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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ÍNDICES DE ATENUAÇÃO DE RUÍDOS SEGUNDO NORMA


NBR15575:2013

ANTÔNIO CARLOS ASSIS LEONEL

GOIÂNIA, GO
2018/1
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ANTÔNIO CARLOS ASSIS LEONEL

ÍNDICES DE ATENUAÇÃO DE RUÍDOS SEGUNDO NORMA


NBR15575:2013

Relatório referente à parte da avaliação N1 da


disciplina de Construção Civil II sob orientação do
Professor Antônio Claret de Almeida Gama Júnior.

GOIÂNIA, GO
2018/1
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................3

1.1 Objetivo

Geral..................................................................................3

1.2 Objetivos

Específicos.......................................................................3

2 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS PREDIAIS E SISTEMAS

HIDROSSANITÁRIOS...........................................................................4

3 SISTEMAS DE

PISOS............................................................................5

4 SISTEMAS DE VEDAÇÕES VERTICAIS

INTERNAS............................7

5 SISTEMAS DE VEDAÇÕES VERTICAIS

EXTERNAS...........................8

6 SISTEMAS DE

COBERTURA................................................................9

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................11

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁCIAS.......................................................11
1 INTRODUÇÃO
Visando segurança, sustentabilidade e habitabilidade, estabeleceu-se por meio de
normas técnicas um conjunto de requisitos que juntos, asseguram o conceito de
desempenho em edificações. Um dos fatores importantíssimos a ser avaliado é no
que diz respeito aos isolamentos acústicos internos (entre ambientes) e externos
das edificações, bem como a diminuição dos ruídos gerados por equipamentos e
instalações prediais. Entre outros quesitos, a NBR 15575 veio a definir, a partir de
indicadores previstos em outras normas nacionais e internacionais, os níveis de
desempenho que os sistemas construtivos devem atenuar na transmissão dos
ruídos gerados externamente e internamente nas edificações. Nesse trabalho, foi
proposto ressaltar, de forma sucinta, os requisitos obrigatórios e não-obrigatórios
trazidos pela norma de desempenho em edificações relacionados a essa temática.

1.1 Objetivo Geral


Descrever, de acordo com a NBR15575: 2013 – Desempenho em edificações
habitacionais, os índices de atenuação de ruídos nos subsistemas de edificações.

1.2 Objetivos Específicos


Conhecer os tipos de transmissão de ruídos gerados externamente e internamente
nas edificações.
Perceber as metodologias de avaliação ao atendimento dos limites de desempenho
de isolamento à ruídos.
Descrever os procedimentos de ensaio que comprovam a observância quanto aos
valores preconizados em norma.

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2 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS PREDIAIS E SISTEMAS
HIDROSSANITÁRIOS
As instalações e equipamentos prediais presentes na edificação, devem atender
alguns critérios mínimos estabelecidos pela norma NBR 15575, de tal forma que não
produzam níveis de ruídos elevados no interior dos dormitórios. Assim, a referida
norma classifica os sistemas em três níveis de desempenho informativos: Mínimo,
intermediário e superior, conforme descrito na Figura 1, onde Laeq,nT refere-se aos
ruídos integrados durante um período de tempo correspondente ao ciclo de
operação do equipamento e Lasmax,nT refere-se aos níveis sonoros máximos
produzidos instantâneos.

Figura 1 Níveis de desempenho em instalações e equipamentos


Fonte: ProAcústica, 2013

A NBR15575 permite a realização das aferições de ruídos por dois métodos com
procedimentos diferentes: engenharia (ISO 16032) e controle (ISO 10052). No caso,
recomenda-se o método de engenharia já que a precisão do método de controle é
menor.
A metodologia de medição especificada nas normas ISO 16032 e ISO 10052 está
baseada na medição dos níveis de pressão sonora no interior do dormitório, com o
equipamento ligado. O tempo de medição deverá ser de 30 segundos para
equipamentos que gerem ruídos contínuos e uniformes (climatização, bombas, etc.)
e um ciclo completo de funcionamento (definido no Anexo B da ISO 16032) para
equipamentos que gerem ruídos descontínuos (elevadores, descargas hidráulicas,
etc.)

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3 SISTEMAS DE PISOS
Em unidades residenciais autônomas em múltiplos andares, os sistemas de pisos
devem garantir um isolamento mínimo acústico aéreo e isolamento acústico ao
impacto entre os pavimentos. Assim sendo, a norma de desempenho contempla os
limites mínimos de isolamento acústico conforme Figura 2, em que Dnt,w refere-se
ao desempenho de isolamento ao ruído aéreo e L’nt,w refere-se ao desempenho de
isolamento ao ruído de impacto.

Figura 2 Níveis de desempenho em sistemas de pisos


Fonte: ProAcústica, 2013

A metodologia para avaliar o atendimento dos limites de desempenho de isolamento


ao ruído aéreo e de isolamento ao ruído de impacto consiste em medições acústicas
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conforme procedimentos padronizados especificados em normas internacionais. A
NBR15575 permite a realização das aferições de ruídos por dois métodos com
procedimentos diferentes: engenharia e controle. Para realização das aferições
recomenda-se o método de engenharia já que a precisão do método de controle é
menor.
Na medição de isolamento ao ruído aéreo, a metodologia de medição especificada
nas normas ISO 140-4 e ISO 10052,está baseada na emissão de ruído em um dos
recintos mediante uma fonte sonora omnidirecional, e medição dos níveis de
pressão sonora em bandas de frequência neste recinto (emissor) e no recinto
próximo (receptor). A diferença entre ambos os níveis, com uma correção segundo
as condições acústicas do recinto receptor, proporcionam a Diferença de níveis
padronizada (Dnt), que é convertida em um número único através da ISO 717-1
obtendo a Diferença padronizada ponderada (Dnt,w) que é o valor comparável com
os níveis de desempenho da NBR 15575-3.
Já na medição de isolamento ao ruído de impacto, a metodologia de medição
especificada nas normas ISO 140-7 e ISO 10052 está baseada na emissão de ruído
de impacto, através de uma máquina de impactos padronizada no recinto superior
(emissor), e medição do nível de pressão sonora em bandas de frequência no
recinto subjacente (receptor). O nível registrado processado com uma correção,
segundo as condições acústicas do recinto receptor (obtidas pela medição do tempo
de reverberação), proporcionam o Nível de pressão sonora de impacto padrão
ponderado (L’nt,w). Este é convertido em um número único através da ISO 717-2
obtendo o Nível de pressão sonora de impacto padrão ponderado (L’nt,w), que é o
valor comparável com os níveis de desempenho da NBR 15575-3. Nota: Este
procedimento de medição deve ser efetuado sobre o piso acabado, na condição em
que será entregue ao usuário.

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4 SISTEMAS DE VEDAÇÕES VERTICAIS INTERNAS
Os sistemas de vedações verticais internas (paredes internas de divisão de
ambientes) devem garantir nas edificações um desempenho adequado de
isolamento acústico ao ruído aéreo (conversações, TV, música, etc.). Conforme
descrito na Figura 3, a NBR 15575 estabelece os limites mínimos de isolamento
acústico ao ruído aéreo assim como define níveis de desempenho informativos,
Intermediário e Superior que proporcionam um maior conforto aos usuários.

Figura 3 Níveis de desempenho em sistemas de vedações verticais internos


Fonte: ProAcústica, 2013

A metodologia de medição especificada nas normas ISO 140-4 e ISO 10052 está
baseada na emissão de ruído em um dos recintos, mediante uma fonte sonora
omnidirecional, e medição dos níveis de pressão sonora em bandas de frequência
neste recinto (emissor) e no recinto próximo (receptor). A diferença entre ambos os
níveis, com uma correção segundo as condições acústicas do recinto receptor,
proporcionam a Diferença de níveis padronizada (Dnt), que é convertida em um

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número único através da ISO 717-1 obtendo-se a Diferença padronizada de nível
ponderada (Dnt,w) que é o valor comparável com os níveis de desempenho da NBR
15575-4.

5 SISTEMAS DE VEDAÇÕES VERTICAIS EXTERNAS


O desempenho dos sistemas de vedações verticais externas visa garantir um
conforto acústico produzido nos dormitórios da edificação com o exterior da mesma,
garantindo o isolamento acústico ao ruído aéreo, como tráfego de carros e pessoas,
aviões, trens, etc.
A NBR 15575 estabelece os limites normativos de isolamento acústico ao ruído
aéreo, assim como define níveis de desempenho informativos, Intermediário e
Superior que proporcionam um maior conforto ao usuário, conforme traz a Figura 4
em que D2m,nt,w representa o desempenho de isolamento acústico ao ruído aéreo
externo.

Figura 4 Níveis de desempenho em sistemas de vedações verticais externos


Fonte: ProAcústica, 2013

Vale ressaltar que não há requisitos específicos para ambientes como sala, cozinha
e banheiros, e que edificações situadas nas proximidades de aeroportos, estádios,
rodovias e ferrovias há a necessidade de se realizar estudos específicos quanto ao
isolamento acústico.

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A metodologia de medição especificada nas normas ISO 140-5 e ISO 10052 está
baseada na emissão de ruído do ambiente exterior à fachada, mediante uma fonte
sonora posicionada de forma normalizada. E medição dos níveis de pressão sonora
em bandas de frequência no exterior a uma distância de 2 metros da fachada e no
recinto receptor. A diferença entre ambos os níveis, com uma correção segundo as
condições acústicas do recinto receptor, proporcionam a Diferença padronizada de
níveis (D2m,nT), que é convertida em um número único através da ISO 717-1,
obtendo-se a diferença padronizada de nível ponderado (D2m,nT,w), que é o valor
comparável com os níveis de desempenho da NBR 15575-4.
A título de informação, os níveis de pressão sonora equivalentes LAeq incidentes a 2
metros das fachadas das edificações para cada classe de ruído são: classe I se o
nível de pressão sonora for de até 60dBA, classe II se o nível de pressão sonora for
de 60 a 65dBA e classe III se o nível de pressão sonora for de 65 a 70dBA.

6 SISTEMAS DE COBERTURAS
Os sistemas de coberturas das edificações devem garantir um desempenho
adequado de isolamento acústico ao ruído aéreo proveniente de agentes externos,
bem como isolamento acústico ao impacto se a cobertura se tratar de um ambiente
acessível de uso coletivo.
A NBR 15575-5 estabelece os limites normativos de isolamento acústico ao ruído
aéreo (Item 12.3) e de impacto (Item 12.4), assim como define níveis de
desempenho informativos, Intermediário e Superior que proporcionam um maior
conforto ao usuário, conforme trazem as Figuras 5 e 6 em que D2m,nt,w representa
o desempenho de isolamento acústico ao ruído aéreo externo para coberturas e L’
nT,w representa o isolamento ao ruído de impacto em sistemas de cobertura.
Os níveis de pressão sonora equivalentes LAeq incidentes a 2 metros das fachadas
das edificações para cada classe de ruído são: classe I se o nível de pressão sonora
for de até 60dBA, classe II se o nível de pressão sonora for de 60 a 65dBA e classe
III se o nível de pressão sonora for de 65 a 70dBA.

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Figura 5 Níveis de desempenho (ruído aéreo) em sistemas de coberturas
Fonte: ProAcústica, 2013

Figura 6 Níveis de desempenho (ruído de impacto) em sistemas de coberturas


Fonte: ProAcústica, 2013

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste relatório, pôde-se descrever, de acordo com a NBR15575: 2013 –


Desempenho em edificações habitacionais, os índices de atenuação de ruídos nos
subsistemas de edificações, assim como as metodologias de avaliação ao
atendimento dos limites de desempenho de isolamento à ruídos e os procedimentos
de ensaio que comprovam a observância quanto aos valores preconizados em
norma.

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PIERRARD, J. F.; AKKERMAN, D. Manual ProAcústica sobre a Norma de


Desempenho. RUSH Gráfica e Impressora Ltda. 1ª Edição. 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15575-1:


Edificações Habitacionais - Desempenho - Parte 1: Requisitos Gerais. Rio de
Janeiro. 2013.

__________. ABNT NBR 15575-2: Edificações Habitacionais - Desempenho - Parte


2: Requisitos para os sistemas estruturais. Rio de Janeiro. 2013.

__________. ABNT NBR 15575-3: Edificações Habitacionais - Desempenho - Parte


3: Requisitos para os sistemas de piso. Rio de Janeiro. 2013.

__________. ABNT NBR 15575-4: Edificações Habitacionais - Desempenho - Parte


4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas (SVVIE).
Rio de Janeiro. 2013.

__________. ABNT NBR 15575-5: Edificações Habitacionais - Desempenho - Parte


5: Requisitos para os sistemas de cobertura. Rio de Janeiro. 2013.

__________. ABNT NBR 15575-6: Edificações Habitacionais - Desempenho - Parte


6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários. Rio de Janeiro. 2013.

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