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Circuitos Polifásicos © Clever Pereira

ou finalmente
[( ) ( )] [( ) (
Vˆan = Z Y − Z m' + Z n − Z m' Iˆa + Z m − Z m' + Z n − Z m' Iˆb + L + Z m − Z m' + Z n − Z m' Iˆk )] [( ) ( )] (50)

Escrevendo-se a equação (50) para todas as fases vem que


⎧ [( ) ( )] [( ) (
Vˆan = Z Y − Z m' + Z n − Z m' Iˆa + Z m − Z m' + Z n − Z m' Iˆb + L + Z m − Z m' + Z n − Z m' Iˆk )] [( ) ( )]



[( ) ( )] [( ) (
Vˆbn = Z m − Z m' + Z n − Z m' Iˆa + Z Y − Z m' + Z n − Z m' Iˆb + L + Z m − Z m' + Z n − Z m' Iˆk )] [( ) ( )] (51)
⎪ M

⎩ [( ) ( )] [( ) (
Vˆkn = Z m − Z m' + Z n − Z m' Iˆa + Z m − Z m' + Z n − Z m' Iˆb + L + Z Y − Z m' + Z n − Z m' )] [( ) ( ) ] Iˆ
k

que na forma matricial é


⎡Vˆan ⎤ ⎡ (Z Y ) (
− Z m' + Z n − Z m' ) (Z m ) (
− Z m' + Z n − Z m' ) (Z m ) (
− Z m' + Z n − Z m' ) L (Z ) ( )
− Z m' + Z n − Z m' ⎤ ⎡ Iˆa ⎤
m
⎢ˆ ⎥ ⎢ ' ⎥ ⎢ˆ ⎥
⎢Vbn ⎥ ⎢ (Z '
) (
m − Zm + Zn − Zm
'
) (Z Y ) (
− Z m' + Z n − Z m' ) (Z ) (
m − Zm + Zn − Zm
' '
) L (Z ) ( )
m − Z m + Z n − Z m ⎥ ⎢Ib ⎥
'
(52)
⎢Vˆkn ⎥ = ⎢
⎢ ⎥ ⎢
(Z ) (
m − Zm + Zn − Zm
' '
) (Z m ) (
− Z m' + Z n − Z m' ) (Z ) (
Y − Zm + Zn − Zm
' '
) L (Z ) (
m − Zm + Zn − Zm
'
)
' ⎥ ⎢ˆ ⎥
⋅ I
⎥ ⎢ c⎥
⎢ ⎥ ⎢ M M M O M ⎥ ⎢ ⎥
⎢Vˆ ⎥ ⎢
⎣ kn ⎦ ⎣ (Z m −Z '
m ) + (Z n −Z '
m ) (Z m −Z '
m ) + (Z n −Z '
m ) (Z m −Z '
m ) + (Z n −Z '
m ) L ( '
) ( )
Z Y − Z m + Z n − Z m' ⎥⎦ ⎢⎣ Iˆk ⎥⎦

A equação (52) acima é pois da forma


⎡Vˆan ⎤ ⎡ Z P ZM ZM L Z M ⎤ ⎡ Iˆa ⎤
⎢ˆ ⎥ ⎢ ⎢ ⎥
⎢Vbn ⎥ ⎢ Z M ZP ZM L Z M ⎥⎥ ⎢ Iˆb ⎥
⎢Vˆ ⎥ = ⎢ Z M ZM ZP L Z M ⎥ ⋅ ⎢ Iˆc ⎥
⎢ kn ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ (53)
⎢ ⎥ ⎢ M M M O M ⎥ ⎢ ⎥
⎢Vˆ ⎥ ⎢ Z L Z P ⎥⎦ ⎢⎣ Iˆk ⎥⎦
⎣ kn ⎦ ⎣ M ZM ZM

onde
(
⎧⎪ Z P = Z Y − Z m' + Z n − Z m' ) ( )

( ) ( )
(54)
⎪⎩ Z M = Z m − Z m' + Z n − Z m'

Considerando que as tensões e correntes são simétricas, então


⎡ Vˆan ⎤ ⎡ Z P ZM ZM L Z M ⎤ ⎡ Iˆa ⎤
⎢ −1 ˆ ⎥ ⎢ ⎢ ⎥
⎢ a Van ⎥ ⎢ Z M ZP ZM L Z M ⎥⎥ ⎢ a −1 Iˆa ⎥
⎢ a −2 Vˆ ⎥ = ⎢ Z M ZM ZP L Z M ⎥ ⋅ ⎢ a −2 Iˆa ⎥
⎢ an
⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ (55)
⎢ ⎥ ⎢ M M M O M ⎥ ⎢ ⎥
⎢a −( k −1) Vˆ ⎥ ⎢ Z L Z P ⎥⎦ ⎢⎣ a −( k −1) Iˆa ⎥⎦
⎣ an ⎦ ⎣ M ZM ZM

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Como antes, simplificando cada uma das equações (55), elas se


resumem em uma só, dada por

Vˆan = Z P Iˆa + Z M a −1 Iˆa + a −2 Z M Iˆa + L + a − ( k −1) Z M Iˆa (56)

ou seja

( )
Vˆan = Z P Iˆa + a −1 + a −2 + L + a − ( k −1) Z M Iˆa = Z P Iˆa − Z M Iˆa (57)

Desta forma a equação (57) pode ser reescrita como

[( ) ( )] [( ) (
Vˆan = (Z P − Z M ) Iˆa = Z Y − Z m' + Z n − Z m' − Z m − Z m' + Z n − Z m' Iˆa (58) )]
ou ainda

Vˆan = (Z Y − Z m ) Iˆa (59)

A equação (59) mostra novamente que, em circuitos polifásicos


equilibrados, onde são aplicadas tensões simétricas, as correntes
resultantes são simétricas e que:
⌦ A corrente de neutro, por ser nula, não contribui para a queda
de tensão da carga.
⌦ Mesmo com a presença das mútuas, ainda pode ser utilizado o
conceito de circuito equivalente por fase para sua solução,
como mostrado abaixo. A diferença é que, para este caso,
aparece o termo - Zm em Zeq.
Circuito equivalente por fase Solução

ˆ
Iˆa = IˆaY
Zeq = ZY – Zm ˆI = Van
a
a Z eq

Van Iˆb = a −1 Iˆa


M
n
Iˆk = a −( k −1) Iˆa
 

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2.12- POTÊNCIA EM CIRCUITOS POLIFÁSICOS

A. Introdução

De uma forma genérica, a potência complexa de um circuito


polifásico qualquer, equilibrado ou não, é a soma das potências
complexas de cada uma das suas k fases, ou seja,

ST = S1 + S 2 + S 3 + L + S k = PT + j QT = ST ∠θ T (60)

onde

⎧ PT = P1 + P2 + P3 + L + Pk
⎨ (61)
⎩ QT = Q1 + Q2 + Q3 + L + Qk

O fator de potência, conhecido em circuitos polifásicos como


fator de potência vetorial, é dado pelo cosseno do ângulo da
potência complexa total θT, ou seja,
PT
fp = cos θT = (62)
ST

B. Medição de Potência Ativa em Circuitos Polifásicos


(a) Wattímetros: aparelhos destinados a medir potência ativa de
circuitos elétricos CA ou CC.

Composição:
• um circuito amperimétrico com dois terminais robustos que
devem ser conectados em série com a carga.
• um circuito voltimétrico com dois terminais de pequeno
porte que devem ser conectados em paralelo com a carga.

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(b) Teorema de Blondel (1893)

A potência ativa total absorvida por uma carga qualquer


k-fásica alimentada por m fios ( m=k+1, no caso de se ter o
neutro, ou m=k, quando o neutro estiver ausente) pode ser
obtida pela soma algébrica das leituras de m wattímetros
cujos circuitos amperimétricos estão em série com cada um
dos m fios e cujos circuitos voltimétricos estão ligados entre
o fio que contém o respectivo circuito de corrente e um
ponto comum a todos os circuitos voltimétricos. Se este
ponto comum estiver sobre um dos m fios, serão
necessários apenas m-1 wattímetros.

NOTA: O teorema de Blondel não faz restrição quanto à


forma de onda, equilíbrio ou fator de potência da carga.
 
EXEMPLO:  Medição  de  potência  ativa  em  circuitos  trifásicos  com 
carga em estrela a três fios (sem neutro acessível). 
 

  Za
C A
  a A
  W1 V
V
  Zb
  b
 
V
  W2 V
Zc
  c A
C A
 
 
1 T
T ∫0
W1 = P1 = s1 (t ) = vab (t ) ia (t ) dt

1 T  
W2 = P2 = s2 (t ) = ∫ vcb (t ) ic (t ) dt
 
T 0
 
 
 
 
 
 
 
 

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1 T
(vab (t ) ia (t ) + vcb (t ) ic (t ) ) dt =
T ∫0
W1 + W2 =

1 T
= ∫ (vab ia + vcb ic ) dt =
T 0
1 T
= ∫ [ (va − vb ) ia + (vc − vb ) ic ] dt =
T 0
1 T
= ∫ [ va ia − vb ia + vc ic − vb ic ] dt =
T 0  
1 T
= ∫ [ va ia − vb ( ia + ic ) + vc ic ] dt =
T 0
1 T
= ∫ [ va ia + vb ib + vc ic ] dt
T 0
 

ou seja 
 

W1 + W2 = Pa + Pb + Pc = PT = P3φ  
 
Pergunta 1:  Qual o número mínimo de wattímetros necessários para 
se medir a potência ativa da carga se ela estivesse ligada em estrela a 4 
fios (com neutro acessível)? Como seria feita a ligação? 
 

Resposta: Seriam necessários um mínimo de 3 wattímetros. A maneira 
de se ligar os wattímetros fica a cargo do leitor. 
 
 
 
 

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