Você está na página 1de 11

JORNADA DE TRABALHO, DURAÇÃO E INTERVALO.

JORNADA: (journée ou giornata) trabalho diário.


CLT estabelece jornada de trabalho é o período em que o empregado fica à
disposição do empregador:

Art. 4º Considera-se como de serviço efetivo o período em


que o empregado esteja à disposição do empregador,
aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada.

Por determinação legal, o tempo a disposição do empregador, trabalhando ou


não, independente das atribuições estarem sendo exercidas ou não, onde quer que o
empregado se encontre, no estabelecimento ou fora dele, será considerado como tempo
efetivo de trabalho para compor a jornada, exceto se a própria lei trouxer exceção.
A lei estabelece algumas formas diferenciadas para pagamento de tempo a
disposição como por exemplo nos casos de sobreaviso e prontidão.

CLT. Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados


extranumerários, de sobreaviso e de prontidão, para
executarem serviços imprevistos ou para substituições de
outros empregados que faltem à escala organizada.          
§ 1º [...]
 § 2º Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que
permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer
momento o chamado para o serviço. Cada escala de
"sobreaviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, as
horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas
à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.       
§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas
dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de
prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de
prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de
2/3 (dois terços) do salário-hora normal.    
             
DURAÇÃO: Existência de limitação diária e semanal.

Limitação de tempo de trabalho por razões biológicas (prevenção estresse e


fadiga), sociais (permitir relacionamentos com familiares e amigos) e econômicas
(manutenção de produtividade).

CF. Art. 7º, XIII duração do trabalho normal não superior a


oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;  

CLT. Art. 58 A duração normal do trabalho, para os


empregados em qualquer atividade privada, não excederá de
8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite.

Mas não esquecer que existem regulamentações específicas que estipulam


jornadas de trabalho especiais. (obs: TDE mapa mental colaborativo)

Controle de jornada: O controle convencional é feito por meio do ponto.

Art. 74. O horário de trabalho será anotado em registro de


empregados. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 1º (Revogado).
§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte)
trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada
e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico,
conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
permitida a pré-assinalação do período de repouso.
§ 3º Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o
horário dos empregados constará do registro manual,
mecânico ou eletrônico em seu poder, sem prejuízo do que
dispõe o caput deste artigo.

TST Súmula 338.


JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA
PROVA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs
234 e 306 da SBDI-1)
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez)
empregados o registro da jornada de trabalho na forma do
art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos
controles de frequência gera presunção relativa de
veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida
por prova em contrário.
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda
que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por
prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em
20.06.2001)
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de
entrada e saída uniformes são inválidos como meio de
prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas
extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a
jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306
da SBDI-1- DJ 11.08.2003)

Obs: entradas e saídas uniformes: ponto britânico.

Atenção:
Tempo de tolerância: 10 min. por dia, 5 na entrada e 5 na saída.

CLT. Art. 58 A duração normal do trabalho, para os


empregados em qualquer atividade privada, não excederá de
8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite.
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto
não excedentes de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários.

Hora in itinere não é computada como tempo de serviço. (alterado pela lei
13.467/17)
CLT. Art. 58, § 2º O tempo despendido pelo empregado
desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de
trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer
meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador,
não será computado na jornada de trabalho, por não ser
tempo à disposição do empregador.           

O que ocorre quando extrapolada a jornada diária? Paga-se como hora


extraordinária.

O trabalho suplementar é incomum e transitório. A legislação trabalhista


brasileira permite que os empregados prestem até duas horas a mais de trabalho por dia
mediante acordo individual, convenção ou acordo coletivo. Essas horas além da jornada
devem ser pagas com adicional de pelo menos 50% do valor da hora normal ou
compensadas por meio de banco de horas.
CLT. Art. 59.  A duração diária do trabalho poderá ser
acrescida de horas extras, em número não excedente de
duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho.                    
§ 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50%
(cinquenta por cento) superior à da hora normal.      

CF. art. 7º, XVI - remuneração do serviço extraordinário


superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;

Como calcular horas extras?


Divide-se o salário pelo tanto de horas trabalhadas no mês.
(por ficção jurídica considera-se o mês com 5 semanas)
Quando um empregado trabalha em regime de 8 horas diárias/44 semanais,
corresponde a trabalhar 220 horas por mês. (44 horas x 5 semanas)

SALÁRIO-HORA. EMPREGADO SUJEITO AO REGIME


GERAL DE TRABALHO (ART. 58, CAPUT, DA CLT). 40
HORAS SEMANAIS. CÁLCULO. APLICAÇÃO DO
DIVISOR 200 (redação alterada na sessão do tribunal pleno
realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado
em 25, 26 e 27.09.2012 Para os empregados a que alude o
art. 58, caput, da CLT, quando sujeitos a 40 horas semanais
de trabalho, aplica-se o divisor 200 (duzentos) para o cálculo
do valor do salário-hora.

Ex: João que trabalha no regime de 8 h diárias/ 44 h semanais e recebe 2.000,00


por mês.
Cada hora de trabalho do João custa R$ 9,09.
Pois, salário divido por horas trabalhadas no mês deu 9.09 (2.000/220 = 9,09).
Considerando que a hora extra deve ser paga com adicional de no mínimo 50%,
temos que, se nada for acordado, por cada hora extra que João realizar receberá R$9,09
+ 50%, ou seja, R$13,63.

Compensação de jornada:
Aumento da jornada em um dia pela correspondente diminuição em outro.
Nesse caso deve haver pré-ajuste em negociação coletiva (compensação dentro
de um ano) acordo individual (neste caso não pode exceder 6 meses) ou tácito
individual (com compensação dentro de um mês)
CLT. Art. 59
§ 2º  Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por
força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o
excesso de horas em um dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, de maneira que
não exceda, no período máximo de um ano, à soma das
jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja
ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.   
§ 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá
ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a
compensação ocorra no período máximo de seis meses.
§ 6º É lícito o regime de compensação de jornada
estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a
compensação no mesmo mês.

Se esgotado o prazo, não tiver sido feita a compensação, ou houver rescisão do


contrato, paga-se como horas extra.

CLT Art. 59, § 3º Na hipótese de rescisão do contrato de


trabalho sem que tenha havido a compensação integral da
jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste artigo,
o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não
compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na
data da rescisão.

Atenção para as profissões específicas, a exemplo do doméstico para que basta o


acordo entre as partes, com compensação devendo ocorrer quando alcançar 40 horas
extraordinárias.

Não confundir pré-ajuste de compensação com pré-ajuste de horas extras, esse


segundo não é aceito. Essa nulidade foi consagrada pelo TST em súmula que trata de
bancários, mas que é aplicada por analogia a qualquer empregado.

SÚMULA Nº 199 - BANCÁRIO. PRÉ-CONTRATAÇÃO


DE HORAS EXTRAS
I - A contratação do serviço suplementar, quando da
admissão do trabalhador bancário, é nula. Os valores assim
ajustados apenas remuneram a jornada normal, sendo
devidas as horas extras com o adicional de, no mínimo, 50%
(cinquenta por cento), as quais não configuram
précontratação, se pactuadas após a admissão do bancário.

Não esquecer da regra do acordado sobre o legislado do artigo 611 A da CLT:


Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de
trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros,
dispuserem sobre:
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites
constitucionais;
II - banco de horas anual;

Empregados excluídos da regra de tutela geral de horas extras:

 Trabalhador externo.
 Gerentes, diretores e chefes (cargos de gestão/confiança com gratificação de
função).
 Teletrabalho (a distância).

CLT Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto


neste capítulo:
I os empregados que exercem atividade externa
incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo
tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e
Previdência Social e no registro de empregados;
II os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos
de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto
neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.
III os empregados em regime de teletrabalho.
Parágrafo único O regime previsto neste capítulo será
aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste
artigo, quando o salário do cargo de confiança,
compreendendo a gratificação de função, se houver, for
inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de
40% (quarenta por cento).

INTERVALOS: intrajornada, interjornada e semanal.

Intrajornada: dentro da jornada (são obrigatórios, mas não computados na


jornada)
Jornada de 4 à 6 horas: 15 minutos.
Jornada acima de 6 horas: 1 a 2 horas.

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração


exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um
intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no
mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato
coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será,
entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos
quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na
duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição
poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho,
Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de
Alimentação de Previdência Social, se verificar que o
estabelecimento atende integralmente às exigências
concernentes à organização dos refeitórios, e quando os
respectivos empregados não estiverem sob regime de
trabalho prorrogado a horas suplementares.

O que acontece quando não for concedido ou concedido parcialmente?


Paga-se o tempo com acréscimo de 50% sobre a hora normal.

CLT art. 71 § 4º A não concessão ou a concessão parcial do


intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a
empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de
natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da
remuneração da hora normal de trabalho.

Admite-se redução e fracionamento do intervalo de jornadas de mais de 6 horas


(aquele de 1 a 2 horas pode ser reduzido para 30 minutos) e fracionamento do intervalo
de jornada até 6 horas (aquele de 15 minutos) desde que haja negociação coletiva e
considerada a natureza do serviço ou a condição especial de trabalho.

CLT Art. 71 § 5º O intervalo expresso no caput poderá ser


reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1o
poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o
término da primeira hora trabalhada e o início da última hora
trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo
coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude
das condições especiais de trabalho a que são submetidos
estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de
campo e afins nos serviços de operação de veículos
rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de
passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos
para descanso menores ao final de cada viagem.
Acordado sobre o legislado:

CLT. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo


de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros,
dispuserem sobre:
[...]
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de
trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;

Interjornada: entre as jornadas, entre um dia e outro.

CLT Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um


período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para
descanso.

Não é passível de redução por negociação individual ou coletiva e quando não


concedido, o TST tem se direcionado no sentido de condenar ao pagamento de horas
extras.

Intervalo semanal: descanso semanal remunerado e feriados.

CF art. 7º XV - repouso semanal remunerado,


preferencialmente aos domingos;

CLT Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um


descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas,
o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade
imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no
todo ou em parte.
Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos
domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será
estabelecida escala de revezamento, mensalmente
organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.
Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na
forma do art. 67, será sempre subordinado à permissão
prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.

Lei 605/49
Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal
remunerado de vinte e quatro horas consecutivas,
preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências
técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de
acordo com a tradição local.
Art. 6º Não será devida a remuneração quando, sem motivo
justificado, o empregado não tiver trabalhado durante toda a
semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de
trabalho.
Art. 9º Nas atividades em que não for possível, em virtude
das exigências técnicas das empresas, a suspensão do
trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remuneração
será paga em dobro, salvo se o empregador determinar outro
dia de folga.
Os feriados civis e religiosos estão dispostos no artigo 1º e 2º da Lei 9.093/95 e
Lei 10.607/2000, 6.802/80, 662/49, 1.266/50 entre outras.

Atenção: havendo DSR ou feriado deve-se contra intervalo de 24 horas + 11 horas.

TST Súmula 11. JORNADA DE TRABALHO.


INTERVALO
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida
ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo
mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre
jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias,
inclusive com o respectivo adicional.

FÉRIAS:

Descanso anual: completados 12 meses de contrato o trabalhador tem direito a


30 dias de férias remuneradas com acréscimo de 1/3, a escolha do empregador dentro do
período concessivo.

CLT Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao


gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.

Os 30 dias de férias só são devidos quando o empregado tem menos que 5 faltas
no ano.

CLT Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de


vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a
férias, na seguinte proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao
serviço mais de 5 (cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de
6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15
(quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte
e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do
empregado ao serviço.
O que é período aquisitivo e concessivo de férias?
Aquisitivo são os 12 meses em que o empregado trabalha para adquirir as férias.
Concessivo é o período de 12 meses subsequentes a aquisição das férias, no qual
o empregado deve usufruí-las.
Mas quem escolha quando o empregado sai de férias?
O empregador, ele dirige a prestação de serviço e assume os riscos do negócio
por isso gerencia as férias dos empregados.

CLT Art. 136 - A época da concessão das férias será a que


melhor consulte os interesses do empregador. 
§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no
mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar
férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto
não resultar prejuízo para o serviço.  
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos,
terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias
escolares.
CLT Art. 135 - A concessão das férias será participada, por
escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30
(trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.

         
O que acontece quando as férias não são concedidas dentro do período
concessivo?
CLT Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após
o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em
dobro a respectiva remuneração.

As férias podem ser fracionadas?


CLT Art. 134 § 1º Desde que haja concordância do
empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três
períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a
quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores
a cinco dias corridos, cada um.
Podem ser vendidas as férias?
CLT Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um
terço) do período de férias a que tiver direito em abono
pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida
nos dias correspondentes.
§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze)
dias antes do término do período aquisitivo.

Qual o valor das férias e como devem ser pagas?


CF Art. 7º XVII - gozo de férias anuais remuneradas com,
pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

CLT Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se


for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados
até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.

O que ocorre quando o contrato se encerra antes das férias serem adquiridas ou
concedidas?
Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que
seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração
simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao
período de férias cujo direito tenha adquirido.
Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após
12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não
haja sido demitido por justa causa, terá direito à
remuneração relativa ao período incompleto de férias, de
acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos)
por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa,
ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo
predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de
serviço, terá direito à remuneração relativa ao período
incompleto de férias, de conformidade com o disposto no
artigo anterior.

E não esquecer que mesmo não trabalhado, o período em que o empregado fica
de férias é contado como tempo de serviço.
CLT art. 130 § 2º - O período das férias será computado,
para todos os efeitos, como tempo de serviço.

Você também pode gostar