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Como o Big Data revolucionará a

agricultura que conhecemos hoje?


17 de Abril, 2020 | por Bruno Guerra

As ferramentas de análise de dados podem ajudar a determinar as mudanças


necessárias para manter os rendimentos e atender às demandas de alimentos

Na agricultura, o Big Data é frequentemente visto como uma


combinação de tecnologia e análise que pode coletar e compilar novos
dados e processá-los de uma maneira mais útil e oportuna para ajudar
na tomada de decisões. A mineração de dados é o processo de
computação de descoberta de padrões em grandes conjuntos de
dados, envolvendo métodos na junção de inteligência artificial,
estatísticas de Machine Learning e sistema de banco de dados.

O principal objetivo da agricultura de precisão é garantir rentabilidade,


eficiência e sustentabilidade usando os dados coletados para orientar
a tomada de decisão imediata e futura. Isso pode abranger tudo -
desde quando é melhor aplicar fertilizantes, produtos químicos e
sementes.

As informações em tempo real podem ajudar na otimização da análise


de desempenho para mostrar como os agricultores estão utilizando
seus dados e quais adaptações são necessárias para levar em conta
eventos climáticos emergentes, ou surtos de doenças/pestes. Para
obter insights altamente valiosos, são necessários algoritmos
avançados que mantém o desempenho dos produtos,
independentemente das mudanças de condições.

Através do desenvolvimento de um conjunto de segmentação de


clientes, altamente específico tornou-se possível adaptar as ofertas de
produtos para atender às necessidades do cliente específicas.

Por exemplo, se algum tipo de produto se tornar difícil de trabalhar em


uma determinada região, os fornecedores poderão implantar técnicas
de Big Data, como micro segmentação em tempo real de clientes,
para direcionar atividades promocionais e de marketing, facilitando
assim uma melhor utilização dos gastos de marketing. A conectividade
de Big Data provou ser um ativo essencial para as empresas que
buscam uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes.

Os benefícios incluem a descoberta mais rápida de informações


valiosas e a capacidade de desenvolver e adaptar produtos que
atendam continuamente às necessidades específicas dos clientes. Os
robôs podem desempenhar um papel importante no controle, mas
pode-se esperar que o papel dos seres humanos na análise e no
planejamento seja cada vez mais assistido por máquinas, para que o
ciclo cibernético se torne quase autônomo.

Considerando seu potencial, várias empresas agro-tecnológicas estão


prestando seus serviços aos produtores para tornar a prática mais
acessível e disponível. Em termos de hardware, existem vários
sensores que coletam os dados disponíveis. Neste intervalo, podemos
encontrar dispositivos de veículos autônomos que os agricultores
colocam no solo para medir a umidade e os nutrientes do solo,
estações meteorológicas preditivas e satélites e drones para captura
de imagens mapeando a terra e medindo a saúde das culturas.

Esses insights são extremamente importantes, pois informam ao


agricultor quando e quanto irrigar um campo, saúde das culturas,
previsões do tempo, infestações por pragas e até condições de seca.
Considerando a crescente escassez de mão de obra no setor, a
capacidade de análise de Big Data que diminui a necessidade de mão
de obra física é de grande vantagem para a agricultura.

Papel da análise de dados na agricultura

Embora a grande maioria dos agricultores e pecuaristas tenha feito um


grande trabalho para manter e aumentar a saúde do solo usando
apenas práticas de conservação, as ferramentas de medição serão
fundamentais para garantir um futuro agrícola sustentável. Para
manter a produtividade e atender às demandas alimentares de uma
população em crescimento e com cada vez mais poder de escolha,
além de proteger os recursos naturais necessários, fazer alterações as
ferramentas de dados podem ajudar a determinar quais devem ser
essas mudanças.

 
O resultado final da coleta de dados é analisá-los e criar soluções
acionáveis com melhores resultados. Por exemplo, uma imagem de
satélite de um terreno possui várias camadas de dados incorporadas
com muitas informações para análise. A abordagem geoespacial e o
monitoramento via satélite das fazendas levaram a grandes avanços,
como a maneira que os agricultores e as empresas tomam suas
decisões.

Quais são as vantagens?

Os dados ajudam agricultores endividados, agências de seguros,


bancos de empréstimos, empresas de sementes, indústria de
máquinas e todos os grandes e pequenos players do setor. A análise
de dados não apenas cria maior conscientização e conhecimento mais
preciso, mas também pode conectar as lacunas na cadeia de
suprimentos e marketing da indústria.

Informação é poder, e a indústria agora pode ter acesso a ela para


uma tomada de decisão mais assertiva. Estas são as maneiras pelas
quais as análises de dados podem ajudar:

 Desenvolvimento de novas características de sementes -


Acesso ao genoma da planta com novas maneiras de medir,
mapear e direcionar produtos de informações melhoradas.
 Agricultura de precisão – o Big Data aproveita as
informações derivadas da agricultura de precisão agregada em
muitos farms. As análises, insights e melhores decisões
resultantes podem ser implementadas por meio de técnicas de
agricultura de precisão.
 Rastreamento de alimentos - Uso de sensores e análises
para evitar deterioração e doenças transmitidas por alimentos.
 Efeito nas cadeias de suprimentos - Mudanças sísmicas na
cadeia de suprimentos de sementes, insumos agrícolas e
alimentos, impulsionadas pela democratização da tecnologia e
da informação.

A revolução do Big Data está começando a crescer e a maior parte do


potencial de criação de valor ainda não foi alcançada, mas colocou a
indústria em um caminho de rápidas mudanças e novas descobertas.
As partes interessadas comprometidas com a inovação provavelmente
serão as primeiras a colher recompensas. Se os agricultores
estivessem preocupados com as enfermidades em termos de
agricultura baseada em dados, a produção poderia aumentar.
Big Data e suas aplicações na
Agricultura
13 de março de 2020

1 comentário

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4 min read

A agricultura nem sempre foi um setor que as pessoas associam à análise de big
data, mas isso está mudando. Os agricultores foram rápidos em recorrer a novas
tecnologias que lhes permitam melhorar sua produção agrícola e trabalhar com mais
eficiência. Como a análise de big data tem uma disponibilidade mais ampla entre os
setores, muitos agricultores e empresas do setor agrícola estão usando essas
ferramentas em um esforço para se tornarem mais produtivos e competitivos.

Devido à crescente população mundial, é necessário um uso eficiente dos recursos


para sua nutrição. Tecnologias como GPS e, em particular, sensores estão sendo
usados no cultivo em campo e pecuária para realizar atividades de gerenciamento
agrícola automatizadas. As partes interessadas, como agricultores, produtores de
sementes, fabricantes de máquinas e prestadores de serviços agrícolas, estão
tentando influenciar esse processo. A agricultura digital está facilitando melhorias a
longo prazo para alcançar uma proteção ambiental eficaz (Figura 1).
A Tabela 1 mostra quais características são altamente usadas nas aplicações agrícolas
particulares dos documentos em estudo. Em geral, a análise de big data na
agricultura inteligente ainda está em um estágio inicial de desenvolvimento, e isso
pode ser deduzido do número atualmente limitado de publicações científicas e
iniciativas comerciais.

Tabela 1. Uso de big data em diferentes aplicações agrícolas.


Fonte: Kamilaris et al. (2017).

Na Tabela 2 lista os diferentes sensores e fontes de dados empregados em cada


área agrícola. Cada aplicativo agrícola requer diferentes fontes de big data para
solucionar o problema que ele enfrenta. Quase em todas as áreas agrícolas,
informações de bancos de dados estáticos e conjuntos de dados estão sendo
usadas, enquanto dados geoespaciais e dados de sensoriamento remoto baseado
em satélite são bastante populares.

Tabela 2. Fontes de big data e técnicas para análise de big data por área agrícola.
Como garantir a proteção dos dados?

A Lei nº 13.709/18 (Lei de Proteção de Dados – LGPD) que regulamenta a política de


proteção de dados pessoais e privacidade, modifica alguns dos artigos do Marco Civil
da Internet e impacta outras normas, transformando drasticamente a maneira como
empresas e órgãos públicos tratam a privacidade e a segurança das informações de
usuários e clientes.

A LGPD obriga a cada empresa a priorização de três princípios de segurança:


o Confiabilidade: implementar medidas de proteção e prevenção, que devem ser
auditadas anualmente, para garantir que as pessoas não sejam expostas a riscos;
o Integridade: garantir a qualidade dos dados, com constante correção e atualização;
o Disponibilidade: as informações e dados deverão estar sempre disponíveis, para
acesso livre, a qualquer momento.
A evolução tecnológica traz otimizações constantes ao setor do agro. Aplicativos, big
data e internet das coisas (IoT), por exemplo, podem otimizar atividades e resultados
de toda a cadeia produtiva. Mapeamento da produtividade, seleção das melhores
sementes, avaliação do momento exato para plantar e colher são alguns dos
benefícios.

De acordo com a lei, regra geral, deverá haver autorização expressa por parte do
usuário, a fim de que os dados possam ser tratados e analisados. Para estar de
acordo às exigências na legislação, as empresas deverão saber responder a
perguntas como:

o até que ponto os dados rurais podem possibilitar a identificação do proprietário?


o o que fazer para obter essa autorização, de modo a não prejudicar a empresa,
futuramente?
o no que investir para garantir o máximo de proteção possível aos dados pessoais?

Conclusão

A violação da LGPD está sujeita a uma diversidade de sanções, desde uma simples
advertência até a imposição de multas exorbitantes, que chegam ao montante de
R$ 50 milhões. Sem contar que o tratamento irregular de dados traz riscos aos seus
titulares. Com isso, a desobediência à legislação acarreta danos à reputação
corporativa, que pode ter sua imagem exposta e associada ao desrespeito a
consumidores.

Referências Bibliográficas

 Neves, F. P. Agricultura 4.0 – a produção digital e o novo modelo de negócio agrícola. 5°


Ciclo de Encontros Dados, Informação e Tecnologia. 2017
 Thomas Hoeren; Barbara Kolany-Raiser. Big Data in Context Legal, Social and Technological
Insights. 2017.
 Andreas Kamilaris; Andreas Kartakoullis; Francesc X.Prenafeta-Boldú. A review on the
practice of big data analysis in agriculture. 2017.
 
Entenda a importância do Big
Data no agronegócio
As informações são a chave para o sucesso. Apesar de clichê, essa é
uma premissa verdadeira no meio corporativo, e é exatamente por
isso que tantas empresas estão apostando no uso do Big Data no
agronegócio.

O objetivo do Big Data é capturar dados que, quando interpretados


corretamente, podem aumentar consideravelmente a vantagem
competitiva de um negócio. Além disso, a aplicação dessa
tecnologia permite aumentar a produtividade e reduzir custos.

Isso é possível porque, nessa estratégia, os dados ficam mais


detalhados e concentrados ao serem captados por sensores
específicos, que apresentam recomendações de cultivo. O resultado é
uma grande melhoria na tomada de decisão para empresas e
produtores rurais.

Ainda não sabe quais são os reais benefícios do Big Data no mundo


rural? Então continue a leitura e tire suas dúvidas agora mesmo:
Monitoramento e análise dos dados
da lavoura em tempo real
Como você viu, o Big Data é a tecnologia responsável por coletar
diversas informações sobre um negócio. Esse fator possibilita criar um
banco de dados acessível e que pode ser utilizado por empresas e
produtores rurais de pequeno, médio e grande portes.

Um exemplo é o monitoramento por drones, que enviam imagens


aéreas em tempo real para o controle da lavoura. Com a ajuda de
sensores e softwares, é possível otimizar a taxa de aplicação dos
produtos químicos e selecionar o melhor local de plantio.

Outras possibilidades para a análise são conhecer a fertilidade e


umidade do solo, além de fatores climáticos como precipitação,
temperatura, velocidade dos ventos, entre outros.

Aumento da produtividade por


hectare
Essa é uma vantagem direta do Big Data no mundo agropecuário. Os
sensores são instalados diretamente no campo e os dados são
coletados por meio de algoritmos. Em seguida, eles são traduzidos em
informações relevantes que serão utilizadas para uma tomada de
decisão eficiente.
A partir dessa etapa, é possível utilizar melhor cada hectare e saco de
semente. Isso significa que há uma elevação da produtividade e uma
redução da pressão no meio ambiente, o que também torna o negócio
mais sustentável.

Aperfeiçoamento das métricas de


análises
A coleta de dados proporcionada pelo Big Data no agronegócio ajuda
a compreender as métricas e indicadores que devem ser
acompanhados a fim de alcançar uma relevância maior.

Essas métricas possibilitam tomar melhores decisões de plantio,


tomando-se como base diversos critérios de alta precisão. Vale a pena
mencionar que essa prática já é usada desde os anos 1980, mas em
abrangência menor.

Hoje, está se estabelecendo a chamada agricultura digital, que usa a


inteligência de dados para melhorar os resultados no campo e nas
indústrias. Assim, é possível reduzir os custos e evitar desperdícios de
insumos, entre diversas vantagens.

Fortalecimento da sustentabilidade
A ideia aqui é melhorar a pressão naturalmente exercida sobre o meio
ambiente e os recursos naturais. Essa questão é ainda mais relevante
quando se verifica que 72% da água disponível no Brasil vai para a
agricultura, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) em
dado divulgado pela EBC.

Há empresas e produtores, por exemplo, que utilizam sensores de


umidade do solo e analisam a cada 15 minutos as raízes das plantas
para identificar a real necessidade de água. Desse modo, economiza-
se recursos e dinheiro, mantendo a alta produtividade e os bons
resultados.

Todos esses objetivos serão conquistados se você contar com uma


empresa especializada em Big Data para fazer uma implementação
efetiva no agronegócio: é com isso que você chegará a índices mais
positivos.

Gostou de entender melhor a importância do Big Data no


agronegócio? Então aproveite para descobrir como essa
tecnologia ajuda a conquistar vantagem competitiva!
3 benefícios de ter Big Data na
agricultura
27 de setembro de 2019•3 mins. de leitura

Apostar na implantação de Big Data pode ser o caminho para um desenvolvimento eficaz do setor

TENDÊNCIAS E TECNOLOGIA
O setor agrícola abriu as portas para a tecnologia e vê isso como o futuro para
o negócio, aumentando a produção e rentabilidade. O segmento que antes era
tido como atrasado agora mudou de patamar e passou a utilizar mais
ferramentas tecnológicas, e uma delas tem tudo para ser o norte da produção:
estamos falando de Big Data.

Big Data nada mais é que o processamento de dados que convergem para
algum fim, principalmente para gerar melhor desempenho em determinada
área, trazendo maior dinâmica, eficiência e precisão. No setor da agricultura,
esse sistema pode fazer uma transformação revolucionária.

Vamos a alguns benefícios preponderantes de seu uso.

1. Avaliação geográfica

Um dos primeiros impactos que se pode perceber no uso de Big Data é a sua
precisão em trazer dados geográficos que fazem toda a diferença para quem
depende de um controle climático.

Usando a ferramenta, é possível analisar um conjunto de dados


meteorológicos, como identificar o índice pluviométrico, acompanhar as
variações de temperatura e registrar a velocidade e posição dos ventos.
Acessar esses dados pode ser mais eficaz para prevenir que a plantação seja
prejudicada em possíveis intempéries, garantindo que haja maior produção e,
por consequência, menores gastos.

2. Aumento de produção

Com a necessidade crescente de se ter alimentos suficientes para suprir o


consumo da população, o aumento da produção se torna uma questão de
sobrevivência. O uso de Big Data pode ser o grande potencializador desse
processo por sua capacidade de otimizar serviços através do controle de dados
de todo o sistema de produção. Assim como ocorre no monitoramento das
informações geográficas, vários dados são coletados a fim de proporcionar
maior produção.

Há monitoramento da qualidade do solo, do uso eficiente de água, do controle


de pragas, entre outros. Todos esses dados são cruzados para que, com uma
grande quantidade de informação, haja menor desperdício de recursos e
aumento na precisão na produção, garantindo um alto resultado.

3. Decisões assertivas

Ao lançar mão de Big Data, o produtor tem maior capacidade de tomar


decisões de maneira rápida e assertiva. Isso ocorre porque esse sistema
permite ter acesso a todos os dados da produção, fazendo com que o
administrador consiga visualizar claramente qual é o melhor caminho a seguir.
Esse monitoramento constante faz que com que ele sempre esteja um passo à
frente e possa transformar sua fazenda em um negócio de excelência,
segurança e lucratividade.

De uma forma ou de outra, o processamento de dados precisará estar presente


na agricultura para aumentar a produção, abrangendo não só quantidade como
também qualidade. Toda essa otimização dos processos pode garantir, ainda,
menor degradação do meio ambiente.
Os benefícios do uso de Big
Data na agricultura
Há mais de 20 anos, tecnologias como GPS e a internet permitem aos produtores rurais a
coleta de diversos dados sobre suas fazendas: a quantidade de água consumida, insumos,
produtividade por talhão, etc. Nos últimos anos, essa coleta de dados tem sido muito
potencializada e atingido uma nova dimensão.

Uma série de novas ferramentas, como sensores de todos os tipos, IoT, robôs que
automatizam o trabalho humano com maestria, etc., tornam possível a construção do que os
especialistas chamam de “big data”, e hoje é possível que produtores rurais passem a
coletar e analisar dados sobre todos os aspectos de suas operações agrícolas.

Quais são os benefícios de se coletar dados no campo?

Os dados extraídos dos vários sensores que atualmente podem ser espalhados em uma
fazenda podem auxiliar os produtores a gerenciar melhor suas operações: quanto mais
informações eles têm em mãos, mais assertivas serão suas tomadas de decisão, e melhores
serão os resultados de sua safra.

Além disso, as informações obtidas a partir destes sensores podem ajudar os produtores a
identificar pragas quando elas estão em seus estágios iniciais, antes de se alastrarem,
podendo-se fazer uma aplicação de defensivos agrícolas em uma área muito menor, sendo
possível uma significativa economia ao fim da safra, com resultados ainda melhores.
Correções no solo também passam a ser muito mais precisas e eficazes.
Outra grande vantagem de se coletar dados é quando se aplica “big data”. Comparando-se
os dados de uma propriedade com os das propriedades vizinhas, aparecem oportunidades de
trabalhos conjuntos em situações importantes, como conservação de matas ciliares e bacias
hidrográficas, prevenção de pragas de maneira proativa, além de ações de benchmarking.

O que o “big data” e a medição têm a ver com a sustentabilidade?

Embora a grande maioria dos agricultores e pecuaristas tenha feito um ótimo trabalho
mantendo ou aumentando a saúde do solo usando apenas práticas de conservação, ter
sensores espalhados nas propriedades rurais é algo que irá garantir um futuro sustentável
para a agricultura. A fim de manter a produtividade e atender às demandas alimentares de
uma população em crescimento e, ao mesmo tempo, proteger os recursos naturais, será
necessário que a agricultura como é feita hoje passe por drásticas mudanças – e sensores e a
coleta de dados podem nos ajudar a determinar quais devem ser essas mudanças.

Por exemplo, é necessário mensurar não somente os bushels ou as toneladas produzidas em


um determinado talhão, mas também o que aconteceu com o solo, água e ar durante a safra.

Quais tipos de ferramentas de gerenciamento de dados estão disponíveis para os


agricultores?

Sensores estão ficando cada vez mais baratos, e esse baixo preço viabiliza a instalação de
vários deles em diferentes pontos de uma fazenda, aumentando a assertividade das tomadas
de decisão do produtor rural. Mas, onde pode-se reunir todos esses dados?

Não há uma única semana em que não surja uma nova ferramenta de medição ou coleta de
dados, e isso é ótimo! Essas novas ferramentas nos proporcionam uma excelente
oportunidade para analisarmos como nossas propriedades rurais podem aumentar sua
produtividade e, melhor ainda, de uma forma sustentável.

Esse grande número de ferramentas disponíveis pode ser assustador para produtores rurais
que queiram iniciar um trabalho de coleta e medição de dados em suas propriedades. Por
isso nossa recomendação é uma única ferramenta que possa englobar diversos processos -
como uma expansão das suas tecnologias de BI e CRM com a Agricultura Digital.
Big Data na agricultura:
como tornar sua
produção mais rentável?
22 DE JUNHO DE 2016

SANTIAGO MARCANTH  

SEM CATEGORIA

As tendências da tecnologia da informação estão mudando a forma como as empresas


desenvolvem muitos de seus processos. O Cloud Computing e Internet das Coisas já
vêm balançando o mercado há certo tempo e as promessas são animadoras. As
estratégias de negócio e a produtividade nas empresas nunca mais foram as mesmas
depois da revolução que o Big Data trouxe para o mercado.
Não há segmento que não tenha se beneficiado com as ferramentas analíticas e uma das
mais promissoras mudanças de cenário que pudemos observar com a nova tecnologia
foi no agronegócio. Confira neste artigo os benefícios do Big Data na agricultura.

O conceito de Big Data


Comumente interpretado como “Grandes Dados”, o conceito Big Data representa a
técnica de coletar e analisar montantes de dados, estruturados e desestruturados, de
fontes internas e externas, em busca de correlações e padrões com o objetivo de
encontrar informações relevantes. Informações estas, que de alguma forma, agreguem
valor à empresa, seja na melhoria de um processo ou na criação de um novo produto ou
negócio.
Além da prática propriamente dita, o Big Data também abrange as ferramentas
analíticas usadas pelas corporações para extrair, processar e apresentar dados.
A análise de dados regendo as
decisões no campo
Quando se fala em tecnologia no meio agrário, os primeiros conceitos que vêm à
mente são novos pesticidas e produtos químicos, biotecnologia de ponta, sementes
transgênicas e tratores ultra-avançados e que executam tarefas de forma automatizada.
A verdade é que, desta vez, estamos falando de dados.
As ferramentas analíticas vêm trazendo diversos benefícios à agricultura. Dois dos
principais são a automatização de tarefas e precisão em praticamente todos os
processos. Que tipo de semente e em qual época plantar, qual tipo e quantidade de
adubo usar e qual a quantidade ideal de água são algumas das decisões que, agora, são
tomadas com base na análise de dados.
Aliando as ferramentas analíticas a softwares e máquinas de campo, as empresas
conseguem efetuar análises de diversos fatores — como clima e solo — e utilizar estes
dados para comparar com o histórico dos últimos anos.
Por meio destas análises, é possível definir o melhor local para plantar determinada
semente, com base tanto nas propriedades do solo e clima, quanto com base no
histórico, ou seja, o quão rentável e produtiva foi esta mesma empreitada nos últimos
anos.
Com isto, o que se consegue é aumentar a assertividade das decisões e lucratividade das
colheitas. Uma vez que, analisando estes fatores, é possível evitar plantios que possam
não atingir as expectativas em decorrência de clima, solo ou época, ou o uso de adubos
cujo histórico/análises mostraram não serem potentes o suficiente.

O Big Data na agricultura:


elevando a efetividade das
lavouras
Em 2012, a Monsanto investiu R$ 1,2 bilhão na compra de empresas especializadas em
equipamentos, softwares e análises climáticas. Através da análise de dados estatísticos
sobre o solo, a gigante vem definindo, metro a metro, qual é o espaçamento ideal entre
uma semente e outra, bem como a profundidade com a qual elas precisam ser
enterradas.
A fabricante brasileira de equipamentos agrícolas Stara investiu no desenvolvimento de
uma espécie de escâner que analisa as folhas das plantações de milho e, com base nos
dados do solo e da qualidade das folhas, é capaz de indicar ao agricultor o nível de
desenvolvimento da lavoura e, se necessário, apresentar qual tipo de nutriente está
faltando.
Tal prática permite corrigir este tipo de problema de forma assertiva, pois o
embasamento possibilita ao agricultor aplicar o adubo correto, evitando gastos
desnecessários com um produto ineficaz, bem como perda de plantio por falta de
desenvolvimento adequado da lavoura.

A automatização dos processos


de análise de informações
A Embrapa vem fazendo excelente uso da tecnologia nas lavouras. Com o uso de um
veículo aéreo não tripulado (VANT), a instituição colhe imagens e informações de todo
o solo, o que permite indicar de forma precisa se uma determinada área está precisando
de irrigação, adubação ou se a colheita já pode ser feita.
Empresas de renome no segmento de químicos e fertilizantes, como Dow Chemical e
Bayer, vem utilizando a análise de dados para gerar economia nos processos. As
empresas aliaram softwares a máquinas autônomas, que fazem a análise do solo de
forma automatizada, coletando informações sobre nutrição da terra, relevo, entre outras.
Como as características podem variar entre um metro e outro, as empresas conseguem
otimizar a adubagem das terras através da identificação das necessidades de cada local,
que varia bastante, minimizando os gastos com adubo.

A representatividade da
estrutura tecnológica na análise
de dados
A análise de dados é uma prática que potencializa os negócios de forma sem igual.
Entretanto, a estrutura necessária para isso precisa ser robusta e bem projetada.
Comumente, estes sistemas contam com grandes redes de comunicação, o que envolve
computadores potentes e protocolos de comunicação avançados.
Além dos equipamentos, é importante salientarmos que é necessário um profissional
capacitado para dar vida aos dados. Afinal, sem eles, fica complicado identificar dentre
as informações, quais têm valor para os negócios e quais não têm.
Além de toda a estrutura de hardware e rede, bem como profissionais capacitados, vale
atentar à questão dos softwares. Eles são estritamente necessários para o processo de
coleta, processamento e análise de dados, pois as ferramentas analíticas diferem-se de
qualquer outro software, sendo especialistas e desenvolvidas especificamente para
analisar grande quantidade de informações.
O Big Data, muito além de uma simples otimização, trouxe uma verdadeira revolução
ao mundo da Tecnologia da Informação, e simplesmente não há setor que não tenha se
beneficiado com as possibilidades que as ferramentas analíticas trouxeram às empresas.
No que diz respeito ao mercado do agronegócio, a forma como os agricultores tomam as
decisões foram mudadas para sempre. Agora, todas elas têm forte embasamento técnico,
uma vez que as informações são coletadas por equipamentos avançados e processadas
por softwares precisos.
O artigo lhe trouxe entendimento sobre o impacto que o Big Data na agricultura?
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