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Como Debater com Esquerdistas e Destruí-los

11 regras para vencer o debate


Ben Shapiro
Copyright 2014

Truth Revolt

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www.TruthRevolt.org

Printed in the United States of America

Traduzido por Flávio Ghetti

Sugestões, comentários e contato

flavio.ghetti@hotmail.com
Maquiadores do crime
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 20 de setembro de 2010

Lenin dizia que, quando você tirou do adversário a vontade de lutar, já venceu a briga. Mas, nas
modernas condições de “guerra assimétrica”, controlar a opinião pública tornou-se mais decisivo do
que alcançar vitórias no campo militar. A regra leninista converte-se portanto automaticamente na
técnica da “espiral do silêncio”: agora trata-se de extinguir, na alma do inimigo, não só sua
disposição guerreira, mas até sua vontade de argumentar em defesa própria, seu mero impulso de
dizer umas tímidas palavrinhas contra o agressor.

O modo de alcançar esse objetivo é trabalhoso e caro, mas simples em essência: trata-se de
atacar a honra do infeliz desde tantos lados, por tantos meios de comunicação diversos e com
tamanha variedade de alegações contraditórias, com frequência propositadamente absurdas e
farsescas, de tal modo que ele, sentindo a inviabilidade de um debate limpo, acabe preferindo
recolher-se ao silêncio. Nesse momento ele se torna politicamente defunto. O mal venceu mais uma
batalha.

A técnica foi experimentada pela primeira vez no século XVIII. Foi tão pesada a carga de
invencionices, chacotas, lendas urbanas e arremedos de pesquisa histórico-filológica que se jogou
sobre a Igreja Católica, que os padres e teólogos acabaram achando que não valia a pena defender
uma instituição venerável contra alegações tão baixas e maliciosas. Resultado: perderam a briga. O
contraste entre a virulência, a baixeza, a ubiquidade da propaganda anticatólica e a míngua, a
timidez dos discursos de defesa ou contra-ataque, marcou a imagem da época, até hoje, com a
fisionomia triunfante dos iluministas e revolucionários. Pior ainda: recobriu-os com a aura de uma
superioridade intelectual que, no fim das contas, não possuíam de maneira alguma. A Igreja
continuou ensinando, curando as almas, amparando os pobres, socorrendo os doentes, produzindo
santos e mártires, mas foi como se nada disso tivesse acontecido. Para vocês fazerem uma ideia do
poder entorpecente da “espiral do silêncio”, basta notar que, durante aquele período, uma só
organização católica, a Companhia de Jesus, fez mais contribuições à ciência do que todos os seus
detratores materialistas somados, mas foram estes que entraram para a História – e lá estão até hoje
– como paladinos da razão científica em luta contra o obscurantismo. (Se esta minha afirmação lhe
parece estranha e – como se diz no Brasil – “polêmica”, é porque você continua acreditando em
professores semi-analfabetos e jornalistas semi-alfabetizados. Em vez disso, deveria tirar a dúvida
lendo John W. O’Malley, org., The Jesuits: Cultures, Sciences, and The Arts, 1540-1773, 2 vols.,
University of Toronto Press, 1999, e Mordecai Feingold, org., Jesuit Science and the Republic of
Letters, MIT Press, 2003).

Foi só quase um século depois desses acontecimentos que Alexis de Tocqueville descobriu por
que a Igreja perdera uma guerra que tinha tudo para vencer. Deve-se a ele a primeira formulação da
teoria da “espiral do silêncio”, que, em extensa pesquisa sobre o comportamento da opinião pública
na Alemanha, Elizabeth Noëlle-Neumann veio a confirmar integralmente em The Spiral of Silence:
Public Opinion, Our Social Skin (2ª. ed., The University of Chicago Press, 1993). Calar-se ante o
atacante desonesto é uma atitude tão suicida quanto tentar rebater suas acusações em termos
“elevados”, conferindo-lhe uma dignidade que ele não tem. As duas coisas jogam você direto na
voragem da “espiral do silêncio”. A Igreja do século XVIII cometeu esses dois erros, como a Igreja
de hoje os está cometendo de novo.

A sujidade, a vileza mesma de certos ataques são planejadas para constranger a vítima, instilando
nela a repulsa de se envolver em discussões que lhe soam degradantes e forçando-a assim, seja ao
silêncio, seja a uma ostentação de fria polidez superior que não tem como não parecer mera
camuflagem improvisada de uma dor insuportável e, portanto, uma confissão de derrota. Você não
pode parar um assalto recusando-se a encostar um dedo na pessoa do assaltante ou demonstrando-
lhe, educadamente, que o Código Penal proíbe o que ele está fazendo.

As lições de Tocqueville e Noëlle-Newman não são úteis só para a Igreja Católica. Junto com
ela, as comunidades mais difamadas do universo são os americanos e os judeus. Os primeiros
preferem antes pagar por crimes que não cometeram do que incorrer numa falta de educação contra
seus mais perversos detratores. Os segundos sabem se defender um pouco melhor, mas se sentem
inibidos quando os atacantes são oriundos das suas próprias fileiras – o que acontece com
frequência alarmante. Nenhuma entidade no mundo tem tantos inimigos internos quanto a Igreja
Católica, os EUA e a nação judaica. É que viveram na “espiral do silêncio” por tanto tempo que já
não sabem como sair dela – e até a fomentam por iniciativa própria, antecipando-se aos inimigos.

A única reação eficaz à espiral do silêncio é quebrá-la – e não se pode fazer isso sem
quebrar, junto com ela, a imagem de respeitabilidade dos que a fabricaram. Mas como
desmascarar uma falsa respeitabilidade respeitosamente? Como denunciar a malícia, a
trapaça, a mentira, o crime, sem ultrapassar as fronteiras do mero “debate de ideias”?
Quem comete crimes não são ideias: são pessoas. Nada favorece mais o império do mal do
que o medo de partir para o “ataque pessoal” quando este é absolutamente necessário.
Aristóteles ensinava que não se pode debater com quem não reconhece – ou não segue – as
regras da busca da verdade. Os que querem manter um “diálogo elevado” com criminosos
tornam-se maquiadores do crime. São esses os primeiros que, na impossibilidade de um
debate honesto, e temendo cair no pecado do “ataque pessoal”, se recolhem ao que
imaginam ser um silêncio honrado, entregando o terreno ao inimigo. A técnica da “espiral
do silêncio” consiste em induzi-los a fazer precisamente isso.
Como a esquerda vence o debate

Só a vitória interessa.

Esta é uma mensagem que parece ter sido perdida entre os conservadores, que
estão constantemente focados na virtude de suas mensagens, na honestidade
intelectual de sua causa, e na frustração de que ninguém se importa com ambas.

Mas é devido aos conservadores não pensarem a respeito de como vencer que eles
perdem constantemente.

Tomemos, por exemplo, a eleição de 2012.

Os conservadores perderam a eleição de 2012 por uma razão flagrantemente óbvia.


Não foi apenas porque sua tecnologia não era boa, embora a campanha de Obama
possuísse uma evidente vantagem tecnológica. Não foi somente porque os
conservadores desenvolveram um trabalho pobre com a mídia, embora eles o tenham
feito de fato.

A razão pela qual os conservadores perderam a eleição de 2012 foi espantosamente


simples: a maioria da população americana não acompanha a política tão de perto. O
que eles vêm sobre os vários candidatos é o que os candidatos dizem um sobre o
outro, e o que a mídia diz a respeito dos candidatos.

Então, vamos assumir por um momento que você seja um típico eleitor Americano:
você se preocupa mais com Miley Cyrus dançando no Video Music Awards do que
você com as excentricidades do Obamacare. Vamos assumir que o que você
realmente tenha visto sobre as eleições foi a cobertura da principal corrente da
imprensa e o que os candidatos disseram um ao outro durante os debates.

O que exatamente os candidatos disseram um do outro durante os debates?

Aqui está o que o candidato Mitt Romney disse a respeito de Barack Obama:
Barack Obama não é um bom Presidente. Ele disse que Barack Obama não faz um
bom trabalho na economia, disse que a política externa de Obama tem um monte de
furos, disse que Obama tem feito um trabalho muito deficiente em todos os sentidos
do modelo bipartidário. Mas, Romney acrescentou, Obama é um bom sujeito. Ele é
um bom homem de família, um bom marido, um homem que acredita nos princípios
básicos esposados pela Declaração de Independência e a Constituição. Ele não é
alguém que você deveria temer de modo algum. Essencialmente, o slogan de
campanha de Romney foi: “Obama: bom sujeito, mau Presidente”.

E aqui está o que Barack Obama e seus representantes disseram sobre Mitt
Romney: Mitt Romney é o pior sujeito desde Mussolini. Mitt Romney é o sujeito que
“prende cachorros em cima dos carros”. Mitt Romney é o tipo de sujeito que deseja
“colocar todos vocês de volta na cadeia”. Mitt Romney está liderando um “guerra
contra as mulheres” e, na verdade, tem compilado uma pasta cheia de mulheres que
ele pode então usar para prosseguir em sua guerra. Mitt Romney é o tipo de sujeito
que demitiria especificamente um empregado, tanto que cinco anos antes sua esposa
(do funcionário) morreu de câncer graças a falta de um seguro de saúde. Mitt
Romney pegaria seu dinheiro e o depositaria em contas no exterior especificamente
para privar a população Americana de dinheiro. O slogan de campanha de Obama:
“Romney: Rico, Sexista, Idiota Racista”.

Agora, voltemos ao eleitor Americano. Vamos assumir que você tenha assistido a
esta batalha de mensagens, e agora você tem duas escolhas: Barack Obama, um
presidente não muito bom vs Mitt Romney, o pior sujeito de todos os tempos. Em
quem você votaria? A maioria das pessoas escolheria “bom sujeito, mau político”
contra Mussolini. E eles o fizeram.

As pesquisas finais mostraram que nas principais questões do dia, os Americanos


concordavam com Mitt Romney. Eles não gostaram dos antecedentes de Obama em
emprego, economia, Obamacare. Mas quando veio a questão chave – qual candidato
se preocupa mais com pessoas como eu? - Romney explodiu, 81% a 18%.

Agora, isto não é devido a Barack Obama ser um cara afetuoso e suave. Mesmo
aqueles que cercam Barack Obama diariamente descrevem-no como um peixe frio.
Obama não é alguém que lhe trará uma tigela de sopa de galinha quando você estiver
gripado: não é nem mesmo o cara que te levará ao aeroporto quando isto o
incomodar. Ainda, de algum modo, ele foi considerado o mais simpático dos dois
candidatos. Por que? Porque Romney foi percebido como um homem maldito.

Nenhuma surpresa que a esquerda procure evitar o debate político a qualquer


custo. Por que se preocupar? Os integrantes da esquerda não estão interessados em ter
um debate sobre política. Não estão interessados em debater o que é certo e errado
para o país. Estão interessados em debater você pessoalmente. Estão interessados em
castigá-lo como um ser humano nefasto porque ocorre de você discordar. Isto é o faz
dos esquerdistas... esquerdistas: um imerecido senso de superioridade moral sobre
você. E se eles puderem infundir aquele senso de superioridade moral em outros
tornando você o cara mau, eles o farão. As pessoas da esquerda são ensinadas desde a
infância que eles são melhores que os conservadores – isto faz com que se sintam
bem ao odiar conservadores. E que o ódio é justificado porque, afinal, conservadores
são intolerantes.

Por isto é tão confortável ser de esquerda: aquele imerecido senso de superioridade
moral. Imerecido, porque as pessoas de esquerda não fizeram nada de positivo por
décadas. O senso moral de retidão dos estudantes colegiais não resulta de realizações
– resulta da crença de que você é uma pessoa má. Você é racista e sexista, eles não.
Isto faz deles bons sujeitos, mesmo que eles não façam caridade, nunca tenham
encontrado uma pessoa negra, apoiem políticas que empobrecem comunidades
minoritárias através dos EUA e fortaleçam os odiadores da América ao redor do
globo. Não importa se eles te apontarem como membro da KKK, você terá que
atravessar o terreno para nocauteá-los, a fim de que eles sejam moralmente superiores
você deve ser moralmente inferior. Chamar-te de racista e sexista, intolerante e
homofóbico, dá a eles um senso de satisfação com seu status no universo, mesmo que
eles nunca tenham ajudado um único ser humano individual.
Esta é uma tática intimidadora (bullying). Quando alguém te chama de racista,
sexista, intolerante e homofóbico devido ao fato de você discordar dele a respeito de
política tributária, ou casamento homossexual ou aborto, é bullying. Quando alguém
te insulta porque acontece de você discordar dele a respeito de mudanças climáticas
ou paralisação do governo, é bullying. Quando alguém te rotula como um ser humano
mal porque ele discorda de você, ele está te intimidando (bullying). Estão atacando
seu caráter sem justificativa. Isto é asqueroso. Na verdade, isto torna-os asquerosos.

O controle Institucional

As intimidações esquerdistas têm tomado o controle da maioria das instituições dos


EUA.

O sistema universitário tem sido monopolizado por um grupo de pessoas que


acreditam não ser mais necessário debater a evidência das taxas de impostos, ou se a
curva de Laffer está correta, ou se as políticas Keynesianas realmente promovem
crescimento econômico. Eles não desejam debater estas questões. O que eles desejam
ensinar de fato é que você é pessoalmente ignorante, intolerante, corrupto, e isto
significa que você discorda deles. As opiniões deles não são opiniões, são fatos.

Isto é distintivo de estar preso numa bolha. As pessoas que se ocupam da docência
não tiveram que trabalhar num trabalho real – um trabalho com consequências no
mundo real – por mais de trinta anos. Eles têm vivido num campus onde todos
concordam com eles, convencendo-os de que suas crenças são sustentadas
universalmente. Qualquer um que discorde é um “adepto da terra plana”. Qualquer
um que discordar é um monstro. Você é um monstro.

Eles costumam chamar isto de síndrome Pauline Kael. Pauline Kael foi colunista
do New Yorker. No passado, em 1972, escrevendo sobre a vitória esmagadora na
eleição George McGovern/ Richard Nixon, ela observou famosamente: “ Vivo num
mundo bastante especial. Só conheço uma pessoa que votou em Nixon. Onde eles
estão eu não sei. Eles estão fora da minha compreensão. Mas às vezes quando estou
no teatro posso senti-los”. Ela podia sentir o mal fluindo daquelas pessoas.

No nível universitário esta perspectiva é lugar comum – e isto conduz à


discriminação ideológica. Esta discriminação geralmente não se manifesta como
propositadamente dando notas ruins para os conservadores, a maioria dos professores
tenta ficar fora disto, exceto por umas poucas, mas não tão raras, exceções. Os
professores avaliarão para baixo, entretanto, as perspectivas conservadoras,
inconscientemente, porque eles acreditam que tais perspectivas estão erradas, e as
pessoas que as defendem são más. É por isso que quando eu estava no colégio,
escrevia como um comunista em meus exames – obrigado Deus pelos almanaques!
Eu colocaria meu número de registro de estudante em meus almanaques, e eu seria
agora indistinguível de um membro do Spartacus Club. Recomendo esta estratégia a
todos os alunos conservadores em organizações e universidades de esquerda: não há
razão para sacrificar suas notas porque o professor é um idiota.

Este tipo de intimidação não está presente apenas na universidade. Ele assumiu a
mídia indiscriminadamente. Para a mídia, todos os argumentos são argumentos de
caráter. Se você discorda dos membros da mídia a respeito de algo, você é
fundamentalmente um mau ser humano. O mesmo é eminentemente verdade em
Hollywood, onde a narrativa moral é o “coração” do negócio. Hollywood é
incrivelmente engenhosa a respeito de promover sua narrativa. Eles criaram um
conjunto de personagens nos quais você acredita, gosta e deseja sair para passear com
eles; você deseja voltar e sair junto com aqueles personagens semana após semana.
Então, Hollywood distorce seus amigos recém-descobertos em exemplos de
comportamento absolutamente irresponsável, representantes de um comportamento
que você pessoalmente descobre intragável. Mas você gosta do personagem – e
então, o apelo emocional de Hollywood estende-se, você imagina gostar do que ele
ou ela fazem. Este é o argumento de Hollywood para o casamento homossexual: você
gosta de certos personagens, logo se você não gosta do comportamento deles é
porque você é maldoso e desagradável. Isto é o que Hollywood faz melhor.

Se você assiste Friends, por exemplo, e você não acha que é moral para Rachel ser
promíscua e ter uma criança fora do casamento – especialmente porque ela está na
verdade apaixonada pelo pai de sua criança – então é porque você é intolerante. Se
você acha que quando Murphy Brown tem uma criança fora do casamento é errado
pintá-la como uma santa, como apontou Dan Quayle, se você diz que Murphy Brown
incitou a mentira de que não há consequências negativas reais na vida por criar um
bebê sem um marido, você é castigado como sendo um ignorante intolerante, como
Quayle foi. Agora, vinte anos depois, Candice Bergen que interpretou Murphy
Brown, admitiu que Quayle estava certo, mas à época, Quayle estva concorrendo à
reeleição, então ele tinha que estar errado.

A esquerda não mais constrói argumentos a respeito de efetividade das políticas.


Seu único argumento é o assassinato do caráter.

Quando debater com um esquerdista

Antes de chegar a como debater como um esquerdista, a primeira questão a ser


levantada é por que debater com um esquerdista. Nem toda luta vale a pena. Você
deve selecionar suas lutas, há apenas determinadas horas num dia, se você gastá-las
combatendo seu ex companheiro de quarto hippie da Universidade Estadual da
Califórnia, você lamentará em seu leito de morte ter gasto aquelas horas.

Existem apenas três situações nas quais vale a pena debater com algum
esquerdista. Primeiro, você deve: sua nota depende disso, ou seu garçom ameaça
dividir sua refeição a menos que você diga a ele porque o casamento homossexual é
prejudicial à civilização Ocidental. Segundo, você encontrou um esquerdista honesto
verdadeiramente desejoso de ser convencido por uma argumentação sólida. Parabéns!
Você encontrou-o. Ele verdadeiramente deseja sentar-se e ter com você um diálogo
baseado em evidências, e você deseja ter com ele uma conversa baseada em
evidências. Tudo é verdadeiramente satisfatório! Então você iniciará sua separação
dos unicórnios.

Terceiro, você deveria debater com um esquerdista se houver uma audiência. O


objetivo do debate não será vencer ou convencer o esquerdista, ou ser amigável com
ele. Aquela pessoa já discorda de você, e eles não serão convencidos por suas
palavras de sabedoria e sua reluzente e florida retórica. O objetivo é demolir e
destruir tão publicamente como for humanamente possível.

Aqui está como você fará isto.

As onze regras para debater com um esquerdista

Regra #1: Caminhe em direção ao fogo. Esta é uma regra que aprendi com meu
antigo mentor Andrew Breitbard. Ele era um estrategista engenhoso que entendia a
luta a nível visceral: ele entendeu que política é uma guerra por outros meios, e você
tem que lidar com ela como numa guerra.

Andrew costumava dizer que você tem que abraçar a luta, caminhar em direção ao
fogo. Ele explicaria que você será atingido pelos estilingues e flechas de maneira
ultrajante não importa que caminho você tome. Você pode tentar esconder-se dos
ataques da esquerda, você pode tentar fugir deles, tentar ignorá-los, fingir que a
esquerda tenha alcançado algum tipo de “quase consenso no qual eles vivem” e
deixam viver. Isto vai durar até que manifestantes estejam na porta de sua empresa,
reguladores do governo estejam na porta de sua casa, ou os administradores estejam
dentro da sala de aula de seus filhos. Então você perceberá que enquanto você esteve
desejando deixar viver, a esquerda simplesmente não estava.

Não há trégua. Trégua não existe. Não importa quão agradável ou educado você
seja, eles virão atrás de você. Mitt Romney aprendeu isto da maneira difícil. Mitt
Romney é uma dos sujeitos mais corteses que já concorreu à presidência. Isto não
impediu Mitt Romney de ser acusado de ser o pior ser humano do mundo. John
McCain é grande amigo de pessoas como o Senador Chuck Schumer (NY) – e isto
não teve a importância de uma vírgula quando chegou a hora de McCain concorrer.
McCain foi chamado de direitista radical e foi pintado como um insano velho maluco
para a vasta maioria do público Americano.

A esquerda sabe que isto é uma guerra. E eles sabem que você é o inimigo. Você
será castigado. Você será esmurrado. E será desta maneira porquê é deste modo que a
esquerda vence: através da intimidação e da crueldade. Você tem que assimilar o
golpe, você tem que menosprezá-lo. Você tem que estar desejando assimilar o golpe.

Regra #2: Ataque primeiro. Não leve o primeiro golpe. Ataque primeiro. Ataque
forte. Ataque onde importa. Mike Tyson costumava dizer: “Todo mundo tem um
plano até que leve um soco”. Isto é rigorosamente correto. Mas lançar o primeiro
golpe requer estratégia. Atravessando a porta, você tem uma tacada – uma! - para
derrubar alguém e abrir a contagem no início do debate. Se feito adequadamente,
qualquer debate de um simples tópico pode terminar dentro de trinta segundos.

Isto exige pesquisa. Você tem que conhecer seu oponente. Você tem que saber o
que ele dirá, quais são suas táticas preferidas, e qual será sua posição predefinida.
Você precisa entender seu opositor pelo avesso. Se você puder praticar com um dublê
antes de um debate, faça-o: há uma razão para que ambos, Romney e Obama, tenham
feito isto antes dos debates presidenciais. Na maioria dos debates, que não são
presidenciais, seu oponente se dedicará igualmente ao debate com clareza. Não há
substituto para a preparação. Conheça as tendências de seu oponente, particularmente
se ele tem uma tendência a baixar a guarda. É onde você ataca.

Regra #3: Enquadre seu oponente: Tenho argumentado que a cartilha inteira da
esquerda consiste numa simples peça: personificar a oposição. Isto é
inacreditavelmente eficaz. E o único modo de ficar acima de argumentos ad hominem
é enquadrar seu oponente – faça com que seja nocivo para seu oponente difamar
você. Então, esperançosamente, você pode deslocar o debate para território mais
significativo.
Este primeiro passo é vital. É o único primeiro passo. Esta é a razão pela qual a
direita consistentemente perde os votos dos negros e hispânicos – não porque as
políticas de direita sejam detestáveis para negros e hispânicos, mas porque negros e
hispânicos foram ensinados por gerações que conservadores os odeiam.

Não há modo de convencer alguém de que você não o odeia. Você pode convencê-
lo, entretanto, que seu oponente é mentiroso e odioso. Quando um esquerdista chama
um conservador de racista, a tendência conservadora é defender-se explicando o
motivo de não ser um racista. Esta é uma batalha perdida. Na verdade, você perdeu o
argumento no momento em que se engajou nele. A resposta adequada a uma acusação
de racismo é não, “eu não sou racista”. Nunca fui. Tenho amigos negros, chefes
negros, empregados negros”. Você ainda terá recebido suprimentos por dignificar a
acusação com uma resposta. A resposta adequada para uma acusação de que você
bate em sua esposa não é explicar que você não bate em sua esposa e na verdade é
um feminista ardente: é apontar que fazer acusações sem evidências faz de seu
oponente um pedaço de lixo. A verdade é que seu oponente, que te rotula de racista
sem evidência, é o verdadeiro racista: é ele que dilui o termo racismo até que perca o
significado para rotular como racista qualquer argumento com o qual ele discorde.

Nenhuma conversação racional é possível com alguém que insiste que você não é
digno do debate. Na verdade, se o seu oponente pensa que você não é digno do
debate, ele não é digno do debate. Se o seu oponente deseja ingressar num mundo no
qual podemos ter conversações racionais a respeito de custos e benefícios de políticas
particulares, você está feliz por fazê-lo. Se não, a conversação acabou. Não haverá
diálogo no qual você me acusa de racista, e eu explico porquê não sou. Esta é uma
conversa para idiotas.

Agora, há um outro ponto importante aqui: não espere que seu oponente o chame
de racista antes partir para a ofensiva. Você pesquisou seu oponente, você conhece a
estratégia, e sabe que ele te chamará de racista porque ele sempre chama seus
oponentes de racistas.
Então acerte-o primeiro, apontando sua tática viciosa.

Isto foi o que fiz com Piers Morgan, da CNN, quando debati com ele sobre
controle de armas (desarmamento). Piers Morgan tinha se tornado a face do
movimento de controle de armas em seguida ao horrível massacre de Sandy Hook
Elementary, e ele o fez provocando pessoas de direita e então sugerindo que eles
eram maus por discordar dele. Ou, alternativamente, ele tinha provocado malucos
como Alex Jones, esperado que eles se descontrolassem, e então sugerido que todos
os proprietários de armas eram loucos furiosos esperando para disparar. Quando ele
recebeu Larry Pratt, dos Proprietários de Armas da América, chamou-o de “homem
inacreditavelmente estúpido” após Pratt ter apontado que o controle de armas falhou
nos municípios através do país. Então ele acrescentou: “Você não tem absolutamente
nenhum argumento coerente. Você realmente não dá a mínima para a taxa de
assassinatos por armas de fogo na América”.

Em consequência deste debate, escrevi um artigo no qual sugeri que Morgan tem
estado “'fora dos trilhos’ por dias, na esteira do massacre de Sandy Hook”. Morgan
convidou-me para debater o artigo.

Aqui está como foi o debate :

Piers Morgan, CNN Host: Meu próximo convidado tem palavras fortes para mim.
Ele diz que estou “fora dos trilhos” a respeito de armas na América. Ben Shapiro é
um importante editor em Breibart.com e autor de Bullies: How the Left's Culture of
Fear and Intimidation Silences Americans (Intimidação: Como a Cultura de Medo e
Intimidação da Esquerda Silencia os Americanos). Então, por que estou 'fora dos
trilhos', Sr. Shapiro?

Shapiro: Você sabe, honestamente Piers, você tem sido um tipo de intimidador
nesta questão, devido ao que você faz, e tenho visto isto repetidamente no seu show.
Eu assisto a seu show. E tenho visto isto repetidamente. O que você tende a fazer é
demonizar as pessoas que diferem de você politicamente colocando-as nas sepulturas
das crianças de Sandy Hook ao dizer que elas não parecem preocupar-se o suficiente
a respeito das crianças mortas. Se elas se preocupassem mais, elas concordariam com
você em política. Penso que podemos ter uma conversa racional, um debate político a
respeito de contrabalançar direitos, riscos e recompensas de todas estas diferentes
políticas, mas não penso que o que precisamos fazer seja demonizar pessoas que
estejam no lado oposto como sendo insensíveis ao que aconteceu em Sandy Hook.

Eu estava neste ponto ao que Morgan, nas palavras de John Nolte do Breitbart,
agarrou as suas pérolas.

Morgan: Como ousa acusar-me de sustentar-me nas sepulturas das crianças que
morreram lá. Como você ousa...

Shapiro: Tenho visto você repetidamente, Piers.

Morgan: Eu digo, como você ousa...

Shapiro: Bem, quero dizer, você pode continuar dizendo isto, mas você o fez
repetidamente. O que você faz, e tenho visto você em seu programa, é o que você
continua a dizer às pessoas se elas discordam de você politicamente, logo, de algum
modo, isto é uma violação do que aconteceu em Sandy Hook.

Posteriormente na entrevista, Piers retornaria a este ponto, depreciando-me porque


ele tinha discordado de meus argumentos sobre os direitos da Segunda Emenda. De
novo, martelei profundamente no ponto: Piers era um tagarela e um intimidador:

Morgan: Você sabe quão absurdo você soa?

Shapiro: Aqui é onde você entra no “absurdo” e a “Você é absurdo, você é


estúpido”. Eu entendo …

Morgan: Não estou intimidando (bullyng).

Shapiro: É claro que está.


Morgan: Não sou eu que vim aqui e acusou-o de sustentar-se nas sepulturas de
crianças mortas...

Shapiro: Porque você é o sujeito que está fazendo isto. Estou revidando em dobro.

Morgan: Isto é o que eu chamo de intimidar (bullying).

Shapiro: Você sabe como eu chamo isto? Revidar em dobro, nas palavras do
Presidente Obama.

Morgan: Isto é o que chamo bullying.

Shapiro: Isto é surpreendente.

Morgan: O que é surpreendente?

Shapiro: O que é surpreendente a respeito disto é que por semanas você tem dito
que qualquer um discorde de sua posição é absurdo, idiota e não se importa com as
crianças mortas em Sandy Hook. E então quando eu digo que isto é uma tática de
intimidação você vira-se e diz que eu estou te intimidando por afirmar isto. Isto é
absurdo. Isto é ridículo.

É importante fazer isto. A esquerda não tem uma cartilha. Eles têm um movimento.
Um único movimento. O movimento: você é um idiota. Eles têm um movimento. Um
movimento! O movimento é: você é desagradável. Tire isto deles, e eles não terão
nada. Não há literalmente nada que Piers Morgan pudesse dizer, porque ele não tinha
fatos ou evidências a sua disposição, a menos não para os argumentos que ele estava
construindo.

Quando tirei aquela tática de Piers, ele estava essencialmente acabado.

A entrevista transcorreu durante dois segmentos.

Durante o intervalo, um dos produtores de Piers “sacou” de uma vítima de


disparos. Sem dúvida ele estava preparando-se para girar a câmera – pude na verdade
ver o câmera preparando-se para fazê-lo – e forçar-me a apresentar meus argumentos
pró armas a alguém que tinha sido ferido com um tiro. Mas porque eu já tinha
condenado suas táticas intimidatórias, aquele estratagema estava fora da mesa. No
momento em que ele sacasse aquela tática, eu teria dito a ele que ele estava
perfeitamente confortável não apenas em apoiar-se nas sepulturas das crianças de
Sandy Hook, mas apoiar-se na cadeira de rodas de uma vítima de disparo. Eu teria
dito, “Por que você tem que usar vítimas para ilustrar sua posição? Por que você não
pode apenas me convencer com base em evidências de que o que você está propondo
é a solução correta para a América?”

É suficiente dizer, Piers estava bastante descontente durante o debate.

Regra #4: Enquadre o debate. A esquerda é especialista no enquadramento de


debates. Eles têm chavões e os usam para dirigir o debate em direção a posições que
você não pode vencer. Eles são tolerantes, diversos, defensores da justiça social. Se
você se opõe a eles, por contraste, você é intolerante, xenófobo e a favor da injustiça.

Agora, todos estes termos são, para ser educado, uma asneira, se considerados
como valores morais absolutos. A esquerda é extremamente intolerante em relação
aos conservadores e pessoas religiosas, é por isso que eles são interessados em forçar
confeiteiros Cristãos a fornecer para casamentos homossexuais. Eles são avessos à
diversidade intelectual, particularmente nos setores da vida Americana nas quais eles
predominam, por isto eles reprimem o conservadorismo nos campus e na mídia. E na
justiça social, se social é presumido como oposto a individual, então a justiça social é
por definição injusta. O uso de chavões mágicos da esquerda te coloca num canto,
contra supostos valores universais ou sustentados universalmente.

É importante que você neutralize estes chavões rapidamente, pois de outra maneira
você estará argumentando contra termos sem sentido que podem ser usados contra
você. Você não pode argumentar contra termos vazios. Então não aceite as premissas
dos argumentos deles, que são amplamente baseados em chavões. Quanto ao
casamento homossexual, a questão não é como o casamento homossexual prejudica o
seu casamento, esta é uma questão estúpida e sem sentido, é como indagar como a
escravização de outros te fere pessoalmente. A questão é se uma criança precisa de
uma mãe e de um pai. A questão não é se a duas pessoas que se amam deva ser dado a
aprovação estatal, mesmo a esquerda reconhece que tal definição é ampla demais,
dado que ela incluiria relacionamentos incestuosos. A questão é porque o casamento
deveria ser redefinido, e como o casamento homossexual fortalecerá a instituição do
casamento.

No controle de armas, utilizei esta regra contra Piers Morgan quando redefini o
debate para porque os Americanos precisam de um tipo particular de arma, uma
questão idiota, dado que os Americanos não precisam de muitas das coisas que
consideramos manifestações essenciais da liberdade, e direcionando a questão para
como ajustar a Segunda Emenda com as demandas de segurança pública. Para este
fim, entreguei a Morgan uma cópia da Constituição. Disse a ele que eu estava feliz
em discutir a evidência do controle de armas, feliz em discutir riscos, direitos e
recompensas de políticas específicas. Mas tínhamos que trazer a Constituição para
dentro do debate. “Eu realmente gostaria de ouvir suas prescrições políticas a respeito
de armas porque você disse respeitar a Segunda Emenda. Você sabe, entreguei este
exemplar a você de modo que você possa lê-lo”, disse a ele. O ponto era compelir
Morgan numa área em que ele estava desconfortável. Mais tarde Morgan lançaria
aquela cópia da Constituição chamando-a de “seu livrinho”. Rejeitando um
enquadramento universal para discutir o controle de armas e atirando isto na face do
povo Americano. Apenas um ano depois, Piers estava fora do ar.

Esta tática, forçar a esquerda a debater dentro de contextos que os desagradam, é


utilizável em virtualmente todas as frentes. Quando você está discutindo mudanças
climáticas, por exemplo, a questão adequada não é se o homem está causando as
mudanças climáticas. A questão é se o homem pode estabelecer as mudanças
climáticas, uma questão para a qual a resposta universalmente conhecida é
essencialmente não, a menos que desejemos retornar à época pré-industrial. Esta é
uma questão muito utilizável, e também evita o argumento preferido da esquerda no
debate sobre aquecimento global, que é uma variante de sua linha de argumentação
preferida no controle de armas: “O aquecimento global é causado pelo homem. Não
concorda? Isto é porque você é estúpido e odiável”. De maneira geral, as três linhas
de ataque favoritas da esquerda são: 1) você é estúpido; 2) você é mau; 3) você é
corrupto. Sarah Palin é supostamente estúpida; Mitt Romney é supostamente mau;
Dick Cheney é supostamente corrupto. Tire deles estas linhas de ataque e observe o
desconforto acionado.

Regra #5: Localize as inconsistências nos argumentos da esquerda. Os


argumentos da esquerda são cheios de inconsistências. Inconsistências internas –
inconsistências que são inerentes à visão de mundo da esquerda em geral. Isto se dá
porque pouquíssimas pessoas na esquerda admitirão a verdadeira agenda da esquerda,
que é inteiramente extremada. Esquerdistas preferem argumentar com medidas
paliativas nas quais eles não acreditam. Por exemplo, eles dizem querer banir armas
de assalto para impedir assassinatos por armas de fogo. Mas este argumento é
absurdo, porque armas de mão são mais utilizadas para matar pessoas do que as
chamadas armas de assalto. E ainda, a esquerda não argumentará a favor da proibição
geral de armas, porque eles sabem que perderão.

Para tomarmos um outro exemplo, em relação à saúde pública, a esquerda sugere


que seu objetivo é tornar o acesso aos serviços médicos disponível para todos. Mas
eles não exigem que uma certa porcentagem da população vá para as escolas de
medicina. Isto porque a fim de que o governo garanta a disponibilidade de um
produto, o governo deve ou empregar trabalhadores ou forçar trabalhadores a
ingressarem numa determinada indústria. A contratação de trabalhadores pelo
governo requer que o governo pague por médicos, e a esquerda argumenta que os
médicos já ganham dinheiro demais. E a esquerda não deseja argumentar abertamente
o que eles de fato preferem: forçar pessoas a praticar medicina para aquelas pessoas
que o governo considera merecedoras. A menos que você esteja querendo usar a lei
para forçar pessoas a ingressar na escola de medicina, você não pode ter um sistema
de saúde universal. Isto é o que eles estão descobrindo na Inglaterra, Canadá e Israel
– todos países nos quais a medicina privada está em ascensão, legal ou ilegalmente,
fora dos auspícios do governo.

Saúde pública e controle de armas não são o único exemplo. No casamento


homossexual, a esquerda proclama que não é assunto do estado regular a vida privada
de alguém, a não ser que a esquerda esteja simultaneamente proclamando que o
estado deva penalizar a atividade privada de alguém. No aborto, a esquerda diz que é
uma escolha, mas ignora as escolhas do bebê.

Quase que invariavelmente há inconsistências intransponíveis nas posições


afirmadas publicamente pela esquerda que estão em conflito com os reais princípios
fundamentais da esquerda. Seu objetivo é, pela exposição de suas inconsistências,
fazer a esquerda admitir de uma vez por todas no que eles acreditam sobre política.

Regra #6: Force os Esquerdistas a Responder Perguntas: Esta regra é na verdade


apenas o corolário da Regra #4. Esquerdistas estão confortáveis apenas quando estão
te forçando a responder perguntas. Se eles têm que responder perguntas, eles
começam a coçar a cabeça. As questões que eles preferem responder é sobre o teu
caráter, as questões que eles preferem não responder são sobre o caráter deles. Pelo
contrário, eles gostam de se esquivar de questões que apoiem aqueles argumentos de
caráter.

Se você forçar um esquerdista a responder se ele ou ela preferiria desistir de papai


ou mamãe em nome do politicamente correto - afinal, todas as famílias são iguais,
então que diferença faz? - eles fugirão. Se você forçar um esquerdista a responder se
eles obrigariam igrejas a realizar casamentos gays, eles fugirão. Se você forçar um
esquerdista a responder porque nós deveríamos renunciar a nossos belos carros
enquanto Chineses e Russos continuam a despejar resíduos tóxicos na atmosfera, eles
fugirão.

Forçar a esquerda a responder perguntas é, quase sempre, como tentar prender


pudim na parede – confuso e quase impossível. Mas é desconfortável para eles estar
na defensiva.

Regra#7: Não se distraia. Você pode notar, quando argumentar com alguém da
esquerda, que toda vez que você começa a destacar um ponto, este esquerdista
começa a disparar contra George Bush. É como a Síndrome de Tourette Esquerdista.
“Por que Obama estourou o orçamento?” “BUUUUUUUUUSHHHHH!!!!”

Não se deixe enganar. Você não precisa seguir o coelho idiota até sua toca de
coelho lotada. O mesmo se aplica ao casamento gay, o qual os esquerdistas
mencionam não importa o contexto. Você não gosta da taxa de impostos? Bem, você
provavelmente pensa que aqueles impostos são tão elevados devido à Regra #8 (Você
não tem que defender as pessoas do seu lado ).

Argumentar com a esquerda é como tentar pregar gelatina na parede. É


escorregadio, confuso e um desperdício de recursos. Você deve forçá-los a responder
perguntas. Então da próxima vez que eles mencionarem Bush, sua reposta deveria ser,
“WILLIAM MCKINLEY” (LULA!). Bush não tem a ver com isto.

Em nosso debate sobre controle de armas, Piers Morgan tentou exatamente esta
tática. Durante o intervalo, um de seus Oompa-Loompas apressou-se com diversas
caixas de Sudafed (anti gripal). Sendo da Califórnia pensei, é claro, que estávamos
nos preparando para “cozinhar” alguns cristais de metanfetamina. Mas o que estava
para suceder era menos lucrativo. Ele tentou argumentar que eu era inconsistente por
haver restrições à quantidade de Sulfed que você pode comprar, mas não à quantidade
de munição. Declarei simplesmente que não via relação entre as duas leis, que estaria
feliz em discutir ambas em separado, mas considerava a conexão desnecessária e
confusa. Ele teve que avançar.

Regra #8: Você não tem que defender as pessoas do seu lado. Você não tem que
defender alguém apenas por estar do seu lado da discussão. Os conservadores são
rotineiramente apanhados neste ardil, porque eles imaginam que o inimigo de seu
inimigo é seu amigo: se a esquerda está atacando alguém, ele merece ser defendido.
Mas isto não é verdade. Eu gostava de George W. Bush, mas seu segundo mandato
foi uma zona de desastre. E assim foi muito de seu primeiro mandato. Não sinto
necessidade de defender sua política para o Irã, porque ela foi terrível. Pausa.

Ronald Reagan não foi um deus. Ele próprio teria dito isto. Não siga pessoas. Siga
princípios.

Regra #9: Se você não sabe algo, admita. Lembro-me de certa vez quando eu era
mais jovem e estava numa reunião de negócios com um cliente e estava tentando
convencê-lo a investir. O cliente perguntou-me se eu sabia a respeito de algo que ele
havia escrito. Acenei distraidamente, ele então perguntou-me o que eu achava. Tentei
uma resposta enganosa, mas falhei miseravelmente. Mais tarde, alguém mais velho e
mais sábio me levou a uma incumbência.

Desde então fiz disto uma missão, reconhecer se não sei o suficiente sobre alguma
coisa. Não seja pego na armadilha de acreditar que você sabe tudo a respeito de tudo.
Seu oponente, sem dúvida, saberá algo que você não sabe. É honesto declarar
simplesmente: “Eu não sei isto, mas estarei feliz em pesquisar e te retornar”.

Uma outra nota aqui: não mencione um tópico com o qual você não seja
extremamente familiarizado.

Mitt Romney teria sido beneficiado por esta estratégia. Quando ele mencionou
Bengazi no debate de Candy Crowley, estava claro que não tinha fluência no tópico.
O resultado: ele foi pego de calças curtas publicamente, embora ele estivesse correto.

Regra #10: Deixe que o outro lado obtenha vitórias sem sentido. Este é um
“truque de salão” que você pode usar com grande efeito com seus amigos
esquerdistas. Esquerdistas valorizam moderação artificial acima de tudo mais,
concedendo a eles um ponto ou dois, você pode convencê-los de que você não é de
modo algum um direitista radical. Afinal, qualquer um pode admitir que ambas as
partes são terríveis!
Estes são pontos que não significam nada. Você não perde nada declarando que
ambos os partidos, Democratas e Republicanos, são péssimos – e eles parecem
imoderados por recusar-se a reconhecer o mesmo. O mesmo se aplica em relação à
linguagem de esquerda.

Se a esquerda te atrai para a reforma da imigração, sua resposta deveria ser sempre
que você é pela reforma da imigração. Agora, como eles definem a reforma da
imigração? Esta é a questão chave. Mas porque você já concedeu a premissa de que
você aprecia a reforma da imigração, você não parece imediatamente um opositor . A
verdade é que, como muitos chavões políticos, reforma da imigração pode,
virtualmente, significar nada: pode significar construir um fosso na fronteira, ou
conceder anistia geral. O debate é sem sentido até que você force a esquerda a definir
os termos. Até então, podemos concordar com platitudes inúteis.

Regra #11: A linguagem corporal é importante. Lembra-se de 2008 quando John


McCain estava debatendo com Barack Obama? As imagens eram relativamente
horríveis para os Republicanos. Você tinha um cara negro, de relativa boa aparência,
versus um cara baixo, curvado, de olhar enfezado, careca, refugiado branco do elenco
de Imperador Palpatine. Durante o debate ridículo, John McCain apertou o microfone
como se fosse estrangulá-lo. Qualquer um que pareça furioso num debate perderá.
Imediatamente. E durante o DNC, Obama parecia um deus Grego descendo das
nuvens numa carruagem Olímpica, enquanto que McCain parecia ter sido encontrado
perdido em frente a uma tela verde de um estúdio pornô em San Fernando Valley.

Nixon perdeu o debate televisionado com Kennedy em 1960, mas venceu o debate
no rádio. Os debates foram os mesmos. Apenas Nixon parecia péssimo na TV.

A esquerda é especialista em aparência. A direita não é, porque a direita falsamente


acredita que a aparência superficial pode ser superada com substância de argumentos.
O que tem funcionado fabulosamente para cada grande atriz que possui 130 Kg em
Hollywood - tanto imagem quanto conteúdo estão em funcionamento.
Todos riram de Marco Rubio bebendo sofregamente uma garrafa de água durante
sua resposta no State of the Union, a direita protestou que tais risadas não foram
justas. Mas a verdade é que foram justas. O grande gole de água disse duas coisas:
que Marco Rubio estava nervoso e que o partido |Republicano foi incompetente
demais para colocar uma garrafa de água no pódio diante dele. Imagem é importante.

Bill Clinton sabia que imagem corporal importa. Ele mordeu o lábio inferior,
porque isto expressava emoção e controle. Ele tinha variados tipos de aperto de mão
para vários níveis de potenciais doadores (e ele tinha um aperto de mão especial para
Monica Lewinsky). Ele gesticulava como que apertando o botão do elevador: um
punho com o polegar adiante, comunicando poder e gentileza. Ele usa movimentos
amplos e abertos com os braços.

Há uma razão para que a maioria dos candidatos Democratas trabalhem com
Hollywood. O presidente Obama – então Senador Obama – foi o primeiro candidato
a usar teleprompter em sua vitória na convenção partidária em Iowa. Ele sabia que
estava falando com a população Americana e não apenas com as pessoas no
auditório. As pessoas no auditório podem ter zombado dele. Ele sabia superar. Ted
Cruz deveria ter encarado a câmera durante sua obstrução. E ele deveria ter mordido
seus lábios quando leu Green Eggs and Ham.

Você deve parecer uma pessoa legal a fim de que as pessoas acreditem que você é
uma pessoa legal. Estudos científicos mostram que as pessoas literalmente te julgarão
dentro de milissegundos ao te verem. Faça-as ver o que você deseja que elas vejam.

Conclusão

Em fevereiro de 2014, cerca de um ano após Piers e eu termos debatido o controle


de armas em seu show, a CNN anunciou que ele seria afastado do programa. Estou
contente por ter dado uma mão em desmascarar sua nefasta linha de argumentação.
Mas, honestamente, debater com aqueles à esquerda é uma habilidade que qualquer
um pode aprender. Se você deseja dedicar-se a isto obtenha conhecimento de seus
próprios argumentos, e obtenha ainda mais conhecimento sobre os argumentos da
esquerda.

Você será arrastado para dentro destes debates. Você será arrastado para um
combate. Mas não tem que odiá-lo. Na verdade, isto pode ser um sopro absoluto. O
momento em que você não liga a mínima para o que eles dizem sobre você, porque
você percebe que eles estão mentindo, é o momento em que você deve ter a mão
erguida.

É vibrante quando você sabe como responder a alguém que te chama de racista
sem evidência. É vibrante prosseguir na ofensiva. E é duplamente vibrante quando
você sabe que o futuro do país está em risco e você está desempenhando um papel
vital ao reagir.

Em 2009 o substituto de Obama, Jim Messina, disse aos Senadores Democratas


que eles poderiam defender Obama tão estridentemente quanto possível, porque no
final das contas “Se vocês baterem”, disse Messina, “nós revidaremos com o dobro
da força”.

Por décadas os conservadores têm sido atacados por intimidadores. E só há uma


maneira de lidar com intimidadores. Nas palavras da Casa Branca, revide com o
dobro da força.

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