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VEGETAÇÃO
São José dos Campos está dentro do bioma da mata atlântica, habitat de
diversas espécies de animais silvestres, entre mamíferos, aves, répteis e anfíbios,
como lobo-guará, sagui-da-serra-escuro, jaguatirica, onça-parda, lontra, veado
Imagem 1 - Limite administrativo do Município de São José dos Campos, seus Imagem 2 - Delimitação da Região Oeste e seus confrontantes mateiro, serpentes e o ameaçado de extinção gavião-pega-macaco.
Municípios limítrofes e suas regiões geográficas Fonte: GeoSanja – Acessado em: 22/10/2020 A Região Oeste de São José dos Campos está inserida no perímetro urbano
Fonte: GeoSanja – Acessado em: 22/10/2020
da cidade, portanto grande parte de seu território foi desmatado para a
implantação dos loteamentos. Ainda assim, existe uma grande Área de Proteção
GEOLOGIA Imagem 5 - Cartas Topográficas do IBGE com cotas de nível atingindo 690
metros do nível do mar nas colinas à norte e 550 metros na planície do Rio
Imagem 6 - Delimitação das áreas de risco alto (em vermelho) e muito alto
(em roxo) nas quadras do Jardim das Indústrias Ambiental da várzea do Rio Paraíba do Sul, mas a maior parte do seu território
Paraíba do Sul ao centro Fonte: GeoSanja – Acessado em: 24/10/2020
De acordo com o Relatório São José em dados (2016) há uma grande diversidade de rochas na extensão territorial Fonte: Autores (2020} também foi desmatada por conta da exploração agropecuária. As principais
de São José dos Campos. O Serviço Geológico do Brasil - Superintendência Regional de São Paulo (2006), com apoio da áreas florestadas na Região Oeste são fragmentos florestais nas margens do Rio
Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do Estado de São Paulo executou o Projeto Carta Geológica do
HIDROGRAFIA Paraíba do Sul e a área do Parque Ribeirão Vermelho no Urbanova.
Brasil ao Milionésimo - Programa Geologia Brasil, de onde derivou o mapa da Geologia do Estado de São Paulo que São José dos Campos é o maior Município da bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, que se estende pelos estados No restante de São José dos Campos o cenário se repete. A maior parte das
delimita as diferentes formações geológicas no estado. A Carta Geotécnica do Município de São José dos Campos foi de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O Rio Paraíba do Sul resulta da confluência dos rios Paraibuna e Paraitinga áreas florestadas estão fragmentadas nas margens dos rios. Mesmo possuindo
elaborada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT (1996) e incorporado ao Banco de Dados Geográfico do na cidade de Paraibuna e percorre 1.150 km até sua foz em São João da Barra, Estado do Rio de Janeiro, passando por atualmente a preservação permanente da faixa de mata ciliar garantida por lei,
Município e delimita as porções de solo na extensão territorial da cidade. Através dessas fontes foi possível identificar as São José dos Campos transversalmente, se iniciando na Região Oeste (imagem 7), e seguindo pelas regiões Norte e Leste historicamente foram realizados desmatamentos nas áreas adjacentes ao rio.
formações rochosas, demonstradas na imagem 3, e os tipos de solo da região oeste de São José dos Campos, até o Município vizinho de Caçapava. Portanto, mesmo sendo considerada área de preservação permanente, não
demonstrado na imagem 4. As águas da bacia do Rio Paraíba do Sul são usadas principalmente para abastecimento, diluição de esgotos, possui muito de meio ambiente à se preservar nos locais. Muito dessa ausência
irrigação e geração de energia hidroelétrica. Também há o uso voltado para pesca, aquicultura, recreação e navegação, de vegetação no entorno do Paraíba se dá por conta da constante exploração
mas esses usos são em cidades mais próximas à foz, na Região de São José dos Campos as águas do Paraíba do Sul são minerária da região, com as cavas de areia que pouco obedecem a legislação que
poluídas principalmente pela exploração mineral (cavas de areia) em Jacareí. regulamenta suas atividades.
Sendo a principal drenagem do Município, na Região Oeste o Rio Paraíba do Sul recebe águas de afluentes à sua
margem direita, do rio Comprido e do córrego Vidoca (elementos de limite da Região Geográfica), de grande importância ANÁLISE SWOT
pois drenam as águas da malha urbana da cidade, trechos das regiões Sul, Centro e do Município limítrofe Jacareí.
O Instituto Geológico (2017) calculou o perigo de inundação das bacias do estado de São Paulo a partir de atributos Fatores Internos - Forças Fatores Internos - Fraquezas
das unidades básicas de compartimentação (UBC) e dividiu o grau de perigo em seis classes de P0 a P5, onde P0
representa uma probabilidade nula a quase nula de ocorrência de inundação e P5 a probabilidade máxima de ocorrência. Preservação do meio ambiente com a Existência de áreas de risco de
Na Região Oeste a maior extensão territorial está enquadrada no grau de risco P0, e na planície aluvial do Rio Paraíba há proibição da extração de areia; baixo escorregamento; áreas de cavas
ocorrências de graus P2 e P, conforme delimitado na imagem 8, não havendo grandes riscos de inundação. risco de inundação desativadas sem uso