Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
9
Acta Pediatr Port 2006:1(37):9-14 Sarafana S et al – Aleitamento Materno
10
Acta Pediatr Port 2006:1(37):9-14 Sarafana S et al – Aleitamento Materno
RN estiveram dois dias na maternidade e só 4% permanece- Durante o 1º mês de vida observou-se uma diminuição da fre-
ram mais de 4 dias. quência de amamentação (AM 1 mês (p<0,005); AM Exclu-
sivo 1 mês (p=0,05)), mantendo-se esta tendência ao 3º mês
Taxas de amamentação de vida. Aos 6 meses as taxas de amamentação foram seme-
Nos Quadros II e III apresentam-se as frequências de Alei- lhantes em ambos os estudos.
tamento Materno Exclusivo e Misto encontradas em 2003 e
No Quadro IV estão expostas as razões invocadas pelas mães
em 1994.
para a introdução de um Leite Artificial para lactentes (LA),
Quadro II – Prevalência de Aleitamento Materno (AM) em 2003. sendo as razões mais frequentemente apontadas «RN ficava
com fome», «leite era fraco» e «tinha pouco leite». Relativa-
AM Exclusivo AM mente aos estudos descritos na bibliografia as mães apontam
À saída da Maternidade 95% (190 / 200) 98,5% (197 / 200) menos frequentemente como razão para suspensão do aleita-
Ao mês 60% (118 / 197) 75% (148 / 197) mento materno a «não aumentava de peso».
Aos 3 meses 37% (68 / 185) 55% (102 / 185) Quadro IV - Razões invocadas para a introdução de fórmula para
Aos 6 meses 25% (43 / 173) 36% (62 / 173) lactentes (LA) (n=135).
% 100 % 100
80 80
60 60
40 40
20
20
0
0
Mat 1º mês 3º mês 6º mês
Mat 1º mês 3º mês 6º mês
1994 2003 Caucasiana Negra
Figura 2 – Prevalência de Aleitamento Materno na Unidade de Saúde Figura 3 – Aleitamento Materno segundo a etnia (%). Mat.- Mater-
do hospital (%). Mat.- Maternidade. nidade.
11
Acta Pediatr Port 2006:1(37):9-14 Sarafana S et al – Aleitamento Materno
Avós amamentaram
Avós não amamentaram
Figura 6 – Aleitamento Materno segundo a “tradição” familiar (%).
Mat.- Maternidade.
12
Acta Pediatr Port 2006:1(37):9-14 Sarafana S et al – Aleitamento Materno
13
Acta Pediatr Port 2006:1(37):9-14 Sarafana S et al – Aleitamento Materno
do. A Estratégia Global para a Alimentação de Lactentes e 14. Kleinman RE (Ed). Paediatric Nutrition Handbook, 4th Edition, Elk
Crianças na 1ª Infância, adoptada por todos os estados-mem- Grove Village, IL: American Academy of Pediatrics, Committeee on
Nutrition, 1998.
bros da OMS na 55.ª Assembleia Mundial de Saúde19, fornece
uma base para as iniciativas de saúde pública, para proteger, 15. Wrist AL, Bauer M, Naylor A, Sutcliffe E, Clark L. Increasing
promover e apoiar o aleitamento materno. Esperamos que a breastfeeding rates to reduce infant illness at the community level.
Pediatrics 1998; 101(5): 837-44.
aplicação do Blueprint da União Europeia (“Projecto em
Acção”) 30 venha a permitir uma melhoria generalizada nas 16. Berhrman RE, Kliegman RM, Jenson HB. Nelson – Textbook of
Pediatrics. 17th ed. Philadelphia, WB Saunders Company, 2004.
práticas e taxas (iniciação, exclusividade e duração) de aleita-
mento materno a nível europeu, assim como um maior 17. Ryan AS. The resurgence of breastfeeding in United States.
número de pais confiantes, habilitados e satisfeitos com a sua Pediatrics 1997; 99(4): 1-5.
experiência no campo do aleitamento materno, e profissionais 18. ESPGAN, Committee on Nutrition. Guidelines on infant
de saúde com melhores competências e maior satisfação pro- nutrition.III. Recommendations for infant feeding, Paediatr Scand
1982: 1-20.
fissional.
19. World Health Organization. Global Strategy for Infant and Young
Child Feeding. World Health Organization, Geneva, 2003.
Referências 20. UNICEF/WHO. Innocenti Declaration on Protection, promotion and
support of breastfeeding. Florence, Italy: UNICEF and WHO, 1990.
1. Rocha LM, Gomes A. Prevalência do Aleitamento Materno nos
Primeiros 6 Meses de Vida, Saúde Infantil 1998; 20(3): 59-66. 21. Kramer MS, Chalmers B, Hodneck ED, Sevkovskaya Z, Dzikovich
I, Shapiro S, et al. Promotion of breastfeeding intervention trial
2. Schanler R., Connor K., Lawrence R., Pediatricians Practices and (PROBIT): a randomised trial in the Republic of Belarus. JAMA
Attitudes Regarding Breastfeeding Promotion, Pediatrics, 1999, 2001;285:413–20
103(3):35-40.
22. Hofvander Y. Breastfeeding and the Baby Friendly Hospitals
3. US Department of Heath and Human Services. HHS Blueprint for Initiative (BFHI): Organization, response and outcome in Sweden
Action on Breastfeeding, Office of Women´s Heath, 2000. and other countries. Acta Paediatrica 2005; 94: 1012-16
4. American Academy of Pediatrics – Policy Statement: Breastfeeding 23. Coutinho SB, Lima Mde C, Ashworth A, Lira PI. Impacto de treina-
and the use of Human Milk. Pediatrics 2005; 115(2): 496-506. mento baseado na Iniciativa Hospital Amigo da Criança sobre práti-
5. Morrow AL, Guerreiro ML, Shults J., Calvo JJ, Luter C, Bravo J. et cas relacionadas à amamentação no interior do Nordeste. J Pediatr
al, Efficacy of home based peer counselling to promote exclusive (Rio J). 2005; 81(6):471-7.
breastfeeding: a randomised controlled trial. Lancet, 1999, 353: 1226- 24. Broadfoot M, Britten J, Tappin DM, MacKenzie JM. The Baby
31. Friendly Hospital Initiative and breast feeding rates in Scotland. Arch
6. Kummer S., Giugliani E., Susin L., Folletto JL, Lermen NR, Wu V. et Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2005;90(2):F114-6.
al., Evolução do Padrão de Aleitamento Materno, Rev. Saúde Pública, 25. Philipp BL, Malone KL, Cimo S, Merewood A. Sustained breast-
34(2): 143-8. feeding rates at a US baby-friendly hospital. Pediatrics. 2003;112(3
7. Marques N., Lira P., Lima M.,Silva N., Filho M.,Huttly S. et al, Pt 1):e234-6.
Breastfeeding and Early Weaning Practices in Northeast Brazil: A 26. Braun ML, Giugliani ER, Soares ME, Giugliani C, de Oliveira AP,
Longitudinal Study, Pediatrics, 2001,108(4): 66-73. Danelon CM. Evaluation of the impact of the baby-friendly hospital
8. Duarte A., Eira A., Perico C.. Alimentação do Lactente no Distrito de initiative on rates of breastfeeding. Am J Public Health.
Setúbal em 1998, Acta Pediatr Port 2002; 33 (2): 63-71. 2003;93(8):1277-9
9. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. 27. Merewood A, Philipp BL, Chawla N, Cimo S. The baby-friendly
“Uma observação sobre Aleitamento Materno”. Lisboa, Onsa 2003. hospital initiative increases breastfeeding rates in a US neonatal
intensive care unit. J Hum Lact. 2003;19(2):166-71.
10. Branco AS, Bastardo C., Albuquerque M., Oliveira G, Aleitamento
Materno: A Prática Hospitalar e o Sucesso das Medidas de 28. Cattaneo A, Buzzetti R. Effect on rates of breast feeding of training
Implementação do Aleitamento Materno até aos 6 Meses de Vida, for the baby friendly hospital initiative. BMJ. 2001; 323(7325):1358-
Acta Pediatr Port 2004; 35 (5e6):441-5 62.
11. Virella D., Ferreira JP., Lynce N.; Padrão Alimentar no Primeiro Ano 29. Philipp BL, Merewood A, Miller LW, Chawla N, Murphy-Smith
de Vida no Concelho de Cascais, Acta Pediatr Port 1999; 30 (2) MM, Gomes JS, Cimo S, Cook JT. Baby-friendly hospital initiative
improves breastfeeding initiation rates in a US hospital setting.
12. Miranda AC, Determinantes do aleitamento materno, Saúde em
Pediatrics. 2001; 108(3):677-81.
Números 1988;3 (5): 37-39
30. Conferencia da União Europeia, BlueprintPortuguese, Protecção,
13. Kuan L., Britto M, Decolongon J., Schoettker P., Atherton H.,
promoção e suporte ao aleitamento materno na Europa: um projecto
Kotagal U., Heath System Factors Contributing to Breastfeeding
em acção, Irlanda 2004.
Success, Pediatrics, 1999, 104(3): 1 -7.
14