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15/01/2021 O ano em que África gritou ″liberdade″ - DN

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O ano em que África gritou "liberdade"


Em 1960 surgem novos Estados em África. O continente liberta-se da ocupação colonial
num longo processo conhecido na época por "Sol das independências". Processo
concluído duas décadas mais tarde com a transformação da Rodésia em Zimbabwe e o
fim do 'apartheid' na África do Sul.

ABEL COELHO DE
MORAIS
09 Janeiro 2010 — 05:10
O início dos anos 60 marca o princípio de uma nova era em
África. Surgem novos Estados independentes, novas elites
políticas chegam ao poder, começam a desenhar-se diferentes
equilíbrios regionais à medida que as potências coloniais deixam o
continente. E 1960 é uma data-chave neste processo com 17
TÓPICOS
novos Estados a nascerem em África, 14 dos quais ex-colónias
Globo francesas.
África
Um processo em que se afirmam figuras como o costa-marfinense
Félix Houphouët-Boigny - deputado no Parlamento francês -, o
Relacionados
senegalês Léopold Sédar Senghor - o primeiro africano a integrar a
GLOBO Academia Francesa - ou ainda o guineense Ahmed Sekou Touré,
"Um novo
colonialismo sucedeu à
adepto do modelo marxista.
independência"
As declarações destas personalidades traduzem outras tantas
formas de relacionamento com o ex-poder colonial, numa tensão
GLOBO
Sara Ocidental e que se vai reflectir nas opções dos futuros Estados. Uma tensão e
Eritreia
encontro de referências presente também noutro dos pais das
independências africanas, o ganês Kwame Nkrumah. Líder que
não descura citar Aristóteles ao mesmo tempo que propugna pela
africanidade e namora o modelo soviético. Na prática irão
reproduzir o modelo político dos países coloniais ou do seu oposto
ideológico, o comunismo. Modelos que se irão degradando; os
golpes de Estado tornam-se uma característica comum a partir da
segunda metade dos anos 60, assim como se multiplicam guerras
civis e o aumento da despesa militar.
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O período do "Sol das independências" depressa perdeu o seu


brilho. As promessas dos dirigentes que defendiam a liberdade
para o continente depressa se tornaram no seu contrário e muitas
das promessas de desenvolvimento ficaram por concretizar,
enquanto os líderes políticos insistiam na africanização do Estado,
um Estado que, na maioria dos novos países, não dispõe de
recursos para manter uma moderna Administração Pública. E
quando estes existem serão delapidados pelas novas oligarquias
ou esbanjados em longos conflitos internos ou regionais.

Muitos dos novos dirigentes não dispõem de bases de apoio nas


respectivas sociedades e vão ter de as forjar a partir do nada. O
que irá favorecer certos fenómenos autocráticos e, num momento
posterior, o regresso de estratégias de tribalização da política na
África pós-colonial.

Afirmam os historiadores do continente que a aliança das novas


elites com as populações não será duradoura nem eficaz em
muitos dos novos Estados.

A fragilidade dos novos Estados impede quaisquer veleidades


autonómicas e a recusa da secessão. Para assegurar a
subsistência deste e a sobrevivência do grupo dirigente, a
repressão vai surgir como a melhor solução possível. Uma
estratégia que só entrará em crise com o fim da Guerra Fria.

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