Você está na página 1de 11

Comunicação não

Violenta:
Um convite para um novo estilo de se
relacionar

Por Renata Sousa Cantanhêde Braga


Analista de Processos, especialista em
Produtividade e CNV - @renatascbraga
Os conflitos fazem parte da nossa vida e podem nos levar a nos comportar de forma violenta.
Essa violência pode ser velada, aquela que ninguém tem conhecimento e explode dentro da gente,
como pode ser exteriorizada, com reações enérgicas contra os outros ou contra nós mesmos.
A forma como vivemos e aprendemos explicam essas reações, entretanto, tomar posse dessa
informação pode nos ajudar a mudar e a agir de forma compassiva, diminuindo a possibilidade de
conflitos. Foi acreditando nisso, que Marshall Rosenberg, psicólogo americano, criou a
Comunicação não violenta(CNV).
A CNV tem o propósito de estabelecer
conexões verdadeiras entre as pessoas, de
maneira que as necessidades de todos sejam
atendidas por meio da compaixão.
Ela tem o foco no que é comum, na
compreensão e não no que separa.
Você já parou para avaliar como você anda se
comunicando?

Posso considerar que em nosso processo de comunicação


cada um dos envolvidos é uma ilha, o que está visível é o
que é dito e visto, o que está submerso são as intenções,
expectativas, julgamentos e avaliações.

Como você se percebe diante disso?


Você acredita que consegue ter clareza na sua
comunicação? Será que o outro enxerga sua verdadeira
intenção? Qual é a sua verdade?

E em situações de conflito? Como você se comporta?


Muitas vezes nossa fala em momento de conflitos vem carregada de críticas, de histórias que
nos contamos e exigências, talvez até queiramos que o outro mude para nos satisfazer e a
probabilidade de ambos saírem machucados é grande.

A CNV nos convida exatamente a sair desse lugar e todos podem sair ganhando, pois
aprendemos a dizer sinceramente como estamos e o que precisamos no momento.

Diferente de ser sincero, que na visão CNV, significa falar o que eu penso, com todos os meus
julgamentos.

Por exemplo: Você não sabe se organizar! ou

Estou frustrada porque eu preciso de mais organização no ambiente de trabalho.

Qual das duas formas você acredita que propõe um diálogo mais amistoso?

Com a CNV você se deixa ver e também deixa de lado os velhos padrões de defesa, recuo e
ataque.

E como colocar a CNV em prática?


Para facilitar, Marshall criou 4 passos, ou diríamos quatro fases. São elas: Observação,
Sentimentos, Necessidade e Pedido.
A primeira é que precisamos aprender a observar. Em
geral, estamos acostumados a fazer juízos, rotular ou
categorizar as pessoas. Como já dizem por aí, mapa não
é território, nem tudo o que é visto é realidade.
Um exemplo comum é se olharmos uma pessoa
chegando ao trabalho com a roupa amarrotada. O que
podemos pensar ou dizer? Podemos imaginar inúmeras
coisas, entre elas, que é um desleixado, no entanto, não
sabemos nada dessa pessoa.
Além disso, também temos os preconceitos, crenças
Observação estabelecidas e automatismos que nos fecham para a
realidade.
No lugar de fazer um julgamento, observe. Qual é o fato?
As observações correspondem a realidade, ninguém
pode falar o contrário. Para exemplificar:
Você diz: Não consigo falar com você! (Interpretação)
O fato: Eu liguei 3 vezes para você.
A observação traz o senso de realidade compartilhada,
reduzindo a chance de conflito.
Esta fase nos convida a avaliar o que o ocorrido nos
leva a sentir, o que os sentimentos estão apontando.
Geralmente, sentimentos são indicadores para
necessidades atendidas ou não atendidas.
• Sentimentos quando eu tenho minhas necessidades
atendidas: alegre, confiante, calmo, emocionado,
encantado, entusiasmado, feliz, grato.
• Sentimentos quando eu não tenho minhas
Sentimentos necessidades atendidas: assustado, bravo, chateado,
confuso, deprimido, desapontado, fraco, infeliz,
instável, nervoso, preocupado.
É importante destacar que nenhuma pessoa tem o
poder de criar um sentimento dentro da gente, é nossa
responsabilidade, e nós não temos responsabilidade
pelos sentimentos dos outros.
As necessidades no contexto da CNV são consideradas
básicas, essenciais para continuarmos vivos e que devemos
satisfazer para encontrar um equilíbrio satisfatório. Para
exemplificar, vou listar algumas: Movimento, Exercício,
Diversão;
Para atendê-las podemos ter várias estratégias. Importante
entender essa diferença.
Se eu tenho necessidade de me divertir, como posso atendê-
Necessidades la?
Assistir um filme, jogar videogame, ler um livro, brincar com
as crianças, passear na praia, ir ao parque, e outros.
Olhar para as nossas necessidades, nos ajuda a saber fazer
escolhas com um comprometimento pessoal maior, nos
tornando independentes das opiniões dos outros, e também
com que deixemos de lado, o processo de violência contra os
outros e a nós mesmos.
O pedido é uma proposta de ação concreta e
negociável. Ao fazer um pedido, abandonamos a
expectativa. Cabe a nós lidar com nossa necessidade
Pedido entendendo que somos os únicos responsáveis por
supri-la.
Um
exemplo
Observações Ontem pedi para você avisar Renata prático
sobre o artigo da semana que vem, você
falou que faria, mas não fez
Sentimentos Estou inseguro agora ...
Necessidade ...se, na próxima vez, você vai mesmo
lembrar do nosso combinado.
Pedido Por isso, peço que você coloque um
lembrete no seu celular ou anote no seu bloquinho.
Como é isso para você?
Saber lidar com um conflito é essencial Que tal a partir de hoje começar a usar a CNV
para a nossa vida. Por isso, te convido como um novo estilo de vida? Tenho certeza
mais uma vez a refletir e a rever seus que seus relacionamentos irão melhorar e
diálogos, como você se comunica? consequentemente sua vida como um todo.

Pense nisso!
#somostodoshuufma #juntossomosmais #vaipassar

Gerência Administrativa
Divisão de Gestão de Pessoas
Unidade de Desenvolvimento de Pessoas

Você também pode gostar