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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CAMPUS DE CAPITÃO POÇO

Disciplina: OLERICULTURA

Heráclito Eugênio Oliveira da Conceição


Agrônomo, Prof. Adj. da UFRA-UDCP
E-mail: agroheraclito@yahoo.com.br
heraclito.eugenio@ufra.edu.br
0xx(91) 9628-5420 e 3223-3501
OLERICULTURA
Eixo Temático: Produção Vegetal II
Conteúdo Programático:
1. Aspectos gerais da olericultura:
Origem e difusão;
Importância social, econômica e nutracéutica;
Classificação e descrição botânica;
Variedades;
Clima e solo;
Exigências nutricionais.
2. Implantação e condução de cultivos e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
Asteraceae;
Apiaceae;
Brassicaceae;
Solanaceae;
Curcubitaceae;
Outras espécies de interesse econômico da região.
3. Produção de hortaliças em ambiente protegido.
4. Produção de hortaliças orgânicas
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:

Origem e difusão;

Importância social, econômica e nutracéutica;

Classificação e descrição botânica;

Variedades;

Clima e solo;

Exigências nutricionais.
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.1. Origem e difusão
Olericultura
Ramo da Horticultura: grande número de hortaliças - culturas folhosas,
raízes, bulbos, tubérculos e frutos diversos.

Olericultura - “Olus”, “Oleris”  hortaliça + “colere”  cultivar.

É, portanto, a dedicação ao cultivo de hortaliças.

Contexto das atividades agrícolas: inserida na Fitotecnia.


OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.1. Origem e difusão
Hortaliça - refere-se grupo de plantas que apresentam, em sua maioria, as
seguintes características:
- consistência tenra, não-lenhosa, ciclo biológico curto;
- tratos culturais intensivos;
- cultivo em áreas menores, em relação às grandes culturas;
- utilização na alimentação humana, sem exigir preparo industrial.

Termos impropriamente usados:


Verduras: utilizadas as partes verdes (alface, chicória, etc.);

Legumes: utilizado o fruto ou a semente, especialmente das leguminosas


(chuchu, abobrinha, etc.), raízes, tubérculos e rizomas.
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.1. Origem e difusão
Olericultura

Engloba quase uma centena de plantas alimentícias no planeta.

No Brasil, evoluiu acentuadamente a partir da década de 1940, quando


existiam apenas pequenas explorações diversificadas, nos “cinturões
verdes”, havendo o deslocamento em direção ao meio rural, estabelecendo-
se em áreas maiores e mais especializadas.

Interiorização  melhores condições agroecológicas e econômicas.

A olericultura nacional evoluiu de pequena “horta” para uma exploração


comercial com características mais definidas.
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.1. Origem e difusão
Década de 1950, instituições oficiais de pesquisa e ensino passaram a apoiar
a Olericultura, surgindo uma retaguarda técnico-científica composta por
professores, pesquisadores e extensionistas.

Empenho do Governo Federal na implantação e funcionamento das CEASA’s,


ao longo da década de 1970.

Década de 1980 é considerada importante olericultura  atividades da


pesquisa oficial: recomendação e lançamento de cultivares de hortaliças
adaptadas às mais diversas condições climáticas.

Na última década, acentuaram-se a implantação dos sistemas de cultivo


protegido, a hidroponia e a fertirrigação.
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.1. Origem e difusão
Olericultura
Hortaliças - culturas folhosas, raízes, bulbos, tubérculos e frutos diversos.
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.1. Origem e difusão
Olericultura

Chapada Diamantina, BA
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.1. Origem e difusão
Produção mundial de hortaliças: área em torno de 90 milhões ha, produção
de 1,4 bilhões t. Destaque para batata-inglesa, produção de 308 milhões t.

Em 2004, no Brasil: 778,2 mil ha, produção de 17,4 milhões t, ↑gradativos


na produtividade e ↓área cultivada.

Batata é a principal hortaliça: área 136 mil ha, produção de 2,9 milhões t;

Maior produção no território nacional: tomate, com 3,3 milhões t, em uma


área de 58,4 mil ha.

Cebola é a terceira olerícola, produção de 1,1 milhões t.


OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.2. Importância social, econômica e nutracéutica

A cultura das hortaliças, pelo alto valor que alcança no mercado, é uma
exploração agrícola altamente compensadora.

Modernas técnicas agronômicas possibilita, aos que a elas se dedicam, a


obtenção de altos rendimentos.

Introdução de novas variedades aliadas à observância, das épocas de


plantio, do combate as pragas e moléstias, de técnicas adequadas na
colheita e na embalagem, assegura um sucesso certo e rápido.
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.2. Importância social, econômica e nutracéutica

Valor alimentício e medicinal das hortaliças é sobejamente conhecido de


todos.

Experimentos  necessidade que o homem tem das vitaminas e sais


minerais. Sendo as hortaliças fonte natural desses elementos, pode-se
avaliar sua necessidade na alimentação.

Verduras, legumes e frutas à disposição do ser humano podem ajudar a


tratar doenças, segundo uma nova ciência: nutracêutica, que se propõe a
estudar os efeitos daqueles alimentos no organismo.
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.2. Importância social, econômica e nutracéutica

Descobriu que as frutas, legumes, verduras e cereais contêm, entre outros


elementos  composto bioativo: substâncias que funcionam como
excelentes auxiliares na prevenção e tratamento de doenças
cardiovasculares, câncer e diabetes, dentre outras.

França, já é comercializado tomate ↑teor de licopeno: combate ao câncer.

USA, a nutracêutica engloba o estudo dos suplementos vitamínicos e de sais


minerais, alimentos enriquecidos e ervas medicinais, cujas soluções já são
utilizados por 40% dos americanos como complemento às tradicionais
receitas médicas
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.2. Importância social, econômica e nutracéutica

Beringela: Ácido ferrúlico, licopeno, hidroxitriptamina, ácido linolênico.


Auxilia na prevenção do câncer, antidepressivo, analgésico, reduz o
colesterol, estimula o sistema imunológico.

Cebola: Kaempferol, aliína, alicina, alixina, flavonóides. Previne doenças


cardiovasculares, antioxidante, antialérgico, antiinflamatório, antibiótico,
dissolve gorduras.
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:

1.3. Classificação e descrição botânica

Nome Comum Nome Científico Família Nome Inglês


01-Alface Repolhuda Lactuca sativa Asteraceae Head lettuce
(Compositae)
02-Jambu Sphilanthes oleracea L. Asteraceae ----------------
(Compositae)
03-Couve Manteiga Brassica oleracea var. acephala Cruciferae Collard
04-Repolho Brassica oleracea var. capitata Cruciferae Cabbage
05-Couve-flor Brassica oleracea var. botrytis Cruciferae Cauliflower
06-Nabo Brassica rapa Cruciferae Turnip
07-Rabanete Raphanus sativus Cruciferae Radish
08-Coentro Coriandrum sativum Umbelliferae Coriander
09-Cenoura Daucus carota Umbelliferae Carrot
10-Abóbora Cucurbita moschata Cucurbitaceae Pumpkin
11-Pepino Cucumis sativus Cucurbitaceae Cucumber
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:

1.3. Classificação e descrição botânica

Nome Comum Nome Científico Família Nome Inglês


12-Maxixe Cucumis anguria Cucurbitaceae West Indian gherkin
13-Melão Cucumis melo Cucurbitaceae Melon (Cantaloupe)
14-Melancia Citrullus vulgaris Cucurbitaceae Watermelon
15-Chuchu Sechium edule Cucurbitaceae Chayote
16-Tomate Lycopersicum esculentum Solanaceae Tomato
17-Pimentão Capsicum annuum Solanaceae Sweet (bell) pepper
18-Pimentas Capsicum frutescens Solanaceae Hot pepper
19-Berinjela Solanum melongena Solanaceae Eggplant
20-Feijão-de-metro Vigna unguicullata subsp. sesquipedalis Fabaceae Southern pea
21-Quiabo Hibiscus esculentus Malvaceae Okra
22-Batata doce Ipomoea batatas Convolvulaceae Sweet potato
23-Cebolinha Allium fistulosum Liliaceae Chives
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:

1.3. Classificação e descrição botânica


1.3.1. Alface
OLERICULTURA
Olericultura Especial:
4. Asteraceae
4.1. Alface (Lactuca sativa)
4.1.1. Origem: Leste do Mediterrâneo
4.1.2. Botânica
Ciclo de Vida: É anual, seiva leitosa, tipicamente inverno,
cultivada há milhares de anos. Sofreu intenso melhoramento
genético até chegarmos variedades atuais. Há inúmeras
variedades, de características diversas e cultivo o ano inteiro.

Folhas macias, grandes, de sabor suave e refrescante, que


crescem em volta do caule pequeno (em roseta), podendo ser
lisas ou crespas, formando ou não uma cabeça e podem
apresentar diversas tonalidades de verde e roxo-bronzeado.
OLERICULTURA
Olericultura Especial:
4. Asteraceae
4.1. Alface (Lactuca sativa)

Alface
crespa

Alface
lisa
OLERICULTURA
Olericultura Especial:
4. Asteraceae
4.1. Alface (Lactuca sativa)
4.1.3. Variedades comerciais
Branca ou Semente Preta ou Crespa Shimpson e Crespa
Rapids Asgrow
4.1.4. Importância econômica
Dificuldade transporte longa distância ...
4.1.5. Clima e solo
Variedades adaptadas tº mais elevadas. Vários tipos de solos.
4.1.6. Propagação
Semente. 1 g = 850 a 1.100 sementes. Efeito cálculo 1 g = 550
sementes viáveis após transplantio e ocuparão canteiro (s) =
36 m2.
4.1.7. Espaçamento
25 cm x 30 cm  canteiro 6 m2 (72 plantas).
4.1.8. Época semeio
Melhor = menor queda pluviométrica.
OLERICULTURA
Olericultura Especial:
4. Asteraceae
4.1. Alface (Lactuca sativa)
4.1.9. Cronograma de cultivo
4.1.9.1. Germinação = 24 h após semeio; 6 dias  repicagem
viveiro; 20 a 25 dias  transplantio local definitivo.
4.1.10. Adubação
-Solos areno-argilosos  (60 a 80 t/ha, 1º cultivo.
Subsequentes  40 t/ha) + Adubações foliares uréia 0,1 a
0,3%.
-Solos várzea ou Terra Roxa  40 t/ha + adubações foliares.
Tortas vegetais ou esterco galinha  reduzir para 1/3.
4.1.11. Tratos culturais
-Cobertura morta leve camada casca arroz ou caroço
envelhecido açai
-Cobertura alta durante transplantio +/- 8 dias.
-Monda sempre que necessária
OLERICULTURA
Olericultura Especial:
4. Asteraceae
4.1. Alface (Lactuca sativa)
4.1.12. Rotação de cultura
-Couve, repolho, cebolinha, salsa, etc.
4.1.13. Controle fitossanitário
-Lagartas desde sementeira;
-Formigas-de-fogo, paquinhas e grilos;
-Fungos: Pythium, Phytophthora, Fusarium e Sclerotium 
Sementeiras e viveiros.
4.1.14. Colheita
-Menor queda pluviométrica: 45 dag. Chuvosa: 60 dag.
4.1.15. Rendimento
-Função variedade, época plantio e adubação. Chuvoso: 150
a 200 g e menos chuvoso: 250 a 350 g/planta.
OLERICULTURA
Olericultura Especial:
4. Asteraceae*
4.2. Jambu (Spilanthes oleracea)
4.2.1. Origem
Nativa da Amazônia
4.2.2. Nomes vulgares
-Agrião-do-Pará; Cresson du Pará (Francês); Aussarenknopf
(Alemão); Pará Cress (Inglês) e Para kresse (Sueco).
4.2.3. Botânica
-Planta herbácea, folhas longo-pecioladas, carnosas,
rombóides e discóides. Flores: capítulos globosos,
amareladas e longo-pedunculados.
4.2.4. Variedades comerciais
-Jambu Branco ou Jambuarana, Verde-Escuro. Cultivar
Nazaré.
4.2.5. Importância econômica
-Indispensável pratos tradicionais.
4.2.6. Clima e solo
Amazônia ... Vários tipos.
OLERICULTURA
Olericultura Especial:
4. Asteraceae*
4.2. Jambu (Spilanthes oleracea)
4.2.7. Propagação
-Sementes. 1 g = 2.000 sementes.
4.2.8. Espaçamento: 20 cm x 25 cm
4.2.9. Época de cultivo
-Melhor: fim período chuvoso.
4.2.10. Cronograma de cultivo
-Semeio local definitivo: Germinação 7 dias; Colheita: 60
dias;
-Sementeira: Germinação 7 dias; Repicagem: 10 dias;
Transplantio: 15 dar e Colheita: 35 dat.
4.2.11. Adubação
-Esterco curral = 8 kg ou esterco galinha = 3 kg/m2.
-Pulverizações foliares semanais uréia 0,1 a 0,3%
OLERICULTURA
Olericultura Especial:
4. Asteraceae*
4.2. Jambu (Spilanthes oleracea)
4.2.12. Tratos culturais
-Cobertura solo casca arroz;
-Cobertura alta (0,8 m chão): sementeira, viveiro e local
definitivo; retirar após 8 dias
4.2.13. Controle fitossanitário
-Grilos, paquinhas e formigas  antecedência;
-Lagartas e pulgões;
-Fungos causadores Mela ou Tombamento
4.2.14. Colheita
-Planta ou (galhos mais desenvolvidos  + 60 dias, há
necessidade corte 5 a 7 cm solo para provocar brotação
uniforme).
4.2.15. Rendimento
-120 maços/6m2. Colheita parcelada +/- triplo.
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.2 Jambu

Agricultores do assentamento Córrego Rico, de Jaboticabal,


São Paulo cultivam 2,5 ha.
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.3 Couve 1.3.4 Repolho
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.5 Couve-flor 1.3.6 Nabo

Nabo forrageiro -
planta muito
vigorosa, cv. CATI
AL 1000 ...
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.7 Rabanete
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.8 Coentro
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.9 Cenoura
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.10 Abóbora 1.3.11 Pepino
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.12 Maxixe 1.3.13 Melão

Estufa agrícola
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.14 Melancia 1.3.15 Chuchu

Plantio no
sistema de
“Latada”
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.16 Tomate
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.17 Pimentão 1.3.18 Pimentas
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.19 Berinjela
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.20 Feijão-de-metro
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.21 Quiabo
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.22 Batata doce
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.3. Classificação e descrição botânica
1.3.23 Cebolinha
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.3. Classificação e descrição botânica
Classificação Didática das Hortaliças Segundo os Métodos Culturais
Grupo Classificação
I Cucurbitaceae – Plantio direto em covas, hábito crescimento rasteiro ou trepador: pepino, melancia,
abóbora, moranga, abobrinha italiana, melão e chuchu.
II Brassicas folhosas – Semeadas em sementeiras, repicadas viveiros e transplantadas campo fileiras
simples; plantas herbáceas pequena altura: repolho, couve-flor, couve, brócolos e mustarda.
III Solanaceae frutos – Semeadas em sementeiras e transplantadas campo, fileiras simples; hábito de
crescimento arbustivo, colheita parcelada, de longa duração; pimenta, pimentão, berinjela e jiló.
IV Leguminosas – Semeadura direta em sulcos; muitas variedades hábito de crescimento trepador;
feijãovagem, ervilha, feijão-de-lima, fava italiana e feijão fradinho.
V Folhosas diversas – Semeadas sementeiras e transplantadas canteiros, ou plantadas, diretamente
em canteiros definitivos: alface, chicória, almeirão, agrião aquático, acelga, salsa, coentro e rúcula.
VI Tuberosas – sexuada ou assexuada, plantadas diretamente local definitivo; a parte comestível é
subterrânea: cenoura, batata-salsa, beterraba, batata-doce, inhame, cará, rabanete e nabo.
VII Liliaceae condimentares – canteiros, plantio direto partes vegetativas, ou pelo transplantio mudas,
formadas em sementeiras: cebola, alho, cebolinha e alho-porró.
VIII Miscelânia – bem diferentes entre si, que não puderam ser incluídas nos grupos anteriores: quiabo,
milho-verde, aspargo, alcachôfra e morango.
IX Batata
X Tomate
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:

1.4. Variedades
Variedades botânicas, “var.”. Ex. Brassica oleracea  B. oleracea var.
acephala (couve), B. oleracea var. capitata (repolho), B. oleracea var. botrytis
(couve-flor) e B. oleracea var. italica (couve-brócolos).
O termo “variedade” – utilizado no sentido agronômico – tem sido
substituído pelo termo técnico cultivar, universal, derivado das palavras
inglesas “cultivated variety”, “cv”.

cultivares tipo cultivares tipo alface


alface lisa americana
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada

Atividade olerícola – clima e solo.


Clima é a resultante ação conjunta de fatores, que imprimem características
definidas a determinadas regiões, que influenciam, decisivamente, na
produtividade e nas características comerciais.
Os mais importantes: temperatura, luz e umidade.
OLERICULTURA

1. Aspectos gerais da olericultura:


1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada

CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DO PARÁ (Köppen)


Expressa, condições médias atmosfera. Variações diárias, mensais e
sazonais  representadas faixas climáticas mantém razoavelmente
uniforme, dentro padrão médio oscilação.
"Koppen", três sub-tipos climáticos: "Af", "Am", "Aw“, pertencentes clima
tropical chuvoso  tº médias mensal >18º C e se diferenciam quantidade
de precipitação pluviométrica média mensal e anual.
SUB- TIPO CLIMÁTICO "Af" – sem estação seca e a precipitação do mês
menos chuvoso é ≥ 60 mm. Variação da precipitação pluviométrica média
anual apresenta as seguintes divisão climáticas:
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada

CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DO PARÁ (Método de Köppen)


Af1 - Faixa maior precipitação pluviométrica; média anual ≥ 3.000 mm. NW
da Ilha do Marajó e na região de Santa Izabel do Pará.

Af2 – Precipitação pluviométrica média anual, de 2.500 a 3.000 mm.


Localizando-se, basicamente à NE e a W do Estado e, uma pequena parte à
W da Ilha do Marajó.

Af3 – precipitação pluviométrica média anual, de 2.000 a 2.500 mm. Áreas


de São Domingos do Capim, outra Breves, e a última, a W, no limite com o
AM.
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada

CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DO PARÁ (Köppen)


SUB-TIPO CLIMÁTICO "Am" – clima de monção, moderada estação seca e
ocorrência de precipitação média mensal < 60 mm. subdivisão:
Am1 – pluviométrica média anual > 3.000 mm. Três áreas: parte N, NE do
Marajó; Soure e a última - litoral até Sta Izabel do Pará.
Am2 - precipitação média anual 2.500 a 3.000 mm. Faixa litorânea, com
penetração continente. E, uma pequena área, nas mediações da confluência
dos rios Tapajós e Juruena.
Am3 – precipitação média anual de 2.000 a 2.500 mm. Duas áreas: uma S–SE e,
prolonga área limítrofe AM e RR; outra +/- centrada N, com ramificação NE e
NO, com limites MA e AP.
Am4 – total Pluviométrico, médio anual, de 1500 mm e 2000 mm. Faixa
irregular, predominantemente na direção NO – SO.
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada

CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DO PARÁ (Köppen)


SUB-TIPO CLIMÁTICO "Aw“
Caracteriza-se por apresentar inverno seco bem definido e ocorrência de
precipitação média mensal < 60 mm:
Aw3 – precipitação pluviométrica média anual, de 2.000 a 2.500 mm. Única
área - extremo S, limite com MT.
Aw4 – totais pluviométricos, média anual de 1.500 a 2.000 mm. Ponta de
Pedra; médio Amazonas (Monte Alegre, Prainha); parte central. Maior
extensão, parte E, SE, com limite MA e TO.
Aw5 – menor índice Pluviométrico médio anual do Estado, de 1.000 a 1.500
mm. Alenquer e suas cercanias e outra, na fronteira PA com TO, nas
mediações do Bico do Papagaio.
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Luz
Fatores climáticos mais importantes para a produção das olerícolas.
A luz, fonte primária de energia na fotossíntese.
Deficiência  maior alongamento celular, estiolamento: crescimento em altura
e extensão, mas não um aumento em matéria seca.
Duração do período luminoso  fotoperíodo, influi no crescimento e floração.
Belém, situada no equador, os dias são sempre de duração igual às noites, com
12 h, durante as estações do ano. Afastando-se para o S, tornam-se
progressivamente, maiores no verão, e menores no inverno.
Fotoperíodo afeta, substancialmente, a produção de algumas hortaliças.
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Luz - fotoperíodo
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Luz – fotoperíodo
Alface:
Durante o período vegetativo, fotoperíodo longo e alta temperatura produz
folhas pequenas;

Durante a fase reprodutiva, fotoperíodo longo e alta temperatura induz o


florescimento.

Prática: fator limitante da produção de poucas espécies oleráceas  cebola


e o alho.
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Luz – fotoperíodo
• FLORAÇÃO:
– PLANTAS DE DIAS CURTOS
• MORANGO – Necessita de dia curto para florescer
– PLANTAS DE DIAS LONGOS
• ALFACE – Necessita de dia longo para florescer

– FOTOPERÍODO ABAIXO DO CRÍTICO


• CEBOLA – Não bulbifica

– FOTOPERÍODO ALTO
• ALFACE – Ocorre o pendoamento precoce
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
EXIGÊNCIAS DE UMIDADE DO SOLO
POUCO ÚMIDO MEDIANAMENTE ÚMIDO BEM ÚMIDO

Abóbora, Berinjela, Aipo (salsão),


Abobrinha, Cebola, Alface
Brócolis, Couve Cenoura, Beterraba
Flor, Jiló, Ervilha,
Melancia, Melão, Espinafre,
Milho, Moranga, Fava,
Nabo, Pimenta, Feijão Vagem,
Pimentão, Pepino,
Rabanete, Tomate
Repolho
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Solo e Fornecimento de Nutrientes

São altamente exigentes em nutrientes  Erros!

É o substrato natural. Entretanto, pode ser profundamente modificado ou


mesmo dispensado, em olericultura  Hidroponia.

Solo: propriedades físicas são mais relevantes que as químicas (teor de


nutrientes).

Solo agrícola é uma importante fonte de nutrientes minerais, entretanto,


em olericultura, frequentemente é insuficiente.
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Solo e Fornecimento de Nutrientes

14 nutrientes:
Macronutrientes: N, P, K, Ca, Mg e S;
Micronutrientes: B, Cl, Cu, Fe, Mo, Mn, Ni e Zn.

Benéficos: Co, Na e Si
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Solo e Fornecimento de Nutrientes
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Solo e Fornecimento de Nutrientes

Tabela 4. Faixas de teores adequados de macronutrientes nas folhas de hortaliças.


Hortaliça N (g/kg) P (g/kg) K (g/kg) Ca (g/kg) Mg (g/kg) S (g/kg)
Alface 30 – 50 4–7 50 – 80 15 – 25 4–6 1,5 – 2,5
Berinjela 40 – 60 3 – 12 35 – 60 10 – 25 3 – 10 –
Pepino 45 – 60 3 – 12 35 – 50 15 – 35 3 – 10 4–7
Pimentão 30 – 60 3–7 40 – 60 10 – 35 3 – 12 –
Tomate 40 – 60 4–8 30 – 50 14 – 40 4–8 3 – 10
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Solo e Fornecimento de Nutrientes

Tabela 5. Faixas de teores adequados de micronutrientes nas folhas de hortaliças.


Cultura B (mg/kg) Cu (mg/kg) Fe (mg/kg) Mn (mg/kg) Mo (mg/kg) Zn (mg/kg)
Alface 30 – 60 7 – 20 50 – 150 30 – 150 0,8 – 1,4 30 – 100
Berinjela 25 – 75 7 – 60 50 – 300 40 – 250 – 20 – 250
Pepino 25 – 60 7 – 20 50 – 300 50 – 300 0,8 – 1,3 25 – 100
Pimentão 30 – 100 8 – 20 50 – 300 30 – 250 – 30 – 100
Tomate 30 – 100 5 – 15 100 – 300 50 – 250 0,4 – 0,8 30 - 100
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Solo e Fornecimento de Nutrientes
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Solo e Fornecimento de Nutrientes
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Solo e Fornecimento de Nutrientes

Sintomas de deficiência de zinco em folhas e caules de tomateiro


OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Solo e Fornecimento de Nutrientes

Sintomas de deficiência de zinco em fruto de tomateiro


OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
Solo e Fornecimento de Nutrientes

Sintomas de deficiência de boro em fruto de tomateiro


OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
A Aplicação de Nutrientes

No Brasil, a adubação mineral tem sido aplicada, em olericultura, em


níveis mais elevados que em qualquer outras culturas.
Década de 1970: Rizicultores (S Goiás) – 40 kg/ha de P2O5
Tomaticultores – 800 kg/ha de P2O5.
As culturas oleráceas são mais produtivas e exigentes, razão pela qual
extraem e exportam do solo maior quantidade de nutrientes, em relação a
cultura de grãos, exigindo adubações mais fartas.
É a atividade agrícola que oferece respostas mais substanciais à adubação
no aspecto agronômico e econômico.
OLERICULTURA
1. Aspectos gerais da olericultura:
1.5. Clima e solo;
Fatores a serem considerados na área selecionada
A Aplicação de Nutrientes
Produção (Prod), número de frutos/planta (Nfr/pl), massa fresca dos frutos/planta (MFfr/pl) e
incrementos (Inc), em experimento com adubo orgânico (farinha de casco e chifres – FCC) e adubo
mineral (nitrato de amônio – NA) aplicados em cobertura no tomateiro. Elias Fausto, SP.
Tratamentos1 Prod Inc (%) Nfr/pl Inc (%) MFfr/pl) Inc (%)
kg/pl)
01- Test. Abs. (sem N e P) 2,11 d - 23,22 c - 0,090 d -
02- ST + dose 0 (NA ou FCC 2,68 cd 27,0 28,36 bc 22,1 0,094 d 4,4
03- ST + dose 1 NA 3,47 abc 65,2 34,70 ab 49,4 0,100 bcd 11,1
04- ST + dose 2 NA 3,03 bc 43,6 31,97 ab 37,7 0,095 cd 5,6
05- ST + dose 3 NA 2,74 cd 29,9 29,11 abc 25,4 0,094 d 4,4
06- ST + dose 1 FCC 3,71 ab 75,8 35,33 ab 52,2 0,106 abc 17,8
07- ST + dose 2 FCC 4,13 a 95,7 36,39 a 56,7 0,114 a 26,7
08- ST + dose 3 FCC 3,99 a 89,1 36,50 a 57,2 0,109 ab 21,1
DMS (5%) 0,82 - 7,95 - 0,011 -

T02: 750 kg/ha P2O5; T03: (T02 + 133 kg/ha NA); T04: (T02 + 266 kg/ha NA); T05: (T02 + 399 kg/ha NA); T06: (T02 + 133 kg/ha FCC); T07:
(T02 + 266 kg/ha FCC) e T08: (T02 + 399 kg/ha FCC).
Adaptado
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.1. Considerações Gerais
Hortas comerciais diversificadas e hortas domésticas contribuem: aumento da
renda, ↑segurança alimentar e melhoria da qualidade da alimentação.
Dificuldade dos horticultores: produção contínua ao longo do tempo, seja para
atender sem excessos ou faltas o público-alvo  hortas não comerciais, ou
entregas freqüentes  no caso de hortas comerciais.
Porque nem todas as hortaliças viabilizam uma única colheita, como a alface.
Algumas possuem extensos períodos de colheita, que se estendem por várias
semanas e, merecem uma atenção especial no dimensionamento da produção,
como é o caso do pimentão, tomate, pepino, abobrinha, etc.
A diversidade de períodos de colheita, aliada ao fato da maioria dos horticultores
no Brasil, cultivarem mais de uma espécie hortícola, tornam o dimensionamento
de uma horta, comercial ou não, um grande desafio.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.1. Considerações Gerais
O planejamento deve produzir um calendário de cultivo que, pela especificidade de
ciclo da hortaliça e do número de espécies, pode ser uma tarefa difícil de ser
executada pelo leigo ou mesmo profissionais da área.

Além das dificuldades, já são grandes barreiras à produção viável e sustentável,


hortas não comerciais: grande número de espécies, e áreas reduzidas/espécie,
enfrentam problemas específicos cuja solução é com freqüência mais complexa
que em produções maior porte:

a) público não é especializado na atividade de produção de hortaliças - agricultores


familiares especializados em culturas não-hortícolas, etc. ou mesmo leigo - donas
de casa, crianças em idade escolar;

b) recursos como a aplicação de defensivos agrícolas sintéticos, além de


indesejáveis do ponto de vista de qualidade do produto para o consumidor final,
são uma virtual impossibilidade na prática  aplicação de normas;
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.1. Considerações Gerais
c) a quantidade e/ou qualidade da água necessária para irrigação costuma ser
limitante: hortas familiares comunitárias;
d) uso de adubos minerais deve ser cuidadoso, tendo em vista o público leigo ou
pouco especializado, a impossibilidade de se seguirem as recomendações
preconizadas pela pesquisa para cada uma das culturas, e o seu alto custo de
aquisição;
e) a produção de cada espécie deve ser contínua e escalonada de acordo com a
necessidade dos grupos humanos que conduzem a horta;
g) grande número de espécies, com diferenças quanto às famílias, ciclos culturais,
espaçamentos, mão de obra, tratos culturais, períodos de colheita, conservação
pós-colheita  razoável cabedal de conhecimento técnico para implantação e
exploração de uma horta com sucesso.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.1. Escolha criteriosa do terreno


Terreno e o dimensionamento da horta: hortaliças e condições climáticas.
É preferível escolher o terreno em função das suas características físicas, visto que,
a correção da fertilidade pode ser feita por adubações.

Escolha criteriosa do terreno


-Localização e topografia!
-Distância entre a horta e o centro consumidor
-Direção e intensidade dos ventos
-Fonte de água
Locação das partes integrantes da horta
-Fonte de água ou sistema de irrigação.
-As estradas principal, secundária ou terciária: traçadas de modo a
permitirem o livre acesso dos trabalhadores e das máquinas na área.
-Sementeiras e viveiros próximos de fonte de água e fácil acesso.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.2. Preparo do terreno


Cronograma de execução das tarefas de modo que toda área esteja pronta com
antecedência para o transplantio ou semeio definitivo.
2.2.2.1. Planejamento dentro do terreno
Bom funcionamento da exploração olericola: localização de benfeitorias nas
proximidades ou dentro da área selecionada para plantio.
Galpões para abrigar máquinas, equipamentos e insumos e “packing house” 
operações pós-colheita de preparo do produto para venda.
Instalações para estocagem de hortaliças-tuberosas e de estufas e túneis.
Planejamento da irrigação: sulco  planejar e locar barragens, canais de irrigação
e sulcos para rega.
Irrigação por aspersão  necessário bombeamento
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.2. Preparo do terreno


2.2.2.1. Planejamento dentro do terreno
Irrigação por gotejamento  necessário a instalação de bombas, filtros e registros.
2.2.3. Planejamento dos plantios
Nas diversas etapas do planejamento e da implantação do empreendimento 
assistência: agrônomos, topográfos, eng. Agrícolas, agrotécnicos.
Culturas e épocas de plantio!
Diferentes espécies e cultivares apresentam peculiares exigências agroecológicas.
Permitir o melhor aproveitamento dos recursos naturais, em especial o solo.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.2. Preparo do terreno, 2.2.2.1. Planejamento dentro do terreno e 2.2.3. Planejamento
dos plantios

Planejamento físico do
terreno
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.2. Preparo do terreno


2.2.2.1. Planejamento dentro do terreno
2.2.3. Planejamento dos plantios
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.2. Preparo do terreno


2.2.2.1. Planejamento dentro do terreno
2.2.3. Planejamento dos plantios

Canteiros construídos em
nível.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.2. Preparo do terreno
2.2.2.1. Planejamento dentro do terreno
2.2.3. Planejamento dos plantios

À direita, duas raízes de cultivar de beterraba mostrando sintomas de “anéis claros”, típico de
intolerância ao calor. À esquerda, raízes “normais”, sem sintomas. Condições climáticas de cada
região. Foto: Paulo R. N. Carvalho, 2008
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.3. Planejamento dos plantios

Sistema de cultivo
protegido (estufas
agrícolas), no sudoeste
paulista. Destaca-se a
possibilidade do uso de
telas anti-afídeos
diminuindo ou
eliminando o uso de
alguns agrotóxicos.
Foto: Edson Akira
Kariya.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.3. Planejamento dos plantios


Espaçamento: tipo de cultura, as máquinas, os implementos, tipo de irrigação e as
características desejáveis para o produto a ser colhido.
O número de plantas/ha deve ser cuidadosamente considerado: interfere na
produtividade, no estado fitossanitário e qualidade do produto.
O nº de plantas/ha, é mais afetado pela distância entre plantas nas fileiras que pelo
espaçamento entre fileiras.
O planejamento de cada plantio dentro do talhão deve considerar: ciclo cultural e a
data prevista para início da colheita, inclusive para que se possam prever os
plantios seguintes e a rotação de culturas.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.3. Planejamento dos plantios


Espécies Propagação/ti Época de Região Ciclo Espaçamen-
po plantio plantio (dias) to (cm)
Agrião Mudas Mar-Jul N 50-70 20 x 20
Alface USA Mudas Fev-Ago Todas 70-90 30 x 80
Alface Henson Mudas Jan-Dez Todas 50-70 10 x 15
Almeirão Mudas Fev-Ago N 50-70 10 x 15
Berinjela Mudas Ano todo Todas 65-80 50 x 100
Beterraba Direta-mudas Ano todo Todas 65-80 20 x 30
Cebolinha Mudas-divisão Ano todo Todas 100-120 10 x 40
touceiras
Cenoura Sementes Ano todo N 85-90 5 x 30
Chicória Mudas Ano todo Todas 90-100 5 x 30
Couve Mudas Mar-Mai N 100-120 50 x 100
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.4. Corretivos e adubos


Os solos da região, excluindo-se as terras roxas  mais ácidos

pH e nutrientes  análise do solo.

Corretivos  calcário dolomítico;

Adubos orgânicos  animal ou vegetal (tortas: subproduto sementes oleaginosas.


OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.5. Obtenção, preparo e conservação de sementes e mudas


Sementes botânicas viáveis: feijão-de-metro, vagem, pimenta-de-cheiro e
malagueta, maxixe, jambu, quiabo, coentro, caruru, pepino, abóbora, pimentão,
berinjela, tomate, melão, melancia, chuchu e mostarda.
Caruru e agrião-d´água  estacas do caule;
Cebola branca e roxa  bulbilhos;
Batata-doce formar raízes tuberosas é necessário estacas de ramos;
Chuchu  fruto-semente
Preparo ou beneficiamento da semente difere de acordo fruto.
Tomate: corta-se fruto ao meio, retira-se as sementes envoltas de mucilagens,
colocando-se vasilha vidro ou louça, com um pouco água, fermentar por 16 a 20 h.
Lava-se e seca-se.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.6. Operações culturais


2.2.6.1. Semeio
-Tamanho sementes e características das espécies.
- Canteiro, sementeira, copinhos de jornal, lanço ou em sulcos

2.2.6.2. Repicagem
-Transportar mudas para viveiro.
-Viveiro preparadas uma a uma  raiz nua

2.2.6.3. Transplantio
-Viveiro para local definitivo

2.2.6.4. Cobertura
-Cobertura alta (80 cm solo  forquilhas ou similar. Palha ou capim).
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.6. Operações culturais

Enxada Rotativa Encanteiradora


OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.6. Operações culturais


2.2.6.5. Monda
Pequeno espaço (espaçamento)  capina mão. Pequeno instrumento !!!
2.2.6.6. Desbaste
Semeadas a lanço ou em sulcos.
2.2.6.7. Cobertura morta
Manter a umidade, controle de plantas daninhas e [proliferação doenças  pingos
d´água].
2.2.6.8. Capina
2.2.6.9. Desponta
Eliminação gema apical  ramificar
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.6. Operações culturais


2.2.6.10. Poda
Excesso ramos.: aumento de produção, melhoria tratos culturais e colheita.
2.2.6.11. Capação
Eliminação das flores em excesso.
2.2.6.12. Tutoramento
Tutoramento ou envarejamento ou estaqueamento: plantas caules
herbáceos ou flexíveis ou portador gavinhas  posição vertical.
Modalidades:
a) enterrar série varas (2,0 m comp x 3 cm Ø) ao lado planta, entrelaçando-
as;
b) Principalmente plantio linhas duplas: enterrar uma vara junto planta uma
linha, inclinando-a sentido planta correspondente outra linha…
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.6. Operações culturais
2.2.6.10. Poda; 2.2.6.11. Capação
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.6. Operações culturais

Tutoramento ou envarejamento ou estaqueamento.

Cerca-cruzada
TUTORAMENTO OU
ESTAQUEAMENTO
Cerca-cruzada Tutoramento vertical
individual, com estaca
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.6. Operações culturais

Tutoramento ou envarejamento ou estaqueamento.

Tutoramento
vertical com estaca
PODA APICAL OU CAPAÇÃO
Tutoramento vertical individual, com Eliminação do broto terminal da haste do
tomateiro
fitilho Regular o crescimento da planta e manter
o controle sobre a floração e frutificação
Diminui o nº de pencas/planta
Diminui o nº de frutos/planta
Aumenta o peso médio dos frutos
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

O Passo a Passo de uma Horta em canteiros


1º passo: Preparo do Terreno
2º passo: Fazendo os Canteiros
3º passo: Adubação dos Canteiros
4º Passo: Escolhendo o que Plantar
5º Passo: Como Plantar
6º Passo: Fazendo o Desbaste
7º Passo: Cuidados
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.7. Colheita e Pós-Colheita


2.2.7.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRÉ-COLHEITA
BPA: Indispensáveis para produto de qualidade  contaminações por produtos
químicos e de natureza microbiológica.

Fontes de contaminação:
a) Microbiológica - esterco não curtido; a água de irrigação contaminada e as mãos
não adequadamente lavadas e limpas.

b) Uso indiscriminado de agrotóxicos - período de carência.

Medidas de controle preventivo: [cultivo protegido; higiene no campo - remoção e


destruição de material vegetal doentes e infectados; espaçamento adequado;
adubação balanceada em nutrientes]  aumenta a qualidade e o período de
conservação pós-colheita dos mesmos.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.7. Colheita e Pós-Colheita


2.2.7.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE A COLHEITA
-Realizada nos horários mais amenos do dia e produtos mantidos ou protegidos tº
elevadas.
-Evitar colher após chuvas intensas, quedas excessivas frutas e legumes e o super
enchimento das caixas no campo.
-Colheita requer cuidados para evitar danos e perdas na pós-colheita  danos
mecânicos: integridade e aparência do produto.
A prática requer: bom padrão de higiene no campo - embalagens adequadas,
limpas, desinfetadas, empilhadas (sem contato solo) e transportadas para o
processamento.
Equipamentos e instrumentos: limpos e sanitizados.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.7. Colheita e Pós-Colheita


2.2.7.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE A COLHEITA
-Estádio de maturidade do vegetal  um dos fatores mais importante na
qualidade do produto final.
2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA
-Contaminações microbiológicas e contaminações físicas e químicas ao
serem transportados e armazenados.
-Algumas práticas  minimizar o risco de contaminações.
a) Equipamento e instalações destinadas ao transporte e armazenamento
sejam adequados.
b) Evitar que produtos contaminados e impróprios ao consumo humano sejam
misturados com produtos sadios antes do transporte.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.7. Colheita e Pós-Colheita

2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA


2.2.7.3.1. Resfriamento pós-colheita de hortaliças
-Resfriamento rápido é de suma importância na conservação e no
prolongamento da vida útil.
Altas temperaturas afetam a qualidade ao interferir: a) respiração; b)
maturação e produção de etileno e outros voláteis; c) perda de peso
(H2O); e) desenvolvimento e disseminação de microorganismos.
-Realizar o quanto antes o pré-resfriamento  consiste na rápida remoção
do “calor de campo” de produtos altamente perecíveis, antes que sejam
processados, armazenados ou transportados a longa distância.
-Tempo requerido pré-resfriamento adequado: 30´ a 24 h após a colheita.
-É importante conhecer o princípio de cada método de resfriamento.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.7. Colheita e Pós-Colheita

2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA


2.2.7.3.1. Resfriamento pós-colheita de hortaliças

Hortaliças colhidas continuam vivas e suas transformações químicas não


param. Separadas da planta-mãe ou solo, são forçadas a utilizar suas
reservas de substrato - açúcares e amido, a fim de respirar e assim
produzir a energia necessária para se manterem vivas.
A respiração pode ser afetada por fatores: planta ou ambiente. Realiza-se
graças às reservas acumuladas; não depende mais da absorção de
água e nutrientes e da atividade fotossintética das folhas da planta-mãe.
A intensidade respiratória é um dos determinantes da longevidade das
hortaliças e está intimamente ligada à tº; é maior com aumento da tº.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.7. Colheita e Pós-Colheita

2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA


2.2.7.3.1. Resfriamento pós-colheita de hortaliças

A espera após a colheita, no campo ou no galpão, antes da estocagem a


frio irá reduzir a conservação do produto mesmo que ele seja
posteriormente estocado sob baixa temperatura.
Estocagem frigorificada, além de diminuir a respiração, pode reduzir a ação
das enzimas, diminuir a perda de água e a ação dos microrganismos que
provocam deterioração e aumentar a vida útil de comercialização.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.7. Colheita e Pós-Colheita

2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA


2.2.7.3.1. Resfriamento pós-colheita de hortaliças
Analisando as partes responsáveis pelo processo respiratório, conclui-se:
-O consumo de composto rico em energia acarreta na perda de peso seco,
valor nutritivo e aroma.
-O consumo de oxigênio do ar ajuda a dar continuidade a respiração e,
desta forma, manter a textura e o sabor das plantas.
-É controlável, ou seja, reduzindo-se o teor de O2 de maneira que a planta
continue respirando em nível mínimo, pode-se conservá-la por mais
tempo.
-Porém, na ausência O2 atmosférico, a produção de energia para a vida não
cessa, sendo fornecida pelo que chamamos de fermentação.
-Conseqüência do processo é a produção de alcóois e CO2 que alteram o
sabor e causam colapso dos tecidos  deterioração total das hortaliças.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.7. Colheita e Pós-Colheita


2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA
2.2.7.3.1. Resfriamento pós-colheita de hortaliças
Analisando as partes responsáveis pelo processo respiratório, conclui-se:
-A produção de CO2 no ambiente onde se encontram as hortaliças colhidas
pode elevar a concentração do mesmo no interior da planta.
-Quando em quantidades superiores ao necessário para a Pn, pode chegar a
níveis tóxicos, alterando o metabolismo e produzindo álcool e toxinas.
-Quando controlado, a concentração de CO2 atmosférico ajuda a reduzir a taxa
de respiração e contribui para a melhor conservação.
-Produção H2O na respiração tem pouca influência na conservação.
-Produção de energia é utilizada: parte - planta, para sua manutenção e outra -
é liberada para o ambiente em forma de calor.
-Justifica-se a utilização de baixas tº para reduzir a velocidade respiratória,
aumentando a conservação dos produtos hortícolas.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.7. Colheita e Pós-Colheita


2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA
Produtos climatéricos e não-climatéricos

Espécies vegetais possuem taxas respiratórias características.


-Em produtos imaturos é alta, diminuindo com o tempo. Início da fase de
maturação, a taxa respiratória volta a aumentar em algumas espécies.
-A perecibilidade e o envelhecimento das hortaliças são proporcionais ao
tipo e à intensidade de respiração de cada espécie.
-Daí surge a classificação de produtos climatéricos e não-climatéricos.
Climatéricos: após o início da maturação, apresentam ↑R, ou seja, reações
de amadurecimento e envelhecimento ocorrem rapidamente e com
grande demanda de energia, responsável ↑taxa respiratória.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.7. Colheita e Pós-Colheita


2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA
Produtos climatéricos e não-climatéricos
Climatéricos:
Exemplos de hortaliças climatéricas: melancia e tomate.
A fim de retardar a maturação e o envelhecimento e aumentar o período de
conservação, as hortaliças climatéricas são colhidas ainda verdes, à
partir do momento em que atingem o ponto de maturação.
Em seguida são armazenadas em condições controladas.

Não-climatéricos: necessitam de longo período para completar o processo


de amadurecimento. A energia fornecida se mantém em constante
declínio durante todo processo de envelhecimento.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.7. Colheita e Pós-Colheita


2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA
Produtos climatéricos e não-climatéricos
Não-climatéricos:
Exemplos de hortaliças não-climatéricas: berinjela, pimenta, alface, couve-
flor e o pepino.
Produtos não-climatéricos são deixados na planta até atingirem seu estágio
ótimo de amadurecimento, quando são colhidos.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.7. Colheita e Pós-Colheita


2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA
Produtos climatéricos e não-climatéricos
Não-climatéricos:
Exemplos de hortaliças não-climatéricas: berinjela, pimenta, alface, couve-
flor e o pepino.
Produtos não-climatéricos são deixados na planta até atingirem seu estágio
ótimo de amadurecimento, quando são colhidos.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.7. Colheita e Pós-Colheita
2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA
Produtos climatéricos e não-climatéricos
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.7. Colheita e Pós-Colheita
2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA
Produtos climatéricos e não-climatéricos
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.7. Colheita e Pós-Colheita
2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA
Produtos climatéricos e não-climatéricos
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.7. Colheita e Pós-Colheita
2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA
Produtos climatéricos e não-climatéricos
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.7. Colheita e Pós-Colheita


2.2.7.3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÓS-COLHEITA
Outros fatores que influenciam a intensidade de R de hortaliças:
Conteúdo de água:
↑conteúdo em sua composição respiram mais e se conservam ↓tempo.
Produção de etileno:
Hormônio de maturação e envelhecimento, ocorre naturalmente durante a
fase de amadurecimento dos frutos, principalmente dos climatéricos.
Transpiração:
Hortaliças, 85 a 95% de água em seus tecidos e aproximadamente 100%
em seus espaços intercelulares. No ambiente a UR ar … cerca de 80%.
E, em excesso, modificar a aparência  enrugados e opacos.
↓tº  estômatos se fechem, diminuindo E. Após a colheita, porém, se
abertos, os estômatos não conseguem mais se fechar.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta

2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das


famílias:
Asteraceae;
Apiaceae;
Brassicaceae;
Solanaceae;
Curcubitaceae;
Outras espécies de interesse econômico da região.

2.2.8.1. Asteraceae
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
-Hortaliças herbáceas mais consumidas na forma de salada. Abordam-se
aspectos agrotecnológicos da produção de alface e jambu.

2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)


- Origem: S Europa e Ásia Ocidental
- Botânica:
Herbácea, delicada, caule diminuto, onde se prendem as folhas. Folhas
amplas, crescem em rosetas, em volta do caule; lisa ou crespas,
formando ou não uma “cabeça”, coloração vários tons de verde, ou roxa.

SR muito ramificado e superficial, explorando 1os 25 cm, quando


transplantada. Semeadura direta, raiz axial até 60 cm.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)

Alface
crespa

Alface
lisa
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
-Cultivares
Agrupadas: características das folhas e a formação ou não de uma cabeça
 seis grupos.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
-Cultivares
Grupos.
a-Tipo repolhuda-crespa (americana)
Folhas crespas, bem consistentes, nervuras destacadas e cabeça
compacta. Folhas internas mais crocantes e mais claras que as
externas; preferidas para sanduíches e, também na forma de salada.
Resistente ao transporte e a pós-colheita. A típica é a Great Lakes, outras
introduzidas – Tainá, Madona e Lucy Brown.

b-Tipo repolhuda-manteiga
Folhas lisas, muito delicadas, verde-amarelada e aspecto amanteigado,
cabeça compacta. A típica é a White Boston, vem sendo substituída –
Brasil 303 e Carolina.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
-Cultivares
c-Tipo solta-lisa
Folhas macias, lisas e soltas, sem formação de cabeça. Tradicional é a
Babá de Verão, outras Monalisa, Luísa e Regina.
d-Tipo solta-crespa
Folhas consistentes, crespas e soltas, não formando cabeça. Típica: Grand
Rapids; outras: Verônica, Vanessa, Marisa e Solaris.
e-Tipo Mimosa
Vem adquirindo certa relevância folhas delicadas e aspecto “arrepiado”.
Salad Bowl e Greenbowl.
f-Tipo Romana
Reduzida imp. econômica. Folhas alongadas e consistentes, nervuras
protuberantes e cabeça fofa. Romana Branca de Paris e Romana Balão.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Variedades comerciais
Branca ou Semente Preta ou Crespa Shimpson e Crespa Rapids Asgrow
- Importância econômica
Dificuldade transporte longa distância ...
- Clima e solo
Variedades adaptadas tº mais elevadas. Vários tipos de solos.
- Propagação
Semente. 1 g = 850 a 1.100 sementes. Efeito cálculo 1 g = 550
sementes viáveis após transplantio e ocuparão canteiro (s) = 36 m2.
- Espaçamento
25 cm x 30 cm  canteiro 6 m2 (72 plantas).
- Época semeio
Melhor = menor queda pluviométrica.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Cronograma de cultivo
- Germinação = 24 h após semeio; 6 dias  repicagem viveiro; 20 a 25 dias
 transplantio local definitivo.
- Adubação
-Solos areno-argilosos  (60 a 80 t/ha A.O. (esterco de curral), 1º
cultivo. Subsequentes  40 t/ha) + Adubações foliares uréia 0,1 a 0,3%.
-Solos várzea ou Terra Roxa  40 t/ha + adubações foliares.
Tortas vegetais ou esterco galinha  reduzir para 1/3.
- Tratos culturais
-Cobertura morta leve camada casca arroz ou caroço envelhecido açai
-Cobertura alta durante transplantio +/- 8 dias.
-Monda sempre que necessária
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
Produção de alface em sistema orgânico em sucessão à adubação verde (milho + mucuna) adubada com
diferentes fontes de matéria orgânica. Embrapa Hortaliças, Brasília-DF, 2002.

Fontes de matéria orgânica DC (cm) MS (g/pl) NF/pl Produção (t/ha)


Composto orgânico 34,3 43,0 33,2 40,22
Matéria prima do composto orgânico 32,4 37,5 28,4 36,85
Esterco bovino 26,7 35,7 29,9 18,28
Composto de farelos anaeróbico 30,2 36,4 30,7 23,58
Adubo verde – s/A.O. 26,9 34,4 29,3 19,27
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Composto orgânico: 50% capim triturado, 25% capim roçado e 25% cama aves + termofosfato ou cinzas.
Matérias primas de composto: (capins, cama de matrizes e termofosfato), sem prévia decomposição.
Esterco bovino: esterco obtido fora da propriedade ou criações convencionais forma compostada.
Composto de farelos anaeróbico: 480 kg cama aves, 40 kg calcário dolomítico, 100 kg torta mamona, 120 kg farelo
trigo, 50 kg farinha ossos, 10 kg cinzas. Compostagem sacos plásticos fechados por 15 e 20 dias.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Rotação de cultura: Couve, repolho, cebolinha, salsa, etc.
-Anomalias Fisiológicas
-Queima-marginal é mais comum  desequilíbrio nutricional entre Ca e N, pelo
déficit hídrico, mesmo momentâneo, e por tº elevadas.
-Prevenção: calagem;irrigação por aspersão; Ca plantio e pós-plantio; N e
cobertura palhosa do canteiro.
- Controle fitossanitário
-Evitar o máximo o uso de defensivos químicos. Mais valioso cultivares
melhoradas resistentes a certas doenças.
.Mosaico-da-alface
. Distribuído em todo o mundo;. Importância: meses de verão ® fator limitante
para a produção de alface
SINTOMAS
. Planta jovem: folhas mais novas deformações e enrolamentos, mosaico típico.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)

- Controle fitossanitário
.Mosaico-da-alface
Planta doente: crescimento diferente do normal

Planta mais velha:


. sintomas de mosaico podem desaparecer
. substituído por bronzeamento uniforme de to-das
as folhas.

. Var. crespas: + suscetíveis


. sintomas necróticos, com morte parcial do limbo
foliar
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
.Mosaico-da-alface
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
.Mosaico-da-alface
ETIOLOGIA
. Lettuce mosaic virus – LMV
. Transmissão: . Semente (pólen ou óvulo)
. Vetor: pulgão
. Hospedeiros do LMV: 121 esp.: 17 famílias e 60 gêneros

CONTROLE
Dano = f(sementes infectadas e população do vetor)
. Uso de sementes sadias 0,5 % de sementes infectadas = perdas totais
EUA – nível de tolerância = 0/30.000 sementes
Europa = nível de tolerância = 0/200 sementes
. Variedades resistentes
OLERICULTURA
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
.Mosaico-da-alface
Variedades com níveis de Tolerância e Resistência:
. Viruzan . Brasil 48 . Cil
. Madona AG 605 . Jade Imperial-D . Veneza roxa
. Early Giant . Obo . Paris Island Cós
. Brasil 303 . Regina 71 .Carolina AG 576
. Monalisa AG 819 . Empire . Higreen
.Elisa . Floresta . Nacional
. Deisy . Vanessa . Verônica . Vera
OLERICULTURA
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
VIRA-CABEÇA

SINTOMAS
. Planta jovem: folhas mais novas ® lesões marrom claras, que escurecem com o
tempo

. Planta doente: crescimento diferente do normal, podendo ocorrer em um só lado


da planta, com encarquilhamento e morte de tecidos, conseqüentemente da
planta

. Planta mais velha: bronzeamento uniforme de todas as folhas e necrose das áreas
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
VIRA-CABEÇA
SINTOMAS

Plantações de tomate
afetadas são: bronzeamento
ou arroxeamento das folhas,
redução geral do porte da
planta, ponteiro virado para
baixo e lesões necróticas
nas hastes. Quando
maduros, os frutos de
tomate apresentam lesões
anelares concêntricas
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
VIRA-CABEÇA
ETIOLOGIA
- Tospovirus: 2 esp. Relatadas no Brasil:
. Tomato spotted wild virus (TSWV) - nordeste
. Tomato chlorotic spot virus (TCSV) - SP
- Transmissão: circulativa propagativa
. vetor ® thripes ( Frankliniella sp. e Thrips tabaci)
CONTROLE
. Erradicar plantas viróticas da área
. Evitar plantios de culturas afetadas
. Controle do vetor
. Eliminação de plantas daninhas hospedeiras do vetor e do vírus
. Mudas sadias
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
Septoriose (Septoria lactucae)
-Afeta as folhas, caracterizando-se por pequenas manchas necróticas escuras; pode
haver coalescência das manchas, resultando no crestamento das folhas externas
Controle
-Sementes livres de patógenos; rotação de culturas; pulverizações. Alta umidade no
solo e no ar e tº baixas, favorecem a doença.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)


2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)
BOTÂNICA
Desenvolvimento vegetativo
Altura da planta aumenta até os 60 dias;
Formação cabeça inicia-se 60 a 70 d, através de rápido desenvolvimento
das folhas internas, cujo numero chega a 30, por ocasião da colheita;

Peso das folhas internas aumenta lentamente até os 90 dias;

*Dividido em quatro estádios de crescimento;


– crescimento inicial – 0 a 30 dias
– expansão das folhas da saia – 30 a 60 dias
– desenvolvimento das folhas da saia – 60 a 90 dias
– desenvolvimento da cabeça – 90 a 120 dias
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)


2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)

BOTÂNICA

Germinação
tº ideal para germinação >>> de 13 a 15ºC;
Inicia com tº do ar entre 0 a 5ºC;
Germinação acelera até 30ºC;
A 10ºC as plântulas emergem em 14 dias; A 20ºC em uma semana;
Acima de 30ºC as plântulas nascem raquíticas.

Precipitação
Considerando-se uma eficiência de chuva de 100%, são necessários 49 mm/ha ao
longo de um ciclo médio de 120 dias;
A demanda hídrica é crescente à medida que o repolho desenvolve-se;
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)


2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)
EXIGENCIAS DE SOLO
Textura média, solto, profundo e rico em matéria orgânica;
Solos argilosos;
Áreas arenosas menos favoráveis (baixa retenção de umidade);
Área ensolarada, boa disponibilidade água, local que não tenha sido cultivado antes
com outras brássicas, como couve, couve-flor e próprio repolho;

Análise química do solo, para definir a adubação e a calagem.


Sementes e produção de mudas
Mudas vigorosas e sadias; SR bem desenvolvido; 1 ha  100 g de sementes;
Local sombreado até ponto do transplantio (30 dias da semeadura);
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)


2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)
TRANSPLANTE E ESPAÇAMENTO
Local definitivo: mudas 4 a 6 folhas def. ou 10 a 15 cm altura, entre 25 e 30 das;

TRANSPLANTE E ESPAÇAMENTO
EMBRAPA: covas 30x30x30 cm; 60 cm fileira e 80 cm entre fileiras.
ROTAÇÃO DE CULTURA
Rotação com solanáceas (tomate, pimentão, berinjela, etc.);

Leguminosas (mucuna-preta e guandú) e liliáceas (cebola, cebolinha e alho) e


cenoura;

Para reduzir custos de implantação e aproveitar adubos residuais é recomendável o


cultivo do repolho logo após o cultivo do tomate.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)


2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)
PRAGAS
Pulgões
Brevicoryne brassicae: coloração verde recoberto por uma camada branca, cerosa;
vive na face superior da folha.
Myzus persicae: coloração geral verde clara vive na face inferior da folha.
Ambos causam danos consideráveis às crucíferas;
Causam o encarquilhamento das folhas e definhamento da planta;
Transmissores de partículas virais que atacam as brássicas.
Lagarta-rosca (Agrotis ypsilon)
Estas lagartas têm o hábito noturno e subterrâneo, enrolando-se quando tocada;
Atacam as plantas novas, tenras, à altura do colo;
Durante o dia vivem no solo próximo às plantas cortadas;
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)


2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)
PRAGAS

Myzus
persicae Agrotis ypsilon

Brevicoryne brassicae
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)
2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)
PRAGAS
Curuquerê da couve (Ascia monuste orseis)
A fêmea deposita os ovos na face inferior das folhas;
O prejuízo é devido ao ataque das lagartas nas folhagens.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)
2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)
DOENÇAS

Podridão mole (Ervinia carotovora)

Bacteria, ataca a fase final da cultura, época quente e úmida;

Infecção por ferimentos ou desequilíbrio nutricional;

Encharcamento dos tecidos afetados, seguindo-se de podridão mole com exudação


de um líquido gelatinoso com odor desagradável;

Medidas preventivas: evitar ferimentos plantas (operações cultivos); combate


pragas, adubação equilibrada, maior espaçamento, arejamento e rotação cultura.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)
2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)
DOENÇAS
Podridão mole (Ervinia carotovora)
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)


2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)

DOENÇAS
Podridão de Sclerotinia (Sclerotinia sclerotiorum)
Alto Viçosa-MG >>> perdas de 40 a 50% na produção de repolho em área cultivada
continuamente por cinco anos;
Manchas encharcadas, de formato irregular, posteriormente, ficam cobertas pelos
escleródios;
No campo, observam-se os sintomas nas folhas e nos pecíolos mais próximos ao
solo e na cabeça;
Cabeças de repolho colonizadas pelo fungo normalmente apodrecem;
Favorecido por alta umidade e temperaturas amenas.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)


2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)
DOENÇAS
Podridão de Sclerotinia (Sclerotinia sclerotiorum)
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)


2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)
DOENÇAS
Podridão negra (Xanthomonas campestris)
Ataca em todas as fases do ciclo;
Na sementeira provoca a queda dos cotilédones prematuramente;
Amarelecimento em forma em “V” com o vértice voltado para o lado de baixo,
acompanhando as nervuras que se mostram coloridas de pardo a negro;
Ferimentos de qualquer natureza favorecem a infecção;
Medidas preventivas:
Cvs. resistentes, evitar períodos quente e úmidos, rotação cultura, por 2 a 3 anos.
Repolho União  -Embrapa - resistente
OLERICULTURA
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)


2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)
DOENÇAS
Podridão negra (Xanthomonas campestris)
OLERICULTURA
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)


2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)
Repolho (B. oleracea var. capitata)

PONTO DE COLHEITA

Maturação comercial >>> cabeças bem compactadas, fechadas, bom tamanho e


folhas superiores começam a enrolar para trás expondo as mais claras de baixo;

85 aos 130 dap  variedade, estação de crescimento e tratos culturais;

Apresentam a vantagem de protelação da colheita >>>

Colheita pode ser adiantada ou retardada trazer alguns problemas: deterioração,


abertura, enrijecimento e rachadura da cabeça e florescimento da planta.
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.2. Brassicaceae (Cruciferae)


2.2.8.1.2. Couve (Brassica oleracea)

Repolho (B. oleracea var. capitata)

RENDIMENTO

Media mundial 20 e 25 t/ha

Brasil está entre 30 a 35 t/ha. Ocorrem picos de produção de até 55 t/ha, geralmente
no outono, quando as cabeças são maiores;

O repolho roxo e crespo possuem menor capacidade de produção.


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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
Repolho (B. oleracea var. capitata)
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.3. Apiaceae (Umbeliferae)
2.2.8.3.1. Coentro (Coriandrum sativum L.)
Descrição:
Herbácea, annual, até 30 cm de altura; caule ereto, folhas pinadas, flores pequenas
branca ou até rosadas. Frutos pequenos, cujas sementes são também temperos
de pratos. Floresce no verão e pode ser cultivada no país todo.
Cultivares:
Verdão, Americano Gigante e Português.
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2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.3. Apiaceae (Umbeliferae)

2.2.8.3.1. Coentro (Coriandrum sativum L.)

Modo de cultivo
Ciclo 35 d no verão. Setembro a março na região S e SE. Demais, o ano inteiro.
Necessita de solo fértil e bem drenado.

Propagação
Sementes diretamente no solo de canteiros.
Adicionar: 3 litros/m² esterco de curral a metade cama de aviário.

Semeadura: sulcos longitudinais distanciados 25 cm. Germinação: 5 a 7 d, com 10


cm de altura realizar o desbaste se necessário; distanciadas de 8 a 10 cm.

Colheita: 50 a 70 dap; Folhas bem desenvolvidas. Plantas inteiras ou efetuam-se


cortes nos pecíolos, obtendo-se colheitas parceladas.
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2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.3. Apiaceae (Umbeliferae)
2.2.8.3.2. Cenoura (Daucus carota L.)
Descrição:
Herbácea, caule pouco desenvolvido, situado no ponto de inserção das folhas,
formadas por folíolos finamente recortados, pecíolo longo e afilado. Etapa
vegetativa, apresenta tufo de folhas em posição vertical, com 50 cm de altura.
Parte utilizável: raiz pivotante, tuberosa, carnuda, lisa sem ramificações; formato
cilíndrico ou cônico alaranjada. Cilíndricas: grupo nantes, origem francesa,
plantio época fria  sensibilidade doenças de folhagem. Cônicas: grupo brasília.
Preferência produtor: raízes cilíndricas, lisas, sem raízes laterais ou secundárias,
além de uniformes, comprimento 15 a 20 cm, e diâmetro entre 3 e 4 cm.
Clima e Época de Plantio: É bianual, embora cultivada como anual. É de dia longo
para florescer, e fotoperíodo e baixa tº interagem na indução do florescimento.
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2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.3. Apiaceae (Umbeliferae)
2.2.8.3.2. Cenoura (Daucus carota L.)
Clima e Época de Plantio:
Interação cultivar x clima seriamente considerada: passagem etapa vegetativa
reprodutiva interessa ao produtor de semente, não ao que produz raízes.
Altitudes em torno 1.000 m apresentam condições favoráveis ao longo do ano, tº
amenas favorecem a planta, a produtividade e qualidade das raízes tuberosas,
especialmente o formato e a coloração alaranjada.
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2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.3. Apiaceae (Umbeliferae)
2.2.8.3.2. Cenoura (Daucus carota L.)
PROBLEMAS FISIOLÓGICOS
1- Branqueamento das Raízes
Após lavagem cenoura colhida, ocorre o branqueamento devido ao choque térmico.
2- Ombro Verde ou Roxo
Parte superior da cenoura torna-se esverdeada ou arroxeada: isso é ocasionado
pelo rebaixamento dos canteiros e exposição aos raios solares.
3- Rachadura
São causadas por irregularidades no regime hídrico, exemplo falta de água seguida
por excesso súbito de irrigação.
DOENÇAS DA CENOURA
1- Queimas das Folhas
Alternaria dauci ou Cercospora carotae. Controle: Mancozeb, alternado com
Iprodione.
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2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.3. Apiaceae (Umbeliferae)

2.2.8.3.2. Cenoura (Daucus carota L.)


2- Podridão Mole
Erwinia carotovora. Os tecidos afetados tornam-se moles e aquosos. Controle:
rotação de culturas e evitar plantios em terrenos de alta umidade.
PRAGAS
Nematóides do gênero Meloidogyne. Perdas até 50%.
Ataque: verificado aparecimento galhas nas raízes  imprestáveis para o comércio.
Controle: cultural, evitando-se a entrada do nematóide na área, através da limpeza
de equipamentos agrícolas.
Rotação de culturas com plantas não hospedeiras dos nematóides. Adubação verde
com crotalária, e aração profunda.
Controle químico: Carbofuran.
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.3. Apiaceae (Umbeliferae)

2.2.8.3.2. Cenoura (Daucus carota L.)

Lesões foliares de Lesão foliar causada


Raiz atacada por bactéria Erwinia
queima das folhas por, Cercospora
caratovora
Alternaria dauci carotae em folíolo de
cenoura
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.3. Apiaceae (Umbeliferae)
2.2.8.3.2. Cenoura (Daucus carota L.)
11. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO
Raízes ponto de colheita: amarelecimento e secamento fols inf  85 a 110 dap.
Processo de colheita utilizado é o manual, puxando a parte aérea com o solo úmido.
Passagem lâmina cortante, tracionada por baixo do canteiro a 30 cm prof, facilita a
colheita.
Produtividade: 40 a 60 t/ha. Arrancar apenas as de 16 a 22 cm.
Beneficiamento: lavagem; corte do talo, rente raiz tuberosa; eliminação radicelas
laterais e da ponta afilada.
Classificação e padronização: tamanho e aspecto  MAPA
Comercialização: caixas de 23 a 26 kg.
Armazenamento: condições ambientais – perdem turgescência poucos dias.
Frigorificadas de 0 a 2 ºC e UR ar de 90 a 95%  4 a 5 meses.
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2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.3. Apiaceae (Umbeliferae)
2.2.8.3.2. Cenoura (Daucus carota L.)
11. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.4. Cucurbitaceae
2.2.8.4.1. Abóbora (Cucurbita moschata) e Moranga (C. maxima)
Descrição:
Planta annual, em que ocorre o desenvolvimento simultâneo da parte vegetativa, da
floração e da frutificação. Caule herbáceo, rastejante, provido de gavinhas e
raízes adventícias, nos pontos de contato com o solo.
Hábito indeterminado. Ramas até 6 m. Florescimento monóico, predominância flores
masculinas.
Frutos: formatos e tamanhos diferentes. Ponto de inserção no fruto, o pedúnculo é
pentagonal, formando 5 lóbulos na abóbora e na moranga a seção é circular.
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.4. Cucurbitaceae
2.2.8.4.1. Abóbora (Cucurbita moschata) e Moranga (C. maxima)
Clima e Época de Plantio
Espécies de clima quente, favorecidas tos elevadas e tolerantes a tos amenas.
Morangas e híbridos interespecíficos mais tolerantes tos menores que abóboras.
Todas as cultivares são intolerantes ↓tº e extremamente sensíveis geadas.
Fotoperíodo: DC favorecem floração feminina  maior produtividade.
Abóboras toleram mais pluviosidade excessiva. Morangas e os híbridos mais
prejudicados  incidência de doenças fúngicas.
Plantio
Primavera-verão, sem irrigação.
Cultivares
Agrupadas pelo aspecto do fruto, considerando-se o ponto de colheita. Há
específicas para obtenção de fruto e outras como abobrinha verde.
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.4. Cucurbitaceae
2.2.8.4.1. Abóbora (Cucurbita moschata) e Moranga (C. maxima)
Cultivares
Grupo das Abobrinhas Verdes
Colhidas imaturas, como abobrinha verde.
Menina Brasileira: frutos cilíndricos, 25 cm comp. e apresentam “pescoço”.
Resistência a viroses e rama longa.
Caipira: frutos imaturos, são alongados, sem pescoço, 20 cm comp. Notável
resistência à viroses e outras doenças.
Tipo semi-moita, notável resistência à viroses. Cv. PiraMoita: frutos cilíndricos, com
pescoço e o híbrido Duda: frutos cilíndricos, sem pescoço.
Grupo da Abóboras Maduras
Colhida madura, frutos grandes, alongados ou globulares, polpa alaranjada.
Caravela: frutos alongados, enormes, sem pescoço, peso médio 12 kg.
Abóbora seca CAC: frutos alongados, com pescoço, com peso médio 20 kg.
Jacarezinho: frutos menores, globular-achatados, peso médio 2 a 3 kg.
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2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.4. Cucurbitaceae
2.2.8.4.1. Abóbora (Cucurbita moschata) e Moranga (C. maxima)
Cultivares
Grupo da Abóbora Goianinha (Mini-Paulista)
Goianinha: colhidos de vez ou complete. maduros, alongados, com pescoço, 13 a
23 cm comp. Pto de colheita.  casca creme, estrias longitudinais verde-
escuras, polpa alaranjada intensa.
Grupo das Morangas Maduras
Cultivares brasileira muito menos numerosas que as de abóbora. Frutos
globular achatados, gomos destacados e polpa alaranjada. Cultivares: Coroa –
casca cinza e Exposição – casca salmão.
Grupo dos Híbridos Interespecíficos
Produzidos originalmente no Japão. Linhagens moranga como progenitor feminino x
e abóbora progenitor masculino. Cv. original = Tetsukabuto, mercado brasileiro
conhecida como “cabutchá”.
Tetsukabuto nº 12: frutos globular achatados, casca rugosa e gomos discretos,
verde-escura brilhante, 1,5 a 1,8 kg, polpa amarela-intensa
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.4. Cucurbitaceae
2.2.8.4.1. Abóbora (Cucurbita moschata) e Moranga (C. maxima)
Solo e Adubação
Rústica, pH 5,5-6,5, qdo. necessário elevar saturação por bases (V) / 70%.
Nutrientes incorporados sulco ou cova; 3 aplic. cobertura de forma parcelada: 1ª
após desbaste, 2ª início da floração e 3ª início desenvolvimento dos frutos.
Implantação da Cultura
Semeadura direta, 3 a 5 por vez, separadas, coberta com 2 a 3 cm de solo. Semear
covas 40 cm diam. x 25 cm prof. Também pode-se formas mudas.
Maior oportunidade e eficiência polinização abelhas: semear inicialmente fileiras
alternadas, após 15-20 d restantes  fileira contíguas desenv. diferenciado.
Espaçamento: 3,0 m x 2,0 m. Após desbaste; 2 pls juntas/vez. Caipira, Caravela e
Seca SAC, 4,0 m x 3,0 m; híbrido Duda 2,0 m x 1,0 m e PiraMoita 3,0 m x 1,5 m.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.4. Cucurbitaceae
2.2.8.4.1. Abóbora (Cucurbita moschata) e Moranga (C. maxima)
Tratos Culturais
-Desbaste: uma a duas plantas selecionadas;
-Irrigação:
-Poda das ramas: condenada por pesquisadores. Alguns produtores despontam
rama principal no início crescimento  ramas secundárias.
Anomalias Fisiológicas
Apodrecimento da ponta do fruto, ocasionado por polinização deficiente. Controle:
evitar o uso inseticidas pela parte da manhã.
Controle Fitossanitário
-Oídio: Sphaerotheca fuliginea. Controle fungicidas sistêmicos, específicos.
-Mildio: Pseudoperonospora cubensis. Controle: fungicidas de amplo espectro.
-Mosaicos causados por vírus diversos. Controle: Cvs. resistentes; controle de
pulgões e vaquinhas.
-Besourinho verde e amarela (Diabrotica speciosa).
-Broca-dos-frutos (Diaphania nitidalis).
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.4. Cucurbitaceae
2.2.8.4.1. Abóbora (Cucurbita moschata) e Moranga (C. maxima)
Controle Fitossanitário

Manchas típicas de Folha de abóbora de moita


oídio (Erysiphe cichoracearum) mostrando sintoma de mosaico
Diabrotica speciosa
em abóbora.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.4. Cucurbitaceae
2.2.8.4.1. Abóbora (Cucurbita moschata) e Moranga (C. maxima)
Colheita e Comercialização
Ponto de maturação. Cvc. Tradicionais: 130-150 das; Tetsukabuto: 85-140 das.
Pedúnculo cortado cuidadosamente a 2-3 cm do fruto.
Frutos grandes comercializados a granel, do híbrido embalado sacos telados.
Abobrinhas verdes: 60-80 dias com comprimento em torno 25 cm. Pode ser feita 2 a
3 x/semana  produtividade. Período produtivo de 30-45 dias.
Produtividade: Espaçamento e outros fatores - 10-13 t, frutos verdes; 12-20 t frutos
maduros e 8-15 t frutos Tetsukabuto.
Estocar frutos maduros: pedúnculo após corte longo,e a casca, consistente e livre
danos. Frutos dispostos em 1 ou 2 camadas, sobre palha, em prateleira ou piso.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.4. Cucurbitaceae
2.2.8.4.2. Pepino (Cucumis sativus)
Descrição
Herbácea, anual e hastes longas.
Crescimento indeterminado, desenvolve-se no sentido vertical ou prostado, ramas
com gavinhas e sistema radicular superficial.
Hábito florescimento: a) Monóico: unissexuadas mesma planta, com predominância
masculinas, assim, exigem polinização; b) Ginóico: quase exclusivamente flores
femininas; exigem proximidade monóicas e c) Partenocárpico: híbridos também
ginóicos para cultivo exclusivo casa de vegetação.
Fruto: baga suculenta, cheia, de formato cilíndrico, verde-clara a verde-escura.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.4. Cucurbitaceae
2.2.8.4.2. Pepino (Cucumis sativus)
Descrição
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)
Origem: Espécie andina L. esculentum var. cerasiforme – frutos tipo cereja
Outras espécies de Importância
L. hirsutum: resistência - cancro bacteriano, pinta preta, septória, traça do tomateiro,
ácaros (Tetranichus), tolerância ao frio e a geadas.
L. peruvianum: resistência - nematóides de galhas, murcha de verticílio, pinta preta,
vírus do vira cabeça, cancro bacteriano.
L. chilensis: resistente à seca.
L. pennellii: resistência a seca, a salinidade, a ácaros e à murcha de fusário
L. cheesmanii: apresenta resistência à salinidade e possui alto teor de sólidos
L. chmielewskii: Apresenta alto teor de açúcar.
L. pimpinellifolium: resistência ao cancro bacteriano, murcha bacteriana, pinta preta,
murcha de fusário, requeima e mancha de stenfilium.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)
Área, produção e produtividade média de tomate nos principais países
produtores.
____________________________________________________
País Produção (t) Área (ha) Produtividade (t/ha)
____________________________________________________
China 25.466.211 974.438 26,13
Estados Unidos 12.266.810 176.730 69,41
Turquia 9.000.000 225.000 40,00
Índia 7.420.000 520.000 14,27
Itália 6.054.689 122.852 49,28
Egito 6.328.720 180.721 35,02
Espanha 3.878.400 59.500 65,18
Brasil 3.518.163 62.291 56,48
---------------------------------------------------------------------------------------
Mundo 108.499.056 3.988.589 27,00
---------------------------------------------------------------------------------------
Fonte: Agrianual (2004)
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)

Área, produção e produtividade média de tomate por regiões produtoras do


Brasil.
________________________________________________________
Região Área (ha) Produção (t) Produtividade (t/ha)
________________________________________________________
Sudeste 26.161 1.675.882 64,06
Centro-Oeste 13.063 976.154 74,73
Nordeste 13.001 578.459 44,49
Sul 8.309 370.579 44,60
Norte 1.099 7.293 6,64
________________________________________________________
Brasil 61.633 3.608.367 58,55
________________________________________________________
Fonte: AGRIANUAL (2004)
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)

Consumo Anual per capta de Tomate


Brasil: 18,5 Kg/hab/ano;
China: 19,3 Kg/hab/ano;
Egito: 84,4 Kg/hab/ano;
Índia: 6,4 Kg/hab/ano;
Itália: 66,1 Kg/hab/ano;
Espanha: 42,7 Kg/hab/ano;
Turquia: 85,7 Kg/hab/ano;
EUA: 34,4 Kg/hab/ano.
Fonte: FAOSTAT
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)

Descrição

» Herbácea, caule flexível, não suporta peso frutos e posição vertical;

» Forma natural: moita abundante, ramificação lateral... Modificada por


poda;

» É perene mas comporta-se como anual. Ciclo: 4 a 7 meses, incluindo 1-3


meses colheita.

» Hábito crescimento distinto: Indeterminado – maioria cvs. mesa; tutorados


e podados  caule>2,5 m e Determinado – cvs. criadas cultura rasteira
finalidade agroindustrial  hastes apenas 1 m.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)
Descrição
Indeterminado – tutorados e podados.
Determinado – cultura rasteira.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)
Descrição
» Frutos: bagas carnosas, suculentas, com aspecto, tamanho e peso variados –
menos 25 g (tipo cereja) até mais 400 g (tipo salada).

Grupos –Santa cruz (A), Salada e saladinha (B e C), Italiano (D) e Cereja (E)
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)
Clima e época de plantio

» Origem  Tropical de altitude: regiões ´serranas ou de planalto, subtropical ou


temperado. É problemática tropical úmido.
» Exigente em termoperiodicidade diária diferença 6-8 ºC.
» Indiferente ao fotoperiodismo.

Cultivares
» Didaticamente 5 grupos ou tipos:
» Santa Cruz: resistência ao manuseio rude, à embalagem na tradicional
caixa “K”, transporte precário, elevada produtividade, frutos entre 160-200 g e
cresc indeterminado.
» Salada (maça, caqui ou tomatão): 200-400 g, mais delicado que demais,
<resistência transporte, completa inadequação caixa “K”, >preço Santa Cruz,
cresc indeterminado e algumas determinado.
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)

Cultivares
» Cereja: 15-25 g, vermelho-brilhante, pencas 20-40 e cresc indeterminado.
» Italiano (Saladete ou San Marzano): alongados (c= 1,5-2,0x), cresc
indeterminado e maior teor Licopeno.
» Agroindustrial: alta resistência ao transporte - inclusive a granel, cresc
determinado, cultura rasteira e maioria operações mecanizadas.

Longa-vida: Uma característica genética


» Frutos iniciam mais tardiamente processo deterioração pós-colheita; sinônimo
“prolongada vida de prateleira”. Pode ser incorporada qq cvc.

Implantação da cultura
» Semeadura direta no campo: rasteira por semeadeiras – 0,4-3,0 kg
sementes/ha, desbaste.
» Sementeira: 3-4 g sementes/m2 em sulcos transversais, com 1 cm prof e dis-
tanciadas 10-15 cm.
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)

Implantação da cultura
» Semeadura em bandeja: 2-3 sementes/célula com híbricos modernos 80-120
g sementes/ha.

Espaçamento e técnica de plantio


» Tutorada  100-120 cm x 40-70 cm. Transplantadas 1-2 mudas/cova.
» Rasteira  Filetes continuos, espaçados 100 cm; desbaste: 20 cm, 2 plantas.
Opção 130x50x30 cm, 2 plantas/vez semeadeira precisão e 400 g sementes/ha.

Rotação de culturas: Imprescindivel


» Poaceae – pastagens ou com cereais – arroz, milho,sorgo, trigo, centeio ou
cevada.
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)

Tratos culturais
» Irrigação: germina mesmo PMP _ fase inicial pouca água _ ↑vegetação e
frutificação. Frutos mesa, até final colheita; Agroindustriais suspende-se 2 d
antes completa maturação (qualidade mat. prima e teor Sólidos solúveis.

» Podas diversas: poda inicial – início brotos laterais, elimina-se todas; desbrota
– arranque freq e sistemático brotos laterias, evitar canivete ou unha; desponta
ou capação – corte broto terminal haste.

» Desbaste: rasteira, corte sacho de lâmina afiada. É trabalhoso e oneroso.

» Tutoramento: cerca cruzada, instalada antes planta tombe; fios arame


esticados (cinco) (específico tomate salada), no sentido horizontal com 30-50 cm
entre si; tutoramento vertical (gp. Santa Cruz).
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)

Tratos culturais
» Amontoa: favorece emissão raízes adventícias ao caule.
» Raleamento de pencas: vantajoso tipo salada, deixar 4-6 frutos.
» Cobertura morta do solo:
» Controle de plantas invasoras: manual ou química (rasteira).
» Anomalias fisiológicas:
a) podridão-apical (podridão-estilar ou fundo preto) – causa: def. localizada Ca 
excessiva conc. NH3, K, Mg e Na que acarreta def. mesmo com teor adequado
solo. Pouco translocável. Deficit hídrico  conc. Excessiva sais solúveis.
b) Lóculo-aberto: má formação parede, como se algo impedisse a soldadura dos
carpelos durante a formação fruto. Causas não estão bem determinadas –
carência B, baixas tos durante desenv. muda, abertura flor e formação frutos.
c) Queda de flores e frutos: tº noturna elevada; carências e desequilíbrios
nutricionais. No tomateiro ocorre o cresc veg., a floração e a frutificação
simultaneamente  coberturas N acompanhadas parcelamentos K.
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)

Tratos culturais
» Anomalias fisiológicas:
d) Frutos amarelados: tº elevada reduz ou impede síntese pigmento vermelho-
Licopeno.
e) Frutos ocados: balanço N e K, tos extremas – calor e frio, excesso umidade solo.
f) Frutos rachados: flutuações acentuadas água no solo.
g) Frutos com escaldadura: sintoma – região esbranquiçada e enrugada, causa –
excesso luz.
h) Amarelo-baixeiro: deficiência Mg.
i) Enrolamento de folhas baixeiras: maior incidência – fileiras mais expostas luz
solar vespertina  intensidade poda.
j) Fitotoxidez por resíduo de herbicidas: detecção em esterco usado transplante
mudas
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)

Tratos culturais
» Controle fitossanitário:
a) Doenças fúngicas:
» Requeima – Phytophthora infestans (atualmente classif. Oomiceto, não fungo),
causa manchas marrons frutos.
» Pinta-de-alternária – Alternaria solani, manchas circulares escuras próximo
pedúnculo.
» Septoriose – Septoria lycopersici
» Mancha-de-estenfílio – Stemphylium solani e S. lycopersici
» Murcha-fusariana – Fusarium oxysporum f.sp.lycopersici
» Murcha-verticilar – verticilium dahliae e V. alboatrum
» Murcha-de-esclerócio – Sclerotium rolfsii
» Rizoctoniose – Rhizoctonia solani
» Podridão-de-esclerotinia – Sclerotinia sclerotiorum
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)
Tratos culturais
» Controle fitossanitário:
b) Bacterioses:
» Cancro-bacteriano – Clavibacter michiganensis subsp. Michiganensis, sintoma
típico “olho-de-perdiz”  lesões circulares, brancas com centro escuro
» Murcha-bateriana – Ralstonia solanacearum
» Pústula-bacteriana – Xanthomonas campestris pv. Vesicatoria
» Pinta-bacteriana – Pseudomonas syringae pv. Tomato
» Talo-oco – Erwinia carotovora subsp. Carotovora e E. chrysanthemi
c) Viroses
» Mosaico-comum – TMV e ToMV
» Vira-cabeça (Tospovirose) – complexo de virus – os tospovirus
» Mosaico-dourado (Geminivirose) – transmitida mosca-branca
» Topo-amarelo – TYTV, transmitido por afídeos
» Amarelo-baixeiro (virótico) – PLVR; » Mosaico Y – PVY
» Broto-crespo – micoplasma veiculado pela cigarrinha
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)
Tratos culturais
» Controle fitossanitário:
d) Insetos-praga
» Brocas-dos-frutos: traça-do-tomateiro (Tuta absoluta), broca-pequena
(Neuleucinodes elegantalis), broca-grande (Helicoverpa zea) e traça-da-batata
(Phthorimaea operculella).
» Pulgões: Myzus persicae, Macrosiphum euphorbiae e Aphis gossypii.
» Mosca-branca (Bemisia tabaci).
» Mosca-minadora (Liriomyza huidobrensis, L. trifolii e L. sativae)
» Tripes: Frankliniella spp. e Thrips spp.
» Cigarrinha (Agallia albidula)
» Ácaros fitófagos: ácaro-do-bronzeamento (Aculops lycopersici), ácaro-
vermelho (Tetranychus evansi) e ácaro-rajado (T. urticae)
e) Nematóides
» Meloidogyne incognita, M. javanica e M. arenaria  inchações (galhas) típicas
nas raízes.
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.5. Solanaceae
2.2.8.5.1. Tomate (Lycopersicon esculentum Mill.)
Tratos culturais

Figura 10: Esquema ilustrativo dos sistemas de


tutoramento tradicional (T1) e triangular (T2).
Fonte: Adaptado de Marim (2005).

Figura 11: Esquema ilustrativo dos sistemas de


tutoramento vertical com fitilho.
Tutoramento vertical Fonte: Adaptado de Marim (2005).

Cerca cruzada
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
PODRIDÃO DE ESCLEROTINIA
. doença comum; . quando ocorre ® prejuízos totais; . fungo polífago

SINTOMAS
. Sementeira: “damping-off”; . Como identificá-lo no campo? Granulações
escuras sobre as partes afetadas.

. Consequências ??????

Plantas adultas no campo ou durante a colheita e transporte: podridão mole


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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
PODRIDÃO DE ESCLEROTINIA
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
PODRIDÃO DE ESCLEROTINIA

ETIOLOGIA
. Sclerotinia sclerotiorum
. Disseminação: . escleródios ® movimento de solo; . ascosporos ® vento
. Sobrevivência: solo
. Condições Favoráveis: . T® 0 a 28°C e U ar baixa

CONTROLE
. Destruição de restos de cultura; . Aração profunda; . Preparo do solo com antecedência; .
Inundação do solo; . Fumigação do solo
. Pulverização: . Iprodione; . vinclozolin
. Tratamento do solo: . quintozene
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
QUEIMA DA SAIA
. manifesta-se em plantas adultas
SINTOMAS
Folhas + velhas: . lesões necróticas pecíolo e nervuras, destruindo-os; . necrose limbo e
seca das folhas. Condições favoráveis: . afeta sucessivamente todas as folhas; . presença de
escleródios do fungo.
ETIOLOGIA
. Rhizoctonia solani
. Sobrevivência: . micélio em restos de cultura; . escleródios
. Disseminação: . Solo; .mudas;. água de superfície;. Vento;. Plantas hospedeiras
. Condições favoráveis: . Umidade do solo baixa; . Temperatura: 15 a 25 °C.
CONTROLE
. Tratamento de solo;. Tratamento das covas com PCNB
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário

QUEIMA DA SAIA

Folhas basais de alface


exibindo infecção por R.
solani.
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário

MANCHA BACTERIANA
• Maior incidência: inverno

SINTOMAS
. Folhas:. manchas necróticas irregulares ® bordos ou limbo foliar
. Umidade ↓: .lesões delimitadas no tamanho e nas folhas + velhas
. Umidade ↑: .também nas folhas + novas
. coalescência de inúmeras lesões
. Podridão mole da planta no campo ou durante a colheita e transporte
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
MANCHA BACTERIANA
• Maior incidência: inverno
SINTOMAS
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário
MANCHA BACTERIANA
ETIOLOGIA
. Pseudomonas cichorii
. Disseminação: . sementes contaminadas
. Outros hospedeiros: . Cucurbitaceae;. Solanaceae; . Liliaceae;. Leguminosae

CONTROLE
. Não existem medidas específicas de controle
® medidas de caráter geral :
. Bom preparo do solo
. Tratamento de semente
. Plantio em solo não contaminado
. Eliminação de fonte de inóculo
. Controle da água de irrigação
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Controle fitossanitário

Principais pragas:
Mosca branca (Bemisia tabaci);
Pulgão (Dartynotus sonchi L.);
Cigarrinha verde (Empoasca sp.).
Épocas restritas de acordo com o clima: Trips (Trips tabaci Ind.).

- Colheita
-Corte; máximo desenvolvimento – folhas tenras, bom sabor, sem sinal de
pendoamento (produto sem valor comercial e amargo). Campo: semeadura direta – 65 a 80
d; Estufa: 45 a 50 d. Algumas folhas exteriores eliminadas.
- Campo, a lavagem torna-se necessária.
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Pós-colheita
Demanda folhosas superficialmente limpas! Pós-colheita, alface sofreria
menos injúrias mecânicas e se conservaria melhor sem a lavação.
Conservação justifica-se em algumas regiões seja colhida, selecionada e
embalada s/lavar, caixas de papelão, diretamente no campo.
Remoção imediata do calor de campo, com emprego de pré-
resfriamento, propicia aumento de mais um dia na vida útil.
Pré-resfriamento até 1 ºC feito na lavagem ou produto já acondicionado.
As duas formas mais comuns de pré-resfriamento são o hidro-
resfriamento e o resfriamento a vácuo.
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Pós-colheita
Alta relação superfície/volume e a necessidade de emprego de embalagens
que resistam água livre para o hidro-resfriamento fazem com que o pré-
resfriamento a vácuo seja o processo mais econômico.

Pré-resfriamento a vácuo deve ser efetuado em alface nua ou envolvida por


um filme plástico suficientemente perfurado, reduzindo-se a pressão até
4,6mm Hg a pressão H2O (v) a 0 ºC .

Redução maior da pressão causa a formação superficial de gelo. Para


reduzir a perda de água no pré-resfriamento a vácuo as cabeças de
alface normalmente são pulverizadas H2O antes fechamento das caixas.
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.1. Alface (Lactuca sativa)
- Pós-colheita
Produzida em meio líquido, as raízes não são cortadas. Isto é importante
para aumentar a durabilidade desta alface, visto que as raízes produzem
citocininas que atrasam o amarelecimento e a senescência das folhas.
Hidropônica não precisa sofrer a lavação e é embalada dentro de sacolas,
ou outros tipos de contentores plásticos, diretamente na c-v.
Embalagem da hidropônica deve conter um rótulo de período de validade.
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.2. Jambu (Spilanthes oleracea)

-Origem
Nativa da Amazônia
-Nomes vulgares
-Agrião-do-Pará; Cresson du Pará (Francês); Aussarenknopf (Alemão); Pará
Cress (Inglês) e Para kresse (Sueco).
-Botânica
Planta herbácea: 20 a 30 cm de altura, caule cilíndrico, carnoso, decumbente e
ramificado. Inflorescência: capítulo globoso terminal col. Amarela; flores
hermafroditas. Autopolinização, quando estilete cresce e ultrapassa anteras e ao
despontar no exterior os estigmas já se encontram cheios de pólen.
Autopolinização é chamado de cleistogamia. Fruto: aquênio de tamanho reduzido,
com pericarpo de cor cinza escuro, parcialmente envolvido por páleas
membranosas (CARDOSO, 1997).
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.2. Jambu (Spilanthes oleracea)

-Variedades comerciais
-Jambu Branco ou Jambuarana, Verde-Escuro. Cultivar Nazaré.
-Importância econômica
-Indispensável pratos tradicionais.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:

2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.2. Jambu (Spilanthes oleracea)
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.2. Jambu (Spilanthes oleracea)
-Clima e solo
Clima quente e úmido, tº média anual em torno de 25,9 ºC, precipitação de 2.761
mm e UR ar em torno de 80%.
Argilo-arenosos e ricos em M.O.. Solos de várzea, quando bem drenados.
-PREPARO DE MUDAS
SEMENTES: Colher de plantas sadias. Evitar produzí-Ias na época chuvosa –
[retém muita umidade, ação de microorganismos]  perdas consideráveis.
1 g sementes de jambu com impurezas (palha) = 2.000 sementes;
1 g sementes limpas (Iivre de impurezas) = 5.000 sementes.
-PREPARO DA SEMENTEIRA
Canteiros: 1 m L x C variável  qde. sementes. Substrato: terra preta e esterco
(3:1). Altura sementeira: 0,1 m e coberta palhas palmeiras; altura 0,5 a 1,0 m.
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2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.2. Jambu (Spilanthes oleracea)

SEMEADURA
Sulcos: 5 cm prof, no sentido do comprimento do canteiro, distanciadas 50 cm.
Germinação a partir 4º dia após a semeadura, estabilizando-se ao 8º dia. Desbaste:
plântulas com duas folhas definitivas.

TRANSPLANTE DAS MUDAS PARA OS CANTEIROS


Preparo dos canteiros
-Terreno limpo e, no levantamento, 1,0 m L e C variável.
-Adubação dos canteiros
Principal orgânico: 8 kg esterco curral ou 3 kg de galinha por m2, bem curtido.
-Transplantio
Mudas com quatro a seis folhas definitivas; espaçamento: 25 cm x 25 cm.
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2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.2. Jambu (Spilanthes oleracea)

TRATOS CULTURAIS NO CANTEIRO


IRRIGACAO
Exigente água. Irrigação por aspersao, na época seca, 2x ao dia; primeiras h manhã
e final tarde.
ADUBACAO
Adubações foliares, semanalmente, com uréia a 0,1%.
COBERTURA DO SOLO
Cobrir o solo com uma camada fina de casca de arroz após o transplantio.
CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS
Pragas
Grilos e paquinhas: causam tombamento das mudas no campo.
Controle: fórmula de isca: 1 kg farelo trigo; 100 g inseticida (Triclofon, Carbaril ou
Malathion); 100 g açúcar ou melaço e ½ L H2O. Misturar; açúcar e água. Misturar
até formação massa moldada. Aplicar as iscas, pedaços de 10 a 20 g/m2.
OLERICULTURA
2. Implantação e Condução de Cultivos de Hortaliças
2.2. Planejamento da Horta
2.2.8. Implantação, condução e operação pós-colheita de hortaliças das famílias:
2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.2. Jambu (Spilanthes oleracea)

TRATOS CULTURAIS NO CANTEIRO


Lagartas: sérios danos atacando as folhas das plantas adultas.
Controle: Decis a 1 % PC.

Doenças
Ferrugem (Puccinia spilanthes):
Inicialmente pelo aparecimento pequenas lesões amarelo-esbranquicadas face
inferior folhas. Expandem-se até formarem pústulas marrom-avermelhada (cor
de ferrugem) em ambas as faces.
Controle: fase inicial com Triadimefon (Bayleton), na concentracao 0,1% PC.
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2.2.8.1. Asteraceae
2.2.8.1.2. Jambu (Spilanthes oleracea)

Doenças
Carvão: Thecaphora spilanthes, Freire & K. Vanky, e caracteriza-se pela presenca
de galhas distribuidas ao longo dos caules, algumas vezes sobre os pecíolos e
folhas, e em ataques severos nas inflorescéncias.

Controle: pulverizações preventivas uma vez por semana, durante 3 semanas com o
fungicida oxicloreto de cobre óxido cuproso – 2 g PC/L H2O.

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