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Escola Superior de Estudos Universitários de Nampula

ESEUNA

UNIVERSIDADE APOLITECNICA

Engenharia Eléctrica 4° Semestre

2° Grupo

Tema: Circuitos e Dispositivos Electrónicos

Discentes:

João José Meque;


John Manuel Anjol; O presente trabalho, com o
tema Circuitos e Dispositivos
Khalid Lobo Anifo;
Electrónicos é de carácter
Mário Fernando Assamo Massache; avaliativo, cuja cadeira é
Natália Joaquim; leccionada pelo Eng. Nelson
Chapungo.
Rosmina Carlos Bié;
Tito Avelino Mineses.

Nampula, Outubro de 2019

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Índice

Lista de Figuras .......................................................................................................................... 3


Introdução .................................................................................................................................. 4
Historial...................................................................................................................................... 5
Circuitos e Dispositivos Electrónicos ........................................................................................ 7
Circuitos Electrónicos ............................................................................................................ 7
Funcionamento ....................................................................................................................... 8
Grandezas em um circuito ...................................................................................................... 8
Circuitos analógicos ............................................................................................................... 9
Circuitos digitais .................................................................................................................. 10
Dispositivos Electrónicos......................................................................................................... 11
Dipositivos Electrônicos ...................................................................................................... 11
Resistor ................................................................................................................................. 12
Resistência Eléctrica ............................................................................................................ 12
Simbologia do Resistor em um circuito ............................................................................... 12
Aplicação do resistor em um circuito ................................................................................... 13
Resistor variável ................................................................................................................... 13
Capacitor .............................................................................................................................. 14
Simbologia do Capacitor .................................................................................................. 14
Aplicações de Capacitores ................................................................................................ 16
Indutor .................................................................................................................................. 17
Díodo .................................................................................................................................... 18
Simbologia do Diodo ......................................................... Erro! Marcador não definido.
Transístor.............................................................................................................................. 21
Conclusão................................................................................................................................. 23
Bibliografia .............................................................................................................................. 24

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Lista de Figuras
Figura 1…………………………………………………….……….…. Circuitos electrónicos
Figura 2……………………………………………... Circuito electrónico com Potenciómetro
Figura 3………………………………………………………..……………………... Resistor
Figura 4……………………………………………………………………... Resistor variável
Figura 5…………………………………………………………………….......…… Capacitor
Figura 6…………………………………………………….…………. Capacitor Electrolítico
Figura 7……………………………………………………………….……Capacitor Poliéster
Figura 8……………………………………………………………………Capacitor Ceramico
Figura 9…………………………………………………………………..… Capacitor Tântalo
Figura 10….……………………………………………………………………...… Indutores
Figura 11……………………………………………………….… Estrutura Interna do Díodo
Figura 12………………………………………………………...…….. Díodo Emissor de Luz
Figura 13…………………………………………………………………………. Díodo Zener
Figura 14…………………………………………………………………………..... Transístor
Figura 15………………………………………………………………….... Transístor Bipolar
Figura 16……………………………..…………………………………… Transístor Unipolar

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Introdução

Importância da Electrónica no desenvolvimento da nossa sociedade é evidente e a previsão é


que novos e importantes avanços tecnológicos irão continuar influenciando o nosso dia-a-dia
durante as próximas décadas. Isto implica que, tanto hoje quanto no futuro, qualquer
profissional que desejar usar, entender e modificar o mundo em que vivemos necessitará de um
amplo conhecimento das bases operacionais e científicas da nossa tecnologia moderna. Por
isso, é necessário que o estudante actual esteja familiarizado com a grande variedade de
técnicas experimentais a fim de aprender a comprar e utilizar estas novas tecnologias de forma
eficiente.
Portanto para estudar a electrónica, é fundamental entender para que servem e o que são os
componentes electrónicos.
Eles foram criados para se comportar de maneira particular quando há passagem de corrente
por eles. Isso é feito a partir de estudos sobre o material, formato e outras características que
compõe cada componente electrónico.

Nesse trabalho, será abordado quais os componentes electrónicos mais comuns utilizados em
circuitos electrónicos, as suas características, aplicações e como funcionam.

Dentre as diversas aplicações dos circuitos electrónicos, temos algumas aplicações básicas, que
utilizam circuitos electrónicos no dia a dia.

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Historial

Antigamente, a montagem de circuitos electrónicos era executada de forma artesanal e sobre


um chassis. Neste chassis eram parafusadas pontes de ligações, e nestas feitas as conexões entre
os diversos componentes e a respectiva fiação, soldados de acordo com um diagrama pré-
estabelecido.

Fig.1. Circuitos electrónicos

Com o advento da miniaturização, veio a necessidade de uma aglomeração mais compacta


entre os componentes e peças formadoras do circuito electrónico. Esta nova plataforma de
montagem era totalmente diferente dos antigos chassis e suas pontes de conexão. Inicialmente
os circuitos começaram a ser aglomerados em placas de materiais isolantes com furos onde de
um lado se inseriam as pernas dos componentes e na outra face eram soldados os fios das
conexões. Este processo, além de demorado acabava por complicar a montagem, aumentando
a probabilidade de erros.

Passou-se então a se utilizar um método de alta escala de produção chamado de circuito


impresso. Os circuitos impressos utilizam componentes
como resistores, capacitores, transístores e condutores entre outros. O início de seu uso foi logo
após a Segunda Guerra Mundial, quando foi inventada a solda por emersão.

Antes do processo da solda por emersão, os componentes eram soldados um a um nas pontes
com o uso de ferros de solda. Com o novo método, os componentes eram dispostos numa placa
de material isolante, onde numa das faces eram feitas as ligações através de um método de
impressão e corrosão de uma fina película de cobre. Esta película ficava após corroída com
a fiação impressa exposta. Ao inserir os componentes nos furos feitos na placa isolante,
suas pernas eram cortadas e a face de ligação onde estavam, era imersa em estanho derretido.
Após retirar o circuito que estava em contacto com o estanho, os componentes já estavam
presos ao cobre de forma fixa, rápida e perfeita.

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Modernamente os circuitos electrónicos são muito mais complexos, além dos métodos normais
de circuitos impressos existem outras formas muito mais avançadas de produção. O circuito
electrónico, deixou de ser um circuito propriamente dito, passou a ser encarado como um
componente electrónico. Exemplos são os circuitos integrados, microprocessadores, entre
outros.

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Circuitos e Dispositivos Electrónicos

Circuitos Electrónicos

Os circuitos electrónicos diferem dos circuitos eléctricos por possuírem interligações entre
diversos componentes electrónicos, enquanto os circuitos eléctricos somente têm conexões
entre componentes eléctricos.

Entendemos por circuito como um trajecto fechado, sendo que o fim também é o começo. O
circuito eléctrico é um circuito fechado, com a ligação de diversos elementos, como por
exemplo resistores, indutores, fontes, linhas de transmissão e interruptores, que permitem a
passagem da corrente eléctrica.

Os circuitos electrónicos representam um tipo de circuito eléctrico, utilizando mais alguns


componentes electrónicos que realizam transformações nas grandezas eléctricas, como por
exemplo os díodos e transístores.

Imaginemos agora a luz de sua casa, certamente está conectada a uma fonte de energia eléctrica
em um circuito eléctrico, podendo ser ligada ou desligada. O circuito electrónico permite que
você vá mais adiante, fazendo com que a corrente eléctrica seja controlada, podendo realizar
diversas funções, das mais simples como diminuir ou aumentar a luminosidade ou realizar a
comunicação com satélites. É isso que diferencia os circuitos eléctricos dos circuitos
electrónicos.

Fig.2. Circuito electrónico com Potenciómetro

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Funcionamento
O funcionamento básico de qualquer circuito electrónico baseia-se no controle de
tensão e intensidade de corrente eléctrica, podendo ser moldadas para que o projectista possa
tirar proveito desses parâmetros e configurá-los em oscilação e amplificação até chegar ao
resultado final quando, por exemplo, através de um feixe de luz, ou feixe de laser numa fibra
óptica conseguimos nos comunicar com velocidades cada vez maiores e quantidades de
informação imensas a milhares de km de distância e, tudo isso, em segundos, milissegundos.

Todo circuito electrónico é constituído de no mínimo três componentes:

 Fonte de alimentação: Fornece energia para o circuito trabalhar.


 Dispositivo de saída: realiza trabalho útil. Pode ser um led, um alto-falante, etc.
 Condutores: interligam os componentes do circuito. São os fios e cabos, e algumas vezes
a carcaça metálica do equipamento.

Contudo, somente circuitos muito simples funcionam sem um quarto componente:

 Dispositivo de entrada: Podem converter outra forma de energia em electricidade, que


será utilizada pelo circuito (p. ex. um microfone), ou oferecer ao usuário meios de controle
sobre o comportamento do circuito (p. ex. um potenciómetro).

Grandezas em um circuito
Em um circuito de electrónica podem ser medidas as seguintes grandezas:

 Tensão: é uma indicação de quanta energia é envolvida na movimentação de uma carga


eléctrica entre dois pontos no espaço.

 Corrente: consiste no fluxo de cargas eléctricas que se movimentam.

 Potência: é definida como a quantidade de energia térmica que passa por um condutor
durante uma quantidade de tempo.

As unidades fundamentais de medidas em electricidade são o volt (V), usado para medir
tensões, o ampere (A), usado para medir correntes e o watt (W), utilizado para medir potência.
Para o tempo, a unidade de medida adoptada é o segundo (s); que combinado com tensão e

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corrente forma outras quantidades úteis. Os símbolos algébricos para tensão, corrente e
potência são, respectivamente, V, I e P.

Lei de Ohm

Um simples circuito, onde há uma fonte de tensão V, gerando uma corrente I, e a mesma
diminuindo seu valor com a resistência R.

A lei de Ohm define a unidade de resistência como 1[V] dividido por 1[A]. O símbolo para
resistência é R e sua unidade de medida é o ohm (Ω). Resistência eléctrica é a capacidade de
um corpo qualquer de se opor à passagem de corrente eléctrica mesmo quando existe
uma diferença de potencial aplicada. Seu cálculo é dado pela Primeira Lei de Ohm.

A lei de Ohm pode ser escrita como se segue:

Circuitos analógicos
Circuitos electrónicos analógicos são aqueles em que a corrente ou a tensão podem variar
continuamente com o tempo para corresponder à informação que está sendo representada.
Além disso, seu comportamento varia com a temperatura e outros factores.

Este circuito trabalha com sinais analógicos, esse sinais que podem assumir infinitos valores
dentro de determinados intervalos , que ao contrário do circuito digital que trabalha com sinais
discretos binários (que são 0 e 1).

Os circuitos analógicos são bastante importantes em circuitos transdutores, pois vivemos em


um mundo analógico, e para captarmos suas informações são utilizados circuitos analógicos,

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além de que os circuitos digitais são baseados em circuitos analógicos, porém são muitos
sensíveis a variações muito grandes de corrente e tensão.

Os componentes comummente utilizados são:


resistores, mosfets, indutores, transistores, capacitores, LEDs e diodos, mas existem outros
componentes, que por sua vez possuem uma simbologia específica.

Os circuitos analógicos podem também ser empregados para resolução de equações


diferencias, através de computadores analógicos, que foram muito aplicados nos primeiros
sistemas eletrônicos de estabilização de voo. são utilizados também, em certos aparelhos de
medição que é o caso dos osciloscópios e multímetros.

Sinal analógico

Circuitos digitais
Diferentemente dos circuitos analógicos, onde os valores de tensão se alteram, nos circuitos
digitais as tensões podem assumir apenas dois níveis lógicos: Nível lógico alto, correspondente
a 5 volts, e nível lógico baixo, corresponde a 0 volts (Ground). Os circuitos digitais originam-
se de transístores interconectados entre si, onde os mesmos são utilizados em pequenas escalas,
formando os denominados circuitos integrados, a partir deles, pode-se criar portas lógicas que
fornecem as funções da lógica booleana: AND, NAND, OR, NOR, XOR e NOT, juntamente
com suas combinações. Os transístores interconectados para fornecer feedback positivo são
usados como travas e flip-flops, circuitos que possuem dois ou mais estados metastáveis e
permanecem em um desses estados até serem alterados por uma entrada externa.

Com essas diferenças, nota-se que os circuitos digitais possibilitam um manuseio mais
facilitado do projecto, visto que não é necessário preocupar-se com distorções, controle de
ganho, tensões de offset entre outras apresentadas no circuito analógico. Com isso, é possível

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aplicar uma enorme quantidade de elementos lógicos em um circuito digital de alta
complexidade, em um único chip de silício, tornando assim as operações lógicas mais
acessíveis e são encontradas soluções mais rapidamente para problemas mais complexos. Os
circuitos digitais, portanto, podem fornecer lógica e memória, permitindo que executem
funções computacionais arbitrárias.

Dispositivos Electrónicos

Os dispositivos electrónicos são combinações onde se usa o circuito básico repetitivamente e


seus componentes que, uma vez agrupados de forma organizada formam blocos. Estes
interligados formam circuitos electrónicos mais complexos, e assim sucessivamente fazem
funcionar os mais diversos equipamentos electrónicos.

Os dispositivos electrónicos fazem a transmissão da corrente eléctrica através ou do vácuo ou


de um semicondutor. Cada dispositivo electrónico, que disposto em determinada configuração,
vão desempenhar uma determinada função. Abaixo temos uma imagem de vários dispositivoss
electrónicos, como capacitores, resistências, led´s, transistores, integrados, entre tantos outros.

Fig.2. Exemplos de dispositivos electrónicos

Dipositivos Electrônicos
1. Resistor
2. Capacitor
3. Indutor
4. Diodo
5. Transistor

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1. Resistor

O resistor é um dispositivo capaz de transformar a energia eléctrica que passa por ele em
energia térmica, por meio do efeito joule. Dessa forma, ele é capaz de limitar a corrente em um
determinado ponto do circuito.

Fig. 3. Resistor

Como a finalidade do resistor é limitar a corrente em um determinado ponto do circuito, cada


resistor possui uma Resistência. É a grandeza eléctrica medida em Ohms que determina a
oposição do componente a passagem de corrente.

Resistência Eléctrica
A resistência é dada pela seguinte fórmula:

Em que:

 R = Resistência Eléctrica em Ohms


 V = Tensão Eléctrica em Volts
 I = Corrente Eléctrica em Amperes

Simbologia do Resistor em um circuito


A simbologia do resistor em um diagrama de circuito electrónico é a seguinte:

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A esquerda é o padrão americano e a direita o padrão europeu.

Aplicação do resistor em um circuito


Vamos supor que você queira ligar um LED (Díodo emissor de luz) com uma bateria de 9 volts,
com corrente de 1 ampere. Mas a corrente máxima suportada por esse LED é de 20mA (0,02A).

Se você ligar o LED directo na bateria, ele vai queimar, pois a corrente que passará por ele será
maior que a corrente máxima suportada. Portanto, deve ser utilizado um resistor para limitar a
corrente que passa no LED, como na imagem abaixo:

Para calcular o valor da resistência necessária, utiliza-se a fórmula da resistência elétrica.

Temos que R = 9/0,02, e, portanto, o valor da resistência do resistor deve ser igual a 450 ohms
para o LED não queimar.

Resistor variável
Existem também os resistores variáveis, como potenciómetros e trimpots. Eles variam sua
resistência de 0 até um determinado valor.

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Fig.4. Resistor variável

Potenciómetros, por exemplo, são muito utilizados para regular o volume em rádios.

Capacitor
Sua característica é armazenar cargas eléctricas em um campo eléctrico.

É formado basicamente por duas placas paralelas separadas por um material isolante, chamado
de dielétrico. Quando seus terminais são submetidos a uma corrente eléctrica, as placas são
carregadas

Fig.5. Capacitores

A quantidade de carga armazenada divida pela tensão eléctrica que existe entre as placas é
chamada de Capacitância, medida em Farad.

Um Farad é uma capacitância gigantesca, os capacitores mais comuns na electrónica serão na


ordem de microfarad, nanofarad ou picofarad.

Simbologia do Capacitor
A simbologia do capacitor é a seguinte:

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Quando o capacitor não possui polaridade, isto é, não possui um terminal positivo e um
negativo e pode ser polarizado de qualquer forma, utiliza-se o símbolo da esquerda. Quando o
capacitor possui polaridade, utiliza-se o símbolo da direita, marcando qual o terminal positivo
dele.

Polarizar inversamente um capacitor é perigoso, visto que ele entrará em curto e pode explodir.
O capacitor será inutilizado após ser polarizado inversamente.

Tipos de Capacitores
Alguns dos tipos de capacitores mais comuns são os electrolíticos, de poliéster, cerâmico e
tântalo.
 Capacitor Electrolítico: É um capacitor que possui polaridade definida. Caso ele seja
polarizado inversamente, ele entra em curto e é inutilizado, podendo até explodir. É
muito comum em fontes de tensão funcionando como filtro de ruídos. São encontrados
em valores maiores que 0,5µF. Normalmente, o capacitor electrolítico possui uma listra
que indica o seu terminal negativo.

Fig.6. Capacitor Electrolítico

 Capacitor de Poliéster: Capacitor formado por várias camadas de alumínio e poliéster,


não sendo recomendado para uso em altas frequências. Pode ser encontrado na faixa de
1000pF a 10µF e não possui polaridade.

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Fig.7. Capacitor poliéster

 Capacitor Cerâmico: É um disco de cerâmica com duas fitas metálicas em suas faces.
É utilizado desde circuitos de corrente continua até de alta frequência. São encontrados
com capacitâncias de 1pF a 470nF, normalmente.

Fig.8. Capacitor cerâmico

 Capacitor de Tântalo: Capaz de obter grandes capacitâncias em um tamanho muito


reduzido por conta de seu princípio de fabricação, é usado para substituir o capacitor
electrolítico quando o espaço é um problema.

Fig.9. Capacitor tântalo

Aplicações de Capacitores

Um capacitor é semelhante a uma pilha ou bateria, porém ele é capaz de descarregar toda a sua
carga em fracções de segundo.

Assim, eles podem ser utilizados como filtros de ruídos em fontes de tensão, por exemplo.
Todo capacitor possui uma constante de carga T, equacionada da seguinte forma:

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T=RxC

Onde:

 T = Constante de Carga
 R = Resistência em Ohms
 C = Capacitância em Farad

A partir dessa constante de carga, podemos calcular o tempo de carga e descarga de um


capacitor. Uma constante de tempo equivale a aproximadamente 63% de carga ou descarga do
capacitor. Veja a curva abaixo:

Após 5 constantes de tempo o capacitor é totalmente carregado ou descarregado. Note que


ainda assim, ele não estará 100% carregado ou descarregado, mas estará muito próximo disso

Indutor
É um componente electrónico capaz de armazenar energia em forma de campo magnético,
gerado pela corrente eléctrica que passa pelo indutor.

Bobina e solenóide também são nomes comuns para o indutor.

Fig.10. Indutores

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A capacidade do indutor de armazenar energia em forma de campo magnético é a Indutância
medida em Henrys (H).

São normalmente construídos a partir de um fio de cobre enrolado em espiras em torno de um


núcleo ferromagnético ou não.

Simbologia do Indutor

Em circuitos, um indutor representado pela letra L é visto da seguinte forma:

Tipos de Indutores

Os indutores variam quanto a seu núcleo e formato e são os seguintes:

 Núcleo ferromagnético: São utilizados materiais ferromagnéticos no núcleo para obter


maiores valores de indutância. Assim, o núcleo é capaz de aumentar e concentrar o
campo magnético. Entretanto, é um sistema com mais perdas.
 Núcleo laminado: O núcleo é feito com finas camadas de aço-silício, envolvidas por
um verniz. É utilizado para baixas frequências. O núcleo laminado diminui as perdas
do indutor.
 Núcleo de ar: O núcleo não é preenchido com nenhum material. Apesar de ter pouca
indutância, não apresenta perdas causadas pelo núcleo. É usado para altas frequências
 Núcleo de ferrite: São indutores que apresentam um excelente desempenho em altas
frequências. Isso pois é utilizado um tipo de cerâmica ferromagnética e não condutora,
o que ainda diminui as perdas.
 Indutor Toroidal: Feito com um núcleo de ferrite, porém com um formato de rosca.
No indutor toroidal, o campo magnético possui um caminho fechado para circular, o
que diminui consideravelmente as perdas, aumentando o valor da indutância.

Díodo
É um componente electrónico que permite a passagem de corrente em somente um sentido.

É construído a partir de um material semicondutor, uma espécie de meio-termo entre um


material condutor e um material isolante.

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O díodo possui 2 terminais e é formado por uma junção de silício ou germânio, que permitem
que o díodo conduza somente em um sentido.

Fig. 11. Estrutura interna do díodo

Fig.12. Díodo

Note na imagem acima que o díodo possui uma faixa cinza. Essa faixa cinzenta que indica qual
é o terminal negativo do díodo.

Aplicações

O díodo é muito usado em circuitos rectificadores que convertem corrente alternada para
corrente continua.

Existem diversas outras aplicações para o díodo, como em circuitos de protecção e reguladores
de tensão.

É importante notar que o díodo não é uma passagem de mão única perfeita, quando a corrente
flui por seus terminais há uma queda de tensão de aproximadamente 0,7V.

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Assim, é importante levar em consideração essa queda de tensão quando for projectar um
circuito utilizando um díodo.

Tipos de Diodos

LED – Diodo Emissor de Luz

Deve ser um dos componentes electrónicos mais conhecidos no mundo, ainda mais com as
Lâmpadas de LED que temos hoje em dia.

Fig.13.Diodo emissor de Luz

O LED é feito de arseneto de gálio que emite luz quando a corrente eléctrica flui por ele. Possui
baixo consumo e alta eficiência, além de uma grande durabilidade. Por conta disso, as
iluminações LED vem se tornando cada vez mais populares.

Díodo Zener

Quando polarizado inversamente, permite manter uma tensão constante em seus terminais.

Fig.14. Díodo Zener

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Geralmente é utilizado em reguladores de tensão e estabilizadores para manter uma tensão
constante ao longo do tempo.

Quando polarizado correctamente, o sentido da corrente é da esquerda para a direita (sentido


convencional).

Transístor
Após a invenção do transístor, o mundo mudou: computadores, electrodomésticos, celulares e
muitas outras coisas começaram a aparecer em grande escala. O transístor aperfeiçoou técnicas
de produção de diversos electrónicos e propiciou o desenvolvimento de toda tecnologia que
temos hoje.

São componentes electrónicos que, assim como o díodo, são construídos a partir de um material
semicondutor. O transístor tem a capacidade de controlar a passagem de corrente. O transístor
normalmente possui três terminais, a base, o colector e o emissor.

Fig.15. Transístores

Quando há uma corrente na base, o transístor permite a passagem de corrente entre o colector
e o emissor. Se não há nenhuma corrente na base, não há passagem de corrente entre o colector
e o emissor.

Com o transístor, podemos construir portas lógicas, e a partir de portas lógicas, podemos
construir processadores, base de toda computação moderna.

Transístores Bipolares

São os transístores de junção NPN e PNP.

São componentes de grande facilidade de polarização e durabilidade.

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Fig.16. Transístor Bipolar
Simbologia do Transístor bipolar

A simbologia dos transístores bipolares é a seguinte:

Transístor Unipolar

Também conhecido como transístor de efeito de campo, a sua condutividade é controlada por
uma tensão aplicada externamente.

Existem dois tipos de transístor unipolar: o FET de junção e o FET de porta isolada.

Fig.17. Transístor Unipolar

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Conclusão

Nesse trabalho abordamos um pouco sobre os circuitos e dispositivos electrónicos mais comuns
e pode-se concluir que os dispositivos e circuitos eletrónicos tem desempenhando um papel
muito importante no nosso dia a dia, facilitando cada vez mais as tarefas humanas tornando-as
mais simples e eficazes. Comummente os circuitos electrónicos são pequenas placas e podem
ser incorporados em qualquer equipamento, diferentemente dos circuitos electrónicos antigos
que ocupavam mais espaço pela grandeza de equipamentos. No sector industrial notamos um
avanço e melhoria extremamente importante que tem vindo a revolucionar o mundo inteiro.

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Bibliografia

1. BEATY, W. J. (1998). What is Voltage?. Science Hobbyst: [s.n.]


2. MCGRAW-HILL, SCHAUM (1984). Electrónica básica. [S.l.]: McGraw-Hill
3. POTÊNCIA ELÉTRICA. Virtuous Tecnologia da Informação. Consultado em 29 de
março de 2018
4. VILLATE, JAIME E. (2013). Electricidade e Magnetismo. [S.l.: s.n.]
5. Colclaser; Neamen; Hawkins, Roy A. ; Donald A. ; Charles F. Electronic circuits
analysis basic principles.

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