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Páscoa ,
a festa da Ressurreição
O SIGNIFICADO, OS SÍMBOLOS E A IMPORTÂNCIA DA
CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA CRISTÃ.
ENTREVISTA
Luís Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL),
fala sobre a crise do mercado editorial e o futuro do livro no Brasil.
IGREJA
Reportagem destaca a relação entre fé e arte na tradicional festa de
Corpus Christi.
Viva a alegria da
Ressurreição com os
produtos PAULUS!
“Eu sou a ressurreição e a vida.”
(Jo 11,25)
Em 2019, a Páscoa chega para levar a você
e à sua família mais uma mensagem de paz, esperança
e amor. Afinal, Jesus ressuscitou! Mais que uma solenidade
cristã, a Páscoa celebra a Festa da Vida.
Ela dá a oportunidade de renovar a nossa fé, os nossos
sonhos e as nossas ações no mundo.
Por isso, a PAULUS selecionou os melhores
livros e CDs para acompanhar você nessa reflexão.
Celebremos juntos a alegria da Ressurreição!
DISPONÍVEL TAMBÉM
EM EBOOK
Diretor geral
Paulo Bazaglia
Diretor editorial
É tempo de renovar a fé e lembrar a vitória sobre a morte Claudiano Avelino dos Santos
e o pecado. Nessa perspectiva, destacamos em nossa matéria Diretor de Difusão
de capa o Tempo Pascal: a memória da Morte e Ressurreição Mario Nahuelpán López
de Jesus Cristo. Procuramos mostrar as origens da celebração Jornalista responsável
e, por meio de entrevistas com especialistas sobre o tema, Valdir José de Castro MTB 32385/SP
apontar a importância de vivenciar a Páscoa em nosso dia a Gerente de Marketing
dia. Os símbolos e os seus sentidos também são apresenta- Fernando Mendes
dos: o peixe, o cordeiro, o pão e o vinho etc. Coordenador de Marketing
Outro momento importante no calendário de nossa Igre- Samuel Lima
ja que evidenciamos nesta edição é a Solenidade de Corpus Conselho editorial
Christi, momento em que é comemorado o Sacramento da Paulo Bazaglia, Claudiano Avelino dos Santos,
Sílvio Ribas, Mario Nahuelpán,
Eucaristia. Além de contextualizar o significado da festa, ouvi- Fernando Mendes, Samuel Lima,
mos sacerdotes e leigos sobre a importância desse tempo em Cleane Santos, Matheus Macedo
e Roberta Molina
suas vidas. Aqui, o leitor também poderá entender o significa-
do e as curiosidades sobre a tradição dos tapetes ornamenta- Produção
Departamento de Marketing
dos que são confeccionados para a festividade.
Sobre essas duas datas, tão importantes para a Igreja, a Direção de Arte
Thiago Rodrigues Vieira Lucio
PAULUS oferece diversos livros, inclusive sugeridos ao lado
de cada matéria. O leitor pode adquiri-los em nossa rede de Diagramação
Thais Ventura Ramone e
livrarias ou acessando a loja virtual. Falando nisso, essa ação Thiago Gomes
de escolha e compra dos livros também foi transformada em
Reportagem
pauta. Na seção “Entrevista”, conversamos com Luís Antonio Cleane Santos, Matheus Macedo
Torelli, atual presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e e Roberta Molina
vice-presidente administrativo do Instituto Pró-Livro (IPL), para Edição de Texto
entender a crise e o futuro do livro no Brasil. Torelli fala sobre a Roberta Molina
origem da crise, a importância do incentivo à leitura e as possí- Revisão
veis mudanças para melhorar o cenário do mercado editorial. Isabela Talarico
Na editoria “Livro destaque”, apresentamos três obras. Em Colaboradores
A arte de rezar, o autor Gustavo Rigueira nos traz reflexões Manoel Gomes Filho, Jorge Miklos,
Jerônimo Lauricio, Gustavo Rigueira,
sobre a obra e deixa um convite: “Permita-se sempre se en- Dílvia Ludvichak e Alberto Nascimento
contrar com Deus, permita-se das mais variadas formas, inclu-
Redação
sive com a poesia”. Destacamos também Castelo interior ou Rua Francisco Cruz, 229 – 04117-091
moradas, a obra-prima de Santa Teresa de Jesus. O teólogo São Paulo – Tel.: 11 5087-3634
paginasabertas@paulus.com.br
e postulante da Congregação dos Padres e Irmãos Paulinos
Manoel Gomes Filho nos fala sobre o livro e a sua riqueza Atendimento ao Leitor
Tel.: (11) 3789-4000
espiritual: “Para Santa Teresa, o encontro íntimo com Deus se A revista PÁGINAS ABERTAS é uma publicação
dá no interior de nossas almas”. Por último, o missionário da da Pia Sociedade de São Paulo. Nenhum
material dessa publicação pode ser reproduzido
Fundação YOUCAT Jerônimo Lauricio revela o que podemos sem prévia autorização. Essas proibições
esperar do lançamento YOUCAT para crianças: Catecismo ca- aplicam-se também às características gráficas
desta obra e sua editoração.
tólico para pais e filhos, garantindo que estamos diante de
um livro que contém tudo o que crianças, pais, professores, Os artigos assinados são de
exclusiva responsabilidade de seus autores,
catequistas e educadores precisam saber sobre a fé católica, não representando necessariamente
de maneira criativa e catequética. a posição da revista.
paulus.com.br
4
SUMÁRIO
6 CAPA 19 ENTREVISTA
Páscoa, a festa da Ressurreição Mercado editorial: a crise e o futuro
A matéria de capa apresenta o do livro no Brasil
contexto histórico da Páscoa cristã e Para entender o atual cenário de crise
revela a importância de celebrar esse editorial, a revista Páginas Abertas
tempo litúrgico. conversou com Luís Antonio Torelli,
presidente da Câmara Brasileira do Livro
(CBL) e vice-presidente administrativo do
11 CRÔNICA Instituto Pró-Livro (IPL).
Junho... “Acende a fogueira
do meu coração”
por Dílvia Ludvichak 22 LI E RECOMENDO!
Idolatria do dinheiro e direitos humanos
DESTAQUES PAULUS por Jorge Miklos
16 IGREJA
Corpus Christi: a fé transformada 27 NOVIDADES
em arte
por Matheus Macedo
30 AGENDA DAS LIVRARIAS
5
CAPA – POR CLEANE SANTOS
Páscoa ,
a festa da Ressurreição
O SIGNIFICADO, OS SÍMBOLOS E A IMPORTÂNCIA DA
CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA CRISTÃ.
Foto: iStock.
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“EIS QUE ESTOU COM VOCÊS TODOS OS DIAS, ATÉ O FIM DOS TEMPOS.” (MT 28)
A
promessa de Jesus nos últi- O doutor em Ciências da Religião A PÁSCOA CRISTÃ
mos acontecimentos de sua Luiz Alexandre Solano Rossi explica
vida terrena, junto aos seus que o termo “Páscoa” é de origem No Novo Testamento, a Páscoa ga-
discípulos, narrada no Evangelho de hebraica: vem de Pessach, que signi- nha um novo sentido. Em Jesus, o Deus
Mateus, imprime segurança e espe- fica “passagem”. A Pessach original- encarnado liberta o homem dos opres-
rança ao coração do homem. O filho mente era uma festa que marcava o sores. Para Ramires, a Páscoa cristã é
do Deus Altíssimo lhes assegura que fim do inverno e a chegada da pri- muito próxima da Páscoa judaica. “Na
não os deixará sozinhos, prometendo mavera. Durante a Pessach, os ju- Páscoa judaica, o cordeiro imolado é
que estará com eles todos os dias para deus celebram a libertação de seus a figura central. No cristianismo, Cristo
guiá-los, sustentá-los e encorajá-los antepassados da escravidão no Egito. toma o lugar do cordeiro (Jo 1,29-36): por
no mundo, “até o fim dos tempos”. Portanto, a Páscoa relaciona-se, ine- amor ele se doa, se sacrifica na cruz e,
A Igreja celebra sua Páscoa sema- vitavelmente, com a libertação do como tal, passa a ser figura central da
nal, mas vive de maneira mais inten- povo de Deus. Sobretudo, é lembrada Páscoa cristã, em que tudo acontece
sa, uma vez por ano, o memorial da como a passagem da escravidão para por meio dele”, relata.
solenidade pascal. No centro da litur- a libertação, da morte para a vida. Segundo a Irmã Penha Carpane-
gia, a comunidade cristã faz memó- Para Solano Rossi, essa passagem do, da Congregação das Irmãs Discí-
ria da Morte e Ressurreição de Jesus foi feita a partir do projeto de Deus, pulas do Divino Mestre, Jesus morreu
Cristo, enfatizando a vitória sobre a que é contrário a quaisquer formas durante uma festa de Páscoa judaica,
morte e o pecado. Com efeito, todos de escravização. “Na Pessach judaica, vítima de um ato criminoso que envol-
os fiéis são convidados a renovar a fé sempre haverá no coração de cada veu o governo civil e religioso de sua
e a participar do maior acontecimen- celebrante o vigor de uma memó- época, além de pessoas que haviam
to da história da humanidade. Mas, ria histórica de um Deus que invade esquecido o significado do sábado e
afinal, como entender a importância a história para libertar as pessoas e da Páscoa. “Jesus veio lembrar ao povo
da Páscoa? Como é possível vivenciar dar a elas um projeto e dignidade de sobre os planos de Deus, mas não foi
esse momento e deixar-se introduzir vida”, diz. compreendido e pagou com a sua vida.
no mistério de Cristo? Padre Augusto Cesár Pereira (em Os evangelhos interpretaram o fato da
Para compreender e celebrar a memória), no livro Meditando a Pa- morte-ressurreição de Jesus como uma
Páscoa cristã é preciso voltar às suas lavra 3 – Páscoa (PAULUS, 2014), afir- nova Páscoa, um novo êxodo”, afirma.
origens. De acordo com a história, ma que Javé sabia da importância de Segundo o teólogo Solano Rossi,
a celebração da Páscoa nasceu não não se esquecer das maravilhosas in- a Páscoa cristã é a mais fundamental
por intervenção do homem, mas, tervenções dele na formação de seu das experiências possíveis de se expe-
segundo a Bíblia, por intervenção povo. Para esse mesmo povo se man- rimentar. Ele recorda que na Páscoa os
do próprio Deus. As Sagradas Escri- ter coeso, Javé lhes deu uma lei anual cristãos são apresentados a uma força
turas narram, no livro do Êxodo, no e perpétua para todas as gerações: que é maior do que a morte e que, por
capítulo 12, a trajetória de um povo celebrar a Páscoa. conta disso, é geradora de esperança.
marcado pela escravidão e pelo so- Segundo o biblista Ramires Henrique, “Jesus Cristo vence, em sua própria
frimento na terra do Egito, por mais a data da celebração foi estipulada ressurreição (que também é a nossa), a
de quatrocentos anos. Em seguida, por Deus: deveria ser na primavera, crise da morte e mostra aos primeiros
Deus, em sua infinita misericórdia, que era o primeiro mês do ano, no discípulos e discípulas qual de fato é
ouve o clamor de seu povo em terras dia 14 de Nisan (cf. Ex 12,1-14), que o sentido e a finalidade da vida. Pode-
estrangeiras e, por meio de Moisés, corresponde, no calendário habitual, mos falar também que a Páscoa possui
o liberta do jugo pesado do Faraó, ao primeiro domingo de outono, en- uma dimensão única, isto é, somente
construindo uma nova história. tre março e abril. o túmulo de Jesus está vazio!”, diz.
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A CADA PÁSCOA, na noite da Páscoa não seja um rito “Para participar desse momen-
A RENOVAÇÃO DA FÉ vazio. Para os catecúmenos que vão to tão importante para a Igreja, me
ser batizados nessa noite, a Quares- preparo com jejum e orações. A
Em contato com o breve relato da ma é o tempo da última preparação confissão é muito importante para
história, como é possível viver a Pás- para os sacramentos. estar em paz com Deus e comigo
coa cristã de forma agradável a Deus? Irmã Penha nos recorda que a mesma e, assim, celebrar a sua Pás-
Para os estudiosos, a ressurreição é o Páscoa cristã é celebrada durante três coa”, conta.
ponto culminante da história de Je- dias: a sexta-feira da morte, o sábado Na opinião de Aldecy Teixera Dantas,
sus. É o resultado de tudo o que ele da sepultura e o domingo da ressur- catequista da Paróquia Nossa Se-
disse e viveu, de seu projeto de vida, reição. O Tríduo Pascal não é, como nhora das Dores, em Teresina (PI),
seu amor, sua solidariedade, sua mi- em muitas outras festas, um tríduo a Páscoa é o centro da caminhada
sericórdia para com os filhos e filhas. de preparação, mas a própria festa da da fé: “Todo dia podemos atualizar
Na prática, muitas pessoas se per- Páscoa em três dias. A memória da a Páscoa do Senhor na Celebração
guntam de que modo o memorial da última ceia de Jesus, na quinta-feira Eucarística. Com a Páscoa, o es-
Páscoa cristã é capaz de fortalecer ho- à noite, é a abertura solene, uma es- sencial é aprender o exemplo de
mens e mulheres em meio às dificul- pécie de primeira véspera da festa amor incondicional e a doação da
dades do dia a dia. Solano destaca que pascal. O ápice do Tríduo é a vigília vida que Jesus livremente nos con-
Jesus viveu o mais intenso e terrível na noite da Páscoa, a celebração da cedeu”, diz.
“inverno” que alguém poderia experi- luz vencendo as trevas. Para o ministro da palavra Adauto
mentar. A noite escura da alma queria A reforma do Concílio Vaticano Silva Guaraná, da Paróquia São José
se fazer eterna em Jesus, mas foi total- II colocou ao alcance do povo toda da Boa Esperança, em Amaraji (PE),
mente dissipada. Ele conta que tam- a riqueza da tradição originária da foi a experiência pascal que levou
bém hoje os cristãos vivem experiên- Festa da Páscoa, que em parte havia os apóstolos, os leigos, os santos e
cias de “inverno” e de “noites escuras” se perdido. “Temos uma riqueza de os mártires a darem suas vidas, na
que aterrorizam e causam medo. orações, textos bíblicos, símbolos. certeza de que a vida e a felicidade
O aperfeiçoamento da celebração não estão no mundo, mas escondi-
pascal depende de quanto levamos das em Deus, na fraternidade e no
LITURGIA E A FESTA a sério o rito, com toda a sua rique- serviço ao próximo.
DA PÁSCOA za”, diz a irmã. “O segredo para viver bem a
Páscoa é fazer uma boa Quaresma,
Em preparação à Festa da Pás- meditando, fazendo penitência, vi-
coa, a liturgia convida o cristão a vi- CELEBRAR A PÁSCOA vendo a humildade em tudo que fa-
ver e meditar o mistério pascal. Para zemos, realizando uma autoanálise
a Irmã Penha Carpanedo, o período Para Aline Aparecida Garcia, sincera, sentindo a dor e os ques-
da Quaresma é um tempo de retomar coordenadora do grupo de jovens An- tionamentos que o próprio Cristo
o batismo e de aprofundar o conhe- jos da Luz, da paróquia São José, em viveu. Podemos aprender com o
cimento de Jesus mediante a escuta Elias Furtado (SP), a Páscoa é sinôni- mistério pascal que a fé e esperança
mais intensa da Palavra, na oração mo de renascimento, uma vida nova não são subjetivas, são concretas.
e no jejum. A liturgia da Quaresma em Cristo. Durante a Quaresma, que Elas são capazes de dar um novo
convoca a Igreja a revisitar o próprio antecede a Festa da Páscoa, é possível sentido à vida. A Páscoa é sinôni-
batismo e seu significado, para que a se preparar por meio da confissão, do mo de vitória permanente sobre o
renovação das promessas batismais jejum e da oração. medo, a opressão e a morte”, afirma.
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OS SÍMBOLOS PASCAIS
PEIXE
É um dos mais antigos símbolos dos primeiros cristãos para repre-
sentar Jesus ressuscitado. A relação com a Páscoa está no fato de as
aparições de Jesus, após a ressurreição, estarem ligadas à presença
do peixe, como em João 21,9 e em Lucas 24,42-43.
CORDEIRO
Representa Jesus Cristo, que deu a vida por cada um de nós; que
morreu a nossa morte para que pudéssemos ter vida.
CRUZ
Simboliza a vitória de Jesus sobre a morte e, com isso, sobre todos
os sistemas que impõem a morte como solução e controle final
das pessoas. É importante saber que a cruz, no primeiro século,
era o instrumento fundamental de tortura contra pessoas consi-
deradas ameaças à nova ordem que o Império Romano propu-
nha. Nesse sentido, a cruz de Jesus Cristo ganha outro significado:
é sinal de salvação.
PÃO E VINHO
Representam o corpo e o sangue de Jesus (Mt 26,26-29). Na institui-
ção da Eucaristia, ele serviu os alimentos mais comuns que repre-
sentariam sua presença constante na vida das pessoas. Participar
da Eucaristia significaria, nesse aspecto, não apenas rememorar o
passado de Jesus, mas também, e fundamentalmente, reatualizar
na vida de cada cristão o projeto de Jesus de vida para todos.
CÍRIO PASCAL
É aceso na Igreja no Sábado de Aleluia. A luz de sua chama repre-
senta Jesus Cristo, que é a luz do mundo. Encontramos inscritos no
Círio Pascal os sinais alfa e ômega, respectivamente a primeira e a
última letra do alfabeto grego, que nos dizem que Deus é o princí-
pio e o fim de tudo. De fato, Cristo ressurgiu das trevas da morte
para iluminar o caminho dos homens.
9
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Junho. . .
“ACENDE A FOGUEIRA DO MEU CORAÇÃO”
Q
uando eu era criança, gos- seja o menos conhecido do quarteto. Eu tenho a sensação de que
tava de marcar em calendá- Eu me sentia – como ainda me quando chega o mês de junho salta
rios, por mim mesma con- sinto – privilegiada por comemorar dos nossos baús de origem, como fa-
feccionados, as datas mais bacanas a vida no mês mais festivo do ano. íscas das fogueiras, aquele mais pro-
e importantes que viriam pela fren- Afinal, que outra festa do nosso ca- fundo jeito de ser e de viver o Brasil
te, e todas elas estavam associadas a lendário se esparrama pelo mês in- caipira, onde tudo se mistura, cons-
uma sensação singular de felicidade. teiro, emprestando, inclusive, em truindo uma teia linda de vida e de
Uma delas durava um mês, junho, algumas regiões do Brasil, alguns festa, como as bandeirolas coloridas
não somente porque nele celebro o dias do mês vizinho? Além disso, ju- e de mãos de dadas, que dançam ao
meu aniversário, mas também por- nho tem a noite mais longa do ano sabor dos ventos juninos.
que é quando comemoramos, por – evento que nós, crianças, aguar- E quando junho chegar, neste
influência europeia, os festejos juni- dávamos ansiosas, na esperança de ano e em todos os outros, tomara
nos, ocasião em que as famílias em que pudéssemos brincar até mais que as festas nos envolvam em uma
suas pequenas comunidades rurais tarde. Os adultos não sabem – eles grande e única quadrilha junina, en-
celebravam o solstício de verão e o esquecem – que a noite exerce fascí- chendo-nos ainda mais de orgulho
êxito nas colheitas. O Brasil incorpo- nio sobre as crianças, talvez porque pela nossa história e pelo que so-
rou a festa, embora aqui, no hemis- seja a guardiã dos sonhos, e de so- mos. Que então nos sintamos insti-
fério sul, estejamos em pleno inver- nhos as crianças são muito sabidas. gados pela afirmação de Guimarães
no durante o período. As comemorações juninas são Rosa: “É junto dos bão que a gente
Com o passar do tempo, a festa muito democráticas e não carecem fica mió”.
junina foi ganhando outros elemen- de luxo para serem fartas. Não é por
tos e, por influência religiosa, pas- acaso que as comidas mais gostosas,
DÍLVIA LUDVICHAK
sou a recordar os santos que estão que enchem as mesas nestas festas, Jornalista, especialista em Literatura, Religião e
Cultura e mestranda em Ciências da Religião.
no hall dos mais populares da Igreja são aquelas cultivadas com mo- É autora dos livros Na cozinha do Chef Bra-
Católica: São Pedro, Santo Antônio, déstia nas hortas, lavouras, roças e sil, Chef Brasil: saboreando histórias, Luiz Lua,
Gonzaga Estrela: o rei do baião e Mazzaropi:
São João e São Paulo – que talvez quintais do nosso Brasil. um jeca bem brasileiro, todos pela PAULUS.
11
Se a gente faz cultura,
a gente faz história.
56 páginas
16 páginas
200 páginas
168 páginas
Confira algumas dessas obras e embarque com a gente nessa viagem pelo Brasil!
Você não vai nem precisar sair do sofá.
O
céu. É uma hermenêutica que se uti- Bacharel em Filosofia e estudante de Teologia. Atu-
conteúdo dos evangelhos liza da vida para enxergar os evange- almente, é seminarista na Diocese de São José dos
Campos, assessor diocesano da Pastoral da Comu-
é uma eterna novidade lhos e, com os sutis toques da poesia, nicação e ministra palestras nos eixos de espirituali-
dade, pastoral, liturgia e comunicação.
no caminhar do cristão. trazer os textos sagrados ao existir
Suscitar reflexões a partir daquilo com profundidade, beleza e clareza.
que Jesus disse e fez é algo antigo e A Igreja foi ganhando forma ao
sempre novo na vida daqueles que longo da história sobretudo a partir
desejam seguir os passos de Cristo. da arte. Pinturas, arquiteturas, hinos
Partindo disso, a obra A arte de re- e cânticos, oradores e cantores foram
zar leva ao leitor reflexões sobre os expressando o Sagrado no mundo
evangelhos, só que com um toque com seus dons e talentos, e justa-
novo: a poesia! mente por isso seu conteúdo atra-
Quando criança, sempre me in- vessou os séculos, fazendo com que
teressei em ler histórias, contos e ainda hoje seja encantador ver o
poesias; na escola, passei a escrever produto deste tra-
meus primeiros textos e me sentia balho. Penso que
feliz assim. Fui trazendo isso para meditar e rezar
minha vida, até o momento em que o evangelho por
decidi incluir esse jeito de refletir meio da poesia
na minha oração pessoal. Foi aí que é permitir um
13
livro
DESTAQUE POR MANOEL GOMES FILHO
N
talhes de cada uma das moradas como desculpa para não nos envol-
a apresentação de Caste- apresentadas por Teresa, aponta- vermos com aquilo que nos rodeia.
lo interior ou moradas, a mos aqui algumas ideias que per- Havendo caridade, afirma Santa Te-
obra-prima de Santa Tere- passam todo o livro e estão, de cer- resa, há de se alcançar a Divina Ma-
sa de Jesus, o livro é descrito como ta forma, interligadas: jestade e a união divina.
um guia de viagem. Essa é uma • Conhecimento próprio: essa A obra Castelo interior ou mo-
imagem que caracteriza muito bem é a marca da primeira morada, vol- radas é muito recomendável para
tudo aquilo que vem escrito nos tando, porém, várias vezes ao pen- quem quer conhecer melhor os
seus vinte e sete capítulos. A obra samento da autora. Para ela, não caminhos por onde Deus conduz
trata de uma viagem bem pecu- existe oração sem reflexão. Ou seja, a alma até a união íntima consigo.
liar: aquela empreendida no nosso ao rezar, preciso refletir quem é Deus Não é, claro, um percurso fácil. Ou-
mundo interior. e quem sou eu e, diante da abissal çamos sempre o conselho de Santa
Santa Teresa de Jesus (1515- diferença, tomar consciência de mi- Teresa: “Confiem na misericórdia
1582), reconhecida por sua vida nha miséria. Somente a partir daí de Deus. Em nada confiem em si”.
mística e pela reforma que realizou podemos caminhar rumo ao interior
MANOEL GOMES FILHO
no Carmelo, escreve para suas fi- do castelo. A santa chega a dizer que Postulante da Congregação dos Padres e Irmãos
lhas espirituais, as monjas carmeli- “todos os danos provêm de não nos Paulinos e bacharel em Teologia pela Faculdade
de São Bento de São Paulo.
tas descalças, sobre as várias etapas conhecermos devidamente”.
14
livro
DESTAQUE POR JERÔNIMO LAURICIO
D
claras e de fácil entendimento para fará deles fortes e corajosos. Eu vos
epois do sucesso do best-seller crianças, e seção para os pais, com confio o YOUCAT para crianças”.
mundial YOUCAT – Catecis- citações inspiradoras e profundas
JERÔNIMO LAURICIO
mo Jovem da Igreja Católica, referências e informações. É ide- Missionário YOUCAT. Graduado em Filosofia,
chega até nós o YOUCAT para crian- al para famílias com crianças entre mestrando em Teologia, escritor, formador da
Escola de Formação Permanente da Arquidiocese
ças, a mais nova ferramenta da coleção sete e doze anos e indicado para de Brasília, diretor geral da Rede de Missão do
YOUCAT Brasil e membro do YOUCAT Team
YOUCAT, voltada para a formação cate- escolas ou encontros de catequese International – YOUCAT Foundation.
15
Foto: iStock.
POR MATHEUS MACEDO
Corpus Christi:
A FÉ TRANSFORMADA EM ARTE
A
data em que a Igreja celebra sões nas quais o próprio Cristo lhe o domingo da Santíssima Trindade.
o Sacramento da Eucaristia, pedia uma festa litúrgica em honra De acordo com Paranhos, a Eu-
primeira quinta-feira após o à Eucaristia. Em 1247, foi realizada caristia é a presença salvífica de
domingo da Santíssima Trindade, é a primeira procissão eucarística na Cristo morto e ressuscitado no meio
também o único dia do ano em que cidade de Liège, na Bélgica. Já no ano do seu povo. “Ele desejou permane-
o Santíssimo Sacramento sai em pro- de 1264, o papa Urbano IV estabele- cer conosco, de maneira especial,
cissão pelas ruas, abençoando pesso- ceu a bula Transiturus de hoc mundo, no Sacramento Eucarístico. Precisa-
as, famílias e a cidade. em que estende a festa para toda a mente por isso, a Eucaristia ocupa
Segundo o sacerdote jesuíta Igreja e prescreve que na quinta-feira um lugar central na vida do novo
Washington Paranhos, sj, doutor em Te- após a oitava de Pentecostes fosse povo messiânico”. Ao longo dos sé-
ologia com especialização em Litur- oficialmente celebrada a festa em culos, o pão eucarístico alimentou
gia e Sacramentaria, a celebração de honra do Corpo do Senhor. O pontífi- homens e mulheres, dando sentido,
Corpus Christi visa recordar a Igreja ce encarregou São Tomás de Aquino providência e esperança a diversas
reunida em torno à Eucaristia. “Esta de compor o Ofício da celebração. gerações. Para Paranhos, hoje esse
festa exprime a vontade de abandonar- No século XIV, o papa Clemente mesmo pão parece ser rejeitado
-se à vontade do Pai; é o compromisso V tornou a Festa de Corpus Christi para não ser partido e partilhado.
renovado para partir o pão, o amor, o um dever canônico mundial. Seu su- “Devemos lembrar que sem esse
saber, a experiência social, a partilha cessor, João XXII, publicou na Cons- pão da vida nosso caminho na his-
dos projetos com os irmãos”, afirma. tituição Clementina o dever de levar tória será cada vez mais incerto e
A solenidade foi instituída em a Eucaristia em procissão pelas vias difícil, tomado por idolatrias, pelo
junho de 1246, em razão dos apelos públicas. A partir disso, a solenida- orgulho e a injustiça; marcado pela
de Santa Juliana de Mont Cornillon, de passou a ser celebrada, todos os fome e pela sede que nenhuma ou-
que durante suas orações recebia vi- anos, na primeira quinta-feira após tra realidade pode saciar”, diz.
16
Foto: iStock.
Os tradicionais tapetes ornamentados enfeitam as cidades brasileiras para a procissão de Corpus Christi, como ocorre em Castelo-ES.
17
Ele está no
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Pela Eucaristia, Jesus se faz alimento para
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MERCADO EDITORIAL:
a crise e o futuro do livro no Brasil
19
ENTREVISTA
U
ma pesquisa divulgada pela administrativo do Instituto Pró-Livro maiores varejistas do mundo, estão
Confederação Nacional do (IPL). Confira a entrevista concedida com grandes dificuldades. Além dis-
Comércio de Bens, Servi- à revista Páginas Abertas. so, temos um problema que atribuo
ços e Turismo (CNC) apontou que o a uma falha nossa: O setor se deu
número de livrarias e papelarias no PA: A crise no mercado editorial se ori- um tiro no pé ao conceder descon-
Brasil encolheu 29% na última déca- gina do cenário econômico brasileiro? tos e mais descontos, porque passou
da, sofrendo uma perda de 21 mil TORELLI: Acredito que em parte, a disputar o cliente pelo desconto.
estabelecimentos. O segmento que sim, mas me parece que a crise não Isso não funciona em nenhum seg-
mais sentiu o impacto nos últimos é composta por um único elemento; mento. Só é válido quando tem data
anos foi o de obras gerais (42%), ela tem alguns fatores que a gen- para começar e acabar, como na
que engloba literatura adulta e in- te precisa considerar. Entre eles, a Black Friday ou em feiras de livros.
fantojuvenil. O setor menos atin- crise econômica brasileira. Nós te- Não pode ser constante. No Brasil, o
gido foi o de livros religiosos, com mos 12 milhões de desempregados. livro é lançado e no dia seguinte está
queda de 1,2%. Por outro lado, a ex- Isso afeta qualquer segmento, e o no mercado com desconto de 40%.
pectativa é de que a venda de livros nosso não ficaria de fora. O mode- Muitos acreditam que isso vai levar
no Brasil aumente. lo adotado pelas grandes redes de mais pessoas às livrarias e formar
Para entender um pouco a crise livrarias se mostra já desgastado e novos leitores, mas é mentira. Uma
que atinge o mercado editorial, con- inviável – não só no Brasil, mas no pesquisa da FIPE (Fundação Institu-
versamos com Luís Antonio Torelli, mundo todo e também em outros to de Pesquisas Econômicas) mostra
atual presidente da Câmara Brasilei- segmentos. Alguns varejos tradicio- que nos últimos dez anos o Brasil
ra do Livro (CBL) e vice-presidente nais, que comemoravam como os perdeu 21% da sua produção, o que
Luís Antonio Torelli, atual presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e vice-presidente administrativo do Instituto Pró-Livro (IPL).
20
representa quase 1,6 bilhão de reais PA: Qual o maior aprendizado que do Brazilian Publishers. Temos par-
que o mercado deixou de faturar. o mercado livreiro teve diante ceria com uma empresa alemã cha-
Isso é uma prova cabal de que essa dessa crise? mada Metabooks, com a qual de-
prática não se sustenta. TORELLI: Ficamos muito tempo senvolvemos uma plataforma em
sem tomar medidas precisas. Nós que as editoras conseguem colocar
PA: Você acredita que faltam incen- erramos e não fizemos o trabalho os seus livros de forma tranquila.
tivos à leitura? de casa. Assim que enfrentamos Nós ganhamos muito a partir dessa
TORELLI: Sem dúvidas. O Brasil pre- uma crise efetiva, perdemos 40% plataforma, que já conta com mais
cisa olhar para a questão com mais do nosso mercado em termos de de 85 mil livros publicados.
carinho e enfrentar esse dilema. Qua- distribuição. É preciso olhar para
renta e três por cento da população nosso negócio com mais profissio- PA: Que cenário encontraremos nos
brasileira não leem com frequência nalismo, porque o livro é um produ- próximos anos?
e não há um programa efetivo para to como outro qualquer. Ninguém TORELLI: Com a pesquisa Retratos
resolver o problema. A leitura é um monta uma editora ou livraria sim- da Leitura, que começa a coletar os
hábito que se conquista. É preciso plesmente por gosto; é um negócio, dados em 2019 e será concluída no
que o Ministério da Educação “olhe” e como tal precisa dar lucro. início de 2020, minha percepção é
os nossos cursos superiores para de que vamos ter um uma melho-
que os futuros professores tenham ra no número de leitores. É uma
em mente a importância da leitura. perspectiva modesta, mas paramos
O resultado da falta de leitura é visí- de ter aquela curva estável. Já na
vel quando analisamos as pesquisas última pesquisa tivemos um pro-
sobre educação. O Brasil está em gresso: 53% se declaram leitores,
penúltimo lugar no ranking de edu- mas precisamos de mais incentivo
cação da OCDE (Organização para à leitura. Acredito na nossa produ-
a Cooperação e Desenvolvimento ção, nos nossos autores. Este ano
Econômico). Os nossos alunos saem PA: Como a CBL contribui para mu- temos um novo governo, com o
da escola sem saber ler, sem fluência danças positivas no futuro? qual precisamos sentar e conversar.
na leitura. Então, quando prestam o TORELLI: Nós criamos o “itinerário É preciso mostrar a ele importância
ENEM, não conseguem interpretar da leitura”, um roteiro para ajudar da leitura e o que significa o não in-
uma questão corretamente. os professores a motivar os alunos vestimento. Em 2019, teremos um
a ler. Durante a Bienal, publica- forte trabalho nesse sentido.
PA: O que é preciso ser feito para que mos uma apostila explicando como
as editoras consigam se reerguer? empreender em livrarias. Também
TORELLI: Nós estamos num período promovemos mudanças no Prêmio
de transição; é uma cadeia inteira. Jabuti que se mostraram extrema-
No Brasil temos autores maravilho- mente positivas. Além disso, temos
sos, editoras e gráficas muito com- um programa de internacionaliza-
petentes, ou seja, toda a base já está ção chamado Brazilian Publishers,
implantada. O que não temos nessa em parceria com a Apex Brasil.
cadeia é uma distribuição que faça O programa leva nossos autores
jus a tudo isso. O Brasil tem pouquís- e editoras às principais feiras do A crise editorial é sintoma de uma
simas livrarias e perdeu muito com mundo. O Brasil não era conhecido instabilidade maior na sociedade.
a crise das duas grandes redes. Não como vendedor de direitos auto- Olhar para as pessoas e, em diálo-
adianta criar grandes programas de rais, mas como comprador, e isso go, propor conteúdos que as aju-
incentivo à leitura se não há onde começou a mudar. Terminamos dem a atravessar esta fase com es-
comprar o livro. Nós precisamos ata- 2018 com mais de 1,7 milhão de dó- perança é a nossa tarefa.
car isso de frente. lares de venda de direitos por conta
21
LI E RECOMENDO – POR JORGE MIKLOS
IDOLATRIA DO DINHEIRO
E DIREITOS HUMANOS
Por um novo imaginário: uma crítica ao
mito neoliberal e à idolatria do dinheiro
E
m 2014, o Papa Francisco efe- O budismo é a maior religião profes- pobres; o outro, a crítica de Francisco
tuou uma visita à Coreia do sada do país. Mesmo assim, num ce- à idolatria do dinheiro, que emerge
Sul, uma sociedade percebida nário laico e secular, a visita do Papa num cenário de globalização susten-
por nós, brasileiros, como muito de- Francisco chamou muito a atenção tado pela narrativa neoliberal.
senvolvida tecnologicamente. Apro- dos jornalistas coreanos. Dos gestos e Esses dois tópicos motivaram o
ximadamente metade da população discursos do Papa, dois se destacaram Professor Jung Mo Sung, coreano, ca-
coreana não crê em Deus ou não nos meios de comunicação e causa- tólico, doutor em Ciências da Religião,
professa nenhuma religião. Somente ram impacto entre os periodistas. Um professor da Universidade Metodista
27% são cristãos, sendo 19% protes- deles foi a afirmação de que a Igreja e estudioso das relações entre Teolo-
tantes e escassamente, 8% católicos. deve ser uma Igreja pobre para os gia e Economia, a escrever o livro Ido-
22
latria do dinheiro e direitos humanos: Para desenvolver a reflexão pro- que suplica misericórdia e compai-
uma crítica teológica do novo mito do posta, ele inicia o livro explicando que xão, reafirmando constantemente a
capitalismo. O livro foi lançado no fi- todos os sistemas sociais assumem vida humana.
nal de 2018 pela PAULUS e eu tive a princípios fundamentais: os sistemas Assumindo a aparência de um ate-
oportunidade de entrevistar o autor sociais se legitimam por meio de nar- ísmo moderno (desmagicização do
por ocasião do lançamento. rativas que formam uma estrutura mundo, conforme predisse Max We-
No livro, Jung conduz suas refle- mítica sobre a qual o sistema social ber), o sistema capitalista engendrou,
xões a respeito desses dois aspectos é justificado e operacionalizado. Ou por meio de sua narrativa do mito
para ajudar o leitor a entender quais seja, as narrativas criam uma realida- neoliberal, uma legitimação religiosa
são os desafios que o cristianismo en- de intersubjetiva que, uma vez com- própria capaz de validar um capita-
contra neste cenário de idolatria do partilhada, produz um magma, um lismo como religião (Benjamin), sob
dinheiro e divinização do mercado: cimento, um fundamento no qual se a casca de secularização: “Uma racio-
“Penso que o capitalismo iniciou uma ergue e se constitui uma realidade so- nalização do irracional” (p. 178).
travessia que hoje parece estar perto cial. Essa narrativa legitima na cons- O autor nos desafia a construir e
de completar o abandono da dignida- ciência das pessoas as práticas e as compartilhar um novo mito, uma nova
de e dos direitos humanos como fun- condutas sociais. narrativa, alternativa e humanizadora,
damento da civilização” (p. 6). O que a idolatria, que é um tema que possa nos ajudar a superar o mito
da teologia sobre adoração a falsos opressivo e idólatra do capitalismo.
deuses, tem a ver com dinheiro, que Uma palavra final: Idolatria do
é um tema da economia? A obra de dinheiro não é um livro para inte-
Jung Mo Sung ajuda a reco- lectuais empedernidos, enfurnados
locar a questão da idolatria nas universidades à procura de sis-
em termos diferentes. O pro- temas totalizantes para explicar o
fessor apresenta dois modos mundo, sem pôr as mãos e os pés
de interpretar o conceito de nele. Trata-se de um livro simples,
idolatria, que se encontra em inteligível mesmo para o não ini-
dois documentos de Papa ciado, escrito para pessoas que não
Francisco: a Encíclica Lumen costumam frequentar os salões
Fidei e a Exortação Apostólica nobres das universidades, que há
Evangelli gaudium: a idola- muito perderam seu protagonismo
tria como um erro de repre- social. É um livro para quem ama a
sentação que leva à perda de vida e desconfia que o mito neoli-
sentido – ou a um sentido beral e a idolatria do dinheiro tra-
equivocado da vida – e a ido- balham contra ela.
latria como crítica aos novos
JORGE MIKLOS
deuses (poder, dinheiro, mer- Mestre em Ciências da Religião e doutor em
cado, mídia, consumo, ima- Comunicação Social pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. Concluiu pós-doutorado
gem), que exigem o sacrifício pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É
professor titular do Programa de Pós-Graduação em
de vidas humanas em oposi- Comunicação e Cultura Midiática da Universidade
Paulista. Contato: jorgemiklos@gmail.com
ção ao Deus da vida, aquele
23
ASSISTÊNCIA SOCIAL – POR ALBERTO NASCIMENTO
E
m 2012, o Programa Direito De acordo com a gerente do Nú- sim, para aqueles que sempre luta-
e Cidadania deu os seus pri- cleo de Assistência Social da PAULUS, ram conosco para fazer de nossa
meiros passos na construção Dulcinéia Reginato Francisco, co- prática cotidiana uma cidadela de
de uma nova forma de fazer Assis- nhecida como Dulce, o projeto sur- direitos constituídos para todos,
tência Social. Desde então, a equi- ge como o resultado de um processo com um ambiente de segurança
pe começou a pensar em uma atu- formativo, tanto da atuação da Assis- jurídica e institucional dos usuá-
ação colaborativa. Em 2018, surgiu tência Social, que se transforma cada rios da Assistência Social, coube
a ideia do Prêmio PAULUS Social, vez mais em uma política concreta e a inspiração de criar o prêmio de
com previsão para a primeira edi- efetiva, como a parceria das entida- qualidade de atuação, como forma
ção em 2019. O objetivo é certificar des que complementam o trabalho, de reconhecer, homenagear e esti-
que as instituições parceiras que em uma relação bem alinhada e de mular ainda mais pessoas, profis-
receberem a homenagem estejam potência progressiva. sionais, instituições públicas e pri-
em um alto padrão de qualidade den- Dulce ressalta a importância do vadas, colaboradores e parceiros
tro da atuação de Assistência Social. reconhecimento dos parceiros: “As- dessa boa-nova”, diz.
24
Igualmente importante, a men- De maneira muito especial, o senciais no processo de mobilização
ção honrosa será direcionada para Prêmio PAULUS Social quer aliar-se e atuação uma comenda que denota
os destaques regionais, as iniciati- mais ainda aos contribuintes especí- seu valor na efetivação do progra-
vas e performances que revelem nas ficos do Programa Direito e Cidada- ma. Tal reconhecimento se corpo-
diversas regiões do país o compro- nia. A distribuição dos kits de livros, rifica na esperança de garantir uma
misso das instituições parceiras em a formação para os orientadores proximidade constante, reforçando
promover e aperfeiçoar as propostas sociais, a efetivação dos percursos a importância de cada uma dessas
da PAULUS. Esse agente multiplica- formativos nos Serviços de Convi- parcerias na criação de uma Assis-
dor, além de dinamizar a operação vência e Fortalecimento de Vínculos tência Social cada vez mais fortale-
da PAULUS, reinventa e impulsiona (SCFV) nas cinco regiões do país e cida e transformadora.
seus resultados pela parceria viva. o apoio na dinâmica do Monitora- Essa conclusão também atua
A certificação quer identificar e ca- mento do Programa têm enorme como primeiro passo de uma nova
tegorizar essa potência criadora e importância para a PAULUS. Por ser jornada, já que o prêmio englobará,
fidelizada com os componentes téc- a atividade de maior investimento progressivamente, todas as dinâ-
nicos da PAULUS. e abrangência, assim como a mais micas de atuação socioassistenciais
antiga da instituição, a despeito dos realizadas pela PAULUS. São quatro
PROGRAMA DIREITO E ajustes e atualizações dos últimos etapas de execução do Programa Di-
CIDADANIA anos, o Programa representa o cerne reito e Cidadania que as entidades
programático da PAULUS. precisam cumprir: mobilização, pla-
O Programa Direito e Cidadania O surgimento de um prêmio nejamento e organização, monitora-
(PDEC) é a principal ação de Asses- como manifestação desse reconheci- mento e mapeamento. A atuação das
soramento da PAULUS no tocante à mento é um novo passo de uma es- entidades parceiras também é es-
abrangência do território nacional, trada iniciada pelo concurso “Retra- sencial na efetivação das atividades,
atuando com formações para edu- tos da Convivência”. Realizado desde como os Projetos InovaSUAS e a Ges-
cadores sociais, coordenadores, as- 2015, o concurso premia Serviços de tão da Prática Cotidiana pelo país.
sistentes sociais, psicólogos, pedago- Convivência pela realização de ativi-
gos e demais profissionais atuantes dades e percursos exemplares a par-
na Defesa e Garantia de Direitos dos tir do Programa Direito e Cidadania.
ALBERTO NASCIMENTO
usuários dos Serviços de Convivência A nova premiação não substitui, Jornalista formado pela Faculdade PAULUS de
Comunicação – FAPCOM, atua desde 2014 na As-
e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) mas complementa a lógica de reco- sistência Social PAULUS, sendo um dos responsá-
e seus familiares: ação ofertada com nhecimento estabelecida até aqui. veis pela comunicação dos Programas e Projetos
do Núcleo PAULUS de Formação, Pesquisa e
total gratuidade. Agora, garante-se às entidades es- Disseminação Social.
PRINCIPAIS CRITÉRIOS:
Atender às quatro etapas de execução do Programa Di-
reito e Cidadania: mobilização, planejamento e organi-
zação, mapeamento e monitoramento.
25
EVENTOS – POR MATHEUS MACEDO
E
ntre os dias 8 e 10 de feve- vista da missão”. Também na sexta- brir elementos importantes da mú-
reiro, no Centro de Eventos -feira, Pe. Vanildo de Paiva subiu ao sica, como ritmos, melodias, gestos,
Pe. Vitor Coelho de Almeida, palco do ginásio para falar sobre expressões e danças, que possam
em Aparecida (SP), aconteceu o pri- catequese e liturgia em perspectiva ajudar na evangelização e animação
meiro Congresso Catequistas Brasil. mistagógica. O autor ressaltou que a dos encontros catequéticos.
O evento, promovido pela revista catequese e a liturgia jamais podem À tarde, os autores da PAULUS
Paróquias, reuniu cerca de dois mil caminhar separadas, pois ambas es- estiveram novamente em ação. Com
catequistas, vindos de diversas par- tão a serviço do encontro, da aproxi- o tema “Catequese e Bíblia”, Ramires
tes do Brasil, e contou com a presen- mação e do discipulado. Henrique de Andrade apresentou aos
ça das principais editoras católicas. Na manhã de sábado, Pe. Humberto catequistas algumas chaves de leitura
Com o objetivo de contribuir Robson de Carvalho levou centenas para ajudar a fazer uma correta inter-
para a missão de evangelização e de catequistas a refletirem sobre es- pretação dos textos a partir dos prin-
união dos catequistas de todas as piritualidade. Para o sacerdote, os ca- cipais métodos de estudo da Bíblia.
regiões do Brasil, o congresso pro- tequistas são, por excelência, aqueles A última oficina do sábado foi
moveu uma variedade de palestras que cultivam a busca pelo Sagrado conduzida por Rogério Bellini. Se-
e oficinas, reunindo autores da nas pessoas e na sociedade. gundo o autor da PAULUS, o objeti-
PAULUS especialistas na área. A edi- Um dos temas mais discutidos vo de sua palestra foi mostrar que a
tora também apresentou aos cate- ao longo do evento foi a iniciação partir do lúdico é possível fazer re-
quistas a nova revista Ecoando – For- cristã de adultos. Para falar sobre o flexões e repensar comportamentos.
mação Interativa com Catequistas, assunto, foi convidada a catequista No domingo, a editora ficou res-
que ganhou um projeto gráfico mais Marlene Silva. Ao longo da palestra, ponsável pela abertura do evento. O
moderno e atual. a catequista expôs os apelos da Igre- consultor de Catequese da PAULUS,
Na sexta-feira (8), Pe. Zezinho ja em relação ao grande número de Altierez dos Santos, ministrou para
deu abertura às atividades com a adultos que têm sede da Palavra e os dois mil participantes a palestra
palestra “Catequese dos sinais”. Na querem conhecer Cristo. “Catequese de iniciação cristã”. As
sequência, especialistas discutiram O seminarista paulino Deivid obras da PAULUS dedicadas à ini-
sobre os temas “Comunicação na Tavares, SSP propôs dinâmicas entre ciação à vida cristã estavam em des-
catequese” e “Uma catequese em os catequistas, ajudando-os a desco- taque no estande da editora.
26
CONFIRA AS NOVIDADES DA PAULUS EDITORA
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Aprendamos com Maria a reconhecer a verdadeira
face da salvação: Cristo na alma. Este livro traz A PAULUS publica com exclusividade no Brasil
uma meditação para cada dia da semana, que o YOUCAT para crianças, uma versão infantil do
pode ser razada ao final da oração do terço ou projeto YOUCAT. Quando os filhos perguntarem,
durante as orações comuns do seu dia. Que ele seja não deixemos de responder. Sejamos como
fonte de inspiração para uma oração fecunda, em uma corrente viva que possibilite a presença
comunhão com Cristo e com a Virgem dolorosa. do Evangelho, de geração a geração, em nossas
famílias, comunidades e na Igreja, como Papa
Páginas: 63 • Coleção Novenas e orações
Francisco nos pede.
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HOMOSSEXUALIDADE MAZZAROPI
NEUROCIÊNCIAS E ORIENTAÇÃO SEXUAL UM JECA BEM BRASILEIRO
Giovanni Cipriani Dílvia Ludvichak
Aproximar-se da homossexualidade a partir da O livro nos leva ao encontro de um artista
ciência nos “tornará livres” (Jo 8,32) de toda forma de genuinamente brasileiro, criador de uma obra
discriminação e nos levará a compreender a pessoa cinematográfica tão expressiva e popular que
homossexual. Não existe a homossexualidade em continua viva até hoje, graças à sua genIalidade
abstrato, existe a homossexualidade “encarnada” atemporal. Construída em versos, a narrativa se
em uma pessoa concreta. Cada homossexual é uma aproxima da forma tão apreciada pela cultura
pessoa que tem seu mundo existencial e sua história popular e, ao mesmo tempo, nos faz lembrar das
pessoal. profundas raízes do jeito de ser caipira e do sertão
brasileiro, marcas registradas de Mazzaropi.
Páginas: 96
Páginas: 32 • Coleção Brasil
Páginas: 440
30
MAIO | Dia 4 Palestrante: Frei Arimatéia | Local: PAULUS Livraria |
A DIMENSÃO SIMBÓLICA DA LITURGIA Horário: Das 9h às 12h.
Palestrante: Pe. Ernildo Batista Ramos | Local: PAULUS Livraria |
Horário: Das 8h30 às 11h. MAIO | Dia 18
O CÂNTICO DE MARIA
MAIO | Dia 25 Palestrante: Pe. Roberto Coura | Local: PAULUS Livraria |
A FILHA DE SIÃO Horário: Das 9h às 11h.
Palestrante: Pe. George Garcia da Silva | Local: PAULUS Livraria |
Horário: Das 8h30 às 11h. MAIO | Dia 25
CURSO BÍBLICO DE EXTENSÃO | INTRODUÇÃO AO NOVO
JUNHO I Dia 8 TESTAMENTO | 3º ENCONTRO
ANO LITÚRGICO Facilitador: Vanderlan Paulo | Local: PAULUS Livraria |
Palestrante: Pe. Lucivan Santana de Andrade | Local: PAULUS Livraria | Horário: Das 9h às 13h.
Horário: Das 8h30 às 11h.
JUNHO | Dia 1º
GOIÂNIA (GO) CURSO BÍBLICO DE EXTENSÃO | INTRODUÇÃO AO NOVO
PAULUS Livraria: Rua Seis, 201 – Centro TESTAMENTO | 4º ENCONTRO
Informações: (62) 3223.6860 / 98247.0152 Facilitador: Vanderlan Paulo | Local: PAULUS Livraria |
Horário: Das 9h às 13h.
ABRIL | Dia 19
NEUROCIÊNCIA E NEUROEDUCAÇÃO JUNHO | Dia 15
Palestrante: Aurélia Carneiro | Local: PAULUS Livraria | LITURGIA DAS HORAS E OFÍCIO DIVINO DAS COMUNIDADES
Horário: Das 8h30 às 12h30. Palestrante: Pe. Luiz Carlos | Local: PAULUS Livraria |
Horário: Das 9h às 12h.
ABRIL | Dia 27
CURSO BÍBLICO DE EXTENSÃO | INTRODUÇÃO AO NOVO JUNHO | Dia 29
TESTAMENTO | 3º ENCONTRO ANO LITÚRGICO
Facilitadora: Mercedes de Budallés Diez | Local: PAULUS Livraria | Palestrante: Pe. Roberto Coura | Local: PAULUS Livraria |
Horário: Das 8h às 13h. Horário: Das 9h às 12h.
31
AGENDA DE EVENTOS DAS LIVRARIAS I ABRIL I MAIO I JUNHO 2019
32
Facilitador: Pe. Fausto | Local: PAULUS Livraria | MAIO | Dia 18
Horário: Das 8h30 às 12h30. PLANEJAMENTO E ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Palestrante: Ingrid Strelow | Local: PAULUS Livraria |
MAIO | Dia 4 Horário: Das 8h30 às 12h.
COMO CELEBRAR A PALAVRA? FORMAÇÃO PARA MINISTRO
DA PALAVRA MAIO | Dia 25
Palestrante: Pe. Claudir | Local: PAULUS Livraria | CURSO BÍBLICO DE EXTENSÃO | INTRODUÇÃO AO NOVO
Horário: Das 8h30 às 12h. TESTAMENTO | 3º ENCONTRO
Facilitador: Edson Luiz Dal Pozzo | Local: PAULUS Livraria |
MAIO | Dia 11 Horário: Das 8h30 às 12h.
SUICÍDIO NA JUVENTUDE E SUAS IMPLICAÇÕES
Palestrante: Pe. Hudson | Local: PAULUS Livraria | JUNHO | Dia 1º
Horário: Das 8h30 às 12h. OS CANTOS NA MISSA
Palestrante: Michele Girardi | Local: PAULUS Livraria |
MAIO | Dia 18 Horário: Das 8h30 às 12h.
PREVENÇÃO DO SUICÍDIO NA JUVENTUDE
Palestrante: Pe. Hudson | Local: PAULUS Livraria | JUNHO | Dia 8
Horário: Das 8h30 às 12h. COMO ELABORAR PROJETOS DE LEITURA NA ESCOLA
Palestrante: Ana Paula Cecatto | Local: PAULUS Livraria |
MAIO | Dia 25 Horário: Das 8h30 às 12h.
ANO LITÚRGICO
Palestrante: Pe. Marcio | Local: PAULUS Livraria | JUNHO | 25
Horário: Das 8h30 às 12h. CURSO BÍBLICO DE EXTENSÃO | INTRODUÇÃO AO NOVO
TESTAMENTO | 4º ENCONTRO
Facilitador: Pe. Isidoro Mazzarollo I Local: PAULUS Livraria |
SUL Horário: Das 8h30 às 12h.
33
AGENDA DE EVENTOS DAS LIVRARIAS I ABRIL I MAIO I JUNHO 2019
34
MAIO | Dia 25 Dias 27/04, 11/05 e 29/06
CURSO BÍBLICO DE EXTENSÃO | INTRODUÇÃO AO NOVO LITURGIA: ELEMENTOS BÁSICOS PARA A FORMAÇÃO DE
TESTAMENTO | 3º ENCONTRO CATEQUISTAS
Facilitador: Domingos Zamagna | Local: PAULUS Livraria. Palestrante: Pe. Humberto Robson de Carvalho |
Local: PAULUS Livraria | Horário: Das 9h30 às 11h45.
JUNHO | Dia 8
CURSO BÍBLICO DE EXTENSÃO | INTRODUÇÃO AO NOVO SOROCABA (SP)
TESTAMENTO | 4º ENCONTRO PAULUS Livraria: Rua Cesário Mota, 72 – Centro
Facilitador: Domingos Zamagna I Local: PAULUS Livraria. Informações: (15) 3442.4300 / 98153.0011
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