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VII CONGRESSO DA GEOGRAFIA PORTUGUESA

TRIUNFOS DE UMA GEOGRAFIA ACTIVA


Desenvolvimento Local, Ambiente, Ordenamento e Tecnologia

O DESPERTAR DO “PAÍS SONOLENTO”

CONTRIBUTO DAS FEIRAS DE PRODUTOS


LOCAIS PARA UM NOVO PROJECTO DE
DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

Nuno Azevedo, CEGOT


nazevedo@utad.pt

Coimbra, Auditório da Reitoria, 26 a 28 de Novembro de 2009


ESTRUTURA

• 1. PAÍS SONOLENTO EM PROCESSO DE MUDANÇA

• 2. FEIRAS DE PRODUTOS LOCAIS EM TMAD

• 3. A FEIRA DO FUMEIRO E A FEIRA DA CAÇA E DO TURISMO


• A FEIRA DO FUMEIRO DE VINHAIS

• A FEIRA DA CAÇA E DO TURISMO DE MACEDO DE CAVALEIROS

• 3.1. ALGUNS NÚMEROS DOS VISITANTES

• 3.2. ALGUNS NÚMEROS DOS EXPOSITORES

• 4. CONCLUSÃO

• 5. BIBLIOGRAFIA
1. PAÍS SONOLENTO EM PROCESSO DE
MUDANÇA

• Na segunda
g metade do século ocorreram importantes
p
transformações no mundo rural do interior;

• No final do século evidenciou-se


evidenciou se uma maior complexidade,
complexidade
com um território diferenciado e socialmente mais heterogéneo;

• FERRÃO
à (2003) distinguiu o «país sonolento»
• Coincide com o interior predominantemente rural,

• Encontra-se num círculo vicioso de subdesenvolvimento difícil de romper

• Nos territórios de baixa densidade têm-se dinamizado


processos de mudança

• Os territórios estão a acordar ou p


pelo menos a despertar.
p
1. PAÍS SONOLENTO EM PROCESSO DE
MUDANÇA

• Conquista
q do espaço
p ç rural p
para utilizações
ç urbanas suscitou
um maior dinamismo e procura destes territórios;

• Diversificação dos espaços rurais


rurais, assunção do espaço
multifuncional do campo;

• Corporizando uma boa parte dos míticos lugares de (re)encontro;

• Entre as alterações mais visíveis, as feiras de produtos locais


estão a contribuir para a criação de uma nova inteligência
colectiva, divulgando produções, costumes e dialectos, originando o
despertar dos territórios e das identidades (re)descobertas e
q
requalificadas.
1. PAÍS SONOLENTO EM PROCESSO DE
MUDANÇA

• Eventos temáticos como âncoras de desenvolvimento;;

• Criam-se novos alicerces para o desenvolvimento territorial;

• Redescobre-se
R d b e reconstroem-se
t os recursos locais;
l i

• São uma montra dos municípios e da região, procurando a


valorização dos lugares, das gentes e das produções
• Aposta-se na identidade local e na identificação do consumidor com o
lugar;

• A identidade tem-se tornado um pilar da (re)afirmação de certas regiões.


2. FEIRAS DE PRODUTOS LOCAIS EM
TMAD

• Feiras realizam-se durante todo o ano,, sendo eventos de cariz


económico e lúdico
• Traduzem o ritmo da natureza e de outras celebrações;

• Promovem momentos de encontro e visitação em torno do mercado de


produtos de qualidade - dão nome às feiras temáticas

• Vinho, no Douro Vinhateiro; Amendoeira em Flor no Douro


Superior; Fumeiro,
Fumeiro na Terra Fria e Alto Tâmega; Castanha
na Terra Fria, Alto Tâmega e Douro Sul; Maçã e Cereja no
Douro Sul e Terra Quente; Oliveira e Azeite na Terra Quente;
Artesanato, Caça, Turismo, Cabrito e Vitela um pouco por
t d a região.
toda iã
Município Ferias realizadas
Alfândega da Fé Feira da Cereja e dos Produtos Locais/Biológicos
2. FEIRAS DE Alijó REVIDOURO; Feira dos Vinhos e Sabores do Pinhão
Armamar Feira das Actividades Económicas
PRODUTOS LOCAIS Boticas Feira do Porco; Feira do Mel de Barroso e da Carne Barrosã
EM TMAD Bragança
F i ddas C
Feira Cantarinhas
i h e Artesanato;
A
Parada; Feira do Folar de Izeda.
F i dde A
Feira Artesanato e P
Produtos
d R
Regionais
i i de
d

C. de Ansiães Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite


Chaves Sabores e Saberes de Chaves
Freixo E. à Cinta Quinzena das Amendoeiras em Flor; Festa das Sopas e Merendas
Lamego EXPODOURO; Festa do Vinho e Produtos Regionais.
Regionais
Feira da Caça e do Turismo; Rural Arcas – Feira dos Produtos da Terra; Entrudo
M. de Cavaleiros
• 66 eventos anuais Mesão Frio
Chocaleiro de Podence; Feira do Azeite e da Caça de Chacim.
Feira de Santo André.
Miranda do Douro Festival de Sabores Mirandeses; Famidouro; Feira Arribas em Flor (Sendim)
• 4 em Macedo de Mirandela Festival de Sabores do Azeite Novo;; Feira da Alheira
Mogadouro Amendoeiras em Flor; Produtos da Terra de Bemposta; Feira dos Gorazes.
Cavaleiros, Torre de Moimenta da Beira
Montalegre
Festa da Maça.
Feira do Fumeiro e Presunto do Barroso; Feira da Vitela do Barroso.
Murça Feira do Azeite, do Vinho e Produtos Regionais.
Moncorvo, Valpaços, Peso da Régua Festa do Vinho e Produtos Regionais; Festa das Vindimas do Douro.
Penedono Feira Medieval de Penedono.
Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena Feira do Linho, Festa do Maronês e Sabores das Terras de Pena.
Sabrosa Feira Medieval.
Vinhais; S. João Pesqueira Festa dos Saberes e Sabores do Douro; VINDOURO.
Sernancelhe Festa da Castanha.
S Marta
S. M t P Penaguião
iã S
Semana C
Cultural
lt l de
d Santa
S t Marta
M t ded Penaguião.
P iã
• Nos 4 trimestres em Tabuaço Encontro Saberes e Odores (Granja do Tédo); Feira da Vindima de Barcos
Tarouca Feira das Profissões.
Valpaços; Torre de Moncorvo
Amendoeiras em Flor; Feira dos Produtos da Terra; Feira da Cereja; Mostra de
Vinhos, Amêndoa e Stocks.
• Em
E 3 trimestres
t i t em Valpaços
Feira do Fumeiro (São João da Corveira); Feira do Folar; Salão de vinho de Trás-
os-Montes; Feira da Castanha em Carrazedo de Montenegro.
Feira Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais (Freixiel); Feira Produtos e
Miranda do Douro e Vila Flor
Sabores.
Vila Nova Foz Côa Quinzena das Amendoeiras em Flor (inclui Feira Franca da Amendoeira).
Torre de Moncorvo. Vila P.
P de Aguiar
Feiro do Granito; Feira do Mel e do Artesanato ((Pedras Salgadas);
g ) Feira da
Castanha, Cabrito, Carne Maronesa e cogumelos; Feira das Cebolas.
Vila Real Festa do Vinho e Produtos Regionais; Feira de Artesanato e Gastronomia.
Vimioso Festival Sons e Ruralidades; Feira das Artes, Ofícios e Sabores.
Feira do Fumeiro; Feira de Produtos da Terra, Mostra de Artesanato e Encontro
Vinhais
Venatório de Agrochão; Feira da Castanha.
2. FEIRAS DE PRODUTOS LOCAIS EM
TMAD

• Atenção
ç dada p
pelos «media» a estas iniciativas
• Assumem um papel preponderante na divulgação;

• Fundamental para o sucesso e rentabilização.


rentabilização
Pense-se em quantos turistas ou investidores atraem as vulgares feiras
semanais/mensais, em comparação com os cerca de 70.000 visitantes da Feira do
Folar de Valpaços ou os 80.000 visitantes da Feira do Fumeiro de Vinhais”

• Algumas das feiras têm organizações muito profissionalizadas


• Em Vinhais, Montalegre e Boticas a estratégia de comunicação é
concebida e monitorizada por agências de publicidade;

• Atingindo-se de forma continuada entre 50 a 100 mil visitantes por


feira.
feira
2. FEIRAS DE PRODUTOS LOCAIS EM
TMAD
• Beraldino Pinto, presidente da CMMC:
• Os produtos vendem-se porque são bons, na matéria-prima, na sua
confecção e apresentação;

• Cliente que fica satisfeito repete a compra, torna-se habitual na feira


e na terra;

• Manter ou melhorar a qualidade é algo que os comerciantes locais


sabem que é essencial;

• O público é cada vez mais exigente;

• Melhorar,, p
para acompanhar
p op
progresso.
g
Aproveitando a exploração dos recursos endógenos tem resultado
desenvolvimento, que atenua a perda de população, decorrente
d êxodo
do ê d rural,l e o envelhecimento,
lh i t causadod pela
l constante
t t
(e)migração dos jovens de sucessivas gerações.
2. FEIRAS DE PRODUTOS LOCAIS EM
TMAD
• A organização é assumida pelos municípios, com colaboração das
gentes e actores locais.

• Mas porque razão, os visitantes vêm de tão longe?


• Na última Feira da Caça e do Turismo, o presidente da Câmara, acabou
por dar a resposta
p p ou p
parte da resposta:
p os p
produtos são bons e as
pessoas ficam satisfeitas.

• Direito a expor nas feiras temáticas


• O comum, ou prática em alguns eventos, é a existência de um convite;

• Os participantes da Feira do Fumeiro de Vinhais podem reservar o seu


espaço para o ano seguinte.

• Também é necessário, em alguns casos, cumprir as regras e requisitos


estabelecidos (Ex: Montalegre).
2. FEIRAS DE PRODUTOS LOCAIS EM
TMAD
Produto
Feira Visitantes Expositores Investimento (mil euros)
(mil euros)
Fumeiro de Montalegre 65.000 > 100 > 1000 100
Porco de Boticas 35.000 60 (outros produtos: 30) 300 -
Fumeiro de Vinhais 80.000 120 – 130 de fumeiro > 1000 -
Folar de Valpaços 70.000 75 (65, em 2006) 1000 75 (90, em 2006)
Mel e Carne de Boticas 20.000 40 150 -
g
Gorazes do Mogadouro 30.000
3 > 100 - -

• O aumento do volume de feiras


• Contribuiu para o aumento do número de produtores e da produção do
fumeiro

• Mais
M i exportação
t ã a nível
í l interregional
i t i l e internacional
i t i l

• Atracção de turistas de todo o país, milhares de espanhóis, mas também do


Centro e Norte da Europa
2. FEIRAS DE PRODUTOS LOCAIS EM
TMAD
• Montalegre
• Cerca de 5 milhões de euros (não apenas receitas provenientes directamente da
feira);

• A hotelaria e a restauração ficam totalmente ocupados;

• Em pouco tempo abriram no concelho cerca de vinte salas de restauração.

• Vinhais
• Actividades ligadas ao fumeiro criam receitas avaliadas em meio milhão de
euros;

• Aumento sequencial do turismo gastronómico e do património;

• Dinamização da
d pecuária - aumento de
d porcas reprodutoras
d ((111 inscritas
i i em
1995 para 634 porcas em 2001).

• Aumento na quantidade de produção do fumeiro estão associados à subsistência


das populações.
2. FEIRAS DE PRODUTOS LOCAIS EM
TMAD

• As feiras:
• Aumentam as receitas directas nos estabelecimentos locais

• Dinamizam o estabelecimento de acordos comerciais;

• Estimulam o retorno aos territórios;

• Impulsionam as actividades agrárias, a indústria, o turismo,


o comércio e os transportes (excursões);

• Promovem troca de saberes entre o urbano/metropolitano e o


rural.
3. A FEIRA DO FUMEIRO E A FEIRA DA
CAÇA E DO TURISMO

• Foram
F realizados
li d inquéritos
i é i aos visitantes
i i e expositores
i de
d 2 feiras
f i
• Feira do Fumeiro de Vinhais
• Realizada em Fevereiro de 2009:

• Organização da Câmara Municipal e da Associação Nacional de Criadores de


S í
Suínos de
d Raça
R Bí
Bísara.

• Feira da Caça e Turismo de Macedo de Cavaleiros, realizada em Janeiro


d 2009
de
• Realizada em Janeiro de 2009;

• O
Organização
i ã da d Câ
Câmara M
Municipal
i i l e da
d FFederação
d ã ddas A
Associações
i õ da d 1ª
Região Cinegética.
A FEIRA DO FUMEIRO DE VINHAIS
• Realiza-se desde 1981, durante 4 dias com um vasto programa de
actividades, exposições, concursos e espectáculos;

• Mais de 80.000 visitantes,

• 130 produtores de fumeiro (20 cozinhas regionais, 5 indústrias)


• Vendidos
V did 550 porcos - Um
U volume
l de
d negócios
ó i dod fumeiro
f i a rondar
d os
550 mil euros - na óptica do autarca local, comprovam a importância da
F i
Feira

• Tasquinhas e restaurantes oficiais;

• Artesanato - privilégio a trabalhos ao vivo e residentes no concelho;

• O espaço Gourmet foi uma novidade da última edição com 40


expositores.
A FEIRA DO FUMEIRO DE VINHAIS

• Eng.
E C
Carla
l Al
Alves considera
id que com o título
í l ded Vinhais
Vi h i CCapital
i ld do
Fumeiro
• O concelho aumenta anualmente o volume de visitantes

• Aumenta o fumeiro vendido

• Aumentam os negócios em geral

• Melhora-se gradualmente o certame

• Há um maior profissionalismo

• Maior rigor no controlo e certificação de todo o fumeiro

• Maior garantia aos consumidores da genuidade e autenticidade destes


produtos.
produtos
A FEIRA DA CAÇA E DO TURISMO
Do programa constavam, entre outros:
• Diversas actividades de caça e lazer;

• Exposição - produtos regionais e gastronómicos,


gastronómicos associações e
organizações locais, operadores de turismo rural, artesãos,
cooperativas
i agrícolas,
í l produtores
d de
d vinho,
i h queijo,
ij doçarias,
d i fumeiro
f i e
comerciantes de produtos para caça e pesca.

• Seminário sobre “Apoios Financeiros no Sector da Caça e do Turismo”

• “Páginas de Caça na Literatura de Trás-os-Montes”, de Pires Cabral.

• Mais de 20 mil pessoas passaram pelo recinto da Feira nesse fim-de-


semana.
semana
A FEIRA DA CAÇA E DO TURISMO
• Certame inaugurado pelo Secretário de Estado do Turismo
• Salientou a importância destas iniciativas para o interior

• Fundamental para valorizar os produtos locais e promover o turismo.

• Presidente da Federação de Caçadores da 1ª Região Cinegética


• Caça e Turismo são duas actividades com grande peso e potencialidades na
economia local e regional.

• Autarca referiu a oportunidade


p de valorizar os dois sectores
• Valorização que tem de ser sustentável, aproveitando o que têm em comum;

• Importante que o turismo e a caça permitam gerar rendimentos às famílias;

• Feira é necessária para mostrar a riqueza e identidade cultural;

• Essencial realizar ao longo do ano actividades que permitam atrair pessoas;

• Fortalecer a economia, criando riqueza e empregos.


3 1 ALGUNS NÚMEROS DOS VISITANTES
3.1.
• Nas duas feiras foram realizados 428 inquéritos aos visitantes
Questão Dados relevantes

A média de idades dos visitantes varia entre 44 anos (Feira da Caça e Turismo) e 46 anos
Idade (Feira do Fumeiro), evidenciando-se o g grupo
p etário entre 40 e 64 anos (52,8% dos
visitantes).

Evidencia-se o peso dos visitantes com ensino superior (33,6%), contudo existe uma
Escolaridade diferença entre as 2 feiras: 38,8% na Feira do Fumeiro e 28,8% na Feira da Caça e
Turismo.

Os comerciantes/empresários representam 16,6% dos visitantes das duas feiras (17,8%


Profissão na Feira da Caça e Turismo e 15,3%
15 3% na Feira do Fumeiro),
Fumeiro) realçando-se
realçando se ainda o peso dos
reformados na Feira do Fumeiro (12,9%).

A maioria dos visitantes vem de fora da região (34,8%), valor mais elevado na Feira do
Fumeiro (40,7%), enquanto 3,3% dos visitantes são estrangeiros. Os visitantes do
Residência concelho representam 32,9% (40,2% na Feira da Caça e Turismo e 25,4% na Feira do
Fumeiro), enquanto 29% são provenientes de outros concelhos transmontanos (27,4% e
30 6% respectivamente).
30,6%, respectivamente)

A maioria dos visitantes (61,7%) visita entre 2 a 4 feiras por ano (58,4% dos visitantes da
Quantas feiras visita
Feira da Caça e Turismo e 65,1% da Feira do Fumeiro).
3 1 ALGUNS NÚMEROS DOS VISITANTES
3.1.
Questão Dados relevantes

Concelhos visita estas 50% dos visitantes apenas frequenta feiras realizadas na região (47,5%
(47 5% na Feira da
feiras Caça e Turismo e 52,6% dos visitantes da Feira do Fumeiro).

60,5% referem os produtos locais e tradicionais e o artesanato como motivo (36,5% na


Feira da Caça e Turismo e 85,6% na Feira do Fumeiro); 50,2% o gosto, interesse,
Porque visita este tipo convívio e a curiosidade (57,1% e 43,1%, respectivamente); 44,9% o turismo, a caça e
d feiras
de f i provas de
d caça ou turismo,
t i l z e passeio
lazer i (40,2%
(40 2% e 49,8%,
49 8% respectivamente);
ti t ) 19,4%
19 4%
referem os familiares e amigos, a identificação com local e região e a cultura
tradicional (13,7% e 25,4%, respectivamente).

61,9%
,9 referem a ppreservação,
ç , divulgação
g ç e valorização
ç produtos locais e mostra de
p
tradições e cultura local (59,8% na Feira da Caça e Turismo e 64,1% na Feira do
Que importância atribui Fumeiro); 48,8% a divulgação, dinamização e desenvolvimento do concelho e da
a estas feiras região (42% e 56%, respectivamente); 35% a atracção de visitantes e promoção e
valorização
l i ã do
d turismo
i (36 1% e 34%,
(36,1% 34% respectivamente);
i ) 11% referem
f o convívio
í i e as
novidades apresentadas (15,5% e 6,2%, respectivamente).
3 2 ALGUNS NÚMEROS DOS EXPOSITORES
3.2.
• Nas duas feiras foram realizados 130 inquéritos aos expositores
Questão Valores relevantes

Evidencia se o grupo etário entre 40 e 64 anos (49,2%),


Evidencia-se (49 2%) sendo 42 anos a média de idades
Idade
dos expositores da Feira da Caça e Turismo e 49 anos nos expositores da Feira do Fumeiro.

39 2% tem escolaridade
39,2% l id d até é ao 1º ciclo,
i l sendo
d 14,3%
14 3% na Feira
F i dad Caça
C e Turismo
T i e 46,1%
46 1%
Escolaridade
dos expositores da Feira do Fumeiro.

27,7% tem como profissão agricultor ou doméstica; 23,1% dos expositores tem como
Profissão
profissão artesão / marceneiro / escultor; 16,9% tem por profissão comerciante / empresário.

Residência 50,8% dos expositores residem no concelho, sendo 22,3% exteriores à região.

33,8% visita 5 ou mais eventos do género por ano; 27,7% frequenta apenas 1 feira por
Quantas feiras expõe
ano e 26,2% entre 2 e 4 feiras.

Em que em 50% expõe apenas no concelho; 33,8% em feiras de todo o país; 9,2% em feiras da região
concelhos expõe de Trás-os-Montes e 6,9% também no estrangeiro.
3 2 ALGUNS NÚMEROS DOS EXPOSITORES
3.2.
Questão Valores relevantes

48 5% expõe produtos regionais e de gourmet (fumeiro,


48,5% (fumeiro vinho,
vinho azeite,
azeite licor),
licor) enquanto
Que produtos expõe
37,7% expõem artesanato e 10% apenas pretendem a divulgação.

% de vendas e As vendas nas feiras representam entre 50-74% das vendas para 26,9% dos expositores;
rendimentos em Para 55,4% dos expositores a venda em feiras de produtos locais representa menos de 25%
feiras do seu rendimento anual.

46 9% referem a necessidade de vender os produtos e obter rendimentos; 45,4%


46,9% 45 4% a
Porque frequenta
divulgação, promoção e obtenção de contactos; 30% o gosto, lazer e convívio; 22,3% a
este tipo de feiras
tradição e ser feira do concelho.

Já teve mais-valias 71,6% dos expositores considera que já teve mais valias para a sua actividade resultantes
com a presença nas da presença nestas feiras, para além das vendas efectuadas durante a feira, enquanto 12,7%
feiras refere que não teve mais
mais-valias
valias e 17,7% não dos expositores inquiridos não respondeu.

66,2% referem a preservação, divulgação, valorização e venda dos produtos locais


Que importância ( b
(obtenção d rendimento);
de d ) 63,1%
6 a divulgação,
d l d
dinamização e desenvolvimento
d l d
do
atribui a estas feiras concelho e da região; 30,8% a atracção de visitantes e a promoção e valorização do
turismo.
4 CONCLUSÃO
4.

• As feiras temáticas numa região como esta são instrumentos através


dos quais a identidade se revela um recurso para o
d
desenvolvimento
l i t dos
d territórios;
t itó i

• Contribuem para despertar o interesse das populações urbanas


de outras regiões por esta região;

• As dinâmicas dos territórios modificam-se


• Aumentar a atractividade externa;

• Alteração do relacionamento urbano – rural.


rural
5 BIBLIOGRAFIA
5.
• Cavaco, C. et al. 1994, Do despovoamento rural ao desenvolvimento local. Direcção-Geral do
Desenvolvimento Regional,
Regional Lisboa.
Lisboa

• Cristóvão, A. 1998, “Em Busca da Esmeralda Perdida? Reflexão sobre o Mundo Rural
Português”. Seminário Mundo Rural e Agricultura, Vila Real.

• Cristóvão, A. (1999), “Valorização de Recursos Naturais: Discursos, Obstáculos e Condições”,


Seminário Estratégias de Valorização de uma Paisagem Cultural: O Vale do Douro, Fundação
Rei Afonso, Zamora.

• Ferrão, J. 2003, "Dinâmicas Territoriais e Trajectórias de Desenvolvimento: Portugal 1991-


2001", Revista de Estudos Demográficos,
2001 Demográficos INE,
INE n.
n 34,
34 pp.
pp 17-25
17-25.

• Figueiredo, E. 1994, “O Espaço Rural em Questão – Contributo para uma Reflexão em Torno do
Conceito de Ruralidade”, Rurália, n. 3, p. 23-31.

• Marques, Hélder 2008, “Porquê (e razões para) a mitificação do campo”, VII Colóquio Ibérico
Estudos Rurais: Cultura, Inovação e Território, Coimbra.

• Marques, T. S. 2004, Portugal na Transição do Século. Retratos e dinâmicas territoriais,


Afrontamento, Porto.
VII CONGRESSO DA GEOGRAFIA PORTUGUESA
TRIUNFOS DE UMA GEOGRAFIA ACTIVA
Desenvolvimento Local, Ambiente, Ordenamento e Tecnologia

Fim

Nuno Azevedo, CEGOT


nazevedo@utad.pt

Coimbra, Auditório da Reitoria, 26 a 28 de Novembro de 2009

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