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vou começar falando das peças e dos temas que entram em seu conteúdo

lembrem sempre que o endereçamento é para o juiz do trabalho, não juiz


de direito e não há comarca

qualificação. temos que ter, além da documentação básica, o nome da


mãe, a data de nascimento e CTPS e PIs, pois isso é instrução do TST

CCP o problema da oab nunca vai te falar sobre a ccp. É JUSTAMENTE PRA
VC ESQUECER DE COLOCAR

assim, não esqueça de colocar que a orbigatoriedade da passagem é


inconstitucional. isso demonstrará atualidade pro examinador

quanto aos refflexos, não se esqueçam deles hein

sempre peçam os reflexos nas verbas contratuais ( 13o., férias +1/3, DSR
e FGTS)
as rescisórias são ( aviso prévio, saldo de salário, 13o. proporcional, férias
proporcionais +1/3 e multa de 40% sobre o FIGUETS)

a multa do art. 477, par. 8o. da CLT é pra pedir sempre que pedir
verbas rescisórias, salvo se elas forem decorrentes de rescisão
indireta (justa causa do EMPREGADO – 483)

a multa do 467 (VERBAS RESCISÓRIAS INCONTROVERSAS) é pra


pedir sempre que pedir verbas rescisórias, até mesmo se elas
forem provenientes de rescisão indireta(justa causa do
EMPREGADO – 483), mas... só se a rescisão indireta for por atraso
salarial, pois esta é a única verba incontroversa.

gente, não vamos confundir os reflexos com as próprias verbas hein. os


reflexos pedimos quando requeremos algo que integra a remuneração...

já, as verbas rescisórias propriamente ditas, só serão pedidas quando


requeremos rescisão indireta (justa causa do EMPREGADO – 483)ou
quando o problema trouxer esta necessidade, ou seja, quando o problema
falar que o empregado foi demitido e nada recebeu

CUIDADO COM O PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA E HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS. não se esqueçam que isso é um pedido, ou seja, só deve
ser requerido quando o problema trouxer esta necessidade

a sumula 219 do TST entende que honorários no processo do trabalho só


cabem quando o reclamante estiver assistido por advogado ... sindicato de
classe e tiver insuficiência financeira

DICAS DE TEMAS PARA AS QUESTÕES DISCURSIVAS. Vamos revisar o que


nos vimos na 1ª semana de aula no LFG! Com base na última prova, que
foi realizada pela FGV, notei a preferência pelo Processo do Trabalho nas
questões discursivas. O Direito Material é mais cobrado na peça
profissional. Foram cobrados casos práticos, sendo que cada questão tinha
dois ou três itens para serem respondidos. Assim, se a instituição manter
essa linha, serão cobrados casos prático-profissionais, com 10 a 15
perguntas. Vamos ao Estudos!

ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO

O art. 112 da CF traz a figura dos JUÍZES DE DIREITO INVESTIDOS EM


JURISDIÇÃO TRABALHISTA. Assim, a lei criará as Varas do Trabalho
podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos
juízes de direito. Da respectiva sentença, será cabível a interposição de
RO. Conforme a Súmula 10 do STJ, INSTALADA A VARA DO TRABALHO,
cessa a competência do Juiz de Direito em matéria trabalhista, ainda que o
processo esteja em fase de execução (competência absoluta – exceção ao
princípio da perpetuatio jurisdictionis – art. 87 do CPC).

Isso já caiu mais de uma vez na 2ª Fase! TOME CUIDADO!!!

O PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ (art. 132 do CPC) não é


aplicável às Varas do Trabalho (Súmula 136 do TST).
COMPETÊNCIA TERRITORIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Conforme o art. 651, caput, da CLT, a ação trabalhista deverá ser ajuizada
no LOCAL DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, sendo o empregado reclamante
ou reclamado, independentemente do local da contratação. Caso o
empregado preste serviços em mais de um lugar, prevalece o
entendimento de que o foro competente será o do ÚLTIMO LOCAL de
prestação dos serviços. CUIDADO com caso prático envolvendo esse tema!

No caso de EMPREGADO AGENTE OU VIAJANTE COMERCIAL, a ação


trabalhista deverá ser ajuizada no local em que a empresa tenha agência
ou filial e a esta o empregado esteja subordinado. NA FALTA, a ação
deverá ser ajuizada no lugar do domicílio do empregado ou na localidade
mais próxima.

Na hipótese de EMPRESA QUE PROMOVA A REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE


FORA DO LUGAR DA CONTRATAÇÃO (“empresa viajante”), a ação
trabalhista poderá ser ajuizada no lugar da contratação ou na localidade
de prestação dos serviços.

A Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar ações


envolvendo lides ocorridas em agência ou filial no estrangeiro, desde que
não haja convenção internacional em sentido contrário. Nesse caso, as
regras de direito processual aplicáveis serão as brasileiras e as regras de
direito material a serem aplicáveis serão as do país da execução do
contrato – Súmula 207 TST (princípio da “lex loci executionis”).

Caiu Competência Internacional da Justiça do Trabalho na última prova!


COMPETÊNCIA MATERIAL E PESSOAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO.

Leia com atenção o art. 114 da CF, com redação dada pela EC 45/2004,
que ampliou significativamente a Competência da JT!

A Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar as ações


oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público
externo e da Administração Pública direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

A Justiça do Trabalho NÃO tem competência para processar e julgar as


ações que envolvam qualquer RELAÇÃO DE ORDEM ESTATUTÁRIA OU DE
CARÁTER JURÍDICO-ADMINISTRATIVO (ADI 3.395-6).

Prevalece o entendimento de que a Justiça do Trabalho NÃO tem


competência para julgar AÇÃO DE COBRANÇA DE HONORÁRIOS DE
PROFISSIONAL LIBERAL CONTRA CLIENTE (Súmula 363 do STJ).

A Justiça do Trabalho NÃO tem COMPETÊNCIA CRIMINAL, mesmo nos casos


de crimes contra a organização do trabalho e crimes contra a
administração da Justiça do Trabalho (ADI 3.684-0 – liminar).

A Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar ações que


envolvam EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE (art. 114, II, da CF). MUITO
CUIDADO COM A PRÓXIMA!

A Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar as AÇÕES


POSSESSÓRIAS que envolvam o exercício do direito de greve, desde que
relacionadas aos trabalhadores da iniciativa privada. É o teor da Súmula
Vinculante 23 do STF. Estou apostando nesse tema.

A Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar as AÇÕES


SOBRE REPRESENTAÇÃO SINDICAL, ENTRE SINDICATOS, ENTRE
SINDICATOS E TRABALHADORES E ENTRE SINDICATOS E EMPREGADORES.

A Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar o


MANDADO DE SEGURANÇA, O HABEAS CORPUS E O HABEAS DATA,
quando o ato questionado envolver matéria sujeita à jurisdição trabalhista.

A Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar as ações


relativas às PENALIDADES ADMINISTRATIVAS IMPOSTAS AOS
EMPREGADORES PELOS ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE
TRABALHO.

A Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar a


EXECUÇÃO DE OFÍCIO DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS previstas no art. 195,
I, a e inciso II da CF.

Agora vamos para a grande TESE que vimos na semana passada!

TESE DO DANO MORAL - A Justiça do Trabalho tem competência para


processar e julgar as AÇÕES DE INDENIZAÇÃO POR DANOS PATRIMONIAIS
OU MORAIS decorrentes da RELAÇÃO DE TRABALHO (art. 114, VI, CF e
Súmula 392 do TST).

A Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar as ações


de indenização por DANOS MATERIAIS, MORAIS OU ESTÉTICOS oriundos de
ACIDENTE DE TRABALHO movidas pelo empregado contra o empregador
(Súmula Vinculante 22 do STF).
Fundamentação do dano moral: art. 5º, incisos V e X da CF; arts. 186 e
927 do CC (aplicados subsidiariamente ao Direito do Trabalho por força do
art. 8º, parágrafo único, da CLT).

Proibição da revista íntima nas mulheres – art. 373-A, inciso VI, da CLT

Prevalece o entendimento da proibição da revista íntima também aos


homens – art. 5º, caput e inciso I, da CF. Interpretação analógica com base
no princípio da igualdade (isonomia ou paridade de armas)

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS do procedimento sumaríssimo (arts.


852-A a 852-I da CLT): Prevalece o entendimento na doutrina e na
jurisprudência de que a observância do procedimento sumaríssimo é
obrigatória. VALOR DA CAUSA acima de 2 até 40 salários mínimos.
Prevalece o entendimento de que o advento do procedimento
sumaríssimo NÃO REVOGOU o procedimento sumário.
Dessa forma, temos 2 PROCEDIMENTOS TRABALHISTAS CÉLERES: o
procedimento sumário (dissídio de alçada) e procedimento sumaríssimo.
Abrange apenas os DISSÍDIOS INDIVIDUAIS.

Não é aplicado para dissídios coletivos.

NÃO é aplicável para a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, AUTÁRQUICA E


FUNDACIONAL.

Todavia, é aplicável quando figurar como parte EMPRESAS PÚBLICAS e


SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. CUIDADO: a FGV já cobrou isso em
concursos

A reclamação trabalhista deverá preencher 2 REQUISITOS ESPECÍFICOS,


além dos tradicionais que vimos em sala de aula: - PEDIDO CERTO OU
DETERMINADO, devendo indicar o valor correspondente (PEDIDO
LÍQUIDO), TOMEM CUIDADO COM OS CÁLCULOS TRABALHISTAS.

o autor deverá indicar corretamente o NOME E O ENDEREÇO DO


RECLAMADO, NÃO sendo cabível CITAÇÃO POR EDITAL.

Se NÃO forem observados esses requisitos, a reclamação trabalhista


deverá ser ARQUIVADA e o reclamante será condenado ao pagamento das
CUSTAS sobre o valor da causa. Isso é muito interessante para cair na
prova. ATENÇÃO!

A CONCILIAÇÃO poderá ser tentada em qualquer fase de audiência.

Todas as PROVAS serão produzidas na audiência de instrução e


julgamento, ainda que não requeridas previamente.

Sobre os DOCUMENTOS apresentados por uma das partes manifestar-se-á


imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo
absoluta impossibilidade, a critério do juiz.
As TESTEMUNHAS, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão
à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.
Só será deferida INTIMAÇÃO DE TESTEMUNHA que, comprovadamente
convidada, deixar de comparecer. Dessa forma, deverá ser demonstrada
judicialmente a PROVA DO CONVITE PRÉVIO. Isso também é muito bacana
para cair na 2ª Fase. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz
poderá determinar sua imediata CONDUÇÃO COERCITIVA.

Muita gente mandou dúvidas sobre a prova pericial no procedimento


sumaríssimo. Vamos ao seu estudo!

Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será


deferida PROVA TÉCNICA, incumbindo ao JUIZ, desde logo, fixar o prazo, o
objeto da perícia e nomear perito. As PARTES serão intimadas a
manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias.

O RECURSO DE REVISTA somente será cabível em 2 hipóteses: se o


acórdão do TRT contrariar a CF ou Súmula do TST. Se contrariar OJ, não
cabe.

INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE

O INQUÉRITO JUDICIAL é a ação de conhecimento, de procedimento


especial, que visa a resolução do contrato de trabalho de alguns
empregados estáveis através da comprovação judicial de falta grave por
eles cometida. Endereçamento: LOCAL DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
(art. 651 da CLT).

Empregados estáveis que GOZAM dessa proteção:

- estáveis decenais: arts. 492 e 494 da CLT;

- dirigentes sindicais (titulares e suplentes): art. 8º, VIII, da CF; art.


543, § 3º, da CLT, Súmula 379 do TST e Súmula 197 do STF;

- diretores de sociedades cooperativas (apenas titulares, não


abrangendo suplentes – OJ 253 da SDI-1/TST): art. 55 da Lei
5.764/71;

- representantes dos empregados membros do Conselho Curador do


FGTS (titulares e suplentes): art. 3º, § 9º da Lei 8.213/91;

- representantes dos empregados membros do Conselho Nacional da


Previdência Social (titulares e suplentes): art. 3º, § 7º, da Lei
8.213/91;

- representantes dos empregados membros da Comissão de


Conciliação Prévia: art. 625-B, § 1º, da CLT (posição majoritária).

Esses são os casos práticos de utilização do inquérito judicial.


Empregados que NÃO GOZAM da proteção do inquérito judicial:

- cipeiro; gestante e acidentado.


PRAZO do inquérito judicial: decadencial de 30 dias, contados da
suspensão do empregado (arts. 494 e 853 da CLT / Súmula 403 do STF /
Súmula 62 do TST).

TESE DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL

Estudem com atenção a TESE DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL, muito cobrada


em 2ª Fase:

FUNDAMENTAÇÃO BÁSICA: art. 461 da CLT e Súmula 6 do TST

Aquele que pede a equiparação salarial: PARAGONADO, EQUIPARANDO.

Aquele em face de quem é pleiteada a equiparação salarial: PARADIGMA /


MODELO / EQUIPARADO.

REQUISITOS ou PRESSUPOSTOS da equiparação salarial:

- IDENTIDADE DE FUNÇÃO.
- TRABALHO DE IGUAL VALOR (igual produtividade + mesma
perfeição técnica + entre pessoas cuja diferença de tempo de
serviço na FUNÇÃO não for superior a 2 anos.

Na análise do trabalho igual, conta o tempo de serviço na FUNÇÃO e não


no emprego. A equiparação salarial só é possível se o empregado e o
paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as MESMAS
TAREFAS, NÃO IMPORTANDO se os cargos têm, ou não, a MESMA
DENOMINAÇÃO (aplicação do princípio da primazia da realidade).

- MESMO EMPREGADOR. Recente decisão do TST afastou a


equiparação no caso de empresas pertencentes ao mesmo grupo
econômico.

- MESMA LOCALIDADE. O conceito de mesma localidade refere-se ao


mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente,
pertençam à mesma região metropolitana.

- INEXISTÊNCIA na empresa de QUADRO DE PESSOAL ORGANIZADO


EM CARREIRA. Nesse caso, será observada a promoção, que deverá
obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento,
alternadamente, dentro de cada categoria profissional.

Só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando


homologado pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), excluindo-se,
apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito
público da Administração direta, autárquica e fundacional aprovado por
ato administrativo da autoridade competente.

O TRABALHADOR READAPTADO em nova função por motivo de deficiência


física ou mental atestada pelo INSS NÃO servirá de paradigma. Caiu isso
na última 2ª Fase. Lembram?

É DESNECESSÁRIO que, ao tempo da reclamação sobre equiparação


salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento,
desde que o pedido se relacione com situação pretérita (SIMULTANEIDADE
ou CONTEMPORANEIDADE).

A CESSÃO DE EMPREGADOS não exclui a equiparação salarial, embora


exercida a função em órgão governamental estranho à cedente, se esta
responde pelos salários do paradigma e do reclamante.

Presentes os PRESSUPOSTOS do art. 461 da CLT, é IRRELEVANTE a


circunstância de que o DESNÍVEL SALARIAL tenha origem em DECISÃO
JUDICIAL que beneficiou o paradigma, exceto se decorrente de VANTAGEM
PESSOAL, de TESE JURÍDICA SUPERADA pela jurisprudência de Corte
Superior ou, na hipótese de EQUIPARAÇÃO SALARIAL EM CADEIA, se não
demonstrada a presença dos requisitos da equiparação em relação ao
paradigma que deu origem à pretensão, caso arguida a objeção pelo
reclamado.

Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a


equiparação salarial de TRABALHO INTELECTUAL, que pode ser avaliado
por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos. Essa
também seria uma questão bacana de 2ª Fase, envolvendo 2 advogados,
professores etc.

É do empregador o ÔNUS DA PROVA do fato impeditivo, modificativo ou


extintivo da equiparação salarial (art. 818 da CLT e art. 333 do CPC,
aplicado subsidiariamente ao Processo do Trabalho por força do art. 769
da CLT).

Na ação de equiparação salarial, a PRESCRIÇÃO é parcial e só alcança as


diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o
ajuizamento

DEFESA (RESPOSTA) DO RECLAMADO

TEORIA GERAL

Fundamento constitucional: art. 5º, LV, CF – princípios do contraditório e


da ampla defesa. Com fulcro no art. 847 da CLT, aberta a audiência
trabalhista, não havendo acordo, o reclamado poderá apresentar a sua
DEFESA ORAL no prazo de 20 minutos, após a leitura da reclamação
trabalhista, quando esta não for dispensada por ambas as partes. A praxe
forense consagrou a DEFESA ESCRITA.

O art. 799 da CLT prevê as EXCEÇÕES DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA e DE


SUSPEIÇÃO. Os arts. 297 e ss. do CPC são aplicados subsidiariamente ao
Processo do Trabalho por força do art. 769 da CLT. Lembrem da DICA que
dou sem sala de aula: o estudo do Processo Civil é fundamental para a
compreensão do Processo do Trabalho!

Assim, temos 3 ESPÉCIES básicas de defesa do reclamado: a


CONTESTAÇÃO, as EXCEÇÕES (DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA, DE
SUSPEIÇÃO E DE IMPEDIMENTO) e a RECONVENÇÃO. Todavia, prevalece o
entendimento na doutrina e na jurisprudência de que esse ROL é
meramente EXEMPLIFICATIVO, existindo outras espécies de defesa
(resposta): impugnação ao valor da causa, intervenções de terceiro
provocadas (nomeação à autoria, denunciação da lide e chamamento ao
processo), reconhecimento da procedência do pedido, ação declaratória
incidental, impugnação ao benefício da justiça gratuita etc.

O art. 299 do CPC estabelece que a CONTESTAÇÃO e a RECONVENÇÃO


deverão ser oferecidas em peças autônomas e simultaneamente.

Já a EXCEÇÃO será processada em apenso aos autos principais.

No PROCESSO DO TRABALHO, a doutrina e a jurisprudência admitem a


apresentação da CONTESTAÇÃO e da RECONVENÇÃO em uma ÚNICA
PEÇA, bem como da EXCEÇÃO no bojo da contestação. Fundamentos: jus
postulandi (art. 791 da CLT e Súmula 425 do TST), princípios da
celeridade, da simplicidade, da informalidade e da oralidade que informam
a ciência processual laboral. Queridos alunos, que estão se preparando
arduamente rumo à aprovação! TOME CUIDADO: o ideal é fazer peças
autônomas, mas uma única peça poderá ser a saída na prova.

CONTESTAÇÃO

É a principal defesa do reclamado. É regida por 2 princípios: princípio da


impugnação específica e princípio da eventualidade.

O PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA, também chamado de


PRINCÍPIO DO ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA, estabelece
que compete ao réu impugnar especificadamente cada fato afirmado pelo
autor na petição inicial. Fato não impugnado torna-se incontroverso,
havendo a presunção relativa (juris tantum) de veracidade. Dessa forma, a
doutrina aduz que não é cabível a contestação por negativa geral (regra).

O PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE, também conhecido como


PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DE DEFESAS, estabelece que compete
ao réu trazer toda a matéria de defesa no bojo da contestação. Dessa
forma, não é cabível a contestação por etapas.

TODA A MATÉRIA DE DEFESA significa: defesa processual + defesa


indireta de mérito + defesa direta de mérito.

CUIDADO: o conhecimento dessa teoria é fundamental na hora da


elaboração de sua contestação e a respectiva concatenação de ideias.

DEFESA PROCESSUAL: é a defesa em que o réu alega algum vício ou


defeito processual. São as famosas PRELIMINARES DE CONTESTAÇÃO
previstas no art. 301 do CPC.

PRINCIPAIS PRELIMINARES TRABALHISTAS:

INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL: principalmente falta de pedido ou de


causa de pedir (arts. 295, I e § único, inciso I; 267, I, CPC).
CARÊNCIA DE AÇÃO: ausência de uma das condições da ação
(possibilidade jurídica do pedido, interesse processual e legitimidade das
partes). Vale lembrar que o CPC de 1973 (Código Alfredo Buzaid) adotou a
TEORIA ECLÉTICA DE ENRICO TULLIO LIEBMAN nas condições da ação.

Na área trabalhista, tomem cuidado com a ILEGITIMIDADE PASSIVA AD


CAUSAM. Por exemplo, quando o reclamante ajuíza reclamação trabalhista
diretamente contra o sócio da empresa antes da aplicação da Teoria da
Desconsideração da Personalidade Jurídica (Teoria da Penetração).

INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA. Exemplo: ação de cobrança de honorários


advocatícios movida pelo advogado pessoa natural em face do cliente
(com fulcro na Súmula 363 do STJ, vem prevalecendo o entendimento da
competência da JUSTIÇA COMUM ESTADUAL).

DEFESA INDIRETA DE MÉRITO: o réu reconhece o fato constitutivo do


direito do autor, mas alega a existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor. A defesa indireta de mérito está intimamente
relacionada com as REGRAS DE DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA
(art. 818 da CLT e art. 333 do CPC, aplicado subsidiariamente ao Processo
do Trabalho por força do art. 769 da CLT).

FATO IMPEDITIVO: despedida do empregado por justa causa; ausência


de um dos requisitos cumulativos da equiparação salarial etc.

FATO MODIFICATIVO: a empresa reconhece a prestação de serviços do


obreiro, mas apenas na qualidade de trabalhador autônomo ou eventual.

Lembrando: temos 5 REQUISITOS CARACTERIZADORES DA RELAÇÃO DE


EMPREGO (ELEMENTOS FÁTICO-JURÍDICOS): pessoa física (natural),
pessoalidade (infungibilidade ou intuitu personae), não eventualidade
(habitualidade), onerosidade e subordinação jurídica.O TRABALHADOR
AUTÔNOMO não é empregado por ausência de subordinação jurídica. Os
TRABALHADORES EVENTUAIS e os AVULSOS não são empregados por
ausência de habitualidade (não eventualidade).

FATO EXTINTIVO: prescrição, decadência, compensação etc.

DEFESA DIRETA DE MÉRITO: é a defesa por excelência, na qual o réu


nega o fato constitutivo do direito do autor. Exemplo: a empresa nega a
prestação de horas extras pelo empregado com a juntada aos autos do
cartão de ponto.

COMPENSAÇÃO

Trata-se de uma das espécies de DEFESA INDIRETA DE MÉRITO (FATO


EXTINTIVO). É uma forma indireta de extinção das obrigações. As
obrigações extinguem-se até onde se compensarem.

Amparo legal: arts. 368 e seguintes do CC.

Ocorre quando autor e réu ostentam a condição de credores e devedores


simultaneamente.
No Processo do Trabalho, a compensação está prevista no art. 767 da CLT.
Somente poderá ser alegada como MATÉRIA DE DEFESA. Assim, não
poderá ser conhecida de ofício pelo magistrado trabalhista. A
compensação somente poderá ser alegada no bojo da CONTESTAÇÃO
(Súmula 48 do TST). A compensação está restrita a DÍVIDAS DE NATUREZA
TRABALHISTA (Súmula 18 do TST).

PRESCRIÇÃO TRABALHISTA

A prescrição é a perda da pretensão de reparação do direito violado pela


inércia do titular no decurso do tempo.

CUIDADO: a prescrição atinge a PRETENSÃO, que é a exigência de


subordinação de um interesse alheio a um interesse próprio. Dessa forma,
o direito material permanece intacto.

Amparo legal: art. 7º, XXIX, da CF e art. 11 da CLT.

A EC 28/00 trouxe a IGUALDADE DE PRAZOS PRESCRICIONAIS ENTRE OS


EMPREGADOS URBANOS E RURAIS. Portanto, houve a derrogação do art.
11 da CLT. Prevalece o entendimento na doutrina e na jurisprudência de
que os prazos previstos no inciso XXIX do art. 7º da CF também são
aplicáveis aos EMPREGADOS DOMÉSTICOS.

O art. 7º, XXIX, da CF traz DUAS REGRAS BÁSICAS sobre prescrição


trabalhista:

PRESCRIÇÃO QUINQUENAL: 5 anos na vigência do contrato de trabalho.

PRESCRIÇÃO BIENAL: 2 anos após a extinção do contrato de trabalho.

A Súmula 308, I, do TST aduz que os 5 ANOS ANTERIORES são contados do


AJUIZAMENTO DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA e não da extinção do
contrato de trabalho.

RECONVENÇÃO

Amparo legal: arts. 315 a 318 do CPC, aplicados subsidiariamente ao


Processo do Trabalho por força do art. 769 da CLT.

É o CONTRA-ATAQUE DO RÉU em face do autor na mesma relação jurídica


processual.

NATUREZA JURÍDICA: ação (posição majoritária).

PARTES: reconvinte x reconvindo (reclamado reconvinte x reclamante


reconvindo).

A reconvenção deverá ser CONEXA com a ação principal ou com o


fundamento de defesa. Exemplo: devolução de equipamento da empresa.

Se o autor está atuando na qualidade de SUBSTITUTO PROCESSUAL


(legitimidade extraordinária), NÃO é cabível a reconvenção por parte do
réu. Exemplo: atuação do sindicato como substituto processual.
ANDRÉ PÃES

GENTE a primeira coisa que estão me perguntando muito é sobre o início


das frases nas peças. É comum mesmo ter dificuldade para iniciar. Assim,
em seguida, bolei algumas “expressões condutoras de raciocínio” para vcs
utilizarem no começo das frases. Assim, em seguida, bolei algumas
“expressões condutoras de raciocínio” para vcs utilizarem no começo das
frases:

Em primeiro lugar / Em primeiro momento / De Plano / A princípio / Em


seguida / Depois / Finalmente / Em linhas gerais / Nesse passo / Em geral /
Neste momento Desde logo / Em última análise / Por sua vez / Outrossim /
A par disso / No caso em tela / De fato / Em verdade / Como se nota /
Como se viu / Com efeito / Como vimos / Como já mencionado / Como
supra descrito / Daí por que / Por isso / Portanto / É óbvio, pois, /
Destarte / Em suma / Por conseguinte / Por fim / Finalmente / Por tais
razões / Finalmente / Por todo o exposto / Em síntese / Enfim / Assim /
Consequentemente / Sequer / Exceto / Sendo / Apenas / Tão somente /
Vale lembrar / De modo geral / Inobstante a isso / De outra face /
Entretanto / No entanto / Por outro lado / Cumpre observar que / Como se
depreende / Convém ressaltar, outrossim, / Não se pode olvidar / Como
há de se verificar / Não há que se falar / Convém ressaltar / Mister se faz /
Ressalte-se / Saliente-se / É certo que / Todavia / Contudo / Porém /Em
suma.

quanto as peças, vamos começar com INQUÉRITO JUDICIAL- (NOSSO


SONHO DE CONSUMO) mesmo após o encerramento da estabilidade
decenal com a C.F. 88, substituída pelo regime do FGTS, a juris agora é
pacífica que o inquérito só cabe para demitir o dirigente sindica. caiu até
uma pergunta na 1a. fase nesse sentido, lembram?

Como elaborar a peça:

Dirigir à Vara do Trabalho. Falar do prazo - decadencial de 30 dias, 853 da


CLT e sum. 403 do STF. Falar da suspensão (isso não é inventar dado, pois
só pode ser proposto o inquérito se suspender o empregado). Caracterizar
a falta grave e pedir a rescisão do contrato por justa causa (é o único
pedido do inquérito). Testemunhas até 6 – tem valor da causa.

TUTELA E CAUTELAR

EM AMBAS TEM QUE TER O PERIGO DA DEMORA, MAS... A TUTELA SEMPRE


SERÁ O PEDIDO PRINCIPAL E A CAUTELAR SEMPRE PEDIDO ACESSÓRIO –
VER AS PEÇAS 18 E 19DO LIVRO DE PRÁTICA. NA TUTELA TEM PROVA
INEQUÍVOCA E NA CAUTELA A FUMAÇA O BOM DIREITO. EM AMBAS SE
PROCURA A OBTENÇÃO DE MEDIDA LIMINAR. No caso da cautelar, se
incidental ela deve ser proposta onde o processo estiver correndo. É por
isso que na peça do livro ela é proposta no TRT, pois o processo principal
está lá.
CONTESTAÇÃO

Juntamente com a contestação podem ser argüidas algumas preliminares


e exceções, dentre as quais destacamos:

- INEXISTÊNCIA OU NULIDADE DA CITAÇÃO (Art. 301, I, CPC) B) Inépcia da


Inicial (Art. 301, III do CPC) C) Litispendência (Art. 301, § 3º).

pelo amor de deus. não procurem pelo em ovo. NÃO SÃO TODAS AS
CONTESTAÇÕES QUE TEM PRELIMINARES. ALIÁS, SÃO POUCAS

- EXCECÕES (Art. 799 da CLT): É o ato pelo qual a parte denuncia


vícios ou impedimentos do processo. São elas:

a) De Incompetência - absoluta - relativa – esta deve ser feita em


peça apartada, antes da defesa. só a relativa que tem que ser
feita em peça apartada pra OAB. a absoluta vem na própria
contestação, como uma preliminar tem ainda a exceção de
suspeição (art. 801 da CLT) e a de impedimento, que apesar da
CLT não se manifestar. aplicamos o CPC subsidiariamente

MÉRITO Prescrição - PELO AMOR DE DEUS, PRESCRIÇÃO É MATÉRIA DE


DEFESA, NÃO É PRELIMINAR, NEM PRELIMINAR DE MÉRITO.

b) Compensação c) Impugnação ao valor da causa d)Reconvenção –


deve ser feita em peça apartada, após a defesa.

PRA FINALIZAR - quero lembrar que ante o princípio do informalismo, estas


peças que falei em apartado na prática podem ser feitas junto com a
contestação; mas na OAB não hein. as que falei devem ser feitas em
apartado tá???

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