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Matemática A - Álgebra

Apostila de
Matemática
A - Álgebra
Direitos Autorais

Copyright 2009 Leonardo Ramos Pereira


Copyright 2009 Thiago de Paiva
Copyright 2009 Livia Rizzuto Gallo

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CURSINHO DA POLI-USP DO GRÊ MIO POLITÉ CNICO 1


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Matemática A - Álgebra

EQUAÇÃO DO PRIMEIRO precisa vender para obter um certo


lucro. Esta será a incógnita do problema
GRAU e utilizaremos a letra n para representá-
la.
Introdução
Uma vez esclarecido o que se procura e
Durante a Quinzena Básica aprendemos de posse das outras informações dadas
o que são as equações, para que elas no enunciado, monta-se a equação que
servem, alguns conceitos necessários e descreve o problema.
algumas propriedades básicas. Apesar
disso, é muito importante que nos Sabemos que a cada unidade, o grupo
debrucemos um pouco mais sobre esse gasta R$ 15,00 na confecção e cobra R$
assunto em virtude de seu caráter 85,00 na venda. Assim, o custo de n
fundamental e que nos permitirá subir produtos de artesanato é de 15 * n e o
outros degraus em busca de técnicas de valor recebido é de 85 * n. Além disso,
resolução de problemas no futuro. foi informado que existe um gasto fixo
Faremos, então, um trabalho de de R$ 600,00, o que nos dá o custo
recordação e aplicação do que foi total, para n unidades ainda, de 600 + 15
aprendido nas aulas passadas e de * n. Lembrando que se quer obter um
alicerçamento de novos conceitos. lucro de R$ 800,00, o que significa que
este valor deve ser a diferença entre o
que se recebeu e o que se gastou, a
Preste atenção no seguinte exercício:
expressão final ficaria:

Um grupo de estudantes dedicados à 85n   15n  600   800


confecção de produtos de artesanato
gasta R$ 15,00 em material, por unidade
produzida, e, além disso, tem um gasto Antes de prosseguirmos, é interessante
fixo de R$ 600,00. Cada unidade será identificar os membros da equação:
vendida por R$ 85,00. Quantas
unidades terão de ser vendidas para que
se obtenha um lucro de R$ 800,00?

Tradução para a linguagem


matemática

Uma das maiores dificuldades


encontradas pelos alunos é a descrição
Agora que se tem a equação que
matemática das proposições
descreve matematicamente o problema
apresentadas.
proposto, deve-se lembrar que sua raiz,
ou solução, é um valor que torna essa
Primeiramente, é preciso entender quais
sentença matemática verdadeira. Isso
são as grandezas a serem determinadas,
significa que, resolvendo esta equação,
ou seja, as incógnitas do problema.
obteremos o número de unidades que
Normalmente elas são representadas por
devem ser vendidas para satisfazer as
letras.
restrições do problema. Vale recordar
que o conjunto das raízes é chamado de
No caso apresentado, quer-se descobrir
Conjunto Solução (Conjunto Verdade).
qual o número de unidades que se
No caso, como estamos trabalhando em
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um problema linear, ou de primeira


ordem, só existe uma solução.

Além disso, o que temos é uma


equação, ou seja, podemos manipular a
equação desde que o façamos mantendo
a igualdade e faremos isso a seguir.
E fazendo a seguinte identidade:

Ou ainda usando a expressão final do


exemplo anterior, n = 20:

Portanto, precisa-se vender 20 unidades


para que o lucro seja de R$ 800,00.
Perceba que as expressões 70* n - 1400
= 0 e n - 20 = 0 são equivalentes pois
Formalização apresentam a mesma solução.

Equação do Primeiro grau ou primeira Exercícios Propostos


ordem é toda aquela que pode ser
expressa na forma a * x + b = 0, com a e
b constantes. Note que a tem que ser 1. Um número mais a sua metade é
diferente de zero senão chegaríamos a igual a 150. Qual é esse
conclusão de que 0 = 0. Apesar de isso número? Resposta: Esse número
não ser falso, não nos acrescenta é 100.
informação alguma e por isso não nos 2. A diferença entre um número e
interessa. sua quinta parte é igual a 36.
Qual é esse número? Resposta:
Esse número é 45.
Assim, para deixar este ponto mais
3. O triplo de um número é igual a
claro, trabalharemos com o exemplo
sua metade mais 20. Qual é esse
anterior, que já nos é bem conhecido.
número? Resposta: Esse número
Em uma das passagens da resolução
é 8.
temos 70 * n = 1400. É a partir dela que
4. O triplo de um número, mais 5,
trabalharemos para deixar óbvia a
é igual a 254. Qual é esse
identidade com a equação linear.
número? Resposta: Esse número
é 83.

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5. O quádruplo de um número,
diminuído de três, é igual a 99.
Qual é esse número ?
6. Júlio tem 15 anos e Eva tem 17
anos. Daqui a quantos anos a
soma de suas idades será 72
anos?
7. Num pátio há bicicletas e carros
num total de 20 veículos e 56
rodas. Determine o número de
bicicletas e de carros.
8. A metade dos objetos de uma
caixa mais a terça parte desses
objetos é igual a 75. Quantos
objetos há na caixa?
9. Em uma fábrica, um terço dos
empregados são estrangeiros e
90 empregados são brasileiros.
Quantos são os empregados da
fábrica?
10. Numa caixa, o número de bolas
pretas é o triplo de bolas
brancas. Se tirarmos 4 brancas e
24 pretas, o número de bolas de
cada cor ficará igual. Qual a
quantidade de bolas brancas?
11. Ao triplo de um número foi
adicionado 40. O resultado é
igual ao quíntuplo do número.
Qual é esse número?

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EQUAÇÃO DO SEGUNDO 10800


pagar a quantia de para as
GRAU x
despesas mensais. (Obs: note que
estamos dividindo o total das dívidas
Introdução pelo número de moradores do
condomínio.). O número de moradores
que deveria pagar a dívida era x, que
Agora que sabemos manipular as
são todos os moradores.
equações do primeiro grau e resolver os
problemas aos quais ela é necessária,
Como a despesa de cada um teve um
veremos um tipo de equação um pouco
acréscimo de 32 reais, temos que cada
mais complexo, a equação do 2º grau.
um (menos os moradores
Ela diferencia-se da equação do
inadimplentes) acabou pagando a
primeiro grau pelo fato de a incógnita
10800
aparecer elevada ao quadrado, o que quantia de  32 (quantia que
introduz as operações de potenciação e x
radiciação na resolução dessas deveria pagar + acréscimo de 32 reais).
equações. A equação do segundo grau O número de moradores que pagou a
será muito importante na física, na dívida é x  2 (total de moradores –
geometria e em diversos campos do quantas pessoas ficaram sem pagar).
conhecimento. Vamos começar
analisando o seguinte problema: Vamos colocar o nosso raciocínio em
uma tabela:
“Para pagar as despesas mentais de um
Condôminos
condomínio, ficou combinado que todos Nº de
que pagaram a
Valor que cada Total a ser
condôminos um pagou pago
contribuiriam com a mesma quantia. dívida
Num certo mês, em que as despesas Como 10800 R$
deveria x x
10.800,00
totalizaram R$ 10.800,00, dois acontecer. x
condôminos não puderam contribuir Como 10800 R$
com a sua parte e cada um dos demais aconteceu.
x x2  32 10.800,00
x
foi obrigado a pagar, além da sua cota
normal, um adicional de R$ 32,00. Qual Essa parte que virá é fundamental para
é o número de condôminos?” montarmos a expressão. Tente entender
que:
Descrição Matemática
nº de pessoas
que pagaram o
Como sabemos, o primeiro passo é condomínio.
“traduzir” o problema para a linguagem
matemática. Como aprendemos nas R$ 10.800,00
aulas anteriores, temos: X =
A incógnita do problema é o número de nº de pessoas
condôminos, pois é ele que eu quero que pagaram o
descobrir no final dos cálculos, correto? condomínio.
Logo, podemos dizer que o condomínio
tem X condôminos.
No primeiro caso (como deveria ser),
Se as despesas totalizaram 10.800 e temos:
haviam x condôminos, cada um deveria
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10800 10800
.x  10800  . x  10800  10800 Resolução
 10800 de uma equação do 2º
x x grau
ou seja, essa equação nos conduziu a
uma verdade óbvia e não traz Descreveremos dois modos de se
informação nenhuma. resolver uma equação do segundo grau:

No segundo caso, temos: - Descobrindo trinômios


 x  2  .  
10800 quadrados perfeitos;
 32   10800 . Vamos
 x  - Através da fórmula de Bháskara,
aplicar a distributiva e desenvolver a que é um caso particular do
equação. modo anterior.

Descobrindo trinômios
 x  2  .  
10800
 32   10800  quadrados perfeitos
 x 
21600
 10800   32 x  64  10800  Peguemos, como exemplo, a equação x2
x
21600 + 2x – 8 = 0.
  32 x  64  10800  10800  0 
x 1) Em primeiro lugar, deve-se
21600 colocar o termo independente
  32 x  64  0 
x (no caso, -8) no segundo
21600 32 x 2 64 x membro. Assim a equação fica
   0 x2 + 2x = 8.
x x x
21600  32 x 2  64 x
 0 2) Agora concentre-se no primeiro
x membro (em x2 + 2x). Que
 32 x 2  64 x  21600  0 número poderíamos colocar para
que ele virasse um trinômio
Mas, peraí, que equação é essa? É quadrado perfeito?
exatamente o que chamamos de equação
do segundo grau. Resposta: o número +1, pois x2
+ 2x + 1 = (x + 1)2 correto
(lembre-se da aula sobre
Definição fatoração!!)? Não? Vamos fazer
o exercício 2 da lista para fixar
Esse nome existe porque o expoente melhor esse conceito. Notar que
mais alto existente na equação é o 2. só esse número transforma o
Equação do segundo grau é toda primeiro membro em um
equação que pode ser escrita na forma trinômio quadrado perfeito. Se
você entendeu esse passo,
ax 2  bx  c  0 , onde a, b e c são os
vamos para o próximo:
coeficientes e x é a incógnita que se
quer calcular.
3) Vamos transformar o primeiro
membro em um trinômio
No nosso problema, podemos ver que a
quadrado perfeito da seguinte
= 32, b = - 64 e c = -21600.
forma:

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Se x2 + 2x = 8, então x2 + 2x + 1 = 8 + negativo (não existe raiz


1. quadrada de número
negativo), então a
Note que, como é uma equação, o que eu fizer equação não terá
no primeiro membro (lado esquerdo da solução.
igualdade) deverá ser feito no segundo
membro (lado esquerdo da igualdade). Vamos
para o próximo passo: Outro exemplo: Vamos resolver 2x2 –
4x – 6 = 0.
4) Se x2 + 2x + 1 = 8 + 1, então (x
+ 1)2 = 9 (lembre-se da aula Neste caso, x2 está multiplicado por 2 e
sobre fatoração!), e então x + 1 isso atrapalha. Neste caso, para deixar o
= raiz quadrada de 9. x2 isolado, divide-se toda a equação por
2.
Como sabemos, a raiz de 9 pode ser +3 ou
menos 3, de modo que teremos duas 2x2  4 x  6 0 2x2 4x 6
possibilidades para resolver a equação:     0
2 2 2 2 2
 Se x + 1 = 3, então x =  x2  2x  3  0
3 – 1, o que nos leva a
x1 = 2. “Se dividirmos todos os coeficientes da
 Se x + 1 = - 3, então x equação por um mesmo número, a
= -3 – 1, o que nos leva solução dessa equação não se altera”. A
a x2 = - 4. Pronto, solução de x2 – 2x – 3 = 0 é a mesma de
resolvemos a equação! 2x2 – 4x – 6 = 0.

Portanto, para resolver qualquer


Mas e se a equação fosse 3x2 – 6x + 1 =
equação desta forma, procedemos da
0? Então iríamos dividi-la por 3:
seguinte maneira:

1) Colocamos o termo 3 x 2  6 x  12 0 3 x 2 6 x 12
    0
independente no segundo 3 3 3 3 3
membro.  x  2x  4  0
2

2) Completamos o primeiro
membro com um número para Note que sempre dividimos a equação
descobrir um trinômio pelo número que “acompanha” x2.
quadrado perfeito e usamos a
fatoração. Voltando a equação 2x2 – 4x – 6 = 0,
3) Aplicamos a raiz quadrada ao que havíamos dividido por 2 e obtido
dois membros e resolvemos x 2  2 x  3  0 . Vamos resolvê-la:
como se fosse uma equação
comum.

 Lembre-se que a raiz


quadrada tem duas
possibilidades de
resposta, logo a equação
terá duas soluções.
 Se ao tirar a raiz
quadrada dos dois
membros, o segundo
membro for um número
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x2  2x  3  0  b  
x2 
 x 2  2 x  3  2.a
 x 2  2 x  1  3  1  Ops... repare que:
  x  1  4 
2
 Uma equação do 2º grau tem
x 1  2 x  2 1 duas soluções possíveis, x1 e x2;
  1   Se   b 2  4.a.c for negativo, a
 x  1  2 x
 2   2  1 equação não terá solução
nenhuma;
x  3  Se   b 2  4.a.c for zero, então
 1
 x2  1 x1=x2;

A fórmula de Bháskara também pode


ser deduzida descobrindo trinômios
A Fórmula de Bháskara quadrados perfeitos. Preste atenção:

Outra forma que aprenderemos, no Temos ax 2  bx  c  0 , certo? Vamos


curso, para resolver a equação do 2º
dividir toda a equação por a:
grau, é através da fórmula de Bháskara,
que é dada a seguir:
ax 2 bx c 0 bx c
    x2    0
Fórmula de Bháskara: a a a a a a

Se ax 2  bx  c  0 , então: Vamos jogar o termo independente


c
  no segundo membro:
a
b  b 2  4.a.c
x1  bx c
2.a x2 
a

a
e
b  b 2  4.a.c Qual o número que falta para completar
x2  um trinômio quadrado perfeito? Não é
2.a fácil descobrir essa né? Mas, depois de
pensar um pouco (ou muito),
Em muitos livros, os autores chamam b2
de delta (Δ) a expressão b 2  4.a.c . descobrimos que o número é (é
4a 2
Assim, a fórmula de Bháskara também legal você fazer as contas, para ter
pode ser: certeza que é esse número mesmo).
Você descobrirá que:
  b 2  4.a.c bx b 2 c b2
x   2   2 
2

a 4a a 4a
b  
x1   b  c b2
2

2.a x     2
e  2a  a 4a

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Tirando o mínimo no segundo membro,


temos:
 b b 2  4ac
x  
 2a 2a
2  
 b  c b2  b b  4ac
2
x    2  x   
 2a  a 4a  2a 2a
2
 b  4ac b 2 
x   2  2  b b 2  4ac
 2a  4a 4a  x1   
 2a 2a
2  
 b  b 2 4ac  b b  4ac
2
x   2  2  x   
 2a  4a 4a  2 2a 2a
2
 b  b 2  4ac  b b 2  4ac
x  
 2a  4a 2  x1  
 2a

Como uma raiz quadrada tem duas  b b 2  4ac
respostas, uma positiva e outra negativa,  x2   2a
temos que:

Resolução do problema dos


b b 2  4ac condôminos
x  
2a 4a 2
Voltemos então ao nosso problema. A
 b b 2  4ac equação que tínhamos que resolver era:
x  
 2a 2a

 b b 2  4ac
32 x 2  64 x  21600  0
 x  2a   2a Vamos usar uma propriedade das
equações de segundo grau. Ela pode ser
b descrita assim:
Passando o termo  para o segundo
2a
membro, finalmente obtemos a fórmula “Se dividirmos todos os coeficientes da
de Bháskara! equação por um mesmo número, a
solução da equação não se altera”.

Por exemplo, se dividirmos os


coeficientes dessa equação por 32,
32 2 64 21600
teremos x  x  0.
32 32 32
Fazendo as divisões, teremos
x  2 x  675  0
2
. Vamos resolver as
duas equações para provar que a
solução é a mesma.

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  64    64 
2
 4.  32  .  21600  2  2704 2  52
x1      25
2.  32  2 2

64  4096   2764800  Observe que, nos dois casos, x1 = 27 e


  x2 = -25. Isso comprova a propriedade
64
das equações que foi dita. Obviamente,
64  4096  2764800 os exercícios a serem feitos não contém
 
64 números muito extensos e nem cálculos
64  2768896 64  1664 muito trabalhosos como neste problema,
   27 que serviu apenas para ilustração.
64 64
Agora que descobrimos o valor de x,
qual das duas respostas serve para o
Em 32 x 2  64 x  21600  0 , a = problema do início do capítulo? Qual é
32, b = - 64 e c = - 21600. Logo: o número de condôminos? É lógico que
não pode haver um número de
  64   condôminos igual a – 25 (um número de
 64   4.  32  .  21600 
2

x2   condôminos negativo é um absurdo).


2.  32  Logo, vemos que existem 27
64  4096   2764800  condôminos.
 
64
64  4096  2764800 Verificando se um número é
 
64 solução de uma equação do
64  2768896 64  1664 segundo grau
   25
64 64
Para saber se um número é solução (ou
Agora, se resolvermos x  2 x  675  0 2 raiz) de uma equação do segundo grau,
onde a = 1, b = -2 e c = -675, temos: basta substituí-lo na própria equação.

Exemplo:

  2    2   4.  1 .  675 
2

x1   Será que -2 é raiz de x 2  2 x  1  0 ?


2.  1
Vamos substituir x por 2. Então:
2  4   2700 
2  4  2700
 2   2.2  1  4  4  1  9  0 . Logo,
2
  
2 2
-2 NÃO é solução de x 2  2 x  1  0 .
2  2704 2  52
   27
2 2 Será que 27 e – 25 são soluções de
x 2  2 x  675  0 ?

  2    2   4.  1 .  675 
2
Já vimos que sim, devido à solução do
x2  
2.  1 problema, mas vamos provar assim
mesmo:
2  4   2700  2  4  2700
  
 27 
2
2 2  2.27  675  729  54  675  0

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 25  2.  25   675  625  50  675  0


2
 y1  x 2  y1  x
  
Logo, 27 e – 25 são soluções da  2
y  x 2
 y2  x
equação x 2  2 x  675  0 , mas apenas
27 é a solução do problema dos  y1  x1
condôminos. 
 y1  x2

Equações Biquadráticas
 y2  x3

São equações desse tipo:  y2  x4
ax 4  bx 2  c  0
Note que uma equação de quarto grau
possui quatro soluções.
Essas equações são de quarto grau ou
quarta ordem, mas elas tem um método
especial de resolução. Para entendê-lo,
você deve entender que: Exercícios

Se ax 4  bx 2  c  0 , então 1) Qual das equações abaixo tem


a  x 2   bx 2  c  0 . 3 1
2

soluções iguais a e ?
4 6
Se você entendeu, agora criamos uma
outra variável y que seja igual a x2, ou a) 24 x 2  3 x  22  0
seja, y = x2. Sendo assim, vamos colocar b) 12 x 2  11x  3  0
y no lugar de x2 nesta equação. c) 24 x 2  22 x  3  0
d) 24 x 2  22 x  3  0
ay 2  by  c  0
e) 12 x 2  11x  3  0
Note que acabamos de transformar uma
equação do quarto grau em uma do
segundo grau, a qual aprendemos como
resolver!
2) Completar os termos abaixo para
Pela fórmula de Bháskara, vamos achar: que se transformem em um
trinômio quadrado perfeito e

 y1 
 b  b 2  4ac fatorar:
 2a

  b  b 2  4 ac
 y2 
 2a a) x 2  8x
b) x2  x
Mas o que queremos é achar o valor de c) x 2  2x
x. Como sabemos que y = x2, fazemos
d) x 2  6x
(lembre-se que a raiz quadrada de y1 tem
e) x 2  5x
duas respostas:
f) x 2  9x
g) x 2  10 x
h) x 2  12 x
i) x2  x
j) x2  2x
CURSINHO DA POLI-USP DO GRÊ MIO POLITÉ CNICO 11
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Matemática A - Álgebra

k) x 2  2ax 1  1
2

b) x  x    x  
2

4  2
c) x 2  2 x  1   x  1
2
3) Identificar os coeficientes a, b e
c e resolver:
d) x 2  6 x  9   x  3
2

a) x 2  8 x  15  0 e)
2
b) x2  x  6  0 25  5
x  5x 
2
x 
c) x 2  3x  4  0 4  2
d) x2  5x  6  0 f)
2
e) x2  2x  0 81  9
x2  9x    x  
f) 2 x 2  3x  0 4  2
g) x2  9  0 g)
h) 4 x 2  25  0 x 2  10 x  25   x  5 
2

i) x2  6x  9  0 h)
j) x 2  10 x  25  0
x 2  12 x  36   x  6 
2

k) 9 x 2  12 x  4  0 2
l) 4x 4  4x 2  1  0 1  1
i) x x x 
2

m) x 4  3x 2  5  0 4  2
n) 2 x 4  10 x 2  8  0 j)
2
o) x4  2x2  3  0 1  2
x4  2x2  1  0 x  2 x    x 
2

p) 2  2 
q) x.  x  2    x  3 .2 x
k)
x2  1 2 x2  5 x 2  2ax  a 2   x  a 
2
r)  1
5 13
3x 2  5 2 x  1 3)
s) 
8 4 a) 3 e 5;
x  2 2 x  1 5x  2 b) 3 e -2;
t)   c) -4 e 1;
3x 2 6
u) d) -2 e -3;
e) 2 e 0;
3x.  x  1  x  33   x  3 
2
f) 0 e 3/2;
 1  1 g) 3 e -3;
v) 2.  x    3. 1    0 h) 5/2 e -5/2;
 x  x
i) 3 e 3;
j) -5 e -5;
k) 2/3 e 2/3;
l) -1/2 e -1/2;
m) não possui solução.
n) 2, -2, 1 e -1;
Respostas
o) 3 e  3;
p) 1, 1, -1 e -1;
1) d q) 0 e 8;
2) r) +3 e -3;
a) s) -1 e 7/3;
x 2  8 x  16   x  4 
2
t) 4 e -1;

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Matemática A - Álgebra

u) 3 e -2;
v) 1 e -1/2;

Bibliografia

GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO,


José Roberto; GIOVANNI JR., José
Rui. Matemática Fundamental, 2º grau.
Volume Único. São Paulo: FTD, 1994.

Sites pesquisados

1. http://pessoal.sercomtel.com.br/
matematica/fundam/eq2g/eq2g.h
tm

2. http://jmpmat5.blogspot.com/

CURSINHO DA POLI-USP DO GRÊ MIO POLITÉ CNICO 13


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Matemática A - Álgebra

TEORIA GERAL DAS (minutos)


1 0,95
FUNÇÕES
2 1,90
3 2,85
Introdução: Noção intuitiva de 4 3,80
função 5 4,75

Responda:
A idéia de função aparece
a) O que é dado em função de que?
sempre que relacionamos duas
b) Escreva a fórmula que relaciona
grandezas que podem variar seu valor.
o tempo do telefonema e o
Por exemplo:
preço;
Observe a tabela que relaciona a
c) Quanto custa uma ligação de 35
medida do lado de um quadrado com a
minutos? E de 45 minutos?
sua área:
d) Se um cliente teve sua conta
calculada em R$ 123,50, por
Lado 1 2 3 4 L
Área 1 4 9 16 L² quanto tempo ele utilizou o
celular em horas?
Sabemos que, nesse caso:
Área = (lado) ² Definindo o conceito de função
através dos conjuntos
Temos então que a área de um
quadrado depende do seu lado,
Definição de função: Dados
ou seja, a área de um quadrado é
dois conjuntos A e B, uma função de A
calculada EM FUNÇÃO do seu
em B é uma regra que diz como
lado.
associar cada elemento de A com um
elemento de B.
Exercícios
Vamos considerar novamente a
1. A tabela abaixo mostra o tabela que relaciona a área de um
preço que uma certa companhia quadrado com o seu lado.
telefônica cobra pelo tempo que seus Seja então A um conjunto que
clientes utilizam o celular em ligações contém os valores do lado do quadrado
locais: e B o conjunto que contém os valores da
área do quadrado.
Tempo Preço (reais) Teremos que:

14 CURSINHO DA POLI-USP DO GRÊ MIO POLITÉ CNICO


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Matemática A - Álgebra

 Nos casos 3 e 4: O diagrama de


flechas não representa uma
função.

Exercícios

O diagrama de flechas 2. Considerando os conjuntos de cada


representa uma função que leva os item e a correspondência que os
elementos de A ao seu quadrado em B. relaciona, desenhe um diagrama de
É importante observar que todos flechas e responda se a correspondência
os elementos de A têm correspondente f é uma função de A em B.
em B e que, só sai uma flecha de cada a) A={1,2,3,4}; B={1,4,9,16}; y = x²
elemento de A. b) A={1,2,3,4}; B={1,4,12,16}; y = x²
Sendo assim, nesse nosso caso, c) A={-1,1,0,5}; B={0,1,10,25}; y = x²
temos uma função de A em B (Notação: d) A={0,1,2}; B={-2,-1,0,1,2}; y² = x²
f: A B) que pode ser escrita pela e) A={0,1,2}; B={-2,-1,0,1,2}; y = x-2
expressão y = x² ou f(x) = x² . f) A={0,1,2}; B={-2,-1,0,1,2}; y = x²-
2x+1

Como reconhecer uma função


pelo diagrama de flechas
Domínio, Contradomínio e
Conjunto Imagem de uma função
Uma relação f de A em B é uma
função se, e somente se, de cada Vamos considerar uma função f
elemento de A partir uma única flecha. de A em B.
Observe: Temos que:
 A é o domínio da função
f (Notação: D(f))
 B é o contradomínio da

Temos que: função f (Notação:


CD(f))
 Nos casos 1 e 2: O diagrama de
flechas representa uma função;  Para cada x є A, o
elemento y є B chama-se

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Matemática A - Álgebra

imagem de x pela 3. Considere a função f dada pelo


função f e o diagrama e determine:
representamos por f(x)
(lê-se f de x). O conjunto
de todos os y obtidos por
f é chamado de conjunto
imagem de f (Notação:
Im(f)).
a) D(f)
b) CD(f)
Observe:
c) Im(f)
Seja A={0,1,2,3} e
d) f(3)
B={0,1,2,3,4,6,7,9}, vamos considerar a
e) f(4)
função f: A B que transforma x є A
f) x quando y=8
em 3x є B.
g) y quando x=3
h) f(x) quando x=4

4. Seja a função f: A -> B onde f(x) =


4x+2 e o domínio A={-2,-1,0,1,2,3}.
Determine a imagem de f.
Temos que: 5. Seja a função f: lR -> lR dada por
 f:A B é definida por f(x) = x²+x. Determine a imagem do
f(x)=3x ou y=3x; número 5.
 D(f)=A ou 6. Dada a função f(x) = x²+4.
D(f)={0,1,2,3}; Determine f(2) e f(3).
 CD(f)=B ou 7. Se f(x) = 3x+2m e g(x) = -2x+1,
CD(f)={0,1,2,3,4,6,7,9}; calcule m sabendo que f(0)-g(1)=3

 Im(f)={0,3,6,9};
 f(0)=0, f(1)=3, f(2)=6,
f(3)=9.

Exercícios

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Função Sobrejetora, Injetora e O domínio de uma função é o


Bijetora maior subconjunto de lR tal que deixe a
fórmula y=f(x) válida.
Função Sobrejetora: Uma função f: A Veja os exemplos mais comuns:
-> B é sobrejetora se, e somente se, todo
 Seja f definida pela
elemento de B é atingido por, pelo
fórmula y = 4x+5.
menos, uma flecha.
D(f)=lR, pois qualquer que seja
(Ou seja, Im(f) = CD(f))
o valor real de x, podemos calcular y =
4x+5 nos reais.
Função Injetora: Uma função f: A -> B
é injetora se, e somente se, cada  Seja f definida por y= .

elemento de B é atingido por, no


D(f)=lR – {0}, pois podemos
máximo, uma flecha.
substituir x por qualquer número real,
(Ou seja, x1 ≠ x2 então f(x1) ≠
menos o zero – nunca se esqueça que
f(x2))
não existe divisão por zero!
 Seja f definida por y =
Função Bijetora: Uma função f: A -> B
.
é dita bijetora se, e somente se, é
sobrejetora e injetora. D(f)={x є lR l x 0}, pois
podemos substituir x apenas por
Exercícios números reais positivos – nos reais, não
existe raiz de número negativo.
8. Classifique as funções do exercício
2. em sobrejetoras, injetoras ou Exercício Resolvido
bijetoras. Vamos explicitar o domínio da

função: f(x)= +
Estudo do domínio de uma
função real
Resolução:
Muitos exercícios pedem para
Calcular só é possível
que, uma dada função f, se explicite seu
domínio. se 5-x 0 x 5;

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Matemática A - Álgebra

Calcular só é possível se

x-2 0, mas, como está no e)

denominador, precisa ser


f)
também diferente de zero. Então: x-3
g)
0 x .;
h)
Assim, D(f) = {x є lR l x 5 e x

} ou { x є lR l 3 x 5}
i)

Exercícios j)

9. Explicite o domínio das seguintes


funções reais definidas por: Respostas dos Exercícios

a) 1) a. O preço é dado em função do


tempo
b) b. P = 0,95 . T, onde P = preço
em reais e T = tempo em
c) x²+1
minutos
c. R$ 33,25 ; R$ 42,75
d)
d. 2 horas e 10 minutos
2) a. É função d. Não é função
b. Não é função e. É função
c. É função f. É função

3) a. {1,2,3,4} e. f(4) = 10
b. {0,6,7,8,10,12} f. x = 3
c. {0,6,8,10} g. y = 8
d. f(3) = 8 h. f(4 ) = 10
5) f(5) = 30
4) Im(f) = {-6,-2,2,6,10,14} 6) f(2) = 8; f(3) = 13

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7) m = 1 - R$ 0,05 por minuto utilizado


pelo cliente nas suas ligações;

a) Quanto o cliente que utilizar o


serviço por 200 minutos em
abril/09 pagará?
b) Qual a expressão que relaciona o
Referências número de minutos e o total da
fatura a ser paga?
1. Matemática – Contextos e
Aplicações; Volume Único; Luiz Lembrando-se da resolução de
problemas com equações do primeiro
Roberto Dante; Editora: Ática
grau, poderemos resolver o item a:
2. Álgebra I – Coleção Objetivo;
- O cliente pagará R$ 30,00 da
Giuseppe Nobilioni; Editora Sol
taxa fixa;
- O cliente pagará também cada
minuto dos 200 que falou, isto é:
200*R$ 0,05 = R$ 10,00 (cada
minuto custa R$ 0,05);
- A conta do cliente será de um
total de R$ 30,00 + R$ 10,00 =
R$ 40,00 (resposta do item a);
FUNÇÃO DO PRIMEIRO GRAU
Para resolver o item b, vamos pensar de
uma forma mais abrangente. Para
Na última aula, aprendemos o que quaisquer minutos que o cliente tiver
significa uma função (uma relação entre utilizado teremos:
conjuntos numéricos), aprendemos a
analisar uma função pelo diagrama de - O cliente pagará R$ 30,00 da
flechas, aprendemos a descobrir se ela é taxa fixa;
injetora, sobrejetora e bijetora, - O cliente pagará também cada
aprendemos o que significa seu minuto dos que falou, isto é: (nº
conjunto domínio, contra-domínio e seu de minutos)*R$ 0,05;
conjunto imagem e aprendemos a - A conta do cliente será de um
identificar as condições de existência total de R$ 30,00 + (nº de
dessa função. minutos)*R$ 0,05;
Agora, vamos falar um pouco sobre um Ou seja (retirando os símbolos de
tipo especial de função: a função do moeda da conta),
primeiro grau. Para ficar mais claro o
significado do que é função, vamos (Total da conta telefônica) = 30 + (nº de
analisar o seguinte problema: minutos)*0,05
Uma companhia telefônica cobra seus - Para “facilitar”, vamos chamar
serviços (por mês) dos clientes da (Total da conta telefônica) de y;
seguinte forma: - Vamos chamar o nº de minutos
utilizados pelo cliente, de x;
- R$ 30,00 referentes a taxa fixa,
impostos e custos de Daí temos:
manutenção da linha;
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Matemática A - Álgebra

y = 30 + x*0,05
R $ 4 0 ,0 0
Veja se você consegue relacionar essa
expressão com essas três frases (todas
D R $ 4 5 ,0 0

essas frases dizem a mesma coisa): R $ 4 7 ,5 0

 O total da conta telefônica (y) R $ 5 0 ,0 0


depende do número de minutos
R $ 3 0 ,0 0
utilizados (x);
 O total da conta telefônica (y) é R $ 3 0 ,0 5
função do número de minutos
utilizados (x); R $ 3 0 ,1 0
 y é função de x;
Note que o conjunto D é o conjunto dos
Para melhorar a explicação, vamos números racionais, maiores que 30 (taxa
admitir que a empresa não cobra pelos fixa), com duas casas decimais (os
segundos utilizados a mais (quem valores do conjunto D são dados em
utilizou 200 minutos e 50 segundos, reais – R$).
paga apenas 200 minutos).
Imagine agora uma função que associa
Imagine um conjunto M que contém cada elemento de x com um elemento
todos os números de minutos que o de y segundo essa regra: y = 30 + 0,05x.
cliente pode utilizar em um mês (os
valores de x estão neste conjunto – este
é o conjunto domínio);
M 2 0 0 m in R $ 4 0 ,0 0

R $ 4 5 ,0 0
D
3 0 0 m in
2 0 0 m in

M
3 5 0 m in R $ 4 7 ,5 0

3 0 0 m in 4 0 0 m in R $ 5 0 ,0 0

0 m in R $ 3 0 ,0 0
3 5 0 m in
1 m in R $ 3 0 ,0 5
4 0 0 m in
2 m in R $ 3 0 ,1 0
0 m in

1 m in A função então é apresentada desta


forma: f : M  D | f  x   30  0,05 x .
2 m in

Entendeu como é usada a função?


Note que o conjunto M é o conjunto dos
números naturais. Não podem existir, Podemos dizer que esse é um dos
fisicamente, número de minutos assuntos mais importantes da
negativos. matemática e, se você entendê-lo,
entenderá muitos assuntos dentro da sua
Imagine agora um conjunto D com universidade, seja qual for a área do
todos os valores totais de uma conta conhecimento em que você estiver.
telefônica (os valores de y estão neste
conjunto – este é o conjunto contra-
domínio);

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A forma de apresentação de Ilustramos esses exemplos com os


uma função diagramas de flechas abaixo:

Considere a função que estamos f(x ) = 3 0 + 0 ,0 5 x


analisando f(x) = 30 + x*0,05. Se essa
função for apresentada desta forma: M 2 0 0 m in R $ 4 0 ,0 0

R $ 4 5 ,0 0
D
3 0 0 m in

Seja f :    | f  x   30  0,05 x 3 5 0 m in R $ 4 7 ,5 0

4 0 0 m in R $ 5 0 ,0 0
Isto significa que:
0 m in R $ 3 0 ,0 0

O domínio da função é o conjunto dos 1 m in R $ 3 0 ,0 5

números reais. 2 m in R $ 3 0 ,1 0
O contra-domínio da função também é o
conjunto dos números reais.
f(x ) = 3 0 + 0 ,0 5 x
Mas se for apresentada da seguinte
maneira:
R 2 3 0 ,0 1

2 9 ,9 5
R
f : M  D | f  x   30  0,05 x
-1

- 4 5 ,0 2 2 7 ,7 4 9

Significa que: -0 ,0 0 7 2 9 ,9 9 9 6 5

4 4 5 ,9 9 5 2 ,2 9 9 5
O domínio da função é o conjunto M. 3 0 ,0 5  0 ,0 5 2
1  2
O contra-domínio da função também é o
50
conjunto dos números reais. 400

O modo como a função é apresentada f(x ) = 3 0 + 0 ,0 5 x


define se ela é sobrejetora, injetora e
bijetora. Por exemplo, considere esses M 2 3 0 ,1 0
R
três conjuntos. 1 3 0 ,0 5

200 40
R = conjunto dos números reais; 45
300
M = conjunto dos números racionais
50
maiores que 0; 400

D = conjunto dos números racionais n ã o e x is te


3 0 ,0 5  0 ,0 5 2

com duas casas decimais; n ã o e x is te 50

A função: f :    | f  x   30  0,05 x é
bijetora (=injetora + sobrejetora);
A função f : M  D | f  x   30  0,05 x f(x ) = 3 0 + 0 ,0 5 x
também é bijetora;
A função f : M   | f  x   30  0,05x é R 2 R $ 3 0 ,1 0
D
injetora (para cada f(x) só há um único -1 n ã o e x is t e

x) mas não é sobrejetora (não alcança 4 5 ,0 2 n ã o e x is te

todos os valores do contra-domínio); - 0 ,0 0 7 n ã o e x is te

A função f :   D | f  x   30  0,05 x é 500 R $ 5 5 ,0 0

injetora, mas não é sobrejetora. 1  2 n ã o e x is te

400 R $ 5 0 ,0 0

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Matemática A - Álgebra

2,7 6,7
1 5

Como foi visto, a função do problema Preste atenção na tabela de outras funções:
da conta telefônica:
f(x) = x – 2
f : M  D | f  x   30  0,05 x
x F(x)
-3 -5
é uma função bijetora. -2,5 -4,5
-1,7 -3,7
Agora veremos porque esta é uma função
do primeiro grau. 0 -2
1,7 0,3
2,7 0,7
Definição f(x) = x – 3
x f(x)
Função do 1º grau é toda função que -3 -6
pode ser escrita na forma: -2,5 -5,5
-1,7 -4,7
f(x) = ax + b ou y = ax + b 0 -3
1,7 - 1,3
onde a e b são os coeficientes, x é a 2,7 - 0,3
variável independente e y (ou f(x))é a
variável que depende de x (variável
dependente); O coeficiente a é chamado
de coeficiente angular da equação do
primeiro grau.
f(x) = 2x - 2
Para cada valor de x, a função terá um valor x f(x)
de y diferente. -3 2*(-3) – 2 = -8
-2 2*(-2) – 2 = -6
Tabela com os valores da -1 2*(-1) – 2 = -4
função 0 2*(0) – 2 = -2
1 2*(1) – 2 = 0
2 2*(2) – 2 = 2
Preste atenção na função f(x) = x + 4;

Se x = 3, logo f(x) = 7; f(x) = 0,5x – 2


Se x = 9, logo f(x) = 13; x F(x)
Se x = 0, logo f(x) = 4; -3 0,5*(-3) – 2 = -3,5
Se x = 0,5 logo f(x) = 4,5; -2 0,5*(-2) – 2 = -3
Se x = 2 , f(x) = 4 + 2 ; -1 0,5*(-1) – 2 = -2,5
0 0,5*(0) – 2 = -2
Vamos fazer uma tabela com a função 1 0,5*(1) – 2 = -1,5
f(x) = x + 4;
2 0,5*(2) – 2 = -1
Se x for igual a... Então f(x) = x + 4
Raiz ou zero de uma função do
será igual a... primeiro grau
-5 -1
-3,5 0,5
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Raiz de uma função função é o valor de plano cartesiano (aquele com os eixos x
x para o qual y é igual a zero. e y que vimos na quinzena básica) e
combinaremos o seguinte:
No caso de uma função do primeiro
grau, para achar a raiz substituímos f(x) “Os pontos (x;y) que marcaremos no
por zero e calculamos o x gráfico serão os pontos onde x é cada
correspondente. um dos valores da variável
independente e y é o valor dado pela
Ex: Achar o zero das funções f(x) = 6x função para aquele x”.
– 0,6; g(x) = 3x – 18 e h(x) = 4x + 5;
Podemos chamar os pontos (x; y) de
Procedemos da seguinte forma: pares ordenados.

Por exemplo:
f  x   6 x  0,6
0  6 x  0,6
Observe a tabela da função f(x) = 2x – 2
0,6  6 x (dada no exemplo anterior);
6 x  0,6
0,6
x
6 f(x) = 2x - 2
x  0,1 x f(x)
-2 -6
-1 -4
f  x   3 x  18 0 -2
0  3 x  18 1 0
18  3 x 2 2
3 x  18
18 Os pontos (pares ordenados) no plano
x
3 cartesiano seriam (-3; -8), (-2; -6), (-1;
x6 -4), (0; -2), (1; 0) e (2; 2).
Observe esses pontos marcados no plano
f  x  4x  5 cartesiano.
y
0  4x  5
4
 5  4x
4 x  5 3

5 2
x
4 1

0
Logo, a raiz (ou zero) de f(x) é 0,1; a -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 x
5 -1
raiz de g(x) é 6 e a raiz de h(x) é  .
4 -2

-3
Gráfico de uma função do -4
primeiro grau
-5

-6
Além do diagrama de flechas e da
tabela, existe um outra forma de Observe agora, a tabela da função g(x)
representar qualquer função: a forma = 0,5x – 2 e os pontos no gráfico:
gráfica. Para isso, nos utilizaremos do
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Matemática A - Álgebra

g(x) = 0,5x – 2
x F(x)
Note que o gráfico de f(x) = 2x – 2
-3 0,5*(-3) – 2 = -3,5
y passa pelo ponto (3; 4). Isto significa
-2 0,5*(-2) – 2 = -3
que, se x = 3, então f(x) = 4. Se
-1 0,5*(-1)1 – 2 = -2,5
fizermos as contas, f(x) = 2.3 – 2 = 4.
0 0,5*(0) – 2 = -2 Então, podemos dizer que o gráfico
0
-4 -13 -2 0,5*(1)
-1 – 21 = -1,5
2 3 4 x
pode nos dar outros valores que não
2 0,5*(2)1 – 2 = -1
-
estejam na tabela. Por exemplo, se
-2 procurarmos o ponto onde x = 1,5 por
onde a função passa, veremos que esse
-3 ponto é (1,5; 1). Logo, temos que se x =
-4
1,5 então f(x) = 2.1,5 – 1 = 1.

Preste atenção no que será dito agora:

O gráfico de uma função do primeiro


grau é sempre uma reta. Para
desenhá-lo, precisamos saber somente
dois pontos (x; y) que fazem parte da
função. O coeficiente a indica o
crescimento e o decrescimento da
Para gerar o gráfico de uma função, basta reta.
ligarmos os pontos. Observe como vai ficar
o gráfico de f(x) = 2x –2 e o gráfico de g(x)
= 0,5x – 2: Ex: desenhe o gráfico da função f(x) = x
y + 4;
1
- Se x = 0, logo f(x) = 4; ponto (0;
4).
0 x
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 - Se x = -1, logo f(x) = 3; ponto (-
-1 1; 3).
-2
Marcamos os pontos primeiro e depois
-3 traçamos a reta:

-4
y
4
y
4 3
3
2
2
1
1

0 x
0 x -4 -3 -2 -1 1 2 3 4
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4
-1
-1

-2

-3
24 -4
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-5

-6
Matemática A - Álgebra

Note que o gráfico passa pelo ponto (-4;


0) ou seja, se x = -4, logo f(x) = 0; - Note, da tabela, que, se x = 0,
Da mesma forma, o gráfico passa pelos então f(x) = 6. Podemos escrever
pontos (-1; 3), (-2; 2); (-4; 0), etc... então:

COMO ACHAR UMA FUNÇÃO f  x   ax  b


DO PRIMEIRO GRAU A  2  a.  1  b
PARTIR DE DOIS PARES  2  a  b
ORDENADOS (PONTOS)
PERTENCENTES Á FUNÇÃO - Note da mesma tabela, que, se x
= 1, então f(x) = 7. Podemos
escrever também:
Ex: vamos achar a função que contém a
seguinte tabela: f  x   ax  b
1  a. 7   b
x f(x) 1  7a  b
-1 -2
1 7 Como, nas duas contas, o valor de a e
de b devem ser os mesmos, teremos o
seguinte sistema:
Note que os pontos no gráfico da função  2   a  b

1  7 a  b
são (-1; -2) e (1; 7). Já poderíamos desenhar
o gráfico dela sem ao menos conhecê-la. Cuja resolução nos dá a = 3 e b = 1.
y
Logo, temos que a forma algébrica da
7 função que tem a tabela acima é f(x) =
3x + 1.
6
Isso nos ensina que:
5

4
Para conhecer a forma algébrica, ou o
3 gráfico de uma função, só precisamos de
dois pontos (pares ordenados)
pertencentes a ela.

As equações do primeiro grau


0 x
-2 -1 1 2 na Física
-1

-2 Você já deve ter aprendido, na Física,


que um móvel em MRU percorre uma
trajetória reta com velocidade constante.
Pelo gráfico também, poderíamos saber Vamos ver a relação desse tema com as
vários pontos pelos quais passa a equações de primeiro grau.
equação, mas não teríamos a sua forma
algébrica (que é a forma f(x) = ax + b). Preste atenção no desenho abaixo. Note
Para descobri-la, precisamos descobrir que a velocidade do móvel é de 2 m/s e
os valores de a e de b. o ponto onde ele inicia o movimento é

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S0 = 1m (1m de distância do início da


pista). Função do primeiro grau: f(x) = ax + b;
Função horária do MRU: S(t) = S0 + v.t
2 m /s
Quando conhecemos a e b, f(x) depende
de x;
S
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Quando conhecemos v e S0, S(t)
depende de t;
Se a cada segundo, o carro percorre 2
m, note na tabela abaixo qual a posição
do carro para cada instante de tempo: Exercícios

Em t = ... O carro estará


2 m /s em S =...
t = 0 s 1. Desenhar os gráficos das
00 1 seguintes equações no espaço
S apropriado 1:
1 1 2 3 34 5 6 7 8 9
2 5
2 m /s
t = 1 s a) y = x;
3 7
b) y = x + 1;
40 1 2 3 94 5 6 7 8 9
S
c) y = x – 3;
5 11 2 m /s t = 2 s

6 13 2. Desenhar os gráficos das


S
1 2 3 4 5 6 7 8 9
0 seguintes equações no espaço
t = 4 s 2 m /s apropriado 2:
S
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 a) y = x;
Note que esta tabela também está b) y = 2x;
relacionada a uma função do primeiro c) y = 3x;
grau (S = 2t + 1), que na Física, é um
exemplo de uma função horária do 3. Desenhar os gráficos das
movimento retilíneo uniforme. Seu seguintes equações no espaço
gráfico é dado por: apropriado 3:

a) y = -x;
5 b) y = -x –2
y c) y = -x + 1;
4 d) y = -2x;
e) y = -3x;
3
4. Desenhar os gráficos das
2
seguintes equações no espaço
1 apropriado 4:

0 x a) y = 2x + 1;
-1 1 2 b) y = 2x;
-1 c) y = 2x – 1;

5. O preço a pagar por uma corrida


Agora, veja a “coindidência” entre a de táxi depende da distância
física e a matemática:
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percorrida. A tarifa P é função do tempo em que


composta por duas partes: uma a bomba fica ligada.
parte fixa, denominada
bandeirada e uma parte variável 7. Determinar a lei da função do 1º
que depende do número d de grau que passa pelo ponto (-2, 1)
quilômetros rodados. Suponha e cujo coeficiente angular é -4.
que a bandeirada esteja custando
R$ 6,00 e o quilômetro rodado, 8. Determine a lei da função do 1º
R$ 1,20. grau que passa pelos pares de
pontos abaixo:
a) Expresse o preço P em
função da distância d a) (0, 1) e (1, 4)
percorrida. b) (-1, 2) e (1, -1)
b) Quanto se pagará por
uma corrida em que o 9. Faça os gráficos das seguintes
táxi rodou 10 km? funções:
c) Sabendo que a corrida
custou R$ 20,00, calcule a) y = 2x + 3
a distância percorrida  3x  1
b) y 
pelo táxi. 2
c) y = –x
6. Uma piscina de 30 mil litros,
totalmente cheia, precisa ser 10. Em uma determinada loja, o
esvaziada para limpeza e para salário mensal fixo de um
isso uma bomba que retira água vendedor é de R$ 240,00. Além
à razão de 100 litros por minuto disso, ele recebe R$ 12,00 por
foi acionada. Baseado nessas unidade vendida.
informações, pede-se:
a) Expresse o ganho mensal
a) a expressão que fornece (S) desse vendedor em
o volume (V) de água na função do número (u) de
piscina em função do unidades vendidas.
tempo (t) que a bomba b) Quantas unidades ele
fica ligada. deve vender para receber
b) a expressão que fornece um salário de R$
o volume de água que 700,00?
sai da piscina (VS) em c) Determine o domínio e a
função do tempo (t) que imagem desta função.
a bomba fica ligada.
c) o tempo necessário para 11. Um botijão de cozinha contém
que a piscina seja 13 kg de gás. Sabendo que em
esvaziada. média é consumido, por dia, 0,5
d) quanto de água ainda terá kg de gás:
na piscina após 3 horas
de funcionamento da a) Expresse a massa (m) de
bomba? gás no botijão, em
e) o esboço do gráfico que função do número (t) de
representa o volume de dias de consumo.
água na piscina em b) Esboce o gráfico desta
função.

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c) Depois de quantos dias o INEQUAÇÃO DO PRIMEIRO


botijão estará vazio?
GRAU
12. A água congela a 0° C e a 32° F;
ferve a 100° C e 212° F. A Observe o seguinte problema:
temperatura em graus Fahrenheit
(F) varia linearmente com a Dois táxis têm preços dados por:
temperatura em graus Celsius
(C).  Táxi A: bandeirada a R$ 4,00,
mais R$ 0,75 por quilômetro
a) Expresse a temperatura rodado;
em F em função de C e  Táxi B: bandeirada a R$ 3,00,
faça o gráfico desta mais R$ 0,90 por quilômetro
função. rodado.
b) A temperatura do corpo
humano não febril é de a) Obtenha a expressão que
37° C. Qual é esta fornece o preço de cada
temperatura em graus táxi (PA e PB) em
Fahrenheit? função da distância
c) A que temperatura, em percorrida.
graus Celsius,
corresponde 20° F. b) Para que distâncias é
vantajoso tomar cada
SITE CONSULTADO: táxi?

http://si.uniminas.br/~katia/Lista1_cal_ Se você aprendeu a lição anterior, vai


2007_2.pdf saber resolver o item a. Para resolver o
item b, daí sim, recorremos as
inequações do primeiro grau.

DEFINIÇÃO

Inequação do primeiro grau é qualquer


desigualdade que pode ser expressa de
umas das formas abaixo:

f  x 0
f  x 0
f  x 0
f  x 0

Sendo f(x) = ax + b;

Note, que o lado esquerdo da equação


do primeiro grau é uma função do
primeiro grau, cujo valor depende de x.

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RESOLVENDO UMA INEQUAÇÃO Resposta 1: 4x – 2 > 0 se, e somente se,


DO PRIMEIRO GRAU 1
x .
2
Resposta 2: O conjunto dos números
Observe o exemplo: 1
reais maiores que resolve a
2
Ex: Resolva a inequação 4x – 2 > 0
inequação 4x – 2 > 0;
Resposta 3: O conjunto-solução da
Antes de resolvermos a inequação
equação 4x – 2 é o conjunto dos
algebricamente, vamos dar uma olhada 1
no gráfico da função f(x) = 4x – 2: números reais maiores que .
2
y Resposta 4 (em linguagem matemática):
4 y = 4 x -2
 1
S  x   | x  
 2
3
Obs: S é a letra que utilizamos para
2
representar o conjunto – solução. A
resposta 4 é a mais utilizada.
1
Mas será que sempre precisaremos fazer
0 1 o gráfico da função f(x) para resolver a
-1 2 1 2 inequação?
-1 Resposta: Não.

-2 Utilizamos o gráfico apenas para que


ficasse mais clara a relação entre
-3 inequação e função do primeiro grau.
Resolvemos uma inequação do primeiro
1
grau da mesma forma que resolvemos
Repare que a raiz dessa função é x  . uma equação do primeiro grau.
2
1 
Logo, o ponto  ;0  faz parte do Ex: resolva a equação 4x – 2 > 0;
2 
gráfico dessa função. Agora vem a parte 4x  2  0
mais importante. Note que: 4x  2
2 1
1 x
Se x  , então y = 4x – 2 será igual a 4 2
2
1
zero; x
1 2
Se x  , então y = 4x – 2 será maior
2
 1
que zero; Resposta: S   x   | x   .
1  2
Se x  , então y = 4x – 2 será menor
2
que zero; 4 1
Ex: resolva a inequação x   0.
3 2
Ou seja, se o exercício nos pede para
resolver 4x – 2 > 0, nossa reposta deve Observe os dois modos de resolução:
ser:
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Matemática A - Álgebra

4 1 1 2x  4  x
x 0
3 2 1 2x  4  x  0
8x  3 1 4  2x  x  0
0
6  3  3x  0
8 x  3  0.6  3  3x
8x  3  0 3
x
8x  3 3
3 1  x
x
8 x  1
4 1
x 0
3 2 Resposta: S   x   | x  1 .
4 1
x Perceba que, neste exemplo, a
3 2
1 inequação do primeiro grau estava um
4 x  .3 pouco “disfarçada”, de forma que
2
3 precisamos manipular um pouco para
4x  chegarmos à forma conhecida de
2
inequação do primeiro grau (neste caso,
3
na quarta linha da resolução, a = -3 e b
x 2 = -3, o que nos leva a concluir que f(x)
4
= -3 – 3x).
3 1
x .
2 4 Note também outra coisa: Se existirem
3 duas funções g(x) = 1 – 2x e h(x) = 4 +
x
8 x, os gráficos das mesmas e suas tabelas
serão dados por:
 3
Resposta: S   x   | x   . y y y=4+x
 8
4 4

3 3
Ex: Resolva a inequação 1 – 4x > 0. 2 2

1  4x  0 1 1

1  4x
0 0
-1 1 2 -2 -1 1 2
1
x -1
4
-2
1
x
4 -3 x g(x) x h(x)
-3 y = 1 -7
2x -3 1
 1 -2 5 -2 2
Resposta: S   x   | x   . -1 3 -1 3
 4
0 1 0 4
Neste exemplo, como o x tem que estar 1 -1 1 5
positivo na última linha da inequação, 2 -3 2 6
ficou mais fácil isolar o x no segundo 3 -5 3 7
membro e inverter a equação no final.

Ex: resolva a inequação 1 – 2x > 4 + x Note, pela tabela, que, nas duas funções,
quando x = -1, g(x) = 3 e h(x) = 3, ou

30 CURSINHO DA POLI-USP DO GRÊ MIO POLITÉ CNICO


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Matemática A - Álgebra

seja, g(-1) = h(-1) = 3. Note também Chamando o preço do táxi de P e a


que: quilometragem rodada de q, teremos:

Se x < -1, então g(x) = 1 – 2x será maior PA = 4 + 0,75q


que h(x) = 4 + x; PB = 3 + 0,90q
Se x > -1, então g(x) = 1 – 2x será
menor que h(x)= 4 + x; b) Em qual situação o preço
Se x = -1, então g(x) será igual a h(x), cobrado pelo táxi A é igual ao
ou seja, g(-1) = h(-1). preço cobrado pelo táxi B?

Se fizermos PA = PB, teremos:


Tente concordar com isso olhando o
seguinte gráfico com as duas funções. PA  PB
Note que estamos comparando duas 4  0,75q  3  0,9q
funções do primeiro grau: 4  0,75q  0,9q  3
0,75q  0,9q  3  4
 0,15q  1
y y=4+x 1
q
 0,15
4
q  6,66

3
De fato, se uma pessoa fizer uma
2 corrida de 6,66 Km, o táxi A cobrará:

PA = 4 + 0,75*(6,66) = R$ 9,00.
1
E o táxi B cobrará:
0 x
-2 -1 1 2
PB = 3 + 0,9*(6,66) = R$ 9,00.
-1
Em qual situação o preço cobrado no
-2 táxi A é maior do que o cobrado no táxi
B?
-3
y = 1 -2 x Vamos fazer PA > PB.

PA  PB
Vamos voltar ao problema proposto no 4  0,75q  3  0,9q
ínicio: 4  0,75q  0,9q  3
0,75q  0,9q  3  4
a) O preço de cada táxi é uma  0,15q  1
função da distância percorrida. 0  1  0,15q
No caso do táxi A, essa função é  1  0,15q
dada por: 1
q
0,15
Preço no táxi A = R$ 4,00 + (kilômetros 6,66  q
rodados)*R$ 0,75; q  6,66
Preço no táxi B = R$ 3,00 + (kilômetros
rodados)*R$ 0,90; Essa resposta quer dizer, para qualquer
quilometragem abaixo de 6,66 Km (q

CURSINHO DA POLI-USP DO GRÊ MIO POLITÉ CNICO 31


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<6,66), então PA > PB, ou seja, o preço


do táxi A será maior do que o do táxi B.

Se fizermos PA < PB, veremos que,


para qualquer quilometragem acima de
6,66 Km (q >6,66), teremos PA < PB,
ou seja, o preço do táxi A será menor do
que o do táxi B.

Então a resposta do ítem b seria:

Se a distância a ser percorrida for menor


que 6,66 Km, é mais vantajoso tomar o
táxi B, pois é mais barato. Se a distância
4) Determine a lei da função do 1º
a ser percorrida for maior que 6,66 Km,
grau cujo gráfico passa pelo
é mais vantajoso tomar o táxi A.
ponto (2, 3) e cujo coeficiente
linear vale 5.
Como exercício, você pode fazer o
gráfico do preço cobrado pelos dois
5) Dada a função y = 3x – 2,
táxis e compará-los diretamente no
encontre o valores de x em que a
gráfico.
ordenda y é o seu dobro..
Exercícios.
6) Dada a função y = –2x + 1,
encontre os interceptos (pontos
1) Fazer o gráfico das funções:
em que a função intercepta o
eixo x e o eixo y).
f(x) = 4 + 0,75x
g(x) = 3 + 0,9x
7) Dada a função y = 2/3x +
10.Encontre os interceptos
A partir do gráfico, responder:
(pontos em que a função
 Em quais condições
intercepta o eixo x e o eixo y).
teremos f(x) > g(x)?
 Em quais condições 8) Determine a equação da reta que
termos f(x) = g(x). passa por (1,5) e tem coeficiente
angular = 20.
2) Obtenha a lei das funções de 1º
grau que passam pelos pares de 9) Seja a reta dada por y = -3x + b.
pontos abaixo: Determine o valor de b para que
a reta corte o eixo as ordenadas
a) (-1, 2) e (2, -1) no ponto (0,5).
b) (-1, 0) e (3, 2)
c) (3,2) e (-1,0) 10) Dadas as funções f (x) = x + 2 e
g(x) = x − 4, encontre os valores
3) Determine a equação da reta de x para os quais g(x) = f(x).
cujo gráfico está representado
abaixo: 11) Para cada um das retas abaixo,
responda:

 Em que condições y=0?


 Em que condições y > 0?
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 Em que condições y < 0?


EXERCÍCIOS RETIRADOS DO SITE:
a) y  8 x  2
b) y  0,3x  9 http://si.uniminas.br/~katia/Lista1_cal_
y 3 2007_2.pdf
c) 5
x 1

11) Resolva as inequações:

a) 3x  4  x  5
1 3
b) x   2x 
2 2

12) Determinar a lei da função do 1º


grau que passa pelo ponto (-2, 1)
e cujo coeficiente angular é -4.

1
13) Dadas as funções f  x    x 
2
e g(x) = 2x − 4 , calcule os
valores de x para os quais
14) g(x) < f(x).

15) Determine a lei da função do 1º


grau que passa pelos pares de
pontos abaixo:

a) (0, 1) e (1, 4)
b) (-1, 2) e (1, -1)

16) De modo geral , a lei que rege as


transações comerciais é dada
por:

V=C+L

Onde:

V = preço total de venda


C é o custo total do produto
L é o lucro total

Para produzir um objeto, uma firma


gasta R$ 1,20 por unidade produzida.
Além disso, há uma despesa fixa de R$
4.000,00 independentemente da
quantidade produzida. O preço de venda
é de R$ 2,00 por unidade. Qual é o
número mínimo de unidades a partir do
qual a firma começa a ter lucro?

CURSINHO DA POLI-USP DO GRÊ MIO POLITÉ CNICO 33


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Matemática A - Álgebra

Antes de generalizarmos a
construção do gráfico de uma função
quadrática. Vejamos alguns exemplos:

1. Construir o gráfico da função f : lR


-> lR definida por f(x) = x²-2x-3

Primeiramente, vamos construir


uma tabela atribuindo alguns
valores de x, e calculando sua
imagem f(x) correspondente.

X f(x) = x² - 2x – 3
- f(-3) = (-2)² - 2(-2) - 3 = 5
2
- f(-2) = (-1)² - 2(-1) - 3 = 0
1
0 f(-1) = (0)² - 2.0 - 3 = -3
1 f(0) = 1² - 2.1 - 3 = -4
2 f(1) = 2² - 2.2 - 3 = -3
3 f(2) = 3² - 2.3 - 3 = 0
4 f(4) = 4² - 2.4 - 3 = 5

Gráfico de f:

FUNÇÃO DO SEGUNDO GRAU

Definição
Chama-se função polinomial do 2º grau
(ou função quadrática), a toda função 2. Construir o gráfico da função f : lR
f : lR -> lR definida por: -> lR definida por f(x) = -x²+2x+3
f(x) = ax²+bx+c, a є lR*, b є lR e c є lR
Analogamente ao exercício 1,
Como obter o gráfico de uma temos:
função quadrática

34 CURSINHO DA POLI-USP DO GRÊ MIO POLITÉ CNICO


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Matemática A - Álgebra

X f(x) = -x² + 2x + 3 4. Construir o gráfico da função f : lR


- f(-2) = -(-2)² + 2(-2) + 3 = -5 -> lR definida por f(x) = -x²+2x-3
2
- f(-1) = -(-1)² + 2(-1) + 3 = 0
1 X f(x) = -x² + 2x - 3
0 f(0) = -(0)² + 2.0 + 3 = 3 - f(-3) = -(-1)² - 2(-1) - 3 = -6
1 f(1) = -(1)² + 2.1 + 3 = 4 1
2 f(1) = -(2)² + 2.2 + 3 = 3 0 f(-2) = -(0)² - 2.0 - 3 = -3
3 f(2) = -(3)² + 2.3 + 3 = 0 1 f(-1) = -(1)² - 2.1 - 3 = -2
4 f(4) = -(4)² + 2.4 + 3 = -5 2 f(0) =-(2)² - 2.2 - 3 = -3
3 f(1) = -(3)² - 2.3 - 3 = -6
Gráfico de f: Gráfico de f:

Observamos então que:


3. Construir o gráfico da função f : lR
-> lR definida por f(x) = x²-4x+4 a) O gráfico de f(x)= ax²+bx+c é
sempre uma parábola;

b) Se a 0, a parábola é “boca
X f(x) = x² - 4x + 4
- f(-1) = (-1)² - 4(-1) + 4 = 9 para cima” (concavidade
1
voltada para cima);
0 f(0) = 0² - 4.0 + 4 = 4
1 f(1) = 1² - 4.1 + 4 = 1 c) Se a 0, a parábola é “boca
2 f(0) = 2² - 4.2 + 4 = 0
3 f(3) = 3² - 4.3 + 4 = 1 para baixo” (concavidade
Gráfico de f: voltada para baixo);

d) Se Δ = 0 então f

admite duas raízes reais


distintas, logo, a parábola
intercepta o eixo Ox em dois
pontos;

e) Se Δ = 0 então f

não admite raízes reais, logo, a


CURSINHO DA POLI-USP DO GRÊ MIO POLITÉ CNICO 35
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Matemática A - Álgebra

parábola não intercepta o eixo


Ox ;

f) Se Δ = 0 então f

admite uma raíz real, logo, a


parábola tangencia o eixo Ox
(toca o eixo Ox em apenas 1
ponto); V=( ; )
Observe que:
 Se a 0, então V é o mínimo da
Resumindo função f
Uma função polinomial de 2º  Se a 0, então V é o máximo da
grau tem como gráfico uma parábola
que pode ser representada de seis função f
maneiras diferentes:

Exercícios
1. Esboce o gráfico das seguintes
funções:
a) f(x) = x²-5x+6
b) f(x) = x²-4x+5
c) f(x) = x²-4x+4
d) f(x) = -x²+x+2
e) f(x) = -x²+6x-9
f) f(x) = -x²+2x+3

2. Verifique se as seguintes funções


admitem valor máximo ou mínimo
e calcule esse ponto.
a) f(x) = -3x²+2x
b) f(x) = 2x² - 3x – 2
c) f(x) = -4x²+4x-1

3. Determine o valor de K para que a


função f(x) = (2-k)x²-5x+3 admita
um valor máximo.

Vértice de uma parábola 4. Determine o valor de m para que a


Existe uma fórmula que função f(x) = (4m+1)x²-x+6 admita
podemos usar para determinar valor mínimo.
diretamente as coordenadas do vértice
de uma parábola: 5. Para que valores reais de k a função
f(x) = kx²-6x+1 admite valores
reais e diferentes?

36 CURSINHO DA POLI-USP DO GRÊ MIO POLITÉ CNICO


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6. Determine para que valores reais de


k a função f(x) = (k-1)x²-2x+4 não 11. Uma bola é lançada ao ar. Suponha
admite valores reais. que sua altura h, em metros, t
segundos após o lançamento, seja
7. Determine que valores de m a h= -t²+4t+6. Determine:
função f(x) = (m-2)x²-2x+6 admite a) O instante em que a bola atinge
raízes reais. a sua altura máxima;
b) A altura máxima atingida pela
8. (Univali - SC) Os valores de m para bola;
os quais as raízes da função y = -x²- c) Quantos segundos depois do
mx-4 sejam reais e diferentes lançamento ela toca o solo.
pertencem ao intervalo:
a) (-2,2) Resposta dos Exercícios
b) [-2,2]
2) a. máximo = 1/3 b. mínimo =
c) [-4,4]
-25/8 c. máximo = 0
d) lR – [-4,4]
e) (4,∞) 3) k 2
4) m -1/4
9. (UFOP - MG) Em relação ao
gráfico da função f(x) = -x²+4x-3, 5) k 9
pode-se afirmar:
6) k 5/4
a) É uma parábola de concavidade
voltada para cima. 7) m ≤ 13/6
b) Seu vértice é o ponto V(2,1). 8) d
c) Intersecta o eixo das abscissas 9) b
em P(-3,0) e Q(3,0).
10) d
11) Deve ser um quadrado de 20 cm. de
d) O seu eixo de simetria é o eixo
lado
das ordenadas.
12) a.25s b. 10m c. 5min e
e) Nda.
10s
10. (Vunesp - SP) O gráfico da função
Referências
quadrática definida por f(x) = x²-
mx+(m-1), em que m є lR, tem um
único ponto em comum com o eixo 1. Matemática – Contextos e Aplicações;
das abscissas. Então, o valor de y
Volume Único; Luiz Roberto Dante;
que essa função associa a x=2 é:
a) -2 Editora: Ática
b) -1
c) 0 2. Álgebra I – Coleção Objetivo;
d) 1 Giuseppe Nobilioni; Editora Sol
e) 2

CURSINHO DA POLI-USP DO GRÊ MIO POLITÉ CNICO 37


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Matemática A - Álgebra

 ax²+bx+c 0

Como resolver uma equação do


segundo grau
Vamos definir o passo a passo através de um
exemplo:
1. Resolva x²-3x+2 0

Resolver essa inequação significa encontrar um


conjunto de valores x, para o qual a função f(x)
= x²-3x+2 seja negativa ou zero ( ).
Vamos esboçar o gráfico dessa função (Você já
aprendeu a fazer isso na aula passada):

Observando o gráfico, fica fácil perceber que


f(x) assume valores negativos quando x está
entre 1 e 2, logo:
Conjunto Solução: S= {xє lR l 1 2}
Em resumo,
I. Resolver uma inequação do tipo
ax²+bx+c 0 (a≠0) é determinar o
conjunto dos valores de x que
deixam o gráfico de f(x) =
ax²+bx+c acima do eixo Ox.
INEQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU II. Resolver uma inequação do tipo
ax²+bx+c 0 (a≠0) é determinar o
Definição conjunto dos valores de x que
Chama-se inequação do 2º grau toda sentença deixam o gráfico de f(x) =
dos tipos: ax²+bx+c abaixo do eixo Ox.
 ax²+bx+c 0
Exercícios
 ax²+bx+c 0 Onde a є
1) Resolva as seguintes equações:
lR*, b є lR e c є lR
a) 3x²-10x+7 0
 ax²+bx+c 0
Matemática A - Álgebra

b) -2x²-x+1 0 Logo, S1 = {x є lR l -2 x 4}

c) x²-5x+10 0
Resolvendo (2): x²-2x 0 , obtemos que: a = 1
d) -4x²+9 0
0; Δ=4 0 ; x1 = 2 e x2 = 0
e) 3x²+x+1 0

f) x²-4x 0

2) Determine a solução das seguintes


inequações:
a) 2(x-1)² x
Logo, S2 = {x є lR l x 0 ou x 2}
2
b) 3(x²-10) 4x -34
Como temos duas soluções que devem ser
c) x(x-3)+1 5(x-3)
satisfeitas simultâneamente, vamos calcular a
intersecção S=S1 S2 :
Exercício Resolvido

Vamos resolver a seguinte inequação: -8 x²-

2x-8 0

Então, queremos que:

x²-2x-8 0 x²-2x-8 Portanto, S = {x є lR l -2 x 0 ou 2


0 (1)
x 4}

Exercício
x²-2x-8 -8 x²-2x 0 3) Resolva as seguintes inequações:
(2) a) -6 x²-5x 6

b) 7 x²+3 4x
Resolvendo (1): x²-2x-8 0 , obtemos que: a =
c) 2 x²-x 20-2x
1 0 ; Δ = 36 0 ; x1 = 4 e x2 = -2
d) 3 x²-2x+8 8
Matemática A - Álgebra

Respostas dos Exercícios

1) a. S = {x є lR l 1 x 7/3 }
b. S = {x є lR l x ≤ -1 ou x ≥ 1/2}
INEQUAÇÃO PRODUTO/QUOCIENTE
c. S = ø
d. S = {x є lR l -3/2 ≤ x ≤ 3/2} Agora que você conhece as funções e
e. S = lR inequações de segundo grau, os seus gráficos, o
estudo do sinal de cada uma, podemos partir
f. S = {x є lR l x ≤ 0 ou x ≥ 4}
para um estudo de inequações aparentemente
mais complicadas, mas cuja resolução envolve a
2) a. S = {x є lR l 1/2 x 2} combinação dos conceitos vistos até aqui. Os
exercícios de inequação produto e inequação
b. S = {x є lR l -2 x 2} quociente, desta forma, envolvem num mesmo
exercício: o estudo do sinal de uma função do
c. S = lR – {4}
primeiro grau, o estudo do sinal de uma função
do segundo grau e o conhecimento da “regra dos
3) a. S = {x є lR l -1 x 2 ou 3 x 6} sinais”.

b. S = {x є lR l 2 ≤ x 3} Regra dos Sinais


c. S = { x є lR l -5 ≤ x ≤ -1 ou 2 ≤ x ≤ 4}
Multiplicação ou Resultado
d. S = {x є lR l 0 x 2} Divisão de...
Um número positivo por Um número positivo.
outro número positivo.
Um número negativo Um número positivo.
Referências por outro número
negativo.
Um número positivo por Um número negativo.
1. Matemática – Contextos e Aplicações;
um número negativo ou
Volume Único; Luiz Roberto Dante; Editora: vice-versa.
Ática
Esse assunto não tem, em geral, uma incidência
direta e constante nos vestibulares, mas é
fundamental para desenvolver o raciocínio
2. Álgebra I – Coleção Objetivo; Giuseppe
lógico e estimulá-lo na resolução de problemas
Nobilioni; Editora Sol reais, como mostra o exemplo.

(FGV – SP adaptado) O lucro de uma empresa


é dado por: L(x) = 10.(10 – x).(x – 2).(20 – x) ,
onde x é a quantidade vendida. Calcular as
quantidades de x que podem ser vendidas de
modo que a empresa não tenha prejuízo.

Para resolver este problema, note que:

A empresa terá lucro quando L(x) for maior que


zero (L(x) > 0) e terá prejuízo quando L(x) for
Matemática A - Álgebra

menor que zero (L(x) < 0). Quando L(x) for f  x f  x f  x


igual a zero a empresa não terá prejuízo nem 0 ou 0 ou 0 ou
g  x g  x g  x
lucro.
f  x
0.
O problema está interessado apenas nas g  x
situações em que não há prejuízo, ou seja,
aquelas em que L(x) > 0 ou L(x) = 0. Exemplo:
Logo, temos que saber para quais valores de x
teremos L(x) ≥ 0, ou seja, temos que estudar o   x  2  .  x  4   0 é o produto entre as
sinal da inequação 10.(10 – x).(x – 2).(20 – x) ≥ funções f  x   x  2 e g  x   x  4 em
0. uma inequação. Temos que descobrir
para quais valores de x esse produto é
Se eu for aplicar a propriedade distributiva para maior ou igual a zero.
tentar resolver este problema, o resultado será
uma função do terceiro grau (L(x) = x
10 x 3  320 x 2  2600 x  4000 ), que não   0 é o quociente entre as funções
2x 1
estudamos e nem sabemos estudar o seu sinal.
f  x   x e g  x   2 x  1 em uma
Porém, podemos ver que L(x) é um produto inequação. Temos que descobrir para
(uma multiplicação) de 4 funções: quais valores de x esse quociente é
menor que zero.
 f1  x   10 , que é uma função constante;
 x  1 .  x  3
 f 2  x   10  x ;   0 é produto das funções
x 5
 f3  x   x  2 ; f  x  x 1 e g  x  x  3 e o
 f 4  x   20  x . quociente desse produto por h  x   x  5
. Temos que descobrir para quais valores
Podemos escrever, então, que de x a equação é menor ou igual a zero.
L  x   f1  x  . f 2  x  . f 3  x  . f 4  x  e que temos
que resolver a inequação
f1  x  . f 2  x  . f 3  x  . f 4  x   0 . Essa forma Resolução de inequações
caracteriza uma inequação quociente. produto/quociente

O modo de se resolver as inequações quociente


Definição e produto é o mesmo, já que a “regra dos sinais”
na multiplicação é a mesma aplicada na divisão.
Inequação produto é toda desigualdade que
Tal modo pode ser descrito assim:
pode ser escrita nas formas abaixo:
 Faz-se o estudo do sinal de cada uma das
f  x  .g  x   0 ou f  x  .g  x   0 ou funções envolvidas no produto ou no
f  x  .g  x   0 ou f  x  .g  x   0 . quociente;
 Compara-se o estudo desses sinais em
Inequação quociente é toda desigualdade que cada um dos intervalos dos números
pode ser escrita nas formas abaixo: reais;
 Usa-se a “regra dos sinais” para
determinar o sinal da função que será o
Matemática A - Álgebra

produto/ quociente de cada uma das


funções envolvidas. Gráfico de g(x) = x+2:

Exemplo 1: Notar que:

Vamos resolver a inequação  x  3 .  x  2   0 .  g(x) = x + 2 é positivo se x > -2;


 g(x) = x + 2 é negativo se x < -2;
Sabemos que ela é um produto das funções  g(x) = x + 2 é zero se x = 2;
f  x   x  3 e g  x   x  2 . Vamos dar uma y
olhada no gráfico de cada uma dessas funções: y=x+2
4
Gráfico de f(x) = x – 3:
3
Desse gráfico nota-se:
2
 x – 3 é maior que zero (positivo) se x for
maior que 3; 1
 x – 3 é menor que zero (negativo) se x
for menor que 3; 0 x
 x – 3 é igual a zero se x for igual a 3. -4 -3 -2 -1 1 2 3 4
-1
y y=x-3
4 -2
3

2 -3
1
-4
0 x
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4
-1
Gráfico para estudo de sinal:
-2

-3

-4
g(x)<0 g(x)>0

(-) (+)
Baseado nisso, simplificamos o gráfico e o x
desenhamos nesta forma (estudo do sinal da -2
função):
Vamos comparar os gráficos de sinal para as
duas funções dessa forma:
f(x)<0 f(x)>0
f(x)<0 (-)
e
(-) (+) x
f(x)<0 (-)
e g(x)>0 (+)
f(x)>0 (+)
e
g(x)<0 (-) g(x)>0 (+)

3 x
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
Se você entende o que significa este gráfico
(mesmo das aulas anteriores), você não terá Entender esse gráfico é a parte mais importante
dificuldades em entender o resto da aula. da aula (o gráfico apenas apresenta todas as
Matemática A - Álgebra

informações de antes em um desenho só). Ele


diz que: x2  x  2
Exemplo 2: 0
x4
 Em x > -2, f(x) = x - 3 é negativo (f(x) <
0 – vide gráfico de f(x) = x - 3) e g(x) = x
Estudo do sinal de f  x   x  x  2 :
2
+ 2 também é negativo (g(x) < 0 – vide
gráfico de g(x) = x + 2). Perceba que, de
f(x)<0
acordo com a “regra dos sinais” o
f(x)>0 f(x)>0
produto f(x).g(x) será positivo (produto (-)
de dois números negativos é positivo). (+) (+)

 Quando x está entre -2 e 3 (-2 < x < 3), -1 2


x
f(x) = x - 3 é negativo (f(x) < 0 – vide Estudo do sinal de g  x   x  4 :
gráfico de f(x) = x - 3) e g(x) = x + 2 é
positivo (g(x) > 0 – vide gráfico de g(x)
= x + 2). Perceba que, de acordo com a g(x)<0 g(x)>0
“regra dos sinais” o produto f(x).g(x)
será negativo (produto de número (-) (+)
negativo com número positivo é
negativo). x
-4
 Quando x é maior que 3 (x > 3), f(x) = x Comparação entre f(x) e g(x):
- 3 é positivo (f(x) > 0 – vide gráfico de
f(x) = x - 3) e g(x) = x + 2 é positivo f(x)>0 (+) f(x)<0 (-)
f(x)>0 (+) e e f(x)>0 (+)
(g(x) > 0 – vide gráfico de g(x) = x + 2). e g(x)>0 (+) g(x)>0 (+) e
Perceba que, de acordo com a “regra dos g(x)<0 (-) g(x)>0 (+)
sinais” o produto f(x).g(x) será positivo
(produto de dois números positivos é x
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
positivo). f (x ) f (x ) f (x ) f (x )
< 0 (- ) > 0 (+ ) < 0 (- ) > 0 (- )
g (x ) g (x ) g (x ) g (x )
De posse dessas informações, montamos o
estudo do sinal para a função Essa comparação é feita mais facilmente
f  x  .g  x    x  3  .  x  2  . fazendo-se o estudo do sinal das funções em um
quadro, conforme a seguir:
f(x).g(x)<0
(+) (+) -1 (-) 2 (+)
f(x).g(x)>0 f(x).g(x)>0 f(x)

x
(-) -4 (+) (+) (+)
-2 3 g(x)
E a partir daí resolvemos a inequação (-) (+) (-) (+) f (x )
 x  3 .  x  2   0 . g (x )
Note que, neste caso, x não pode ser igual a -4,
“( x – 3).(x + 2) é maior que zero se x pertencer pois o denominador g(x) ficaria igual a zero, o
ao conjunto dos números reais, contanto que ele que não é permitido nos números reais.
seja menor que -2 ou seja maior que 3.”
Vemos que os valores de x que tornam
Com maior rapidez, considerando que já é x2  x  2
menores ou iguais a zero são os
sabido o estudo do sinal de funções do primeiro x4
e segundo grau, vamos resolver mais alguns números menores que -4 (x < - 4) e os que estão
exemplos. entre -1 e 2 (- 1 ≤ x ≤ 2).
Matemática A - Álgebra

A solução de  x  3 .  x  2   0 é o conjunto
x x2 2
dos x que pertencem a  (conjunto dos números
Os valores que tornam igual a zero
x4 reais) que são menores que -2 e também o
são -1 e 2, porque eles fazem o numerador ficar conjunto dos que são maiores que 3. Em
igual a zero. Por isso que o intervalo entre -1 e 2 linguagem matemática, isso pode ser escrito
é descrito da forma (- 1 ≤ x ≤ 2) e não da forma assim (é muito importante que você entenda
(- 1 < x < 2). Porque os números -1 e 2 fazem isso):
parte da solução neste caso. Os intervalos que
satisfazem a inequação são:  ; 4 ou  1; 2 . S   x   | x  2  x  3 .

Exemplo 3 (Resolução do problema do lucro): Note que o símbolo “|” significa “contanto” e
que o símbolo  significa “ou”.
Temos a inequação f1  x  . f 2  x  . f 3  x  . f 4  x   0
, que, substituindo, fica Uma outra forma de responder a questão seria
10.  10  x  .  x  2  .  20  x   0 . dizer que a solução de  x  3 .  x  2   0 é a
união dos intervalos  ; 2 e  3;  certo?
Colocamos o quadro de resolução diretamente Em linguagem matemática, isso seria:
(verificar se está certo mesmo!):
(+) (+) (+) (+)
f1(x)=10
S   x   ; 2   3;  
(+) (+) (-) (-)
f2(x)=10 - x
Note a presença do símbolo união “  ”.
10
(-) (+) (+) (+)
2
f3(x)=x - 2
(+) (+) (+) (-)
20
f4(x)=20 - x
Uma terceira forma de resposta ainda, seria
dizer que a solução de  x  3 .  x  2   0 pode
(-) (+) (-) (+)
f1(x).f2(x).f3(x).f4(x)=L(x)
Então vemos que:
ser qualquer número do conjunto dos números
reais menos aqueles que estão entre -2 e 3 (que é
A empresa do problema terá lucro (L(x) > 0) se x
aquela região onde (x - 3).(x + 2) é negativo), ou
estiver entre 2 e 10 ou se x for maior que 20.
seja, que estão no intervalo  2;3 . Em
A empresa não terá prejuízo nem lucro (L(x) = linguagem matemática:
0) se x = 2, x = 10 ou se x = 20.
S   x   | x   2;3 
Logo, os intervalos que satisfazem a inequação
são:  2;10 ou  20;  .
Da mesma forma, são fornecidas as respostas
que serviriam para os outros exemplos.
Os vários tipos de resposta para uma Respostas para o exemplo 2:
inequação
a) S   x   | x  4  1  x  2
A solução de uma inequação é um conjunto. No
caso de uma inequação quociente, a solução 
b) S  x   ; 4   1; 2 
geralmente é uma união de alguns subconjuntos
de  formando um conjunto solução. Respostas para o exemplo 3:

Resposta para o exemplo 1: a) S   x   | 2  x  10  x  20


Matemática A - Álgebra


b) S  x   2;10   20;   2. (FGV – SP adaptado) Qual a solução da
x x
inequação  0?
x 1 x 1
Exercícios 3. (FEI – SP adaptado) Qual o conjunto
2x 1
solução da inequação 1?
1. Resolva as inequações: x3
4. (FEI – SP adaptado) Qual o domínio da
a) x 2
 3x  .  x  2   0
função f  x  
x 1
?
x 1
b) x 2
 2 x  3 .  2 x 2  5 x  2   0
5. (Fatec – SP adaptado) Qual o domínio da
c) x 2
 x  6  .  x 2  1  0 2x 1
função f  x   ?
d)
 x  1 .  x  30
x2
x 5 6. (FCC – SP adaptado) Qual a solução da
e) x.  x  2  .   x  1  0 inequação
2 x 2  3 x  2
 0?
x2
f) x 2
 x  2  .  x 2  2 x  1  0
g)  x  4 .  x2  5x  6  0 7. (Cescem – SP adaptado) Qual a solução
da inequação
h) x 2
 3x  6  .  x 2  5 x   0
 x  2 x  8 . x  5x  6  . x  16   0 ?
2 2 2

x  2
i) 0
x 2  3x 8. (FGV – SP adaptado) Qual a solução da
x 2  2 x  10 x 3
j) 0 inequação  x 1 ?
x 2  2 x  10 x2
x 2  7 x  10
k) 0
x2  5x  4 9. (UFV – MG adaptado) Qual a solução da
x  4 x2  6 x  5
l) 0 inequação  0?
6 x  5 x  10
2
 x  1 .  x 2  7 x  10 
x2
m) 8
x2 10. (Cescem – SP adaptado) Qual a solução
x 1  2 x 2  16  x 2
n)  0 do sistema  ?
x2 x
x  2  0
x 1 x  2
o) 
x3 x4
p) x 3  x 2  12 x  0 Respostas:
x 1 x
q) 1 
x x 1 1. a
1  a) { x   | x  0 ou 2  x  3 }
r) 2x  3  5  4   1 1
x  b) { x   | 1  x  ou 2  x  3 }
2
x  2x 1
2
1
s)  c) { x   | x  3 ou 1  x  1 ou
x 1
2
x 1 x2}
x  x 1
2
d) { x   | 3  x  1 ou x  5 }
t) 0
x 2  3x e) { x   | 0  x  1 ou x  2 }
f)  x   | 1  x  2  x  1
  x  1 .  2 x  1
3 2
u) 0
Matemática A - Álgebra

g)  x   | 1  x  4  x  6
h)  x   | x  0  x  5
i)  x   | x  0  2  x  3
j)  x   | x  1 11  x  1  11 
k)  x   | x  1  2  x  4  x  5
l)  x   | x  4
m)  x   | x  2
n)
 x   | x  2  1  x  0  x  2
o)  x   | 3  x  4
p)  x   | x  3  0  x  4
q)
 1 5 1  5 
x   |  x  0 1  x  
 2 2 
r)  x   | x  0
s)  x   | x  0  x  1  x  1
 1 5 
t) x   | x   x  3
 2 
 1
u)  x   | x  
 2

2.  x   | x  1  0  x  1
3.  x   | x  4  x  3
4.  x   | x  1  x  1
 1 
5.  x   | x   x  2 
 2 
 1 
6.  x   | x    x  2 
 2 
7.  x   | 4  x  2  3  x  4
8.  x   | x  2
9.  x   | 1  x  1  2  x  5  x  5
10.  x   | x  4

Bibliografia
GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José
Roberto; GIOVANNI JR., José Rui. Matemática
Fundamental, 2º grau. Volume Único. São
Paulo: FTD, 1994.
Matemática A - Álgebra

Agora que vimos os tipos mais comuns de


funções estudadas para o vestibular e temos as
noções de domínio e conjunto imagem, vamos
estudar mais duas relações entre as funções e
como essas relações são representadas entre os
conjuntos numéricos. As relações que
estudaremos são:

O que significa uma função ser inversa de outra


função?
O que significa uma função ser composta com
outra função?
Quais os outros tipos de funções especiais que
existem?

Depois disso, daremos atenção à alguns tipos


especiais de funções: definiremos a função
constante, a função crescente, a função
decrescente, a função par e a função ímpar.

Função Inversa (válido apenas para


funções bijetoras)

Aprendemos, há algumas aulas, que as funções


são relações entre conjuntos numéricos. Que
elas associam um elemento de um conjunto a
um elemento de outro conjunto. Vejamos o caso
da função f(x) = 2x + 4.

Tabela de f(x) = 2x + 4;

x f(x)
Se x = -2; f(x) = 0;
Se x = 0; f(x) = 4;
Se x = 1; f(x) = 5;

Gráfico de f(x) = 2x + 4;

ALGUNS TIPOS DE FUNÇÃO

Um pouco mais de função...


Matemática A - Álgebra

y y=2x+4 x
g (x ) = - 2
2
4

3 x -4

-3
-4

-3,5
y
2 0 -2

1 +2 -1

4 0

0 x
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 6 1

-1 8 2

-2
Compare o diagrama de f(x) com o de g(x).
-3
Note que: f(-2) = 0 e g(0) = - 2; g(4) = 0 e f(0) =
-4 4. Perceba que g(x) estabelece a relação inversa
de f(x) entre os dois conjuntos. Dizemos então,
A função f(x) = 2x + 4 relaciona o conjunto x, que g(x) é a função inversa de f(x) – ou que f(x)
que é idêntico ao conjunto dos números reais  é a função inversa de g(x) – e, matematicamente
(infinito), com o conjunto y, que também é escrevemos: g(x) = f -1(x) ou f(x) = g -1(x). O
idêntico ao conjuto dos números reais e também símbolo f -1(x) significa “função inversa de
é infinito. f(x)”, assim como g –1(x) significa “função
inversa de g(x)”.
f(x) = 2x + 4
Como fazemos para descobrir a inversa de uma
x -4

-3,5
-4

-3
y função?

Seja a função f(x) = 2x + 4. Para descobrir a


-2 0
função inversa:
-1 +2

0 4 - Substituímos x por g(x) e substituímos f(x) por


1 6
x:

f  x   2.x  4 , fazemos
2 8
Neste caso, como
Repare o sentido das flechas. O conjunto de
partida (x) é o domínio e o conjunto de chegada x  2.g  x   4 .
(y) é o contradomínio. É óbvio que só colocamos
alguns poucos elementos de x e de y, pois os Isolamos g(x) no primeiro membro.
dois conjuntos são infinitos, o que vai gerar
infinitas flechas ligando cada elemento de x a
um elemento de y. Repare que as mesmas
informações que estão no diagrama estão no
gráfico e também na tabela. Por exemplo: f(0) =
4; f(-2) = 0; etc...

Repare agora, no diagrama da função


x
g  x    2 . Observe que o seu diagrama é
2
dado por:
Matemática A - Álgebra

x  2.g  x   4  x
-3
g(x)
-2

 x  4  2.g  x   -2,5
-2
-1,5
-1

x4 -1,7 -0,7


  g  x  -1 0
2 0 1
1 2
x 4
   g  x 
2 3
2,4 3,4
2 2 3 4
x Tabela de g(x)
  2  g  x 
2
x Perceba que f(-2) = -3 e g(-3) = -2; f(0) = -1 e
 g  x   f 1  x   2 g(-1) = 0; etc... Se a função passa pelo ponto (-2,
2 -3), a inversa passará pelo ponto (-3, -2). Se a
equação passa pelo ponto (0, 1), a inversa
Vamos descobrir a inversa da função f(x) = x – passará pelo ponto (1, 0).
1.
Veja se, de acordo com os exemplos anteriores,
f  x   x 1  x  g  x  1  x  1  g  x   você concorda com esta propriedade: Se g(x) é
 g  x   f 1  x   x  1 função inversa de f(x), então
Comparando as tabelas de f(x) = x – 1 e g(x) = x  O conjunto domínio de f(x) será igual ao
+ 1, temos. conjunto Imagem de g(x).
x f(x)
 O conjunto imagem de f(x) será igual ao
-3 -4 conjunto Domínio de g(x).
-2,5 -3,5
-2 -3 Em matematiquês, dizemos: se g(x) = f -1(x) 
-1,7 -2,7 Dom{f(x)} = Im{g(x)} e Im{f(x)} =
-1 -2 Dom{g(x)}.
0 -1
1 0
2 1
2,4 1,4 Função Composta
3 2
Tabela de f(x)
Vamos pensar novamente na nossa função f(x) =
2x + 4. Imagine uma outra função, g(x) = x2.
Vamos fazer com que o resultado de uma função
seja utilizado na outra função. Dessa forma:

- em x = 2, f(2) = 8 e g(8) = 64. Logo, g(f(2)) =


64.
- em x = 1, f(1) = 6 e g(6) = 36. Logo, g(f(1)) =
36.
- em x = -1, f(-1) = 2 e g(2) = 4. Logo, g(f(2)) =
4.
- em x = 0. f(0) = 4 e g(4) = 12. Logo, g(f(0)) =
12.
Matemática A - Álgebra

A função g(f(x)) é o que chamamos de função -4 16 f(-4) = 2.(- 4)+4 = - g(- 4) = (- 4)2 = 16
4
composta. -3 4 f(-3) = 2.(- 3)+4 = - g(- 2) = (- 2)2 = 4
2
Imagine que a função seja uma máquina onde -2 0 f(-4) = 2.(- 2)+4 = 0 g(0) = (0)2 = 0
colocamos um número e ela apresenta um outro -1 4 f(-1) = 2.(- 1)+4 = 2 g(2) = (2)2 = 4
0 16 f(-4) = 2.(0)+4 = 4 g(4) = (4)2 = 16
número na saída, correspondente ao resultado da 1 36 f(-4) = 2.(1)+4 = 6 g(6) = (6)2 = 36
função: 2 64 f(-4) = 2.(2)+4 = 8 g(8) = (8)2 = 64
3 100 f(-4) = 2.(3)+4 = 10 g(10) = (10)2 = 100
4 144 f(-4) = 2.(4)+4 = 12 g(12) = (12)2 = 144
x=2 f(2)=8 x=2 f(2)=4
f(x)=2x+4 g(x)=x 2
Será que existe uma função h(x) cuja tabela seja
igual a da função composta? Sim, existe. No
x=0 f(0)=4 x=0 f(0)=0 caso, é a função h(x) = 4x2 + 16x + 16. Então
f(x)=2x+4
f(x)=2x+4 dizemos que:

g(f(x)) = gºf(x) = h(x) = 4x2 + 16x + 16.


x=-1 f(-1)=2 x=-1 f(-1)=1
f(x)=2x+4 f(x)=2x+4

Visão das funções f(x) = 2x + 4 e g(x) = x 2 como uma máquina (esquema Tabela de h(x)
“caixa-preta”). x h(x) Demonstração
-4 16 4.(- 4)2 + 16.(- 4) + 16 = 16
Então, a função composta é quando interligamos -3 4 4.(- 3)2 + 16.(- 3) + 16 = 4
duas caixas, da seguinte forma: -2 0 4.(- 2)2 + 16.(- 2) + 16 = 0
-1 4 4.(- 1)2 + 16.(- 1) + 16 = 4
0 16 4.(0)2 + 16.(0) + 16 = 16
x=2 f(2)=8 g(8)=64=f(g(2)) 1 36 4.(1)2 + 16.(1) + 16 = 36
f(x)=2x+4 g(x)=x 2
2 64 4.(2)2 + 16.(2) + 16 = 64
3 100 4.(3)2 + 16.(3) + 16 = 100
4 144 4.(4)2 + 16.(4) + 16 = 144

Como será que apareceu essa função? Como


fazemos para achar a função equivalente à
x=2 g(f(x))=? g(f(2))=64 função composta? O método é simples se
gºf(x)=?
entendermos o conceito.

Observe que, se g(x) = x2, então, g(f(x)) = f(x)2.


g(10)=100=g(f(3))
Como f(x) = 2x + 4 , g(f(x)) = (2x + 4)2 = 4x2 +
x=3 f(3)=10
f(x)=2x+4 g(x)=x
2
16x + 16.

Além de g(f(x)) podemos ter também a


composição f(g(x))= fºg(x) = 2(g(x)) + 4 = 2x 2 +
4, que é diferente de g(f(x)).
x=3 g(f(x))=? g(f(3))=100

gºf(x)=?
(Fatec – SP adaptado) Sejam f :    e
funçã g :    definidas por f  x   x  4t e
o composta no esquema “caixa-preta”
g  x   x 2  t . Se f  g  1   16 , então calcule o
A função g(f(x)) é chamada função composta de
valor de t.
g(x) com f(x) e representada assim: gºf(x).
Passos para resolver o exercício:
Preste atenção na tabela dessa função composta:
a) Calcular f(g(x));
x g(f(x)) Demonstração
Matemática A - Álgebra

b) Calcular f(g(1)) = 16 e resolver o O gráfico de uma função crescente, é sempre


exercício. inclinado para a direita. Em uma função
crescente de primeiro grau o coeficiente que
a) Calculando f(g(x)), temos: multiplica x é sempre positivo.

f  x   x  4t  f  g  x    g  x   4t ; Ex:
y y=2x+4 y y=3x

Como g  x  x  t , 2
então 4 4

f  g  x    x  t  4t  f  g  x    x  5t
3 3
2 2
2 2

1 1

b) Como f(g(1)) = 16, logo: 0 0


-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4
-1 -1

f  g  1   12  5t  16  5t  16  1  -2 -2

-3 -3
15
 5t  15  t   t  3 -4 -4

5 função crescente

Função Decrescente: é aquela em que, se x1 >


x2, então teremos f(x1) < f(x2).
Alguns tipos de função
Ex: f(x) = - x + 5. Nesta função, f(8) = 16 > f(5)
Função constante: é toda função em que f(x) é = 10, pois 8 > 5.
igual a um número real somente, para qualquer O gráfico de uma função crescente, é sempre
valor de x. inclinado para a esquerda. Em uma função
crescente de primeiro grau o coeficiente que
Ex: f(x) = 3 multiplica x é sempre negativo.
Note que f(1) = f(2) = f(10) = f(1000000) = 3!
Por isso chamamos de função constante. O Ex:
y y=-x+2 y
gráfico de uma função constante pode ser dado 4 4
y=-3x
por: 3 3
y y 2 2
4 4
f(x)=3 1 1
3 3

2 2 0 0
f(x)=1 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4
1 1 -1 -1

0 0 -2 -2
-1 -1
-3 -3
y
-2 -2
4 -4 -4
-3 -3

-4
3
-4
função decrescente
2

1 E a função f(x) = x2 mostrada abaixo, ela é


0 crescente ou decrescente? Neste caso, dizemos
que f(x) = x2 é decrescente no intervalo  ;0
-1

-2

e é crescente no intervalo  0;  . Confirme


f(x)=-2
-3

-4
fun
ção constante isso olhando no gráfico logo abaixo.

Função Crescente: é aquela em que, se x1 > x2, Função Par: é toda função onde f(-x) = f(x), ou
então teremos f(x1) > f(x2). seja, onde f(-3) = f(3), f(-1) = f(1), f(10) = f(-
10). Um bom exemplo seria f(x) = x2 não é
Ex: f(x) = 2x. Nesta função, f(8) = 16 > f(5) = mesmo? Pois é, x2 é uma função par. Toda
10, pois 8 > 5. função par é simétrica em torno do eixo y, ou
Matemática A - Álgebra

y y
seja, o eixo y divide o desenho em duas partes 4
y=2x
y = -x
4
iguais e opostas. 3 3
y
2 2
4 f(x) = x2
1 1

3 -4 -3 -2 -1
0
1 2 3 4 -4 -3 -2 -1
0
1 2 3 4
-1 -1

2 -2 -2

-3 -3
1 -4 -4

funções ímpares
0
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4
Mas existem funções, como f(x) = x + 1, que
-1
não obedecem a nenhum desses critérios. Nesse
-2 caso, onde f   x   f  x  e f   x    f  x  ,
função
par. dizemos que a função não é par e nem é ímpar.

Outras funções pares são f(x) = x2 + 1, f(x) = x2 Exercícios Propostos


+ 2, f(x) = x2 + 3, f(x) = 2x2, f(x) = 3x2, f(x) =
4x2, f(x) = 2x2 + 1, f(x) = 3x2 + 2, etc...
1. (ITE – Bauru) Dadas as funções f(x) =
Veremos, mais adiante no curso, um outro tipo 2x – 3 e g(x) = x3, determine (f º g)-1(x).
de função par, a função modular.
2. (Mack – SP adaptado) Se f(x – 1) = x 2,
Função Ímpar: é toda função onde f(-x) = - então, qual o valor de f(2)?
f(x), ou seja, onde f(-3) = - f(3), f(-1) = - f(1), f(-
10) = - f(10). Tomemos como exemplo f(x) = 2x. 3. (PUC – SP) Qual das funções a seguir é
Note que: par?

Tabela de f(x) = 2x. Note que, em cada 1


momento, f(- x) = - f(x). a) f  x 
x2
f(1) = 2 f(-1) = - 2
1
f(2) = 4 f(-2) = - 4
b) f  x 
f(3) = 6 f(-3) = - 6 x
f(4) = 8 f(-4) = - 8
f(5) = 10 f(-5) = - 10 c) f  x  x
d) f  x   x
As funções f(x) = x, f(x) = 3x, f(x) = 4x, f(x) – x,
e) n.d.a.
f(x) = - 2x, etc... também são ímpares. O gráfico
de uma função ímpar necessariamente passa pelo
4. (Cescem – SP adaptado) Se f(x) = a + 1 e
ponto (0,0) e a parte da função que se encontra
g(z) = 2z + 1, calcule g(f(x)).
no 1º quadrante é simétrica a parte que se
encontra no 3º quadrante.
5. (Mack – SP adaptado) Se f(x) = 2x – 1 e
g(x) = x + 1, calcule g(f(2)).

6. (Mack – SP adaptado) Se f(x) = 3x, g(x)


= x2 – 2x + 1 e h(x) = x + 2, calcule
h(f(g(2))).
Matemática A - Álgebra

7. (FCC – SP adaptado) Calcule a inversa


2x 1
da função f  x   .
x3 Bibliografia
8. (UFU – MG) se f :    é uma
função estritamente crescente e ímpar, GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José
então sua inversa f-1 é: Roberto; GIOVANNI JR., José Rui.
Matemática Fundamental, 2º grau. Volume
a) Estritamente crescente e ímpar. Único. São Paulo: FTD, 1994.
b) Estritamente decrescente e par.
c) Estritamente crescente e par.
d) Estritamente decrescente e par.
e) Nem par nem ímpar.

9. (UECE) Seja f :    uma função


definida por f(x) = mx + p. Se o gráfico
de f passa pelos pontos P1(0,4) e P2(3,0),
então o gráfico de f-1 passa pelo ponto:

a) (8, - 3)
b) (8, - 2)
c) (8, 2)
d) (8, 3)

10. (Santa – Casa SP adaptado) Se f-1 é a


função inversa da função f, de R em R,
definida por f(x) = 3x – 2, então qual o
valor de f-1(-1)?

Respostas
x3
1. y 3
2
2. 9
3. a
4. 2a+3
5. 4
6. 5
3x  1
7. f 1  x  
2 x
8. b
9. a
1
10.
3
Matemática A - Álgebra

FUNÇÕES, EQUAÇÕES E
INEQUAÇÕES MODULARES

Neste ponto da matéria começamos a abordar


conceitos que quase não vemos no ensino médio
público e que são muito recorrentes em alguns
vestibulares. O módulo tem um conceito
simples, mas as aplicações desse conceito em
equações, funções e inequações modulares
podem ser bem complicadas. Elas exigem um
conhecimento grande na parte de funções e
equações em geral.

O Conceito de Módulo

Módulo é um nome que provavelmente você já


ouviu na Física, no estudo dos vetores, correto?
Lá, o módulo era o comprimento de um vetor.
Por exemplo, se temos duas forças em um
caixote F1 e F2, isso vai ocasionar o
aparecimento de uma resultante FR:

F2 FR
Se |F1|=3 N
e |F2|=4N, então
|FR|=5N

F1
Daí o professor de Física nos diz que, se o
módulo de F1 for 3 e o módulo de F 2 for 4, então
o módulo de FR será 5. Mas em matemática,
como é definido o módulo?

O módulo de um número real A é indicado por |


A| e é definido da seguinte forma.

 |x| = x, se x for positivo (x > 0);

 |x| = - x, se x for negativo (x < 0);

Ex:

 |+ 3| = 3;
 |- 3| = - (- 3) = + 3, ou seja, |- 3| = 3;
 | - 1| = 1;
Matemática A - Álgebra

 | 7| = 7; x x
 |0| = 0.  ; perceba que também é indiferente
y y
qualquer jogo de sinal neste caso.
Considere a reta que contém todos os números 2
reais em ordem crescente (o eixo x do plano x  x 2 ; o quadrado de qualquer número é
cartesiano): sempre positivo, e o módulo também.
x 2  x 2 ; o quadrado de qualquer número é
x
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 sempre positivo.
Dizemos que o módulo de um número real é o
módulo do vetor que liga o número em questão
ao ponto 0: A equação modular
Ex: É qualquer equação onde a incógnita aparece
dentro de um módulo.
O módulo de -3 ( | - 3| ) é o módulo desse vetor:
Ex:
x
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7  | x + 1 | = 5;
 | x |2 + 2.| x | - 4 = 0
Que é 3. O módulo de 7 ( | 7 | ) que é 7, é o
módulo do vetor mostrado na figura abaixo: Uma equação modular pode ter mais de uma
solução. Mesmo se a equação for do 1º grau.
x
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 Exemplo 1: vamos resolver | x + 1 | = 5.

Propriedades do Módulo Existem duas possibilidades:

Considere x e y números reais. Para qualquer a) Se x + 1, que é o número dentro do


que seja f(x), temos: módulo, for positivo (x + 1 > 0), então |
x + 1| = x + 1. Daí a equação se resolve
x  0 , pois o resultado do módulo é sempre um assim:
número positivo. Veja os exemplos dados.
x   x , seja x positivo ou negativo, o módulo | x  1| 5  x  1  5  x  5  1  x  4
sempre é o mesmo.
b) Se x + 1 for um número negativo, então
x  y  x  y ; pense em (x = - 3) e (y = 5). O devemos trocar o sinal de x + 1 para
módulo da soma ( x  y ) é 2 e a soma dos obter o seu módulo, ou seja, | x + 1 | = -
x – 1, e a equação ficará assim:
módulos ( x  y ) é 8. Logo, a soma dos
módulos será sempre maior, principalmente | x  1| 5   x  1  5 
quando os números tiverem sinais contrários.   x  5  1   x  6  x  6
x  y  x  y ; pense em números de sinais
contrários novamente. Seja (x = - 3) e (y = 5). Podemos ver então, que as soluções dessa
Note que: x  y  3  5  8 e que equação são 4 e -6. O conjunto solução é:
x  y  3  5  2 . S = {4, - 6}
xy  x . y ; perceba que é indiferente qualquer
jogo de sinal neste caso.
Matemática A - Álgebra

 Substituindo x por 4, temos:  Substituindo x por 2, temos:


| x  1| 5 | 4  1| 5 | 5 | 5 , o que é | 2 x  12 x || 2.2  12.2 || 16 | 16 ,
2 2

verdade. que é verdade.


 Substituindo x por 6, temos:  Substituindo x por - 4, temos:
| x  1| 5 |  6   1| 5 | 5 | 5 , o | 2 x 2  12 x || 2.  4   12.  4  ||16 | 16
2

que também é verdade. , que é verdade.


 Substituindo x por - 2, temos:
Exemplo 2: Vamos resolver | 2x2 – 12x | = 16.
| 2 x 2  12 x || 2.  2   12.  2  ||16 | 16
2

a) Primeira hipótese: 2x2 – 12x é positivo. , que é verdade.


Logo:
| 2 x 2  12 x | 2 x 2  12 x  16  Exemplo 3: Vamos resolver | x |2 – 5 | x | + 4 =
0.
a  2

 2 x  12 x  16  0 b  12
2
Notar que | x | 2 = x2, porque mesmo que x for
c  16 negativo, a potenciação ao quadrado o

transformará em um número positivo. Observe
que | - 5 |2 = 52 = (- 5)2=25, por exemplo.
  b 2  4.a.c   12   4.  2  .  16   16
2

b   12  4 Logo a equação fica x2 – 5 | x | + 4 = 0. Se x for


x1   4 positivo, temos| x | = x e x2 –5x +4 = 0 (resolve-
2.a 4
se por Bháskara). Se x for negativo, temos | x | =
b   12  4 - x e x2 –5(-x) +4 = 0, logo x2 +5x +4 = 0
x2   2
2.a 4 (resolve-se por Bháskara).

b) Segunda hipótese: 2x2 – 12x é negativo.


Logo: Função Modular
| 2 x 2  12 x | 2 x 2  12 x  16 
 a  2 Da mesma forma que definimos a equação

 2 x  12 x  16  0 b  12
2
modular, também podemos falar em função
c  16 modular, na qual a variável de domínio da
 função encontra-se dentro do módulo.

  b 2  4.a.c   12   4.  2  .  16   16
2
Para construir o gráfico de uma função modular,
também devemos considerar as várias
b   12  4
x1    4 possibilidades envolvidas, se o número que
2.a 4 estiver dentro do módulo for positivo ou for
b   12  4 negativo. Também é interessante a comparação
x2    2
2.a 4 do gráfico de uma função com o módulo com o
mesmo gráfico de uma função sem o módulo.
Logo, as respostas possíveis são 4, 2, - 4 e – 2 e
o conjunto dos valores solução é

S={4, 2, - 4, - 2}

 Substituindo x por 4, temos:


| 2 x  12 x || 2.4  12.4 || 16 | 16 , que
2 2 Vamos comparar o gráfico de f(x) = | x | com o
gráfico de g(x) = x. Vamos dar uma olhada na
é verdade.
tabela dessas funções.
Matemática A - Álgebra

f(x) = | x | g(x) = x y
x f(x) x f(x) 4
-3 3 -3 -3
3 g(x)=x-2
-2 2 -2 -2
-1 1 -1 -1 2
0 0 0 0 1
1 1 1 1
2 2 2 2 -4 -3 -2 -1
0
1 2 3 4
x
3 3 3 3 -1

-2

Note que: -3

-4
1. Se x > 0 (positivo), o gráfico de f(x) é o y
mesmo de f(x) = x. 4

2. Se x < 0(negativo), o gráfico de f(x) é o 3 f(x)=|x - 2|

mesmo de f(x) = - x. 2

1
Comparando os gráficos, vemos que:
0 x
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4
y -1
4
-2
3 g(x)=x
-3
2
-4
1

0 x
-4 -3 -2 -1
-1
1 2 3 4 Novamente, perceba que o gráfico tem a parte
negativa de y “rebatida para cima”.
-2

-3
Comparação dos gráficos de f(x) = | x 2 - 2 | e
-4 g(x) = x2 – 2:
y
4
Quando | x2 – 2 | > 0, temos que f(x) = x2 – 2;
(f(x)=-x)
3 f(x)=|x| Quando | x2 – 2 | < 0, temos que f(x) = - x2 + 2;
2 (f(x)=x)

1 Atenção nos gráficos:


0 x
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 y y
-1 4 g(x)=x2-4 4 2
f(x)=|x - 4|
3 3
-2
2 2
-3
1 1

-4
0 x 0 x
-3 -2 -1 1 2 3 4 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4
-1 -1

-2 -2
O gráfico de f(x) = | x | tem a parte negativa de x -3 -3

“rebatida para cima”. -4 -4

As funções modulares, devido à essa


característica do módulo, conseguem “juntar” Repare que a parte negativa de y sempre é
duas ou mais funções em um mesmo gráfico. rebatida para cima.

Comparando os gráficos de f(x) = x - 2 e f(x) = |


x - 2 |:
Matemática A - Álgebra

Existem outras funções modulares mais Para x = - 2, temos que f(-2) = 2 e para x = 0,
complexas que, para obter o gráfico, temos que temos que f(0) = 0.
pensar caso a caso.
Assim, a tabela da função e o gráfico ficam:
Por exemplo, seja a função f(x) = | x + 2 | + | x |.
y
7
a) Se x + 2 > 0, então x > - 2. Pode
acontecer de x + 2 ser positivo e x ser 6 f(x)=|x+2|+|x|
negativo (estar entre – 2 e 0).
b) Pode acontecer também de x + 2 ser 5
positivo e x também ser positivo (x = 4,
por exemplo, e x + 2 = 6). 4
c) Se x + 2 < 0, então x < - 2. Logo se x + 2 3
for negativo, x também será negativo.
2
Temos 3 situações possíveis então. Vamos ver o
que acontece nas três: 1

1. Se | x + 2 | > 0 e x > 0. Logo, | x + 2 | = x 0


-4 -3 -2 -1 1 2 3 4
+ 2 e | x | = x. Então, -1

f(x) = | x + 2 | + | x | = x + 2 + x = 2x + 2; f(x) = Repare que o gráfico contém todos os pontos


2x + 2. descritos na tabela.

2. Se | x + 2 | > 0 e -2 < x < 0. Logo, | x + 2


| = x + 2 e | x | = - x. Então,

f(x) = | x + 2 | + | x | = x + 2 - x = 2; f(x) = 2
Inequação Modular
(função constante).

3. Se | x + 2 | < 0 e x < 0. Logo, | x + 2 | = - Para começarmos a resolver a inequação


x - 2 e | x | = - x. Então, modular, você deve entender o seguinte:

f(x) = | x + 2 | + | x | = - x – 2 – x = -2x – 2. a) Se | x | > a, (sendo a um número real


positivo), logo pode-se dizer que: x > a
Vamos colocar essas situações em uma tabela: ou – x < – a.

Exemplo:

x |x| |x+2| f(x) Se | x | > 5, então ou x > 5 (caso x seja positivo)


x<-2 |x|=-x |x+2|=-x - 2x – 2 ou x < - 5 (caso x seja negativo).
-2
-2<x<0 |x|=-x |x+2|=x+ 2
A principal dificuldade nesse aspecto está em
2 entender que: o módulo de qualquer número
x>0 |x|=x |x+2|=x+ 2x + 2 menor que -5 (-6, -7, -8, etc...) é maior do que 5.
2
x f(x) O conjunto dos valores de x tal que | x | é maior
-4 - 2*(-4) - 2 = 6 que 5 é mostrado na figura a seguir:
-3 - 2*(-3) - 2 = 4
-2 - 2*(-2) - 2 = 2
-2 f(x) = 2 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7

-1 f(x) = 2 Valores de x tais que | x | > 5.


0 f(x) = 2
0 2*(0) + 2 = 2
1 2*(1) + 2 = 4
2 2*(2) + 2 = 6
3 2*(3) + 2 = 8
4 2*(4) + 2 = 10
Tabela de f(x)
Matemática A - Álgebra

Da mesma forma, o conjunto dos valores de x


tais que | x | > a é mostrado a seguir: Se substituirmos x por -10, que é um valor
menor do que -4, teremos:
-a 0 a
Valores de x tais que | x | > a. | x + 1 | > 4  | (-10) + 1 | > 4  9 > 4, que é
verdade.
b) Se | x | < a, (sendo a um número real
positivo), logo pode-se dizer que: - a < x Agora, se substituirmos x por um valor que não
< a. for menor que – 3 ou maior que 3 (por exemplo,
o – 1), veremos que cairemos em uma
Exemplo: Se | x | < 5, então – 5 < x < 5 (x está inverdade:
entre -5 e 5). A principal dificuldade nesse
aspecto está em entender que: o módulo de | x + 1 | > 4  | (-1) + 1 | > 4  0 > 4, que não é
qualquer número negativo maior que -5 (-4, -3, verdade.
-2, etc...) é menor do que 5.
Escrevemos o conjunto (lembre-se que a solução
O conjunto dos valores de x tal que | x | é menor de uma inequação é um conjunto, ou seja, são
que 5 é mostrado na figura a seguir: vários valores) solução de alguma forma dentre
essas três possíveis:
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7

S   x   | x  3  x  3
Valores de x tais que | x | > 5.

Da mesma forma, o conjunto dos valores de x S   x   ; 3   3;  


tais que | x | > a é mostrado a seguir:
S   x   | x   3; 3 

Note que a resposta é a mesma, a forma de


-a 0 a
Valores de x tais que | x | > a. escrever é diferente.

Sabendo disso, qual será a solução da inequação Outro exemplo:


| x + 1 | > 4? Vamos resolver |x2 – 6x + 5| < 1.

Baseado nas explicações anteriores, devemos Para que | x2 – 6x + 5| seja menor que 1, então
entender que, se | x + 1 | > 4, então | x + 1 | > 4 teremos -1 < x2 – 6x + 5 < 1.
(se x + 1 for positivo) ou | x + 1 | < - 4 (se x + 1
for negativo). A partir daí, temos: Olhando o gráfico de f(x) = x 2 – 6x + 5, vemos
as regiões 1 e 2, onde x é tal que -1 < x2 – 6x + 5
Se x + 1 for positivo, logo x + 1 > 4  x > 4 – 1 < 1.
 x > 3.
Se x + 1 for negativo, logo x + 1 < - 4  x < -4
+ 1  x < - 3.

Concluímos que a inequação só é satisfeita para


valores de x maiores que 3 ou para valores de x
menores que – 3.

Se substituirmos x por 5, que é um valor maior


do que 3, teremos:

| x + 1 | > 4  | 5 + 1 | > 4  6 > 4, que é


verdade.
Matemática A - Álgebra

y (+) (+) 1,3 (-) 4,7 (+) (+)


g(x)=x2 - 6x + 6
5 (+) 0,8 (-) (-) (-) 5,2 (+) 2
h(x)=x - 6x + 4
g(x)>0 g(x)>0
4 e e
h(x)<0 h(x)<0

3 Perceba que as regiões destacadas {0,8 < x <


1,3} e {4,7 < x < 5,2} são as regiões que
2  x 2  6 x  6  0
satisfazem as duas condições  2 ao
1  x  6 x  4  0
-1 < f(x) < 1

mesmo tempo e, portanto, são regiões com


0 1 2 x
-1 2 3 4 5 6 valores de x tais que -1 < x 2 – 6x + 5 < 1 (são as
1
-1 regiões 1 e 2 no gráfico de f(x) = x2 – 6x + 5) e
portanto, são a solução para o problema |x2 – 6x
-2 + 5| < 1.
-3 O conjunto solução é escrito de uma dessas
-4
formas:

S   x   0,8;1,3   4, 7;5, 2 
Existe um jeito muito mais fácil de fazer do que
ter que desenhar todo este gráfico. Observe: S   x   | 0,8  x  1,3  4, 7  x  5, 2

1  x  6 x  5
2

1  x 2  6 x  5  1   2 
 x  6 x  5  1 Determinando o domínio de uma
0  x 2  6 x  5  1 0  x 2  6 x  6
equação modular
 2  2 
 x  6 x  5  1  0  x  6 x  4  0
As inequações modulares também servem para
 g  x   x 2  6 x  6  0 determinar o conjunto domínio de uma função

h  x   x  6 x  4  0 modular, observando as condições de existência
2

dessa função.
Veja que “quebramos” a desigualdade em duas
inequações. Os valores de x para os quais Ex: determinar o domínio da função
1  x 2  6 x  5  1 são aqueles para os quais 2 | x  1|
f  x  .
x2  6x  6  0 e x2  6x  4  0 . | x | 5
As condições de existência de f(x) são:
As raízes de g  x   x2  6x  6 são,
aproximadamente, 4,7 e 1,3; de modo que: a) x tem que ser tal que 2 | x  1| 0 , pois
não existe raiz quadrada de número
g(x) > 0 se x > 4,7 ou se x < 1,3. negativo;
b) x não pode ser tal que | x | 5  0 , pois o
As raízes de h  x   x2  6x  4 são, denominador não pode ser zero.
aproximadamente, 5,2 e 0,8; de modo que: No caso a, temos:
h(x) > 0 se x > 5,2 ou x < 0,8.

Vamos comparar o estudo do sinal das duas


funções:
Matemática A - Álgebra

2 | x  1| 0   | x  1| 2 | x  1| 2  Exercícios Propostos


x 1  2 x  2 1
  
 x  1  2  x  2  1 1. Exemplifique, com números
x  3 x  3 quaisquer que você imaginar, todas
  as propriedades do módulo.
 x  1  x  1
2. Dada a função f  x  | 2 x  5 | ,
No caso b temos:
calcule:
x  5
| x | 5  0 | x | 5   a) f  10 
 x  5
b) f  10 
Para que as condições de existência sejam c) f  2 
satisfeitas, temos que:
d) f  7 
a) x deve ser menor ou igual a 3, para que o f  10  . f  6 
termo dentro da raiz ( 2 | x  1| ) seja e)
f  8 
positivo; x não pode ser maior que 3. i 5
b) x deve ser maior ou igual a -1, para que o f)  f  i
termo dentro da raiz ( 2 | x  1| ) seja i 5

positivo; x não pode ser menor que -1.


c) x não pode ser igual a 5 e nem igual a -5, 3. (PUC-SP) A equação | 2 x  1| 5
para que não exista um termo nulo (0) no admite:
denominador.
a) duas raízes positivas.
Colocando essas informações em um eixo, b) Duas raízes negativas.
temos: c) Uma raiz positiva e outra
negativa.
x não pode ser
x não pode ser
igual a 5. d) Somente uma raiz real e positiva.
igual a -5.
e) Somente uma raiz real e negativa.

-5 -1 3 5 4. (UEL - PR) Quaisquer que sejam os


x não pode ser x não pode ser números reais x e y:
menor que -1 menor que 3
(não pode estar aqui) (não pode estar aqui)

Logo, vemos que a única região que obedece a a) Se | x | < | y |, então x < y.
condição de existência de f(x) é 1  x  3 . b) |x.y|=|x|.|y|
c) |x+y| =|x|+|y|
d) | - | x| | = - x
e) se x < 0, então | x | < x.
Dom  f  x     x   | 1  x  3
5. (UCS – RS adaptado) Determine o
ou conjunto solução da equação
| x |2 3 | x | 4  0 .
Dom  f  x     x   1;3 
6. (UFG adaptado) Quais são os zeros
2x 1
da função f  x   3?
5
7. Resolva as inequações:
Matemática A - Álgebra

Bibliografia
a) | 2 x  1| 3
b) 1  x  3  4 GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José
Roberto; GIOVANNI JR., José Rui.
8. (FGV – SP) O domínio da função Matemática Fundamental, 2º grau. Volume
f  x   | x | 2 é: Único. São Paulo: FTD, 1994.
a) x  2
b) x  0
c) o campo real.
d) x  2
e) nenhuma das anteriores.

9. (UFOP - MG) O domínio da função


real f, definida por
1
f  x  , é o conjunto
| 2 x  5 | 3
dos números reais, tais que:

a) x  1 ou x  4
b) 1 x  4
c) x 1 e x  4
d) x  1 ou x  4
e) 1 x  4

Respostas

1. a
2.
a) 15
b) 25
c) 1
d) 9
255
e)
11
f) 73

3. c
4. b
5. {- 1, 1}
6. -7e8
7.  x   | x  1  0 x  1
8. c
9. a
Matemática A - Álgebra

FUNÇÕES E EQUAÇÕES
EXPONENCIAIS

Introdução
Até agora, no estudo das funções, vimos que
existem muitos problemas reais que podem ser
estudados por meio de uma função. Vimos que o
escoamento de água por uma tubulação pode ser
estudado por uma função de 1º grau (função
linear), assim como o movimento de um veículo
com velocidade constante. Vimos também que o
movimento de um veículo com aceleração
constante pode ser aproximado por uma função
do segundo grau, assim como o cálculo da área
máxima de um cercado retangular.

A função do primeiro grau estuda as grandezas


que têm um crescimento constante ou linear, que
pode ser pensado a partir de uma regra de três.
Pense no movimento retilíneo uniforme,
partindo do repouso. Se um veículo percorre 1
metro em 1 segundo, percorrerá 2 metros em 2
segundos, 5 metros em 5 segundos e assim por
diante...

Já a função do segundo grau não tem essa


característica. Se um veículo em M.U.V.
percorre 1 metro em 1 segundo, de acordo com
as equações já estudadas, ele percorrerá 4
metros em 2 segundos, 9 metros em 3 segundos,
16 metros em 4 segundos, 100 metros em 10
segundos e assim por diante.

Dizemos que a distância percorrida pelo veículo


em M.R.U. aumenta linearmente, enquanto que
a distância percorrida pelo veículo em M.U.V.
aumenta quadraticamente.

Abaixo apresentamos uma comparação desses


dois exemplos, através de gráficos e tabelas:

M.R.U.

Tempo Distância percorrida


1s 1m
2s 2m
3s 3m
4s 4m
Matemática A - Álgebra

8s 8m Note também este outro exemplo:


10 s 10 m
M.R.U.

distância Tempo Distância percorrida


percorrida (m)
1s 7m
4
2s 14 m
3 3s 21 m
4s 28 m
2 8s 56 m
1 10 s 70 m

0 distância
1 2 3 4 tempo (s) percorrida (m)
28
M.U.V. 21

14
Tempo Distância percorrida 7
1s 1m
2s 4m 0
3s 9m 1 2 3 4 tempo (s)
4s 16 m
8s 64 m M.U.V.
10 s 100 m
Tempo Distância percorrida
distância 1s 7m
percorrida (m) 2s 7.4 = 28 m
9 3s 7.9 = 63 m
4s 7.16 = 112 m
8
8s 448 m
7 10 s 700 m
6 distância
percorrida (m)
5
63
4 54

3 48

2 42

35
1
28
0 21
1 2 3 4 tempo (s)
14

0
1 2 3 4 tempo (s)
Matemática A - Álgebra

Existem grandezas que crescem de outra Esse tipo de crescimento é totalmente diferente
maneira. Por exemplo, existem bactérias que tem das funções que já estudamos e é chamado de
a capacidade de se reproduzir por duplicação e crescimento exponencial. A função apresentada
cada bactéria mãe gera uma filha idêntica. também é chamada de função exponencial.
Pensando em uma situação em que uma bactéria
desse tipo é isolada e se reproduza uma vez a Definição
cada dia, teremos que no primeiro dia a
população duplicará, passando a ser de duas Função exponencial é toda função da forma:
bactérias (mãe + filha). Considerando que a mãe f  x   a x , sendo a  0 e a  1 .
e a filha se reproduzam por duplicação no
segundo dia, a população passará de 2 para 4 Comparação com as funções já
bactérias, duplicando-se novamente. Se esse tipo vistas
de reprodução continuar pelos próximos dias,
teremos que sempre haverá uma duplicação da
população de bactérias que podemos registrar na No exemplo citado das bactérias, imagine:
seguinte tabela:
- Uma situação em que as bactérias tivessem
Dias de isolamento Nº de bactérias presentes crescimento linear e 2 bactérias fossem geradas
0 1 por dia;
1 2 = 21 - Outra situação em que as bactérias tivessem
2 4 = 22 crescimento quadrático;
3 8 = 23 - A situação de crescimento exponencial já
4 16 = 24 explicada;
5 32 = 25
As tabelas e gráficos comparando as três
6 64 = 26
situações são apresentados logo abaixo. Note
7 128 = 27
que o crescimento exponencial é mais
“vigoroso” que os demais.
Essa tabela mostra que o número de bactérias
presentes é função do número de dias de
isolamento, dada por y = 2x (y – número de
bactérias; x – dias de isolamento) e pode ser
apresentado no seguinte gráfico.

nº de bactérias
9

0
1 2 3 4 dias
Matemática A - Álgebra

y expoente
40 resultado
2
3 =9
exponencial base
30
2. A potenciação é uma extensão da
multiplicação (assim como a
multiplicação é uma extensão da soma).
20
Ex: assim como 2.5 = 2+2+2+2+2,
temos que 25 = 2.2.2.2.2;
quadrática
3. Sendo assim, note que a multiplicação de
10 potências de mesma base se faz somando
linear os expoentes:

23.25   2.2.2  .  2.2.2.2.2  


Ex:       
0 x 3 5

1 2 3 4 5  2.2.2.2.2.2.2.2
       2 .
8

8 3 5
Comparação entre crescimento linear, quadrático e exponencial.

Por outro lado, como 23  8 e 25  32 ,


Nº de Nº de Nº de então 23.25  8.32  256  28 . Isso
Tempo bactérias bactérias bactérias comprova que 2 .2  2 .
3 5 8
(dias) (crescimento (crescimento (crescimento
linear) quadrático) exponencial)
1 3 2 2 4. Da mesma forma, toda divisão de
2 5 5 4 potência de mesma base se faz
3 7 10 8 subtraindo os expoentes.
4 9 17 16
5 11 26 32   
25 2.2.2.2.2
Ex:   2.2  2 2  253 .
6 13 37 64 2 3
  
2.2.2
7 15 50 128 5
2 32
8 17 65 256 Note que 3   4.
9 19 82 512 2 8

5. Da mesma forma, toda potenciação de


uma potenciação se realiza multiplicando
A potenciação
os expoentes.
Para saber lidar com as funções exponenciais, é
Ex:  23    23  .  23    2.2.2  .  2.2.2  
fundamental que recordemos aqui algumas 2

propriedades da potenciação.
 26  22.3 ;
1. Os números envolvidos na potenciação
Note que:  23    8   64  26 .
2
tem as seguintes definições: 2

6. Da mesma forma, toda radiciação de


uma potenciação se realiza dividindo-se
os expoentes.
Matemática A - Álgebra

y  x  3 y  2
9
Exemplo: 3
2  9 3
2  3 3
2 2 .3 3
 
Note que: 3
29  3 512  8  23 .
 y  x  2 x  1

7. Toda potenciação com expoente 0 é igual


a 1. Equações Exponenciais

25 São todas as equações cujas incógnitas


Exemplo:  255  20  1 . encontram-se no expoente. As formas mais
25
comuns de se resolver equações exponenciais
25 32 são: através das propriedades da potenciação
Note que  1. (principalmente a 9) e através da substituição da
25 32 exponenciação por uma nova variável.

Outro exemplo: 25.25  25 5  20  1 . a) Aproveitando as propriedades da


Note que, para isso acontecer, devemos potenciação:
5
5 1 1
ter 2  5    . Isso será explicado
2 2 Exemplo: vamos resolver a equação 3x  5
27 .
na próxima propriedade.
3
3
8. Das propriedades acima, vemos que, uma 3  27  3  3  3  3  x 
x 5 x 5 3 x 5
5
potenciação com expoente negativo é Outro exemplo: vamos resolver:
igual a uma potenciação com o mesmo
expoente positivo e base invertida.

3
x
4 x 1 .x 1 82 x 1  512
6
1 3
Exemplo: 3    ; 5 4   1  ;
 6 4

3 5 x
4 x 1 .x 1 82 x 1  512 

 22  .x 1  23 
Obs: todas as propriedades citadas antes x 1 2 x 1
valem para expoente negativo.  x  29 

9. A igualdade das potenciações: duas  x 22. x 1 .x 1 23. 2 x 1  29 


potenciações são iguais se suas bases e
seus expoentes forem estritamente iguais.  2. x 1   3. 2 x 1  9
   
 x  x 1 
Essa propriedade será fundamental na 2 
.2 2  2
resolução de equações, como nos
exemplos.  2. x 1 3. 2 x 1  9
 x  x 1 
2  
2  2
Exemplo:
2.  x  1 3.  2 x  1 9
2 x2
 64  2  2  2  .6 x2 6   
 x26 x 4 x x 1 2
Outro exemplo: Note que a equação exponencial resultou em
uma equação algébrica, cuja resolução é feita a
seguir:
 y  x  9   y  x
yx y x
 32 
Matemática A - Álgebra

2.  x  1 3.  2 x  1 9 a  1
   
 y   3  4. y  y  4 y  3  0 b  4 
2
x x 1 2 2

4.  x  1 .  x  1 6.x.  2 x  1 9.x.  x  1 c  3

   
x.  x  1 .2 x.  x  1 .2 x.  x  1 .2    16  12  4 
 4 x  4  12 x  6 x  9 x  9 x 
2 2 2

a  7 4  2  y1  3
y 

 7 x 2  3 x  4  0 b  3  2  y2  1
 c  4

Como y  3x ,
E é o valor de x que precisamos descobrir,
   9  4.7.  4   121  fazemos:

x  1  y1  3  3x1  x1  1  x1  1
  3  11  1    ;
 y2  1  3  3  x2  0  x2  0
0 x2
x  4
2.7  x2   7
Note que após resolver as equações do 1º/2º
Neste caso, a equação algébrica transformou-se graus, criamos uma equação exponencial e a
em uma equação do segundo grau, resolvida resolvemos, gerando a solução final.
através da fórmula de Bháskara. Note que este
exercício cobrou vários conceitos na resolução
de equações exponenciais.

Um outro modo de resolução se dá através de Exponenciais crescentes e


substituição por outra variável. decrescentes

Neste caso, quando há uma exponenciação


Vamos observar mais um caso em que se usa
comum em todos os termos da equação,
funções exponenciais.
podemos substituí-la por uma variável simples,
de modo a tornar a equação do 1º ou 2º graus e
As substâncias químicas radioativas possuem
facilitar a resolução.
uma característica que é chamada de meia-vida.
A meia-vida é um período de tempo no qual a
Exemplo: vamos resolver 9 x  3  4.3x .
quantidade presente da substância radioativa
reduz-se para metade do seu valor inicial e a
9 x  3  4.3x   32   3  4.3x   3x   3  4.3x
x 2
radiação emitida (muitas vezes prejudicial aos
Aproveitando-se de que o termo 3x aparece em seres humanos) vai sendo diminuída.
alguns termos da equação (e não aparece
Para exemplificar esse conceito, suponha uma
nenhum outro tipo de exponenciação diferente),
quantidade de 1 kg da substância Urânio 238
podemos fazer 3x  y , e daí teremos: que foi isolada. Após uma meia-vida, teremos a
metade disso (ou seja 0,5 Kg ou 500 g). Após
 y
2
 3  4. y mais uma meia vida (duas meias-vidas) teremos
0,25 Kg (ou 250 g) de Urânio 238 e assim em
que, resolvendo, dá: diante. A meia-vida do Urânio 238 é de 5
bilhões de anos.
Matemática A - Álgebra

A quantidade de Urânio em função das meias-  A função será constante se a = 1;


vidas que passaram é dado pela função ... cuja
tabela e gráficos são mostrados a seguir. Gráficos de funções crescente e decrescente:
quantidade de
urânio y
1 kg
4
0,875 kg

0,75 kg 3
0,625 kg
2
0,5 kg

0,375 kg 1
0,25 kg
0 x
0,125 kg -2 -1 1 2
0,0625 kg
0
nº de meias - vidas Gráfico de f  x   2x - função crescente.
1 2 3 4
Nº de meias-vidas Quantidade de urânio
0 1 Kg
1 0,5 Kg = 500 g
2 0,25 Kg = 250 g
3 0,125 Kg = 125 g
4 0,0625 Kg = 62,5 g y
4
O caso das bactérias, dado no início do capítulo,
é um exemplo de função exponencial crescente 3
(ou decaimento exponencial). O caso da meia-
vida é um exemplo de função exponencial
decrescente. 2

1
Características das funções
exponenciais
0 x
-2 -1 1 2
Dada a função f  x   a , temos:
x

x
1
 O domínio é o conjunto dos números Gráfico de f  x    - função decrescente.
2
reais.
 A imagem são os números reais maiores
que zero;
 O gráfico sempre contém o ponto (0,1); Inequações exponenciais
 A função será crescente se a > 1 e
decrescente se 0 < a < 1;
Matemática A - Álgebra

Todas as propriedades vistas na resolução de 1. (PUC – PR adaptado) Resolva a equação


equações exponenciais também valem para 16.52 x  25.20 x .
inequações exponenciais. A única diferença é 2. (UECE adaptado) Se x1 e x2 são raízes da
que o sinal pode se alterar no caso da função ser
equação 2 x .5 x  0, 001.  103 x  , então
2 2 2

crescente ou decrescente.
quanto vale x1  x2 ?
2 2

Também tudo o que foi visto em inequações 3. Resolva a equação


produto, modular e quociente valem se 3x  2  3x 1  3x  3x 1  3x 3  16119 .
estivermos tratando de equações exponenciais. 4. (UEL – PR adaptado) Qual a diferença
2
entre a maior e a menor raiz de
2
3 x 1 2
3x .37 x.312  1 ?
Exemplo: Vamos resolver 2 x   .
2 5. (Mack – SP adaptado) Qual o produto
2 1
3 x 2
2
das raízes de 22 x  3.2 x  2  0 ?
2x     2 x 3 x  22  x 2  3 x  2  6. (PUC – SP adaptado) Resolva a equação
2
4 x  4  5.2 x .
 x  3x  2  0
2
7. (Fatec – SP adaptado) Resolva a
inequação 2 x.4 x  8 x 1 .
Cálculo das raízes de x 2  3x  2 :
8. (UFPa adaptado) Qual o conjunto
x2 2

solução de  
3  1  x1  2 1 1
  9 8 1 x    ?
2 4
2  x2  1
9. (Mack – SP adaptado) Qual o conjunto
solução de 22 x  2  0, 75.2 x  2  1 ?
Logo, como f  x   x  3 x  2 é função
2

10. (PUC – RS adaptado) Qual o domínio da


crescente, vemos que x 2  3 x  2  0 em x  1 e
função y  2 x 1  2  x ?
x  2 . Logo o conjunto solução da inequação
2 11. (UFRGS adaptado) Descubra a soma de
2
3 x 1 todos os números inteiros que satisfazem
exponencial 2 x    é:
2 a desigualdade 811  32 n 1  27 .
12. (PUC – MG) Descubra o valor de x + y,
S  {x   | x  1  x  2} sabendo que x e y são soluções do
 2  4
x y
2x sistema:  x .
1 1  25  25.5
y
Outro exemplo: vamos resolver    .
 3 27

2x 2x 2x 3
1 1 1 1 1 1 Gabarito
       3        2x  3
 3 27  3  3 3 3 1. x=2
Pois a base é menor que 1 (a função 2. 10
2x
1 3. 7
f  x    é decrescente); 4. 1
 3
5. 0
6. x1 = 0 e x2 = 2
2
Logo a solução será x  . 3
3 7. x  
2
8. S  { x   | x  2  x  2}
Exercícios
9. S  {x   | x  0}
Matemática A - Álgebra

1
10. S  {x   | x   }
2
11. -3
12. 2

Bibliografia e sites consultados


1. http://www.ensinomedio.impa.br/
2. http://pt.wikipedia.org/
3. GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO,
José Roberto; GIOVANNI JR., José Rui.
Matemática Fundamental, 2º grau.
Volume Único. São Paulo: FTD, 1994.

LOGARITMOS

Introdução

Agora que já aprendemos as particularidades da


função exponencial, vamos trabalhar com a
potenciação de um modo diferente. Sabemos
que a função exponencial é definida por:

f  x  ax

No capítulo anterior, abordamos o exemplo de


uma população de bactérias que se reproduz
exatamente de acordo com a função exponencial
f  x   2 x , cuja tabela e esquema de “caixa-
preta”(vide capítulo sobre função composta) são
apresentados abaixo:

x – dias de y – nº de
isolamento bactérias
0 1
1 2
2 4
3 8
4 16
Matemática A - Álgebra

1 21 = 2
O presente capítulo vai se dedicar a achar a 2 22 = 4
função inversa de f(x), ou seja, pretendemos 3 23 = 8
descobrir uma função em que, a partir do 4 24 = 16
número de bactérias presentes, podemos saber há
quantos dias a única bactéria disponível foi
isolada. A tabela da função e esquema de “caixa- No caso da função inversa, temos:
preta” (vide capítulo sobre função composta) que
queremos descobrir é apresentada a seguir: x – nº de y – dias de isolamento
bactérias
1 log21 = 0
x – nº de y – dias de 2 log22 = 1
bactérias isolamento 4 log24 = 2
1 0 8 log28 = 3
2 1 16 log216 = 4
4 2
8 3
16 4

Este problema também pode ser enunciado da No caso da função log2x, temos a seguinte
seguinte forma: como isolar o x na expressão tabela:
y  2 x ? É aí que entra o papel dos logaritmos.
x y
0 log20 = não existe
Definição 1 log21 = 0, pois 20 = 1
2 Log22 = 1, pois 21 = 2
3 log23 = 1,585 pois 21,585 = 3
Se a base x elevado ao expoente y resulta em um
4 log24 = 2 pois 22 = 4
número z, dizemos que y é o logaritmo de z na
5 log25 = 2,323 pois 22,323 = 5
base x. Em linguagem matemática, escrevemos
6 log26 = 2,585 pois 22,585 = 6
dessa forma:
7 log27 = 2,807 pois 22,807 = 7
Se xy = z, então logyz = x; 8 log28 = 3 pois 23 = 8

Para o logaritmo existir, é necessário que z > 0, x Note que o resultado do logaritmo é o expoente
> 0 e x ≠ 1. da potenciação e a base do logaritmo é a base da
Os números que compõem a operação de potenciação.
logaritmo são descritos dessa forma:
A título de curiosidade, os logaritmos mais
Podemos ver que o logaritmo simboliza a usados são o logaritmo na base 10 (log 10) e na
relação entre três números, assim como a base 2,7318281828.... (este número é chamado
potenciação. O resultado do logaritmo é o de número neperiano e é será importante em
expoente da potenciação. Retomando a função muitos cursos superiores em ciências exatas e
2x, descrita lá em cima, vamos ver como o biológicas).
logaritmo se aplica aos diferentes casos.

Equações logaritmicas
x – dias de y – nº de
isolamento bactérias
0 20 = 1
Matemática A - Álgebra

São equações que envolvem logaritmos.


Solucionaremos algumas delas enquanto vemos Exemplo
algumas propriedades dos logaritmos. Vamos resolver log100  x 2  2 x  100 
750
 750
Propriedades dos Logaritmos De acordo com a propriedade vista, devemos
ter:
Como a potenciação tem certas propriedades que
já vimos nos outros capítulos, uma série de x 2  2 x  100  100 , ou seja, x 2  2 x  0 .
propriedades para os logaritmos também pode
ser definida. Resolvendo a equação, vemos que apenas x = 0
ou x = 2 são soluções para o problema.
1) logx1= 0 (x pode ser qualquer número),
pois qualquer número x elevado a 0 é 4) mlog m x  x (m maior que zero e diferente
igual a 1 (x0 = 1); de 1, x maior que zero), essa propriedade
resulta da definição de logaritmos;
Exemplo: Vamos resolver
Exemplo
log100  x  2 x  1  0
2
Vamos resolver 3log x1 60  60
De acordo com a propriedade vista, devemos
Para que esse logaritmo seja igual a zero, ter:
x 1  3
devemos ter:
Nota-se que x = 4 é solução do problema.
x 2  2 x  1  1 , ou seja, x 2  2 x  0 .
5) Se logmx = logmy, então x = y (igualdade
Resolvendo a equação, vemos que apenas de logaritmos na mesma base);
x = 0 ou x = 2 são soluções para o
problema. Exemplo
Vamos resolver log10 2 x  log10  x  1
2
2) logxx = 1 (x pode ser qualquer número
maior que zero), pois qualquer número De acordo com a propriedade vista, devemos
elevado a 1 é igual a si mesmo (x1 = x); ter:
x  1  2x  x2  2x 1  0
2

Exemplo: Vamos resolver Resolvendo a equação, temos que x = 1 é


solução do problema.
log100  x 2  2 x  100   1
6) logb  x. y   logb x  logb y ; essa
De acordo com a propriedade vista, propriedade resulta da propriedade 3
devemos ter: (definida no capítulo anterior) da
potenciação, na qual a multiplicação das
x 2  2 x  100  100 , ou seja, x 2  2 x  0 . potências se faz somando os expoentes.

Resolvendo a equação, vemos que apenas Prova da propriedade 6


Seja log b x  A  b  x . Seja também
A
x = 0 ou x = 2 são soluções para o
problema. log b y  B  b B  y .
3) logxxm = m (x maior que zero e diferente Logo, para saber quanto vale logb(x.y), temos:
de 1, m pode ser qualquer número), essa
propriedade resulta da definição de x. y  b A .b B  b A B  x. y  b A B  log b  x. y   A  B  log
logaritmos;
Matemática A - Álgebra

Exemplo x
log 2 8  3 e log 2 32  5 , logo: Logo, para saber quanto vale log b   , temos:
 y
log 2  8.32   log 2 256  8  3  5 x b A
x x
log 2 8 log 2 32  B  b A B   b A B  log b    A  B  log b x  l
y b y  y
7) log b x  y.log b x ; essa propriedade é
y

Exemplo
uma conseqüência da última propriedade
log 2 8  3 e log 2 32  5 , logo:
vista.
 32 
log 2    log 2 4  2  5  3
Prova da propriedade 7  8  log2 32 log 2 8
x y  
x.x.x.x....
Se , então,
y
1
  10) log b y x  .log b x ; essa propriedade
y
log b x y  log b  
x.x.x.x....  log x  log x  log x  log x  ...
  y    b    b     b    b  resulta da propriedade 5 definida no
  y
capítulo anterior, segundo a qual a
 y.log b x potenciação de uma potência se faz
multiplicando-se os expoentes;
Exemplo
log 2 16  4 Prova da propriedade 10
log 2 163  log 2 4096  12 Seja log b y x  A .
log b y x  A   b y   x  b y . A  x  log b x  y. A 
A
log 2 163  3.log 2 16  3.4  12
  
4
1
 A .log b x  log b y x
1 y
1 log b x
8) log b n x  log b x n  .log b x  ; da
n n Exemplo
mesma forma, essa é uma propriedade
Seja log 4 1024  5 e log 22 1024  10 .
conseqüência da anterior, já que a
radiciação é um expoente fracionário. log 22 1024  log 4 1024  5 , por outro lado:
1 10
Exemplo log 22 1024  .log 2 1024   5 .
2 2
Saiba-se que log 2 16  4 e log 2 4096  12 ;

log 2 3 4096  log 2 16  4 . Da mesma forma, log y x


11) log b x  (mudança de base). Essa
log 2 4096 12 log y b
log 2 3 4096    4.
3 3 propriedade também é uma conseqüência
x da propriedade anterior.
9) log b    log b x  log b y ; essa
 y
propriedade resulta da propriedade 4 Prova da propriedade 11
(definida no capítulo anterior) da
Seja log y x  A  y  x . Seja também
A
potenciação, na qual a divisão das
potências se faz subtraindo os expoentes. log y b  B  y B  b .
Logo, para saber quanto vale log b x , temos:
Prova da propriedade 9
1 A log y x
b x  A  b  x . Seja também
A
Seja log log b x  log y B y A  A.log y B y  A. .log y y  
B  B log y b
log b y  B  b B  y . 1

Exemplo
Matemática A - Álgebra

y
Saiba-se que log 2 32  5 , log 2 1024  10 e 3
log 32 1024  2 (pois 322  1024 ), logo:
f (x ) =log 2 x
log 2 1024 10
  2  log 32 1024
log 2 32 5 2

1
Funções logarítmicas

É uma função da forma f  x   log b x , onde x > x


0 1 2 3 4 5
0, b > 0 e b é diferente de 1.

As tabelas e os gráficos das funções -1


f  x   log 2 x e f  x   log 1 x são dados
2
abaixo: -2

f (x ) =log 1 x
2
x f(x) = x f(x) = log0,5x -3
log2x
0,25 -2 0,25 2 A função logarítmica f  x   log b x pode ser
0,5 -1 0,5 1 crescente (se b > 1) ou decrescente (se b < 1).
0,75 -0,415 0,75 0,415
1 0 1 0
2 1 2 -1
Inequações logarítmicas
3 1,585 3 -1,585
4 2 4 -2
5 2,322 5 -2,322 São equações que contém logaritmos. Da mesma
forma que nas equações, usamos as propriedades
dos logaritmos para resolver as inequações com
logaritmos e usamos toda a análise que fizemos
no caso das inequações produto e quociente, por
exemplo. Deve-se considerar as condições que o
logaritmo deve obedecer para existir e ter o
cuidado de trocar o sinal quando a base do
logaritmo for menor que um. Veja os seguintes
exemplos:

(Cescem – SP adaptado) Qual o domínio da


função y  1  log 2 x ?

Para que a função exista, é necessário saber que


não existe raiz de número negativo, ou seja,
1  log 2 x  0 . Para isso é necessário
log 2 x  1  x  2 O sinal não muda pois a
função log2x é crescente.
Matemática A - Álgebra

Para que o logaritmo log2x exista, é necessário  x  10  x  3,1622


que x > 0. Então, a solução do problema pode ser x 2  9  1  x 2  10  
dada por: D   x   | 0  x  2 .  x  10  x  3,1622
,

Vamos resolver log 1  x  4   log 1 9 . de acordo com o estudo do sinal de funções do


3 3
segundo grau.
Para que o logaritmo exista, devemos ter
x4  0 x  4.
Juntando tudo, temos quatro condições para x:
log 1  x  4   log 1 9 , então devemos ter  x  3
Se x  3
3 3 
x  4  9  x  9  4  x  13 (note que  ,
 x  10  x  3,1622
trocamos o sinal, pois a função log 1  x  4  é  x  10  x  3,1622
3 
decrescente.
Sendo que as duas últimas condições não
x  4 precisam ser satisfeitas ao mesmo tempo
Temos duas condições para x:  . Logo, o (apenas uma das duas condições precisa ser
 x  13
satisfeita):
domínio pode ser dado por :
Assim sendo, a solução final é dada por:
D   x   | 4  x  13 .

Vamos resolver log  x  3  log  x  3  1 .



D  x   | x  10 
Para que os logaritmos existam, devemos ter:
Exercícios
 x  3 1. (Fuvest adaptado) Qual o valor de
x  3  0 e x  3  0 , ou seja,  .
  2   3 27
2
x  3
?
 3  5   log 2 4
0

Resolvendo a inequação (usando as propriedades


2. (UFRGS adaptado) Qual o valor de
dos logaritmos), temos:
log 1 32  log10 10 ?
log  x  3  log  x  3  1 
4
3. (PUC – SP adaptado) Qual o valor de
 log   x  3 .  x  3   1  log 2 2 512 ?
  x  3 .  x  3  1 4. (Mack – SP adaptado) Qual o valor de
log 0,04 125  log8 32  log1000 0, 001 ?
Não trocamos o sinal pois a função 5. (Fuvest – SP adaptado) Se
log   x  3 .  x  3  é crescente. a
log 2 b  log 2 a  5 , quanto vale ?
b
Quando a base do logaritmo não aparece, 6. (PUC – SP adaptado) Se log a x  n e
significa que é base 10. log a y  6n , quanto vale log a 3 x 2 y , em
função de n?
Para ter  x  3 .  x  3  1 , devemos ter:
7. (Cesgranrio adaptado) As indicações R1
e R2 na escala Richter, de dois
terremotos, estão relacionadas pela
Matemática A - Álgebra

M  8. 0,5
fórmula R1  R2  log10  1  , onde M1 e 9. y+3x
 M2  10. 0,22
M2 medem a energia liberada pelos 11. 32
terremotos sobre a forma de ondas que se 12. 3 9
propagam pela crosta terrestre. Houve
13. conjunto vazio (não tem solução)
dois terremotos: um corresponde a R1 = 8
14. -1/2 < x < 3/5
e o outro corresponde a R2 = 6. Quanto
15. -1/2 < x < 0 ou 3/2 < x < 2
M1
vale a razão ?
M2
8. (PUC – SP adaptado) Se Referência e sites consultados
 
log 2  log 1 x   0 , quanto vale x?
 2  1. GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO,
9. (PUC – RS adaptado) Se log 5  x e José Roberto; GIOVANNI JR., José Rui.
log 3  y , então descubra uma fórmula Matemática Fundamental, 2º grau.
para log 375 em função de x e de y. Volume Único. São Paulo: FTD, 1994.
10. (PUC – SP adaptado) Se log 2  0,30 e
log 3  0, 47 , então calcule log 6 2 .
5
11. (Cesesp - PE adaptado) Qual a solução
da equação
x x
5log  2 log  4 log x  log 25 ?
8 5
12. (PUC - RS adaptado) Descubra a solução
da equação log 3 x  log 9 x  1 .
13. (UFPa adaptado) Descubra a solução da
equação
1
log8 x  log 2  x  1  log 4  x  1 .
6
14. (FGV – SP adaptado) Resolva a
inequação log 1  2 x  1  log 1  3x  4  .
2 2 NÚMEROS COMPLEXOS
15. (FGV – SP adaptado) Resolva a
 2 3 
inequação log 5  x  x   0 . Introdução
 2 

Nas equações do segundo grau, aprendemos que


Gabarito as equações que apresentam “delta” negativo
não possuem solução, ou raízes. Parece mesmo
natural quando pensamos que não existe número
1. 1 negativo que, multiplicado por ele mesmo,
2. -1 resulte em outro número negativo. A
3. 6 humanidade aceitou durante muito tempo essa
4. -10/3 afirmação. A partir do século XVII no entanto,
5. 32 desenvolveu-se uma nova forma de lidar com
6. 8n/3 esse fenômeno. As conseqüências disso é que, o
7. 100 conjunto dos números reais passou a ser
Matemática A - Álgebra

interpretado como um caso particular dentro do C


conjunto que estudaremos agora, o conjunto dos
C
números complexos. A maior aplicação dos R
números complexos atualmente é a eletricidade e
a análise de sistemas físicos em geral. Também R N
os números complexos vão servir de base para o
estudo do nosso próximo capítulo: os
polinômios. N
O conjunto dos números reais e naturais, dentre outros, estão
contidos no conjunto dos números complexos, assim como o
Definição e Forma Algébrica conjunto dos números naturais está contido no conjunto dos
números reais.

Em matemática, os números complexos são os


Os números complexos e as
elementos do conjunto  , uma extensão do equações do segundo grau –
conjunto dos números reais  , onde existe um conjugado de um número complexo
elemento que representa a raiz quadrada de
número -1, a assim chamada unidade imaginária. Uma equação do segundo grau onde o cálculo
do termo “delta” resulte em um número
Cada número complexo C pode ser representado negativo, não tem solução dentro dos números
na forma: reais. Porém, a mesma equação passa a ter
solução dentro dos números complexos. Na
verdade, pode-se dizer que:
onde   e   são números reais conhecidos    
“Toda equação do segundo grau possui solução
denota a unidade imaginária: dentro dos números complexos.”

i  1 Exemplo: Seja a equação x 2  x  1  0 . No


cálculo do delta, temos:
O coeficiente a é conhecido como parte real do
número complexo C.   b 2  4ac  12  4.1.1  3
O coeficiente b é conhecido como parte
imaginária do número complexo C. b   b  
Essa forma de se escrever os números Sendo x1  e x2  , temos:
2a 2a
complexos é conhecida como forma algébrica.

1  3 1  3.  1
x1   
O conjunto dos números complexos 2.1 2
1  3. 1 1  3i 1 3
    i
Podemos afirmar, então, que: 2 2 2 2
e
“Todo número real é um número complexo com 1  3 1  3.  1
parte imaginária nula.” Isso quer dizer que o x2   
2.1 2
conjunto dos números complexos contém o
conjunto dos números reais e, 1  3. 1 1  3i 1 3
    i
conseqüentemente, seus subconjuntos. 2 2 2 2

Ou seja, o conjunto solução é:


Matemática A - Álgebra

1. Se um número complexo for solução de


 1 3 1 3  uma equação do segundo grau, o
S    i;   i conjugado desse número complexo
 2 2 2 2 
também será solução.
2. A solução de uma equação do segundo
Outro exemplo: Seja a outra equação grau cujo termo “delta” resultar em um
x2  4x  5  0 número negativo serão dois números
complexos conjugados.
  b 2  4ac  42  4.1.5  4
Exemplo:
4  4 4  4.  1 Sabe-se que 1  i é uma das raízes da equação
x1   
2.1 2 x 2  2 x  2  0 . Logo, 1  i também será raiz da
4  4. 1 4  2i 4 2 mesma equação.
     i  2  i
2 2 2 2
Prova:
  b 2  4ac   2   4.1.2  4
2
4  4 4  4.  1
x2   
2.1 2
4  4. 1 4  2i 4 2   2   4 2  4.  1
     i  2  i x1   
2 2 2 2 2.1 2
2  4. 1 2  2i 2 2
    i  1 i
Logo, S   2  i; 2  i 2 2 2 2

Você já deve ter notado que:   2   4 2  4.  1


x2   
2.1 2
“Em uma equação do segundo grau com
soluções complexas, os números diferem apenas 2  4. 1 2  2i 2 2
    i  1 i
por possuírem partes imaginárias opostas.” 2 2 2 2

Dizemos que os números complexos que


possuem partes imaginárias opostas são
números complexos conjugados. A igualdade de números complexos
Exemplos:
Dois números complexos C1  a  bi e
 O conjugado do número complexo 1  i é C2  c  di são iguais se, e somente se: a  c e
o número complexo 1  i . a  c , ou seja, se suas partes reais e suas partes
 O conjugado do número complexo imaginárias forem iguais.
100 3  2i é o número complexo
100 3  2i . Exemplo: Dado o número complexo
C  x  3 yi  xi  2 y , calcule os valores de x e y
 O conjugado do número complexo 3i é o
número complexo 3i . para que tenhamos C  21  24i :

Então, podemos dizer o seguinte em relação às C  x  3 yi  xi  2 y  x  2 y  xi  3 yi 


equações do segundo grau:  x  2 y   x  3y  i
    
a b
Matemática A - Álgebra

Para que seja estabelecida a condição de são complexos conjugados através do plano
igualdade, devemos ter: cartesiano?

x  2 y    x  3 y  i  21
  24
 i Resposta:
     c d Im
a b
4
3+4i
O que significa: -2+3i
3
x  2 y  21 e  x  3 y  24
2

 x  2 y  21 1
Resolvendo o sistema  obtemos as -2 -1 3
  x  3 y  24
0 Re
-4 -3 1 2 4
soluções x  3 e y  9 . -1

-2
Os números complexos e o plano -3
cartesiano -2-3i
-4
3-4i
Os números complexos podem ser representados
no plano cartesiano como segue: Percebemos que dois números são complexos
Im
conjugados quando eles são simétricos em
relação ao eixo x.
0+4i 4
-3+3i
3 Mó dulo de um nú mero complexo
2+i
2
Dado que podemos representar um número
1 complexo como um ponto no plano cartesiano,
-2 -1 2+0i 3 definimos que o módulo de um número
0 complexo é a distância deste ponto até a origem.
-4 -3 -2+0i 1 2 Re
4
0-i -1 Im
4
-2 3+4i
-1-2i -2+3i
3
-3

3-3i
4i
3+
du

2
de
lo

-4
de

dulo
-2+

1
3i

Note que as coordenadas no eixo x representam -2 -1 3


a parte real no número complexo e as 0
2 Re
coordenadas no eixo y representam a parte -4 -3 1 4
imaginária. Cada número complexo equivale a -1
um ponto no plano cartesiano.
Podemos concluir então, do Teorema de
Exemplo: Representar no plano cartesiano os Pitágoras (e da geometria analítica – distância
números complexos 3  4i , 3  4i , 2  3i e entre dois pontos) que, o módulo de um número
2  3i . Como percebemos que dois números
Matemática A - Álgebra

complexo C1  a  bi é calculado da seguinte o número 2  i 5 terá o mesmo módulo que


forma: 2  i 5 , 3i , 3i , 3 , etc...
C1  a 2  b 2
Exemplo: Imagine, em cada caso, uma reta que liga cada
um desses números complexos à origem.
(UFRN - adaptado) Qual o módulo do número Im
complexo 3  4i ?
4
Resposta: 3  4i  32  4 2  5 .
3i
3
- 2+i 5 5 + 2i
Desenhe no plano cartesiano, todos os números
2
complexos com módulo igual a 3. Que figura

re
geométrica é formada?

ta
1 1
ta

2
re
-3+0i -2 -1 3
Sabemos que módulo é a distância do ponto (que 0
-4 -3 1r 2 3+0i 4 Re
representa o número complexo) à origem. Então et
temos que achar os pontos cuja distância à -1 a
4

3
ta
re
origem vale 3. O conjunto de todos esses pontos -2
está na figura abaixo: 5 - 2i
-2- i 5
-3
Im -3i
4 -4
3i
3
- 2+i 5 5 + 2i
Note que cada uma dessas retas faz um ângulo
2 diferente com o eixo x.
=3

1 Im
ulo
ód

-3+0i -2 -1 3
M

4
0 Re
-4 -3 1 2 3+0i 4 3i
-1 3
- 2+i 5 5 + 2i
-2 2
5 - 2i
re

-2- i 5
ta
2

-3 1
-3i 90o
re
ta
13

-3+0i -2 3
1,8
o

-4 41,8o

0 Re
-4 -3 re
3+0i 4
Nota-se então que a figura geométrica obtida ta
4
3

com todos os números complexos cujo módulo


ta
re

vale 3 é uma circunferência. Note na figura -2


também, que números complexos conjugados 5 - 2i
-2- i 5
tem o mesmo módulo. -3
-3i
-4
Fase de um nú mero complexo e
representaçã o polar  A reta com o número complexo 5  2i
faz um ângulo de 41,8º com o eixo x.
Como vemos, os números complexos com o  A reta com o número 3i faz um ângulo
mesmo módulo definem uma circunferência no de 90º com o eixo x.
plano cartesiano. Ou seja (note na figura acima),
Matemática A - Álgebra

 A reta com o número 2  i 5 faz um  Existe uma reta, de comprimento a (parte


ângulo de 131,8º com o eixo x. real do número complexo – reta
 A reta com o número 3 faz um ângulo de tracejada na figura) que faz parte deste
0º com o eixo x. triângulo retângulo e é o cateto adjacente
do ângulo  ;
O ângulo que a reta – que relaciona o número  Existe outra reta, de comprimento b
complexo com a origem – faz com o eixo x (parte imaginária do número complexo –
denomina-se fase ou argumento do número reta pontilhada na figura) que faz parte
complexo. Assim, dizemos que: deste triângulo retângulo e é o cateto
oposto do ângulo  .
 A fase ou argumento do número
De acordo com a definição de seno, cosseno e
complexo 5  2i é 41,8º.
tangente, a fase  de um ângulo complexo
 A fase do número complexo 3i é 90º. C  a  bi é calculada por:
 A fase do número 2  i 5 é 131,8º.
 A fase do número 3 é 0º. b sen   b a
tg  ,   e cos  
a C C
Note no caso do número 5  2i , por exemplo,
que:
sabendo que C  a 2  b 2 .
Im
Cada número complexo possui um módulo e
3 uma fase diferentes, como podemos ver a seguir:
5 + 2i
2  o número complexo 5  2i possui
módulo 3 e fase 41,8 .
3
ulo =  o número complexo 3i possui módulo 3
ó d
m e fase 90 .
41,8o  o número complexo 3 possui módulo 3 e
fase 0 .
0 Re
2 3 4  o número complexo -3i possui módulo 3
e fase 90 ou 270 .
 o número complexo 1  i possui módulo
2 e fase 45 .
3 m  o número complexo 1  i possui
=
lo o= módulo 2 e fase 45 ou 315 .
du 2 ul
m
ó ód  o número complexo 2  2i possui
m
41,8o q módulo 2 2 e fase 225 ou 135 .

5 Se você entendeu isso, note que podemos


(desenho do triângulo retângulo – módulo e ângulo ) representar um número complexo então, de duas
formas:
 A reta que liga o número complexo até a
origem pode ser vista como a hipotenusa  Da forma a  bi , que corresponde à sua
de um triângulo retângulo (na figura com forma algébrica;
o traço contínuo). Ela faz um ângulo   Dizendo apenas seu módulo e sua fase;
com o eixo x;
Matemática A - Álgebra

Essa última forma de representação chama-se 1


forma polar de representação dos números   tg 1    tg 11  45 .
1
complexos. A forma polar de um número
complexo a  bi é dada por:
Logo, a forma polar de 3  4i é
5 53, 06  .
C  a  bi  m    , onde

Exemplo: Passar para a forma algébrica os


b
m  C  a  b e   tan   , números 2  30  e 3 45  .
2 2 1  
a

a b 2  30  2.  cos 30  i.sen30  


  cos   ou   sen 1   ;
1

m m  3 1
 2.   i.   3  i
Inversamente, a forma algébrica de um número  2 2

complexo C  m    é calculada por:


3 45   3.  cos 45  i.sen45  
C  m     a  bi  2 2 3 2 3 2
 3.   i.    i.
 2 2  2 2
onde a  m cos  e b  msen .

Podemos escrever também que:


Operações com números complexos
C  a  bi   m cos     msen  i  m  cos   i.sen  Adiçã o e subtraçã o
Exemplo: Passar para a forma polar os números
complexos 3  4i e 1  i . Para adicionar ou subtrair números complexos, é
preferível que estejam na forma algébrica. Se
1. O módulo de 3  4i é dado por não estiverem, devemos buscar a conversão.

m  3 
2
 42  5 . Então, fazemos as operações com os termos
semelhantes: somamos ou subtraímos a parte
real dos números da operação; Depois fazemos a
A fase de 3  4i é dada por mesma coisa com a parte imaginária, tomando
cuidado com os sinais algébricos envolvidos.
 4 
  tg 1    tg 1  1.33  53,06 .
 3  Exemplo: Calcular a soma e a subtração dos
números complexos 2  30  e 2  30  .
 

Logo, a forma polar de 3  4i é Vamos transformar esses números complexos


5 53, 06  . para a forma algébrica:

2. O módulo de 1  i é dado por 2  30  2.  cos 30  i.sen30  


 3 1
m  12  12  2 .  2.   i.   3  i
 2 2
A fase de 1  i é dada por
Matemática A - Álgebra


2  30   2. cos  30   i.sen  30    Outra alternativa é, caso os dois números
estejam na forma algébrica, aplicar a
 3  1  propriedade distributiva. Analise com cuidado o
 2.   i.      3  i exemplo a seguir:
 2  2 
1 i
Exemplos: Calcule o valor de e o valor
Então fazemos: 3 i
de  1  i  .  
3  i na forma algébrica.
 3 i    
3  i  3  i  3  i  2 3
e Solução:
 3 i   
3  i  3  i  3  i  2i
Transformação para forma polar:

Note, pelo desenho abaixo que simbolizam os a) Cálculo do módulo de 1 i :


dois números complexos e o número complexo 12  12  2 .
soma, que o procedimento é análogo a uma soma b) Cálculo do argumento de 1  i :
de vetores.
1 2 1 2
cos    , sen   e
Im 2 2 2 2
4 tg  1 .
3
Logo,   45 e 1  i  2  45  .

2
5 + 2i
1 3
c) Cálculo do módulo de 3 i:
-1 u lo =
Mód 2 3

 3
0 3 Re 2
1 2 5 6 7
4  12  3  12  2 .
-1
5 - 2i
-2
d) Cálculo do argumento de 3 i :
-3
3 1 1 3
cos   , sen  e tg  
2 2 3 3
Multiplicaçã o e divisã o
Logo,   30 e 3  i  2  30 .
Para multiplicar ou dividir números complexos,
é preferível que estejam na forma polar. Se não Cálculo da divisão:
estiverem, devemos buscar a conversão.
1. Então, temos que
1. Multiplicamos ou dividimos os módulos,
de acordo com a operação envolvida.
1 i 2  45 2
2. Se a operação for multiplicação, a fase
resultante será a soma das fases 3 i

2  30 


2
 45  30  
envolvidas;
2
3. Se a operação for divisão, a fase
resultante será a subtração das fases

2
 15
envolvidas (a fase do dividendo menos a
fase do divisor). 2. Lembrando que:
Matemática A - Álgebra

2 2  2  Os produtos notá veis e o quadrado dos


2
 15 
2
.cos15  i.  .sen15   nú meros complexos
 2 
0,96  0,18i
3. Logo, podemos escrever:
Elevando-se o complexo 2  3i ao quadrado:
1 i
0,96  0,18i
3i  2  3i 
2

Cálculo da multiplicação:
Teremos um quadrado da soma de dois termos,
cujo desenvolvimento é dado a seguir:
Para calcular  1  i  .  
3  i podemos proceder
 2  3i   22  2.2.3i   3i   4  12i  9.i 2
2 2
de duas formas. Uma é aplicar simplesmente a
distributiva e daí teremos:
Lembrando que: i  1 , temos que:
 1  i  . 
3  i  3  i  3i  i 2 

   2  3i   22  2.2.3i   3i   4  12i  9.i 2 


2 2
 3  i  3i   1  1  3  i. 1  3
 4  12i  9.  1  5  12i
Logo,
Ou seja:  2  3i   5  12i .
2

 1  i  . 
3  i  1  3  i. 1  3   
.
Da mesma forma, se tivermos  2  4i  , temos
2
0, 73  2, 73i
um quadrado da diferença de dois termos:
A outra forma é fazer as transformações para
forma polar e aplicar a regra descrita: Daí:

1  i  2  45 e 3  i  2  30 ;  2  4i 
2
 22  2.2.4i   4i   4  16.i  16.i 2 
2

.
 4  16.i  16.  1  12  16i
Logo,

 1  i  . 3 i    2  45   .  2  30   
 
A potenciaçã o da unidade imaginá ria
1.
 2 2  30  45   2 2  75
Partindo da definição i  1 , podemos
escrever:
Lembrando que,

2.
2 2  75   2 2.cos 75  i.2 2.sen75 
0, 73  2, 73i

Que é a mesma resposta obtida do primeiro


modo.
Matemática A - Álgebra

i0  1 A divisão de 1249 por 4 tem quociente 312 e


resto 1. Se a nossa tabela continuasse até o
i1  i
1249, a seqüência iria se repetir por 312 vezes
i 2  1 exatas e no número 4*312 = 1248 (múltiplo de
i 3  i 2 .i  1.i  i 4), o resultado é 1. Logo:

i 4  i 3 .i  i.i  i 2    1  1 i1249  i1  i


i 5  i 4 .i  1.i  i
i 6  i 5 .i  i.i  i 2  1 Potência de um nú mero complexo na
i  i .i  1.i  i
7 6
forma polar
i 8  i 7 .i  i.i  i 2    1  1

A potenciação é o resultado de várias


Ou seja, colocando o raciocínio em uma tabela:
multiplicações, correto?

Por exemplo:
i elevado a É igual a
0 1
24  2.2.2.2
1 I
2 -1
Logo, podemos dizer que:
3 -i
4 1
 1 i   1  i  . 1  i  .  1  i  . 1  i 
4
5 I
6 -1
7 -i Com o que aprendemos de multiplicação de
8 1 números complexos (multiplica-se os módulos,
9 I soma-se as fases) podemos dizer que:
10 -1
11 -i Se 1  i  2  45  , então:

Note que a seqüência de potenciação dos


1 i
4
números complexos se repete de 4 em 4 vezes (e 
sempre que o expoente for múltiplo de 4 o
resultado da exponenciação é 1), de modo que,
  2  45   . 2  45   .  2  45   .  2  45  
   

para calcular qualquer expoente de um número


complexo: Multiplicando os módulos e somando as fases,
temos:
1. Divide-se o expoente por 4;
1 i
4
2. Se o resto for 0, o resultado da 
potenciação é 1;
3. Se o resto for 1, o resultado da   2  45   . 2  45   .  2  45   .  2  45   
   

potenciação é i;
  2   4.45 
4

4. Se o resto for 2, o resultado da
potenciação é -1;
5. Se o resto for 3, o resultado da
 2   4.45   4 180   4i
4
1 i
4
potenciação é –i; Então   

na forma algébrica.
Exemplo: Calcular i1249 .
Matemática A - Álgebra

Logo, um número complexo elevado a um 1  3i


expoente m fica da seguinte maneira: 6. Qual o conjugado de ?
2i
5  i 4  3i
7. Resolva a expressão  .
 m    m p  p. 
p
1 i 2  i
i15  i16
8. Quanto vale 17 18 ?
E transformando para a forma algébrica, temos: i i
9. Calcular y  i  i 2  i 3  i 4  ...  i1001 .
 m       m  cos   isen    m p  p.  
p p

10. Calcular o módulo de  1  3i  .


4

 m  cos  p.   i.sen  p.  


p
11. Calcular  1  i  .
10

12. Calcular o valor de


Extrapolando um pouco este conceito,
lembrando que uma radiciação é um expoente Ai
 1  3i  .  1  2i  .
3 1  3i
fracionário (por exemplo, 2  2 ), podemos 5 3 5

aplicar esses conceitos aos números complexos,


ou seja: Veja também
p
p 
 m   
p
n
 m n  .  1. Este site, do Instituto deMatemática e
n  Estatística trata da história dos números
complexos e a partir de quais problemas
E, transformando para a forma algébrica, temos: eles se desenvolveram:
http://www.ime.usp.br/~leo/imatica/histo
 m     a  bi   m cos   i.m.sen  ria/complexos.html
p p p
n  n
 n

p p p
p  p  p  2. Além de conter muitas curiosidades,
 m n  .   m n cos  .   i.m n .sen  .  conta também a história de Leonard
n  n  n 
Euler, notável cientista presente na
Esta fórmula é conhecida como fórmula de
história dos números complexos:
Moivre da potenciação dos números complexos.
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opom
bo/seminario/euler/index.htm
Exercícios 3. Este outro site, nos fala de uma aplicação
para os números complexos:
1. Seja o número complexo http://sorzal-
z   m  2i  .  2  i  , em que m é um df.fc.unesp.br/~edvaldo/dominiocores.ht
m
número real. Para qual valor de m o
número z é imaginário puro?
2. Para quais valores de x o número
Respostas
complexo z  x   x  4  i é real?
2

3. Partindo-se da igualdade
1. 5i
2  m  n   i  m  ni   i  0 , quanto vale 2. x  2
m+n? 3. -1
4. Calcule o valor da expressão 4. 2-2i
3i  2i  5i .
5 4 3
3 4
5.  i
2i 5 5
5. Calcule o valor de .
2i
Matemática A - Álgebra

1  7i
6.
5
7. 1-i
8. -i
9. i
10. 100
11. -32i
12. -2

POLINÔMIOS
Sites e livros consultados
Introdução
1. http://www.algosobre.com.br/matematica
/numeros-complexos-i.html
2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Número_co
mplexo
3. http://br.geocities.com/silvandabr/comple
xo.html
4. http://www.ime.usp.br/~leo/imatica/histo
ria/complexos.html
5. GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, Suponha que a figura representa um cubo com
José Roberto; GIOVANNI JR., José Rui. arestas de medida (x+3).
Matemática Fundamental, 2º grau. A área total desse cubo é expressa por:
Volume Único. São Paulo: FTD, 1994.
6.(x+3)2 = 6.(x2 + 6x + 9) = 6x2 + 36x +54

O volume desse cubo é expresso por:

(x+3)3 = x3 + 9x2 + 27x + 27

Essas expressões são chamadas de Expressões


Polinomiais e serão nosso objeto de estudo.

Definição

Chamamos de expressão polinomial, ou


polinômio, toda expressão da forma:

anxn + an-1xn-1 +...+ a2x2 + a1x + a0

Onde:
 a0,a1, a2, ..., an-1 e an são números
reais chamados coeficientes;
 n é um número inteiro positivo ou
nulo;
Matemática A - Álgebra

 O maior expoente de x, com Valor numérico de um polinômio


coeficiente não nulo, é o grau da
expressão.
O valor numérico de um polinômio p(x) para x
= a é o número que se obtém substituindo x por
Função Polinomial a e efetuando os cálculos necessários.
Funções definidas por expressões polinomiais Indicamos o valor obtido por p(a).
são denominadas funções polinomiais.
Exemplos:
Por exemplo:

f(x) = x3 + 4x2 + 3x + 1, é uma função a) p(x) = 4x2 + 3x + 2


polinomial de grau três. p(1) = 4.(1)2 + 3.(1) + 2
p(1) = 4 + 3 + 2
Formalmente: p(1) = 9

f(x) = anxn + an-1xn-1 + ... + a2x2 + a1x + a0


b) p(x) = 2x + 3
É denominada função polinomial de grau n, em p(8) = 2.8 + 3
que n є lN* e an 0. p(8) = 19

Observações: Raiz de um polinômio


Se p(a) = 0, o número a é denominado raiz de
a) Normalmente, utilizamos a palavra
p(x).
polinômio em vez de função polinomial.
Sendo assim, daqui em diante
Por exemplo:
chamaremos as funções polinomiais de
polinômios.
a) P(x) = 2x – 2
P(1) = 0
Ex.: p(x) = 2x + 4 é um polinômio de 1º
Logo, 1 é raiz de p(x)
grau

b) Vamos determinar a raiz do polinômio:


b) Polinômio zero ou nulo:
p(x) = x2 + 2x + 1.
Queremos então encontrar x tal que p(x)
O polinômio constante p(x) = 0 é
= 0.
denominado polinômio zero ou nulo.
Dizemos que esse polinômio não tem
Assim:
grau.
x2 + 2x + 1 = 0
Formalmente:
∆=0
p(x) = anxn + an-1xn-1 + ... + a1x + a0 é
polinômio nulo ↔ an = an-1 = ... = a1 = a0 x= = -1
=0
Logo, -1 é raiz de p(x).
Matemática A - Álgebra

Grau de um polinômio Ex.: Vamos determinar os valores de a, b, c, d e


e de modo que os polinômios p(x) = ax 4 + 5x2 +
dx – b e g(x) = 2x4 + (b-3)x3 + (2c-1)x2 + x + e
Já vimos que o grau de um polinômio é definido
sejam iguais.
pelo maior expoente de x com coeficiente não
nulo.
Para que p(x) = g(x), devemos ter:
a=2
Notação: grau de p(x) ≡ gr(p)
0=b–3→b=3
5 = 2c – 1 → 2c = 6 → c = 3
Exemplo:
d=1
a. p(x) = x3 + 3x + 2, gr(p) = 3
e = -b = -3
b. p(x) = x7 + 3x6 + 4x5 + x3 + x,
gr(a) = 7
Logo, a = 2, b = 3, c = 3, d = 1, e = -3.
c. p(x) = 0x2 + 8x + 3, gr(p)= 1
d. p(x) = 0, p não tem grau
e. Vamos discutir, em relação a a o
Função Polinomial Soma
grau do polinômio p(x) = (a-2)x3 +
bx2 + (c-1)x + d
Dados dois polinômios A e B, a função
polinomial soma A+B tal que (A+B)(x) = A(x)
 Se a ≠ 2 então gr(p) = 3
+ B(x) é definida pelo polinômio em que cada
 Se a = 2 e b ≠ 0 então gr(p) = 2 termo é a soma dos termos semelhantes dos
 Se a = 2, b = 0 e c ≠ 1 então gr(p) polinômios A e B.
=1
 Se a = 2, b = 0, c = 1 e d ≠ 0 então Por exemplo:
gr(p) = 0
a) A(x) = 2x3 + 3x2 + 5x – 4
 Se a = 2, b = 0, c = 1 e d = 0 então
B(x) = x2 – 3x + 1
p não tem grau
Então:

(A+B)(x) = (2x3 + 3x2 + 5x – 4) + (x2 – 3x + 1)


Polinômios Idênticos
(A+B)(x) = 2x3 + (3 + 1)x2 + (5 – 3)x + (– 4+1)
(A+B)(x) = 2x3 + 4x2 + 2x – 3
Sejam A e B dois polinômios.
Dizemos que A e B são idênticos (ou iguais) Note que: gr(A) = 3, gr(B) = 2 e gr(A+B) = 3.
quando os coeficientes dos termos semelhantes
sejam dois a dois iguais. Observe: b) A(x) = 2x3 + 4x2 - 5x + 3
B(x) = -2x3 + x2 – 3
A(x) = 5x4 + 4x3 + 3x + 1 Então:
B(x) = 5x4 + 4x3 + 3x + 1
C(x) = 5x4 + 4x3 + 2x2 + 3x + 1 (A+B)(x) = (2x3 + 4x2 - 5x + 3) + (-2x3 + x2 – 3)
(A+B)(x) = (2-2)x3 + (4+1)x2 + (- 5)x + (3 - 3)
Temos que: A = B, A ≠ C e B ≠ C (A+B)(x) = 5x2 - 5x
Matemática A - Álgebra

Note que gr(A) = gr(B ) = 3 e gr(A+B) = 2 <


gr(A). gr(A.B) = gr(A) + gr(B)

Formalizando:
Divisão de Polinômios
O grau de A+B é tal que:
Considerando dois polinômios A(x) e B(x), com
gr(a) > gr(B) → gr(A+B) = gr(A) B(x) não nulo, dividir A(x) por B(x) significa
gr(A) = gr(B) → gr(A+B) ≤ gr(A) ou A+B não encontrar dois polinômios Q(x) e R(x) tais que:
tem grau
 A(x) = B(x) . Q(x) + R(x)
 gr(R) < gr(B) ou R(x)=0
Função Polinomial Produto Sendo assim, podemos dizer que:

 A(x) é o dividendo
Dados dois polinômios A e B, a função
polinomial produto (A.B) tal que (A.B)(x) =  B(x) é o divisor
A(x) . B(x) é definida pelo polinômio cujos  Q(x) é o quociente
termos são todos os produtos possíveis entre um  R(x) é o resto
termo de A e um termo de B.

Por exemplo: A(x) B(x)


R(x) Q(x)
a) A(x) = 2x2 – 3x + 1 Vamos então conhecer alguns
B(x) = 3x + 2 métodos para dividir polinômios.

Método da Chave
Então:

(A.B)(x) = (2x2 – 3x + 1).( 3x + 2) Esse método consiste em obter o quociente Q e


o resto R, em varias etapas, do mesmo modo que
(A.B)(x) = 2x2.3x + 2x2.2 + (– 3x).(3x)+(-3x).2 +
fazemos divisão com números naturais.
1.3x + 1.2
(A.B)(x) = 6x + 4x2 – 9x2 - 6x + 3x + 2
3
Ex.1: Vamos dividir A(x) = 2x3 + 7x2 + 4x – 4
(A.B)(x) = 6x3 - 5x2 – 9x2 - 3x + 2 por B(x) = -2x3 -4x2 + 6x

Note que gr(A) = 2, gr(b) = 1 e gr(A.B) =


2+1 = 3 2x3+7x2+4x-4 x2+2x-3
-2x3-4x2+6x 2x
2
b) A(x) = 3x + 4 3x +10x-4

A2(x) = (3x+4) . (3x+4) O grau do resto não é menor do que o grau do


A2(x) = 3x.3x + 4.3x + 4.3x + 4.4 divisor e, portanto, a divisão ainda não terminou
A2(x) = 9x2 + 24x +16

Note que gr(A) = 1 e gr(A.A) = 1+1 = 2 2x3+7x2+4x- x2+2x-3


4
-2x3-4x2+6x 2x+3
Formalmente:
Matemática A - Álgebra

3x2+10x-4 simples e rápida, conhecido como dispositivo


-3x2-6x+9 pratico de Briot-Ruffini.
4x+5
Esse dispositivo consiste no seguinte esquema:
O grau do resto já é menor que o grau do divisor
e, portanto, a divisão terminou.

Ex.2: Vamos dividir A(x) = 2x4 – 2x3 – 13x2 + Coeficientes do Termo


10x – 1 por B(x) = 2x2 + 4x – 3 dividendo [p(x)] constante do
divisor com
sinal trocado

2x4 – 2x3 – 13x2 + 2x2 + 4x – 3


10x – 1
-2x4 – 4x3 + 3x2 x2 - 3x + 1
3 2
-6x – 10x + 10x
–1
6x3 + 12x2 - 9x
2x2 + x – 1
-2x2 - 4x + 3
-3x + 2
q1 = a0 . a + a1
Observe que chegamos em R(x) = -3x + 2 e que q2 = q1 . a + a2
R(x) < Q(x), assim, paramos de efetuar a ...
operação. qn = qn-1 . a + an

Ex.3: Na divisão A(x) = x3 + 2x + 1 por B(x) = Ex. 1:Vamos dividir p(x) = x4 – 7x2 + 3x – 1 por
x4 + 3x3 + 4, temos que: h(x) = x-2

x3 + 2x + 1 x4 + 3x3 + 4
x3 + 2x + 1 0

Pois Gr(A) < Gr(B) e, como queremos A(x) =


B(x) . Q(x) + R(x), temos: Logo:

(x3 + 2x + 1) = (x4 + 3x3 + 4) . 0 + (x3 + 2x + 1)


x4 – 7x2 + 3x – 1 x-2
Divisã o por (x-a) – dispositivo de Briott – -7 x3 + 2x2 - 3x – 3
Ruffini

Há um método prático de efetuar divisões por Teorema de D’Alembert


polinômios do tipo (x-a), de uma maneira
Matemática A - Álgebra

Esse teorema nos diz que o resto da divisão


de um polinômio p(x) por x-a é p(a). 5. (FEI-SP) Determine A, B e C na
decomposição:
Ex. 1: Vamos calcular o resto da divisão de
p(x) = x4 – 7x2 + 3x – 1 por h(x) = x-2.

R = p(2) = 24 – 7.(2)2 + 3.2 – 1 = 16 – 28 + 6


– 1 = -7
6. Efetue a divisão de p(x) por h(x) quando:
Logo, o resto da divisão é -7.
a) p(x) = x2 + 4x + 3 e h(x)= x+1
Ex. 2: Vamos determinar o valor de a de b) p(x) = x3 + x2 - x + 1 e h(x)= x+4
modo que o polinômio p(x)= 2x3 + 5x2 - ax + c) p(x) = x4 – 10x3 + 24x2 + 10x - 24 e
2 seja divisível por h(x)=x-2. h(x)= x2 – 6x + 5
Se p(x) é divisível por h(x), o resto da
divisão é zero.
Logo, pelo Teo. De D’Alembert: 7. Dividindo p(x) = x3 - 4x2 + 7x – 3 por
certo polinômio h(x), obtemos o
p(2) = 0 → 2.(2)3 + 5.(2)2 – a.(2) + 2 = 0 → quociente q(x) = x-1 e o resto r(x) = 2x –
16 + 20 – 2a + 2 = 0 → 2a = 38 → a = 19 1. Determine o polinômio h(x).

8. Calcule os valores reais de x para que x3


Exercícios
+ 2x2 + 8x + 7 = 0, sabendo que o
1. Discuta, para m є lR, o grau dos polinômio p(x)= x3 + 2x2 + 8x + 7 é
polinômios: divisível por x+1

a) p(x) = (m-4)x3 + (m+2)x2 + x + 1 9. Calcule os valores de m e n para que seja


b) g(x) = (m2-4)x4 + (m-2)x + m exata a divisão do polinômio p(x) = 2x3
+ mx2 + nx – 1 por h(x) = 2x2 - x – 1
2. Calcule os valores de a e b no polinômio:
10. Calcule o quociente e o resto da divisão
3 2
a) p(x) = x + (a-2)x +(b-4)x -3, dos polinômios de duas maneiras
sabendo que 1 e -1 são raízes do diferentes:
polinômio;
b) p(x) = x3 + ax2 + (b-18)x + 1, sabendo a) p(x) = 5x2 – 3x + 2 por h(x) = x + 3
que 1 é raiz do polinômio e p(2) = 25. b) p(x) = 2x3 – 7x2 + 2x + 1 por h(x) =
x-4
3. Consideremos o polinômio p(x) = 2x3 - c) p(x) = 2x4 + 7x3 – 4x + 5 por h(x) =
6x2 + mx + n. Se p(2) = 0 e p(-1) = -6, x+3
calcule os valores de m e n.
11. Calcule o valor de a sabendo que:
4. (PUC-SP) Determine os valores de m, n e
p de modo que se tenha (m+n+p)x4 – a) p(x) = 2x3 + 4x2 – 5x + a é divisível
(p+1)x3 + mx2 + (n-p)x + n = 2mx3 + por h(x) = x-1;
(2p+7)x2 + 5mx + 2m.
Matemática A - Álgebra

b) p(x) = 2x3 + ax2 + (2a + 1)x + a + 3 é


divisível por h(x) = x+4 5. A=1/3, B=-1/3 e C=-2/3

12. Calcule o resto da divisão de: 6.


a. q(x)=x+3; r(x)=0
3 2
a) p(x) = 2x - 4x + x – 1 por h(x) = x-1 b. q(x)=x2-3x+11; r(x)=-43
b) p(x) = x4 + 2x2 – x - 5 por h(x) = x+3 c. q(x)=x2-4x-5; r(x)=1

13. Verifique se o polinômio p(x) = x2 – 3x + 7. x2-3x+2


2 é divisível por x+3.
8. -1
14. Calcule os valores reais de m sabendo
que o resto da divisão de: 9. 1 e -2

a) p(x) = x3 + 3x2 + 5x + m por h(x) = 10.


x-m é igual a m3 a) q(x)=5x+18; r (x)=56
b) p(x) = m2x2 – 5mx + 6 por h(x) = x-1 b) q(x)=2x2+x+6; r(x)=25
é menor que 2
11.
15. Determine b e c de modo que o a. -1
polinômio p(x) = x4 + x2 + bx + c seja b.43/3
divisível por h(x) = x-2, mas, quando
dividido por g(x) = x+2, deixe resto igual 12.
a 4. a. -2
b.97
Gabarito
13. Não
1.
14.
a. se m=4, então gr(p) = 2
a. o ou -2
se m≠4, então gr(p) = 3
b.m є lR l 1<m<4
b. se m=2, então gr(g)=0
15. -1 e -18
se m=-2, então gr(g)=1; se m≠±2, então
gr(p)=4
*Referências

2. 1. Matemática – Contextos e Aplicações;


a. 5 e 3 Volume Único; Luiz Roberto Dante;
b. 10 e 6 Editora: Ática

3. m=2 e n=4 2. Álgebra I – Coleção Objetivo; Giuseppe


Nobilioni; Editora Sol
4. m=1, n=2 e p=-3
Matemática A - Álgebra

3. Álgebra Il – Coleção Objetivo; Giuseppe


Nobilioni; Editora Sol

SEQUÊNCIAS E PROGRESSÕES

Introdução

A idéia de seqüência está constantemente


presente em nosso dia-a-dia. Por exemplo:
1. Seqüência dos dias da semana (domingo,
segunda, terça,...);
2. Seqüência dos meses do ano (janeiro,
fevereiro, março,...).

Nessas situações, observamos que existe uma


ordem nos elementos de um conjunto.
Esses elementos são chamados “termos” da
seqüência.
Se representarmos o 1º termo por a1, o 2º por a 2,
até o termo de ordem n (an), temos a
seqüenciada dada por:
(a1, a2, a3,..., an)
No exemplo 1. Temos:
a1 = domingo
a2 = segunda-feira
...
a4 = quarta-feira
...
an = sábado
Matemática A - Álgebra

Seqüência finita e infinita Definição de Progressão Aritmética


Uma seqüência pode ser finita ou infinita. Veja:
1. A seqüência dos números ímpares é Sejam a e r dois números reais. Chama-
infinita (1, 3, 5, 7, 9,...); se Progressão Aritmética (P.A.) a seqüência tal
2. A seqüência dos dias da semana é finita que:
(dom, seg, ter, qua, qui, sex, sab).

Lei de formação de sequência Onde n Є lN*.


Chamamos r de razão da PA.
Podemos representar uma seqüência por meio de
regras matemáticas e, a partir delas, podemos Podemos observar que:
representar todos os seus termos. Veja:
1. A seqüência an = 3n + 2, n Є lN* é dada A. Numa P.A., cada termo, a partir do
por: segundo é obtido, adicionando-se r

Se n = 1 –> a1 = 3 . 1 + 2 = 5; ao termo anterior;

Se n = 2 –> a2 = 3 . 2 + 2 = 8; B. r = an+1 – an

Se n = 3 –> a3 = 3 . 3 + 2 = 11;

Se n = 4 –> a4 = 3 . 4 + 2 = 14.
Exemplos:

Portanto essa seqüência é dada por (5, 8, 11, A seqüência (3,8,13,18,23,28,...) é
14,...) uma P.A. de razão r = 5;
2. A seqüência definida por: 
A seqüência (20,10,0,-10,-20) é uma
P.A. finita de razão r = -10;

A seqüência (7,7,7) é uma P.A. de
n Є lN* é dada por: razão r=0.

a1 = 2;
 Classificaçã o
Se n = 2 –> a2 = 2 . a1 = 4;

Se n = 3 –> a3 = 2 . a2 = 8;
 Se (an) é uma P.A. Então:
Se n = 4 –> a4 = 2 . a3 = 16.

Logo essa seqüência é dada por (4, 8, 16,...) a. (an) é estritamente crescente r
3. Vamos determinar an (chamado termo 0
geral) na seqüência dos números b. (an) é estritamente decrescente r
quadrados perfeitos: (1, 4, 9, 16, 25,...) 0
c. (an) é constante r=0
Observamos que:

Se n = 1 –> a1 = 12 = 1;

Se n = 2 –> a2 = 22 = 4;
Termo Geral de uma P.A.

Se n = 3 –> a3 = 32 = 9;
 Em uma PA de razão r, partindo do 1º
Para um n qualquer –> an = n2
termo, para avançar para o 2º, basta somar r ao
Logo, an = n2 é o termo geral da seqüência, onde 1º termo (a2 = a1 + r), usando o mesmo
n Є lN*. raciocínio, para avançar para o terceiro termo
basta somar 2r ao 1º termo (a3 = a1 + 2r) e, para
Matemática A - Álgebra

passar para o quarto termo bastar somar 3r ao 1º dos dois primeiros é -2 . Vamos
termo (a4 = a1 + 3r). determinar esses quatro números.
Sendo assim, para passar de a1 para an,
basta somar (n-1).r ao 1º termo. Logo: Indicamos a P.A. por (x-2r, x-r, x, x+r).
an = a1 + (n-1).r Assim temos:


Soma dos termos de uma P.A. finita
→ → 2r = 16 → r = 8
2x – 3r = -2 → 2x – 3 . 8 = -2 → 2x = 22 →
Existe uma fórmula que nos permite x = 11
calcular a soma dos n primeiros termos de uma Logo, a PA é dada por (x-2r, x-r, x, x+r) = (-
P.A.. Ela é dada por: 5, 3, 11, 19)

Em que: Exercícios (PA)



a1 é o primeiro termo;

an é o enésimo termo; 1. Escreva a PA de:

n é o número de termos; a. Cinco termos em que o 1º termo

Sn é a soma dos n termos. é a1 = 7 e a razão é r = 4;
b. Cinco termos, em que o 1º termo
Exemplo:
1. Calculemos a soma dos cinqüenta é a1 = x+3 e a razão é r = x.
primeiros termos da P.A. (2, 6, 10,...)
2. Determine:
Os cinqüenta primeiros termos formam uma P.A. a. O 7º termo de uma PA na qual a4 = 25
finita, onde a1 = 2, r = 4 e an = 50. e r = -5;
a50 = a1 + 49 . r = 2 + 49 . 4 = 198 b. O 4º termo de uma PA em que o 1º
S50= {(2+198).50} ÷ 2 = 5000
termo é a1 = 1 e a razão é r = 1/n, n≠0;
Logo, a soma procurada é igual a 5000
c. O 6º termo da PA em que a 3 = (x+2) /3
Resolvendo alguns tipos de e r = 2.
problemas com P,A.
3. Qual é o 50º número ímpar positivo?
As soluções de problemas que envolvem
somas e produtos entre termos consecutivos de 4. Calcule o 1º termo da PA:
uma PA ficam mais fáceis quando indicamos a a. De razão r = 3 sabendo que a7 = 21;
PA em função dos termos intermediários. OU
b. Em que a12 = -29 e r = -4.
seja, indicamos uma PA de:

Três termos por (x-r , r , x+r);

Quatro termos por (x-2r , x-r , x , 5. Numa PA na qual o 20º termo é 157 e o
x+r); 1º termo é 5, calcule a razão.

Etc..
6. Numa PA , o 8º termo é 52 e o 10º termo
é 66. Calcule o 9º termo e a razão dessa
Exemplo: PA.
1. Quatro números estão em P.A., de modo
que a soma dos dois extremos é 14 e a
Matemática A - Álgebra

7. Sabe-se que três números inteiros estão necessárias para o teatro ter um total de
em PA. Se esses números tem por soma 620 poltronas?
24 e por produto 120, calcule os três
números. 16. A soma das medidas dos ângulos
8. As medidas dos lados de um triangulo internos de um triangulo é 180º. Num
retângulo formam uma PA de razão 5. triangulo, as medidas dos ângulos estão
Determine as medidas dos lados desse em PA e o menos desses ângulos mede
triângulo. 40º . Calcule as medidas dos outros dois
ângulos.
9. As medidas dos ângulos de um triângulo
estão em PA de razão 20. Calcule as
medidas dos ângulos do triangulo. Gabarito

10. Determine 5 números que formam uma 1. a.(7,11,15,19,23) b.


PA crescente de forma que o produto dos (x+3,2x+3,3x+3,4x+3,5x+3)
extremos seja 28 e a soma dos seus 2. a.10 b.1-2π c. (x+20) /
quadrados seja 24. 3
3. 99
11. Determine quatro números que formam 4. a.3 b.15
uma PA crescente sabendo que sua soma 5. 8
é 4 e a soma de seus quadrados, 24. 6. 59 e 7
7. 1, 8 e 15 ou 15, 8 e 1
12. Calcule a soma: 8. 15, 20 e 25
a. Dos trinta primeiros termos da PA 9. 40º, 60º e 80º
(4,10,...); 10. 2, 5, 8, 11 e 14
b. Dos 20 primeiros termos de uma PA 11. -2, 0, 2 e 4
em que o 1º termo é a1 = 17 e r = 4; 12. a.2730 b.40200 c.6375
c. Dos cinqüenta primeiros múltiplos d.n(1+n)
positivos de 5; 13. -3
d. Dos n primeiros números pares 14. S={20}
positivos. 15. 20 fileiras
16. 40º, 60º e 80º
13. Numa PA, a soma dos seis primeiros
termos é 12. Sabendo que o ultimo termo Definição de Progressão Geométrica
é 7, calcule o 1º termo dessa PA.

Do mesmo modo que definimos uma PA


14. Resolva a equação 2 + 5 + 8 + ... + x =
anteriormente, podemos definir uma Progressão
77 sabendo que os termos do 1º membro Geométrica:
estão em PA. Sejam a e q dois números reais. Chama-se
Progressão Geométrica (PG) a seqüência (an) tal
15. Um teatro possui 12 poltronas na que:
primeira fileira, 14 na segunda e 16 na
terceira; as demais fileiras se compõe na O numero real q é chamado razão da
mesma seqüência. Quantas fileiras são P.G.
Matemática A - Álgebra

Podemos observar que: assim, para encontrarmos o termo de ordem n



na PG, cada termo, a partir do (termo geral da PG) fazemos:
segundo, é obtido multiplicando-se an = a1 . qn-1
por q o termo anterior. Em que:

an = termo geral;
 
Se a1 0eq 0. Então: q = , a1 = 1º termo;

onde n Є lN*. n = número de termos (até an);

q = razão.
Exemplos:

A seqüência (2, 10, 50, 250) é uma
PG onde a razão é q = 5; Soma dos termos de uma P.G. finita

A seqüência (512, 128, 32, 8, 2,...) é
uma PG onde a razão é q = ¼; Existe uma fórmula que nos permite

A seqüência (2, -4, 8, -16,...) é uma calcular a soma dos n primeiros termos de uma
PG onde a razão é q = -2. PG. Ela é dada por:

Classificaçã o Para q ≠ 1, então


Para q = 1, então Sn = n.a1
Se (an) é uma PG, então:
a. (an) é estritamente crescente ↔
Soma dos termos de uma P.G. infinita

Vamos considerar a seguinte PG (1, ½ ,


¼ , 1/8, 1/16, ...)
Observamos que:
b. (an) é estritamente decrescente ↔
1+ + = 1,75
1+ + + = 1,875
1+ + + + = 1,9375
1+ + + + + =
c. (an) é constante ↔ a1 ≠ 0 e q = 1 1,96875
d. (an) é singular ↔ a1=0 ou q=0 1+ + + + + +
e. (an) é alternante ↔ a1 ≠ 0 e q 0
= 1,984375

Termo Geral de uma P.G. Ou seja, a soma dos termos dessa PG se


aproxima de 2 (mas nunca chega!).
Em uma progressão geométrica (a1, a2, a3,. ..) Sendo assim, podemos estimar para qual
de razão q, partindo do 1º tremo, para avançar valor a soma dos termos de uma PG
um termo basta multiplicar o 1º termo pela razão infinita, em que -1 < q < 1, se aproxima.
q (a2 = a1 . q), para avançar dois termos, basta Podemos encontrar esse valor através da
multiplicar o 1º termo duas vezes pela razão q
formula:
(a3 = a1 . q2), para avançar três termos basta
multiplicar três vezes o primeiro termo pela
razão q (a4 = a1 . q3) e assim por diante. Sendo
, -1 < q < 1
Matemática A - Álgebra

Exercícios (PG) 10. Seja uma PG na qual o 1º termo é 2,


o último é 256 e a soma dos termos é
510. Qual é o valor da razão dessa
1. Determine a fórmula do termo geral
PG?
de cada PG:
11. Quantos termos devemos considerar
a. (2, 8, ...)
na PG (3, 6, ...) para obter uma soma
b. (2, 1, ...)
igual a 765?
2. Qual é o 8º termo de uma PG na qual
12. Uma empresa produziu 20000
o 1º termo é a1 = e a razão é q = unidades de certo produto no
? primeiro trimestre de 1999. Quantas
3. Calcule o 1º termo da PG (a1, a2, unidades foram produzidas no ano de
a3, ...) em que: 1999, sabendo que a produção
a. a4 =128 e q = 4 aumentou 20% a cada trimestre?
b. a6 = 103 e q = 10
c. a11 = 3072 e q = 2 13. Determine o valor de 20 + 4 + +

4. Numa PG crescente, o 8º termo vale + ...


8 e o 10º vale 32. Calcule o 9º termo 14. Calcule o valor de x na igualdade x +
e a razão dessa PG.
5. Numa PG de números reais, a3 = 16 e + + ... = 12, na qual o primeiro
a6 = 1024. Determine a1 e a razão q membro é a soma dos termos de uma
dessa PG PG infinita.
6. Determine a PG de três elementos 15. Seja um triangulo de área 40.
que são números inteiros, sabendo Unindo-se os pontos médios dos
que a soma deles é igual a 31 e o lados desse triangulo, obtemos um
produto é 125 segundo triangulo; unindo-se os
7. Três números inteiros positivos estão pontos médios dos lados desse
em PG de tal forma que a soma deles segundo triangulo, obtemos um
é igual a 62 e o maior numero é igual terceiro; e assim por diante,
a 25 vezes o menor. Quais são os três infinitamente. Calcule a soma das
números? áreas de todos esses triângulos,
8. Calcule a soma: sabendo que eles formam uma PG.
a. Dos seis primeiros termos da PG 16. Determine a fração geratriz das
(2, 8, ...); seguintes dízimas periódicas
b. Dos seis primeiros termos da PG (Utilizando conceitos de PG):
(7, 14, ...); a. 0,777...
c. Dos dez termos iniciais da PG (a2, b. 0,515151...
a5, ... ). c. 2,666...
17. Um triangulo eqüilátero tem o lado
9. Os termos do 1º membro da equação medindo 18. Unindo-se os pontos
3 + 6 + ... + x = 381 formam uma PG. médios dos lados desse triangulo,
Calcule o conjunto solução dessa obtém – se um segundo triangulo
equação eqüilátero; unindo-se os pontos
médios dos lados desse segundo
Matemática A - Álgebra

triangulo, obtém - se um terceiro; e Numa PA: (a1, a2, a3, ..., ap-1, ap,
assim por diante, infinitamente. Qual ap+1,...), temos:
é a soma dos perímetros de todos
esses triângulos?

Gabarito (PG)
2. Propriedade de três termos
consecutivos de uma PG
1. a. an=22n-1 b. an=3n c. an
Numa PG, cada termo, a partir do
= 22-n
segundo, é a média geométrica entre
2. 16
o termo anterior e o termo posterior.
3. a.2 b.10-2 c.3
Ou seja,
4. 16 e 2
5. 1 e 4
Numa PG: (a1, a2, a3, ..., ap-1, ap,
6. (1, 5, 25) ou (25, 5, 1)
ap+1,...), temos:
7. 2, 10 e 50 ou 50, 10 e 2
8. a.2730 b.441
9. S={192}
10. 2
Exemplo:
11. 8 termos
São dados quatro números x,
12. 107360 unidades
y,6,4, nessa ordem. Sabendo que os três
13. 25
primeiros estão em PA e os três últimos
14. 8
estão em PG, vamos determinar x e y.
15. 160/3
16. a. 7/9 b.17/33 c.8/3
17. 108 Se x, y, 6 estão em PA, temos .
2
Se y, 6, 4 estão em PG, temos 6 =4y
Problemas envolvendo PA e PG Devemos resolver o sistema formado por
São comuns os exercícios que envolvem essas duas equações:
PA e PG simultaneamente. Para resolver
alguns deles, precisamos observar
algumas propriedades dos termos de uma
PA e de uma PG. → y=9 → →x
+ 6 = 18 → x = 12
1. Propriedade de três termos
consecutivos de uma PA Então, x=12 e y=9

Numa PA, cada termo, a partir do


segundo, é a média aritmética entre o Exercícios
termo anterior e o termo posterior.
Ou seja, 1. Calcule x e y sabendo que a
sequência (x, y, 9) é uma PA e a
Matemática A - Álgebra

sequência (x, y, 12) é uma PG


crescente
2. A sequência (a, b, c) é uma PA e a
sequência (a, b, c+1) é uma PG. Se
a+b+c = 18, escreva a PA sabendo
que ela é crescente
3. Sendo (40, x, y, 5) uma progressão
geométrica de razão q e (q, 8-a, 7/2)
uma progressão aritmética, determine
a.

Gabarito
1. 3 e 6
2. (4, 6, 8)
3. 6

Referências

1. Matemática – Contextos e Aplicações;


Volume Único; Luiz Roberto Dante; Editora:
Ática
2. Álgebra I – Coleção Objetivo; Giuseppe
Nobilioni; Editora Sol
3. Álgebra Il – Coleção Objetivo; Giuseppe
Nobilioni; Editora Sol

PORCENTAGEM E MATEMÁTICA
FINANCEIRA

A expressão “por cento” (indicada pelo símbolo


%) participa constantemente do nosso cotidiano:
quando lemos um jornal, quando assistimos
televisão ou mesmo quando ouvimos rádio.
Quando um número vem escrito em percentual,
fica mais fácil analisar de uma forma ampla
algumas situações, por exemplo:
“60% (sessenta por cento) dos paulistas já
sofreram com enchentes.”
Ou seja, a cada 100 paulistas, 60 já sofreram
com as enchentes.
Matemática A - Álgebra

Sendo assim, não importa qual é o tamanho real A melhor forma de explicar como se calcula a
da população da cidade de São Paulo, a porcentagem de uma quantia, é através de
porcentagem já nos deu uma informação que nos exemplos:
proporciona uma visão geral do que acontece a a) Qual é o valor de 80% de 50?
cada 100 paulistas.
Veja outros exemplos: Modo 1: 80% de 50 = ?
a) “30% dos jovens praticam esportes.” –
significa que em um grupo de 100 jovens, 30
praticam esportes. . 50 = = 40

b) “95% dos homens são viciados em (Dividimos 50 por 100 e pegamos 80 partes)
futebol.” – significa que em um grupo de 100
homens, 95 são viciados em vídeo-game. Modo 2: Regra de Três:
Sendo assim, a porcentagem é a forma usada
para indicar uma fração de denominador 100. 50 corresponde ao total, ou seja, a 100%.
Veja alguns exemplos e seus significados: Queremos saber qual valor que corresponde a
80%.
a) 50% é o mesmo que ou 0,5 escrito
na forma de porcentagem. PORCENTAGEM VALOR
100 ------------ 50
80 ------------ x
b) 4% é o mesmo que ou 0,04 escrito
na forma de porcentagem.
100.x = 50.80  x =  x = 40
c) 0,15 é o mesmo que .
Resposta: 80% de 50 = 40
d) 6 pessoas em um grupo de 10 correspondem
b) 25% de quanto dá 40?
a ou ou 60% do grupo.
* IMPORTANTE *: Como podemos escrever Modo 1: 25% de ? = 40
em porcentagem?
Vamos primeiro efetuar a divisão: 32 ÷
64 = 0,5 . x = 40  x = x
Como já vimos, 0,5 é o mesmo que 0,50; = 160

que, por sua vez é o mesmo que e, por fim, Modo 2: Regra de Três:
= 50%
Queremos saber qual é o valor que corresponde
Logo, em porcentagem, corresponde a a 100%, sendo que 25% corresponde a 40.
50%.
PORCENTAGEM VALOR
Definição de uma Quantia 25 ------------ 40
100 ------------ x
Matemática A - Álgebra

25.x = 40.100  x =  x = 160 Vamos primeiro calcular 5% de R$800,00 :

Resposta: 25% de 160 = 40 . 800 = 40 . O acréscimo será de R$ 40,00.

c) R$ 72,00 corresponde a quantos por Sendo assim, o novo preço do fogão a ser pago
cento de R$360,00? em três prestações será de: R$800,00 +
R$40,00 = R$840,00
Modo 1 : ?% de R$ 360,00 = R$ 72,00
X% . 360 = 72
Mas, o exercício pergunta qual é o valor de
. 360 = 72  x =  x = 20 cada prestação: 840 ÷ 3 = 280
Resposta: O valor de cada prestação será de
Modo 2: Regra de Três R$280,00
Sabemos que R$360,00 corresponde ao total, ou
seja, a 100%. Queremos saber quantos por
cento correspondem a R$ 72,00. Exercícios
PORCENTAGEM VALOR 1. Calcule e responda:
100 ------------ 360
x ------------ 72 a. Qual é o valor de 60% de 95?
b. Quanto por cento de 70 é igual a 56?
c. 6 são 15% de que numero?
360.x = 100.72  x =  x = 20 d. R$ 75,20 correspondem a 20% de que
quantia?
Resp: R$72,00 corresponde a 20% de R$360,00
2. Um fogão está sendo vendido nas
A partir desses exemplos dados, podemos seguintes condições: 30% de entrada e o restante
resolver vários problemas que envolvem em 5 prestações iguais de R$ 58,80 cada uma.
porcentagem. Por exemplo: Qual é o preço desse fogão?

1) Se um vestido que custa R$250,00 está 3. Um objeto que custava R$ 70,00 teve seu
sendo vendido com um desconto de 6%. Qual preço aumentado em R$ 10,50. De quanto por
será o novo preço do vestido? cento foi o aumento?

4. Uma mercadoria custava R$ 80,00 e seu


Vamos primeiro calcular 6% de R$250,00 :
preço foi reajustado (aumentado) em 5%. Se ao
. 250 = 15
novo preço foi dado um desconto de 5% ela
voltará a custar R$ 80,00? Calcule os preços
Sendo assim, o desconto será de R$15,00. Então
após o aumento e o desconto
o novo preço do vestido será: R$250,00 –
R$15,00 = R$235,00
5. O mesmo modelo de uma geladeira está
sendo vendido em 2 lojas do seguinte modo:
2) Um fogão, cujo preço à vista é de
R$800,00, tem um acréscimo de 5% no seu  Na 1ª loja, sobre o preço de R$ 800,00
preço se for pago em 3 prestações iguais. Qual é há um desconto de 8%;
o valor de cada prestação?  Na 2ª loja, sobre o preço de R$ 820,00,
há um desconto de 10%.
Matemática A - Álgebra

Qual dessas ofertas é mais conveniente ao Juros Simples


cliente?
6. Um comerciante comprou uma peça de
tecido de 100m por R$ 800,00. Se ele vender Denominamos juros simples aqueles que são
calculados sempre a partir de um Capital Inicial.
40m com lucro de 30%, 50m com lucro de 10%
Os juros simples são diretamente proporcionais
e 10m pelo preço de custo, quanto por cento de ao capital e ao tempo de aplicação.
lucro ele teve na venda de toda a peça? Para entender melhor, veja o exemplo:
Ex.1: O capital de R$ 530,00 foi aplicado à taxa
7. A quantia de R$ 1890,00 foi repartida de juros simples de 3% ao mês. Qual o valor do
entre 3 pessoas, da seguinte forma: Marta montante após 5 meses?
recebeu 80% da quantia de Luís e Sergio recebeu 3% de R$ 530,00 = 0,03 . 530 = R$ 15,90
(juros em 1 mês)
90% da quantia da Marta. Quanto recebeu cada
5 . R$ 15,90 = R$ 79,50 (rendimento em juros
pessoa? simples ao fim de 5 meses)
R$ 530,00 + R$ 79,50 = R$ 609,50 (montante)
Após 5 meses o montante será de R$ 609,50.
Gabarito
Juros Compostos

1. a. 57 b.80% c.40 d.R$ 376,00 Consideremos o seguinte problema:


2. R$ 420,00 Um capital de R$ 40.000,00 foi aplicado à taxa
3. 15% de 2% ao mês, durante três meses. Qual foi o
4. Novo preço: R$ 84,00 ; Novo preço com montante ao final de três meses?
Considerando o problema de juros simples,
desconto: R$ 79,80
temos:
5. A oferta da 1ª loja Juros produzidos em um mês: 2% de 40.000 =
6. 17% 0.02 x 40.000 = 800
7. Luis: R$ 750,00; Marta: R$ 600,00 e Juros produzidos em 3 meses: 800 x 3 = 2400
Sergio: R$ 540,00 Montante ao final de 3 meses: 40.000 + 2400 =
42.400
Observe como seria se considerássemos o
problema de juros compostos:
Juros produzidos no 1º mês: 2% de 40.000 =
Termos importantes da matemática 800
financeira Montante no final do 1º mês: 40.000 + 800 =
40.800
Juros produzidos no 2º mês: 2% de 40.800 =
É comum, no dia-a-dia, ouvir frases como: uma 816
pessoa aplicou uma certa quantia (capital) em Montante no final do 2º mês: 40.800 + 816 =
uma poupança por um certo período (tempo). 41.616
Fazer uma aplicação é como emprestar dinheiro Juros produzidos no 3º mês: 2% de 41.616 =
ao banco. Sendo assim, no final desse período, a 832,32
pessoa recebe uma quantia (juros) como Montante final: 41.616 + 832,32 = 42.448,32
compensação. O valor dessa quantia é Note que, no sistema de juros compostos,
estabelecido por uma porcentagem (taxa de calculamos os juros ao final de cada período, até
juros). esgotar o tempo da aplicação.
Ao final da aplicação, a pessoa terá um saldo Vamos então determinar um método prático de
correspondente a saldo + juros (montante). resolução:
Matemática A - Álgebra

Caso Geral 9. Calcule o montante produzido por R$


5000,00 aplicado à taxa de 6% ao bimestre, após
um ano, no sistema de juros compostos.
No sistema de juros compostos, o montante (M)
produzido por um capital (C) aplicado à taxa i ao 10. Uma pessoa deseja aplicar R$ 10000,00
período no fim de t períodos é dado por: a juros compostos e no final de 3 meses obter
M = C . (1+i)t R$ 11248,64. Qual deve ser a taxa de juros?
Além disso, o Capital (C) aplicado à taxa i ao 11. Após quanto tempo, à taxa de 4% ao
período produz juros j tal que: mês, a aplicação de R$1000,00 renderá juros de
j=M–C R$ 170,00, no sistema de juros compostos?
12. Em qual situação a aplicação de
Exercícios
R$4000,00 terá maior rendimento e de quanto a
mais:
 No sistema de juros simples, à taxa de
1. Quanto rendeu a quantia de R$ 600,00,
3% ao mês, durante 2 meses?
aplicada a juros simples, com a taxa de 2,5% ao
 No sistema de juros compostos, à taxa de
mês, no final de 1 ano e três meses?
2% ao mês, durante 3 meses?
2. Um capital de R$ 800,00, aplicado a
juros simples copm uma taxa de 2% ao mês,
resultou no montante de R$880,00 após certo
Gabarito
tempo. Qual foi o tempo da aplicação?
3. Uma dívida de R$ 750,00 foi paga 8
meses depois de contraída e os juros pagos
1. R$ 225,00
foram de R$ 60,00. Sabendo que o calculo foi
2. 5 meses
feito usando juros simples, qual foi a taxa de 3. 1% ao mês
juros? 4.R$ 220,00
4. Um capital aplicado a juros simples 5. 48%
rendeu, à taxa de 25% ao ano, juros de R$ 6. R$ 20,00
110,00 depois de 24 meses. Qual foi esse 7. R$ 21908,90
capital? 8. R$ 9950,25
9. R$ 7092,59
5. Se o capital de R$ 300,00 rende
10. 4%
mensalmente R$ 12,00, qual é a taxa anual de 11. 4 meses
juros, no sistema de juros simples? 12. No sistema de juros compostos
6. Se uma mercadoria cujo preço é R$
200,00 for paga em 6 meses, com a taxa de 20% Referências
ao ano, quanto será pago de juros no sistema de 1. Matemática – Contextos e Aplicações;
juros simples?
7. Qual será o montante produzido pelo Volume Único; Luiz Roberto Dante;
capital de R$ 20000,00, aplicado a juros Editora: Ática
compostos, à taxa de 20% ao ano, durante 6 2. Álgebra I – Coleção Objetivo;
meses? (Lembre-se que t = 0,5)
Giuseppe Nobilioni; Editora Sol
8. Aplicando certa quantia na poupança, a
juros mensais de 1% durante 2 meses, os juros 3. Álgebra Il – Coleção Objetivo;
obtidos são de R$ 200,00 (o sistema é de juros Giuseppe Nobilioni; Editora Sol
compostos). Qual é essa quantia?
Matemática A - Álgebra

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