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O papel do psicopedagogo em sala de aula

Introdução

O desenvolvimento infantil está totalmente conectado ao ambiente em que esse ser está
inserido e aos estímulos que recebe para que possa progredir cognitivamente.

O processo de alfabetização é iniciado em casa, no primeiro contato com a família e com


a cultura que essa criança está inserida.

O adulto é um instrumento fundamental para que este pequeno ser se desenvolva. Esse
adulto já é dotado de alguns conhecimento e se torna o exemplo para o bebê que acabou
de nascer. Desta forma, os membros da família são os primeiros transmissores de
conhecimento.

À partir do momento em a criança é inserida no ambiente escolar, os professores


adquirem o papel de orientador e mediador do aluno na construção de novas
experiências.

 Podemos dizer que as dificuldades de aprendizagem são passageiras e dependem de


vários fatores como, desqualificação dos profissionais da educação, condições
socioculturais, econômicas e emocionais da criança.
  “As características· individuais (modo de agir, de pensar, de sentir, valores, conhecimentos, visão de
mundo etc.) depende da interação do ser humano com o meio físico e social. Vygotsky chama atenção
para a ação recíproca existente entre o organismo e o meio e atribui especial importância ao fator
humano presente no ambiente.” (Rego, 1995, p. 58)1

Diante destas informações, podemos dizer que o papel  da psicopedagoga no ambiente


escolar é imprescindível. 

A psicopedagoga inicia a sua intervenção consultando os relatórios que o profissional de


educação elaboram e após essa leitura realiza avaliações com os alunos que apresentam
alguma dificuldade. 

Baseada nestas informações, a psicopedagoga poderá orientar o educador e a família


sobre quais rumos seguir para que o aluno receba o estímulo necessário para sua faixa
etária.

Qual a importância da intervenção da psicopedagoga no ambiente escolar nos casos de


dificuldade de aprendizagem?

Vygotsky acredita que a aprendizagem é um processo não só de desenvolvimento


biológico, mas também social. A criança aprende interagindo com a cultura na qual foi
inserida desde o seu nascimento.

A psicopedagoga deve investigar não só a criança, realizar uma anamnese com a família
e  também avaliar os métodos utilizados em sala de aula. 
1
Rego, VYGOTSKY Uma perspectiva histórico-cultural da educação, 1995, p. 58
Vygotsky denominou a zona de desenvolvimento proximal como a etapa que  a criança
não atingiu a maturidade para exercer uma função de forma independente, mas se tiver
apoio a executa atingindo os objetivos.

A distância entre aquilo que ela é capaz de fazer de forma autônoma (nível de desenvolvimento real) e
aquilo que ela realiza em colaboração com os outros elementos de seu grupo social (nível de
desenvolvimento potencial) caracteriza aquilo que Vygotsky chamou de "zona de desenvolvimento
potencial ou proximal". Neste sentido, o desenvolvimento da criança é visto de forma prospectiva pois a
"zona de desenvolvimento proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram, que estão em
processo de maturação, funções que amadurecerão.2
(Rego, 1995, p.73 e 74)

A psicopedagoga deve utilizar seus conhecimentos teóricos sobre o desenvolvimento da


aprendizagem em parceria com o educador, buscando alternativas e concedendo o
suporte necessário para que essa criança atinja os objetivos necessários para sua faixa
etária. 

O caso apresentado, são de alunos do primeiro ano do ensino fundamental, sabemos que
a alfabetização é um processo longo e que é necessário muita afetividade para que as
crianças prosperem.

Crianças que deixaram a educação infantil a pouco tempo, onde o saber é adquirido por
meio de atividades lúdicas, devem passar por uma adaptação onde a etapa anterior não
deve ser esquecida totalmente.

Lembrando que essas crianças não são diagnosticadas com distúrbios e sim com
dificuldade de aprendizagem.

Acredito que através de brincadeiras e brinquedos a criança apresente resultados


significativos, já que ela utiliza o objeto e a imaginação como meio para solucionar
questões. Um dia de mercado na escola é uma ótima sugestão. As crianças aprenderão a
ler rótulos de produtos que estão presentes em seu dia a dia e a somar o valor que tem
que ser pago no final.

Uma prática que é rica em imaginação atingirá a criança de forma eficaz

A criança utilizará a experiência adquirida em sua vida, através de exemplos diários para
concluir a atividade. No fim da experiência restará um sentimento de capacidade e
independência que irá contribuir  impulsionando este ser em busca de novos
conhecimentos.

2
Rego, VYGOTSKY Uma perspectiva histórico-cultural da educação, 1995, p. 73 e 74.

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