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Quando chegam os equipamentos em nossa assistência, o primeiro de tudo é escutar com muita atenção o
que o cliente alega estar ocorrendo com seu produto. É muito importante saber ouvir e principalmente
questionar como por exemplo, o que levou a causar tal defeito. Isso ajuda e muito a você partir direto para
um provável local em que esteja o problema do equipamento.
EXEMPLOS
- Um cliente chega em sua loja e diz que seu notebook não liga. Certo, não liga pode ser qualquer coisa,
desde a fonte de alimentação a uma queda ou curto circuito e etc. Perceba que há tantas possibilidades e
cabe a você obrigatoriamente a questionar o que levou a causa raiz do problema.
Perguntas possíveis:
O que levou a causar este defeito? Foi queda, sobrecarga, fonte errada, líquido derramado?
Respostas possíveis:
Meu filho derrubou da cama e parou de ligar!
Estava eu tomando cerveja e derrubei sem querer...!
O cachorro mijou em cima e parou de ligar...!
Não sei!
Quando a resposta é "Não sei", fique com um pé atrás. isto significa que ou o cliente não sabe mesmo ou é
um terceiro que só levou o equipamento e tem aquele que prefere ficar em silêncio, testando você, e aí que
você precisa ter a "malandragem".
Não cabe a mim falar como proceder, pois cada cidade/estado tem uma cultura e isso você deve sacar na
hora quem é honesto e quem não.
- Um outro cliente chega e alega que seu netbook não dá vídeo. A ideia se aplica ao ilustrado acima.
Entretanto, quero deixar minha opinião e experiência com casos de note/netbooks que não dão vídeo.
Primeiro de tudo é verificar o estado do equipamento, a "idade" e se possível procurar saber quem é que
utiliza a máquina. Pode parecer piada, mas não. Existem pessoas que utilizam o notebook no colo, em geral
mais jovens. Tem pessoas que comem enquanto estão navegando. Não dá para tirar muito disso, mas é
possível juntar idade do notebook com a pessoa que utiliza e ter uma noção de que este equipamento sofre
com temperatura em seu grande ciclo de trabalho e temperatura é fundamental para quebra de soldas em
especial chipsets.
O que eu quis dizer é que antes da análise eletrônica, é preciso entender um mínimo do estado "psicológico"
do ciclo do equipamento. Não somos formados em psicologia rsrs, mas é fácil observar estes detalhes e
acabamos nos acostumando. Isso no final fará a você a chegar a um diagnóstico mais preciso e terá grande
chances de não cozinhar um BGA por tentativa e erro.
Ah, jamais devemos esquecer de testar o equipamento na frente do cliente. É de praxe isso. Como disse, há
pessoas leigas que aparecem por aqui a todo tempo.
Se você não testa de "cabo a rabo" preocupe-se com alguma coisa que irá estragar em suas mãos e você
deverá reembolsar ao cliente de preferência sem ele saber rs. Resultado, seu lucro se tornará uma dor de
cabeça.
Bom... feito tudo isso acima e claro com o seu jeito de ser, passamos adiante e em fim a parte eletrônica.
Iniciarei com o tópico falando sobre possibilidades de uma placa não liga. Na sequência, continuarei com
sintomas "sem vídeo".
Cada um tem uma forma de expor e proceder com seus equipamentos. De uma forma ou de outra, o final é
o mesmo.
As dicas a seguir são uma ordem em que conta o tempo e boas práticas de aceitação aos novos técnicos e
novatos, pois requer apenas força de vontade.
Além de exigir ao cliente que te entregue a fonte e bateria originais, tenha a seu dispor peças originais e
compatíveis com as grandes marcas do mercado. Certifique-se de ter tudo funcionando, aferido e de fácil
acesso. Se o cliente não trás por exemplo a fonte, você deve ter uma para não correr o risco de no
momento da entrada do aparelho você nem realizar o teste mínimo. Lembre-se, cliente insatisfeito x 10
técnicos, cliente WINS!
Voltando. Tenha um multímetro com a bateria sempre nova. Técnicos inexperientes acabam realizando
medidas incorretas por este mísero detalhe. É bom ter processadores, memórias, HDs, telas (LCD/CRT),
fontes confiáveis e originais. Não recomendo fontes universais, nunca encontrei uma que fosse 100%
funcional, mas também não é viável ter para cada notebook uma fonte, isto é fora do mundo real. Ter uma
fonte assimétrica é uma mão na roda, mas para quem SABE USAR. Se você não tem curso de eletrônica
médio, nem vou dizer iniciante, é médio, não use a fonte assimétrica. Lembre-se de que partes do circuito
trabalha com PWM e você não pode injetar tensão linear (ah, mas é contínua também... É vai vendo...) e irá
ferrar tudo e vai perder o cliente e pior, o mesmo irá levar em outra assistência e perdeu! Fonte assimétrica
varia de placa para placa, pois cada uma exige um conhecimento de onde injetar tensão e de quanto você
deve injetar. No esquema elétrico costuma mostrar a corrente de cada circuito em OCP (procurar sobre). E
tem gente que injeta tensão de OCP, já era amigo, entrega logo antes que outro problema apareça. Em
resumo, fonte assimétrica é para quem sabe usar, não sabe, não use.
Além disso tudo citado, você terá que ter o restante básico que é fluxo, estanho bom, etc e etc.
Não foi possível diagnosticar o defeito sem ter que abrir o aparelho? Certo, agora é hora de desmontar.
Na parte de desmontagem não tem razões para dizer que é assim ou colá que se faz. Até porque cada
aparelho tem sua particularidade. A única questão é, preocupe-se com descarga eletrostática neste
momento. A carcaça em geral é feita de um material de plástico que é propício a ESD. É por esta razão que
dentro do aparelho existem aquelas fitas metálicas, para que a descarga saia por ali. Então, use jaleco,
pulseira, manta de aterramento e aterre a bancada, mesmo quando está desmontando o equipamento. Você
irá contribuir para o sucesso do seu reparo, te garanto.
Desmontado o aparelho, é aconselhável deixar apenas a placa, processador e memória. Tenha a fonte e a
tela ou monitor externo com fácil acesso.
- placa;
- processador;
- memória;
- fonte ou bateria;
- tela.
Você precisa checar a fonte primária, pois evidente que dali saem todas as outras tensões. Certifique-se de
que a fonte é funcional.
Se a fonte possuir um LED indicador de fonte ligada, sempre verifique se o LED se mantém aceso ou se ele
pisca ou se mantém desligado. Isso indica curto logo na entrada e você certamente não encontrará tensão
em nenhuma parte da placa, exceto na bateria de 3V do CMOS.
Quando isso ocorrer, você deve informar no tópico que a placa está em curto e precisa de ajuda para
encontrar onde possivelmente o curto se encontra. Isto ajuda muito já nas primeiras postagens de quem irá
lhe ajudar a partir direto para as fontes de proteção.
Se a fonte NÃO possui um LED indicador, é necessário medir o MOSFET de entrada ou o fusível caso tenha.
Abaixo exemplos disso:
Ao medir ou no MOSFET de entrada ou fusível e não encontrar a tensão da fonte e verificar que ambos estão
OK, há curto na linha que é alimentada pela fonte primária.
Aqui muita gente sente dificuldade, pois varia de placa para placa a forma como é feita a conversão das
tensões secundárias. Lembre-se, estamos a falar de placa que NÃO LIGA, portanto estamos buscando
tensões que devem aparecer em standby. Em geral são grafadas de VA, VALW, entre outros.
Sempre, buscar as tensões na saía das bobinas (chamadas CHOQUE), pois é dali que a tensão será derivada
ao resto do circuito. Se não possuir o esquema elétrico, identifique as bobinas e vá garimpando até
encontrar as tensões que devem ser 3,3VA e 5VA. Outro importante detalhe é que estas tensões surgem de
um PWM, portanto ao buscar a bobina para medição, localize-se através daquelas que se aproximam de um
CI, em geral do tipo QFN.
Exemplo:
Observe que na figura acima, representa a saída da tensão de 3VA e que este circuito usa diferentes PWMs
para cada saída de tensão, isto é, um PWM para 5VA e outra para 3VA. É bom ficar atento a isto.
Em sua grande maioria, são apenas estas duas fontes principais secundárias que fornecem ao restante da
placa as outras voltagens. Entretanto, existem placas que utilizam alguns sinais a mais para que a placa
ligue, além de utilizar a bateria CMOS como chaveador das outras tensões. Abaixo um caso conhecido:
1) Observe que esta placa utiliza como chaveador a bateria CMOS. Neste caso, nem sempre configura o não
ligar da placa, mas pode ser também que a mesma não suba imagem. É um ou outro.
2) O sinal DD_ON# é aquele que realiza um check e em seguida cai (isso em stand-by). É crucial analisar
quando se tem nas mãos, a sequência de power de qualquer esquema. Se ao contrário, o sinal DD_ON#
ficasse sempre em nível alto, a placa não irá ligar, mesmo tendo as outras tensões como 5VA ou 3VA.
3) Perceba ainda que no detalhe, é informado a tempo em que o sinal "rampa" de um estado a outro. Nisso
matamos que essa sequência nos diz que os 5V "nascem" primeiro e logo em seguida com diferença de
quase 500ms, surge a tensão de 3V. Se houvesse caso de por exemplo faltar a tensão de 3V, certamente a
tensão de 5V ou quem o gera está com avaria.
A partir daqui, entra outro aliado, o osciloscópio. É necessário para que seja feita as medições dos sinais
importantes, como pulsos de BIOS. Vale lembrar que é útil também realizar medições nas fontes de PWM,
pois ali existem frequências necessárias para o funcionamento de FETS, porém este assunto fica para uma
outra oportunidade.
> Pulsos do BIOS. Como aqui já foi dito e temos colegas que já elucidaram de forma simples, vai aí o links
para conferência.
Vídeo do colega @newtech.contato LINK
Vídeo do colega @Gilson Macedo LINK
Importante saber é que o BIOS possui relação íntima com o Super I/O, portanto é necessário analisar
ambos os casos.
Amigos, existe um modo que placas de laptop trabalham e sim, se o BIOS estiver sem funcionalidade, a
placa deixa de ligar, mesmo apresentando todas as tensões. A vale saber que, não é por que o BIOS está
corrompido que é ele que irá não deixar startar a máquina e sim o I/O. Pois é sabido que quem envia
informações ao chipset é justamente o EC. Ao pegarmos e lermos o datasheet de um BIOS conhecido
(LINK veremos que o pino 1 e é chamado de CS - Chip Select (/CS) é um pino que diz ao I/O se tudo está
OK ou não. Se sim, placa liga, se não placa não liga. Quando se tem meio termo, nem é 0 ou 1 (efeito
antena), o I/O não reconhece e não executa nenhuma instrução. É por isso que a placa sem BIOS ou com
ROM corrompido, não starta.
Note que o pino 1 (/CS) não foi englobado ao restante dos pinos I/O, pelo fato de ele controlar o pino DO
(SDO) e ainda, possuir auto-controle. Por isso chama-se FLOAT. A tensão nesse pino varia conforme os
POST que a placa realiza, assim como as formas de onda apresentadas.
Analisando o esquema, percebemos que trata-se do bloco de gerenciamento de power da placa (SPM).
Neste esquema não é dito diretamente (não está escrito) que trata-se do bloco SPM, em outro esquemas
isso as vezes é informado. Mas é fácil perceber isso pelo fato de haver sinais entrando e saindo que se
referem ao gerenciamento de start da placa.
Temos PWRBTN#, PWROK e PWRSW.
Observe sempre o sentido em que o sinal é desenhado, ou ele saí, entra ou ambos.
PWRBTN# (OUTPUT) - refere-se ao sinal que é enviado ao chipset, ou seja, se este sinal estiver OK, significa
que o I/O está OK, chipset com defeito. PS.: Há casos que nos enganam, pois pode ocorre uma
probabilidade de que o chipset esteja matando este sinal ou o próprio I/O. Isso confunde na hora da análise.
Sai mais barato testar antes o I/O do que o chipset rs.
PWROK (OUTPUT) - outro sinal de saída que vai até o chipset, se existir este sinal, I/O está OK.
PWRSW (INPUT) - através da chave liga/desliga este sinal entra no I/O dizendo ao mesmo que a placa foi
startada. Agora, muita atenção neste ponto. NÃO é o I/O que derruba a tensão no momento do start do
botão, esta queda de tensão é dada pela própria chave, ora, a chave esta na posição aberta, ao fechá-la
têm-se um curto momentâneo (leva-se o sinal PWRON#ao 0V) e é por isso que ali a tensão sofre uma
queda. Portanto, o I/O não tem haver com a queda da tensão neste ponto. Entretanto é bom saber que de
acordo com o tempo em que este botão é pressionado, o I/O irá entender como um código e por exemplo,
irá ativar um sistema de carregamento via USB. Algumas placas nota-se isso quando tem apenas a bateria
conectada, há um delay e é necessário que se pressione por mais tempo a chave power.
Chegamos no estágio mais avançado de análise de uma placa que não liga. A partir daqui, é necessário
substituir componentes (sempre do mais barato ao mais caro) e por tentativas. Não esquecendo de
mencionar que, algumas placas mais antigas possuem cristal de clock externo ao I/O, precisa verificar o
mesmo (freq. de 32.768KHz).
Básico de visual
Se você chegou até aqui, é preciso saber que tudo o que foi dito acima, só foi possível pelo fato de você
enxergar. Sendo assim, a primeira coisa que deve ser feita é um visual, minucioso e detalhado. Cada parte
da placa, face top e face bot, procurar por componentes carbonizados ou estranhos, sujeiras em demasia,
líquidos que causaram oxidação e se possível saber a origem. O visual em placas de cliente final é tão
importante quando realizar manutenção.
Ainda, checar:
- jack DC/DC;
- flat cables e pinagem em geral;
- dobradiças que passam cabos;
- encaixe e fixação de memórias e processadores;
- tensão da bateria CMOS;
- eliminar periféricos (DVD, HDD, wireless, etc);
- com uma lupa, verificar por dentro de conectores como HDMI, RJ45, USBs, etc.
Essas siglas identificam tensões no circuito, mas no contexto daquele circuito (esquema) em específico.
Quando essa siglas estão no datasheet de um componente aí é outra coisa, porquê elas estão definindo
características do componente.
VDD -> é referente a alimentação dos circuito digitais, que basicamente utilizam MOS-Fets, então VDD=
tensão de Dreno. Também pode ser chamada extra-oficialmente de Vcore. Normalmente quando dizemos
“tensão do processador” estamos nos referindo à tensão VDD.
VDDNB -> Esta é a tensão usada pelo controlador de memória integrado no processador, pelo controlador
HyperTransport do processador e pelo cache de memória L3 do processador (se disponível). Esses
componentes são coletivamente chamados “NB” ou “North Bridge” ou “Ponte Norte” pela AMD. Nos
processadores AMD até o soquete AM2 as tensões VDD e VDDNB são as mesmas.
VDDA -> seria para área com sinais digitais, como osciladores, geradores de clock, Esta é a tensão usada
pelo circuito multiplicador de clock do processador, audio e outros. Também chamado PLL (Phase-Locked
Loop)
VDDP -> tensão do controlador de vídeo, chamadas de “VDDP Voltage”, “IGD Voltage” ou “IGP Voltage”.
VDDM ou VDDIO -> Esta é a tensão usada pelos sinais do barramento da memória. Esta é a famosa
configuração da “tensão da memória” que pode ser encontrada com diferentes nomes tais como “DIMM
Voltage”, “DRAM Voltage”, “Memory Over-Voltage”, “VDIMM Select”, “Memory Voltage”, “DDR PHY”, etc. O
valor padrão desta opção é 1,8 V para memórias DDR2 (SSTL_1. ou 1,5 V para memórias DDR3
(SSTL_1.5).
VTT-> Tensão usada para alimentar os terminadores resistivos dentro dos chips de memória. Por padrão ela
é configurada como metade da tensão VDDIO.
VLDT-> Tensão usada pelos barramentos HyperTransport do processador. Esta tensão é referenciada como
“HT Voltage”, “HT Over-Voltage”, “NB/HT Voltage” e nomes similares. O valor padrão desta opção é 1,2 V.
VCore : A tensão de alimentação do núcleo de um chip "importantes" como o seu CPU ou GPU, normalmente
não é o Northbridge. Mais freqüentemente usado para indicar voltagem da CPU.
VDD :. A tensão de alimentação para o seu chip Northbridge ou a tensão de alimentação dos buffers de
entrada e lógica do núcleo de seus chips de memória (principalmente em placas gráficas)
VDDQ : A tensão de alimentação para os buffers de saída de um chip de memória.
VRef : Tensão de referência para as linhas de entrada de um chip que determina o nível de tensão em que o
limiar entre uma lógica 1 e uma lógica 0 ocorre. . Geralmente 1/2 VDDQ.
INTRODUÇÃO
O intuito deste material é auxiliar no diagnóstico de falhas que podem ocorrer com o chipset norte de um
notebook. Além disso, por meio das análises e testes, podemos entender o funcionamento dos blocos dos
quais são pertinentes ao chipset norte. O importante, a saber, é que como cada peça não é auto eficiente,
ou seja, necessita de algum fator externo, seja ele automático ou manual, haverá sempre um dado
momento em que será necessário informar tais pontos para que o estudo em questão faça sentido.
Ao entender cada bloco de funcionamento deste chipset em que serão elaborados os estudos a seguir,
poderá contribuir para qualquer outro modelo, desde que haja similaridade entre as gerações. A cada versão
ou implementação, haverá algo a somar, mas que não irá interferir na análise quando o princípio de
funcionamento permanece o mesmo. Tendo em vista que as famílias de chipset da Intel são projetadas
conforme seus processadores, fica evidente que a relação entre as modificações se comparados com a AMD,
por exemplo, difere-se no mais notável quesito, a sua nomenclatura. Por mais que um chipset detenha de
uma tecnologia diferente na teoria, não quer dizer que na prática seja algo tão diferente. Podemos perceber
isto claramente pela concorrência entre as duas patentes, mas que ao usuário final tais diferenças só serão
notadas em aspectos bem restritos de teste. Isto também é fatídico ao usuário que pretende conhecer o seu
funcionamento, isto é, aquele que realiza testes e análises, onde o princípio da teoria como já dito
diferencia-se à sua nomenclatura. É claro que é preciso notar que haverá algum sinal ou dispositivo que
realiza alguma função específica, como virtualização que nos modelos Intel funciona de uma forma e na
AMD de outra, mas isto não interferirá na análise teórica sabendo que cada fabricante utiliza meios
diferentes para se chegar um fim comum.
A diversificação de chipsets às vezes torna a análise um tanto individual, se notar que o processo de
funcionamento é sempre o mesmo, não ficará difícil entender e descobrir falhas ou encontrar pontos
importantes que são cruciais para pesquisa de outros defeitos que como já dito, um chipset sozinho não é
nada, precisa trabalhar em conjunto com sinais, tensões, resets e clocks para que haja uma interação
coerente e funcione, assim como é para qualquer ramo da eletrônica e talvez para qualquer atividade non-
eletrônica. A última consideração a expor e que não menos importante, é ter em mente que certas etapas
necessitam de testes mais avançados e por este fato, podem deixar de serem explicadas da forma
convencional. Certos sinais só são acreditados seguindo pelo que determina o fabricante, pois não podemos
mensurar ou por motivos de inacessibilidade ou mesmo por haver necessidade de um equipamento
exclusivo que faça uma medição real.
Se levarmos em conta todas as tensões que o chipset possui, a análise ficaria demasiadamente extensa. De
maneira simplificada e sabendo que destas tensões principais são originadas outras tensões secundárias,
mas não de menores importâncias, temos, a saber, três tensões: 3,3V que alimenta a parte do bloco de
CRT, 1,5V que alimenta blocos de controle de memória, 1,8V que alimenta circuitos responsáveis pelo
gerenciamento da saída LVDS e 1,05V que é a principal tensão do chipset norte, que alimenta todos os
outros blocos restantes.
Toda alimentação pertencente ao chipset norte é externa, significa que chipset não converte nem
transforma nenhuma tensão, para fins de análise isto nos leva a perceber que se houver falta ou alteração
de tensão em qualquer ponto de alimentação do chipset, devemos procurar fatores externos que estão
causando o problema. Não podemos excluir que chipsets defeituosos podem ocasionar falhas de tensão, mas
nunca devemos pensar que por algum motivo há defeitos com a parte de alimentação devido ao
componente, tendo a certeza de que o mesmo esteja em condições normais. Um exemplo disso é
percebermos curtos em linhas que alimentam o chipset, se houver qualquer defeito de curto entre balls
(esferas), isto é defeito mecânico, portanto não se deve a culpa ao componente. Outro ponto é se mesmo
não forem detectadas falhas mecânicas, o componente esta seriamente avariado e deverá ser substituído
tendo em mente que o problema não fora causado por falhas não ligadas ao chipset.
TENSÃO DE 3,3V
Começamos pela tensão menos presente no chipset norte. Esta tensão alimenta em geral as partes gráficas,
como CRT, LVDS. Conforme parte do esquema abaixo, vemos claramente que a tensão de 3,3V alimenta o
bloco que fica responsável pela saída CRT.
Nesta outra parte do esquema vemos que a mesma alimentação, é responsável pelo funcionamento de uma
das partes do circuito LVDS.
CASOS DE ANÁLISE
Devemos ter em mente sempre que uma tensão de larga escala na placa estiver com problemas, seja sua
ausência ou qualquer defeito, a placa deixa mesmo até de iniciar (ligar). Levando essa consideração,
pensemos que a placa esteja alimentada com 3,3V, mas suponhamos que há problemas na parte de CRT.
Após verificar o mais básico possível, analisar todos os pontos não pertencentes ao chipset norte, aí
podemos passar a nos questionar e verificar os pontos a ponte norte.
Seguindo o raciocínio da Figura 2, devemos buscar na entrada da bobina B8 a tensão de 3,3V. Se tivermos a
tensão presente ali naquele ponto, presume-se de que até aquele ponto está como mando a regra. Mas se a
partir dali não há mais tensão, temos duas suposições. A primeira delas mais comum é de que a bobina B8
está em aberto e a segunda é de que algum capacitor ou até mesmo o chipset esteja matando a tensão
naquele ponto. Concluindo a análise destes pontos podemos determinar a causa do problema. A próxima
etapa é verificar se não há defeito com o bloco. Perceba que durante a leitura do esquema há sempre uma
nomenclatura interna e a externa, sendo a interna do fabricante do chipset e a externa do fabricando do
esquema, o qual define as suas próprias nomenclaturas que varia de um para outro. A Figura 4 exibe em
detalhes.
Analisando estes pontos e verificando cuidadosamente cada etapa do bloco, ficará fácil identificar o defeito e
o causador.
Deve-se ainda procurar no esquema outros pontos que fazem parte da alimentação de 3,3V, apresentamos
apenas alguns exemplos para que se possa ter noção dos pontos alimentados por esta tensão.
TENSÃO DE 1,5V
Além de ser a tensão principal de alimentação das memórias, a tensão de 1,5V ainda alimenta os blocos de
áudio de alta definição e partes do bloco de CRT. Uma observação importante a adiantar aqui é que sim, a
ponte norte pode ser responsável por falhas de áudio HDA (High Definition Audio), o que geralmente se
pensa é que a principal função e controle de áudio ficariam ao encargo da ponte sul. Mas se pensarmos um
pouco, quando instalamos os drivers de vídeo, geralmente acompanha no pacote de áudio de alta definição,
que o mais comum utilizado é o HDMI. Portanto, não confundir com áudio analógico (ponte sul), aquele que
sai nos speakers internos do notebook. Estamos falando de áudio de alta qualidade que caminha lado a lado
de uma imagem de alta resolução, então não adianta você instalar os drivers de áudio HDA, para utilizar os
autofalantes do equipamento que é estéreo de baixa qualidade.
Em questão de análise, é bastante simples identificar problemas correlacionados à tensão de 1,5V, uma vez
que ausente, a placa deixa de apresentar vídeo. Cabe ao técnico identificar fatores externos e internos que
causem a deficiência do sinal. Como é formado por centenas de capacitores de desacoplamento que podem
vir a constituir numa dor de cabeça caso um único venha a apresentar defeito.
Não caberia aqui falar sobre outros componentes como o regulador de tensão de 1,5V ou até mesmo a
memória, mas que antes de tudo, é o princípio básico de análise, excluir-se qualquer dúvida, mesmo que ela
seja a mais insignificante.
TENSÃO DE 1,8V
Esta tensão é utilizada para alimentar o bloco responsável pelo circuito de saída digital, o LVDS. Antes de
tudo, não confundir com as tensões de alimentação do display LCD ou LED, uma coisa não tem nada a ver
com a outra. Seguindo, a tensão de 1,8V se encarrega por alimentar o circuito que vai formar a imagem em
si no display, é como se fosse o CI scaler de um monitor LCD, logicamente muito mais complexo. Mas a
função é praticamente a mesma, transformando os bits em imagens na tela.
Concluímos que se houver algum problema com este circuito, a tela provavelmente irá acender, mas não irá
apresentar imagem coerente, apesar de poder aparecer algum tipo de imagem surreal.
CASOS DE ANÁLISE
Apesar de ser um circuito bastante simples, quando se encontra falha de imagem no display LCD ou LED,
como tela com chuvisco, falta da imagem, cores alteradas ou a falta de alguma cor, podemos ver que este
bloco do circuito é responsável por tais defeitos. O mais comum é a tela com chuvisco. Mais uma vez reforço
em dizer que excluído qualquer componente externo, neste caso a tela, aí sim partiremos para o chipset.
Enfim, tela com chuvisco logo nos vem à cabeça, interferência, ruído, e o que nos resolve estes males
externos são os capacitores de filtro. Dando uma explicação rápida a isto, o que é muito importante saber,
capacitores de filtro são aqueles que barram frequências indesejadas. Levando ao pé da letra, qualquer
coisa pode criar um ruído, até mesmo a batida do seu coração está provocando uma frequência, pois o
mínimo de movimento que se faça para deslocar o ar constitui-se uma frequência, por mais que ela seja
próxima de zero. Enfim, como estamos a falar de eletrônica, cabe dizer que qualquer ruído fará com que
haja oscilação no circuito e quando mais sensível for, mais prejudicial será. Assim, para eliminarmos estes
ruídos, inserimos capacitores de filtro, que em geral são da ordem de micro Faraday. Já os capacitores de
desacoplamento, são aqueles que funcionam como baterias ultrarrápidas, que salvam o seu chipset de
qualquer falta de alimentação repentina. Isso acontece porque a fonte que gera as tensões não é e nunca
será perfeita, ela terá momentos em que deixará de produzir tudo o que sempre oferece, mas é questão de
pico segundo, mas que o chipset sente abruptamente e neste caso os capacitores de desacoplamento estará
ali para salvar este dado momento para que não ocorra perda de dados vitais, que se percebermos estes
capacitores são da ordem de pico Faraday, descarregam-se extremamente rápido.
É claro que nem sempre os capacitores resolvem este problema, mas para atenuar, os fabricantes do
chipset, criaram um ball específico para que estes ruídos saiam para o terra da placa, aí está mais uma
importante observação a se fazer quando a soldagem das esferas na placa. Não podemos esquecer de que,
a placa como um todo é um emaranhado de circuitos todos gerando interferências, assim quanto melhor for
o aterramento da carcaça, da tampa da tela, melhor será a descarga destes lixos eletrônicos. Não é a toa
que uma placa mãe é dotada em sua maioria de pinos terra.
TENSÃO DE 1,05V
A tensão mais importante é a de 1,05V. Ela está presente em toda a placa e inclusive no chipset norte em
grande escala. Responsável por alimentar a maioria dos blocos, esta tensão ainda é responsável por manter
funcionando DMI e FSB.
Em geral, existe sempre uma bobina que passa esta tensão, por isso é fácil verificar junto ao esquema por
onde entra esta tensão e analisar possíveis bobinas danificadas. Podemos notar que a impedância medida
neste ponto é baixa, isto porque é necessária uma corrente alta para manter o funcionamento pesado com
que este chipset faz com o processador. Há ainda pontos em que a corrente deve ser baixa, mas resolve-se
isto com resistores. Com resistores encontramos outro tipo de problema. Caso haja a falta de um, por
exemplo, algum bloco deixará de funcionar ou até mesmo queimar. É bastante penoso encontrar defeitos
nesta linha, por ser demasiada grande, cabe ao técnico decidir.
Bom, já sabemos que as memórias são alimentadas basicamente por dois tipos de tensão, 1,5V e 0,75V
para DDR3 e 1,8V e 0,9V para DDR2. A seguir, iremos expor o que nos é permitido, pois muitos circuitos
são inacessíveis ou precisam de algum equipamento específico para que seja possível determina-los.
Existem muito tipos de sinais provenientes da memória e chipset, não nos cabe dizer quais são e quais suas
funções afinal não somos projetistas (ainda), então precisamos saber apenas que eles existem e executam
funções importantes.
SINAL DE ENDEREÇAMENTO
Os sinais SA_MA ou SA_MB que se estende do 0 ao 14 servem para endereçar e mapear cada slot de
memória, sendo de 0 a 7 para um slot e de 8 a 14 para outro slot. Os endereços equivalem sempre aos seus
respectivos endereços, ou seja, nunca mudam. O importante saber aqui é que estes endereçamentos são de
controle do chipset como se pode ver na Figura 9.
Observe o sentido em que a flecha está apontando para a direita, quer dizer que é sinal de saída. Se fosse
ao contrário, flecha apontada para a esquerda seria sinal de entrada e por último se fosse uma flecha
bidirecional, seria sinal de E/S respetivamente. Válido para sentido de saída à direita do bloco se for à
esquerda, ficará as posições invertidas.
O interessante a observar em relação a estes sinais é que eles são de comunicação direta entre chipset
norte e módulo de memória não existem capacitores em suas linhas, portanto qualquer falha em algum
destes sinais é necessário a troca do chipset ou verificação de trilhas, o que geralmente é interno (camadas
do PCBA).
Ao medirmos a tensão nestes pontos, perceberemos que com o módulo de memória encaixado, a tensão é
igual à de VTT, e se medirmos sem o módulo, perceberemos que será a metade de VTT. Isto nos dá ideia de
que se houver algum problema com o módulo de memória, teremos certeza medindo tais pontos e
encontrarmos a tensão igual à metade de VTT. Outra possibilidade seria de que os pinos do slot estejam
gastos e assim não dando contato com o módulo de memória, sendo necessária a substituição ou limpeza do
mesmo.
Aqui temos os sinais responsáveis por assegurar o funcionamento de duas memórias simultâneas.
Chamados de SA_DQ para o slot A e SB_DQ para o slot B. Cada sinal interliga-se funcionando como
paridades entre os módulos de memória assim sendo os dois slots trabalham juntos fornecendo capacidade
dobrada para o equipamento. Portanto quem define se é ou não dual-channel é o chipset e não o módulo de
memória. Não adianta eu falar aqui sobre compatibilidade, frequência ou marca de memória, o que devemos
saber é que o chipset suporta tecnologia de duplo canal, mas é preciso ter em mente que para que isto
ocorra é necessário seguir algumas regras, se não sua placa irá funcionar em single-channel.
Para focarmos em análise, precisamos saber que cada barramento possui capacidade de 64 bits para cada
memória. Se percebermos bem, cada slot trabalha com 64 bits em single-channel. Para dual-channel temos
128 bits para um par de memórias em paralelo de mesmas características. Sendo assim teremos o dobro de
eficiência.
Ao observarmos a Figura 10, notamos que há 64 sinais dispostos para formar uma possível união com outro
slot de memória, somando mais 64 sinais.
Os defeitos associados a estes sinais é claramente o funcionamento da placa em single-channel. Cada
memória trabalhará por conta própria, enquanto que uma estaria escrevendo dados e a outra estaria lendo,
neste caso estariam fazendo a tarefa em dobro o que é inversamente proporcional ao tempo, sistema
operacional mais lento, a famosa tela azul do Windows, travamentos inesperados, etc. Assim como já
citado, os defeitos aqui podem ser esferas em aberto no chipset ou trilhas rompidas na placa. Esta
comunicação é direta sem passagem de capacitores pelo caminho, sendo necessária a troca do componente.
Para detectar falhas neste bloco do circuito, na tela de SETUP do BIOS podemos verificar se o sistema
detecta single-channel ou dual-channel. Se há certeza de que as memórias instaladas são do mesmo tipo e
que ambas estão em pleno funcionamento, o problema estará no chipset norte. Mas como ter certeza total?
Muito simples, medir pino por pino seguindo o esquema e verificar possíveis curtos ou pontos em aberto.
Simples, mas trabalhoso.
Além dos sinais citados acima, ainda temos mais um grupo que também configura a parte de canais do
módulo de memórias. São SA_DQS e seu complemento SA_DQS#. Portanto, para fins de análise é
necessário também verificar estes 14 pontos.
Por último temos os terras e clocks. Chamados VSS, que são terras simultâneos entre módulo de memória e
chipset norte, do qual o chipset efetua análise internas. Os clocks são gerados pelo MCH em função do
gerador de clock principal.
SINAL DE MÁSCARA DE DADOS E ARMAZENAMENTO ENCAPSULADO
Basicamente estes sinais servem com empacotadores de sinais e também como bloqueio de pacotes de
dados defeituosos.
A fim de analise, esta parte do circuito irá interromper a comunicação entre o chipset e módulo de memória,
neste caso, ocasionando falha de vídeo, pois haverá falta de dados importantes entre chipset e memória.
Notemos que tais sinais são de saída. Isso nos auxilia a determinar falhas que possam vir a ocorrer neste
circuito. Para encontrar falhas nestes pontos, ao medirmos a tensão nos respectivos pinos, devemos
encontrar oscilação de tensão (em mili volts) , pois como dito, são sinais que transferem dados à memoria.
Quando medimos a tensão nestes pontos e não encontramos variação de tensão, significa que não está
havendo comunicação entre memória e chipset e ainda, não está havendo processamento de dados
culminando falha do processador, o que deixa a tensão em nível alto, pois o chipset está enviado informação
completa ao módulo de memória. Quando a tensão está em nível baixo, pode significar que o chipset não
encontrou a memória no slot e por isso não há transferência de dados.
Os chipsets ainda utilizam uma técnica chamada Bank Switching ou Bank Select. São sinais que selecionam
um pacote específico de memória para enviar ao processador. Para entender melhor sugiro a leitura
deste artigo. Qualquer problema relacionado a este circuito, teremos instabilidade, travamentos e algo
curioso: memórias defeituosas com o aquecimento devido ao uso, quando se atinge uma temperatura e os
chips do módulo de memória estão com defeito, apresentam as famosas ondas na tela e o travamento do
sistema.
SINAIS DE COMANDO
Para finalizarmos os sinais de memória, temos ainda três importantes sinais: SA_RAS#, SA_CAS# e
SA_WE#.
SA_RAS# e SA_CAS# servem para que o processador trabalhe com os dados de acordo com a posição que
necessita num dado momento, assim quando a memória detêm um valor X e o processador busca este
valor, RAS e CAS permitem e facilita este trabalho, assim como quando não é mais necessário tal valor, o
processador irá até aquele ponto da memória e poderá excluí-lo. SA_WE# é o gerenciador de ambos os
sinais citados.
Aqui temos o ponto de comunicação entre processador e chipset norte. Por meio destes sinais, podemos
determinar a eficiência de um aparelho. Devemos saber que tais sinais funcionam como E/S, numa mesma
linha temos mais de uma informação sendo transportada do chipset ao processador e vice-versa.
Processadores que trabalham com estes chipsets da série 4, possuem uma largura de até 64 bits.
Não é fácil identificar problemas nestas linhas, pois muitos sinais não passam por ponto de testes (ilha de
interligação de trilhas), ou são trilhas internas. É bom saber que a tensão é de 1,05V. Problemas nestes
pontos somente a troca do chipset ou algum problema com solda no socket. O defeito é sem vídeo, já que é
a partir destes sinais são informados dados vitais ao processador.
Felizmente, podemos determinar se o problema é de fato no bloco HOST, por uma tensão de referência que
é a metade da alimentação do bloco.
Neste mesmo bloco temos um sinal muito importante, o H_CPURST#. Este sinal determina que todos os
estados de tensões e sinais são válidos. Este sinal trabalha diretamente com um sinal do ICH, PLT_RST ou
PCI_RST. Ambos os sinais trabalham com uma tensão diferente, para o H_CPURST# 1,05V e para o
PLT_RST 3,3V. Em conclusão temos que a falta de PLT_RST não irá ativar o estado de H_CPURST#.
Temos os sinais de endereçamento conectado ao processador. É apenas sabido que quando o processador
está em nível alto, estes sinais entram no chipset, quando o processador está em modo de espera, estes
sinais são direcionados ao chipset norte.
Assim como para detectar defeitos no bloco de barramento, no bloco de endereçamento não é diferente.
Precisamos medir a tensão de referência, segundo a Figura 16.
Os sinais H_DINV#, H_DSTBN#, H_DSTBP#, H_REQ# e H_RS# definem o tipo e velocidade de transferência
de dados. Vale lembrar que cada um desempenha funções similares, mas individuais. Algum problema em
qualquer um deles dará ao processador a informação incorreta de dados e não apresentará imagem. Ainda,
pontos em aberto no socket podem ocasionar as mesmas falhas.
Todo equipamento trabalha em harmonia para efetivo funcionamento. O mesmo acontece com o
gerenciamento de tensão, que sincroniza tensões de trabalho para que haja funcionamento perfeito. Em
geral, o chipset norte recebe e transmite informações de gerenciamento diretamente com a ponte sul
(Controller Link), enquanto que a sul recebe informações do I/O, através de sinais lógicos e sinais SMBUS.
Inevitavelmente como o intuito deste material é informar procedimentos e interesses que tangem a ponte
norte, não serão discutidos sinais que são mais relevantes a outros componentes.
Há uma série de combinações que indicam ao chipset norte que todas as tensões de trabalho estão válidas.
Umas dessas informações passam pelo CI de controle de VCORE, pois é lá que será verificado se as tensões
estão reguladas a fim de providenciar o estado positivo do processador. Temos então o sinal que entra no
chipset norte chamado PWROK, indicando ao mesmo tempo em que o CI e o processador estão com níveis
de tensão aceitáveis. Portanto, para fins de análise, temos um sinal emitido do CI controlador de VCORE ao
MCH. Daí pensemos, se houver a falta deste sinal há um problema entre processador e controle de VCORE,
lembrando que, apesar de esta tecnologia possuir uma tensão fixa para valor de VCORE, podemos encontrar
tensões diferentes dependendo do processador em que o CI está a controlar.
Importante é saber que está sequência de sinais e tensões segue uma lógica que no caso é o ICH (ponte
sul) informa ao processador através de CPUPWRGD, em seguida o MCH informa ao processador através de
CPURST, que por sua vez o CI de controle de VCORE recebe do processador sinais VID e envia novamente
ao MCH o sinal PWROK.
O bloco de alimentação do MCH é bastante extenso, mas fácil de ser analisado. Bastando apenas termos o
esquema em mãos, procuramos sempre na parte onda há as tensões de alimentações de cada bloco que é
responsável por específicos sistemas do chipset. Como a primeira coisa a fazer é medir tensão, procuramos
o bloco que estamos querendo analisar e assim podemos determinar se há falha ou não. Por exemplo,
queremos medir o bloco responsável pelo circuito LVDS, via esquema procuramos pela nomenclatura do
fabricante do componente sempre pelos prefixos VCC, VCCA, VCCD ou VTT.
Semelhante ao processo de FSB, o DMI é comunicação entre ponte sul e ponte norte, dos quais trocam
informações em uma taxa de velocidade muito mais elevada do que, por exemplo, se comparado ao modo
PCI. As frequências são fixas em 100MHz e esta linkagem garante maior estabilidade de um sistema.
Portanto se há alguma falha de desempenho, pode estar atribuída a DMI, porém como estas linhas
trabalham em conjunto, a falta de uma delas ocorrerá falhas em todo o sistema. Detectar falhas será
necessário encontrar a frequência correta e verificar se a mesma não apresenta variações fora da tolerância.
Vimos na PARTE II que o chipset norte é responsável pelo áudio de alta definição, pois está intimamente
ligado com gráficos de alta resolução que o MCH suporta chamado HDMI. Assim como o CODEC de áudio
principal está para ICH, o CODEC HDMI está para MCH. Na pratica o funcionamento é semelhante. A
diferença é que o CODEC HDMI além de trabalhar com áudio ainda trabalha com a saída de vídeo.
Podemos detectar falhas neste circuito ao medir a frequência de 24MHz e 48KHz que o CI juntamente com a
tela HDMI informam ao MCH.
Notamos que tais sinais são de entrada, pois é gerado no ICH, obviamente o sinal de áudio é formado pela
ponte sul. Agora, sinal de áudio em alta definição é atribuído ao MCH. É como se fosse uma espécie de
amplificador, no qual pega um sinal de baixa qualidade e transforma em um sinal de áudio mais completo.
Disto tiramos uma conclusão final e muito importante, se não temos áudio na placa, primeiro passo é
verificar o ICH. Se não temos áudio de alta definição verificamos o MCH.
O sistema HDMI funciona como uma placa de vídeo num computador desktop. A analogia é a mesma, pois
utiliza o barramento PCI-E para manipular imagens de alta definição, uma vez que a taxa de velocidade para
que haja alto desempenho é necessariamente alta. Para simplificar, é como se fosse um slot PCI-E integrado
ao chipset. A grande vantagem é que o consumo de potência é muito menor se comparado a uma placa de
vídeo.
Buscamos defeitos nestas linhas através do já citado CODEC HDMI que é a interface entre o MCH.
Importante saber que o processo é semelhante a DMI, em que há taxa de transmissão e recepção. O CODEC
HDMI funciona com uma tensão de 5V, já os sinais HDMI do MCH são bits, portanto a tensão é
extremamente baixa. Note que há capacitores de filtro por todas as linhas antes de entrar no CI, pois como
dito, são sinais binários e para não haver perdas por ruídos externos são colocados estes filtros antes do CI,
para efetuar a correta análise, é preciso verificar a tensão de referência do mesmo.
A Figura 22 mostra sinais LVDS.
CLOCKS e DATA/BRILHO
CLOCKS/DATA
Existem dois tipos de clocks neste caso, positivo e negativo e controles de data positivos e negativos. Para
fins de analise, temos que estes dois grupos são responsáveis pela imagem em si. As tensões nestes pontos
são baixas devido à tecnologia LVDS. O que costuma acontecer é que ou o sinal entra em curto ou a falta de
clocks ou mesmo ponto em aberto no chipset. É importante saber que nestas linhas corre tanto a
combinação de cores, vsyn e hsync. Sugiro uma leitura no que diz respeito ao LVDS.
A Figura 23 ilustra o bloco CRT.
É fácil perceber que os sinais CRT_BLUE, CRT_GREEN e CRT_RED compõem as cores para saída VGA. A falta
de uma destas cores provoca falhas determinadas de acordo com a combinação restante. Um detalhe é que
se todas falharem a cor será tela branca já que o tubo de cinescópio ou backlight do LCD estarão acesos.
Assim como acontece no LVDS, no CRT os sinais DDC_CLK e DDC_DATA tem a mesma aplicação. A
diferença é que os sinais CRT_HSYNC e CRT_VSYNC são explícitos e podem ser medidos diretamente e
determinam a posição da imagem. A detecção de problemas aqui é semelhante ao lidado com uma
televisão.
Acredito que o pessoal menos experiente ainda apanha um pouco na hora de diagnosticar se um teclado
sem funcionar é defeito no próprio teclado ou na placa mãe.
Como não vi nenhum tutorial sobre o assunto decidi dar uma forcinha pra quem ainda tem dificuldade.
O teclado da maioria dos notebooks é uma matriz burra de contatos onde a combinação de determinados
contatos na matriz é interpretada pelo super io e codificada como a tecla que vc pressionou.
A dica é simples: retire o teclado suspeito e com um multímetro na escala de corrente vc vai fazendo
pequenos "curtos" aleatórios entre 2 pinos do conector do teclado na placa mãe e com algum programa de
texto aberto, seja num live cd ou no próprio sistema da máquina se estiver entrando você verá as letras
sendo "digitadas".
Pode ser usado um programa específico com teste de teclado como o PC-Doctor mas um bloco de notas já
resolve.
Se não aparecer nada vc já pode ter certeza que o problema é na placa. Trilhas, capacitores ou até o SIO
defeituoso e evita a compra desnecessária de um teclado!