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OSMP 14 Abr - Jano Molina - Proverbios 9:1-6

“A sabedoria já edificou a sua casa, já lavrou as suas sete colunas. Já sacrificou as suas
vítimas, misturou o seu vinho e já preparou a sua mesa. Já deu ordens às suas criadas, já anda
convidando desde as alturas da cidade, dizendo: Quem é simples volte-se para aqui. Aos faltos
de entendimento diz: Vinde, comei do meu pão e bebei do vinho que tenho misturado. Deixai
os insensatos, e vivei, e andai pelo caminho do entendimento.”

Na Bíblia temos o desenvolvimento da história das duas sementes apresentadas em Gênesis:


a semente da serpente e a semente da mulher. Bem no início da narrativa bíblica, Deus
inspirou Moisés para registrar como a semente da serpente, os filhos de Caim, construíram
uma cidade, declarando sua autonomia de Deus e rejeitando a promessa de cuidado que Deus
tinha feito para Caim só por graça e misericórdia. Por sua vez, a semente da mulher, os filhos
de Set, perante a realidade da sua fraqueza, começaram a invocar o nome do Senhor.

Este paralelismo atravessa a história bíblica. Muitas vezes parecia que a semente da serpente
estava prestes a acabar com a semente da mulher, mas Deus sempre guardava um remanente
fiel. Sempre, por obra divina, a semente da mulher conseguia avançar, mesmo com as
mordidas da serpente.

Neste provérbio podemos distinguir essa continuidade da narrativa das duas sementes. Por um
lado, temos a sabedoria que faz um convite aos necessitados: “vinde, comei do meu pão e
bebei do vinho”. Por outro lado, dos versículos 13 a 18, a insensatez também faz um convite:
“Vinde todos… A água roubada é doce, e o pão que se come escondido é saboroso!”
Parece que estamos frente de uma escolha, mas se reconhecemos a Bíblia como um todo,
perceberemos que a cada vez que a Bíblia fala dos sábios, dos justos, ela está falando daquele
remanente fiel, do seu povo eleito, dos seus escolhidos. Isso fica claro no paralelismo entre
sábios e o escarnecedor, entre os versículos 7 a 9.

Mas nos versículos 10 e 11, Salomão apresenta o eixo do provérbio: “O temor do Senhor é o
princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento”. Não há possibilidade
nenhuma de conhecer o Senhor se o Senhor não se revelar.

Jesus disse: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair”. Aqueles que o
Pai atrai, somente eles podem chegar a conhecer Deus. São eles que se reconhecem pobres
de espírito, os que choram por seu pecado, os que são humildes e querem realmente ser
instruídos em sabedoria e ciência do Santo. São eles os que comem o pão e o vinho. São eles
que respondem sabiamente em humildade as palavras de Jesus: Venham a mim, todos os que
estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo
e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso
para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Oremos. Deus e Pai celeste. Traz-me junto a Ti e faz-me humilde e sábio no poder do Espírito.
Não quero deixar nunca de comer do pão e beber do vinho, para lembrar que teu Filho veio
para esmagar a serpente, e me alimentar até o dia em que o Filho virá para acabar para
sempre com a semente do mal. Oramos em nome de Jesus, nosso Redentor. Amém.

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