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O PROBLEMA DA CONSCIÊNCIA

I. Introdução

Embora a psicologia tivesse definido a si mesma como


a ciência da consciência, seu conhecimento a respeito desta
era quase nulo.
Formação do problem a na velha psicologia. T. Lipps,
por exemplo, sustentava que o “inconsciente é um proble-

* “Probliema soznania”. Este capítulo reúne anotações dos comentários


de Vigotski em uma reunião de trabalho. A primeira publicação deste material
aparece no livro Psicologia da gramática (Moscou, 1968). É precedida de um
prólogo e de uma introdução de A. N. Leóntiev, que convém consultar antes
de ler este capítulo e que estão incluídos como nota no final,*1 colocancto algu­
mas interrogações acerca do material procedente dos seminários da última
etapa de Vigotski2.
1. Prólogo de A. N. Leóntiev à publicação de “O problema da consciên­
cia”, em Psicologia da gramática:
As notas sobre a comunicação de L. S. Vigotski estào sendo editadas de
acordo com os cadernos manuscritos conservados no arquivo pessoal de A. N.
Leóntiev. Neles, o texto principal está escrito nas páginas da direita (impares)
e as interpolações e anexos, realizados, em particular, por A. V. Zaporójetz,
nas páginas da esquerda (pares). Todas as notas (exceto algumas, claramente
posteriores, que desconsideramos e que são apenas uma retomada do exposto
por Vigotski numa formulação mais moderna) estão escritas com pena.
Evidentemente, em nossa publicação utilizamos em primeiro lugar o
texto fundamental. Este é complementado pelas interpolações das páginas
pares do caderno, que aparecem entre parênteses angulares <>. Não efetuamos
172 T E O R IA E M É T O D O EM P S IC O L O G IA

m a próprio da psicologia ” . O problema da consciência fo i


formulado fora da psicologia e antes dela.
A p s ic o lo g ia d e s c ritiv a s u s te n ta q u e , d ife re n te m e n te d o
o b je to d a s c iê n c ia s n a tu ra is , o fe n ô m e n o e a e x is tê n c ia
c o in c id e m e m p s ic o lo g ia ; p o r is to , e s ta ú ltim a s e ria u m a
c iê n c ia c o n c e itu a i. M as c o m o n a e x p e riê n c ia d a c o n s c iê n ­
c ia s ó te m o s a c e s s o a u m f r a g m e n to d e la , o e s tu d o d a c o n s ­
c iê n c ia e m s e u c o n ju n to s e re v e la im p o s s ív e l p a r a o in v e s ­
tig a d o r.
C o n h e c e m o s to d a u m a s é r ie d e le is f o r m a is d a c o n s ­
c iê n c ia : s u a c o n tin u id a d e , s u a re la tiv a c la re z a , s u a u n id a d e ,
s u a id e n tid a d e , o flu x o d a c o n s c iê n c ia .

cones no texto. Seguindo o original, na parte central das notas incorporamos


uma nota da intervenção de L. S. Vigotski ao informe de A. R. Luria, que
respondia, de acordo com o lema, ã parle correspondente da comunicação “O
problema da consciência”.
Tudo que A. N. Leóntiev destacou no manuscrito foi conservado por nós.
Todos os parênteses redondos e os colchetes pertencem ao original. As
passagens entre aspas correspondem a citações diretas da linguagem oral de
L. S. Vigotski. No fragmento publicado correspondente âs notas das inter­
venções de L. S. Vigotski sobre as leses da discussão de 1933-1934, seguimos
os mesmos princípios de apresentação, com a única diferença de que a inter­
pelação feita também com tinta pelo próprio A. N. Leóntiev aparece entre
parênteses angulares.
Introdução a “Problema da consciência”, de A. N. Leóntiev (op. cit,):
No final dos anos 20, reúne-se em torno de L. S. Vigotski um reduzido
grupo de jovens psicólogos, que começa a trabalhar sob sua direção.
Paralelamente às discussões de questões científicas, levadas a cabo de forma
sistemática nas reuniões das cátedras e no laboratório, onde então se reali­
zavam investigações, L. S. Vigotski convocava ãs vezes, para conversar infor­
malmente, seus colaboradores mais próximos e discípulos, em reuniões que
denominávamos seminários internos. O objetivo era levar a cabo reflexões
teóricas sobre o caminho percorrido, discutir os problemas que causavam
polêmicas e estabelecer o plano de trabalho futuro. Em geral, esses seminários
internos desenvolviam-se na forma de um intercâmbio livre de opiniões sobre
as questões que tinha surgido; em alguns casos liam-se e se discutiam comu­
nicações detalhadas, preparadas especialmente para isso. Em nenhum caso
elaboravam-se atas. Por isso, somente algumas das intervenções de L. S.
Vigotski foram conservadas nas notas pessoais das participantes.
As notas sobre a comunicação de L. S. Vigotski que publicamos remon­
tam ao momento em que surgiu a necessidade interna de realizar a recapitu­
lação das investigações dos processos psíquicos superiores, analisando sua
PR O B L E M A S T E Ó R IC O S E M ETODOLÓGICOS DA PSICOLOGIA 173

Doutrina da consciência na psicologia c la ssisia . A p a ­


r e c e m d u a s concepções p r i n c i p a i s s o b r e a c o n s c i ê n c i a :
I a c o n c e p ç ã o , A c o n s c iê n c ia é e s tu d a d a c o m o a lg o q u e
e s tá fo ra d a s fu n ç õ e s p s íq u ic a s , c o m o u m c e rto e s p a ç o p s í­
q u i c o (Jaspers, p o r e x e m p l o : a c o n s c i ê n c i a é u m c e n á r i o n o
q u a l s e d e s e n ro la u m d ra m a ; e m p s ic o p a to lo g ia d is tin g u i­
m o s , d e a c o r d o c o m is s o , d o is c a s o s p rin c ip a is : o u s e a lte ra
o a to o u a p ró p ria c e n a ). P o r c o n s e g u in te , s e g u n d o e s s a
r e p r e s e n t a ç ã o a consciência (como qualquer espaço) carece
de toda característica qualitativa. A s s i m , a c i ê n c i a d a c o n s ­
c iê n c ia a tu a ria c o m o a c iê n c ia d a s r e la ç õ e s id e a is ( g e o m e ­
tria - E. H u s s e rl; g e o m e tr ia d o e s p ír ito - W . D iíth e y ).

estrutura interna sob a perspectiva da doutrina da consciência do homem.


Essa comunicação, escrita por mim de forma muito sintética, em forma de
tese, baseava-se no resumo de numerosas investigações realizadas com a par­
ticipação e sol) a direção de L. S, Vigotski. Por isso, minha exposição durou
muito tempo, mais de sete horas, com aproximadamente duas de descanso
para almoçar, e mais um dia foi dedicado para sua discussão.
Se bem me lembro, nessa conferência interna participaram, além de A. N.
Leóntiev e A. R. Luria, t. 1. Bojõvítch, A. V. Zaporójetz, R. Ye. Liévina, N. CL
Morózova e L. S. Slãvina.
As anotações da intervenção de L. S. Vigotski no seminário interno em
que foram analisadas as teses em preparação para a discussão atería sobre os
trabalhos de L. S. Vigotski e sua escola exigem certas explicações. Esperava-se
que a discussão se desse em 1933 ou 1934, mas não se realizou em vida de L. 8.
Vigotski. Ficou também inconcluso o trabalho preparatório realizado para essa
discussão. Esses fragmentos de anotações que publicamos incluem, de todos os
problemas abordados nesse trabalho preparatório, apenas o que Vigotski aix>r-
dou em sua comunicação sobre o problema da consciência..(Л. N. Leóntiev.)
2. O desaparecimento, justamente nos anos de preparação destas Obras
escolhidas, dos discípulos mais próximas de Vigotski, coloca sérios problemas
sobre o processo de criação e de pensamento do psicólogo russo, especialmente
sobre seu trabalho e suas preocupações na sua última etapa. A nota de Leóntiev
parece levantar mais questões do que responder a elas. Que outros problemas
foram abordados nessa série de seminários? Existem, como no caso desse '-“pro­
blema da consciência’, anotações feitas por algum dos presentes sobre a inter­
venção de Liev Semiónovitch? Conservava A. N. Leóntiev todas ou somente parte
dessas anotações? Qual teria sido, neste caso. seu destino? Neste caso de “O
problema da consciência”, a intervenção de Vigotski em continuação ao informe
lido por Leóntiev foi anotada рек) próprio Leóntiev ou por outro discípulo?
Neste caso, foi Zaporójets que, ao corrigir as anotações, na verdade corrigiu-se
mais tarde a si mesmo, ou foi outro e, neste caso, quem? (N.R.E.)
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2a concepção, A idéia é a de uma certa q u a lid a d e geral,


própria dos processos psicológicos. Por isso, essa qualidade
pode ser retirada do parênteses, pode nâo ser levada em
consideração. Também nesta representação a consciência
age como algo c a re n te de q u a lid a d e , que está fo r a , q u e ê
invariável, q u e n ã o se desenvolve.
“A esterilidade da psicologia decorria do fato de que o
problema da consciência nâo era estudado.”
Problem a essencial. [A consciência era considerada
ou como um sistema de funções ou como um sistema de
fenômenos (C. Stumpf).]

<Problema dos pontos orientativos Lna história da psi­


cologia],
[Na questão das relações da consciência com as funções
psicológicas existiam dois pontos de vista principais]:
1, Sistemas funcionais. Protótipo - psicologia das facul­
dades. Representação do organismo espiritual, dotado de
atividades.
2. Psicologia da experiência de consciência: que estuda
a imagem, sem estudar o espelho (especialmente claro na
psicologia associativa e paradoxalmente na Gestalt). Segun­
da (psicologia da experiência de consciência: a) nunca foi
conseqüente nem poderia sê-lo; b) sempre trasladou as leis
de uma função a todas as demais etc.
[Perguntas que surgem em relação a isto]:
1. Relação da atividade com a experiência de consciên­
cia (problema do sentido).
2. Relação entre as funções. Partindo de uma função,
pode-se explicar todas as outras? (problema do sistema).
3- Relação da função com o fenômeno (problema da
intendonalídade)>

Como a psicologia com preendia as relações entre d istin ­


tas a tiv id a d e s d a c o n sc iê n c ia ? (Este problema carecia de
importância, mas para nós - é fundamental). A esta pergun­
ta a psicologia respondia com três postulados:
1. Todas as atividades da consciência atuam juntas.
PROBLEM AS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA PSICOLOGIA 175

2. A conexão entre as atividades da consciência nada


modifica de importante nas próprias atividades, já que estas
estão conectadas n ã o p o r necessid a d e, mas como o dado
diretamente a um indivíduo (“têm um dono’’; W. James -
carta a Stumpf).
3. Esta conexão é adotada como postulado e não como
problema (a conexão da função é invariável).

II. Nossa hipótese fu n d a m e n ta l apresentada de fo r a

Nosso problem a. A conexão entre as a tivid a d es da c o n s­


c iê n c ia n ã o é p e rm a n e n te . E isto tem im p o rtâ n cia em rela­
ção a c a d a u m a das atividades. Essa conexão deve ser c o n ­
vertida no p roblem a da investigação.
Observação. Nossa posição é contrária à psicologia ges-
táltica, que “Fez do problema um postulado”, supôs de ante­
mão que toda atividade é estrutural; [para nós é característico
o contrário: o postulado ê convertido p o r nós em problema].
A co n exã o das a tivid a d es é o p o n to central no estudo de
q u a lq u e r sistem a.
E xplicação. O problema da conexão deve contrapor-se
desde o princípio ao enfoque atomista. A c o n s c iê n c ia é
desde seus p rim o rd io s algo integral - é isso que postulamos.
A co n sciência d e te rm in a o destino do sistem a, com o o orga­
n ism o as fu n ç õ e s . Deve considerar-se a m u d a nça da c o n s­
ciê n c ia em seu c o n ju n to com o explicação de q u a lq u e r m u ­
d a n ç a in terfu n cio n a l.

111. A hipótese "partindo de d entro ”, ou seja,


do p o n to de vista de nossos trabalhos

(Introdução: importância do signo: seu sentido social).


Nos primeiros trabalhos ignorávamos que o significado é
próprio do signo. <“Mas há um tempo para recolher as
pedras e outro para espalhá-las." (Eclesiastes)> Partíamos
do princípio da constância do significado, e para isso despe-
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jávamos este, tirando-o do parêntese. Mas jã nas primeiras


investigações o problem a do significado estava implícito. Se
antes nossa tarefa era mostrar o que havia de comum entre
o “n ó ”' e a m em ória lógica, agora consiste em m ostrar a
diferença que existe entre eles.
De nossos trabalhos depreende-se que o signo modifica
as relações inter]uncionais.

IV. A hipótese “partindo de baixo ”

Psicologia dos animais.


Depois de W. Kõhler começa uma nova época na psico­
logia animal (...)
Concepção de V. A. Vãgner. 1) desenvolvimento segun­
do linhas puras e mistas; 2) (...) (p. 38); 3) .segundo linhas
puras - desenvolvim ento mutacional; 4) segundo mistas -
adaptativo; 5) (...) (pp. 69-70)3
Ё semelhante ao do homem o comportamento dos m aca-
cos antropóides? Terá Kõhler aplicado corretamente o crité­
rio de racionalidade? Ação integral fechada de acordo com a
estrutura do cam po tam bém na andorinha (...) A limitação
de açào do macaco funda-se na coerência da mesma. Para
ele as coisas carecem de valor constante. Para o m acaco o
pau não se transforma em instrumento, pois carece de valor
instrumental. O macaco limita-se a “completar” o triângulo.
O mesmo ocorre para Gibier com os cachorros.
Conclusões a extrair. Três níveis. A atividade reflexa con­
dicionada é a que estimula o instinto, A atividade dos m aca­
cos também é instintiva, mas somente um a variação intelec­
tual do instinto, ou seja, um novo mecanismo da mesma ati­
vidade. O intelecto dos macacos é resultado de uma evolu-

3. Vigofski refere-se a uma das três funções vestiríais ou superiores


primitivas que analisa em seu estudo das funções superiores (Torno III das
Obras escolhidas), que é justamente a dos nós ou orifícios nos povos primi­
tivos, no marco do triângulo da mediação. (N.R.E.)
4. Nem o texto nem os editores russos citam a fonte, que é, sem dúvida,
uma das duas obras de Vãgner mencionadas na bibliografia. (N.R.E.)
P R O B L E M A S T E Ó R IC O S E M E T O D O L Ó G IC O S D A P S IC O L O G IA 177

çâo segundo linhas puras: o intelecto não reestruturou ainda


sua consciência.
[Apologia por parte de Kõhler de O. Selz. Kõhler m en­
ciona na nova edição que Selz “foi o único que interpretou
corretamente meus experim entos” (pp. 675-7).4
Em Koffka; “Profunda afinidade” entre o com portam en­
to dos macacos e o intelecto dos homens, mas também exis­
te uma limitação: nos macacos o instinto é o que estimula a
ação e som ente o procedim ento é racional. São ações não-
volitivas. Já que a vontade é a liberdade da situação (o es­
portista se detém ao ver que, apesar de tudo, não ganhará a
competição).
O homem quer um pau, o macaco um fruto. (O macaco
não quer um instrumento. Não o prepara para o futuro. Para
ele é uma maneira de satisfazer um desejo instintivo.)
Instrum ento. O instrum ento exige distrair-se da situ a ­
ção. O em prego do in stru m e n to exige um a estim ulação,
um a motivação diferente. O instrum ento mantém, conexão
com o significado (do objeto).
(Kõhler) (Kõhler apresentou seu trabalho polem izando
com E. Thorndike).

Conclusões:

1. No m undo animal, o aparecim ento de novas funções


m antém conexão com a m udança no cérebro (segundo a
fórm ula de Edinger); no hom em isto não é assim. <Para­
lelismo entre o desenvolvimento psicológico e morfológico
no m undo da zoologia, de qualquer forma quando se pro­
duz por linhas puras.>
2. No m undo animal, a evolução é por linhas puras. A
evolução adaptativa segue, por sua vez, o princípio sistêmi­
co < 0 homem não pode ser distinguido’por um único aspec-

5. Vide a bibliografia. Quando só existir uma obra nela não faremos


comentários. (N.R.E.)
178 TEORIA E MÉTODO EM PSICOLOGIA

to (intelecto, vontade), mas muda essencialmente sua abor­


dagem da realidade.>
3. O intelecto dos macacos de Kohler está no reino dos
instintos. Dois aspectos distintivos deles: a) o intelecto não
reestrutura o sistema de comportamento; b) não existe o
instrumento, o instrumento carece de significado, tampouco
existe o significado de objeto. A estimulação continua sendo
instintiva (“O instrumento exige abstração”).
K. Buytendijk. O animal não se destaca da situação, não
tem consciência dela.
O anim al se diferencia do homem por uma distinta
organização da consciência. “A consciência distingue o
homem do animal.”

W. James (p. 314): No animal No homem


isolat abstract
construct
recept concept
infient

(psicologia da Gestalt) <Nossa diferença em relação à psico­


logia estrutural: a psicologia estrutural é uma psicologia na­
turalista, assim como a reflexologia. O significado e a estru­
tura se identificam com freqüência nessa psicologia.>V .

V. “No interior’’

1. Análise semiótica no sentido estrito

Toda palavra tem significado; o que é o significado da


palavra?
- O significado não coincide com o significado lógico.
(o desprovido de sentido tem significado).
O que é que caracteriza nossa formulação da questão?
- A fala foi considerada como a vestimenta do pensa­
mento (escola de Wurtzburgo) ou como um hábito (beha-
viorismo). E quando estudaram os significados o fizeram,
PROBLEMAS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA PSICOLOGIA 179

ou: a) do ponto de vista associativo, ou seja, o significado


atuou como recordatorio da coisa; ou então b) do ponto de
vista do q u e aco n te c e c o n o sco (fe n o m e n o lo g icam en te)
quando percebem os o significado das palavras (H. Watt).
[A fala não é im portante para o pensam ento - Wurtz-
burgo; a fala é igual ao pensam ento - behavioristas.]
Posição invariável em todos os autores: o significado de
todas as palavras é invariável, não evolui.
A variação das palavras era estudada:
em lingüística - como o movimento da palavra; caráter
geral - caráter abstrato, é um significado lingüístico, não
psicológico;
em psicologia (F, Polan); o significado perm anece es­
tanque, só varia o sentido. O sentido da palavra refere-se a
processos psicológicos despertados pela palavra em ques­
tão. E, neste caso, não hã evolução, m ovim ento, já que o
princípio de construção do sentido continua sendo o mes­
mo. Polan amplia o conceito de “sentido”.
em psicolingüística e psicologia considerou-se a m u­
dança de significado em função do contexto (sentido figura­
do, irônico, etc.)
Em todas essas teorias (+ W. Stem) a evolução do signi­
ficado se dã como etapa inicial e nela termina esse processo.
(Stern: a criança descobre a função nominativa. Isso se
mantém como princípio constante da relação entre o signo e
o significado. Para Stern, a evolução reduz-se à am pliação
do vocabulário, ao desenvolvim ento da gramática, da sinta­
xe e à ampliação ou contração do significado. Mas o princí­
pio continua sendo o mesmo).
“Sempre se analisou a linguagem partindo da afirmação
de q ue o significado ê con stan te, ou seja, que a relação
entre o pensamento e a palavra permanece constante”.
“O significado ê o caminho do pensamento para a pala­
vra.” < 0 significado não é a som a de todas as o perações
psicológicas que estão por trás da palavra. O significado é
algo mais definido: é a estrutura interna da o p eração do
signo. Isso é o que se encontra entre o pensam ento e a pala­
vra. O significado não é igual à palavra, nem é igual ao pen-
180 T E O R IA E M É T O D O EM P S IC O L O G IA

sarnento. Esta nâo-identidade pode ser verificada na não-


coincidência das linhas de evolução.>

2. Da fa la exlerna ã interna

A. Fala externa

O que significa descobrir o significado?


Na linguagem devemos distinguir os aspectos semiótico
e fásico; o que os liga é a relação de unidade e não de iden­
tidade. A palavra não é simplesmente o substituto da coisa.
Por exemplo, os experimentos de Ingenieros6 com os “signi­
ficados presenciais”.
Demonstração. A primeira palavra é um a palavra fá s i­
ca, a semiótica, em contrapartida, é uma oração.
A evolução é assim: a fásica, da palavra isolada à oração,
à oração subordinada; a semiótica, da oração ao nome. Ou
seja, “o desenvolvimento do aspecto semiótico da fa la não evo­
lui paralelamente (não coincide) com o fásico”. [O 'desenvol­
vimento do aspecto fásico da fala se antecipa ao semiótico.]
“A lógica e a gramática não coincidem". Tanto no pen­
samento como na fala, o sujeito e predicado psicológico e o
gramatical não coincidem. <Desde a Gramática do espírito
pensava-se que o asp ecto fásico é o selo do esp írito na
fala.> Existem duas sintonizações: a sem ântica e a fásica.
A. Gelb: gramática do pensar e da fala.
"A g ra m á tic a da f a la não coin cid e com a do p e n s a ­
mento. ”
[Que mudanças nos mostra o material psicopatológico?
a) uma pessoa pode falar entorpecidam ente b) o pró­
prio sujeito que fala não sabe o que quer dizer; c) transgri­
dem os lim ites do idiom a (divergência consciente, com ­
preendida); d) competência gramatical.]

6. José Ingenieros (1877-1925). Professor de Psicologia Experimental na


Universidade de Buenos Aires (N.E.B.).
P R O B L E M A S T E Ó R IC O S E M E T O D O L Ó G IC O S D A P S IC O L O G IA 181

[Exemplo de F. M, Dostoiévski ( Diário de um escritor).].


Por conseguinte; existe um a fa lta de coincidência entre
os aspectos semiótico e fásico da fala.

Notas da intervenção de L. S. Vigotski a propósito do


informe de A. R. Luria

[A insuficiência de L. Levi-Bruhl consiste em que toma a


fala como algo constante. Isso o conduz a paradoxos. Basta
darm o-nos conta de que suas idéias sobre o significado e
suas com binações (sintaxe) são diferentes das nossas para
que desapareçam todos os absurdos. O m esm o pode ser
dito em relação à pesquisa sobre a afasia, onde não se dis­
tingue o fonema e o significado.]
<Realízamos anteriorm ente uma análise no plano do
com portam ento e não no da consciência, e disto decorre o
caráter abstrato das conclusões. Para nós o principal é (ago­
ra) o m omento do sentido. Por exemplo, a sem elhança na
estrutura externa das operações de signos nos afãsicos, es­
quizofrênicos, débeis mentais, primitivos. Mas a análise se­
miótica descobre que internam ente sua estrutura tem signifi­
cados distintos (problema da afasia semiótica),>
O significado não é igual ao pensam ento expresso em
palavras.
Na fala não coincidem seus aspectos semióticas e fási­
cos; assim, o desenvolvimento da fala vai fásicamente da fa­
la à frase, semioticamente, em contrapartida, a criança co­
meça pela frase. [Compare-se a fusão das palavras na frase
dos semi-analfabetos.]
O lógico e o sintático tam pouco coincidem. Exemplo;
“o relógio caiu” - sintaticamente aqui “relógio” é o sujeito,
“caiu” - o predicado. Mas quando se diz isto em resposta à
pergunta: “O que aconteceu?”; “O que caiu?”, logicamente
aqui c a iu é o sujeito, relógio - o p re d ic a d o (ou seja, o
novo). Gutro exemplo; “Meu irmão leu este livro” - o acento
lógico pode recair sobre qualquer palavra.
[Fala carente de juízo dos microcefálicos etc.]
ШШШШГ
i

182 T E O R IA E M É T O D O E M P S IC O L O G IA

O pensam ento que uma pessoa quer expressar não ape­


nas não coincide com o aspecto fásico da fala, mas tam pou­
co com o semiótico. Exemplo: o pensamento: “Nâo é minha
culpa” pode ser expresso nos sentidos: “Queria tirar o p ó ”;
“Não encostei em nada”; “O relógio caiu sozinho”, etc. O
próprio “Nâo é minha culpa” tam pouco expressa em absolu­
to um pensam ento (não é igual a ele?); essa mesma frase
tem sua sintaxe semiótica.
O pensam ento é um a nuvem, da qual a fa la se despren­
de em gotas.
O pensam ento está estruturado de m odo diferente de
sua expressão através da fala. O pensam ento não pode ser
expresso díretamente na palavra.
(K. S. Stanisiãvski: por trás do texto está o subtexto).
Toda expressão tem um a segunda intenção. Todo discurso é
um a alegoria. [Em que consiste essa segunda intenção? Em
um dos relatos de G. Uspienski, um camponês esperto diz:
“Nós carecemos de língua”.!
Mas o pensam ento não é algo acabado, pronto para ser
expresso. O pensam ento precipita-se, reali2a certa função,
um certo trabalho. Esse trabalho do pensam ento é a transi­
ção das sensações da tarefa - através da construção do sig­
nificado - ao desenvolvimento do próprio pensamento.
[Semioticamente, “o relógio caiu” refere-se ao p e n sa ­
mento correspondente, assim como a conexão semântica na
lembrança mediada se refere ao que se recorda.]
O pensam ento não apenas se expressa na palavra mas
nela se realiza.
O p e n sa m e n to ê u m processo in terno m ediado. <É o
caminho de um desejo vago até a expressão mediada atra­
vés do significado, ou melhor dizendo, não até a expressão,
mas até o aperfeiçoamento do pensam ento na palavra.>
A fala interna já existe desde o princípio (?).
Em geral, não existe signo sem significado. A formação
de palavra é a principal função do signo. Há significado ali
o n d e há signo. Esta é a faceta interna do signo. Mas na
consciência há também algo que nâo tem significado.
P R O B L E M A S T E Ó R IC O S E M E T O D O L Ó G IC O S D A P S IC O L O G IA 183

O trabalho de W urtzburgo consistía na tentativa de se


introduzir no pensam ento. A tarefa da psicologia não con­
siste apenas em estudar essas idéias internas, mas em trans-
formá-las em mediadas, ou seja, estudar como essas idéias
internas agem, como se realiza o pensam ento na palavra. <É
erróneo pensar (com o faziam os seguidores da escola de
Wurtzburgo) que a tarefa da psicologia se reduz a investigar
essas nuvens que não se transformaram em chuva.>

В. Fala interna

Na fa la interna a fa lta de coincidência entre os aspec­


tos semânticos e fásicos é ainda mais acentuada.
O que é fa la interna?
1) A fala m enos o signo (ou seja, a que precede a fona-
ção). <É preciso distinguir entre a fala pronunciada e a fala
interna (aqui se equivocam J. Jackson e H. Head).>
2) A pronúncia mental das palavras (memória verbal - J.
Charcot). Aqui a doutrina sobre os tipos de fala interna coin­
cide com os tipos das representações (m em ória). É como
uma preparação da fala externa.
3) Interpretação atual (nossa) da fa la interna
A linguagem interna forma-se de um m odo totalm ente
diferente da externa. Nela existe outra relação entre os mo­
mentos fásicos e semânticos.
A fala interna é abstrata em dois aspectos: a) é abstrata
em relação a toda a fala sonora, ou seja, reproduz apenas
seus traços fonéticos semantizados (por exemplo: três rrr na
palavra rrrevolução...), e b) é agramãtica; nela qualquer pala­
vra é predicativa. A gramática não é senão a semiótica da
fala externa: na interna os significados se enlaçam entre si
de outro modo do que na externa; na fala interna a fusão se
efetua de acordo com um tipo de aglutinação.
[A aglutinação das palavras é possível precisamente gra­
ças à aglutinação interna.] <As locuções idiomáticas alcan­
çam a máxima difusão na fala interna.>
184 TEORIA E MÉTODO EM PSICOLOGIA

Influência do sentido: a palavra se restringe e se enri­


quece no contexto. A palavra inclui o sentido dos contextos
= aglutinação. A palavra seguinte inclui a anterior.
“A fala interna constrói-se de forma predicativa.”
[As dificuldades da tradução dependem do complicado
caminho da transição de um plano a outro: pensamento —►sig­
nificado -► fala externa fásica.
Fala escrita, [Dificuldades de fala escrita; carece de en­
tonação, de interlocutor. Representa uma simbolização de
símbolos; nela é mais difícil a motivação.
A fa la escrita encontra-se em outra relação com respeito
á fa la interna, surge depois desta e é a m ais g ra m a tiza d a .
M as está m a is p r ó x im a da fa la in te rn a do q ue a externa;
associa-se aos significados, esquivando-se da fa la externa.]
Resumo: na fala interna tropeçam os com um a nova
forma de fala, onde tudo é diferente.

C. P ensam ento

O pensam ento também tem uma existência indepen­


dente, que não coincide com os significados.
Épreciso encontrar um a determ inada construção de sig­
nificados p a ra expressar o pensam ento. [Texto e subtexto.]
Explicação. Isto pode ser explicado no exemplo da am­
nésia. É possível esquecer:
a) o motivo, a intenção;
b) o que, precisamente? (o pensamento?);
c) o significado através do qual eu queria me expressar;
d) a palavra.
“O pensam ento realiza-se na palavra ”. Dificuldade de le-
vã-lo a cabo. <1impossibilidade de expressar o pensamento
diretamente. Graus de amnésia - graus de atuação mediada
(transição) do pensamento à palavra - graus de atuação me­
diada do pensamento através do significado.>
Compreensão. A verdadeira com preensão consiste em
penetrar os motivos do interlocutor.
PROBLEMAS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA PSICOLOGIA 185

O se n tid o das p a la v ra s m u d a ta m b ém com o m otivo.


P or conseguinte, a explicação fi n a l está na motivação; isto
fica especialmente claro na idade infantil. <Pesquisa de D.
Katz sobre as manifestações infantis. Trabalho de Stolz (psi­
cológico - lingüista - censor de correspondência em tempo
de guerra); análise de cartas de prisioneiros sobre a fome.>

Conclusões desta pa rte

O significado da palavra não é igual a uma coisa sim­


ples dada de uma vez por todas ( contra 7Polan),
O significado da palavra é sempre uma generalização;
por trás da palavra existe sempre um processo de generaliza­
ção - o significado surge onde existe generalização. Desenvol­
vim ento do significado = desenvolvimento da generalização!
Os princípios de generalização podem mudar. “No
desenvolvim ento varia a estrutura da generalização" (desen­
volve-se, estratifica-se, o processe realiza-se de outra forma.)
[O processo de realização do pensamento no significado
é um fenômeno complicado, que flui a partir do interior,
“dos motivos para a fala” (?),]
“No significado sem pre ocorre u m a realidade g en era li­
zada" (L. S.).

VI. Em p ro fu n d id a d e e em extensão

[Questões principais!: 1) o significado da palavra cresce


na consciência: que importância tem isto para a própria
consciência?; 2) como e por causa do que varia o significado?
[Primeiras respostas]: 1) a palavra, ao crescer na cons­
ciência, modifica todas as relações e todos os processos; 2)
o próprio significado da palavra evolui em função da mu­
dança da consciência.

7. Em latim no original. (N.T.E.)


! УНН!(!Н1:'(; ; H H n ! i i I l | í ¡ [ ! M ! j ! ! í í ! í l ! ! ¡ í f i
ШШШП11Ш1Н lili inM i¡iiii¡|IIHIIll¡iíliiiíiiilllilili¡¡¡¡ll¡ini¡

186 TEORIA E MÉTODO EM PSICOLOGIA

P apel do s ig n ific a d o n a vid a d a c o n sc iê n c ia

“Dizer = expor uma teoria."


“O mundo dos objetos surge ali onde surge o mundo
das denominações” (L. S, - J . S. Mill).
“A constância e o caráter de categoria do que se relacio­
na com o objeto é o significado deste.” [Lênin sobre o fato
de nos destacarmos do mundo,] <Esse significado, essa rela­
ção com o objeto, já existem na p e rc e p ç ã o
“Qualquer percepção nossa tem um significado. Qual­
quer absurdo é percebido por nós (como sensato), que lhe
atribuímos significado.
O sig n ific a d o do objeto n ã o ê o d a p a la v ra . “Urn objeto
tem significado” - quer dizer que faz parte da comunicação.
C onhecer o s ig n ific a d o - c o n h e c e r o s in g u la r co m o u n i ­
versal.
“G raças a o fa to d e terem sid o d e n o m in a d o s, ou seja, g e ­
n e ra liza d o s, os processos d a c o n sc iê n c ia do h o m e m têm seu
sig n ifica d o . (Isso não no mesmo sentido do referente à pa­
lavra. - L. S,).
S ig n ific a d o - é próprio do signo.
S en tid o - é o que faz parte do .significado (resultado do
significado), mas não foi fixado pelo signo.
F o rm a çã o do se n tid o - resultado, p r o d u to d o s ig n ific a ­
do. O sentido é mais amplo do que o significado.
C o n s c iê n c ia - 1) conhecimento associativo; 2) cons­
ciência (social).
[As p rim e ira s p e r g u n ta s das crianças nunca são pergun­
tas sobre a denom inação-, são perguntas sobre o sentido do
objeto.] <Q consciente não é simplesmente estrutural (em
contraposição à teoria da Gestalt.)>
A c o n sc iê n c ia e m seu c o n ju n to tem e stru tu ra se m â n tic a .
J u lg a m o s a c o n s c iê n c ia e m f u n ç ã o d a e s tr u tu r a s e m â n tic a
d a co n sciên cia , j ã q u e o sentido, a e stru tu ra d a c o n sciên cia
- é a a titu d e p a r a co m o m u n d o externo.
Na consciência surgem conexões semânticas (a vergo­
nha, o orgulho - a hierarquia [...] o sonho do cafre, Masha
Bolkónskaia* reza, quando outro pensa [,..]).
PROBLEMAS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA PSICOLOGIA 187

A a tiv id a d e fo r m a tiv a d o se n tid o c o n d u z a urna d eter­


m in a d a e stru tu ra se m â n tic a d a p ró p ria co n scien cia .
Por conseguinte, a fala era examinada de modo equivo­
cado não apenas em relação ao pensamento. A f a l a p r o d u z
m u d a n ç a s n a c o n sc iê n c ia . “A fa l a é u m co rrela to d a c o n s­
ciên cia , n ã o d o p e n s a m e n to .”
“O pensamento não é uma porta através da qual pene­
tra a fala na consciência" (L. S.). A f a l a é o s in a l d o c o n ta to
direto e n tre c o n sciên cia s. A relação entre fala e consciência
- é um problema psicofísico. <E, ao mesmo tempo, ultrapas­
sa os limites da consciência.>
As primeiras comunicações da criança, assim como a
prãxis precoce, não são intelectuais. <Nínguém demonstrou
que a primeira comunicação seja intelectual.> A criança, em
geral, não fala apenas quando pensa.
“Com seu a p a re c im e n to , a f a l a m o d ific a p o r p r in c íp io a
c o n sc iê n c ia . ”
O q u e é q u e m o ve os sig n ific a d o s, o q u e d e te rm in a seu
desen vo lvim en to ? “A cooperação entre consciências.” G pro­
cesso de alterídade da consciência.
A cisão é inerente à consciência. A fusão é inerente à
consciência. <São necessárias para a consciência.>
C om o su rg e a g e n e r a liz a ç ã o ? C om o v a r ia a e s tr u tu r a
d a c o n sciên cia ?
Ou; o homem recorre ao signo, e este engendra o signi­
ficado, ou o significado se torna consciência. Não é a última
coisa que ocorre.
As relações interfuncionais determinam o significado =
a consciência, a atividade da consciência. “A estrutura do
significado é determinada pela estrutura da consciência co­
mo sistema. A c o n s c iê n c ia e stá e s tr u tu r a d a co m o sistem a .
Os sistemas estáveis - caracterizam a consciência.8

8. Personagem do romance Guerra e paz de L. N. Tolstói. (N.T.K.)


188 TEORIA E MÉTODO EM PSICOLOGIA

Conclusão

“A análise semiótica é o único m étodo adequado para


estudar a estrutura do sistema e o conteúdo da consciência.”
Assim como o m étodo estrutural é adequado para pesquisar
a consciência animal.
Nossa formulação em psicologia: da psicologia superfi­
cial - à consciência de que o fenômeno não é igual à realida­
de. Mas tampouco nos opomos à psicologia de profundida­
de. Nossa psicologia - é uma psicologia de cumes (não deter­
mina a “profundidade”, mas o “cume” da personalidade.)
O caminho que leva aos movimentos ocultos como ten­
dência da ciência atual (a química para a estrutura do áto­
mo, a fisiología da digestão para as vitaminas etc.). Em psi­
cologia procurou-se antes com preender a m em ória lógica
como se se tratasse de fazer um nó, agora é interpretada co­
mo a lem brança do sentido. A psicologia da profundidade
afirma que as coisas são o que eram. O inconsciente não
evolui - isso é uma descoberta extraordinária. Os sonhos
resplandecem com luz refletida, assim como a Lua.
Isso se depreende de como interpretam os a evolução.
Como transform ação do que esteve dado desde um princí­
pio? Como nova formulação? Então, o mais importante será
o último!
“No princípio foi o ato (e não o ato foi no princípio), e
no final surge a palavra, e isso é o mais importante” (L. S.).
Qual o significado do que dissemos? “Para mim essa cons­
ciência é suficiente”, ou seja, agora me conformo com o fato
de que o problema foi enunciado.

Adendo
Sobre o trabalho preparatório das teses para o debate de
1933-34
Notas da intervenção de /.. 5. Vigotski em 5 e em. 9-12-33

O fato central de nossa psicologia é o fato da ação me­


diada.
PROBLEMAS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA PSICOLOGIA 189

C o m u n ic a ç ã o e g e n e r a liz a ç ã o . A faceta interna da ação


mediada pode ser descoberta na dupla função do signo: 1)
comunicação e 2) generalização. Porque: toda comunicação
exige generalização.
É cabível a com unicação imediata, mas a mediada é a
comunicação por signos; aí, a generalização é indispensável
(Toda palavra (fala) já g e n e r a l i z a d a ”) (V. I. Lênin. O b r a s
c o m p le ta s , t. 29, p. 246).
Fato: na criança, com unicação e g en e ra liz a çã o não
coincidem: por isso, a comunicação é imediata.
Ponto central - signo indicativo. O g e s to - é u m s ig n o
q u e p o d e s ig n ific a r tu d o .
Lei: segundo a forma de comunicação assim também se­
rá a generalização. “A comunicação e a generalização man­
têm entre si uma relação interna.”
As pessoas comunicam-se entre si por meio de significa­
dos somente na medida em que esses significados evoluem.
Aqui o esquem a não é: pessoa-coisa (Stern), nem pes-
soa-pessoa (Piaget). Mas: pessoa-coisa-pessoa.
G e n e r a liz a ç ã o . O que é a generalização?
A generalização é a desconexão das estruturas tangíveis
e a conexão nas do pensam ento, nas do sentido.
O significado e o sistema de funções mantêm conexão
entre si.
O significado n ã o se refere ao pensam ento, mas a toda
a consciência.
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