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Kathryn Kuhlman
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação CIP-Brasil. Catalogação na fonte
ISBN 85-99579-01-0
1. Cura Espiritual. 2. Milagre da Cura. 3. Fé. 5. Religião. I. Chown, Gordon. II. Título
CDU 615.852 (Bibliotecário responsável: João Vitor Hanna de Souza – CRB 10/1649)
EU CREIO EM MILAGRES
Torrentes de curas fluem do coração de uma mulher de fé Kathryn Kuhlman
1
Eu Creio em Milagres
Se você pretende ler este livro me “desafiando” a convencê-lo de
algo que não quer acreditar, não o leia. Esqueça-o! Não tenho a
mínima esperança nem espero convencer um cético a simplesmente
acreditar em milagres.
Se você acreditar que eu, como ser humano, tenho qualquer poder
para curar, está completamente enganado. Não contribuí em nada
para qualquer milagre registrado neste livro, nem tive nada a ver
com qualquer cura que tenha sido realizada em algum corpo físico.
Não possuo absolutamente nenhum poder para curar. Tudo quanto
posso fazer é indicar-lhe o caminho – posso conduzi-lo até o Médico
dos médicos, e posso orar; mas o restante fica entre você e Deus.
Sei o que Ele tem feito por mim, e já vi o que Ele tem feito para um
número incontável de pessoas. O que Deus lhe concede depende
de você. A única limitação para o poder de Deus está dentro do
indivíduo!
3
Enviada para Morrer em Casa!
Stella Turner Vence o Câncer
Foi no começo de 1947 que sua filha mais velha, que morava em
Butler, contou ao pai a respeito dos programas que ouvira na rádio,
e sugeriu que ele e sua mãe fossem até um dos cultos.
6
Eu Acreditei na Promessa de Deus
Bruce Baker Ficou Livre do Enfisema
7
É Assim Que Deus Age!
Betty Fox Sofria de Esclerose Múltipla
Foi difícil acreditar que ela não era tão “mocinha”, mas sim a mãe de
um filho já adulto. Sem dúvida, seria ainda mais difícil para os que
não tinham se familiarizado com o poder de Deus, acreditarem que
não muito tempo antes, essa mulher vivaz, cheia de alegria e
saudável esteve nas etapas finais da esclerose múltipla.
Betty Fox sofrera durante anos com essa doença impiedosa para a
qual ainda não existe cura clínica conhecida; trata-se de uma
enfermidade que, a despeito de medicamentos paliativos e períodos
de falsa melhoria, que causam certo encorajamento, segue seu
inexorável caminho progressivo debilitando totalmente o paciente.
No telegrama estava escrito “Por favor, ore para que não chova
amanhã!”.
Ri sonoramente. Os telegramas usualmente dizem: “Por favor, ore
para a cura do câncer ou, por favor, ore pela cura de outra coisa”.
Mas este!
O telegrama chegou no sábado, e no dia seguinte havia o culto
dominical em Butler. Aparentemente, esperava-se de mim que eu
tocasse no trono de Deus, e pedisse que Ele refreasse as nuvens
de chuva de modo que não chovesse no dia do culto! Sentindo-me
encurralada, só podia levantar os olhos para cima e dizer: “Pai
celeste, tu sabes tudo a respeito disso. Seja o que for que estiver
envolvido, por favor cuida de tudo”.
Este é o relato do modo maravilhoso de como Deus realmente
cuidou de tudo em favor da família Erskine.
Mais tarde, eu descobriria quem enviara aquele telegrama e por
quê.
“Fiquei desesperada”, disse Louise, a jovem filha casada de James
e Edith Erskine. “Mamãe estava no hospital, morrendo de câncer. As
autoridades do hospital tinham dito ao papai e a mim, seis semanas
antes de eu enviar o telegrama, que poderíamos tirar mamãe do
hospital por algumas horas – somente o tempo suficiente para levá-
la até um dos cultos que você realiza em Butler – mas tão-somente
se houvesse bom tempo. Se chovesse, o risco de ela se resfriar
seria muito grande.
“Choveu cinco domingos consecutivos”, Louise continuou dizendo,
“De modo que não podíamos levá-la. No entanto, mamãe piorava, e
sabíamos que logo seria tarde demais. Por isso, depois de visitá-la
naquele sábado à tarde, passei no correio e lhe enviei aquele
telegrama”.
Louise e seu pai tinham movido céus e terra para conseguir
permissão do hospital em Tarentum para a Sra. Erskine se ausentar
o tempo necessário para ir àquele culto. O pedido deles era
totalmente contra os princípios normais, e somente pela influência
do Dr. Cross, que vira outros pacientes seus curados
milagrosamente pelo poder de Deus, é que a permissão foi
concedida. Em cinco noites sucessivas de sábado, Louise tinha ido
de carro até o hospital a fim de pentear os cabelos da mãe e deixá-
la totalmente pronta para o culto no dia seguinte, e em cinco
domingos sucessivos pela manhã, James Erskine se levantara ao
raiar a aurora, e ia até Butler, para ficar na fila durante muitas horas
a fim de garantir um lugar para a esposa, quando Louise chegasse
do hospital. E em cada um desses cinco domingos, choveu uma
hora antes do início do culto. Daí, você consegue entender por que
aquele telegrama foi enviado!
Quando Louise e o Sr. Erskine se levantaram naquele último
domingo de manhã, a primeira coisa que fizeram foi olhar ansiosos
pela janela. Sua visão foi saudada por um céu claro, sem nuvens.
Ficaram cheios de alegria – obviamente, a oração para que
houvesse um dia de tempo bom foi atendida. Enquanto James
começava a viagem para Butler, e Louise saía de casa para buscar
a mãe no hospital, seus corações estavam cheios de gratidão a
Deus. Finalmente, Edith conseguiria chegar àquele culto!
Louise levou a mãe do hospital ao culto, conforme fora planejado, e
o Sr. Erskine a trouxe de volta depois do culto. Assim que
atravessou com segurança a porta do hospital, a chuva caiu
pesadamente.
Foi no começo da primavera de 1951 que pai e filha souberam que
Edith estava com câncer no fígado. O Dr. Cross explicou: “O fígado
dela é semelhante à velha cortina de renda da sua avó”. Mas, o
médico advertiu: “Façam o que quiserem, menos contar que ela está
com câncer, senão ela entregará os pontos imediatamente. A
verdade, no entanto, é que nada poderemos fazer senão administrar
medicamentos para aliviar a dor. É possível que ela resista ainda
algum tempo, ou pode morrer rapidamente. Não há como prever
isso”. Nessa ocasião, ela estava com 32 quilos, um grande
problema para quem já teve 77 quilos.
Poucas semanas antes de Edith ser hospitalizada, ela e Louise
tinham começado a freqüentar os cultos no Salão Carnegie. “Foi ali”,
diz Louise, “que a Srta. Kuhlman me ensinou o valor do jejum, e
explicou que era uma expressão do fervor das nossas orações.
Lembro-me de certo culto específico, em que ela citou o rei Davi, de
Israel, como exemplo. Explicou que, após as suas orações, ele se
prostrava em humilhação e desprendimento, e que nesta atitude
estava a força de suas orações: Ela disse também como ele se
dedicava intensamente à devoção e às petições, e não sentia fome.
“Agora, com mamãe tão desesperadamente doente”, continuou
Louise, “tudo quanto a Srta. Kuhlman já dissera a respeito do jejum
voltou à minha mente. Mamãe realmente não poderia morrer. Eu
tinha três irmãs mais jovens que necessitavam dela – três
menininhas que precisavam dos ensinos da mãe, que precisavam
do seu amor, e de um lar. Se havia uma hora apropriada para o
jejum, a hora era essa”.
A partir do momento que ficou constatado que a mãe estava com
câncer, Louise ia todas as sextas-feiras à tarde ao culto de milagres
– e jejuava desde o raiar da manhã até o pôr-do-sol. Ela não
pensava nela mesma, quando implorava diante do trono de Deus,
pedindo a recuperação da sua mãe, mas, sim, nas suas três
irmãzinhas em casa. Quando soube que elas também estavam
jejuando durante o dia inteiro, todas as sextas-feiras, sentiu-se
comovida e tocada.
“E nunca me esquecerei, enquanto viver”, disse Louise, “a primeira
manhã em que, quando fui preparar uma maleta com lanche para o
papai, ele me pediu que não colocasse nenhum alimento – somente
uma garrafinha de água. Ninguém sabe o quanto isso significa para
um mineiro de carvão. Somente quem já trabalhou nas minas sabe
como é trabalhar sob a terra durante horas sem comer”.
Durante cinco longos dias, James Erskine desceu nas minas de
carvão Ford Collyer, levando como lanche somente água, mas
nenhuma só vez pensou nisso como um sacrifício. Em nenhuma
ocasião disse estar com fome. Nunca passou por seus lábios uma
palavra de reclamação. Ele ACREDITAVA QUE DEUS CURARIA a sua
esposa. Ele acreditava em um Deus que não mente.
Aqueles dias foram árduos para James. Ele cuidava sozinho das
três crianças. Cozinhava, limpava, lavava e passava as roupas
delas. Ia do serviço para casa verificar como elas estavam,
retornava ao trabalho e depois voltava para casa novamente a fim
de preparar o jantar; e então ia ao hospital onde usualmente ficava
até a meia-noite, e às vezes passava ali a noite toda.
“Com freqüência”, diz sua esposa, “quando eu abria os olhos eu o
via de joelhos ao lado da minha cama”.
Edith, por mais doente que estivesse, se alegrava e se regozijava ao
vê-lo louvar a Deus – pois isso era uma experiência inteiramente
nova e maravilhosa. No início, a família Erskine não se
conscientizou de quão maravilhosamente Deus a conduziria, como
família, passo a passo, preparando-a e aguardando que todos
estivessem preparados para o milagre que seria operado em favor
de Edith.
“Papai sempre tinha sido um bom pai”, disse Louise, “mas estava
longe de ser um homem religioso. Nunca freqüentava a igreja, e eu,
como filha, não consigo lembrar de vê-lo abrir a Bíblia”.
Sem dúvida, James Erskine recebera educação religiosa quando
menino, pois seu pai tinha sido um cristão dedicado que acreditava
implicitamente na cura divina. Mas, embora tivesse sido criado na fé
completa, havia muito tempo que perdera o interesse por tudo que
era religioso.
O Sr. Erskine muitas vezes se perguntava por que sua filha
freqüentava os cultos no salão Carnegie, e o que poderia ser tão
maravilhoso a ponto de justificar que alguém permanecesse em pé
durante cinco horas seguidas, conforme ela sempre fazia, quando
não conseguia um lugar.
Certo dia, para satisfazer a sua curiosidade, ele resolveu conferir
por conta própria. De modo informal, como quem não quer nada,
ofereceu-se para acompanhá-la.
Foram juntos, em direção ao auditório, mas, ao chegarem em frente
às portas, James mudou de idéia. Recusou-se totalmente a entrar
no edifício. “Realmente não queria chegar tão perto de qualquer
coisa que fosse religiosa”, diz agora, lembrando-se com um sorriso.
Irritado consigo mesmo por ter feito a viagem, pensou em voltar
para casa, mas decidiu que seria melhor esperar Louise. Assim,
quando o culto começou, foi sentar-se do lado de fora nos degraus
do auditório.
“Naturalmente, não conseguia ver a Srta. Kuhlman”, diz ele, “mas
podia ouvir sua voz, lá fora onde me sentara, e de repente eu a ouvi
dizer: ‘O método segundo o qual Deus transforma uma vida
encontra-se no livro de Efésios: “e estando nós mortos em nossos
delitos, nos deu vida juntamente com Cristo – pela graça sois
salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar
nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2.5,6). Ressuscitar
significa “dar vida”. Se estamos mortos, precisamos de vida, e esta
é a vida que é dada quando alguém aceita a Cristo como seu
Salvador. Deus não faz remendos na vida antiga, nem faz
determinados reparos na vida passada; Ele concede uma vida nova,
mediante o novo nascimento.
“‘Deus proporciona o MILAGRE da experiência do novo nascimento –
Ele proporciona o poder – Jesus oferece o perdão, mas nós
devemos oferecer a disposição! Deus não pode ajudar uma pessoa
a não ser que ela esteja disposta a se entregar completamente a
Ele, com o desejo de ser liberta do pecado, e desejando isso mais
do que qualquer coisa. Toda pessoa que orar, com total sinceridade,
a oração singela que se segue: Creio que tu és o Filho do Deus
Eterno, e eu Te aceito como meu Salvador, não somente será por
Ele perdoado, mas estará livre do poder do pecado e lhe será dado
vida mediante o Espírito Santo de Deus.’
“Pois bem, eu ouvira meu pai dizer a mesma coisa vezes sem fim”,
diz James. “Era uma sensação estranha. Sentia-me como se
voltasse a ser um menino, escutando meu pai me falar a respeito
das coisas de Deus.”
A influência de um pai (ou mãe) piedoso nunca é vã. Sentado ali nos
degraus do salão Carnegie, escutando uma voz cuja dona não era
visível, que de modo curioso para ele se tornou como a voz de seu
pai, James Erskine reviveu a sua juventude. E relembrou a morte do
seu pai muitos anos antes.
A grande tragédia numa mina de carvão na Virgínia Ocidental
ocorreu em 1927. Quando a Mina de Everettsville, da Companhia de
Combustíveis e Transportes da Nova Inglaterra foi destruída por
uma tremenda explosão, em 30 de abril daquele ano, supunha-se
de início que todos os homens presos lá tivessem morrido de
imediato. No entanto, essa teoria foi dissipada quando foram
achados os três últimos cadáveres, dos quais um era o pai de
James.
Em uma maleta foram encontrados recados rabiscados, dirigidos à
esposa de um dos mineiros encurralados. Esses recados estavam
escritos num único papelzinho, talvez não houvesse outro disponível
dentro da mina. Foram escritos num derradeiro fôlego de vida; as
palavras provinham do coração e mente de um homem moribundo:
Tenho paz com Deus, e querida Mary, conte a papai que fui salvo.
Também à família Erskine. Não estamos sentindo nenhuma dor.
Procure permanecer na Virgínia Ocidental. Transmita meu amor aos
filhos. Assinado, Russell.
E, mais do que tudo, ele lembrava das orações feitas por seu pai,
para que seu filho recebesse a experiência da salvação.
Nesse momento de tantas lembranças, despertadas por uma voz
que repetia verdades quase esquecidas e em grande medida
descartadas, alguma coisa aconteceu com James. Naquela mesma
hora, as orações do seu pai – talvez as mesmas orações proferidas
naquela mina antes da chegada da morte – foram atendidas.
Os anos se passaram, mas Deus nunca se faz de surdo diante das
orações de um homem sincero. Muitas águas tinham rolado debaixo
da ponte, mas Deus nunca se esquece, e naquela tarde, 24 anos
mais tarde, Deus atendeu à oração de um homem piedoso em favor
da salvação do seu filho.
“Enquanto eu a ouvia naquele dia”, diz James, “Fiquei, de repente,
faminto por Deus. Deixara de freqüentar a igreja 18 anos antes, mas
agora queria voltar. Durante aqueles anos, bebi muitas bebidas
alcoólicas – de dia e de noite – e embora eu sempre conseguira
sustentar a minha família, gastava uma soma muito grandes nessas
bebidas, às vezes até mesmo 40 dólares em um fim de semana.
Oprimiam-me as lembranças das minhas bebedeiras e de todos os
meus outros pecados e, de repente eu queria, mais do que qualquer
outra coisa, ficar livre de todos eles. Bem ali, naquele momento,
curvei a minha cabeça e pedi que Deus me perdoasse. Sentado
naqueles degraus, entreguei o meu coração e a minha vida a
Cristo”.
Naquela noite, no caminho para casa depois do culto, Louise
esperava ansiosamente que seu pai dissesse algo: talvez
reclamações por ter de esperar; talvez uma repreensão porque o
culto demorara. Mas ele não disse uma única palavra sequer.
Depois de chegarem em casa, ele voltou-se para ela e, com toda a
sinceridade e fervor de uma pessoa cuja vida acabara de ser
transformada pelo poder de Deus, disse: “Foi exatamente como
ouvir meu pai falar de novo esta noite. Tudo quanto a Srta. Kuhlman
disse foi exatamente o que meu pai me ensinou. Pedi que Deus
perdoasse os meus pecados, e aceitei a Jesus como meu
Salvador”. Uma semana mais tarde, com lágrimas de alegria
correndo em seu rosto, Louise diria: “Temos um novo papai. Volto
para casa agora e, em vez de o ver com um copo de bebida
alcoólica na mão, o vejo lendo a Bíblia”. Não houve, da parte de
James, nenhuma tentativa de negociar com Deus a respeito dessa
cura. Ele não disse: “Cura a minha esposa, Jesus, e eu crerei”. Ele
creu primeiro. Sua alma foi salva enquanto a sua esposa estava
morrendo, pois não era de seu conhecimento que ela tivesse sido
curada no culto em Butler. A salvação de James foi o primeiro
milagre a ocorrer na família Erskine; o segundo aconteceria em
breve.
“Na noite de quarta-feira”, relata Louise, “papai levou um pequeno
rádio ao hospital para mamãe poder ouvir o programa da Srta.
Kuhlman na manhã seguinte, ele pensava que isso contribuiria para
fortalecer a fé da esposa e para dar a ela a fé que lhe era
necessária”.
O Sr. Erskine, ao deixar o hospital naquela noite, tinha esperança
que Edith captasse o programa no dia seguinte. O pequeno rádio
era muito antiquado e fraco, e durante a maior parte do tempo só
emitia sons de raspadas e pipocadas, mas mesmo assim ele o levou
ao quarto de Edith no hospital, para ver o que aconteceria.
“A Srta. Kuhlman não tinha a mínima idéia do que acontecia”, diz
Louise, “Enviáramos um pedido de oração em favor da mamãe
vários dias antes, e, por maravilha, naquela manhã de quinta-feira a
carta foi lida no programa, e houve oração a favor “da Sra. Erskine
que estava morrendo com câncer no Hospital Tarentum’”.
Louise, escutando o rádio onde morava em Bakerstown, ficou com
muito medo que sua mãe tivesse escutado seu nome através do
programa, e de que assim descobrisse, pela primeira vez, a
natureza da sua enfermidade. Correu até o hospital, preocupada
com o estado emocional em que encontraria Edith.
Dito e feito: pela primeira vez, o pequeno rádio tocou sem crepitação
nem estalidos, e o programa tivera recepção tão nítida quanto o
tocar de um sino. A mãe não perdera uma só palavra.
Quando Louise entrou, a mãe lhe disse: “Ouvi o programa, e sei a
respeito da mulher morrendo com câncer do fígado”, e então
começou a chorar: “Não tenho medo de morrer; mas nunca deixe as
crianças. É a única coisa que me preocupa”. Com isso, fechou os
olhos, e não disse mais nada.
No dia seguinte, no horário do programa, Louise estava com sua
mãe, ajoelhada ao lado da cama, quando ouviram a Srta. Kuhlman
dizer: ‘Sinto-me impulsionada para orar de novo pela mulher no
Hospital Tarentum, que está morrendo com câncer no fígado’”.
E, de repente, aconteceu.
“No meio da oração”, relata Louise, “o poder passou pela minha
mãe, e não consegui mantê-la na cama, porque ela tremia
intensamente, e chorava. Uma enfermeira veio correndo, e lhe
aplicaram injeções. Não sabiam o que havia de errado com ela, mas
é claro que eu sabia o que estava acontecendo. Minha mãe estava
sob o poder”.
A partir daquele momento, Edith começou a recuperar-se. A dor foi
embora; ela começou a comer avidamente, e de imediato começou
a ganhar peso – até um quilo e meio por dia, no máximo. Os
médicos, que se sentiam francamente incapazes de acreditar no
ganho de peso registrado pelas enfermeiras, passaram a pesá-la
pessoalmente.
Ela recebeu alta em alguns dias, cheia de saúde e bem animada.
Quando Edith foi internada no hospital pela primeira vez, o Dr. Cross
tinha sugerido à família a possibilidade de levá-la à Clínica Lahey
em Boston. Se os médicos ali achassem ser apropriado, poderia
fazer-se uma cirurgia, na esperança de salvar a sua vida. Tinham
sido combinados os pormenores, mas quando o quadro clínico de
Edith agravou-se, a viagem a Boston, e a possível cirurgia,
obviamente ficaram fora de cogitação.
Edith foi levada a Boston pelo marido, que ficou com ela durante o
período inteiro, embora faltasse 19 dias ao serviço. Devido às
circunstâncias extraordinárias do caso, o próprio Dr. Lahey fez a
operação. Nenhum sinal do câncer foi achado em parte alguma do
corpo dessa mulher – somente sobraram tecidos de cicatrização
que indicavam que a cirurgia já tinha sido feita. E realmente tinha
sido feita – pelo próprio Médico dos médicos, que chegara antes do
Dr. Lahey.
Deus nunca inflige doença, mas Ele permitiu o câncer de Edith e fez
uso dele para que toda a família Erskine se convertesse a Ele.
Ainda defendo que o maior milagre do mundo é a transformação de
uma vida. A cura do câncer da Sra. Erskine foi realmente um
milagre, mas o maior dos dois milagres foi a cura espiritual que
ocorreu na vida do seu marido.
9
O Poder da Oração
O Nenê da Sra. Fischer É Curado de Hidrocefalia
Tão logo a menina de 12 anos via entrar essa mulher com o nenê,
ela se colocava em pé e acenava. A mulher, vendo a mãozinha da
sua jovem filha acenar para ela, caminhava cuidadosamente pelo
meio da multidão, até a fileira de cadeiras onde a filha esperava por
ela. A jovem, então, cedia à mãe e à sua irmãzinha o assento que
lhe custara tanto tempo para conseguir. Ela mesma permanecia em
pé durante as três horas inteiras do culto.
Até o dia de hoje, continuo crendo que essa mocinha foi a chave
para a cura notável que seria realizada.
O casal Fischer já tinha seis filhas quando apareceu a Billie, cada
uma delas foi muito bem recebida, e o nascimento de cada uma
tinha sido motivo de grande alegria, como se tivesse sido a primeira.
Billie não era exceção; fora a sétima a nascer, sem dúvida, e
também a sétima filha, e houve tanta alegria com a chegada dela
quanto houvera quando Helen nascera há 12 anos.
Breve, entretanto, ficou óbvio, que havia algo de terrivelmente
errado com o nenê recém-nascido, e ninguém, senão outra mãe,
pode entender a agonia da mamãe Fischer quando lhe disseram
que seu novo bebê era vítima de hidrocefalia congênita.
Helen mostrava um chacoalho ao bebê, mas aquela mãozinha não
se estendia para agarrá-lo. Deixava um brinquedo com cores
brilhantes diante da menininha, mas esta não correspondia. A mãe
entrava no quarto, ou dele saía, mas a cabeça do nenê nunca se
virava para seguir os seus movimentos. Não havia o menor sinal de
reconhecer qualquer pessoa ou coisa.
Quando o bebê completou dez meses de idade, a Sra. Fischer se
viu obrigada, com mágoa difícil de esconder, a reconhecer que sua
a filhinha era cega e deficiente em todos os demais aspectos. Ela
não conseguia sentar-se, nem segurar a sua própria mamadeira,
nem se virar no berço.
“Em qualquer posição que a deitávamos no berço”, diz a Sra.
Fischer, “era nessa mesma posição que ela ficava”.
A cabeça da criancinha era globular na sua forma, e enorme – com
uma circunferência – 56 cm maior do que a cabeça de tamanho
normal de uma criança da mesma idade; e o rosto era
desproporcionalmente pequeno. Os olhos ficavam completamente
afundados, e virados para cima. Conforme a descrição da mãe:
“Sua cabeça era tão enorme que parecia um telhado, e quase não
conseguíamos ver os seus olhos”.
A essa altura, Billie foi levada para ser examinada por um renomado
neurologista em Pittsburgh. Foi feita uma punção na cabeça, e ficou
confirmado o diagnóstico original de hidrocefalia. O médico deixou
claro que a única esperança para a criancinha seria uma operação.
A cirurgia foi marcada para a terça-feira seguinte, à tarde. Na
segunda-feira a Sra. Fischer levou o bebê ao hospital, e sua cabeça
foi raspada para tirar a penugem que tinha, em vez de cabelos,
como preparativo para a cirurgia.
“Algumas semanas antes disso” a mãe lembra, “eu já começara a
ouvir os programas de rádio da Srta. Kuhlman, e antes de levar Billie
ao neurologista, eu freqüentara dois dos cultos dela, e assim sabia
de que se tratava o seu ministério”.
Antes de levar Billie ao hospital pela manhã naquela segunda-feira,
a Sra. Fischer enviou um pedido de oração. “No programa da terça-
feira de manhã”, disse a Sra. Fischer, “a Srta. Kuhlman leu em voz
alta esse pedido, e orou através do rádio a favor da minha filhinha”.
“Na mesma terça-feira, fui à tarde ao hospital a fim de estar
presente na operação de Billie. O médico veio ao meu encontro e
disse: ‘Alguma coisa aconteceu com a sua filhinha. Não vamos
operar hoje. É provável que façamos a cirurgia na sexta-feira, de
modo que é só deixá-la aqui, e veremos’.”
Na tarde da sexta-feira não houve operação, tampouco, e assim
continuou durante cinco semanas: a cada semana, se fazia um
cronograma teórico de uma operação, e todas as vezes, a operação
era adiada.
Cinco semanas mais tarde, a Sra. Fischer levou o bebê para casa,
com permissão do hospital – com a cabeça com uma redução de 25
cm, mas ainda monstruosamente grande. Os médicos disseram:
“Vamos esperar mais algum tempo. Se continuar a diminuir o
tamanho, a cirurgia não será necessária”.
Mas antes de a Sra. Fischer levar o bebê para casa, os médicos lhe
deram talvez a notícia mais devastadora que ela já havia recebido a
respeito da filhinha. Tendo como base os exames feitos no hospital,
chegou-se ao diagnóstico de uma enfermidade que nenhuma
técnica médica poderia corrigir: sua filha tinha deficiência mental, e,
segundo a opinião dos médicos, assim permaneceria.
Insistiram que a mãe tomasse todas as medidas necessárias para
enviar a criança à Escola Estadual Polk – um internato para crianças
com deficiência. Mas a reação instantânea da mãe foi de revolta. Já
tinha seis filhas saudáveis, normais, e encantadoras, mas, conforme
costuma ocorrer em circunstâncias parecidas, essa criança
pequena, cega, malformada e mentalmente deficiente era, de todas
as suas filhas, a mais próxima do seu coração de mãe. Ela não
poderia – ela não iria – enviar a filhinha a uma instituição pública; e
permaneceu firme na sua posição contrária aos médicos, no sentido
de que se mantivesse essa criança numa casa cheia de crianças
normais provavelmente haveria conseqüências muito desagradáveis
sobre as meninas.
“Minha convicção era que teria de correr esse risco”, diz a Sra.
Fischer. “Tudo quanto conseguia dizer ao médico era: ‘Não. Nunca
poderei mandá-la embora. Amo-a demais para isso. E se ela não
tem consciência de nada neste mundo, ela de alguma maneira
sentirá o meu amor. Enquanto Deus me der forças para cuidar dela,
eu mesma vou cuidar’.”
Foi nessa ocasião que a Sra. Fischer resolveu levar a filhinha ao
salão Carnegie, orando de todo o seu coração e de toda a sua alma
que a mão de Jesus, que cura, tocasse nessa criancinha indefesa e
defeituosa, deixando-a tão sadia e perfeita quanto ela deveria ser.
Mas, ao buscar a cura para essa única criança, a mãe não poderia
abandonar as demais. Foi assim que se deu conta do problema de
como poderia freqüentar os cultos e, ao mesmo tempo, cuidar do
restante da sua família. Comentou casualmente a questão com a
sua filha mais velha, e a jovem imediatamente se ofereceu para ir
diretamente da escola aos cultos no salão, e reservar um lugar para
a sua mãe. Ela não somente faria isso, mas também disse à mãe:
“Eu vou jejuar, sem cessar com você”.
E assim, semana após semana, assim procederam – a filha mais
velha reservava o lugar no auditório, enquanto a mãe cuidava das
demais filhas em casa, então se vestia e à sua filhinha, e de bonde
fazia a longa viagem até o salão Carnegie.
Depois de cada culto, o tamanho da cabeça da criança parecia
diminuir um pouco, e após as primeiras semanas, todos os
membros da família começaram a observar mudanças, não somente
na aparência física, mas também nas reações físicas.
Ela começou a tentar segurar a sua mamadeira. De início, parecia
haver um impulso quase imperceptível para movimentar as mãos
em direção a ela, e depois, em certa manhã inesquecível, realmente
estendeu as mãos à mamadeira, os dedos se fecharam ao redor
dela, e ela levou à boca sem ajuda.
Certo dia, a mãe deixou a filhinha no berço para sua soneca da
tarde. A Sra. Fischer tinha certeza de tê-la deixado de costas, mas
ao voltar ao quarto momentos depois para pegar algo que
esquecera ali, deu uma olhada no berço, e viu que a pequena Billie
estava deitada de bruços.
De início, a mãe imaginou que talvez se enganara – que afinal de
contas, deixara a filhinha de bruços quando saiu do quarto. Então, a
virou suavemente de costas sem acordá-la. Quando foi buscá-la,
depois da soneca, percebeu que a filhinha estava novamente de
bruços – de modo que teve certeza. Não tinha havido engano –
Billie conseguira literalmente virar-se.
À medida que as semanas se passaram, a cabeça de Billie
continuou, gradativamente, a diminuir o tamanho, os olhos já não
pareciam enterrados na cabeça, que antes era enorme e
protuberante, e não rolavam para cima. O dia mais emocionante de
todos talvez tenha sido quando Billie olhou sua mãe, reconhecendo-
a, e sorriu para ela!
Nunca, em um momento sequer, a menina Helen duvidou que sua
irmãzinha seria curada por Jesus; e ninguém, nem mesmo a mãe do
bebê, ficou mais emocionada do que essa irmã de 12 anos de
idade, quando viu ser curado o estado de saúde tão doloroso da
pequena Billie, de modo lento, porém preciso, mediante o poder de
Deus.
A pequena Helen jamais se impacientou; em nenhuma ocasião
queixou-se de abrir mão de todas as suas atividades nas horas
livres depois das aulas a fim de chegar cedo ao culto; nunca se
queixou de estar com fome em seus jejuns de dias inteiros – isso
provavelmente porque, da mesma maneira que Davi, seu anseio
espiritual era tão intenso que não sentia a falta dos alimentos.
Esperar três horas antes de cada culto para guardar um lugar para
sua mãe; ficar três horas em pé em cada culto, ajudar a mãe a
cuidar da pequena Billie – levar a mamadeira da irmãzinha até as
instalações reservadas para as senhoras para esquentá-la se o
bebê estivesse com fome – era o tipo de fé em ação que Deus
honra. Ele não se omitiu diante dessas demonstrações de fé
oferecidas por uma menina de 12 anos de idade.
O maior poder que Deus tem concedido aos homens e às mulheres
é o da oração, mas é preciso sempre lembrar que Deus também
estabeleceu a lei da oração e da fé. Orar é ter consciência da
necessidade, ao passo que a fé supre essa necessidade.
Sem que a fé esteja presente, a oração não obtém nenhuma
resposta de Deus; e, da mesma forma, a fé não recebe nada da
parte de Deus a não ser que a petição seja feita em oração. A
oração e a fé cooperam em harmonia entre si
– as duas são necessárias em suas distintas funções, mas são
muito diferentes entre si quanto à sua natureza. A oração é a voz da
alma, ao passo que a fé é a mão. Somente mediante a oração é que
a alma pode estabelecer comunhão com o seu Criador, e é apenas
através da fé que as vitórias espirituais são alcançadas.
A oração bate à porta da graça, ao passo que a fé abre essa porta.
A oração entra em contato com Deus, ao passo que a fé obtém a
audiência com Ele. A oração faz uma petição, ao passo que a fé
força o caminho através das multidões a fim de tocar na orla da
roupa de Jesus, e, da generosa mão divina, recebe a cura. A oração
cita a promessa, ao passo que a fé proclama com ousadia o
cumprimento dessa promessa. Deus ouviu as orações de uma mãe
– e Ele agiu em correspondência à fé que ela demonstrou.
Ninguém, a não ser o próprio Deus, conhecia a fé perfeita no
coração dessa menina, e Ele honrou essa fé.
Poucos meses depois, a Sra. Fischer levou sua filhinha ao pediatra,
no Hospital Geral de Allegheny.
O médico ficou perplexo diante da mudança na aparência do bebê,
e muito mais ainda depois de tê-la examinado e constatado que
estava perfeita. Chamou o neurologista que antes cuidara dela, com
mais outros médicos, todos totalmente conscientes do caso. Eles
também a examinaram, e ficaram igualmente espantados ao
averiguarem que a menininha estava perfeitamente normal em
todos os aspectos. Alguém ouviu o neurologista comentar: “O
Homem no andar de cima recebe o crédito integral por isso”.
Essa criança, que tivera a cabeça quase duas vezes maior do que o
tamanho normal, tão deformada que alguns que a olhavam quase
desmaiavam: essa criança cujos olhos ficavam anteriormente
escondidos na cavidade ocular, e ninguém sequer sabia sua cor –
quer castanhos, quer azuis: esse bebê que tivera deficiência física
que nem sequer se virava no berço e sem esperança alguma de um
dia andar: essa criança cujos exames revelaram deficiência mental
incurável – agora tem 12 anos de idade.
“Ela é a mais inteligente de todas as minhas filhas”, diz a mãe, feliz
e agradecida – “Na escola, só tira, direto, a melhor nota. E ela é tão
bonita quanto inteligente. Tem visão perfeita, e perfeitas também
são a sua mente, a sua condição física, e a sua coordenação.
Todas as filhas na família Fischer têm estreito relacionamento umas
com as outras, mas o relacionamento entre Billie e sua irmã maior,
Helen, que agora está com quase 25 anos de idade, é mais
próximo, especial e extraordinário.
Conforme diz a Sra. Fischer: “Deus as atraiu mais perto um
pouquinho uma da outra, do que com qualquer outra pessoa”.
Deus honrou a fé de uma menina de 12 anos de idade. Ele, na sua
misericórdia, tocou no bebê defeituoso, e Ele a tornou perfeita e
saudável em todos os aspectos, a fim de que ela viva e trabalhe
para a Sua glória.
“Eis que eu sou o SENHOR, o Deus de todos os viventes; acaso,
haveria coisa demasiadamente maravilhosa para mim?” (Jr 32.27).
A resposta é NÃO! No âmago de sua fé – no âmago da nossa fé – há
uma pessoa; a pessoa de Jesus Cristo, o próprio Filho do Deus vivo.
Dele é o Reino, e o poder; todo o poder; o único limite ao seu poder
está em você, como indivíduo. Dele é todo o poder – E DELE DEVE
SER TODA A GLÓRIA.
10
Jesus Pode Tudo!
Rose É Libertada das Drogas
O vício das drogas é uma tragédia que causa aflição e que há muito
tempo está sendo profundamente preocupante para mim. Quando
recebi, recentemente, uma série de três cartas comoventes, que
uma adolescente escreveu a favor de si mesma e da sua “turma”,
considerei de vital importância incluir o testemunho de Rose. Minha
impressão foi que, ao agir assim, muitos que estão na mesma
situação desse grupo de adolescentes – muitos que, como eles,
estão procurando desesperadamente a libertação do vício das
drogas – sejam ajudados.
Ela ouviu em segredo em casa todos os dias por uma semana, com
o rádio ligado bem baixinho no seu quarto e com a porta fechada,
porque não queria que seus pais soubessem.
Durante esses sete dias, sua esperança pelo livramento cresceu dia
após dia, e começou a pensar que se Deus curava um canceroso ou
um alcoólatra, também poderia curar uma viciada em drogas.
“Eu oro”, escreveu a senhorita X, “mas acho que não sei orar
corretamente. Se tão-somente pudéssemos ir até você, e pedir as
suas orações em nosso favor. Queremos muito freqüentar esses
cultos”, continuou, “mas estamos com medo. Temos medo da
polícia. Se formos apanhadas e presas, seria uma vergonha para os
nossos pais. Realmente, eles não podem descobrir que usamos
drogas. Seus corações ficariam partidos”.
11
O Amor – a Maior Força no Mundo
Desaparece o Tumor no Pescoço de Mary Schmidt
Foi pouco tempo depois da morte do marido que Mary Schmidt foi
ao primeiro culto. Sem dúvida, ela precisava com urgência da cura
do seu corpo, mas havia outra necessidade, ainda muito maior: a
cura do espírito atribulado e do coração despedaçado.
Mesmo assim, lutou contra esse impulso para retomar sua vida.
Criada na igreja, sabia que pôr fim à vida era um pecado grande, e
talvez imperdoável. Apesar disso, o medo que a dominava – o pavor
que sentia diante da vida e de tudo que esta lhe oferecia, parecia
ser maior do que podia suportar. Uma vez após outra lhe passava a
idéia de que somente a morte poderia lhe dar a libertação. Tinha
pavor de tudo. À noite, sentia tanto medo, que, ao entardecer, uma
amiga ou vizinha sentava-se com ela durante horas seguidas,
procurando acalmá-la.
Quando Mary ouviu pela primeira vez essas palavras, elas não
tiveram o menor impacto sobre ela. Freqüentava a igreja à qual
pertencia; para que ir a um culto religioso lá no lado norte?
Era.
Ela apalpou repetidas vezes o pescoço, e então correu de volta (já
não sentia falta de ar!) à sala de estar das senhoras para olhar-se
no espelho. Era difícil reconhecer a mulher que via refletida ali; isso
porque, por 36 anos, vira sempre um pescoço enorme e deformado,
e agora ele estava normal, e bonito.
Conforme diz Mary: “Durante os três dias que se seguiram, fiquei
por demais emocionada para dormir ou comer. Não sentia sono; não
sentia fome; não conseguia fazer outra coisa senão apalpar sempre
o meu pescoço, e olhar no espelho, e dar graças ao Senhor”.
Quando Mary voltou ao médico, este ficou perplexo. “O que
aconteceu?”, ele exclamou.
“Você acredita na oração?”, perguntou Mary.
“Com toda a certeza, sim”, veio a resposta. E Mary lhe contou o que
acontecera.
Ele a examinou com cuidado, e constatou que a saúde dela estava
perfeita; a enfermidade cardíaca que inspirava cuidados tinha
sumido completamente. Esse mesmo médico encaminhou muitos
outros pedidos de oração, desde então.
Hoje, 13 anos mais tarde, Mary Schmidt desfruta uma boa saúde
física, e trabalha cinco dias por semana. Conforme ela diz: “Posso
respirar; consigo dormir; posso fazer qualquer quantidade de
trabalho, sem sentir dor ou algo semelhante”.
Mas, muito mais importante, Mary é uma mulher espiritualmente
transformada. Isto porque, não somente sabe a respeito de Jesus,
ela O conhece.
Nesses testemunhos do poder divino existe uma ternura e
suavidade divina que impressionam mais do que o próprio milagre, e
que revelam a compaixão divina, o amor divino, e, realmente, a
autoridade divina!
O mundo quer nos fazer crer que o maior poder conhecido do
homem é a força; o Senhor tem provado que a maior força no
mundo é o amor!
12
Senhor, Aqui Vou Eu!
Bill Conneway Volta a Andar
13
Eu Quero Ver Jesus!
A Visão de Amelia
“Quando pedi ao meu filho que nos levasse de carro ao culto” a avó
me contou mais tarde, “ele fez objeções: ‘É impossível levá-la com
aquela multidão, com a aparência que a menina tem’”, disse ele.
Mas eu respondi: ‘Eu certamente posso – aquele lugar existe em
função disso. Eles não acharão ruim’”.
Mas o tio de Amelia não tinha tanta certeza. Ele aguardou por elas
lá fora, na eventualidade de precisarem do carro.
Uma vez no auditório, até mesmo a vovó procurou cobrir a cabeça
da menininha o melhor que pôde com o seu agasalho, para não
assustar as pessoas que a vissem – pois conforme lembra: “Sua
pele estava tão rachada que era possível colocar um alfinete em
cada abertura. Os poucos cabelos que ainda tinha na cabeça
estavam grudados no couro cabeludo, e suas orelhas ficavam
penduradas, como se fossem cair”.
Amelia e sua avó sentaram em seus lugares naquela tarde, no
fundo do auditório – as duas totalmente desconhecidas para mim.
Durante os cânticos, próximo ao término do culto, Amélia cutucou
sua avó: “Olhe, vovó”, exclamou em voz alta, “Vejo Jesus ali em
cima!”.
“Onde?”, sussurrou a avó.
Cabeças no auditório se viraram quando a criança disse: “Lá em
cima! Ao lado da Srta. Kuhlman! Olhe para Ele – Jesus está lá em
cima! E veja – Ele está com as mãos estendidas”.
A avó baixou o olhar para Amelia, e seu coração começou a bater
como marteladas. As úlceras no rosto da menininha tinham secado
completamente. Não se via em lugar algum a mínima evidência de
sangue ou pus. Seu coração transbordava de alegria e gratidão.
Quando saíram do auditório, o tio de Amelia esperava por elas. Deu
uma olhada na menininha e quase desmaiou.
“Quando chegamos em casa”, relata a avó, “ela nem podia esperar
para contar a todos o que acontecera. O fato que ela contou era que
ela vira Jesus. E seus familiares viram que todas as úlceras tinham
secado. O pai olhou e exclamou: ‘É um milagre!’”.
A avó afirmou: “Eu não disse nada a ninguém – só queria ter certeza
de que tudo saíra bem, antes de comentar a respeito”.
Na semana seguinte, Amelia foi levada de novo ao auditório. No
meio do culto, as crostas que cobriam o seu rosto e corpo
começaram a cair. “Saíam como flocos de neve que caem”, disse a
avó – “e eu fiquei constrangida – pois foram parar na roupa de uma
senhora. Mas acima de tudo, eu sentia gratidão, e louvei ao Senhor
durante todo o tempo.”
Foi assim que Amelia recebeu a cura completa e permanente. Ela
ficou grata a Jesus, do fundo do seu coraçãozinho, mas para ela
não foi surpresa, de modo algum, porque sabia o tempo todo que
Jesus poderia realizar o milagre, e que iria realizá-lo.
A pele da menininha agora não apresenta a menor imperfeição. Não
ficou sinal algum de úlcera; não há nenhum indício de crosta, nem a
menor marca ou cicatriz. Em pouco tempo, seus cabelos lavados e
penteados formavam uma auréola ao redor do seu rostinho radiante.
Suas sobrancelhas ficaram inteiras e marcantes; seus cílios e
orelhas foram totalmente restaurados. Milhares de pessoas viram a
situação dessa criança e são testemunhas da cura que os médicos
definem como um milagre.
O caso de Amelia me comoveu mais do que qualquer que já ocorreu
nesse ministério, e não somente por causa da cura física, que já vi
tantas, igualmente notáveis, mas por causa da sua fé incondicional;
pela sua inabalável certeza da visão de Jesus; e a firmeza que se
apegou, nos sete anos depois da sua cura, à narrativa original
conforme descreveu no início desta história.
No começo, as amigas e as vizinhas, embora não pudessem negar
a realidade da cura, diziam que a criança inventara a história, ou
que a avó tinha colocado essa idéia na cabeça da menina.
O pai e a mãe sentiam convicção de que tudo era produto da
imaginação hiperativa da criança. Conversavam longamente com
ela, e a interrogaram detalhadamente, mas nada que lhe dissessem
conseguia diminuir a insistência dela de que realmente viu o Senhor.
Amelia continua vindo com freqüência aos cultos, e de tempos em
tempos eu, também, a incentivo com perguntas.
“Você realmente viu Jesus?”, perguntei recentemente à menina, de
11 anos de idade, radiante, e de belíssima aparência, que ela se
tornou. A resposta veio clara e firme: “Sim”.
“E onde estava Jesus?”
“Ele estava em pé bem ali, ao seu lado!”.
“Qual era a aparência Dele?”, perguntei, ainda.
“Como o quadro do Sagrado Coração, e seus braços estavam
estendidos”, respondeu ela.
“Você está certa que realmente O viu?”
Ela, com o rosto radiante, respondeu: “Oh, sim, é o acontecimento
mais real em toda a minha vida!”
“Quanto tempo Ele ficou em pé ali?”
“Pelo menos cinco ou dez minutos”, veio a resposta, “muito tempo
depois de terminarem os cânticos e de você fazer a oração”. Ela
sorriu em seguida, e disse: “Oh, Srta. Kuhlman, nunca me
esquecerei disso enquanto eu viver!”.
A experiência dessa menina, claramente, não foi imaginação ou
alucinação ou ilusão, mas uma visão verdadeira. A uma menininha
de quatro anos de idade, cheia de fé, que desejava mais do que
qualquer coisa neste mundo ver seu Salvador, Jesus se revelou.
Para os que persistem em acreditar que é a minha fé que, de
alguma forma, é responsável pelos milagres que ocorrem nesse
ministério, e que as minhas orações são mais influentes do que as
orações de outras pessoas, eu apresento o caso de Amelia como
apenas um entre muitos que servem de refutação a essa idéia
totalmente errada.
Ressalto que na ocasião da cura dessa criança, eu nem sequer
sabia que ela estava presente ao culto, e por isso não orei
especialmente a favor dela. Nunca a vira senão depois de ela ter
recebido a sua cura – quando, então, ouvi uma voz exclamar: “Olhe,
vovó, estou vendo Jesus lá em cima!”. Foi somente então que voltei
o olhar rapidamente pelo auditório para verificar de onde vinha
aquela voz, penetrante, e finalmente a vi, nos braços de uma
mulher, uma menininha que gesticulava em minha direção.
Por intermédio das orações dessa criança, e não das minhas, é que
o poder de Deus foi liberado. Em atendimento à fé singela de uma
criança, e não à minha, Jesus impôs a mão no corpinho dela. Peço
a Deus, com tudo que há dentro de mim, que ninguém veja Kathryn
Kuhlman nesse ministério, mas somente o Espírito Santo.
14
Vai e Conta Essa História!
Elizabeth Viu a Cura do Coração da Cunhada
Com esse currículo, talvez não fosse surpresa que, quando foi ao
primeiro culto de cura divina em julho de 1955, sentisse-se cética no
tocante aos “milagres”.
“Foi nesse estado”, lembra ela, “que uma vizinha veio me fazer uma
visita. Trouxe consigo um livrinho vermelho chamado O Toque
Curador do Senhor, escrito por Kathryn Kuhlman, e ela me contou
que a Srta. Kuhlman dirige programas de rádios diários, e que eu
deveria ouvi-los”.
16
Nenhum Caso É Sem Esperança
Paul Gunn Curado de Câncer no Pulmão
Carlos Wesley
18
A Oração de Uma Garotinha
A Família Dolan Recebe Jesus
Ele insiste em dizer que sua oração não teve outras palavras – mas
naquele momento, o maior milagre que um ser humano pode
conhecer, aconteceu. Red se tornou nova criatura em Cristo Jesus,
e foi liberto das bebidas alcoólicas, em um instante, completa e
permanentemente.
Dois dias depois, ele foi engessado, e seis dias mais tarde, no dia 6
de novembro de 1947, foi realizada a primeira das cinco operações,
sendo que cada uma parecia mais dolorosa do que a anterior.
“Foi muito curioso”, diz ele, “porque a Srta. Kuhlman não falou uma
única palavra a respeito do fumo, nem a favor nem contra”.
Jim realmente não sabia o que pensar do culto. Nunca vira nada
semelhante, e observou simplesmente como espectador, pois
entendia bem pouco o que acontecia.
Sua filha mais velha, casada, que ouvia regularmente os cultos pelo
rádio, estava muito ansiosa para ir ao salão Carnegie para participar
de um culto, de modo que, na semana seguinte, Jim foi com ela,
enquanto Alma ficou em casa cuidando das crianças.
Dessa vez, conseguiram lugares no meio do auditório. De repente,
no meio do culto, “senti um grande calor”, diz Jim. “Tive a sensação
de haver um fogaréu embaixo de mim, e, simplesmente, transpirava
copiosamente.”
A mão de sua filha estava sobre o joelho dele, e ela diz, lembrando-
se: “Ondas de eletricidade pareciam passar da sua perna para
dentro do meu braço”.
Antes de Jim perceber o que estava acontecendo, e para grande
espanto, ele estava em pé, no corredor, com a filha ao seu lado.
Sem a menor hesitação, dúvida ou medo, ele foi andando, sem
ajuda, descendo o corredor até a plataforma. Sem hesitar, subiu os
degraus íngremes até a plataforma.
“Quando cheguei lá em cima”, ele disse, “a Srta. Kuhlman me
mandou erguer bem a minha perna e bater forte no chão com meu
pé. Assim fiz, e a partir de então sempre o faço!”
Isto aconteceu em 5 de novembro de 1949. Desde esse dia até
hoje, ele nunca mais fez uso de bengala, nem teve o menor
problema com o seu quadril ou perna. Ele pode correr e pular, e
comprova a resistência da sua perna direita ficando em pé sobre
ela, de modo que ela tenha de sustentar o peso dos seus 90 e
tantos quilos. A única evidência de ter ocorrido algo de errado no
passado está no fato de ele mancar levemente.
Ele entregou seu coração ao Senhor naquele dia em 1949 e,
mediante o seu testemunho, trouxe a Cristo muitas pessoas – entre
os quais seu sobrinho que foi um dos primeiros.
Quando chegou em casa naquele fim de tarde, ainda tinha
dificuldade em acreditar no que acontecera. Para a sua esposa, a
surpresa foi menor – pois havia muito tempo que ela conhecia o
poder de Deus para curar – mas não ficou com alegria menos
intensa. A família foi convidada para a celebração de ação de
graças. Foi organizada uma festa de gala, pois a estação de caça
acabara de iniciar, e o genro de Jim chegara em casa, carregado de
caça miúda.
O sobrinho de Jim, entre todos, talvez tenha sido o que mais se
surpreendeu com o que acontecera: não somente por ver Jim andar,
mas diante da restauração repentina dos músculos da perna, pois
havia muito tempo não era movimentada.
Ele apalpava e dizia: “Olhe só que músculos você desenvolveu tão
de repente”.
Com freqüência, nas semanas que se seguiram, descia ao
apartamento do tio, no primeiro andar, e, com uma expressão
perplexa no rosto, apalpava a perna de Jim. Em virtude da
maravilha dessa cura, não muito tempo depois ele entregaria seu
coração a Jesus.
Jim conseguiu emprego imediatamente numa firma de consertos de
automóveis até 1956, quando, então, retornou à firma onde
trabalhava na ocasião do acidente. Mais tarde, essa firma foi à
falência, e Jim voltou a consertar automóveis. Ainda trabalha como
mecânico.
“Trabalho pesado”, diz ele. “Existem bem poucas pessoas da minha
idade que conseguem trabalhar tanto quanto eu, e depois de
trabalhar oito horas por dia na oficina, volto para casa, onde também
faço serviços pesados. O último trabalho que fiz, por exemplo, foi
fazer uma escada de cimento nos fundos, e tirei toda a terra
sozinho.”
Jim trabalha cinco dias por semana, mas o dia que ele não trabalha
é a sexta-feira. Trata-se do dia do culto dos milagres – o dia da
semana em que foi curado. Todas as sextas-feiras, haja o que
houver, Jim é um dos introdutores dos cultos no salão Carnegie.
Desde a sua cura em 1949, até 1960, Jim nunca se deu ao trabalho
de voltar ao médico para fazer mais radiografias. “Eu sabia que
estava curado, e isso bastava para mim. Não preciso de nenhuma
confirmação disso”, diz ele.
No entanto, sabendo que os incrédulos querem que haja
comprovação científica, obteve um conjunto inteiro de radiografias
que registravam quadros de antes e depois de cada operação. Em
1960, obteve as últimas radiografias, que mostravam o pedaço de
osso novo que crescera entre a cabeça do fêmur e o fêmur superior,
e que assim ocorrera a solda entre os fragmentos que antes
estavam separados, e formara um único bloco sólido e forte de
osso. Esse é o osso que agora, e, aparentemente desde o momento
da sua cura, tem suportado todo o seu peso.
“Inevitavelmente foi o Senhor quem o colocou ali”, diz Jim, “não
haveria outro jeito”. E com isso, seu médico concorda
enfaticamente. “Este é verdadeiramente um milagre”, foram as suas
palavras.
Jim, um homem alto, robusto e determinado, orgulha-se
abertamente do fato de que nada, nem sequer a queda que sofreu
no acidente, chegou a nocauteá-lo.
“Mas essa não é bem a verdade”, diz ele agora, sorrindo. “O que eu
deveria dizer é que nunca fui nocauteado na minha vida, a não ser
pelo poder do Senhor!”
20
Por Favor, Faze Que Ele Ande
O Caso do Bebê de Jean Crider
Quando chegou a hora do parto, essa oração ainda estava nos seus
lábios e no seu coração, e parecia que sua taça de felicidade
transbordava, mas ao acabar o efeito da anestesia, ouviu seu
marido dizer: “Você ganhou seu menininho, querida”.
“Acho que realmente era Deus falando ao meu coração”, diz Jean.
“Ele me impediu de fazer aquilo que pensava fazer naquela tarde.”
Sem saber que existia uma mãe na cozinha de sua casa, que
estava atenta a cada palavra que eu dizia, continuei: “Tire os seus
olhos das circunstâncias; tire seus olhos das condições; tire seus
olhos da aflição e fixe seus olhos em Jesus, pois no âmago da sua
fé há uma pessoa, o próprio Filho do Deus vivo, cujo poder é maior
do que qualquer inimigo que você tenha à sua frente; maior do que
as circunstâncias; maior do que os problemas na sua vida”.
A cura de Ronnie foi realizada em 1952. Esse menino, que hoje tem
dez anos, é completamente perfeito, e é o campeão de corridas da
sua classe na escola. Quando lhe perguntaram recentemente o que
ele gostaria de fazer quando crescer e tornar-se um homem, ele
respondeu rapidamente: “Um introdutor nos cultos de Kathryn
Kuhlman!” Ali mesmo, naquele instante, eu lhe prometi que lhe daria
esse cargo tão logo ele tivesse idade suficiente!
21
Cachorros-quentes e Cebolas!
Harry Stephenson Ganha Estômago Novo
“Cachorros-quentes e cebolas, e nunca saboreei coisa tão gostosa
na minha vida!”.
Abri o cartão que acompanhava a flor, e li: “Em gratidão pelo que
você fez por mim – ‘Speedy’”.
Fixei a orquídea no meu vestido com um alfinete, subi à plataforma
e anunciei o primeiro hino. Depois de cantar o hino, interrompi o
culto, li o cartão diante da congregação, e pedi que a pessoa que o
enviara viesse à frente.
Desceu pelo corredor entre os assentos um homem que aparentava
uns 40 anos, o rosto envolto em sorrisos. Quando ele se colocou em
pé na minha frente, falei, “Speedy – posso imaginar que esta é a
primeira orquídea que você já comprou na vida”. Rapidamente, veio
a resposta: “Não somente a primeira orquídea, Srta. Kuhlman, mas
a primeira flor. Mas sabe”, continuou ele, com largo sorriso “durante
muitos meses os donos dos bares em Warren, Ohio, achavam que
eu era floricultor. Isto porque trabalhava numa funerária, e eu as
entregava nos cemitérios. Então, pegava as flores frescas colocadas
nas sepulturas novas. e depois, passava a fazer a ronda dos bares
dos botequins, e lhes fornecia flores frescas em troca de me
servirem bebidas alcoólicas!”.
George Speedy nunca teve a intenção original de ser alcoólatra; já
houve alguém que a tivesse?
Assim como a maioria dos jovens, ele bebia para sentir a adrenalina
que provocava, e pelo sentimento de confiança que lhe
proporcionava, só que começou um pouco mais cedo do que a
maioria. “Aos oito anos de idade”, relata ele, “eu saía até a garagem
para beber os restinhos das garrafas vazias de uísque do meu pai –
ou furtava um pouco de sidra alcoólica do barril do meu avô”.
Quando Speedy estava com 14 anos de idade, a família se mudou
para Warren, Ohio, onde não demorou a fazer novos amigos, os
quais, da mesma forma que ele, achavam grande diversão em
conseguir uma garrafa de vinho ou de conhaque sempre que
possível.
23
Qual É a Chave?
O pouco conhecimento e a superabundância de zelo sempre
tendem a ser prejudiciais. No âmbito no qual se envolvem verdades
religiosas, isso pode ser desastroso.
Fé
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de
vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef
2.8,9).
A graça e a fé estão estreitamente relacionadas entre si, que não
pode haver separação entre uma e outra. A maravilha de tudo isso é
o fato de que, muitas vezes, a fé é concedida quando nos sentimos
menos merecedores. Mas a fé não é produto do mérito, pois
nenhum ser humano merece a salvação, e nenhum ser vivente
merece a menor das bênçãos de Deus: é por isso que as duas
palavras: graça e fé, estão tão correlacionadas.
A fé concedida ao pecador para a salvação é exclusivamente o
resultado da misericórdia e graça de Deus. É uma dádiva. A fé que
é outorgada ao indivíduo para a cura do seu corpo físico é, também,
a conseqüência da misericórdia de Deus; o transbordar da sua
grande compaixão e graça. É um dom. Você não ora, pedindo fé;
mas busca o Senhor, e alcança a fé.
Os discípulos e o Mestre estavam nas águas da Galiléia. Era um
belo dia; o lago era calmo e sereno, e quase não havia nuvem no
céu – quando, de repente, surgiu uma tempestade tremenda! Os
pobres discípulos ficaram aterrorizados. O vento soprava com toda
a sua fúria, o barquinho estava para afundar, e tinham certeza de
que suas vidas estavam em perigo.
Finalmente, desesperados, acordaram Jesus, que dormia. Com toda
a calma, e sem se perturbar, Ele fez uma única pergunta: “Onde
está a vossa fé?” (Lc 8.25).
Onde estava mesmo? Eles a tinham deixado na praia antes de
entrar no barco? Ela sucumbiu nas profundezas do mar no qual o
barquinho navegava? Tinha fugido na força da tempestade?
A fé que os discípulos tinham repousava na popa do barco! A fé
estivera com eles o tempo todo: não se afastara deles por um
instante, sequer. Ele era a fé dos discípulos; mas o erro que
cometeram foi o esquecimento da Sua Presença enquanto
enfrentavam a tempestade! Esse foi o significado das palavras de
Jesus quando Ele disse: “sem mim, nada podeis fazer”. Ele,
portanto, é a nossa fé.
Sofremos derrotas quando fixamos os nossos olhos nas
circunstâncias, nos nossos próprios problemas, nas nossas
fraquezas, nas nossas enfermidades físicas. A forma mais certa
neste mundo de fracassarmos é focalizar a nossa mente em nós
mesmos. A tempestade afundará o nosso barquinho – podemos ter
certeza disso, entretanto, permanece a verdade de que nossa fé
para conquistarmos a vitória está mais perto de nós do que nossas
mãos ou pés.
Nenhuma pessoa jamais precisa ser derrotada em um único caso;
nenhuma pessoa precisa ter falta de fé. Olhe para cima, conforme
fez Carey Reams, e veja Jesus! Ele é a sua fé, Ele é a nossa fé.
Não é a fé que você precisa buscar, mas sim o próprio Jesus.
O Doador de todo bom e perfeito dom é o Autor e Aperfeiçoador da
nossa fé!
CREIO
EU CREIO EM MILAGRES!
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