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Curso de formação de condutores de veículos de

transporte de produtos perigosos

Movimentação e Operação de Produtos


Perigosos
(MOPP)
Módulo Específico
CETPP

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APRESENTAÇÃO
A empresa ESPAÇO DO TRÂNSITO LTDA ME, tem por objetivo trabalhar mudanças de
comportamentos no trânsito, através de cursos e trabalhos junto à sociedade. Assim realizamos
Cursos de Formação para Instrutores de Autoescola(CFC), Diretores de Centro Formação
Condutores (CFC), Examinadores de Trânsito e também os cursos previstos na resolução 168/04
do CONTRAN ( Movimentação e Operação de Produtos Perigosos(MOPP), Transporte de
Passageiros, Transporte de Escolar, Transporte de veículo de Emergência, Condutor de
Transporte de Carga Indivisível, Condutor de Mercadoria em Moto (Motofrete) e Condutor de
Passageiro em Motocicletas (Mototaxi), com conteúdo atualizado e ministrados por profissionais
altamente qualificado. O objetivo deste manual é apresentar a você, prezado aluno, conceitos
relacionados à orientação educacional, visando a melhor postura durante a utilização da direção
veicular.
Desta forma, a orientação educacional desempenha papel de direcionar o aluno no seu
desenvolvimento pedagógico, a fim de exercer uma nova atividade.

No Brasil, todos os anos, entre 35 mil e 40 mil pessoas perdem suas vidas em razão dos
acidentes de trânsito. Como atestam estatísticas oficiais, cerca de 90% desses acidentes dá-se
por imprudência, negligência ou imperícia dos motoristas, que abusam da velocidade, das
ultrapassagens forçadas, da conduta irresponsável, como se o bom motorista fosse aquele capaz
de acelerar ao máximo seu veículo, e não o que, cônscio da importância de se respeitar a
legislação específica, trafega de modo a garantir a segurança de si e dos demais.
Por óbvio, as novas gerações só não incorrerão nos mesmos procedimentos equivocados
de muitos dos adultos de hoje se o país preocupar-se em transmitir-lhes, desde a infância, uma
educação para o trânsito. Mas isso demanda anos de trabalho tenaz. Em outra frente de atuação,
devem os poderes públicos engendrar meios de tornar, agora, as rodovias e ruas deste país
menos inseguras e brutais, e para tanto nada melhor que a intensificação das ações de
patrulhamento e a aplicação rigorosa da lei, com as consequentes punições aos transgressores,
em especial aos recalcitrantes, que não são poucos.
A partir do momento que o aluno realizou capacitação com a empresa Espaço do Trânsito
ele estará transformado em um modelo a ser seguido pelos outros condutores.

Pense nisso.

Fábio Campos da Silva


Diretor Geral e Coordenador

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Índice

Legislação Específica do MOPP.................................................04

Movimentação de Produtos Perigosos........................................31

Prevenção e Combate a Incêndio ...............................................35

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO MOPP
Produto perigoso é toda e qualquer substância que, dadas, às suas características físicas
e químicas, possa oferecer, quando em transporte, riscos a segurança pública, saúde de pessoas
e meio ambiente, de acordo com os critérios de classificação da ONU, publicados através da
Portaria nº 204/97 do Ministério dos Transportes. A classificação desses produtos é feita com
base no tipo de risco que apresentam.

Além das péssimas condições de certas estradas, roubos de cargas e imprevistos com o
caminhão, a falta de conhecimento do risco que representa transportar produtos perigosos é outro
fator que pode colocar em risco a vida do carreteiro. Isso porque são poucos os profissionais que
trafegam pelas rodovias e sabem identificar o perigo de uma carga pelo painel laranja obrigatório
dos quase 3.100 produtos considerados perigosos, que na maioria são constituídos por
combustível (álcool, gasolina, querosene, etc.) e produtos corrosivos, como soda cáustica e ácido
sulfúrica.

    O transporte de produtos perigosos, na via pública, é regulamentado por um conjunto de


normas específicas, que extrapolam a legislação de trânsito brasileira (a qual se limita a traçar
regras gerais, para a condução de veículos de carga, além de requisitos específicos para o
condutor de transporte especializado), tendo como base o Regulamento para o Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos - RTPP, aprovado pelo Decreto federal n. 96.044/88, cuja
responsabilidade de complementação era do Ministério dos Transportes, mas passou a ser da
Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, em vista da Lei federal n. 10.233/01.

    Na esfera de competência da ANTT, o RTPP foi atualizado pela Resolução nr 3.665/11 (e


alterações posteriores), dispondo, dentre outras exigências, sobre:

- as condições de transporte;
- os procedimentos em casos de emergência, ocorrência de trânsito, ou avaria;
- deveres, obrigações e responsabilidades;
- fiscalização;
- infrações e penalidades.

    O RTPP ainda possui instruções complementares, estabelecidas pela Resolução da ANTT n.


420/04(e suas alterações), quanto a: (PP12)
- classificação;
- relação de produtos perigosos;
- provisões especiais aplicáveis a certos artigos ou substâncias;
- produtos perigosos embalados em quantidade limitada;
- disposições relativas a embalagens e tanques e exigências para fabricação;
- marcação e rotulagem;
- identificação das unidades de transporte e de carga;
- documentação; e
- prescrições relativas às operações de transporte.

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TRANSPORTE INTERNACIONAL DE CARGAS RODOVIÁRIAS
MERCOSUL

Mercado Comum do Sul, formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
Estuda-se ainda a entrada de novos membros, como o Chile e a Bolívia.

Oficialmente estabelecido em março de 1991. O objetivo principal do Mercosul é eliminar


as barreiras comerciais entre os países membros do bloco, aumentando o comércio e
estabelecendo tarifa zero entre eles, e num futuro próximo criar uma moeda única.

HISTÓRICO DO MERCOSUL

A formação do Mercosul teve origem no Tratado de Assunção, assinado em26/03/1991


pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com objetivo de formar um mercado comum do sul.
Em 1994, por meio de assinatura do Protocolo de Ouro Preto– um complemento ao Tratado de
Assunção – o MERCOSUL foi reconhecido jurídica e internacionalmente como uma organização.

ASPECTOS LEGAIS - TRANSPORTE RODOVIÁRIO NO MERCOSUL (TRC)

De acordo com a ALADI – Associação Latino-Americana de Integração, define-se o


transporte internacional de carga (TIC) como a operação de transladar produtos(carga),
fornecendo um serviço, por um preço denominado frete, desde o país de origem (exportador) até
o país de destino (importador).
O Transporte Internacional de Carga pode ser realizado nas modalidades aérea, por água
(marítima e fluvial), terrestre (rodoviária e ferroviária) ou por uma combinação de duas ou mais
dessas modalidades (transporte intermodal).
A realização do transporte rodoviário de cargas se conforma em normas estabelecida sem
acordos internacionais sobre transporte e trânsito. Historicamente, o Brasil mantém acordos
internacionais de transporte terrestre com quase todos os países da América do Sul. Sua
dimensão e localização geográfica tem sido preponderante nesse sentido.
No caso do Mercosul adota-se o Acordo de Transportes do Cone Sul, isto é o Acordo
Sobre Transporte Internacional Terrestre (ATIT), firmado entre Argentina, Bolívia, Brasil, Chile,
Peru, Paraguai e Uruguai, que contempla tanto o transporte rodoviário, quanto o ferroviário.
O ATIT permite a regulamentação conjunta do transporte internacional terrestre na América
do Sul. Possibilita a “garantia de regularidade de atendimento, bem como definições pertinentes a
direitos e obrigações de usuários e transportadores” (LOPEZ,2000).

EVOLUÇÃO DO TRC NO MERCOSUL

Inicialmente, percebe-se que as estatísticas indicam um incremento nas transações


comerciais entre os países membros do Mercosul desde sua implantação, com oscilações
eventuais resultantes de instabilidade econômica e/ou política de seus Estados Partes.
As trocas comerciais entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai cresceram de US$5,1
bilhões, em 1991, para acima de US$ 20 bilhões, em 1997 e 1998, ou seja, da implantação do
Tratado de Assunção em 1991, passando pela instalação do Mercosul em 1994.
Na relação comercial direta dos países membros do Mercosul com o Brasil, fica evidente a
importância do tráfego bilateral entre este último e a Argentina, para o qual seguem mais de 80%
das exportações.
Desde 1998, a Argentina tornou-se o segundo mercado para vendas brasileiras, depois
apenas dos E.U.A.

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A Legislação em vigor:

DECRETO Nº 7.282, DE 1º DE SETEMBRO DE 2010.

Dispõe sobre a execução do Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do


Tratado de Montevidéu de 1980(AAP/A14TM/17) - Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos
de Transporte Rodoviário de Passageiros e Cargas -assinado entre os Governos da República
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República Oriental
do Uruguai, em 27 de maio de 2010.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,inciso IV, da
Constituição.

Considerando que o Tratado de Montevidéu de 1980, que criou a Associação Latino-


Americana de Integração (ALADI), firmado pelo Brasil em 12 de agosto de 1980 e promulgado
pelo Decreto nº 87.054, de 23 de março de 1982, prevê, em seus artigos7º e seguintes, a
modalidade de Acordos de Alcance Parcial;
Considerando que os Plenipotenciários da República Argentina, da República Federativa
do Brasil, da República do Paraguai e da República Oriental do Uruguai, com base no Tratado de
Montevidéu de 1980, assinaram, em 27 de maio de 2010, em Montevidéu, o Acordo de Alcance
Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de 1980 - Acordo sobre Pesos e
Dimensões de Veículos de Transporte Rodoviário de Passageiros e Cargas - entre os Governos
da República Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da
República Oriental do Uruguai;

DECRETA:

Art. 1º O Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de


1980 - Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte Rodoviário de Passageiros e
Cargas -, entre os Governos da República Argentina, da República Federativa do Brasil, da
República do Paraguai e da República Oriental do Uruguai, de 27 de maio de 2010, apenso por
cópia ao presente Decreto, será executado e cumprido tão inteiramente como nele se contém.

ACORDO DE ALCANCE PARCIAL N° 17 AO AMPARO DO ARTIGO 14 DO


TRATADO DE MONTEVIDÉU 1980 CELEBRADO ENTRE ARGENTINA, BRASIL,
PARAGUAI E URUGUAI

Os Plenipotenciários da República Argentina, da República Federativa do Brasil, da


República do Paraguai e da República Oriental do Uruguai, acreditados por seus respectivos
Governos segundo poderes outorgados em boa e devida forma, depositados oportunamente na
Secretaria-Geral da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI),TENDO EM VISTA que
a existência de normas comuns sobre pesos e dimensões de veículos facilitará o trânsito dos
mesmos, contribuindo para o fortalecimento do processo de integração, CONSIDERANDO o
disposto na Resolução N° 65/08 do Grupo Mercado Comum do MERCOSUL relativa ao "Acordo
sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte Rodoviário de Passageiros e Carpas".

CONVÊM EM:

Celebrar um Acordo de Alcance Parcial sobre Pesos e Dimensões de Veículos de


Transporte Rodoviário de Passageiros e Cargas, em conformidade com as disposições que

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constam no Tratado de Montevidéu 1980 e a Resolução 2 do Conselho de Ministros
das Relações Exteriores da ALALC, que se regerá pelas disposições que se estabelecem a
seguir:

Artigo 1°- Estabelecem-se os pesos e dimensões a serem aplicados à frota veicular dos Estados
Partes que realizam o transporte internacional de cargas ou passageiros.

Artigo 2°- A circulação de veículos especiais ou conjuntos de veículos que superem as dimensões
e/ou pesos máximos estabelecidos neste acordo somente se admitirá mediante a concessão
prévia de autorizações especiais expedidas pelas autoridades competentes com base nas
normas estabelecidas no país transitado.

Artigo 3°- O presente Acordo não obstaculizará a aplicação das disposições em vigorem cada
Estado parte em matéria de circulação por rodovia que limitem os pesos e/ou dimensões dos
veículos em determinadas rodovias ou determinadas construções de engenharia civil.

Artigo 4°- Os limites de pesos permitidos para a circulação de veículos de transporte de carga e
de passageiros no âmbito do MERCOSUL são:

EIXOS QUANTIDADE DE RODAS LIMITE(t)


Simples 2 6
Simples 4 10,5

Duplo 4 10
Duplo 6 14
Duplo 8 18

Triplo 6 14
Triplo 10 21
Triplo 12 25,5

4.1 Entende-se por eixo duplo o conjunto de 2 (dois) eixos, cuja distância entre centros de rodas é
igualou superior a 1,20 m e igualou inferior a 2,40 m.

4.2 Entende-se por eixo triplo o conjunto de 3 (três) eixos, cuja distância entre centros de rodas é
igualou superior a 1,20 m e igualou inferior a 2,40 m.

Artigo 5° - Até que seja harmonizado um procedimento de pesagem no âmbito do MERCOSUL,


deve ser respeitada a norma vigente no país transitado.

Artigo 6° - As infrações a disposições estabelecidas neste Acordo são de caráter administrativo e


se sancionarão segundo as normas MERCOSUL vigentes sem prejuízo das responsabilidades
civis e penais emergentes.

Artigo 7° - O limite máximo para o Peso Bruto Total será de 45t, dependendo das características
do veículo ou conjunto de veículos.

Artigo 8° - As dimensões máximas permitidas para a circulação de veículos de transporte de


carga e de passageiros no âmbito do MERCOSUL são:

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Comprimento máximo (m)
Caminhões simples 14
Caminhão com reboque 20
Reboque 8,6
Caminhão-trator com semi-reboque 18,6
Caminhão-trator com semi-reboque e reboque 20,5
Ônibus de longa distância 14
Largura máxima (m) 2,6
Altura máxima (m)
Ônibus de longa distância 4,1
Caminhão 4,3

A LEI FEDERAL N° 11.442 DE 05 DE JANEIRO DE 2007

O ordenamento jurídico brasileiro, a partir de 08.01.2007, impôs em face da publicação


da Lei n. 11.442, de 05 de janeiro de 2007, uma nova disciplina para o Transporte Rodoviário de
Cargas - TRC realizado em vias públicas, no território nacional, por conta de terceiros e mediante
remuneração, os mecanismos de sua operação e a responsabilidade do transportador, sem
revogar os Artigos 743 a 756 do Código Civil de 2002, que cuidam do contrato de transporte de
coisas.
A Lei n. 11.442, de 05.01.2007, é composta por vinte e quatro artigos. Disciplina, de modo
minucioso, o negócio jurídico denominado transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e
mediante remuneração, sem afastar, no que lhe for aplicável, as regras do Código Civil de 2002,
Arts. 743 a 756, disciplinadoras do transporte de coisas.

Os objetivos da Lei n. 11.442, de 05 de janeiro de 2007, são regular:


a) o Transporte Rodoviário de Cargas – TRC realizado em vias públicas, mediante
remuneração, no território nacional;

b) os mecanismos adotados nas operações utilizadas pelos responsáveis executores


desse tipo de transporte;

c) os limites da responsabilidade do transportador e de quem com ele contrata, das


empresas de entreposto e depositárias.

A Lei nº 11.442, de 05.01.2007, optou pela técnica de reestruturar e definir as seguintes


categorias:
a) Transportador Autônomo de Cargas – TAC: é a pessoa física que tenha no transporte rodoviário
de cargas a sua atividade profissional.
b) Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC: pessoa jurídica constituída por qualquer
forma prevista em lei que tenha no transporte rodoviário de cargas a sua atividade principal.
c) Transportador Autônomo de Cargas Agregado: aquele que coloca veículo de sua propriedade ou
de sua posse, a ser dirigido por ele próprio ou por preposto seu, a serviço do contratante, com
exclusividade, mediante remuneração certa.
d) Transportador Autônomo de Cargas Independente: aquele que presta os serviços de transporte
de carga de que trata a Lei em debate, em caráter eventual e sem exclusividade, mediante frete
ajustado a cada viagem.
A Lei nº 11.442, de 05.01.2007, contém, também, uma rígida disciplina a respeito da
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imposição de responsabilidade civil ao Transportador Autônomo.

A OBRIGATORIEDADE DO REGISTRO DO TRANSPORTADOR AUTÔNOMO DE


CARGAS NO RNTRC

O instrumento legal que institui o Registro Nacional de


Transportadores Rodoviários de Cargas - RNTRC é a Lei 10.233, de
5 de junho de 2001, Arts. 14 - A e 26, item IV, a Lei nº 11.442, de 5
de janeiro de 2007 e a Resolução nº 3056, de 12 de março de 2009,
da ANTT, que dispõe sobre o exercício da atividade de transporte
rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração,
estabelecendo procedimentos para inscrição e manutenção no
RNTRC.
Conforme Resolução nº 3056, de 12 de março de 2009, e alterações, as Empresas de
Transporte Rodoviário de Cargas, as Cooperativas de Transporte de Cargas e os
Transportadores Autônomos de Cargas, que praticam atividade econômica de transporte
rodoviário de cargas no Brasil, por conta de terceiros e mediante remuneração, terão que atender
aos requisitos da referida Resolução para se registrarem no RNTRC.
Somente após a inscrição no RNTRC, os transportadores estarão habilitados ao exercício
de sua atividade.

Dispõe sobre o exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas por conta de


terceiros e mediante remuneração, estabelece procedimentos para inscrição e manutenção
no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) e dá outras
providências.

Art. 2º - O exercício da atividade econômica, de natureza comercial, de transporte rodoviário de


cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, depende de prévia inscrição no Registro
Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas –RNTRC.

Seção III
Da identificação dos veículos

Art. 12. É obrigatória a identificação de todos os veículos inscritos no RNTRC, mediante


marcação do código do registro nas laterais externas da cabine de cada veículo automotor e de
cada reboque ou semirreboque, em ambos os lados, e em locais visíveis.

§ 1º O código de identificação do transportador é único e será composto por:

I - categoria, nas siglas TAC, ETC ou CTC; e

II - número do registro individual.

§ 2º A marcação em cada veículo, em ambos os lados, em local visível, deverá ser feita conforme
as cores, dimensões e formatos indicados no Anexo II.

§ 2º A marcação em cada veículo, em ambos os lados, em local visível, deverá ser feita conforme
as cores, dimensões e formatos indicados nos Anexos II-A, II-B ou II-C ,conforme a categoria do
transportador, admitida a impressão do texto e dos elementos gráficos em preto sobre fundo
branco. (Alterado pela Resolução n° 3.336,de 08.12.09).

CAPÍTULO IV
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DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 33 - As infrações ao disposto nesta Resolução serão punidas com multa, suspensão e
cancelamento da inscrição do transportador no RNTRC.
§ 1º O cometimento de duas ou mais infrações ensejará a aplicação das respectivas penalidades,
cumulativamente.
§ 2º A aplicação das penalidades estabelecidas nesta Resolução não exclui outras previstas em
legislação específica, nem exonera o infrator das cominações civis e penais cabíveis.

Art. 34 - Constituem infrações:


I - efetuar transporte rodoviário de carga por conta de terceiro e mediante remuneração:
o Sem portar os documentos obrigatórios definidos no art. 39 ou portá-los em
desacordo ao regulamentado: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);

o Com Conhecimento de Transporte do qual não constem as informações


obrigatórias: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);

o Sem a identificação do código do RNTRC no veículo ou com a identificação em


desacordo com o regulamentado: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta
reais);

o Com veículo de carga não cadastrado na sua frota: multa de R$ 750,00 (setecentos
e cinquenta reais) e suspensão do registro até a regularização;

o Com o registro suspenso ou vencido: multa de R$ 1.000,00 (mil reais);

o Sem estar inscrito no RNTRC: multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais);

o Com o registro cancelado: multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais);

o Para fins de consecução de atividade tipificada como crime: multa de R$ 3.000,00


(três mil reais) e cancelamento do RNTRC.

II - deixar de atualizar as informações cadastrais no prazo estabelecido no art. 11:multa de R$


550,00 (quinhentos e cinquenta reais) e suspensão do registro até a regularização;

III - apresentar informação falsa para inscrição no RNTRC: R$ 3.000,00 (três mil reais)e
impedimento do transportador para obter um novo registro pelo prazo de dois anos;

III - apresentar informação falsa para inscrição no RNTRC: multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) e
impedimento do transportador para obter um novo registro pelo prazo de dois anos; (Alterado pela
Resolução nº 3.196, de 16.7.09);

IV - apresentar identificação do veículo ou CRNTRC falso ou adulterado: multa de R$3.000,00


(três mil reais) e cancelamento do RNTRC;

V - contratar o transporte rodoviário de cargas de transportador sem inscrição no RNTRC, ou com


a inscrição suspensa ou cancelada: multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais);

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VI - contratar o transporte de veículos rodoviários de cargas de categoria “particular”:
multa de R$ 3.000,00 (três mil reais);

VI – contratar o transporte em veículos rodoviários de cargas de categoria “particular”: multa de


R$ 3.000,00 (três mil reais); e (Alterado pela Resolução nº 3.196, de 16.7.09);

VII - evadir, obstruir ou de qualquer forma dificultar a fiscalização: multa de R$5.000,00 (cinco mil
reais) e cancelamento do RNTRC. (Alterado pela Resolução nº3.196, de 16.7.09).

Art. 35. O RNTRC será cancelado a pedido do próprio transportador ou em virtude de decisão
definitiva em Processo Administrativo.
Parágrafo único. O transportador que tiver seu registro no RNTRC cancelado em virtude de
decisão em Processo Administrativo ficará impedido de requerer nova inscrição durante dois anos
do cancelamento.

Art. 36 - No caso de descumprimento de requisitos regulamentares, o RNTRC será suspenso até


a regularização.

Art. 37 - A reincidência, genérica ou específica, acarretará a aplicação da penalidade pela nova


infração acrescida de cinquenta por cento do valor da última penalidade aplicada em definitivo,
até o limite legal.

§ 1º Ocorre reincidência quando o agente comete nova infração depois de ter sido punido
anteriormente por força de decisão definitiva, salvo se decorridos três anos, pelo menos, do
cumprimento da respectiva penalidade.

§ 2º A reincidência é genérica quando as infrações cometidas são de natureza diversa, e


específica quando da mesma natureza.

Art. 38 - O fiscal poderá reter, mediante Termo de Retenção, os documentos necessários à


comprovação da infração.

Art. 39 - Os procedimentos de fiscalização, apuração de irregularidades e aplicação das


penalidades de que trata esta Resolução observarão as normas estabelecidas pela ANTT, sendo
obrigatória a apresentação, pelo transportador ou condutor, sem prejuízo dos documentos
requeridos por normas específicas:

I - do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga ou do Manifesto de Carga quando se


tratar de transporte fracionado, desde que contenha a relação dos conhecimentos de transporte
referentes à carga transportada, bem como as informações definidas no art. 23, incisos I, II, III, IV,
V, VIII, IX, e X;

II - do CRNTRC, original ou em cópia autenticada, em tamanho natural ou reduzido,


desde que legível.

II - do CRNTRC em tamanho natural ou reduzido, desde que legível. (Alterado pela Resolução n°
3.336, de 08.12.09).

Art. 40 - A fiscalização poderá ocorrer nas dependências do transportador.

§ 1º Nos casos de fiscalização nas dependências do transportador serão verificados,

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além dos Conhecimentos de Transporte emitidos, outros documentos que se façam
necessários para a efetiva averiguação da regularidade do RNTRC.

§ 2º Na eventualidade de denúncia, serão assegurados ao denunciante e ao denunciado o efetivo


sigilo, até conclusão do respectivo processo.

A REGULAMENTAÇÃO DO VALE-PEDÁGIO

Instituído pela Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001, o Vale-Pedágio obrigatório foi criado
com o principal objetivo de atender a uma das principais reivindicações dos caminhoneiros
autônomos: Desoneração do transportador do pagamento do pedágio Por este dispositivo legal,
os embarcadores ou equiparados, passaram a ser responsáveis pelo pagamento antecipado do
pedágio e fornecimento do respectivo comprovante, ao transportador rodoviário. A Medida
Provisória nº 68, de 04 de setembro de 2002, convertida na Lei nº 10.561, de 13 de novembro de
2002, transferiu à ANTT a competência para regulamentação, coordenação, delegação,
fiscalização e aplicação das penalidades, atividades até então desempenhadas pelo Ministério
dos
Transportes.

Com esta alteração da legislação, elimina-se a possibilidade de embutir o custo do pedágio


no valor do frete contratado, prática que era utilizada com frequência, enquanto o pagamento do
pedágio era feito em espécie, fazendo com que o seu custo recaísse diretamente sobre o
transportador rodoviário de carga.

BENEFÍCIOS

Com a implantação do Vale-Pedágio obrigatório, em sua nova redação legal, todos são
beneficiados: caminhoneiros, embarcadores e operadores de rodovias. Transportadores
Rodoviários de Carga: deixam, efetivamente, de pagar a tarifa de pedágio. Apesar de estarem
amparados na legislação federal, é fato que alguns embarcadores acabavam embutindo o valor
da tarifa na contratação do frete, obrigando o caminhoneiro a pagar o pedágio indevidamente.
Como a negociação do Vale-Pedágio obrigatório não será mais feita em espécie, esta
possibilidade torna-se inviável.

Embarcadores ou equiparados: passam a cumprir uma obrigação determinada por lei.


Fornecendo o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador rodoviário, o embarcador ou equiparado
determina o roteiro a ser seguido, pois o vale obedece ao preço do pedágio de cada praça.
Assim, a carga deverá passar pelas rodovias determinadas; escolhendo o roteiro, o embarcador
corre menor risco com relação ao roubo de cargas.

Operadores de Rodovias sob pedágio: com o roteiro pré-estabelecido pelo embarcador, às


operadoras de rodovias sob pedágio garantem a passagem do veículo pela praça de pedágio,
minimizando o uso das rotas de fuga para evitar o pagamento da tarifa.

Não antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador (responsabilidade do embarcador).

• Não registrar as informações sobre a aquisição do Vale-Pedágio obrigatório no documento de


embarque (responsabilidade do embarcador).

• Não aceitar o Vale-Pedágio obrigatório (responsabilidade de todas as operadoras de rodovias


sob pedágio - aceitação obrigatória).

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APLICAÇÃO DE MULTAS

Verificada a infração, o órgão fiscalizador lavra o respectivo auto de infração, com


notificação ao infrator para pagamento da multa ou apresentação de defesa.
Ao embarcador ou equiparado será aplicada multa no valor de R$ 550,00 por veículo, para
cada viagem na qual não fique comprovada a antecipação do Vale-Pedágio obrigatório.
A operadora de rodovia sob pedágio que não aceitar o Vale-Pedágio obrigatório será
penalizada com multa no valor de R$ 550,00, a cada dia que deixar de aceitar os modelos de
Vale-Pedágio obrigatório habilitados pela ANTT ou descumprir as de mais determinações legais
sobre a matéria.

ÓRGÃOS REGULADORES E FISCALIZADORES DO TRANSPORTE


RODOVIÁRIO DE CARGAS

O Ministério dos Transportes do Brasil é o órgão responsável pelo assessoramento do


presidente da República na execução e formulação e da política de transporte do país.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atua na regulação e fiscalização de


transportes nos ramos rodoviário, ferroviário e dutoviário do Brasil. A ANTT foi criada pelo
presidente Fernando Henrique Cardoso através da Lei nº10.233, de 5 de junho de 2001 que
dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de
Integração de Políticas de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência
Nacional de Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes, e dá outras providências. A ANTT absorveu dentre outras, as competências relativas
a concessões do extinto DNER.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) é uma polícia federal, subordinada ao Ministério da Justiça,
cuja principal função é combater os crimes nas rodovias e estradas federais do Brasil, assim
como monitorar e fiscalizar o tráfego de veículos, embora também tenha passado a exercer
trabalhos que extrapolam sua competência original, como a atuação dentro das cidades e matas
brasileiras em conjunto com outros órgãos de segurança pública.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) é um órgão federal


brasileiro vinculado ao Ministério dos Transportes. Ele é submetido ao regime autárquico comum
criado pela lei 10.233 de 5 de junho de 2001 que reestruturou o sistema de transportes terrestre e
aquaviário do Brasil, extinguindo o antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
(DNER).

O Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) é um órgão do Poder Executivo Estadual que


fiscaliza o trânsito de veículos terrestres em suas respectivas jurisdições, no território Brasileiro.
Entre suas atribuições está a determinação das normas para formação e fiscalização de
condutores.

O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) é o órgão máximo normativo, consultivo e


coordenador da política nacional de trânsito, competente do Sistema Nacional de Trânsito (SNT),
responsável pela regulamentação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Foi criado pela Lei nº
9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro).

EXIGÊNCIAS OBRIGATÓRIAS

13
Exigências para o motorista

  A regulamentação para o motorista é, praticamente, a única regra constante do Código de


Trânsito Brasileiro, tendo em vista que o seu artigo 145 estabelece que, para a condução de
determinados veículos, entre eles os de transporte de produtos perigosos, é obrigatório que o
condutor preencha determinados requisitos:
I – ser maior de vinte e um anos;
II – não estar cumprindo pena de suspenção do direito de dirigir, cassação da CNH, pena
decorrente de crime de trânsito, bem como estar impedido judicialmente de exercer seus direito;
III – ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular em
situação de risco, nos termos da normatização do Conselho Nacional de Trânsito.

O Curso especializado para o transporte de produtos perigosos é popularmente conhecido


como Curso MOPP (Movimentação e Operação de Produtos Perigosos). Sua regulamentação
encontra-se na Resolução do Conselho Nacional de Trânsito n. 168/04 e pode ser ministrado
pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal ou por
instituições vinculadas ao Sistema Nacional de Formação de Mão-de-obra com a carga horária de
50 (cinquenta) horas aula e o seguinte conteúdo programático:

Legislação de trânsito (10 h/a);


Direção defensiva (15 h/a);
Noções de primeiros socorros, respeito ao meio ambiente e prevenção de incêndio (10 h/a);
Movimentação de produtos perigosos (15 h/a).

De acordo com o artigo 2º da Resolução do Contran n. 205/06, que versa sobre


documentos de porte obrigatório, “sempre que for obrigatória a aprovação em curso
especializado, o condutor deverá portar sua comprovação até que essa informação seja
registrada no RENACH e incluída, em campo específico da CNH, nos termos do § 4º do Art. 33
da Resolução do Contran n. 168/05”.
  
Por conta desta obrigatoriedade de porte da comprovação do Curso (até que haja a
inscrição na própria CNH) e tendo em vista a inexistência de infração de trânsito específica, tem-
se entendido que a não comprovação do Curso especializado para o transporte de produtos
perigosos configura infração do artigo 232 do CTB (“Conduzir veículo sem os documentos de
porte obrigatório referidos neste Código”), além do crime previsto no artigo 56 da Lei federal n.
9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente (“Produzir, processar, embalar, importar, exportar,
comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou
substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com
as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos”), sujeito à pena de reclusão, de
um a quatro anos, e multa.

O que é Diamante de Hommel e Diamante do Perigo


14
Diamante de Hommel
O diagrama de Hommel, mundialmente conhecido pelo código NFPA
704 (National Fire Protection Association) mas também conhecido como diamante do
perigo ou diamante de risco , é uma simbologia empregada pela Associação Nacional para
Proteção contra Incêndios. Nela, são utilizados quadrados que expressam tipos de risco em graus
que variam de 0 a 4, cada qual especificado por uma cor (branco, azul, amarelo e vermelho), que
representam, respectivamente, riscos específicos, risco à saúde, reatividade e inflamabilidade.
Quando utilizada na rotulagem de produtos, ela é de grande utilidade, pois permite num
simples relance, que se tenha ideia sobre o risco representado pela substância ali contida.

Simbologia
O que é GHS?
GHS é um Sistema Harmonizado Globalmente para a Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos, criado para apoiar a classificação e comunicação dos perigos dos produtos químicos,
através de seus rótulos.

A simbologia dos veículos que transportam


produtos perigosos é composta por dois itens de identificação: os painéis de segurança e os
rótulos de risco, os quais apresentam informações referentes ao produto transportado, de acordo
com Normas Brasileiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas, sendo estabelecidos, pela
Resolução ANTT n. 420/04, o modo de fixação, quantidade e condições de uso destes sinais.

15
O objetivo desta simbologia é permitir que
o produto transportado seja reconhecido à
distância, pela aparência geral dos símbolos
(como forma e cor), possibilitar uma identificação
rápida dos riscos que apresentam e prover, por
meio das cores dos rótulos, uma primeira
indicação quanto aos cuidados a observar no
manuseio e atendimento de emergências nas
ocorrências de trânsito.

Dimensões:
30 X 40 cm
para unidades de transportes
25 X 35 cm
para veículos utilitários
Borda: 10 mm

Os painéis de segurança são retângulos, na cor laranja, com borda preta, e números na
cor preta, em duas linhas, sendo aposto, na parte superior, o número que indica os riscos do
produto e, na parte inferior, o número de identificação do produto (número ONU). 
Os rótulos de risco têm a forma de um quadrado, apoiado sobre um de seus vértices (como se
fossem um losango), constituindo, nos veículos, ampliações dos rótulos aplicáveis às embalagens
e servem para identificar a classe de risco do produto, representadas por números e símbolos.
Algumas regras:
0   -   Quando o risco associado a uma substância puder ser indicado por um único algarismo,
este será seguido por zero.

X  -   A substância reage perigosamente com água (utilizado como prefixo do código
numérico).

A repetição do número indica um aumento da intensidade


daquele risco específico, como mostram os exemplos:
33 - Líquido altamente inflamável.
55 - Substância fortemente oxidante.

Números de Risco

PFg = Ponto de Fulgor;


(*) Não usar água, exceto com aprovação de um especialista.

Classes de risco

16
17
Substâncias e artigos perigosos diversos

Exigências para o veículo

 A identificação no veículo é feita através de retângulos laranjas, que podem ou não


apresentar duas linhas de algarismos, definidos como Painel de Segurança; e losangos definidos
como Rótulos de Risco, que apresentam diversas cores e símbolos, correspondentes à classe de
risco do produto a ser identificado.

No retângulo, a linha superior se refere ao Número de Risco do produto transportado e é


composto por no mínimo dois algarismos e, no
máximo, pela letra X e três algarismos numéricos.
A letra X identifica se o produto reage

18
perigosamente com a água. Na linha inferior encontra-se o Número da ONU
(Organização das Nações Unidas), sempre composta por quatro algarismos numéricos, cuja
função é identificar a carga transportada. Caso o Painel de Segurança não apresente nenhuma
identificação, significa que estão sendo transportados mais de um produto perigoso.

Exemplos de como deve ser a sinalização em veículos que transportam cargas a granel, fracionadas e com
um ou mais produtos no mesmo veículo:

Transporte de carga fracionada de produtos perigosos iguais


Rótulos de risco e painéis de segurança no transporte de carga  a (número ONU) e riscos iguais (número de risco) na mesma unidade
de transporte.
granel de mais de um produto perigoso de mesmo risco principal, na

mesma unidade de transporte.

Transporte de
carga
fracionada de um único produto em veículos
utilitários.

Em caso de produtos fracionados na mesma unidade de transporte, esta deve portar o descritivo
abaixo:

a) Na frente: o painel de segurança, do lado do motorista. Na


parte superior, deve haver o número de identificação de risco
do produto, e na parte inferior, o número de identificação do
produto (número da ONU, conforme portaria do Ministério dos
Transportes – instruções complementares ao Regulamento do
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos), quando
transportar apenas um produto;

b) Na traseira: o painel de segurança, do lado do motorista, idêntico aos colocados na frente e


na traseira, e o rótulo indicativo do risco do produto, colocado do centro para a traseira, em
local visível, conforme regra acima.

c) Nas laterais: o painel de segurança, idêntico aos colocados na frente e na traseira, e rótulo
indicativo do risco do produto, colocado do centro para a traseira, em local visível.

  No transporte terrestre de produtos perigosos, as seguintes normas da Associação


Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – devem ser atendidas:

 
19
   -ABNT NBR 7500 - Identificação para o transporte terrestre, manuseio,
movimentação e armazenamento de produtos. 

   -ABNT NBR 7503 - Transporte terrestre de produtos perigosos - Ficha de emergência e


envelope - Características, dimensões e preenchimento. 

   - ABNT NBR 9735 - Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de


produtos perigosos. – Alterada a edição 2016 já está em vigor a partir do dia 01 de junho de 2016.

- As alterações foram quanto ao EPI e Conjunto para Situação de Emergência, as demais legislações permanecem
válidas sem alterações;

- Ficam excluídos do KIT de emergência: a lanterna, as quatro placas: perigo afaste-se, as fitas de isolamento e os
dispositivos de isolamento;

- Com a revisão temos apenas um Grupo de Kit para todos os produtos perigosos, EXCETO o Ácido fluorídrico que
tem NRB específica (10271). 

   -ABNT NBR 10271 - Conjunto de equipamentos para emergências no transporte rodoviário de


ácido fluorídrico. 
   -ABNT NBR 14619 - Transporte terrestre de produtos perigosos - Incompatibilidade química.
  
No transporte de produto explosivo e de substância radioativa serão observadas também normas
específicas do Ministério do Exército (R-105) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Res
5.01-CNEN).

2.2. Documentos obrigatórios


    Além dos documentos obrigatórios para a condução de qualquer veículo automotor, previstos
no CTB, que são a Carteira Nacional de Habilitação (artigo 159) e o Certificado de Licenciamento
Anual (artigo 133), o condutor de veículo que transporta produtos perigosos deve portar alguns
documentos específicos, conforme artigo 28 da Resolução ANTT n. 3.665/11, alterada pela
Resolução n. 3.762/12:

I - originais do Certificado de Inspeção para o


Transporte de Produtos Perigosos - CIPP e do
Certificado de Inspeção Veicular - CIV, no caso de
transporte a granel, dentro da validade, emitidos
pelo Inmetro ou entidade por este acreditada; 

CIPP
CIV

II - documento fiscal contendo as informações relativas aos produtos transportados,


conforme o detalhamento previsto nas instruções complementares ao Regulamento para o
Transporte de Produtos Perigosos - RTPP; 
20
III - Declaração do Expedidor de que os
produtos estão adequadamente acondicionados
e estivados para suportar os riscos normais das
etapas necessárias à operação de transporte e
que atendem à regulamentação em vigor,
conforme detalhamento previsto nas instruções
complementares ao RTPP; 

IV - Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte,


emitidos pelo expedidor, conforme o estabelecido nas
instruções complementares ao RTPP, preenchidos de
acordo com informações fornecidas pelo fabricante ou
importador dos produtos transportados; 

5mm

250 mm

188 mm
21
Verso da Ficha de Emergência pode ser usado o
verso da ficha de emergência, a critério do
expedidor, para continuação do texto, caso o
espaço da página inicial não seja suficiente para a
informação necessária sobre o produto.(A
sequência das seções deve permanecer a
mesma)

Ficha de Emergência
para produtos
não classificados
como Produto Perigoso

Documento de porte
Não obrigatório

Impressão em papel kraft nas cores ouro, puro ou natural, com gramatura mínima de 80 g/m² e medida de
190 mm por 250 mm(com mais ou menos 15 mm de tolerância). Os campos B e C podem ser impressos,
datilografados, carimbados ou manuscritos de forma legível na cor preta ou azul.

22
ESTE ENVELOPE CONTÉM INFORMAÇÕES IMPORTANTES.
Campo A LEIA-O CUIDADOSAMENTE ANTES DE INICIAR A SUA VIAGEM. Mínimo
EM CASO DE EMERGÊNCIA ESTACIONE, SE POSSÍVEL, EM ÁREA VAZIA, AVISE À POLÍCIA (190), AOS BOMBEIROS
(193) E AO(S) TELEFONE(S) DE EMERGÊNCIA Nº_______________________________________
45 mm

NOME OU LOGOMARCA

Mínimo
Campo B
130 mm

Mínimo
Campo C
15 mm

250 mm

VERSO

OUTRAS PROVIDÊNCIAS

- usar equipamento de Proteção Individual(EPI) (conforme ABNT NBR 9735);


- isolar a área, afastando os curiosos;
- sinalizar o local do acidente;
- eliminar ou manter afastadas todas as fontes de ignição;
- entregar a(s) ficha(s) de emergência aos socorros, assim que chegarem;
- avisar imediatamente ao(s) órgão(s) ou entidade(s) de trabalho.

V - autorização ou licença da autoridade competente para


expedições de produtos perigosos que, nos termos das instruções
complementares ao RTPP, necessitem do(s) referido(s)

23
documento(s), como, por exemplo, a Guia de Tráfego de produtos controlados pelo Ministério da
Defesa, ou Declaração de Expedidor de material radioativo;

FICHA DE MONITORAÇÃO
DA CARGA
E DO VEÍCULO RODOVIÁRIO

GUIA DE TRÁFEGO

DECLARAÇÃO DO EXPEDIDOR
DE MATERIAIS RADIOATIVOS

VI - demais declarações exigidas nos termos


das instruções complementares ao RTPP.
 
  Ressalta-se que, como explanado anteriormente, também
deve o condutor portar a comprovação de realização do
Curso especializado para transporte de produtos perigosos,
quando tal informação não constar do campo de
observações da CNH.

Resolução do CONTRAN 598/16


Anexo II – Tabela de abreviaturas a serem impressas na
Carteira Nacional de Habilitação e Permissão Para Dirigir

24
  Texto
Texto Original Impresso
Código
na CNH
Habilitado em Curso Específico de Transporte Produtos Perigoso
11 CETPP

12 Habilitado em Curso Específico de Transporte Escolar CETE

13 Habilitado em Curso Específico de Transporte Coletivo de Passageiros CETCP

14 Habilitado em Curso Específico de Veículos de Emergência CETVE

15 Exerce atividade remunerada EAR

16 Habilitado em Curso Específico de Transporte de Carga Indivisível CETCI

17 Atualização para Mototaxista CMTX

18 Atualização para Motofretista CMTF

2.3. Equipamentos obrigatórios NBR 9735

Para cada tipo de produto perigoso transportado, é exigido um conjunto de equipamentos


para situações de emergência e de equipamentos de proteção individual - EPI, sendo que a
composição de cada conjunto varia em função do produto. 
  Os equipamentos para situações de emergência abrangem calços, lona e pá para cargas
sólidas, cones, bolsa e conjunto de ferramentas.
    Os equipamentos de proteção individual, a serem utilizados tanto pelo motorista quanto pelo
ajudante, englobam capacete, luvas, óculos para produtos químicos, semi-máscara, máscara
panorâmica, máscara de fuga, respirador para pó, protetor facial e filtros.
 

1. Infrações específicas

25
    A fiscalização das regras para o transporte de produtos perigosos, bem como a aplicação de
multas por infrações cometidas, incumbe à ANTT e aos órgãos e entidades executivas de trânsito
e rodoviários, com circunscrição sobre a via onde transita o veículo transportador, conforme os
artigos 49 e 51, § 1º, da Resolução ANTT n. 3.665/11, a qual trouxe maior rigor na fiscalização do
transporte de produtos perigosos, aumentando o número de infrações específicas, em relação ao
Regulamento originariamente aprovado pelo Decreto federal n. 96.044/88.

INRAÇÕES E PENALIDADES

A inobservância das disposições deste Regulamento e de suas instruções complementares


sujeita o infrator à multa.
§ 1º A aplicação da multa compete à ANTT, sem prejuízo da competência da autoridade
com circunscrição sobre a via onde a infração foi cometida. § 2º Serão observadas as normas
específicas de cada órgão fiscalizador referentes aos critérios e prazos estabelecidos para a
defesa e a interposição de recurso.

Art. 52. As infrações classificam-se, de acordo com a sua gravidade, em três grupos:

I - Primeiro Grupo: punidas com multa de valor equivalente a R$ 1.000,00 (mil reais);
RESOLUÇÃO Nº 3.665/11, DE 4 DE MAIO DE 2011.
II - Segundo Grupo: punidas com multa de valor equivalente a R$ 700,00 (setecentos
reais).
III - Terceiro Grupo: punidas com multa de valor equivalente a R$ 400,00 (quatrocentos
reais).
§ 1º Na reincidência de infrações com idêntica tipificação, no prazo de doze meses,
a multa será aplicada em dobro.

§ 2º Quando cometidas simultaneamente duas ou mais infrações, aplicar-se-ão,


cumulativamente, as penalidades correspondentes a cada uma delas.

    Os códigos de enquadramento para o processamento das multas respectivas são


estabelecidos pela Resolução da ANTT n. 3880/12 (com alteração da Resolução n. 3.924/12).

    O artigo 55, finalmente, prevê também responsabilização ao destinatário da carga, uma única
infração punida com multa no valor de setecentos reais, quando, nas operações de descarga, não
forem adotados cuidados específicos a fim de evitar danos, avarias ou acidentes. Esta foi uma
inovação da Resolução, pois o RTPP previa apenas responsabilização ao transportador e
expedidor. 

I - PUNÍVEIS COM A MULTA PREVISTA PARA O PRIMEIRO GRUPO:

a) transportar produtos perigosos cujo deslocamento rodoviário seja proibido pela ANTT;

26
b) transportar produtos perigosos em veículo cujo condutor não esteja devidamente
habilitado em desacordo ao caput do art. 22;

c) transportar produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte com características


técnicas ou operacionais inadequadas, em desacordo ao art. 6º;

d) transportar, em veiculo ou equipamento de transporte, produtos perigosos a granel que não


constem no CIPP, em desacordo ao art. 7º;

e) transportar produtos perigosos a granel em veículo ou equipamento de transporte que não


atendam às disposições do art. 7º e do inciso I do caput do art. 28;

f) transportar produtos perigosos em veículos que não atendam às condições do art. 8º;

g) conduzir pessoas em veículos que transportem produtos perigosos, em desacordo ao inciso I


do art. 12;

h) transportar, simultaneamente, no mesmo veículo ou equipamento de transporte, diferentes


produtos perigosos, em desacordo ao inciso II do art. 12;

i) transportar produtos perigosos em desacordo ao inciso III do art. 12;

j) transportar alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados ao uso ou consumo


humano ou animal em embalagens que tenham contido produtos perigosos, em desacordo ao
inciso IV do art 12; RESOLUÇÃO Nº 3.665/11, DE 4 DE MAIO DE 2011

k) transportar, simultaneamente, animais e produtos perigosos em veículos ou equipamentos de


transporte, em desacordo ao inciso V do art 12;

l) transportar em veículo ou equipamento de transporte já utilizados para movimentação de


produtos perigosos a granel, produtos para uso ou consumo humano ou animal, em desacordo ao
art. 9º;

m) deixar de dar apoio e prestar os esclarecimentos solicitados pelas autoridades públicas em


caso de emergência, acidente ou avaria, conforme art. 33;

n) manusear, carregar ou descarregar produtos perigosos em locais públicos e em condições de


segurança inadequadas às características dos produtos e à natureza de seus riscos, em
desacordo ao art. 14.

II - PUNÍVEIS COM A MULTA PREVISTA PARA O SEGUNDO GRUPO:

a) transportar produtos perigosos mal estivados nos veículos ou presos por meios não-
apropriados, em desacordo ao art. 10;

b) transportar produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte em estado


inadequado de conservação, limpeza ou descontaminação, em desacordo ao art. 6º; (Alterado
pela Resolução nº 3.762, de 26.01.12)

c) transportar produtos perigosos em veículo ou equipamento sem a devida sinalização, ou


quando esta estiver incorreta, ilegível ou afixada de forma inadequada, em desacordo ao art. 3º;
27
d) transportar produtos perigosos em embalagens que não possuam a comprovação
de sua adequação a programa de avaliação da conformidade da autoridade competente, em
desacordo ao art. 11;

e) transportar produtos perigosos em embalagens que não possuam a identificação relativa aos
produtos e seus riscos, em desacordo ao art. 11; (Alterado pela Resolução nº 3.762, de 26.01.12)

f) transportar produtos perigosos utilizando cofre de carga que não atenda ao estabelecido no art.
13; RESOLUÇÃO Nº 3.665/11, DE 4 DE MAIO DE 2011

g) o condutor não adotar, em caso de acidente, avaria ou outro fato que obrigue a imobilização do
veículo, as providências constantes no Envelope para Transporte, conforme art. 30;

h) transportar produtos perigosos em veículo desprovido do conjunto de equipamentos para


situações de emergência ou portar qualquer um de seus componentes em condições
inadequadas de uso, em desacordo ao art. 4º;

i) transportar produtos perigosos em veículo desprovido dos conjuntos de EPIs necessários ou


portar qualquer um de seus componentes em condições inadequadas de uso, em desacordo ao
art. 5º;

j) transportar produtos perigosos em embalagens que apresentem sinais de violação,


deterioração ou mau estado de conservação, conforme art. 48;

k) transportar produtos perigosos descumprindo as restrições de circulação estabelecidas no art.


17;

l) estacionar veículo contendo produtos perigosos em desacordo ao art. 20; e

m) abrir volumes, fumar ou adentrar as áreas de carga do veículo ou equipamento de transporte


em desacordo ao inciso VI do art. 12.

III - PUNÍVEIS COM A MULTA PREVISTA PARA O TERCEIRO GRUPO:

a) deixar, o condutor ou o auxiliar, de informar a imobilização do veículo à autoridade competente,


conforme art. 24;

b) retirar a sinalização ou a Ficha de Emergência e o Envelope para Transporte de veículo ou


equipamento de transporte que não tenha sido descontaminado, em desacordo ao art. 3º;

c) não retirar a sinalização dos veículos e equipamentos de transporte após as operações de


limpeza e descontaminação, em desacordo ao parágrafo segundo do art. 3º; (Alterado pela
Resolução nº 3.886, de 6.9.12)

d) transportar produtos perigosos sem adotar, em relação à documentação exigida, as


disposições do inciso V do art. 46, ou dispor dessa documentação ilegível;

e) transportar produtos perigosos em veículo cujo condutor ou auxiliar não estejam usando o traje
mínimo obrigatório previsto no art. 26. (Alterado pela Resolução nº 3.886, de 6.9.12)

Quantidades Limites ( Isentas)


28
Pergunta: Qual a quantidade limite para que um Produto Perigoso possa ser transportado sem
documentação?

Resposta: Conforme Resolução 420/04 e alterações, cada numeração de ONU possui uma
quantidade limite que permite ao transportador ficar isento de alguns documentos para o
transporte, conforme abaixo:

Quantidades limitadas por embalagens internas


Para o transporte de produtos perigosos em quantidades limitadas por embalagem interna, nas
condições estabelecidas nesta seção, dispensam-se as exigências relativas a:

a)Porte de rótulo(s) de risco(s) no volume;


b) Segregação entre produtos perigosos num veículo ou contêiner;
c) Rótulos de risco e painéis de segurança afixados ao veículo;
d) Limitações quanto a itinerário, estacionamento e locais de carga e descarga.

Permanecem válidas as demais exigências regulamentares, em especial as que se referem a:

a) Proibição de conduzir passageiro no veículo;


b) A marcação do nome apropriado para embarque e do número ONU no volume;
c) Porte de equipamentos de proteção individual e de equipamentos para atendimento a
situações
de emergência, inclusive extintores de incêndio, para o veículo e para a carga, caso esta exija;
d) Treinamento específico para o condutor do veículo;
e) Porte de ficha de emergência;
f) As precauções de manuseio (carga, descarga, estiva).

Quantidades limitadas por unidade de transporte


Para quantidades iguais ou inferiores aos limites de quantidade por unidade de transporte,
constantes na coluna 8, da Relação de Produtos Perigosos, independentemente das dimensões
das embalagens, dispensam-se as exigências relativas a:

a) Rótulos de risco e painéis de segurança afixados ao veículo;


b) Porte de equipamentos de proteção individual e de equipamentos para atendimento a
situações de emergência, exceto extintores de incêndio, para o veículo e para a carga , se esta o
exigir;
c) Limitações quanto a itinerário, estacionamento e locais de carga e descarga;
d) Treinamento específico para o condutor do veículo;
e) Porte de ficha de emergência;
f) Proibição de se conduzir passageiros no veículo.

Permanecem válidas as demais exigências regulamentares, em especial as que se referem a:

a) Às precauções de manuseio (carga, descarga, estiva);


b) Às disposições relativas à embalagem dos produtos e sua marcação e rotulagem, conforme
estabelecido neste Regulamento. 3.4.3.3 A quantidade máxima de um produto que pode ser
colocada em uma unidade de transporte, em cada viagem, é a estabelecida na Relação de
Produtos Perigosos (coluna 8).
No caso de, num mesmo carregamento, serem transportados dois ou mais produtos perigosos
diferentes, prevalece, para o carregamento total, considerados todos os produtos, o valor limite

29
estabelecido para o produto com menor quantidade isenta. 3.4.3.4 A palavra “zero”
colocada na coluna 8 indica que o transporte do produto não está dispensado das exigências
descritas em 3.4.3.1.

Embalagens

USO DE EMBALAGENS, INCLUINDO CONTENTORES INTERMEDIÁRIOS PARA GRANÉIS


(IBCs) E EMBALAGENS GRANDES.

Grupos de embalagem Produtos perigosos de todas as classes, exceto aqueles das Classes 1, 2
e 7, Subclasses 5.2 e 6.2 e as substâncias auto-reagentes da subclasse 4.1, foram divididos em
três grupos para fim de embalagem, segundo o nível de risco que apresentam:

Grupo de Embalagem I : substâncias que apresentam alto risco;


Grupo de Embalagem II : substâncias que apresentam risco médio;
Grupo de Embalagem III : substâncias que apresentam baixo risco.
O grupo de embalagem no qual é alocada determinada substância é indicado na coluna 6 da
Relação de Produtos Perigosos.

MOVIMENTAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS


NÃO CORRA RISCO, CONHEÇA OS PRODUTOS QUÍMICOS ANTES DE MANUSEÁ-LOS.

 As pessoas que manusearem produtos químicos deverão ser treinadas, conhecerem os


riscos através da FISPQ e usar os EPI’s específicos para cada produto.

 É de responsabilidade das áreas usuárias dos produtos químicos fazer a etiquetagem,


rotulagem e sinalização desses produtos e de seus locais de estocagem, mantendo os
FISPQ/ MSDS nesses locais, além de garantir que os empregados sejam treinados e
conheçam a MSDS de cada produto.

 A FISPQ/ MSDS deve estar em um local na área de estocagem.

30
Qual é a forma de conhecermos o que há nos produtos químicos que
utilizamos?

Ficha de Informação
FISPQ
Ficha de
Informação
de Segurança
de Produto Químico
de Segurança
de Produto
Químico

RESPONSABILIDADES

Fornecedor:

Manter a FISPQ sempre atualizada e tornar disponível ao usuário/receptor a edição mais


recente.

Usuários:

Agir de acordo com uma avaliação de risco, tomando as medidas de precaução


necessárias, e as recomendações relevantes das FISPQs.

Gerencial:

Prover listas atualizadas (inventário) dos produtos químicos em uso nos processos
industriais. Garantir que novos produtos/amostras de produtos químicos de usos diversos que
forem entrar na CIA sejam submetidos previamente à aprovação do Laboratório Químico/
Segurança.

PROCEDIMENTO PARA FISPQ

Laboratório Químico:
Providenciar a FISPQ para os produtos químicos.

Produtos químicos de usos diversos:

As áreas de uso dos produtos devem conter as FISPQ que devem estar disponíveis aos
colaboradores e contratados nas áreas de trabalho.

VIAS DE PENETRAÇÃO DOS PRODUTOS QUÍMICOS NO CORPO HUMANO:

Respiratória - atingem as vias aéreas superiores podendo atingir os pulmões (gases, vapores,
poeiras, fumaças, etc.)
Cutânea - Há vários grupos que penetram pelos poros fixando-se no tecido adiposo subcutâneo,
podendo atingir a circulação sanguínea.
Digestiva - os casos encontrados são de manifestação dentária, da mucosa, tubo digestivo e
fígado. Certos hábitos tais como roer as unhas ou limpá-las com os dentes são as principais
causas de ingestão de substâncias químicas.

31
ESTOCAGEM DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

• Estocar em área bem ventilada protegida de extremos de temperatura e fontes de ignição;


• Assegurar que as substâncias químicas não serão manipuladas por pessoas não
autorizadas
Inspecionar o estoque de tempos em tempos e retirar as substâncias em deterioração (prazo de
validade vencida)
• Dividir o estoque quanto a classificação das substâncias para reduzir riscos
• (Ex.: inflamáveis, etc.)
• Não fumar onde substâncias químicas estão estocadas.
• Transportar com cuidado embalagens com resíduos perigosos.

MANUSEIO

• Ler o rótulo antes de abrir a embalagem;


• Verificar se a substância é realmente aquela desejada;
• Considerar o perigo de reações entre as substâncias químicas e utilizar equipamentos e
roupas de proteção apropriada;
• Abrir a embalagem em área ventilada;
• Tomar o cuidado durante a manipulação e uso de substâncias químicas: evitar a inalação,
contato com a pele e olhos e ingestão;
• Fechar bem a embalagem após a utilização;
• Não comer, beber ou fumar enquanto estiver manuseando substâncias químicas;
• Lavar as mãos e áreas expostas regularmente, trocando as roupas contaminadas;
• Em caso de vazamento do produto, isolar a área e acionar socorro;
• Procurar atendimento médico imediatamente, se afetado por substâncias químicas,
utilizando as técnicas de primeiros socorros apropriadas até a chegada do médico

CONTROLE DE EXPOSIÇÃO E PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Usar devidamente os EPI’s necessários para a manipulação dos produtos, lavar bem os
EPI’s (luvas, óculos de segurança avental, botas, etc.) antes de retirá-los, pois pode ocorrer
contaminação da pele.

Lembre-se, sua segurança depende de VOCÊ!

Em caso de inalação: remover a vítima da área contaminada para um local mais


ventilado.
Se necessário acionar a Brigada de Primeiros Socorros.

Em caso de ingestão: se a vítima estiver consciente encaminhá-la ao Ambulatório


Médico. Se a vítima estiver inconsciente acionar a Brigada de Primeiros Socorros

Em caso de contato com a pele: remover a vítima para um chuveiro de emergência e retirar
as roupas contaminadas. Lavar as partes atingidas com água e sabão. Não colocar qualquer
medicamento ou produto químico. Encaminhar a vítima ao Ambulatório Médico ou ao Hospital.

Em caso de contato com os olhos:

32
Remover as lentes de contato, se for o caso. Lavar os olhos no lava-olhos
imediatamente com grande quantidade de água fresca e limpa por pelo menos 15 minutos, não
colocar qualquer medicamento ou produto químico.

OBS: EM TODOS OS CASOS CITADOS PROCURAR ASSISTÊNCIA MÉDICA


IMEDIATAMENTE

INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE

- Transportar somente produtos químicos identificados (com rótulos)


- Observar as recomendações para transporte de peso
- Usar os EPI’s apropriados

MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO OU VAZAMENTO

- Abandonar a área imediatamente;


- Desativar todas as fontes de ignição (faíscas );
- Ventilar a área ao máximo;
- Permitir somente o acesso de pessoas especializadas com equipamentos de proteção
adequados (botas, luvas, avental de PVC, óculos de segurança e proteção respiratória);
- Pequenos vazamentos devem ser absorvidos em papel toalha ou outro material
absorvente;

Em grandes vazamentos ou derramamentos, conter o produto em diques, se não houver


diques, circundar o produto com areia ou terra. Transferir para recipiente apropriado e identificado

FIQUE ATENTO

- Nas informações que possam ser importantes do ponto de vista da segurança,


saúde e meio ambiente;
- Classificações e recomendações que deverão ser colocadas no rótulo;
- Restrições aos produtos químicos;
- Em caso de dúvidas, consultar a Ficha de Segurança dos produtos químicos
existentes em seu setor.

A produção e o uso de produtos químicos são fatores fundamentais para o


desenvolvimento econômico de todos os países.
De uma maneira ou de outra os produtos químicos afetam as vidas de todos os seres
humanos direta ou indiretamente  por serem essenciais a nossa alimentação (agricultura), saúde
(produtos farmacêuticos) e nosso bem estar (eletrodomésticos, combustíveis, etc..).
O primeiro passo para um uso seguro de produtos químicos é saber identificá-lo quanto
aos perigos para a saúde, o ambiente, e os meios para seu controle.

A classificação de perigo em embalagens é feita através de etiquetas, uma ferramenta


essencial para informação sobre o grau de perigo de uma substância química, o que ela
representa para o homem, o ambiente, e as ações preventivas de um uso seguro e correto para
evitar acidentes.

DEFINIÇÃO
33
São produtos de transformação obtidos por meio de processo industrial, constituídos de
substâncias puras, compostas e misturas.

Podem ser naturais ou sintéticos.

PRODUTOS NATURAIS
São obtidos de produtos encontrados na natureza.

PRODUTOS SINTÉTICOS
São obtidos artificialmente através da síntese de outros produtos.

CONCEITOS

 Risco
É a probabilidade de ocorrer um evento bem definido no espaço e no tempo, que causa
dano à saúde, às unidades operacionais ou dano econômico/financeiro.
 Perigo
É a expressão de uma qualidade ambiental que apresente características de possível
efeito maléfico para a saúde e/ou meio ambiente.
 Na presença de um perigo não existe risco zero, porém existe a possibilidade de minimizá-
lo ou alterá-lo para níveis considerados aceitáveis.

Risco inerente verso Risco efetivo


 Risco inerente: característico da substância. Está relacionado com as propriedades
químicas e físicas da mesma.
 Risco efetivo: probabilidade de contato com a substância. Está diretamente relacionado
com as condições de trabalho com o agente de risco.
 Dano: consequência da concretização do risco.

Produtos Químicos Perigosos – São os produtos químicos classificados como perigosos,


ou, produtos cujas informações indicam que se trata de material de risco.

 Riscos Químicos (substâncias, compostos ou produtos que podem penetrar no organismo


por via respiratória, absorvidos pela pele ou por ingestão, na forma de gases, vapores,
neblinas, poeiras ou fumos(NR-09, NR-15). Avaliação quantitativa e qualitativa

Os produtos químicos como fatores de risco

 As substâncias químicas podem ser agrupadas, segundo suas características de


periculosidade, em:

Asfixiantes Tóxicos Mutagênicos


Explosivos Corrosivos Alergênicos
Comburentes irritantes Danosos ao Meio Ambiente
Inflamáveis Carcinogênicos

Prevenção e Combate a Incêndio


O que é fogo ?
34
É um fenômeno químico resultante da combustão. Consiste em uma reação química das
mais elementares (geralmente uma oxidação), caracterizada pela instantaneidade de reação e,
principalmente, pelo desprendimento de luz e calor. Para que se processe esta reação é
necessária a presença de três elementos: combustível, comburente e fonte de ignição.

COMBUSTÍVEL
É toda matéria suscetível de queimar como por exemplo:
Madeira, carvão, álcool, papel etc.....

Incêndio é o fogo fora de controle.

COMBURENTE

É todo agente químico que conserva a combustão. Os comburentes mais conhecidos são:
o Oxigênio e, sob determinadas condições, o Cloro.

FONTE DE IGNIÇÃO

Trata-se do provocador da reação entre combustível e comburente.(CALOR)

PROPORCIONALIDADE

Classes de fogo

OS INCÊNDIOS DIVIDEM-SE EM QUATRO CLASSES

Materiais que queimam em superfície e em profundidade e


deixam resíduos.

Queimam somente na superfície, não deixando resíduos.

São os que ocorrem em equipamentos elétricos


energizados.

São os que ocorrem em metais pirofóricos.

35
Extintor de Incêndio Veicular
O extintor de incêndio de pó químico tipo BC equipou os carros
fabricados até 2004, já os carros fabricados a partir de 2005 passaram a ser
equipado com extintores de incêndio de pó químico do tipo ABC. Portanto os
proprietários de veículos automotores fabricados até 2004 deveriam ter
regularizado seus extintores até 31/12/14, atendendo à resolução CONTRAN.
Torna facultativo o uso do extintor de incêndio para os automóveis, utilitários,
camionetas, caminhonete e triciclos de cabine fechada. Sendo obrigatório para
caminhão, caminhão-trator, micro-ônibus ônibus, veículos destinados ao
transporte de produtos inflamáveis, líquidos, gasosos e para todo veículo utilizado no transporte
de passageiros. De acordo com a resolução 556/15.

O novo extintor tem adicionado em sua composição a substância necessária para


combater incêndios do tipo “A”, como por exemplo, no estofado do carro. Este extintor tem
validade de cinco anos e é descartável, o que equivale dizer que não pode ser recarregado. Ao
condutor fica a responsabilidade de verificar periodicamente se o extintor continua pressurizado,
condição esta que possibilita que seja expelida a carga quando houver necessidade. A imagem
abaixo exemplifica bem, o ponteiro do indicador de pressão estando na área “verde” indica que o
extintor está pressurizado, estando na área “vermelha” o extintor está despressurizado e deve ser
trocado por um novo. 

Obrigatoriedade

Conforme o artigo 230, incisos IX e X, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conduzir o


veículo sem equipamento obrigatório ou com equipamento obrigatório em desacordo com o
estabelecido pelo Contran é infração grave e o proprietário do veículo está sujeito a multa de R$
127,69, mais 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação.

“Não existe uma obrigatoriedade por parte do Contran de que o proprietário do veículo retire o plástico que protege o
extintor de incêndio. O que se recomenda é que o condutor retire o plástico para que em caso de um eventual incêndio
ele poupe o tempo de desembrulhar o equipamento e aja de forma mais rápida”.

PÓ QUÍMICO ABC – 1 kg (CONHECIDO COMO VEICULAR)

Tipo de agente extintor:

Água pressurizada;

Pó químico BC ou ABC;

Dióxido de Carbono (CO2) ou Espuma Mecânica.

36
ANEL DE IDENTIFICAÇÃO DA MANUTENÇÃO

Os anéis utilizados pelas empresas de manutenção devem conter a


identificação da empresa de manutenção, podendo ser utilizado o nome
ou o logotipo da empresa.

Deve possuir no mínimo quatro entalhes radiais equidistantes entre si.

As
DESCRIÇÃO CALSSE DE FOGO

EXTINTOR COM CARGA À BASE DE ÁGUA A


NBR 11715

INDICADOS PARA PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO


SÓLIDOS – PAPEL – MADEIRA - TECIDOS

EXTINTOR COM CARGA À BASE DE PÓ QUÍMICO BC


NBR 10721

INDICADOS PARA PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO


LÍQUIDO INFLAMÁVEIS – EQUIPAMENTOS ELÉTRICO
EXTINTOR COM CARGA À BASE DE PÓ QUÍMICO ABC
NBR 10721

INDICADOS PARA PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO


SÓLIDOS – PAPEL – MADEIRA - TECIDOS
LÍQUIDO INFLAMÁVEIS – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
EXTINTOR COM CARGA À BASE DE DIÓXIDO DE CARBONO
BC
NBR 11716

INDICADOS PARA PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO


LÍQUIDO INFLAMÁVEIS – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
EXTINTOR COM CARGA À BASE DE ESPUMA MECÂNICA AB
NBR 11751

INDICADOS PARA PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO


SÓLIDOS – PAPEL – MADEIRA– TECIDOSLÍQUIDOS
INFLAMÁVEIS
cores dos anéis mudam a cada ano, na primeira imagem a cor do anel é verde, portanto o extintor
ali mostrado foi manutenido no ano de 2013. A segunda imagem mostra um anel branco, que é a
cor determinada para o ano de 2014. Para 2015 teremos a cor azul, para 2016 a cor preta, para
2017 a cor alaranjada e para 2018 a cor púrpura .
A especificação das cores deve atender ao definido na Norma ABNT NBR 7195 – Cores para segurança. 

37
Conceitos Básicos
Limites de inflamabilidade

LIMITE INFERIOR DE EXPLOSIVIDADE OU DE INFLAMABILIDADE (LIE)


“MISTURA POBRE”

Mínima concentração de gás ou vapor que, misturada ao ar, é capaz de provocar a


combustão do produto, a partir do contato com uma fonte de ignição. Concentrações de gás ou
vapor abaixo do LIE não são inflamáveis, pois, nesta condição, tem-se excesso de oxigênio e
pequena quantidade do produto para queima.

LIMITE SUPERIOR DE EXPLOSIVIDADE OU DE INFLAMABILIDADE (LSI) - “MISTURA


RICA”

Máxima concentração de gás ou vapor que, misturada ao ar, é capaz de provocar a


combustão do produto, a partir de uma fonte de ignição. Concentrações de gás ou vapor acima
do LSI não são inflamáveis, pois, nesta condição, tem-se excesso de produto e pequena
quantidade de oxigênio para que a combustão ocorra.

LIMITE DE EXPLOSIVIDADE OU DE INFLAMABILIDADE – “MISTURA


IDEAL”

Concentração percentual, em volume, de gases ou vapores inflamáveis no ar, em


condições ambiente de pressão e temperatura, que podem-se inflamar com uma fonte de ignição.
A menor e a maior concentrações de gases ou vapores no ar que podem-se inflamar indicam,
respectivamente, o limite inferior de explosividade (LIE) e o limite superior de explosividade (LSE).

38
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

VOLATILIDADE

Os combustíveis líquidos são classificados, geralmente, em voláteis e não voláteis.

COMBUSTÍVEL VOLÁTIL

Diz-se que um combustível é volátil


quando, à temperatura ambiente, emana
vapores capazes de se inflamarem.

Exemplos: gasolina, nafta, éter, hexano,


tolueno, benzeno, etc.

Todo produto que emana vapores a


temperatura ambiente é denominado produto
leve.

COMBUSTÍVEL NÃO VOLÁTIL

Diz-se que um combustível não é volátil quando não emana vapores a temperatura
ambiente.
Exemplos: óleo combustível, etc.
Todo produto que não desprende vapores a temperatura ambiente é denominado produto
pesado.

PONTO DE FULGOR

É a temperatura mínima na qual os elementos combustíveis começam a desprender


vapores, que podem se incendiar em contato com uma fonte externa de calor. Nesse tipo de
reação, à combustão se interrompe quando se afasta a fonte externa de calor.

39
PONTO DE COMBUSTÃO

É a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos elementos combustíveis, ao


tomarem contato com uma fonte externa de calor, entram em combustão e continuam a queimar
mesmo se retirada a fonte de ignição.

PONTO DE IGNIÇÃO

É a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos elementos combustíveis


entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independentemente de
qualquer fonte de calor.

40
Técnicas de Extinção do Fogo

Quando se retira um dos elementos, está se processando a extinção do incêndio. Assim, a


extinção pode ser por Abafamento, Resfriamento ou Retirada do Combustível.
Tecnicamente, a extinção é provocada pelo desequilíbrio na proporção dos elementos da
combustão.

ABAFAMENTO

Consiste em impossibilitar a chegada de oxigênio à combustão. Desta maneira, o fogo se


apaga.
Exemplo:

RESFRIAMENTO

Quando se baixa a “temperatura de ignição”. Extingue-se o fogo por resfriamento.

Exemplo:

41
RETIRADADE COMBUSTÍVEL

A retirada do combustível, que poderá ser parcial ou total, diminui o tempo de fogo ou extingue o incêndio,
conforme o caso. Deve-se salientar que a utilização dessa técnica nem sempre é viável.

Exemplo:

Revisão

Agentes Extintores

Água
Gás Carbônico
Pó Químico
Espuma (química e mecânica)

PROPRIEDADES E RESTRIÇÕES À UTILIZAÇÃO DOS AGENTES DE EXTINÇÃO DE


INCÊNDIO

ÁGUA(métodos de uso)

Resfriamento

Abafamento

Diluição e Emulsionamento

42
ESPUMA (métodos de uso)

Abafamento

Resfriamento

DIÓXIDO DE CARBONO OU GÁS CARBÔNICO (CO2) (métodos de uso)

Abafamento

Resfriamento

AGENTES QUÍMICOS SECOS(métodos de uso)

Catálise Negativa

Abafamento

OBS: A B e C - São deficientes nas substâncias da classe D

Métodos de Transmissão de Calor

IRRADIAÇÃO

É a forma de transmissão de calor por meio de ondas caloríficas que atravessam o ar, irradiadas
do corpo em chamas.

CONDUÇÃO

É a forma de transmissão de calor que se processa de um elemento a outro, de molécula a


molécula.

CONVECÇÃO

É a forma de transmissão de calor através da circulação de um meio transmissor gasoso ou


líquido.

43
Nº de63
Risco Substância tóxica, inflamável (23°C< PFg <Significado 60,5°C)
20
638 Gás asfixiante
Substância ou gás
tóxica, sem risco
inflamável subsidiário
(23°C< PFg < 60,5°C), corrosiva
22
639 Gás liqüefeito
Substância refrigerado,
tóxica, inflamável asfixiante
(PFg < 60,5°C), pode conduzir espontaneamente à violenta reação
223
64 Gás liqüefeito
Sólido tóxico, refrigerado,
inflamável ou inflamável
sujeito a auto-aquecimento
225
642 Gás liqüefeito
Sólido refrigerado,
tóxico que reage com oxidante (intensifica o fogo)
água, desprendendo gases inflamáveis
23
65 Gás inflamável
Substância tóxica, oxidante (intensifica o fogo)
239
66 Gás inflamável,
Substância pode conduzir
altamente tóxica espontaneamente à violenta reação
25
663 Gás oxidante
Substância (intensifica
altamente o fogo)
tóxica, inflamável (PFg < 60,5°C)
26
664 Gás tóxico
Sólido altamente tóxico, inflamável ou sujeito a auto-aquecimento
263
665 Gás tóxico, inflamável
Substância altamente tóxica, oxidante (intensifica o fogo)
265
668 Gás tóxico, oxidante
Substância altamente(intensifica o fogo)
tóxica, corrosiva
268
669 Gás tóxico, corrosivo
Substância altamente tóxica que pode conduzir espontaneamente à violenta reação
68 Líquido inflamável
Substância tóxica, (23°C< PFg < 60,5°C),
corrosiva ou líquido ou sólido inflamável em estado fundido com
30
69 PFg > 60,5°C,
Substância aquecido
tóxica a uma temperatura
ou levemente tóxica pode igual ou superior
conduzir a seu PFg, àou
espontaneamente líquido reação
violenta sujeito a auto-
70 aquecimento
Material radioativo
323
72 Líquido inflamável, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
Gás radioativo
X323
723 Líquido inflamável,
Gás radioativo, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis(*)
inflamável
33
73 Líquido
Líquido muito inflamável
radioativo, (PFg <
inflamável 23°C)
(PFg < 60,5°C)
333
74 Líquido pirofórico
Sólido radioativo, inflamável
X333
75 Líquido
Materialpirofórico,
radioativo, que reage perigosamente
oxidante com água(*)
(intensifica o fogo)
336
76 Líquido altamente inflamável,
Material radioativo, tóxico tóxico
338
78 Líquido
Materialaltamente
radioativo, inflamável,
corrosivo corrosivo
X338
80 Líquido altamente
Substância corrosivainflamável,
ou levementecorrosivo, que reage perigosamente com água(*)
corrosiva
339
X80 Líquido altamente
Substância corrosivainflamável,
ou levementepode conduzir
corrosiva,espontaneamente a violentacom
que reage perigosamente reaçãoágua(*)
823 Líquido inflamável (23°C< PFg < 60,5°C), levemente
Líquido corrosivo que reage com água, desprendendo gases inflamáveistóxico ou líquido sujeito a auto-aquecimento,
36
tóxico
83 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23°C< PFg < 60,5°C)
362 Líquido inflamável, tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23°C< PFg < 60,5°C) que reage
X83
X362 Líquido inflamável,
perigosamente comtóxico,
água(*) que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis(*)
368 Líquido inflamável, tóxico,
Substância corrosiva ou levemente corrosivocorrosiva, inflamável (23°C< PFg < 60,5°C), que pode conduzir
839 Líquido inflamável (23°C< PFg < 60,5°C), levemente corrosivo, ou líquido sujeito a auto-
38 espontaneamente à violenta reação
aquecimento, corrosivo.
Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23°C< PFg < 60,5°C), que pode conduzir
X839
382 Líquido inflamável, àcorrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
espontaneamente violenta reação e que reage perigosamente com água(*)
84 Líquido inflamável,
Sólido corrosivo, corrosivo,ou
inflamável que reagea perigosamente
sujeito auto-aquecimento com água, desprendendo gases
X382
842 inflamáveis(*)
Sólido corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
39
85 Líquido inflamável
Substância corrosivaqueoupode conduzir
levemente espontaneamente
corrosiva, à violenta reação
oxidante (intensifica o fogo)
40
856 Sólido inflamável, ou substância auto-reagente, ou substância
Substância corrosiva ou levemente corrosiva, oxidante (intensifica sujeita a auto-aquecimento
o fogo), tóxica
423
86 Sólido que reage com água, desprendendo
Substância corrosiva ou levemente corrosiva, tóxica gases inflamáveis
X423
88 Sólido que reage
Substância perigosamente
altamente corrosiva com água, desprendendo gases inflamáveis(*)
43
X88 Sólido espontaneamente
Substância inflamável
altamente corrosiva, que(pirofórico)
reage perigosamente com água(*)
44
883 Sólido inflamável,
Substância em estado
altamente corrosiva,fundido numa temperatura
inflamável elevada
(23°C< PFg < 60,5°C)
446
884 Sólido inflamável, tóxico, em estado fundido a uma temperatura
Sólido altamente corrosivo, inflamável ou sujeito a auto-aquecimento elevada
46
885 Sólido inflamável ou sujeito a auto-aquecimento,
Substância altamente corrosiva, oxidante (intensifica o fogo) tóxico
462
886 Sólido tóxicoaltamente
Substância que reagecorrosiva,
com água, desprendendo gases inflamáveis
tóxica
X462
X886 Sólido que reage perigosamente
Substância altamente corrosiva, tóxica, com água,
quedesprendendo gases tóxicos(*)
reage perigosamente com água(*)
48
90 Sólido inflamável
Substâncias ou sujeito a risco
que apresentam auto-aquecimento, corrosivosubstâncias perigosas diversas
para o meio ambiente;
482
99 Sólido corrosivo
Substâncias que reage
perigosas com transportadas
diversas água, desprendendo gases inflamáveis
em temperatura elevada
X482 Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases corrosivos(*)
50 Substância oxidante (intensifica o fogo)
539 Peróxido orgânico inflamável
55 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo)
556 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo), tóxica
558 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo), corrosiva
Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo), pode conduzir espontaneamente à violenta
559
reação
56 Substância oxidante (intensifica o fogo), tóxica
568 Substância oxidante (intensifica o fogo), tóxica, corrosiva
58 Substância oxidante (intensifica o fogo), corrosiva
59 Substância oxidante (intensifica o fogo), pode conduzir espontaneamente à violenta reação
60 Substância tóxica ou levemente tóxica
606 Substância infectante
623 Líquido tóxico que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
Este manual foi realizado pela a empresa ESPAÇO DO TRÂNSITO Ltda ME.

44
BIBLIOGRAFIA

ANTT – AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTE TERRESTRE

DENATRAN – DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO

DETRAN/SC – DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE SANTA CATARINA

CETRAN/SC – CONSELHO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE SANTA CATARINA

WWW.CTBDIGITAL.COM.BR

PERKONS

CÓDIGO DE TRÂNSITO - ESPACO DO TRÂNSITO

MANUAL DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO – COLETANIA ADILSON ANTONIO PAULUS E EDISON LUIS WALTER

CONAMA – CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

DEPARTAMENTO DE POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL

PRESIDENCIA DA REPÚBLICA

MERCOSUL - MERCADO COMUM DO SUL

ANTP – AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTE PÚBLICO

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – JULYVER MODESTO DE ARAÚJO

ANP – AGENCIA NACIONAL DO PETRÓLEIO

A Empresa Espaço do Trânsito fica na Rua: Dois de Setembro, nº 1741, sala 06,  -
Bairro Itoupava Norte, Blumenau – SC, CEP 89052-001
Fone: (47) 3035-1915 - (47) 3035-4280

Mais informações; Email: contato@espacodotransito.com.br


Site: www.espacodotransito.com.br

Muito Satisfeito

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