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Direitos de Cidadania da Pessoa com Deficiência

AVALIAÇÃO FINAL

 Descrever um problema real de inclusão

Em nossas escolas há várias inclusões e todas elas nos preocupam, porém o que está mais nos
afligindo é a falta de inclusão social, aquela provocada por preconceitos e estereótipos
internalizados no imaginário coletivo, afetando as crianças de uma maneira negativa, levando-as
a depressão e até pensarem em suicídio. É o caso do menino obeso, que é o último a ser
escolhido para um time, é a menina que não tem condições de ter a roupa da moda, o baixinho,
o alto demais, o estranho, a criança desengonçada, e muitos outros casos que viram motivo de
chacota dos demais. Enfim, todos nós temos em nossa escola algum caso como este, que
frequentemente é motivo também para o “bullying”. Estas crianças/adolescentes sofrem
preconceitos que vão marcá-las pelo resto de suas vidas e frequentemente são alvo de violência
física e mental. Daí nossa preocupação.

Ao lidar com essas crianças/adolescentes percebemos que, sem motivo aparente, apresentam
rendimento baixo, se recusam a participar de algumas atividades por verdadeiro “terror” de
encará-las, algumas delas perdem o interesse pela vida e apresentam muita dificuldade em
pertencer a um grupo.

Em nossas discussões, percebemos que em nossas escolas este problema é real e constante,
então resolvemos descrevê-lo de forma geral.

 Apresentar um pano de fundo para isso com referencial teórico.

A escritora Rosita Rosita Edler Carvalho em seu artigo “Educação inclusiva: do que estamos
falando?”, na Revista Educação Especial, comenta que pela declaração de Salamanca, “fica
ressaltada que a proposta de educação inclusiva não é específica para alunos e alunas com
necessidades educacionais especiais ou outro termo que se escolha. Como processo contínuo,
dialético e complexo diz respeito a qualquer aluno que, por direito de cidadania, deve
frequentar escolas de boa qualidade, onde aprenda a aprender, a fazer, a ser e onde participe,
ativamente...”

O princípio geral é o da igualdade de direitos a oportunidades, isto é, ao direito igual de cada um


de ingressar na escola e, nela, exercitar sua cidadania, aprendendo e participando.

“Lendo o texto da Declaração, parece não haver dúvidas de que os sujeitos da inclusão são
todos: os que nunca estiveram em escolas, os que lá estão e experimentam discriminações, os
que não recebem as respostas educativas que atendam às suas necessidades, os que enfrentam
barreiras para a aprendizagem e para a participação, os que são vítimas das práticas elitistas e
injustas de nossa sociedade ...”
 Encaminhamentos para o problema e possíveis soluções.

A solução para o problema está na transformação da escola, ou seja, a escola deve adotar meios
que viabilizem o acolhimento de todas as crianças diferentes, principalmente aquelas com
dificuldade de integração societal, eliminando todo o discurso racista, preconceituoso referentes
a gênero, etnia, condição social ou aparência física, desenvolvendo práticas pedagógicas
verdadeiramente inclusivas, de modo a atender a todos e a cada um, uma escola comprometida
com a ética e compromisso social. Para que isso aconteça é imprescindível que:

A gestão da escola, seus professores e a comunidade façam esforço conjunto para que a
escola seja espaço que privilegie valores e que minimize a situação da criança estar
presente, porém excluída;

Viabilize projetos constantes que incentivem o protagonismo e a autonomia, voltados a


descobrir o talento de cada um, que proponha a mudança de conceitos, de forma afetiva
para tornar a escola espaço onde todos consigam conviver de forma adequada com todos;

Toda a escola, gestores, professores, funcionários, família e comunidade estejam unidos


para torná-la espaço agradável, onde todos se sintam acolhidos e participantes;

Se promova contato estreito com a família e comunidade pois isso facilita a detecção dos
problemas e ajuda a entendê-los para melhor lidar com eles;

Desenvolva olhar atento para detectar essas inclusões, que muitas vezes passam
desapercebidas até mesmo para os professores;

Analisemos nossas próprias atitudes frente à diferença, pois a transformação deve se iniciar
a partir de nós mesmos;

Toda ajuda é necessária e, dependendo dos casos detectados procurar parcerias com
Ongs”, órgãos públicos, serviço social e universidades para obter recursos humanos,
orientações e tratamentos específicos (fonoaudiólogos, dentistas, oftalmologistas,
endocrinologista, psicólogos, neurologistas).

. Avaliação do curso

Temos participado de diversos cursos, alguns muito necessários, mas entediantes. Algumas
vezes, o palestrante é cansativo gerando mais bocejos e espiadas no relógio do que o próprio
conhecimento, outras vezes o palestrante se esforça, mas o assunto, mesmo necessário é
entediante. O curso “Direitos de Cidadania da Pessoa com Deficiência” nos surpreendeu, pois a
cada aula ia se tornando mais e mais interessante e de repente nos vimos comentando e
discutindo com entusiasmo os assuntos abordados com outras pessoas, fora do curso. As duas
horas de aula de cada encontro passavam rapidamente, tempo precioso em que tivemos a
oportunidade de refletir sobre problemas reais no nosso cotidiano com a explanação simples,
agradável e direta do professor Dr. Roberto Gimenez. Resumindo: Há muito tempo que um
curso não pretendia tanto a atenção. Agradecemos à Escola do Parlamento e especialmente ao
professor, que tão agradavelmente conduziu todo esse percurso

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