchale 1 das Ataris Loss aoa pel el 16999, Te Ste bio, na veri da Len 4/2002, de 11 de Jane) i Lau LBA Leg. LEMIR LORTC LOSTA MCTES My Niw NVwZ oD or ong Peli pec. PRUOT, RAL RAP RCM RDA RDAOT RDP. RDP, RED? rela REDA, REDUC REDUL RGIMOS RIDC. RISA Lei ds Auronomia Universitvia (Lei n* 108/88, de 24 de Setembeo) Lis de Bases do Ambiente (aprovads peta Lei.” 11/87, de 7 de Absil ‘kina alceraggo pela Lei n? 1372002, de 19 de Fevereiro) Legisagio Le das Empresas Municipais, Intermunicipas ¢ Regionais [Lei de Organizagiac Processo do Tribunal de Cones (apeovada pela Li 198/97, de 26 de Agosto, iim alverasio pela Lein* 48/2006, de 29 de Agosts) Lei Orginica do XVII Governo Constivacional (aprovada pelo Decreto- Lei n° 13512006, de 26 de Julho} Lei Orginica do Supremo Teibunal Administative (aprovada pelo Decre- wrLein- 40768, de 8 de Setembro de 1956) Ministério a Ciénci, da Tecnologia e do Ensino Superior Maia Juridica ‘Neue Juristsche Wochenscliift [ewe Zeitchafc fur Verwaltungscecht 0 Dirsico (Organiza Internacional do ‘Traballo Orgenieacio Polis. Revista de Eseudas Juridio-Politions Pareceres da Comissio Consttucional Planeamento, Revista de Urbanismo e Ondensmenco do Tesicsio ‘ivisen Amministativa della Republica Isliana Revista de Admsinistasgo Local Revista de Adminineacin Pablica Regimento do Conselho de Minisros do XVII Governo Consttucio- nal (aprovado pela Resolugéo do Conselino de Ministos n.° 82/2005, de 15 de Abril, dima alteacio pele Resolugio do Conselho de Minis- tras n. 64/2006, de 18 de Maio) Revista de Direivo Administrative Revista de Direito do Ambiente ¢ Onlenamento do Tesco Revista de Dieito e Estudos Sociais Revista de Diseito Publica Reve de Droit Public Revue Européene de Droit Peblie Relatério de mesteda inédivo eve Prangsite de Droit Administra Revista da Faculdade de Dincito dx Universidade de Coieabea Revista da Faculdade de Diteito da Universidade de Lisboa Regime Geral do Ilicito de Mera Ordenagio Social (aprovado pelo Dectero-Lei a 433/82, de 27 de Outubro, akioa aleragio pela Le 122 10972001, de 14 de Denerbo) Revue Internationale de Droit Comparé Rese Internationale de Selences Aciinistatives Revista Juridica re RyPce RJEOP RUIGT RJUA RJUE RJUM, RY RMP ROA RTDP Th SHS SL STA sty ‘TCont ‘Tons TICE 2 TRC UE UPR VBISW VELBC VerwArch Vovic ‘waRW Regime Jutidico da Realizayio de Despesas Pablices © da Contratsio Publica Regime Juridico das Empreitadas de Obras Publcas Regime Jurico dos Instumenros de Gestio Teiosal(aprovado pelo Decreio-Lei 9 380/99, de 22 de Scrembia,altrado pelo Decrsto-Lei ne 31012003, de 10 de Dezembro) Revista Juridica do Urbaniemo e Ambiente Regime Jusico da Urbanizacio c Edificio (aprovaco pelo Decreto-Lei no 555199, de 16 de Dezembro, hima altergio pela Decreto-Le ino 15712006, de & de Agoseo) Revista Juridica da Universidade Moderna RJOPIDH Revista Juridica da Universidade Porrucaenee Infante D. Hencique Revista de Legilacioe de Jurprudéncia Revista do Mixistéio Piblico Revista da Orcem dos Advogudos Rivisea‘imestale de Dito Pubblico Rechistheorie Schrifenretne der Hochschule Speyee Scientia Iucidica Supremo Tribunal Adminisertiva Suprema Tbunal de Juciga SeWissStr Smatwissenschafes: und Staatsprexis ‘Tribunal Conssiracional ‘iibunal Cental Administntivo ‘Tiatado que Inscicui a Comunidade Baropein “Tribunal dos Contos ‘Trardo que Fsuubeleoe wma Constcuisso para « Europa (asinado em Roma em 29 de Ousubro ce 2004, JOUE 310, 16 de Dezeinbro de 2004) ‘ibunal de Jostigs da Comunidade Eusopeia “Tibunal da Relagio de Coimbra Unio Furopeia Unvele- und Planungsreche Vervaltungsblitcr fis Buden-Wurtemberg Vero. Enciclopédis Laso-Brasleia de Cultaze Verwalaagsarchiv WYDSGRL, Verbfientichungen der Versinigung, der Deutschen Stastrechtlbee Verunltungrertshrsnsgesets Wartcembergersche Zeitschrift far Verwakung und Verwsltungs- sechespflege 13 18 Teova geal da stividade adinistratira Indice PARTE IV Actividad administra ‘Asocts penis, (Chusfiejies de actos da adminis Presupestos dos acts jusidios da admins, Elemento dos acs jc da adminisrap. Requisos ds actos juries ca adminis. 1 As propredades dos actos juries a adminisagio 2. Requistas de exis dos actos da adminisasd, 3, Requistos de lida dos aco arden de adminisgio 4, Requisos de fills doe sto juldicos de nding Exitnca e neste juridcs doe actor da edminsteagio, 1. Nogloe pete ger. 2. Releviacis de inexinnca jc, 3. Regime da inexntocia Vege aphid ining 1 Nogio atpeeos gras, Iegiidade vcore. Ilegalidade evade, Talidadee desalte jaridicor 2) Nelidde 3) Cee e ambita da lade 1) Regine da nlidade Dy Anulabilidade 1 Geis rita de anulaade i) Regime da anclabiidade 6) Dexslores epic 5. Magaldade ieegularidade 2) Ceesio tbr da ieglariade YA depaciagso da inv em rosa rgulaidader deed dae de formalde aproncitmeato do sen, ©) Regioe da ineglaidae Efcéci © inefictia das acs juridiens do adminis, [Nogio aspen gris 2 Relucio enue os indice valdadelinvlidaee ikciaintcae A peoctdmentalizago da actividad dminiteativa 1. Proceimeneo¢ procedanentalizaao 2. Importincis pita e zee do proeeimenta sma 3. Pungoes de prccedimentoaniaiativo. 4 Procalinenco administrative «proceso dina 5.4 codifiaso do procedimenso ainisativa pte» oe 2) Vanagense deavanagens da enifcaio do provdimentoadsiniscvo 1 Bvcluct de evict da ponedimento inate 19.0 Chdigo do Frocedimento Admaisiesativa de 1991 919-0 eto administrative Nogio eaipects ges 1.0 aspects aden 2. O aspect syne de adnan 3.0 aspect no abdgo de notsan de dnco pa 0 aspect ein praises jurcom 5.0 aspect swage invidul econcteas 6-A nfo exighnis de cater extern 7. Os ats de indefrimento como aon administers 8. Carter amplo ds nag de set administativo. Hace, carctersicas¢ fang do eee adminis | vedas histrics ¢impotinia seul do ato adminsative 2. Cancterics do aco administra, 9 Fonges da aco admialstairo (© azo admiceeatvo na ondem jis 1.0 sete administrative semeng juvaicionl 2. O aco adminiarstiv € nego juicy, ipo da egalcade 4.0 aco admininraio e4 vontade Clasiticagies de ats dminirativos, -Alguns poe de setu administaton © procaine par. emis de seo adminis | Benepe fundamenas do procediment adminis, 2.0 dover adminisuativo de dei 2) Nogio efandamens, 1 Pessupots do deve de deciso ©) Couteid do dever ce devisi. ) Contequtncas da volagto do dover de dexisio 2) Praeger 3.0 seo adminitaco 9 pa 1) Nowa wbrecontagem de pears Nottie 2) Aspects gue 1b) Regine das non Pressupostesprocedinentai Tamitagie do prcofimencaadminiseatve 4) Fase da inca 3) Modlidades de ica ip Em especial a niciniva particular 1) Fase ds insugie 3) Competéncs em madris neta, 5) Deimitgio do tmbiua das diigenciae proba da amiga, «dos paricalrs i) Diligenesa probes in) Puce ©) Auitncia dos incon, +i) Diigneiscomplemencarse nova aitacia dos intcesados vi) Rela do insruor 2 Fase de deta 16 %6 0 a ro o* us uy 4) Axo formulas que peo er lugar ems guuerfise do procedimenco adminis 1 Produgioantesipad de prov 1 Imerrensto provocida dos inserados |i) Medias poise. jx) Auditnca dos ines. «© Bxingo do procedimento adminis. 1 Suspense do procedinento administrative Inerpretgfo do ate adi var Exide inesixénis do acto adasiaisao, 1. Requisos de exiséia do exe adminirraivo 2 Ambit da iexininca do seo adminsrtivo 3. Regis jusdica ds insistnca do ato adminincve 1% Legale iealdade do ato adminisrtive 1. Requstos de lgalidae do acto adres 2) A extn dos presuposiossubjecevoeeelemencos dos aricesdminicratv, 1) Requios ubjecvos de egaidade doe actos adinisaivos © Requstosobjecivos mati de legalidde dos us adaisiatives 2) Requisitosobjecivos mattis em ger 13) Reuistsrelaivos 2o cone: em expeila scsulas scesran deacon admiintativs ii) Reqaiiae ratios ao come. e dos actos adios. 4 Recuisesobjecivos forma de egal doe sto aministaoy 6) Requisits objentvos funciona de lepaldade dos scot adminnraivo 2. Vii do seo sdminisetivo 4) Bralgio ei eslevincl sca de won dos vis do acto adniaieativg 1b) Os uadicionas vos do awe serine 9) Aepeto get 5) Unurpao de pode, ii) Incompereci, Ie) Vii deforma, °) Desio de poder 9 Viol de 2) Outosvcos do acto adnate? 4) Vicios do ac admissetve evs da oneade 3.A lnvaldade do aco scminisat.. DA nuldade do acto adn, 5) Ambien dnlidade 5) Regime ds aliade. anulbiidsde do aco administra 3} Ambito da anulbiidade 3) Regime de snulbilidade ) Desralores axipicos de acto almininatve <4 Conresponiéncia ene vise desl ca arn vier ©) Cumulago de desvaloes aa mesmo ara adminktve pv, fandumeatace 1 uo M3 M4 Ms 132 18 v8 4. A crgulridade do seo aasinitatvo fcc, neficiaeceieoe do acto ada, 1. Requstos de efccn do sete acinsativo 2 Ambitosemporal dos elles do act adntacvo 5. Bios protorfpics ds acteadmisiatvos cares, Actos adanisainossecundtioeexpecalments egal. 1 Revogseio. 2 Distingse de gus aime b) Pandemenco da competinca revogati. ©) Revogutoe cls de principio 4) Revogarto = marge delve deciio Regulus de plicade ds evogicto i) Requises sabjecvor: cotnpetinci vega i) Requisitos objective atts: cero de revopuo ip Requistos objectives mace presporon da revogago de sets anuliveis in) Requisiosobjecivos fom fora « ormaldades de regal i Requlsos ebjecvos funciona ine da revo. 5) Beir da evo 2. Subsiuicto« modiicgio s) Pundsments de compctnci subi 6) Subse dispose esubauigto eisiva ) Regime da subsiuieo eds modifica 9. Deelarao de nude 4 Suspeno. 5. Recife 6 Acros secundirin saneadores ratfcaio, fom e converte. Procedrsentonadminisrathos de conolo 1. rocedimentos de consol denice ofc, 2. Proeimentos de contol de nia paral 2) Arpecor pris by Arecamaco, 6) O recurso ierreico. 1 Aspects ges 1 Espéce de recurs hierinuico ii) Regime comuun do rears hieragscn. %) Regs execs do ecu hitequica sea Regus expects do ec 4.0 secs hieséeuic ip, ©) O recurso tl ‘, Procdentoridministativn cxecusivoe Nogioe aspecos grit, 2 Regime das procedimento execs 8) Raquisis de legldade comune bacco wave de cea administeativosearvés de 20s materia 1) Reqs de ead expetcs da execu saws de acos ma si feculeat, 6 20-0 reguamento Noyso aspect gn 18 v9 1a 199 1 2 ro a 13 3 20 a 204 Regulancne, ie ate adminis, TE Reulament9 © Fn 2 Repulaenco e priacipio de alia 4) Consoqutncisclo prinelpio ds leglidade dos vepulancatn 5) Hieraguia dos regulanenos i 9. Regumentoe aero admiaisratio, lu, Fandamentse fungi dos regulon 1. Fundaments do guises, 2. Ranges dos regulates, 1. Gasiieagses de tgulamentes, Procedaneno el vt Interprets do egulamenta YL Requiss de evisténca e de lead do reglasonte Requisos de xirénca do eguhmente 2 Requsns de legalidade do segulancneo i. Ineisténcia do regulacento 1% llgulade e invalid do regulamenss . Insglidade dorepulamei AL Bficicia vigencls do elements 1. Raguisies de efi doroglaen 2. Casgio da vigdncis do vgulaento © contrat adminieativo 1 Noglo e aspecos ges, 2.0 aspect saconio de voncadea 2. Osspeci splo qual é coord, modifcada ou xin ‘una resto justia adenine 1, Broloio hiss e impostncia actual do contre sdnainr 20, O conto adminiseayo a oom juts 1. Contato administrative «principio da legends. 2. Contra afinistratvo« concata de dita pivado da aiming 4) Os cir idenifcadors do conto administrate 1) O fim do comets admit? © A aproximagto dos paras asp ¢jspavtin no Eso sca de iret DA ndminsivinagio de regime dos conuatn da aac. ©) Graus de sdminteatvizao dos contaes da adtiisaagdo, 1) A univers rendencal da figura do conta aminintasiva 0 coniter marginal do cantata de citi privade da adminis 3. Contato aminisutivo e ata adminsraiv. 4) O conerata sabstintivo de actos aniston 1.0 conta adainirntvo ineaprocadimena 1 Pocedimestos em matiia cone eset alison, 1, Clasifcagie ipologas de eotraoeadmiisaaivs. 1. Chasifcagéesdecontatonadainstetivos. 2. Aguns pes de eoneatt adrinistntvos. 4) Os contatosadminstvospevsos wo. 1) Constr sdministatvos de avon wlaisisavo geal ‘lo pesos no CPA 19 9 Consacs iisuatvs do dis adsinsativ esi, ¥.O procedimento para a clebrgte de cnietosadminisectoe Princpisfndamentas robe ox procedimentos pré-cntratunis. 2. Notas geri sabe os prostinetos po-contatus 3: Procadimentope-contrual dos conto de colnborto 4) Tipos de procedentaspe-conaris 1) Chassticagser de procedimentoe pe-contatnis ©) Crisis de deren dos proedimentos procter, 5) rege do cencuce pblico wo a. 183:° CPA 59 Cite gess de deteinagto dos provements econ aca 18) Procedimensos présonectuss decider segundo regimes epeiis 1D Tramiagie dos prosedimenros po contacuai limenas pre-conuauais sus a regimes expe’ Procadinento pié-astetal dos contins de abuso Proceinieno pré-conteatal doe contrite de cordenesio Procadimento pré-cancaal doe conte aubstutvos de sts sdainiracivon saeco unless da annie no procedimento pré-concan 2) Neue juice dor actos unser petconteua. ) Desacabiidade os incorpo dos sts units ped contra. Inespressio do conto dinistcvo Exitncia e inoristcis do contrat acimiicraive 1. Regus de exstdacia do coneataadministve 2 Ambir eepime jucidicn da nesta do comtacoadeinineatv| Vil, Leaded iegaldade do conceto adenine. 1 Regios de leglidade do conta asaisuaivo 2, Viios do concave sdmininativ, 3 valid do contac adiinstatv 2) Desoaloes do conte sdminvtatv. 1b) Regine d invalid do coatsto minscatv 4, Inepubaridade do conto ainisuro ‘Cumprimentoe incumprieno do consrateediisative, Exgoujio do contest alinittive. spectosprblemiticos da eseeugio da cantata adrian 2 Resighes da autoratla declavtiva¢excutva de adit na fave de execugio de contrat admis, 3. Rederesaminstasvas de sutoridade na fie de ecugio Ao conta adminis. 1 Or posers adminsratvos nas de exccagio da coouato dminseatvo eo a, 1602" CPA. 2 1) Ambito objective dos podeesadinizrativor do act 180° CPA. ©) curr dos actos decree dos pore ovinitivoe doar, 180.° CPA 4.0 fad prince 1, Mouifcagio e eingio do conratoadmiaictv, 1. Medicago do contac xlminisaive 2 sxtogio do conte adminieve 20 6 8 399 Ms Ne ay Py 36 oe x0 xa Ac retanss formar de atv administra, 1.0 plano 1 Nogio apectos gti. 2. Brlucaohisteiese impocelncs acs do plancarnene, 3 Fungi, fron eis dot panos. 2) Fongiet doe planoe ) Hererogeeicad dot panos quant fcma «) Heerogentiade dos plans quanto &vinculaividad 4.A dscricionariedade de planeamento, 5 Reyime judo dos ples, 65. Aluns problemas juridicoe do plaacameno, sates es, 5, Simples stuns adits 3) Nose e aspects geri 1) Tipo de spies acne adinisanne ©) Regime ds simples acuagheradminicraivae. Acro mares 2) Noto eapecus gens 5) Anton materi Fanconi c proses. 9) Ambit elevinela dos ator mei Chassis de ars eaters © Regime dos actos materi. 3. Ors 2) Nose eapenos gon 1) Brolago hic do watamenno ds or. 0} Clasicagsea de ome. A Regime das omisoes 4.0 co to 2) Noto espero goa ») Brolugio bisa e importnsin actual do aco til ©) Motaldades de aco io (d Natwen juries do azo ect. ) Pesupostos de farmagio do deferment thio 1 Reginsjarcica de defen cit. 2} ProMemas do acto cc. As acwagées inform 2) Nogio eapscon gens 3) Origens hss impor seal da setsioadinisatva nora ©) Manifesagies dy sens infra 4) Vanragens,dovaneagens «ade da seg €) Rope juiicn div aougiesinformais fone 525 ~As prtensicsrintcprtirias dos particule connocomseqnéncias ‘reais da actividad adminis, 1 Noga e apecoe gas, Responssbiidae cl admins, 1 Nosio sapestos genie 2. Broluctohistrin da esponaildade cv adnan 3. Clisilcases da tesponsilidade cl adminis 30 3 eS a oo “03 0 se 08 © Basta da diciplina ds esporsbidade cv adminiseiva Responstildad ei por act de get public responsbilidale exescontvoa dla a} Fundsmento da respamsbiidade adminicati dela ©) Response administra e esponsiidade peso 6) Prssuposos da tespoasabilidade administativa delta. |) Face volasckio ID cinders ‘i Mca cone}: casas de jutting died 's) Caps Culpa (Conc) culpa peta! calpacowrigo ¥) Culpa (cont pov da culpa eprerongbes de culpa il) Culpa (coat ean de eso ca cups. wii) Dano. i 5b) Nevo de auld ~ 1) Nexo de ausalidade (got casa vst vcomportmeaee liko akerativo 4 Aeulpa do leo como cau deel ou modifi a esponsibildadeadminiatva delta «) Sujit do deer de index na esponeblidade wlio dele Responsibldade cll po act de pesto pbc espontbilidade exracontasl ples, 2) O caicter geal da responsabilidad acminisraiva plo ico |) Fundhmento da esponbildadeadmiciatativa plo ssn. 6 Pespostr da esponsbildade adminis pela sito 1) Casas de eacasio on maxificsgin da esponsbdade Minis plore Responsbidade cil por acto de gest public spond excaconeatul por ft lite si Fundamenc da tesponsiilidde cil admsinsaina por aco lcka ') Modaidaes da responsabidade cv administra por ft lie. «) Respontbilde plo sacri de bers pesto ) Responsabldade por dos caus em ena de ecestade «) Respunsbldde po nfo esabeleinento legis de posites urea subjciae vod. Responsable cil por act de gers pics woponnbldade exatal Responsabilidade cil por acto de pesto plc tect veda respond ii 40, Resposabildade civil por ato dept pic: inderoina. 1. Respensibildede cv por act de gest priv 2} Responsablidate extraconrtacua dela pelo rico © pio lio 1) Responsbifdade contatual ese vada espotsiiidade civil Prtonsesndemrinacas pela serio de dios pasimeniais pias 1. Nogio e sipecos pei, 2, Preonsesindemnizactias plo scifi de dics pattems piv tesponsibildae civil 53. Fundameno das pretenses indents plo sari de dtcos pcmasis prado 22 45 16 a7 4 aa my a4 45 425 oe 1 3 ee 8 4: Rootes dis prereset ndemnizacs pelo scifi de uns putimoniai pena. a 5, Presupoctos das pretenses indemmizada pelo scfca de Sasioe ppusmmonaisprivads. 6 Aindewnisayso pelo sci de sits pions povocos. 2) Acigtncis de ums indemaiagio comemportnet da safle 3) A exigcin de uma inderieai jute 6) O conte da irsemisasso pe stead dices pauimonissprivados, As artis jursdcinaspreventivas de kegianidade do meio ects prions pivados no caso da expropeaso em sent es, As pretenses ao cestbslecimenen de pore arias subjects violas 1 Nogioe aspects ges 2 Pundarnento das pretensber oo tceecimenea de poooesjins subject roles. 2. 5, Pretensis ao reabelecimnta de psi usta subjecivn Wale « esponabilidade cil 4. Tipos de pretenses ao estabslecimento de ponies jis subjects violas 5: Presrposos das pretenses ao ratablesincato de posgios dca subjective vias 5 Conside do seabelecimesto de posgies juiicssabjontvasvcada 17. Mods de cfesragio das precensie 0 reiabeleciment de ponigoes’ {uch subjecva vila, 48.0 no manbelecimeno legis de sie uve jean Woladas. Strung em que legit o aie retadelscimento de potgsee judi subjecvas lass WA responsbidae civil sicedines do rbelecinen de posgbes Juries subjective wold © os ems d aus elcivagio process A pretenso reconsiigio ds ssasio etal hipontin 1. Nogio eases ger 2. Fundamenco da pretersto i reconstniio a sina etal lipase, 3, Recoastticto da sas ae hipenticae elds concn 4 Reconsnigo da stuagio acral honda e exert de enone 4 culagio de acoradmiiaies 1) Reconaisigo da sitzagio atl hipsiiae nude don aos _iminsuativosconsequenses. © Reconsituiio da stagio scum bipoccca e respnabgade Gv 4: Presnposos da econsciniszo de ssp acu poten 5: Cones da reconstiigie da situa actual hips 9 A pretnsio 3 reconstgio de sitsago acral hips ‘nm peetenso comple 2B) A dimensso negative da recon da mg tal hipota A dimensi pos ds econ de suse ari hipaa 1 Conteddo ds veconsicugé da seogho actual hiponia «rasurcinenta de dato 6 Mos ce fives da presse b venti de aongas cua ipontcn, 23 “61 450 455 os 6 456 67 4a ss “4 4s 4G «@ 4 “0 ” Shades om que eg a nfo tenis da stun atl hoc, 2) As seauas legimas de inesecos das semtengas de nul 1) O reece do poder adiinirtivo ex snide igual ou equivlene odo ata aula VLA prateno & restuigo do ersguecmente stn cout 1. Nogio aspects geri 2. Fundamnto da pretensio | eesitugio do eniquecmeata san Casi 3. O ensiquecimeno sez cau ea estates pres reimepatvins dos puiclaes, 2) A fanea da prtenso 4 euigo do eaiquecmento sem cauta 9) Aniulagie do ensiguecimenc stn ch cor a etanies presser winegeatirin dos partic 4. Siuagee pias de eniquccimento sem cae 5, Pressupouos da pretensto csc do enriqueimen cn case 6. Cone do dever de resto do enriquccineno, Indice aaliceo 2 ra a6 ars 0 0 oo a oe wo e Parte IV ACTIVIDADE ADMINISTRATIVA, $18 ~ Teoria geral da actividade administeativa 1 Aspectos gerais © -xctcicio das fimges do Estado no se esgota na price, pelos Greiot encarregados de as prosegui, de actos isola e descoordenedos, implica pelo contrétio, um flaxo continuo ¢ ininterrupto de actos eat ‘aos por uma finalidade comm ~ ou sj, uma atiidade. As actvidades Gm que se tradur.o cxerlcio de cada uma das fungGes do Estado sio codes lifernciadas entre i al decore da diferente natura do diterenne regime dos actos que as imegrarn, por sua ver emergentes ds difeengns ene a dees fangbesexrcidas (prt, I, 2-168). Assim, as actividades comer tute, poli, lgistatva,jurisdicional eadministrativacorresponders te Funtes do Estado com idénccas designagbes;a actividad admininnsen, nosio que coincide com a de adiministacio publica em sentido materal (pr 1 2-14), €aquela cm que se radu oexericio da fancdo admins trativa do Estado. Enbora uniicos pela finalidadlecomum de prosscusio da funggo ‘ximiniswatva, 06 actos compreendidos na actividade administativa ray so todos idnticos; as caregorias de actos da administasio de naturers ¢ yee similar designanse habitualmence como fannat de serie ‘dminisrasioa (ou sj, nurm determina sentido, corespondean nog _ feedminisrasao publica em sentido formal: supr, 1, 2-39), As ués one, __ Betas mals imporances, quer do ponto de vista tedtico, quer do ponto de visa prético, de actos da administeacdo slo 0 acto adiministrativo (infra, Bi D0 reulamento (infz, 20) e o contato adminiseativa (inf 21), Slemates io ainda 0 plano (if. 22-1 s2) © o cera resis npn | Sass administracivas: inf, 22-25 55 actos materia nf, 22-33 365 Forte WV ~Actvdade administra, omissdes: infin, 22-45 s8;netos informs: inffa, 22-91 ss). A andlie de cada umta das cateyorias de actos da administracio deve, no entanto, set antecedida do seu enquadramento tebrico e dogmtico comum. E este 0 propésito da teoria geral da actividade administraciva, Classificagies de actos da administragio (Os actos da administraglo podem classficar-se de acordo com seis cti- ‘érios bisicos: 0 substrato ontolégico, a relevancia juridica, a projeegio no mundo fisico, © contetido, o niimero de vontades necessérias para a sta perleigio ¢ o grau de intensidade do interesse publico prosseguido, a} Quanto ao subsiato ontoligico que Ihes esté subjacence, os actos da administragio So positives ou negativas, ou seja,respectivamente, acyées ou omisder. Acgbes si0 condutas evitaveis: omissées sio abstencbes de condutas possiveis. As acgles € as omiss6es tém em comum a Greunstin- cia de serem comportamentos dominéveis pela vontade: os meros factos juridicos, oconréncias com projecsio juridica mas de catécter nio volun- tirio, podem ter relevancia juridico-administeativa (por exemplo, o decur- so do tempo releva para eftivos do compute de prazos e constitui press posto da prética de actos, bem como da rclevincia juridica de dleterminadas omiss6es: infix, 22-81) mas ndo séo actos juridicos e, pot isso, aii integram a actividade administrtiva em seatido estrito. Os regu Jamentos, 0s actos administrativos, os contratos administrativos, os planos «as simples actuagées administrativas sio todos actos positives; 0s actos matetiais ¢ os acts informais podem ser positives ou negativos (inf, 22- 36, 22-93), ) Quanto a sua relewinciajurddica os actos da administrasio so jurt- dicos ou nio jurldicos, consoanve visern ou nfo a produgéo de efeitos de diteito. Visat a produgao de efeitos nfo é o mesmo que produsir efeitos ppara um acto ser juridico nfo € necessirio que produza conczetamente feos juridicos mas apenas que integre uma categoria conceptual da qual faca parte como elemento caractetizador a apridéio, em abstracto, para a producto de tas efeitos (assim, um acto administrativo nulo aio produz uaisquer efeitos mas mio deixa de ser um acto juridico, uma ver que a categoria conceptual do acto administrativo se define, entre outros aspects, 28 45 18-Teoi gua da acthidee edniittva pela aptidaio em abstracto para a producio de efeitos juridicos: art. 120.2 CPA; inf, 19-15). A excepto de alguns actos matetais (infha, 22-38) e, cm particular, dos actos informais (inf, 22-91), todos os actos da admi- nistragdo sio actos juridicos. Ainda que imprescindiveis para funciona- ‘mento quotidiano normal da administragio, os actos niio juridicos so, ‘em gera, irrelevantes do ponto de vista tebrieos a andlise dos actos infor- ‘mais justifca-se, contudo, pela sua similicude esteucusal com determina: dos actos jutidicos ¢ pela pretenséo de juridicidade de que por vezes sur- gem esputiamente revestidos, Awlevncia ov inelevancia juidics dos sets da adminiragin& oie vse coahandida com anu proj no mundo fico. Assi, contapSe-:habitualmeate os sits juices tos teos mates querendese com at diner que os kimes nto poduac, en 0 algum, cfs de dic. Esta visio € income, pois extern acne materia que podem produit efeitos de dito e que, com th so actos juris (nf 2-38). A contrporighe core {ars ene acs juices ene jurdios, por um ado, «eote sto imi ato nate tas, por once, ©) Quanto a sua projeyio no mundo fic, os actos da administragio classificam-se como imateriais ou materiaiz, Os actos imateriais ttm uma cxiscéncis apenas espivitual; a natureza externa do dircico implica que eles devam ser evidenciados através de manifestagées sensorialmente apreenst veis (em geral, a escrita ow a fala), mas estas néo se confundem com os actos em si, Os actos materiais sio suscepuiveis de apreensio sensorial disecta. A excepgio precisamente dos accos materiais, todos os restances actos da administracio tém carscter imateral, remplos: 0 acm administatvo que orden x demalia de wins construc € um ata imate, m medida em que + aiséoca da decsfo nee comida € purimenve judi supore documenta em que tor do act se eacones verida exit no mundo extioe ae oe confunde com o acto em caus és ats pelos quis procede feria demise dkarcferidaconsousio sto actor mats 4 Quanto a0 conreido, os actos da adeninistragio sie normativos ou rio normativos. Os actos novmativos tém conteido geral¢ abstracio ¢ 0s 10 nfo normativos cém contetido individual ¢ concreto. Um acto tem conteiido geral ou individual consoante, espectivamente, os destinatirios 208 quais visa aplicar-sc sejam indetermindveis ou determindveis no con- texto em que fbi praticado; um acto cem contetido abstract ou conereto 29 ato Aevade adinsvathe consoante, respectivament, a situagio de facto & qual visa apicarsescja indeterminével ou dcterinindvel no contexto em. que foi praticado, Para lum acto ser qualificavel como getal e abstracto no basta, assim, que os seus destinatérios © a situagdo de facto a que visa aplicar-se sejam dndeter- ‘minades, no semtide de nfo serem individualizados; € necessitio que eles ‘mo sejam sequer susceptiveis de deverminagio no contexto em que 0 acto foi praticado, Esta ultima precisio € relevante para a determinagio da natureza juridica dos chamados actos administrativos gerais (infra 19- 19), $6 0s regulamentos, bem como alguns planos ¢ actos informais, em caricter normative (ina, 20-1, 22-2, 7, 93); os restantes actos da adimi- niscragio sio actos nfo normativos. senplos um plno drtor manic tem cade aotmatve na madi en ue lider o ordenamento do tetcio municipal em termos que nfo permitem s deventsorso dus pessoas ou dis situates aque spin; seo adminscuiv qu indefere um pail de lcena para consugio em certo loca, aes base rma preibizancrnatant do plana dees toe sail, sem carder oo notmatv, poo ss desta a seuayto x ques aplce so detrsindves (mesmo, net cso, desea) ©) Quanto 20 muimero de vontades necesirias para a sua perfigto (i. &, para que adquiram existéncia juries), os actos da administragdo sio si. laterais bilaremisou multilatertis.A pereigio dos acts unilaterais depende apenas da cxisténcia de uma vontade; @ actos bilatcris, da contraposigio cde duas vontades; a dos actos multilaerais, da concraposigio de mais de dduas vontades. Como um acto 56 ¢ bilateral ou multilateral se a ordem jucidica exigir uma pluraldade de vontades conttapostas para que o acto ‘exist, € irrelevance pata efeitos desta classificagao © concuiso de vontades cxigidas como mera condigdo da pritica ou da produgio de efcitos de a=r0s juridicos (iyfi, 19-6). Como um aew s6 ¢ bilateral ou multilateral caso se petfaca necessariamente com a contnaposio de urna plusalidade de vontades, é também irrelevante © niimero dos seus autores: apesar da sua complexidade subjectiva, os actos administrativos praticados em co-autoria no exercicio de competéncias conjuntas (ara, I) sao unilaterais, pois a vonades que através dees se manifestam visam, em iitima andlse, a pios- secugio da mesma finalidade. O paradigma do acto bilateral (ou mulilate- ral) €0 contrato: ele sé existe em virtude do concurso de uma plutalidade de vontadess estas sio conrrapnstas, pois a manifecragio de voutae de 30 18 -Teosa gerald ata disistrtva cada um dos contratantes visa a prossecusao de interesses especificos e tem como conscquencia a obtenclo da contraprestagio dos demais. Para além dos contratos administrativos, que tém necessariamente caréctee bilateral ou multilaceral (nfes, 21-2), podem té-lo também alguns actos informais (infra, 22-93); vodos os restantes actos da administrasao tém catscter uni lateral + cos wileri expimem claamente« autores devi evestalment, cut da admis, enquazto o actos bless e malate sabia adminis so consensuaida pSribera. Embora sea exagreads a afcnago de umn crite das acragee ‘unter admiisuag, om arial do act sdaniativo, lads por alguteatves, 4 ie (ing, 2198) inca expansdo ds acividade conscusil 1a adminiargio publica ) Quanto a0 gnaw de intensidade do interewe piiblico proseguido, os actos da admninistragéo classificam-se como de gestdo publica ou de geste privada, Todos 0s actos da administraco devem visar « prossecugio do fnteresse piblico definido por lei, mas 0 grau de intensidade deste inte- ress piblico, em particular no eonfronto com os inreresses privados com cle colidentes, nao € sempre 0 mesmo. Os actos de gestdo publica estio lcgalmente vinealados a prosseguir um interesse pablico cuja maior inten sidade jusifica a sua supremacia sobre os interesses privados com cle even ‘walmente conflituantes; os actos de gestio privada eso legalmente vi culados a prosseguir um interesse publica cuja menor intensidade implica ‘sua paridade com os interessesprivados com ele eventualmente coafl- tuantes. Em conformidade, os actos de gestio pablica sto fundamental mente regulados pelo direito adminiserativo (que assegura a primazia do inteesse piblico sobre os interesses privados e a posigéo de autoridade da administragio perante os particulaces) e os actos de gestio privada s4o fundamentalmente regulados pelo direito privado (que trata de forma ‘endencialmente igualiitia todos os sueitos intervenientes, independen- semente da sua nacureza piblica ou privada, nas sisuagbes juridicas por si tegulada) Ajursprudéncs tom optado por um ei surance formal de dling entre 16 aos degsco pilin ou de geo pivada. Asin, Tribunal ds Contes considera rete ‘alaente questo acios de geo pblica xs peicwlos pelos Sot ou agentes ca A slsrao no exeecin de um poder pablo, into, no exriin de uma nga pale, sob 0 3 10 omni de noxmas de disso pli, sins que nio event ou represent 0 exci de scion de coeteon que so ars de pet privida wo pratientos pos dplon ou ages da Adminisrago em que sea aparece despida de pode pont, nn psig depts et © patil ou os particles «que os cos rspetam, nae mse contigs o mse rep ‘me ex que poi proceder rn parla em inten subordinas sortase dite pi vadon (Ac TC 44/2006, Proc 08/03: tabem i itadoe Ace TUonf 5/11/1981, Poe. 124, BMJ 311 0981, 195; 20/10/1983, Proc, 153, ADR 3/4/1986, 18; 12/1/1983, Brow 198, ADSTA 330 (1989) 45; 12/5/1999, Pre, 338, ADR 31/7/2000, 19, TCoat 29/6/2004, Rew ‘Osis e STA 22/11/1994, Rec. 33532, ADR 18/4/1997, $256, Os citns forma sp en eaemeate flv: a investidura da adminisiagso mum poss de poder a apligso do siteito adminis so consaqutnciase no cane do calc de geno ple dos at08 Os regulamentos, os actos administrativos, os planos ¢ as simples actuagées administrativas, bem como as omissées de quaisquer destes actos, sio caregorias conceptuais privativas do dieito puiblico, consttuin- do por isso, necessariamente, actos de gestéo publica. Jé os contratos e, sobrerudo, os actos materinis da administragéo séo, rspectivarmente dos pontos dle vista estrucural e ontol6gico, substancialmente idénticos a con- dutas puramence privadas; em tese, podem, portanto, existit contratos € actos materiais da administragio, quer de gestio pitblica, quer de gestio privada, No entanto, a sua qualificagio numa destas duas categorias sus- cita complexos problemas teéricos e graves dificldades préticas (infra 21-14 ss, 22-41). me sees da anise de ges public cde pesto rival oer srcsigada na leglagio, na dousina ea jurigpradéacajrdicomadminneatvas portuguese, tem silo cicada por assem er evioniaconae ou po em itd da st Bidens ee insuseepel desma educio enefica ced. Argucento cin fv da ee negated so 4 steunetinca de coda a adiinrag publica, os sends ogni e mate "al, proweguiraecessiamene, embora com varagss e intensdade,oinere pablo 6 fato de em consequéncs, toda a aividadeadministata ser necesuratnenes regula ot maior ou menor medi, pelo deco adminioratio, Na vedade existe un eseva cont onal de dito sdministativo no exerci da fusclo administra, que 0 ant 2 3 CPA ‘sconheost, abrangendo, no misimo, os prvelpie fundamentals da actividad admit (pr. 8, 10) ea vineuasio da administrate plies dos dios fundamen (at 82,1 CRE). leiisto do camtencoso adeinativ actulacncevgene crit aan monte «utlaagio dis express agetio plese agit privadan tendo mesmo spade ' competéaca dos cebunais adminstatvoe a0 tgs emespeotes de alguns conta ead.

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