O documento descreve os direitos dos doentes internados, incluindo o direito a ser tratado com dignidade e respeito, independentemente de convicções culturais ou religiosas. Os doentes também têm direito a cuidados adequados, informação sobre sua condição, privacidade, e participação nas decisões sobre seu tratamento.
O documento descreve os direitos dos doentes internados, incluindo o direito a ser tratado com dignidade e respeito, independentemente de convicções culturais ou religiosas. Os doentes também têm direito a cuidados adequados, informação sobre sua condição, privacidade, e participação nas decisões sobre seu tratamento.
O documento descreve os direitos dos doentes internados, incluindo o direito a ser tratado com dignidade e respeito, independentemente de convicções culturais ou religiosas. Os doentes também têm direito a cuidados adequados, informação sobre sua condição, privacidade, e participação nas decisões sobre seu tratamento.
- Dignidade – integridade pessoal, física e espiritual.
- Forma de tratamento (interdito o “tu” e o “você”) - Doente interlocutor e parceiro no processo de saúde - Privacidade e intimidade deverão ser asseguradas - Instalações e equipamentos adequados à situação clinica e vulnerabilidade DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
2. O doente internado tem direito a ser tratado com
respeito, independentemente das suas convicções culturais, filosóficas e religiosas
- Cada pessoa é um todo único e singular, protagonista de uma
história e de uma entidade cultural e espiritual, que para muitos se define religiosa. A experiência do sofrimento torna estas dimensões importantes para o doente internado . - Direito a assistência religiosa, que deve ser respeitado - Ter em consideração estas convicções nos aspectos terapêuticos (tratamentos, alimentação, regras sociais, rituais de morte) DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
3. O doente internado tem direito a receber os
cuidados apropriados ao seu estado de saúde, no âmbito dos cuidados preventivos, curativos, reabilitação, terminais e paliativos.
- … que respondam às necessidades específicas … e que sejam
prestados em tempo útil - Todo o doente internado tem direito ao tratamento da dor - Os cuidados terminais além da especificidade técnico-científica, devem integrar uma componente sócio-afectiva especial…O acompanhamento deve ser integral e contemplar a dimensão espiritual - Os doentes internados no final da vida ou que necessitem de cuidados paliativos, têm direito a ser acompanhados pelos seus familiares DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
4. O doente internado tem direito à continuidade
de cuidados
- Dada importância da continuidade de cuidados…assegurar antes
da alta hospitalar, a continuação dos cuidados - Preparação cuidadosa da alta, iniciada o mais cedo possível, conhecimento da situação sócio-económica - Doente e familiares têm direito a ser informados da razão da transferência e esclarecidos que a continuidade e qualidade dos cuidados ficam garantidos - Proporcionar conhecimentos e informações aos prestadores, por documento escrito, integrando uma familiar ou cuidador no processo DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
5. O doente internado tem direito a ser informado
sobre os serviços de saúde existentes, suas competências e níveis de cuidados
- O doente deve receber no acto da admissão manual de
acolhimento- informação sobre os erviços existentes no estabelecimento, incluindo os não relacionados com a prestação de cuidados - Os organogramas do serviço deverão estar afixados para que doentes familiares e visitas conheçam a organização e os seus responsáveis DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
6. O doente internado tem direito a ser informado
sobre a sua situação de saúde
- Informação clara sobre diagnóstico, prognóstico, tratamentos a
efetuar, possíveis riscos e eventuais tratamentos alternativos - Tem direito, se assim o desejar, a não ser informado sobre o seu estado de saúde, indicando alguém para receber esta informação - As informações devem ser dadas da forma mais adequada às caraterísticas do doente, num contexto de empatia, privacidade e confidencialidade - A informação é um aspecto essencial para um consentimento livre e esclarecido DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
7. O doente internado tem direito a obter uma
segunda opinião sobre a sua situação clinica
- O doente internado tem o direito a obter o parecer de outro
médico da mesma especialidade …dando-lhe oportunidade de decidir de forma mais esclarecida - Direito restringido a situações graves ou a casos de cirurgia electiva - Sujeito às restrições decorrentes dos recursos existentes nesse estabelecimento - O doente tem o direito de recorrer a um profissional externo, assegurando o pagamento dos respectivos honorários DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
8 . O doente internado tem direito a dar ou
recusar o seu consentimento antes de qualquer acto clínico ou participação em investigação ou ensino
- Informação objectiva e clara para que consentimento seja livre e
esclarecido, e ter em conta personalidade, grau de instrução, condições clinicas e psíquicas do doente - O consentimento pode ser presumido em situações de emergência - O consentimento pode ser revogável em qualquer momento DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
9. O doente internado tem direito à
confidencialidade de toda a informação clínica e elementos identificativos que lhe respeitam
- Todas as informações relativas ao doente são confidenciais
- Implica a obrigatoriedade de sigilo profissional por parte de todo o pessoal que desenvolve a sua actividade no estabelecimento, incluindo os voluntários - Registos devem ser mantidos em condições que assegurem a sua confidencialidades - Informações telefónicas – verdadeiras mas garantir confidencialidade - Doente pode pedir para que sua presença não seja divulgada DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
10. O doente internado tem direito de acesso ao
dados registados no seu processo clinico
- Direito a conhecer a informação registada no seu processo clinico
- O acesso só pode ser feito através de um médico DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
11. O doente internado tem direito à privacidade
na prestação de todo e qualquer ato clinico
- Direito a que todo o ato seja efectuado só na presença dos
profissionais indispensáveis, salvo se pedir a presença de alguém
- A vida privada do doente não pode ser objecto de intromissão
- Nas enfermarias, o banho dos doentes deve ser realizado tendo
em conta o pudor do doente, devendo usar-se cortinas ou biombos
- O respeito pela intimidade deve ser respeitado durante todos os
actos de prática clínica de qualquer profissional de saúde DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
12. O doente internado tem direito, por si ou por
quem o represente, a apresentar sugestões e reclamações
- Podem apresentar sugestões e reclamações sobre a qualidade dos
cuidados, atendimento e instalações - Através do livro de reclamações, no gabinete do utente, por via postal, fax ou correio eletrónico. - Reposta às reclamações deve ser dada em tempo útil - Este direito estende-se à possibilidade de o doente pedir reparação de danos eventualmente sofridos DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
13. O doente internado tem direito à visita de seus
familiares e amigos
- Quando o desejar e os horários o permitam, e não exista contra-
indicação - As instituições e os profissionais devem facilitar e incentivar - Situações complicadas ou de conflito familiar devem ser subtil e discretamente ponderadas pelos profissionais - Doentes que não têm visitas devem ter maior apoio dos profissionais e voluntários - Doente incapaz de compreender ou de se fazer compreender te o direito ao acompanhamento de cuidador informal - Os horários de visita devem compatibilizar as necessidades do serviço com as necessidades dos doentes DIREITOS DOS DOENTES INTERNADOS
14. O doente internado tem direito à sua liberdade
individual
- O doente internado pode a qualquer momento deixar o
estabelecimento, depois de ser informado dos riscos que corre - Contudo, este exercício da liberdade individual requer algumas formalidades, pelo que deve assinar um termo de responsabilidade pela sua alta - Os detidos hospitalizados têm os mesmos direitos que os outros doentes internados, com os limites consagrados na legislação