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AO JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE ITAINÓPOLIS (PI),

Processo nº. 0000361-10.2019.8.18.0055

OSEANA MARIA VERA, XXXXXXXXXXXXX, por seus advogados e bastantes


procuradores, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência apresentar

MANIFESTAÇÃO, expondo matérias de conhecimento de ofício pelo juiz,


nos termos da lei processual, e requerendo o que se segue.

1 INICIALMENTE: DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Vale-se a parte executada da abaixo mencionada para requerer que sejam concedidos
os benefícios da gratuidade da justiça, uma vez que não reúne condição de custear as mínimas
despesas decorrentes do processo.

O artigo 98 do NCPC determinou o direito à gratuidade da justiça, na forma da lei, a


pessoa com insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas processuais e os
honorários advocatícios. Para tanto, estabeleceu que é suficiente a afirmação de
miserabilidade e o competente pedido de gratuidade da justiça na petição, que pode ser feito
no decorrer do processo também por simples petição, conforme os artigos abaixo transcritos:

Art. 99.  O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição


inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou
em recurso.

Telefone: (89) 3422-2985/ (89) 9 9979-4412/ (89) 9 8803-1065/ (89) 9 9453-7529


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§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido
poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e
não suspenderá seu curso.
[...]
§3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida
exclusivamente por pessoa natural.

Dessa forma, munindo os advogados de poderes especiais para tanto, outorgados em


procuração, requer a executada que lhe sejam deferidos os benefícios da gratuidade da justiça,
pelos motivos já alinhavados e, ainda, por ser a única forma de lhe proporcionar o mais amplo
acesso ao poder judiciário, garantia essa que a Constituição Federal elegeu no inciso LXXIV,
do artigo 5º, tendo em vista não poder arcar com as despesas processuais sem prejuízo do
próprio sustento e da sua família.

2 DA ILEGITTIMIDADE PASSIVA

O Exequente diz ser credor de um débito originado de um suposto contrato de compra


e venda de uma casa, anexado aos autos, celebrado com a Executada pelo no valor de R$
7.000,00 (sete mil reais) e 15 parcelas de R$ 800,00 (oitocentos reais).

No entanto, Excelência, o documento apontado pelo Exequente como título executivo


(vide ID 6580916 - Pág. 10), apesar de ter por objeto a venda de um lote com a metragem
indicada na exordial, aponta o ora Exequente como COMPRADOR/DEVEDOR do referido
lote, e não vendedor/credor.

Ademais, a Executada não figura como parte do citado contrato, que fora firmado com
terceiro, o senhor JOSÉ CIRILO DA SILVA. Assim sendo, a Executada é parte ilegítima para
figurar no polo passivo, porquanto não é parte no negócio expresso em contrato que embasa a
execução.

Isso posto, cumpre destacar as seguintes disposições do NCPC:

Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:


[...]

Telefone: (89) 3422-2985/ (89) 9 9979-4412/ (89) 9 8803-1065/ (89) 9 9453-7529


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XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
[...]
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz
conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
[...]
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
[...]
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
[...]
§ 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI
e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o
trânsito em julgado.
GRIFO NOSSO

Com efeito, considerando que no título executivo que embasa a ação, isto é, contrato
de compra e venda, o Exequente aparece como devedor de terceiro estranho a lide, e não
como credor da Executada, esta é parte ilegítima, razão pela qual o processo deve ser extinto
sem resolução de mérito, nos termos do artigo supratranscrito.

3 DA INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL

Além da patente ilegitimidade passiva demonstrada acima, o processo deve ser extinto
por Inépcia da Petição Inicial, matéria que também pode ser conhecida de ofício por este
juízo, nos termos do artigo 337, inciso IV, § 5º do NCPC.

O Exequente fundamenta a execução de contrato de compra e venda nos artigos 783,


784, inciso VIII, e 786 do NCPC, tanto no preâmbulo quanto no tópico intitulado “do direito”,
in verbis:

Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título


de obrigação certa, líquida e exigível.
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
[...]

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VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de
imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de
condomínio;

Evidente que os dispositivos transcritos acima e mencionados pelo Executado não


possuem a menor relação com a execução de suposto contrato de compra e venda. Em outras
palavras, o executado narra ser credor de dívida oriunda de contrato de compra e venda, mas
fundamenta juridicamente sua pretensão em crédito decorrente de aluguel e acessórios.

Não bastasse isso, Excelência, a narração dos fatos é completamente confusa e


incoerente, senão vejamos.

O Exequente diz ser credor de um débito oriundo de contrato de compra e venda de


um imóvel, a ser quitado supostamente pela Executada, no valor de R$ 7.000,00 (sete mil
reais) e 15 parcelas de R$ 800,00 (oitocentos reais), sem mencionar o ano da suposta
celebração do contrato, não declarando também a forma e tempo do pagamento dos alegados
valores devidos, informações essenciais para verificação dos requisitos do artigo 783 do
NCPC.

Nesse contexto, o contrato que fundamenta a execução, além de celebrado com


terceira pessoa estranha a lide, no ano de 2013, tem como valor apenas a quantia de R$
850,00 (oitocentos e cinquenta reais) que teria sido quitada a vista, e não a prazo como
descrito nos fatos.

A única informação que faz menção à data é a suposta ausência de pagamento da


parcela de dezembro de 2018. Mais a frente, todavia, o Exequente entra em contradição,
dizendo que a parcela de dezembro foi quitada parcialmente, havendo um débito
remanescente de R$ 600,00 (seiscentos reais). No entanto, neste caso, por não haver indicação
do ano de referência, não é possível sequer afirmar que se refere ao mesmo débito.

Some-se a isso também a distância de 4 anos entre o contrato acostado (2013) como
título executivo e a alegada parcela em atraso (2018). Ora se o contrato foi assinado em 2013,
como consta no instrumento acostado, firmado com terceira pessoa, o pagamento das
alegadas 15 prestações teria encerrado no de 2014.

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A narração fática e fundamentação jurídica não possuem relação lógica entre si e com
a prova dos autos. Nesse sentido, dispõe o NCPC, vejamos:

Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:


I - for inepta;
[...]
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
[...]
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
GRIFO NOSSO

Além da completa incoerência e narração confusa, a Inicial também é inepta


porque o Exequente faz pedidos incompatíveis, nos termos do inciso IV acima transcrito,
pois pretende cumular o pedido de indenização por danos morais, utilizando o rito da
Execução de Título Extrajudicial, o que é completamente inadmissível, conforme artigo 327,
§1º, inciso III do NCPC, porquanto os alegados danos devem ser objeto dilação probatória em
ação de conhecimento.

Além de tudo, Excelência, o Exequente não instruiu a Inicial com os documentos


indispensáveis a propositura da lide, nos termos do Código de Ritos, in verbis:

Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:


I - instruir a petição inicial com:
a) o título executivo extrajudicial;
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação,
quando se tratar de execução por quantia certa;
[...]
GRIFO NOSSO

Isso posto, Excelência, por expressa previsão legal, além do título executivo, o
demonstrativo do débito é documento indispensável para propositura da lide. O Executado,
por sua vez, não anexou ambos, isto é, nem o demonstrativo atualizado e nem contrato de
compra e venda, porquanto o documento acostado foi assinado por terceira pessoa.

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De outro vértice, quanto às promissórias, todas emitidas em 07 dezembro de 2017,
não mencionou nada a respeito delas na Inicial, bem como qual seria sua ligação com o
contrato objeto da execução, presumindo-se talvez, dada a argumentação confusa, serem
dadas em garantia ao suposto contrato. Além disso, também não trouxe fundamentação
jurídica adequada à cobrança dos títulos se fosse o caso.

Portanto, considerando ainda possibilidade de conhecimento de ofício da matéria


citada, demonstrada a narração ilógica, a existência de pedidos incompatíveis, além da
ausência de documentos indispensáveis, a Petição Inicial seja indeferida por Inépcia,
conforme disposto no artigo 330, inciso I, e artigo 924, inciso I, ambos do NCPC, extinguindo
o processo sem resolução de mérito.

4 DA NULIDADE DA EXECUÇÃO

Segundo ressaltado alhures, o Exequente fundamenta sua pretensão em contrato de


compra e venda anexado aos autos (vide ID 6580916 - Pág. 10), sendo este documento
apontado como título executivo. Alega na Inicial que o contrato firmado teve por objeto um
imóvel, a ser quitado supostamente pela Executada, no valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais) e
15 parcelas de R$ 800,00 (oitocentos reais).

Anexou ainda notas promissórias, nada mencionando sobre elas na Peça de Ingresso.
Contudo, considerando a menção acerca da existência de suposto contrato, do parcelamento
do alegado crédito e do valor expresso na promissória, presume-se que estas seriam
vinculadas ao contrato, dadas em sua garantia.

Neste sentido, Excelência, as notas promissórias acostadas não podem ser


consideradas títulos executivos autônomos, e sim vinculadas ao alegado negócio jurídico
subjacente, sobretudo porque o Exequente nada mencionou acerca da autonomia dos títulos na
peça de ingresso.

Assim sendo, necessário recordar entendimento firmado pelo STJ, à luz da súmula nº
258, no sentido de que “a vinculação da nota promissória

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a um contrato retira-lhe a autonomia de título cambial, mas não a sua executoriedade,
desde que a avença seja liquida, certa e exígivel.”

Portanto, a nota promissória não pode ser executada de maneira autônoma, porquanto
apenas reflete a obrigação firmada em contrato. Assim, a execução só é possível se o contrato
for dotado de liquidez, certeza e exigibilidade. Vejamos:

AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO


RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. NOTA
PROMISSÓRIA. CONTRATO DE PARCERIA COM VALOR
DETERMINADO. EXECUTORIEDADE. AGRAVO DESPROVIDO.
1. A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que a nota
promissória vinculada a um contrato de abertura de crédito perde a sua
autonomia ante a iliquidez do título que a originou, acarretando, portanto, na
nulidade da execução por ela embasada. Súmula 258/STJ.
2. Entretanto, a vinculação de uma nota promissória a um contrato retira
a autonomia de título cambial, mas não, necessariamente, a sua
executoriedade. Assim, quando a relação jurídica subjacente estiver
consubstanciada em contrato que espelhe uma dívida líquida, como no caso,
não há empecilho ao prosseguimento da execução. Diversamente, se estiver
amparada em contrato que não espelhe dívida líquida, como se verifica
do contrato de abertura de crédito, não será possível a execução. Dessa
forma, este Tribunal tem admitido a execução de nota promissória vinculada
a contrato de mútuo que contenha valor determinado, por se entender que o
contrato traduz a existência de dívida líquida e certa. Precedentes.
3. Agravo regimental desprovido.
(AgRg nos EDcl no REsp 1367833 / SP, Relator Ministro MARCO
AURÉLIO BELLIZZE, Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA, Data do
Julgamento 16/02/2016, Data da Publicação/Fonte DJe 19/02/2016)
GRIFO NOSSO

DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. TÍTULO DE CRÉDITO. NOTA


PROMISSÓRIA VINCULADA A CONTRATO. ABSTRAÇÃO E
AUTONOMIA. VIABILIDADE DA EXECUÇÃO. LIQUIDEZ E
EXIGIBILIDADE DA DÍVIDA REPRESENTADA NO CONTRATO
SUBJACENTE.
I - Não pode ser executada a nota promissória vinculada a contrato de
abertura de crédito (Súmula 258/STJ), embora o possa vincular a contrato de
confissão de dívida.

Telefone: (89) 3422-2985/ (89) 9 9979-4412/ (89) 9 8803-1065/ (89) 9 9453-7529


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II - É que a vinculação do título de crédito a um contrato subtrai a
autonomia cambiária, pondo em evidência o conteúdo do próprio
contrato. O critério determinante parece ser, portanto, a liquidez ou
iliquidez do contrato a que se liga o título cambiário.
III - A supressão da autonomia cambiária do título não implica,
necessariamente, a supressão da sua executoriedade. Esta só será
comprometida se o contrato respectivo não for capaz de refletir uma
dívida líquida e exigível.
Recurso especial a que se nega provimento.
(REsp 861009 / SC, Relator Ministro SIDNEI BENETI , Órgão Julgador T3
- TERCEIRA TURMA, Data do Julgamento 16/03/2010, Data da Publicação
DJe 29/03/2010)
GRIFO NOSSO

Isso posto, Excelência, no caso dos autos, constatada a ausência de autonomia das
promissórias, deve ser considerado o contrato, na análise dos requisitos do artigo 783 do
NCPC.

Assim sendo, da análise do instrumento contratual apontado como título executivo na


Inicial, resta evidenciado que o documento não é dotado de certeza, liquidez e exigibilidade.
Ademais, nem mesmo a executada é parte na referida avença, que foi celebrada com o Sr.
JOSÉ CIRILO DA SILVA. O Exequente, por sua vez, não aparece com credor, e sim devedor.

Com efeito, a presente execução é nula, nos termos do artigo 803 do NCPC, in verbis:

Art. 803. É nula a execução se:


I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa,
líquida e exigível;
[...]
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada
pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, independentemente de
embargos à execução.

Tamanha é mácula da execução que também é matéria a ser reconhecida de ofício por
este juízo.

No entanto, na hipótese de Vossa Excelência entender de modo diverso, o que se


admite apenas para argumentar, também não podem ser executadas as promissórias com data

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de vencimento posterior a propositura da ação, porquanto são inexigíveis e, assim sendo, nula
é também a execução.

A presente execução foi distribuída no dia 07/05/2019, o Exequente, por sua vez,
anexou promissórias com datas de vencimento de junho de 2019 a abril de 2020, portanto,
inexigíveis.

Assim, não obstante o entendimento firmado pelo STJ expresso acima, caso Vossa
Excelência entenda pela autonomia das promissórias acostadas, requer que seja declarada a
nulidade da execução dos títulos não vencidos à época da propositura da demanda.

De outro vértice, também é nula a execução de multa 50% mencionada nos pedidos da
Peça de Ingresso (alínea e), porquanto não constitui obrigação certa, já que não há qualquer
documento acostados aos autos que faça menção a existência da citada multa.

Diante disso, tratando de matéria passível de reconhecimento de oficio pelo


magistrado, requer que seja declarada a nulidade de toda a execução ou, subsidiariamente, as
nulidades dos títulos inexigíveis e da multa retromencionada.

5 DO PAGAMENTO E DA DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA

Rejeitados argumentos acima expendidos, não merece prosperar a alegação do


Exequente de que não houve pagamento da parcela dezembro de 2018, pois o comprovante
ora acostado corrobora que a Executada efetuou o pagamento integral, inclusive superior ao
valor cobrado, pois efetuou o depósito da quantia de R$ 880,00 (oitocentos e oitenta reais).

Dada a incoerência entre a argumentação e documentos acostados, bem como a


ausência de documento indispensável, como a memória de cálculo, não é possível que a
Executada compreenda quais parcelas estão sendo efetivamente cobradas na presente
demanda e como se chegou ao valor da Execução.

Telefone: (89) 3422-2985/ (89) 9 9979-4412/ (89) 9 8803-1065/ (89) 9 9453-7529


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Com muito esforço hermenêutico e boa-fé, sendo minimamente possível entender que
se questiona o pagamento da parcela de dezembro de 2018, a executada faz a juntada do
comprovante de depósito e requer que tal crédito seja considerado na análise do caso.

Isso posto, na hipótese de não serem acolhidas as matérias elencadas nos tópicos
anteriores, em atenção aos princípios da boa-fé e da cooperação, com fundamenteo nos artigos
3º, §3º, 5º e 6º do NCPC, requer que seja designada Audiência de Conciliação.

6 DA CONCLUSÃO

Por todo exposto, requer a Vossa Excelência:

a) Requer a juntada da documentação anexa;


b) Requer que a presente EXECUÇÃO seja EXTINTA sem resolução de mérito,
uma vez demonstrada a ilegitimidade passiva da executada, a inépcia da
petição inicial e a nulidade da execução, matérias passíveis de reconhecimento
de ofício pelo magistrado;
c) Não reconhecidas de ofício as matérias alinhavadas na presente manifestação,
requer seja a designação de Audiência de Conciliação;
d) Conceder à Executada a isenção de custas na forma do artigo 98 do NCPC, por
ser pessoa pobre na acepção jurídica do termo, não podendo arcar com as
despesas processuais sem que cause prejuízos para sua sobrevivência;
e) A condenação do exequente no pagamento das custas processuais e de
honorários advocatícios.

Protesta provar o alegado por todos os meios e provas em direito admitidas


especialmente pela juntada de documentos.
Termos em que
Pede deferimento.

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Picos (PI), 25 de Agosto de 2020

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