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Vale-se a parte executada da abaixo mencionada para requerer que sejam concedidos
os benefícios da gratuidade da justiça, uma vez que não reúne condição de custear as mínimas
despesas decorrentes do processo.
2 DA ILEGITTIMIDADE PASSIVA
Ademais, a Executada não figura como parte do citado contrato, que fora firmado com
terceiro, o senhor JOSÉ CIRILO DA SILVA. Assim sendo, a Executada é parte ilegítima para
figurar no polo passivo, porquanto não é parte no negócio expresso em contrato que embasa a
execução.
Com efeito, considerando que no título executivo que embasa a ação, isto é, contrato
de compra e venda, o Exequente aparece como devedor de terceiro estranho a lide, e não
como credor da Executada, esta é parte ilegítima, razão pela qual o processo deve ser extinto
sem resolução de mérito, nos termos do artigo supratranscrito.
Além da patente ilegitimidade passiva demonstrada acima, o processo deve ser extinto
por Inépcia da Petição Inicial, matéria que também pode ser conhecida de ofício por este
juízo, nos termos do artigo 337, inciso IV, § 5º do NCPC.
Some-se a isso também a distância de 4 anos entre o contrato acostado (2013) como
título executivo e a alegada parcela em atraso (2018). Ora se o contrato foi assinado em 2013,
como consta no instrumento acostado, firmado com terceira pessoa, o pagamento das
alegadas 15 prestações teria encerrado no de 2014.
Isso posto, Excelência, por expressa previsão legal, além do título executivo, o
demonstrativo do débito é documento indispensável para propositura da lide. O Executado,
por sua vez, não anexou ambos, isto é, nem o demonstrativo atualizado e nem contrato de
compra e venda, porquanto o documento acostado foi assinado por terceira pessoa.
4 DA NULIDADE DA EXECUÇÃO
Anexou ainda notas promissórias, nada mencionando sobre elas na Peça de Ingresso.
Contudo, considerando a menção acerca da existência de suposto contrato, do parcelamento
do alegado crédito e do valor expresso na promissória, presume-se que estas seriam
vinculadas ao contrato, dadas em sua garantia.
Assim sendo, necessário recordar entendimento firmado pelo STJ, à luz da súmula nº
258, no sentido de que “a vinculação da nota promissória
Portanto, a nota promissória não pode ser executada de maneira autônoma, porquanto
apenas reflete a obrigação firmada em contrato. Assim, a execução só é possível se o contrato
for dotado de liquidez, certeza e exigibilidade. Vejamos:
Isso posto, Excelência, no caso dos autos, constatada a ausência de autonomia das
promissórias, deve ser considerado o contrato, na análise dos requisitos do artigo 783 do
NCPC.
Com efeito, a presente execução é nula, nos termos do artigo 803 do NCPC, in verbis:
Tamanha é mácula da execução que também é matéria a ser reconhecida de ofício por
este juízo.
A presente execução foi distribuída no dia 07/05/2019, o Exequente, por sua vez,
anexou promissórias com datas de vencimento de junho de 2019 a abril de 2020, portanto,
inexigíveis.
Assim, não obstante o entendimento firmado pelo STJ expresso acima, caso Vossa
Excelência entenda pela autonomia das promissórias acostadas, requer que seja declarada a
nulidade da execução dos títulos não vencidos à época da propositura da demanda.
De outro vértice, também é nula a execução de multa 50% mencionada nos pedidos da
Peça de Ingresso (alínea e), porquanto não constitui obrigação certa, já que não há qualquer
documento acostados aos autos que faça menção a existência da citada multa.
Isso posto, na hipótese de não serem acolhidas as matérias elencadas nos tópicos
anteriores, em atenção aos princípios da boa-fé e da cooperação, com fundamenteo nos artigos
3º, §3º, 5º e 6º do NCPC, requer que seja designada Audiência de Conciliação.
6 DA CONCLUSÃO