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Se os médicos fracassam na maior parte das doenças, é por que tratam do corpo sem alma e por que, se
o todo não se encontra em bom estado, é impossível que a parte esteja bem - Sócrates (Platão)
Gilson Freire
Este texto foi escrito em 2008 para ser o primeiro capítulo da obra Saúde e
Espiritualidade, publicada pela Editora Inede, em novembro de 2008.
Contamos com a colaboração do prof. Mauro Ivan Salgado em sua elaboração, quem
participou ativamente na composição do texto, com preciosas sugestões. Rogério
Henrique Pimenta, Fabrício Henrique Alves de Oliveira e Oliveira e Jorge Luiz Barbosa
Júnior auxiliaram igualmente em sua correção. Agrademos imensamente a todos.
INTRODUÇÃO
Desde o início de sua história, o homem vem se esforçando para compreender a vida
e o universo que o alberga. Buscando conhecer a origem, a finalidade e o significado
de tão magnífica edificação, entretecida em intrigantes mistérios, ele formulou as mais
diversas teorias de natureza mítica, teológica ou mesmo racional. Denominadas em
seu conjunto visão de mundo, esses corpos teóricos fundamentaram, em todas as
épocas e culturas, o nascimento da religião, da filosofia e da ciência.
De fato, o homem sempre viveu estritamente segundo a idéia que tem da criação que
o envolve. Por essa razão, todas as civilizações, em todas as eras, alicerçaram seus
códigos de ética no conhecimento que detinham dos mistérios da criação. Não se
pode negar, por exemplo, que a cosmologia bíblica que imperou na Idade Média
contribuía decisivamente para coibir a selvageria do homem comum, uma vez que
imputava o bem-estar futuro de sua alma às conseqüências de seus atos. E a
cosmologia materialista atual, baseada essencialmente no caos, no acaso e na
ausência definitiva da intervenção divina, não só entrega o indivíduo às agruras da
incerteza do porvir como termina por justificar hedonismos e desordens
comportamentais que comprometem sobremodo o equilíbrio social.
Crises Paradigmáticas
A Medicina
sob a Ótica Oriental
Um dos principais conceitos dos Vedas reza que a divindade suprema divide-se em
uma trindade, o trimúrti, apresentando-se nos aspectosBrahma, Vishnu e Shiva.
Refletindo essa trindade divina, a visão médica ayurvédica instaurou a crença nos três
humores biológicos – os doshas – a comporem a unidade humana,
denominados vata, pitta e kapha. O dosha vata, representando o elemento ar, é a
caracterização do aspecto Brahmados seres vivos, em sua potência criativa. Já pitta, o
elemento fogo, espelha o transformismo dinâmico de Shiva. E kapha, seria a
virtude Vishnu, simbolizada pelo elemento água, retratando a face apaziguadora da
divindade. Do equilíbrio desses três humores ou doshas é que se faria a saúde do
homem – o que se conseguiria através da utilização de plantas medicinais, aromas,
aplicações de metais e pedras preciosas, massagens terapêuticas e a prática da ioga
e da meditação.
Platão (428-347 a.C), discípulo direto de Sócrates, a quem imputa toda a sua
sabedoria, estabeleceu um pensamento nitidamente dualista na interpretação do
espiritualismo, ao admitir a alma como entidade separada do corpo, do qual se serve
para atingir os seus fins metafísicos. Além disso, ele dividiu a alma em três porções: a
razão, a emoção e a animalidade, que residiam no cérebro, no tórax e no abdome,
respectivamente. Apesar de considerados por muitos como dicotômicos, seus
vigorosos conceitos são nitidamente espiritualistas, servindo-se até os dias atuais para
se divisar a vida e seu telefinalismo, sob o prisma do espírito eterno.
Essa visão fora completamente absorvida pela medicina grega, que compreendia o
homem como um produto da combinação desses quatro elementos. O sangue
representaria o fogo; a bílis negra, a terra; a bílis amarela, o ar e o fleugma (linfa), a
água. Da junção harmoniosa desses elementos, então denominados humores,
dependia a saúde, e de suas desarmonias resultaria a doença, em suas múltiplas
expressões. A alma humana, contudo, adviria da quinta-essência, estando além dessa
conjuntura de humores, a atuar como uma força sutil, mantenedora e organizadora
das quatro substâncias fundamentais reunidas no corpo físico, conferindo-lhe o
sublime milagre da vida.
Medicina Hipocrática
No século V a.C., Hipócrates (460- 377 a .C.) fundou, na ilha grega de Cos, a primeira
escola formalmente instituída de medicina da história. Reconhecido como o Pai da
medicina, ele estabeleceu uma ciência médica fundamentada na existência da alma,
conferindo ao enfermo o perfeito critério de unidade. Embora admitisse a participação
dos humores, para Hipócrates a doença era uma perturbação do espírito e não
processos independentes dos órgãos físicos. A Escola de Cos, como ficou conhecida
a instituição por ele criada, procurava ressaltar os aspectos do temperamento e da
constituição na concepção e gênese da enfermidade, preconizando a existência de
doentes e não de doenças. Essa escola esboçou a primeira idéia de um princípio
unificador e diretor do organismo, chamado eidolon, considerado uma psique
individual, trazendo já a mesma conceituação que hoje se dá à alma.
Hipócrates, a quem se atribui ainda o juramento médico, dizia que havia na natureza
dos seres vivos um duplo dinamismo que os fazia crescer e movimentar-se, oriundo de
um princípio de ação imaterial denominadoanimus (aquilo que anima). Tal força
atuaria através do cérebro, nutrindo e animando os corpos biológicos, conferindo-lhes
a vida, sendo então compreendida como a própria alma dos seres viventes. Essa
alma, que se desprenderia com a morte, advinha de um sopro vital (pneuma), uma
espécie de ar que penetrava no corpo ao nascer, vitalizando-o e preenchendo em
graus de diferenciadas qualidades os seus diversos órgãos, sendo mais puro no
cérebro, onde operava as maravilhas do pensamento. Assim, segundo esse pensador,
a vida seria um campo energético a irradiar-se da alma.
Mais tarde surgiu, ainda na mesma Grécia, a Escola de Cnido, antiga cidade próxima
à ilha de Cos, hoje pertencente à Turquia. A escola cnidia opôs-se formalmente ao
pensamento hipocrático, ao considerar a doença uma perturbação independente dos
órgãos e um desequilíbrio meramente local. Como tal, deveria ser tratada com
métodos físicos, também locais.
O maior representante da medicina cnidia foi Cláudio Galeno, médico também grego
que viveu supostamente entre os anos 130 e 200 da Era Cristã. Ele deixou o seu
registro na história da medicina como o iniciador do materialismo médico, ao
preconizar que a parte enferma-se independentemente do todo, considerado por isso
o fundador da escola médica atual. Afirmava o grande médico que “toda função
alterada advém da alteração em um órgão e que toda alteração de um órgão provoca
uma alteração de função”. Assim, passou-se a associar cada enfermidade ao distúrbio
específico de um determinado órgão, e a ação médica deveria agora priorizar a
intervenção local nesse sítio afetado, a fim de restabelecer a saúde – metodologia até
hoje utilizada nos procedimentos médicos em geral.
A escola cnidia, seguindo o modelo próprio dos gregos, sustentava a teoria dos
humores para explicar o adoecimento humano. Galeno idealizou então métodos físicos
visando o equilíbrio desses humores, aplicando-lhes o princípio terapêutico dos
opostos. Ou seja, ao excesso de um determinado humor, dever-se-ia proceder à sua
evacuação. Iniciava-se em medicina o intervencionismo médico, mediante o emprego
dos vesicatórios, revulsivos, sangrias e purgativos. Desse modo, o grande médico
cnidio tornou prático o tratamento das doenças segundo esses rudimentares
princípios, estabelecendo uma terapêutica – a medicina dos humores – quase sempre
nociva, mas que perdurou por mais de mil anos, até o início da Era Moderna, quando
entrou em franco declínio.
Medicina Medieval
Nesse universo fechado, o homem, sufocado pelas redomas vítreas e subjugado pelo
pecado, via-se um simples herdeiro de Adão e Eva, desterrado e perdido em um
mundo provisório e hostil. Sua alma deveria agora, a todo custo, alcançar o Céu, o
paraíso perdido, com o sacrifício de todos os seus bens e prazeres transitórios. E
nesses obscuros tempos, era por demais arriscado opor-se a tais dogmas, pois as
teocracias medievais estavam dispostas a decretar a morte a quem os contrariasse.
Embora em seus primórdios sob forte influência de Platão, fixou-se o saber medieval
no cânone aristotélico, como o padrão inamovível da epistemologia humana, a
comandar todos os seus conceitos. A medicina, naturalmente, fez-se igualmente
aristotélica e concebia o homem como uma unidade composta de uma alma e um
corpo – sendo este entretecido na famosa mistura dos quatro elementos básicos da
natureza, e aquela feita de substância etérea, quintessenciada.
Grandes pensadores medievais sustentaram na medicina, por mais de mil anos, não
só a contundente cosmologia cristã como também o preponderante cânone
aristotélico. Dentre eles se destaca Avicena (980-1037), famoso médico e filósofo
persa, autor do Cânon da Medicina, o livro em que se baseou a medicina européia até
o século XVII. Ardoroso vitalista, admitia claramente a existência da alma e estudou as
suas relações com o corpo, segundo fundamentos teleológicos.
Em crise, a medicina medieval inicia o seu declínio. As antigas escolas médicas alemã
e francesa, ventiladas agora pelos favônios do iluminismo, encetam a busca por novos
conhecimentos, passando a apregoar igualmente a necessidade de racionalizar o
estudo médico.
Nessa nova atmosfera de preceitos regados pela ciência nascente, a medicina se viu
na premência de buscar para as doenças novas etiologias que se moldassem à
emergente e moderna visão mecanicista do homem – instituía-se assim a nosologia
médica, ao se estabelecer critérios para a classificação metodológica das
enfermidades, com base na anatomia patológica, que nascia juntamente com o
microscópio. Estava dado o primeiro passo para a visão fragmentária do ser humano e
o estabelecimento do materialismo médico. Movimento que terminaria por destituir o
homem definitivamente da alma e apartar cabalmente a medicina do espiritualismo
que a impulsionara pelo caminho dos séculos.
Todavia, tal compreensão espiritualista dos processos vitais não se sustentou por
muito tempo, pois, nessa mesma época, o pensamento médico deparou-se com as
idéias do grande filósofo francês, René Descartes (1596-1650), propondo resolver os
grandes enigmas da filosofia e da ciência unicamente com o uso da razão. O pai do
pensamento analítico interessou em resgatar, como retrato fiel da realidade, somente
o que obedecesse à pura lógica, banindo dos painéis da verdade os impositivos
fideístas que escapavam completamente à racionalidade. Empregando o método
indutivo, seu corpo conceitual deu origem ao reducionismo – metodologia de
conhecimento que consiste em decompor pensamentos e problemas em suas partes
mínimas e dispô-los em uma ordem lógica, a fim de compreendê-los e justificar assim
a funcionalidade do conjunto.
Albrecht von Haller (1708-1777), fisiologista suíço e escritor de expressão alemã, foi
um dos principais pesquisadores a sustentar a tese espiritualista nos cenários médicos
de sua época. Com ele, o espiritualismo encontrou uma observação experimental
renovada, terminando por apontar para a necessidade de uma nova ordem de
conhecimentos em medicina que se evadisse do mecanicismo cartesiano. Propôs
assim a experimentação dos medicamentos no homem, para se estudar os seus
efeitos, idéia que, no entanto, não chegou a praticar, e que caberia a Hahnemann logo
mais iniciar.
Movida pelo enorme sucesso inicial do método científico, a Era Moderna assiste,
paulatinamente, às idéias mecanicistas dominarem o pensamento médico ocidental,
extinguindo o que ainda havia de espiritualismo em suas escolas. Restava aos
espiritualistas, até meados do século XIX, apenas um de seus principais trunfos: as
substâncias ditas orgânicas, ao contrário das inorgânicas, somente podiam ser
produzidas pelos seres vivos, julgando-se que jamais seriam obtidas de forma artificial.
Chamada “barreira do organicismo”, essa era a última cartada do espiritualismo, a
sustentar a existência de uma entidade espiritual na condução da vida, única capaz de
produzi-la e cujo sopro sagrado jamais seria copiado pelo homem. Contudo, um fato
significativo cuidaria, em 1828, de mudar substancialmente tal crença, apunhalando de
morte as idéias espiritualistas: o químico alemão Friedrich Wohler, misturando duas
substâncias inorgânicas, o cianato de prata e o cloreto de amônio, conseguiu produzir
uréia. Wohler rompera a “barreira do organicismo”, firmando as idéias mecanicistas na
compreensão dos fenômenos biológicos. A noção de que somente o espírito seria
capaz de compor substâncias vitais, mediante atributos divinos, estava formalmente
derrubada. Abriram-se as portas não somente para se contestar a existência de
unidades sutis no ser vivo como também para se iniciar a fabricação de produtos
sintéticos, que iriam substituir os naturais – como as vitaminas e, mais tarde, os
hormônios – nascendo assim a farmacoquímica moderna.
Em 1872, Louis Pasteur trouxe a público o seu famoso trabalho que atestava a
existência dos microorganismos e destituía definitivamente a concepção da geração
espontânea. A vida somente podia ser reproduzida a partir de outra vida, por meio de
germes ou brotos provenientes de outros seres vivos, e não por prodigiosa
interferência de Deus, do espírito ou qualquer outra emanação de caráter místico.
Embora seja evidente a sua enorme contribuição para o alargamento da biologia e
uma atuação mais eficaz e segura da medicina, sobretudo no campo da cirurgia, ela
foi decisiva para banir a teoria espiritualista da vida e relegá-la a uma crença destituída
de fundamento científico.
A medicina oriental, pouco afeita e esses movimentos, permaneceu fiel aos seus
fundamentos vitalistas, norteada por suas rígidas e antigas tradições. A medicina
tradicional chinesa e a ayurvédica, suas principais representantes, chegaram, assim,
ao palco dos dias atuais, praticamente incólumes, resguardadas da contagiante visão
mecanicista ocidental.
Juntamente com a angústia semeada nos corações humanos, que se viram imersos
em uma vida sem sentido, em um insignificante mundo perdido na vastidão cósmica,
nascia a idéia de que toda a complexidade casual do universo poderia ser controlada
pela ciência. Esse movimento, conhecido como positivismo e inicialmente formalizado
pelo filósofo Auguste Comte (1798-1857), fomentou, nessa época, o sonho humano de
impor à fenomenologia do cosmo o mais absoluto controle. Mediante a experiência e o
conhecimento empírico dos fenômenos naturais, tudo, em uma mera questão de
tempo, seria desvendado e dominado pela ciência dos homens.
Sem se dar conta do fato, antepunha-se à razão humana um feito muito mais
miraculoso que a antiga crença na ação divina, pois, admitir que tudo tenha sido
gerado por um Criador inteligente, pelo menos justifica a presença da sabedoria,
inerente aos fenômenos universais. Já o milagre da matéria deixa sem solução essa
inequívoca ocorrência, uma vez que a experiência demonstra que o acaso somente
pode produzir o caos, jamais ordem. As forças físicas, entregues a si próprias,
promovem sempre o aumento da entropia, jamais o contrário – afirmam os
fundamentos da termodinâmica. Dessa maneira, a vontade diretora, a ordenação e o
telefinalismo, patentes no funcionamento orgânico, permaneceram sem uma plausível
explicação.
Medicina Materialista
Medicina Flexneriana
Essa nova medicina que nascia tinha por base o mecanicismo científico que então
vigorava nas paisagens conceituais humanas. Visão que se fundamentava na
compreensão do homem como uma máquina fisiológica, cuja complexidade se julgava
agora poder explicar pelo seu próprio funcionamento. Banindo de seu seio todas as
influências ditas naturalistas, essa inovadora medicina passou a se valer não só de
medicamentos padronizados e artificiais, mas a buscar, por meios tecnológicos e
apurados métodos diagnósticos, as razões últimas do adoecimento humano nos
distúrbios celulares. Objetivando a parte e não o todo orgânico, a medicina abandona
então a formação generalista e inicia o caminho da especialização, como norma
indispensável para a sua nova prática segmentar de saúde.
Medicina Tecnológica
Com a Revolução Industrial, surgia assim a medicina tecnológica. Nessa nova ordem
de idéias, o homem foi tido como uma ferramenta de produção que não pode parar, a
fim de não ocasionar prejuízos aos crescentes interesses econômicos da sociedade.
Casa-se a medicina com o tecnicismo e o capitalismo, moldando-se à Era das
Máquinas, abrindo áridos caminhos por entre os sofrimentos humanos, sequiosa de
lucros fáceis, enquanto a alma dos enfermos sucumbia ante as suas novas e frias
concepções materialistas. Uma nova metodologia de saúde, largamente empregada,
passou a objetivar prioritariamente a supressão das doenças, as quais, se era capaz
de estancar momentaneamente, não podia impedir que retornassem mais tarde, quase
sempre agravadas.
Essa nova metodologia levou à formação de novos profissionais de saúde não mais
dispostos a ouvir as longas queixas dos pacientes. Bastava agora perscrutar-lhes os
escaninhos orgânicos com extensos estudos laboratoriais, mediante o emprego da
mais primorosa tecnologia a serviço da saúde. Com decisiva influência, essa nova
corrente médica foi implantada no resto do mundo ocidental, ventilada pelo seu grande
sucesso econômico e a capacidade de identificar precisamente o local de adoecimento
dos enfermos, como se aí depositasse a razão última dos seus sofrimentos.
Medicina Epifenomênica
Todo modelo terapêutico que não se valesse dessa nova compreensão foi
abandonado, destituído de qualquer valor. Estava decretada, cientificamente, a
inexistência de qualquer domínio de caráter imponderável em ação na natureza
humana. A consciência, inquestionável presença no campo íntimo do homem, a
inteligência formativa, a sabedoria dos instintos, a diligente orientação das forças
fisiológicas e o complexo maquinário bioquímico a serviço da vida são agora
intrigantes produtos epifenomênicos, ou seja, nada mais que impulsos nascidos no
âmbito da própria matéria. Esta gerara a si mesma e, mediante forças casuais, impõe
controle ao seu inerente funcionamento.
Medicina Quimiocêntrica
Medicina Genética
Com a descoberta do DNA, nasce a idéia, a somar-se à visão materialista da
medicina, de que todo o controle dos seres vivos poderia situar-se nas cadeias
genômicas, onde bases nitrogenadas, coerentemente organizadas pelo acaso,
carreariam todas as informações necessárias ao complexo funcionamento da vida. Se
aí reside a direção suprema dos fenômenos vitais, então aí também se encontraria,
segundo esse entendimento, a máxima possibilidade de se impor-lhes o completo
domínio.
Surge a engenharia genética, como uma nova perspectiva para o homem que adoece.
O tecnicismo médico partiu então no encalço da determinação da exata seqüência
com que as bases nitrogenadas estão inscritas na fita dupla de DNA. E sonha agora a
medicina com a possibilidade de produzir na Terra seres perfeitos, mediante a
subjugação absoluta do comando genético.
Medicina Inorgânica
Ora, a vida, se sabe transmitir com eficiência suas conquistas metabólicas de uma
geração para outra, igualmente faz migrar os seus prejuízos, fato constatado nas
populações de bactérias. Por isso, é possível que o imoderado emprego de drogas
artificiais, alheias à organicidade da vida, não se restrinja ao dano unicamente do ser
que a elas se expõe, mas termine por incorporar-se como resíduo genético de uma
raça, a carrear efeitos danosos para as futuras gerações. O resultado a longo prazo
poderá ser a fixação de sérios prejuízos ao delicado equilíbrio bioquímico do homem,
terminando por produzir na Terra uma raça de seres frágeis, impróprios para superar
os desafios naturais da existência. Desse modo, faz-se premente que o médico, na
atualidade, receie pelo uso imoderado do quimismo medicamentoso, utilizando-o com
cautela.
Nos anos de 1905 e 1915, Albert Einstein (1879-1955) enuncia a sua famosa teoria da
relatividade, propondo mudanças fundamentais no comportamento da fenomenologia
física, destituindo-se o absolutismo do tempo e do espaço que vigorara nas
concepções newtonianas. Agora, submetidas ao império da constância da velocidade
da luz, o tempo e o espaço não são mais entidades absolutas. E com Einstein, o
universo se curva à relatividade de todas as suas medidas, tornando-se um campo
elastecido pela fluidez docontinuum espaço-tempo e dobrado sobre si mesmo. O
tempo se dilata e as distâncias se encurtam no âmbito das grandes velocidades e das
variações gravitacionais. O cosmo deixou de ser o imenso relógio de engrenagens
estáticas e perfeitamente uniformes da clássica visão newtoniana para se fazer um
amálgama aglutinado pelas próprias dimensões.
Neocriacionismo Cosmológico
Sem o saber, é o próprio pensamento científico que, nos dias atuais, cuida de refazer
a antiga visão de mundo da tradição judaico-cristã, ao apregoar um universo fechado,
encerrado nos limites de uma instância supradimensional, cujas características nos
fazem recordar a esfera divina, segundo as descrições de todas as visões religiosas e
intuitivas do passado.
Em 1900, Max Planck, estudando a irradiação dos corpos negros, descobriu o curioso
fenômeno do empacotamento da energia. Ou seja, os campos de força que
entrelaçam e sustentam as partículas atômicas e se irradiam a partir delas não se
expressam como processos contínuos, porém acham-se fracionados em unidades
indivisíveis, às quais se denominou quantum – a quantidade mínima. Nascia a física
quântica, a determinar uma diferenciada maneira de se conceber a realidade em que
vivemos. Recebendo, ao longo das próximas três décadas, as importantes
contribuições de grandes nomes, como Niels Bohr, Louis Victor de Broglie, Erwin
Schrödinger, Heisenberg e o próprio Albert Einstein, fixou-se, vitoriosa, como a nova
ciência a redesenhar o mundo segundo concepções até então inimagináveis.
Nessa nova visão, que a cada dia tem se mostrado a mais compatível com a
fenomenologia do universo, a matéria deixou de ser uma realidade concreta para se
desfazer como evanescentes campos de energias –propriamente chamados
de eventos. Matéria e energia, partícula e onda são agora entidades de mesma
natureza, compartilhando idênticas propriedades, a se diferenciarem apenas por
tonalidades vibracionais.
Neo-Espiritualismo Quântico
Todos esses fatos, revelados pelas pesquisas científicas, desfraldam agora ao homem
do século XXI um novo cenário de compreensão do universo. Este se torna, no dizer
do físico Fritjof Capra, um grande pensamento, interligado por conexões não-locais,
compondo uma teia de eventos inteligentes que se pode conceber como extensão de
uma Consciência cósmica de unificação.
E hoje é a mesma ciência que, atônita, admite que, a despeito das vastas e
surpreendentes descobertas no campo biológico, não se chegou ainda a uma
conclusão precisa e coerente sobre o que é a vida e o que produz a sua admirável
proficiência. Acreditava-se que o DNA, com sua intrigante inteligência, seria suficiente
para explicar a organização dos seres vivos. Contudo, o projeto genoma que
destrinchou a correta seqüência do código da vida a serviço do homem, chegou à
conclusão de que as informações aí contidas não são suficientes para se justificar a
alta complexidade do ser humano. Considera-se que cada par de genes, contendo
suas longas cadeias duplas de bases nitrogenadas, contém o registro seqüencial de
uma única proteína – complexa cadeia constituída por milhares de átomos de carbono,
oxigênio e nitrogênio, ordenados segundo uma seqüência exata. Constatou-se que
existem 33 mil pares de genes no DNA, ou seja, o suficiente para o registro de 33 mil
modelos protéicos – número muito inferior aos supostos dois milhões de tipos de
proteínas necessárias para se fazer um ser humano. E assim, conclui-se que o
genoma é mero rascunho de como formar seres vivos, explicando-se porque o homem
detém 96,4% de semelhança com o arquivo genômico do chimpanzé. A idéia de que o
mecanicismo genético é o único a se responsabilizar pela edificação biológica começa,
com isso, a ser questionada.
E, de fato, como adotar o acaso por diretor da vida se, partindo da simplicidade das
formas, ela produz a beleza de organismos cada vez mais aprimorados? Somente um
telefinalismo superior poderia justificar a complexidade crescente e a supremacia de
seres admiráveis, capazes de sobreviver em meio às dificuldades descomunais e
aparentemente insuperáveis do planeta. Na infatigável esteira do tempo, a vida soube
vencer todos os obstáculos, a fim de produzir o seu fruto mais sagrado: a consciência
superior, representada pelo despertar de um psiquismo que, ao que tudo indica, já
dormitava na carne desde os seus primórdios.
Seguramente, a vida somente pode ser definida pela forma como ela se expressa e
não pelos seus atributos, cuja origem e essência se ignora. Pensadores modernos a
definem como um domínio caracterizado pela capacidade de se auto-organizar,
embora não se compreenda de onde advenha seu inerente padrão de ordem. Os
seres viventes, diferentemente dos corpos inanimados, têm a possibilidade de
crescimento intrínseco, de liberdade de movimento, de reação aos estímulos do meio
e de se copiarem a si próprios, através do fenômeno da reprodução. Tais
propriedades, no entanto, em última análise, não são mais um atributo exclusivo da
vida. Ao se penetrar na intimidade atômica, desaparecem e se igualam todas as
possibilidades verificadas fisicamente no ser vivo, onde se identificam entidades
interativas e tão vivas quanto a própria vida. E, se no microcosmo, a vida se confunde
na complexidade dos campos quânticos, no macrocosmo, ela permanece intrigante
em suas multifárias expressões, adaptadas, de forma admirável, às mais diferentes
condições ambientais do planeta.
Neocriacionismo Biológico
Os seres vivos exibem qualidades e habilidades tão fascinantes que, para alguns
pensadores da atualidade, chamados neocriacionistas, seriam obras de um requintado
projeto – então denominado planejamento inteligente. Enquanto a crença derivada das
idéias de Darwin afirma a criação da vida por ato aleatório dos elementos químicos,
submetidos à seleção natural, os defensores dessa idéia acreditam que o mais lógico
seria admitir a existência de um padrão inteligente, não físico, imprimindo-se na
matéria viva. Fato que torna possível a sua alta complexidade e a repetição de seus
padrões sempre idênticos.
Um dos protagonistas dessa nova tese, o bioquímico Michael Behe, apóia suas
concepções na teoria chamada complexidade irredutível, segundo a qual um sistema
orgânico existe e funciona somente quando perfeitamente integrado aos objetivos
superiores da unidade que o sustenta. Um exemplo típico seria o olho humano – órgão
que não pode ser compreendido como um encontro casual de peças, porém parte de
um projeto sabiamente idealizado, que executa um programa, mediante a participação
dos seus variados componentes, perfeitamente orientados a uma finalidade última.
Finalidade que cada parte isoladamente desconhece e que se cumpre somente se as
peças estiverem sob o comando de um sistema central de integração. Como o olho
humano, todos os órgãos fazem parte de uma programação coerente que conhece
objetivos a se cumprirem, os quais estão muito além do conhecimento particular de
seus componentes.
Outro fato, antes aparentemente simples, que vem suscitando a presença de uma
perturbadora inteligência nos processos biológicos é o dilema das penas das aves. O
reducionismo não pode explicá-las, pois são formadas por meras moléculas de
queratina, às quais não contam com a “inteligência” do DNA. Produzidas em folículos
pilosos, os mesmos que nos mamíferos confeccionam os pêlos, as moléculas de
queratina deixam-se moldar, na pena, em filetes com espículas e canaletas que se
encaixam com precisão, a fim de proporcionar à estrutura final uma perfeita lâmina de
sustentação ao vôo. E modulam-se com a exata curvatura necessária à aerodinâmica
da ave. Além disso, cuidam de preparar uma penugem próxima ao corpo do animal, a
fim de aquecê-lo e se dão ainda ao luxo de se desenhar e se colorir segundo o padrão
da pena vizinha, conferindo, ademais da perfeita funcionalidade, um belo resultado
artístico ao conjunto final. Como as moléculas de queratina são capazes de realizar
tais proezas, se os DNAs das células que as secretam estão à distância, nos bulbos
pilosos, e todas essas queratinas são quimicamente iguais? Imagina-se que seriam
produzidas com determinados comandos elétricos que as obrigariam a se conformar
segundo a estrutura final desejada. Todavia, a inteligência requerida para essa
complexa operação não poderia estar contida nos genomas das células pilosas. Seria
algo comparado a um engenheiro que erguesse um prédio imprimindo ordens em cada
tijolo para que, por si mesmos, ocupassem a sua exata e coerente posição no edifício
a ser construído – uma sabedoria por demais complexa para se pedir a um conjunto
de moléculas ou mesmo atribuir-se à ação do acaso. Assim, tudo leva a crer na
existência de um psiquismo diretor que conhece aerodinâmica e, através de impulsos
sutis, constrói com arte e funcionalidade o seu requintado instrumento de vôo.
O biólogo Rupert Sheldrake chegou a essa mesma conclusão em 1981, ao intuir que o
acervo genético não poderia conter um sistema de orientação da conformação dos
seres vivos. Propôs então o interessante conceito decampos morfogenéticos para se
explicar a correta moldagem dos organismos, repetindo a cada existência o exato
protótipo característico da espécie. Campos que seriam moldes de natureza
extrafísica, capazes de obrigar as células a ocupar posições pré-determinadas por um
psiquismo que conhece não só funções, mas igualmente a forma anatômica
necessária para desempenhá-la com proveito.
A existência dessa energia não pôde até hoje ser comprovada, mas admite-se que
estaria próxima de outras manifestações energéticas do ser vivo, como a energia
calórica e a bioelétrica. Não seria dotada de uma sabedoria própria e independente,
porém funcionaria como um sensor da inteligência espiritual que rege o ser como um
todo. E não estaria afeita a um potencial meramente mecânico e pertinente à
movimentação dos órgãos, mas evocaria um dinamismo inerente à vida, antecedente
das atividades elétricas do organismo, as quais, na verdade, originariam.
E assim, nos dias hodiernos, uma nova biologia não tarda a insurgir nos bancos
acadêmicos – a biologia espiritual – a qual adotará o primado do espírito como
explicação para a admirável sabedoria presente nos seres vivos. Biologia que não
será mais um estudo de cadáveres, porém ciência do espírito. Filiada à essência
superior que comanda a vida, ela saberá conduzir o pensamento humano ao
reencontro com o sagrado que se oculta em sua própria substância.
Nos febricitantes dias atuais, em que todos os valores culturais e éticos ainda se
acham macerados pelas imposições do agonizante materialismo científico, os mais
atentos estão presenciando o nascimento dessa nova cosmovisão, a qual
recrudescerá as velhas verdades que alimentaram o saber humano em todos os
tempos. E em breve se verá o alvorecer de um novo Renascimento cultural,
restaurando o antigo espiritualismo no cenário epistemológico do novo século que se
inicia, atendendo às necessidades da lógica humana, amadurecida pelos tempos, e
ante a falácia do reducionismo determinístico em explicar a fenomenologia do cosmo e
da vida.
Torna-se a cada dia mais evidente que, embora hábil em analisar os fatos objetivos
que integram o campo físico, o indutivismo científico da Era Moderna não pôde
elucidar os mistérios que se escondem na imponderabilidade, que a tudo sustenta no
universo – como constatado pela mecânica quântica. Tendo acumulado um número
expressivo de dados, a ciência materialista atingiu a sua máxima expressão. Detida
em meio a infindas análises, ela se mostra insuficiente para realizar a síntese do
conhecimento. Falta-lhe uma orientação geral e uma visão de conjunto que somente o
dedutivismo, veiculado por genuíno espiritualismo, é capaz de lhe facultar.
Enfim, a terapia materialista trata deficiências orgânicas de toda natureza, porém não
prioriza a correção dos perniciosos excessos e vícios que, em última análise, os
produzem. Conclui-se, assim, que o exercício médico ainda não aprendeu a curar o
homem em sua totalidade. E, com enorme afã, cuida unicamente de impor
momentâneo freio ao adoecimento segmentar, empregando meios sempre paliativos
ou supressores de males que retornam sempre ao seu sítio de manifestação.
Não se nega que muitas vidas são salvas graças à hodierna ação médica. Drásticas
intervenções medicamentosas artificiais fazem-se necessárias e úteis, perante graves
falências orgânicas. Destarte, acreditando apenas na inexorável atuação do acaso no
arranjo da vida, terminou a medicina moderna por iludir-se de que encontrará soluções
para todas as dores humanas na baqueta mágica da farmácia.
Todavia, para que a medicina contemporânea adentre esse novo roteiro faz-se
necessário ventilá-la com alvissareiros princípios que lhe façam superar o seu
insuficiente materialismo e lhe capacitem a uma interpretação mais completa do ser
humano, propiciando-lhe intervenções mais eficazes no seu adoecimento.
Depois que a nova física destituiu o primado da matéria como fundamento do universo
– agora considerada nada mais que produto de diáfanos vórtices precipitados em
aparentes massas – faz-se imperioso à medicina compreender os fenômenos
biológicos igualmente inseridos nessa mesma realidade. Ela não pode prosseguir
vendo o homem como um amontoado celular, organizado pela casualidade de átomos
que a si mesmos se criaram e gerenciam as próprias necessidades, justificando assim
o seu intervencionismo.
A medicina terá que evoluir para essa compreensão unitária do ser humano, como
única forma de lhe proporcionar seguros benefícios terapêuticos. Não se pode mais
cuidar de um doente fragmentado, suprimindo-lhe momentaneamente a linguagem da
enfermidade, sem ensiná-lo a lograr as lições que suas dores lhe facultam. Não se
silencia sinais e sintomas, sem atender os imperativos maiores da vida humana. E não
se pode pretender substituir-se à natureza, sem conhecer-lhe as finalidades superiores
a se cumprirem na esteira do destino.
Faz-se hora, portanto, em que a medicina deve priorizar a intuição como genuína fonte
de conhecimento, capaz de orientá-la na aquisição dessa nova visão do homem.
Afeito ao imperceptível, esse é o único método que lhe possibilitará penetrar nas
instâncias imateriais que consubstanciam o ser, inacessíveis à análise indutiva até
então desenvolvida pela ciência. O reducionismo analítico, apropriado aos fenômenos
passíveis de instrumentação física, se foi importante em uma época, atingiu o seu
máximo rendimento e agora não se mostra mais suficiente para enfrentar os grandes
mistérios que permeiam a intimidade da matéria, tanto a inerte quanto a orgânica, e
despontam agora como grandes desafios para a razão humana. Assim, a metodologia
dedutiva deve ser considerada um meio eficaz de conhecimento, pronto a auxiliar a
ciência na busca da verdade. Esse tem sido o caminho que muitos pesquisadores
modernos, como os chamados físicos místicos, estão trilhando para penetrar de modo
mais efetivo na compreensão da complexidade universal.
Quadro sinóptico da nova visão da causalidade fenomenológica, sugerida pela mecânica quântica
(adaptado do livro O Médico Quântico, de Amit Goswami, Editora Cultrix; 2006).
Uma medicina sustentada por essa visão espiritualista já vem sendo exercida há
tempos no mundo ocidental, com largo apoio da sabedoria popular, praticada sob
variados nomes, como reiki, fluidoterapia, acupuntura, tratamento espiritual, leitura
corporal, fitoterapia, antroposofia, homeopatia e outras correntes. Práticas
complementares de saúde que já intentam compreender a doença como uma pulsão
energética alterada, que somente pode ser corrigida em sua imponderável origem.
A Medicina do Futuro
Prevê-se, nos agitados dias hodiernos, a morte do materialismo médico mais rápido do
que se imaginava, sob os clarões desses novos conceitos, nascidos no âmbito do
próprio cientificismo pós-moderno e não das religiões, como julgam pensadores
desavisados. Em breve, acredita-se, o pensamento vigente retomará o espiritualismo,
pela falácia das concepções mecanicistas em explicar os intrigantes fenômenos da
vida e do ser. Embora semeadas em um século de estonteantes avanços científicos e
alardeadas como verdades inquestionáveis, estão esgotando-se as possibilidades
para que a matéria orgânica explique a si mesma, quando observada em seus
espetaculares e ínsitos mecanismos.
Logo, aprendendo que a doença traz importantes lições para a evolução humana, a
finalidade nobre da prática médica deixará de ser mera imposição de momentâneo
silêncio orgânico ao carro fisiológico, para se tornar uma sublime orientação à
conquista da verdadeira saúde pelo próprio enfermo – este, sim, o lídimo desiderato
terapêutico priorizado pela nova ação médica. Dessa forma, a futura medicina
reconhecerá a existência de leis fenomênicas em ação tanto na realidade física quanto
no mundo orgânico e consciencial, as quais deverão ser seguidas, a fim de se
favorecer o doente com a aquisição da harmonia plena.
E, tornando-se muito mais preventiva do que curativa, essa futura medicina aprenderá
a orientar devidamente o homem no aprimoramento de sua conduta, pois não se pode
pretender curar o seu corpo sem saber guiá-lo na lavoura do comportamento.
Convencida de que somente a obediência à Lei divina, inscrita em sua consciência,
poderá proporcionar-lhe a saúde integral, a ciência médica adotará então fundamentos
éticos elevados como recurso de saúde, contribuindo assim para que o indivíduo mais
rapidamente se aposse da plenitude para a qual foi criado.
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