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MARIO AVELINO

Harmonia no Emprego
Doméstico –
Conflitos e Soluções

Como resolver conflitos entre empregados e


empregadores domésticos
Copyright by © Mario Avelino, 2019 Direito desta edição Doméstica Legal 2019

Coordenação Editorial
Mario Avelino

Revisão
Rodrigo Costa

Capa e Diagramação
Gustavo Pereira

Nenhuma parte desta publicação pode ser gravada, armazenada em sistema eletrônico,
fotocopiada, reproduzida por meios mecânicos ou outros meios quaisquer.
INTRODUÇÃO

O dia a dia da relação entre empregados domésticos e seus


empregadores tem seus conflitos, mas todos apresentam
potencialmente, alguma solução que só depende da boa vontade de ambas
as partes.
O objetivo deste livro é mostrar os principais conflitos existentes
entre empregados domésticos e patrões, e vice-versa, e como resolvê-los
para que haja uma relação duradoura e harmônica.
Mostrar também os conflitos e soluções na relação de diaristas e
seus contratantes.
O emprego doméstico é regido desde 1/06/2015 pela Lei
Complementar 150, que deu ao empregado doméstico todos os direitos
de um trabalhador que trabalha em uma empresa no regime da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
O único direito que o empregado doméstico não tem, é o Abono
do PIS, e o Seguro Desemprego em vez de ser em cinco parcelas pela
média salarial, é de três parcelas sempre de um salário mínimo federal,
que em 2019 é de R$ 998,00.
Em novembro de 2017, começou a vigorar a Reforma Trabalhista
que também afetou o emprego doméstico. Na Cartilha,” Os impactos
da Reforma Trabalhista no emprego doméstico”, você encontra
todas as mudanças. A Cartilha pode ser baixada gratuitamente, clique aqui.
Com tudo isso, é natural haver muitos conflitos por uma cultura
secular de informalidade, e de muitas mudanças na Lei do emprego
doméstico.
SUMÁRIO

1 CONFLITOS GERADOS PELO EMPREGADO DOMÉSTICO8


1.1 Quebra de confiança ................................................................... 8
1.2 O empregado doméstico não quer entregar a carteira
para assinar ........................................................................................... 8
1.3 O empregado não cumpre o horário de trabalho ............... 8
1.4 O empregado não está fazendo o serviço da melhor
forma...................................................................................................... 9
1.5 O empregado não quer fazer determinados serviços
domésticos ........................................................................................... 9
1.6 O empregado usa muito o telefone, faz interurbano, ou
está dando prejuízo .......................................................................... 10
1.7 O empregado não quer assinar o livro de ponto, ou folha
de ponto, ou outro meio determinado pelo empregador para
controle do horário ......................................................................... 10
2 CONFLITOS GERADOS PELO EMPREGADOR DOMÉSTICO 12
2.1 Não assinar a carteira de trabalho......................................... 12
2.2 O empregador não recolhe do empregado os recibos de
pagamento assinados........................................................................ 12
2.3 Não respeitar o horário de trabalho .................................... 13
2.4 Não respeitar o descanso semanal remunerado, que
normalmente é aos domingos e feriados .................................... 13
2.5 Descontar o INSS e não recolher ......................................... 13
2.6 Não pagar o vale transporte ................................................... 13
2.7 Pegar a carteira de trabalho e não devolver ....................... 14
2.8 Assédio sexual ou assédio moral ........................................... 14
2.9 Não recolher o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
– FGTS................................................................................................. 14
3 ARMADILHAS PARA O EMPREGADOR DOMÉSTICO .............. 15
3.1 Pagar férias de vinte dias úteis em vez de trinta dias
corridos ............................................................................................... 15
3.2 Pagar a cota do INSS de responsabilidade do empregado
............................................................................................................... 16
3.3 Não descontar o vale transporte de 6% sobre o salário do
empregado;......................................................................................... 16
3.4 Não verificar se o empregado doméstico, no caso do
homem, tem que pagar pensão alimentícia................................. 16
3.5 Caseiros e suas esposas ........................................................... 17
3.6 Data de assinatura dos recibos de férias.............................. 17
3.7 Data de assinatura no recibo de 13º salário........................ 17
3.8 Pagamento dos dias de afastamento por doença ............... 18
3.9 Pagamento de 13º salário no caso de afastamento por
licença-maternidade ......................................................................... 18
3.10 Não dar folga em dias de feriado......................................... 18
3.12 Descontar telefonemas ou prejuízos causados sem estar
especificado no contrato de trabalho .......................................... 18
3.13 Usar o empregado para prestar serviço na casa de
parentes .............................................................................................. 19
3.14 Não pegar declaração de não uso de vale transporte na
admissão do empregado ................................................................. 19
3.15 Não pegar declaração de entrega da carteira de trabalho
............................................................................................................... 19
3.16 Entregar o valor dos 12% de INSS para o empregado
recolher o INSS e não ficar com a cópia do recolhimento .... 19
3.17 Usar o empregado para fazer trabalhos na empresa do
empregador doméstico que tem fins lucrativos ........................ 20
3.18 Ter um caseiro em uma casa ou sítio que traz lucro para
o empregador .................................................................................... 20
3.19 Permitir que o empregado traga seus filhos para ajudar
no trabalho doméstico .................................................................... 20
3.20 Salário-mínimo menor que o mínimo por lei.................... 20
3.21 Empregado de férias que continua a prestar
serviços ............................................................................................. 21
3.22 Empregado de folga prestando serviços ............................ 21
3.23 Jornada de trabalho ................................................................. 21
3.24 Não ter recibos de pagamento assinados.......................... 21
3.25 Não documentar os benefícios dados ................................ 21
3.26 Pagamento de parte do salário em carteira, normal-
mente o salário-mínimo, e parte por fora .................................. 22
3.27 Não fazer o exame médico admissional ............................ 22
3.28 Fazer uma ficha de admissão com todos os dados,
documentação, endereço, referências, telefone de contato,
experiência anterior, e depois conferir os dados ..................... 22
3.29 Investigar se o empregado tem alguma ação contra ex-
empregadores .................................................................................... 23
3.30 Quando há erro no pagamento, normalmente copia-se
um recibo do outro sem observar se houve mudança na
tabela de INSS.................................................................................... 23
3.31 Mudança na tabela de INSS ................................................... 23
3.32 Mudança na tabela de Imposto de Renda ......................... 24
3.33 Atualização errada da carteira de trabalho ....................... 25
3.34 Quando motorista, cuidados especiais com contrato de
trabalho adequado ............................................................................ 25
3.35 Admissão, falta de contrato de trabalho ou experiência,
declaração de entrega da carteira de trabalho, declaração de
uso ou não uso de vale-transporte, preenchimento da carteira
de trabalho ......................................................................................... 25
3.36 O empregado se recusa a entregar a carteira de
trabalho ............................................................................................. 25
4 LIVRO “EMPREGO DOMÉSTICO – COMO GASTAR MENOS
DENTRO DA LEI” ............................................................................... 27
5 INSTITUTO DOMÉSTICA LEGAL ..................................................... 28
5.1 Campanha de abaixo assinado “Mais formalidade no
emprego doméstico” ....................................................................... 28
5.2 Campanha de abaixo assinado “Legalize sua doméstica e
pague menos imposto de renda” .................................................. 30
6 – OUTRAS OBRAS DO AUTOR ....................................................... 33
6.1 – Emprego doméstico ............................................................... 33
6.2 – FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO .. 36
1 CONFLITOS GERADOS PELO EMPREGADO
DOMÉSTICO

1.1 Quebra de confiança

A base do emprego doméstico é a confiança. Em geral, as


condições de trabalho incluem a entrega, por parte do empregador, ao
seu empregado doméstico, da chave de sua casa, seus bens, o cuidado
de seus filhos ou de um ente querido. Se a confiança mútua se quebrar,
a melhor solução é dispensar o empregado e contratar outro.

1.2 O empregado doméstico não quer entregar a


carteira para assinar

O empregador doméstico deve dar uma advertência por


escrito, dando um prazo de cinco dias. Se o empregado não trouxer a
carteira, o empregador deve demiti-lo, pois há alto risco de que o
empregado esteja agindo de má-fé e pretenda entrar com ação na
justiça contra seu empregador.
Outro procedimento possível é seguir o rito legal, que
consiste em o empregador dar uma segunda carta de advertência ao
seu empregado, seguida de uma suspensão e, finalmente, demiti-lo
por justa causa. Esta solução é trabalhosa e desgastante. É o que eu
chamo de “dormir com o inimigo”, e não vale a pena.
Observação: o empregador doméstico tem até 24 horas para
assinar a carteira de trabalho do seu empregado, a contar do início
do trabalho. Muitos empregadores acham que a carteira tem que ser
assinada após o contrato de experiência. ESTÁ ERRADO! Tem que ser
a partir do primeiro de trabalho.

1.3 O empregado não cumpre o horário de trabalho


Em primeiro lugar, o empregador deve conversar com o
empregado para saber o motivo. Se este não for justificável, a
providência correta é dar uma advertência verbal. Se o comportamento
persistir, o empregador deve dar uma advertência por escrito. Caso
essas medidas não resolvam, a melhor solução é a demissão, pois não
vale a pena ter essa dor de cabeça.

1.4 O empregado não está fazendo o serviço da


melhor forma

A primeira providência é saber qual é o problema. Pode ser


que a solução seja a de o empregador investir no seu empregado,
colocando-o num curso de qualificação ou ensinando adequada- mente
o serviço. Caso não resolva, é melhor o empregador pro- curar outro
profissional.

1.5 O empregado não quer fazer determinados


serviços domésticos

Um primeiro cuidado que o empregador deve ter, no


momento de admissão, é o de especificar, no contrato de trabalho, as
tarefas do empregado, inclusive aquelas consideradas adicionais. O que
se combina entre as partes tem que ser cumprido. Se uma nova tarefa
aparecer no decorrer do contrato, deve-se acordar com o empregado
e, dependendo da tarefa, colocar na carteira de trabalho em anotações
gerais.
1.6 O empregado usa muito o telefone, faz
interurbano, ou está dando prejuízo

Na admissão é importante que o contrato de trabalho tenha


cláusula que permita ao empregador fazer os descontos em
determinadas situações, como a sugerida abaixo:
“O empregado autoriza o empregador a efetuar os seguintes descontos em
seu salário: telefonemas particulares, desde que possam ser demonstra- dos
os valores e que tenham sido originados pelo empregado; danos causa- dos
aos pertences do empregador tais como copos e pratos quebrados pela falta
de cuidado, camisas queimadas ou rasgadas pela falta de cuidado; no caso
de motorista, multa por descumprimento da legislação de trânsito e danos
causados ao veículo pelo mau uso do instrumento de trabalho.”

1.7 O empregado não quer assinar o livro de ponto,


ou folha de ponto, ou outro meio determinado pelo
empregador para controle do horário

Neste caso, o empregador deve entregar ao empregado uma


carta de advertência comunicando o fato.
A nova Lei do emprego doméstico obriga que o empregador
tenha um Controle de Ponto. Se o problema persistir, o empregador
deve entregar uma segunda carta de advertência. Se continuar, o
empregador deve entregar uma carta de sus- pensão, que pode motivar,
inclusive, a demissão do empregado por justa causa.
O fato de o empregador não ter um controle de ponto pode,
no futuro, gerar uma ação trabalhista pelo empregado reclamando o
pagamento de horas extras e até adicional noturno. Caso não possua
contrato, é importante que o empregador providencie um,
imediatamente, que defina salário, cargo e data de admissão do
empregado ou, em último caso, faça um termo em que o empregado
aceite que sejam descontadas despesas e prejuízos gerados.
2 CONFLITOS GERADOS PELO EMPREGADOR
DOMÉSTICO

Muitos conflitos são gerados pelo empregador que não assina a


carteira de trabalho, não cumpre suas obrigações e não respeita o
empregado doméstico.
Em todos os casos citados, o empregado deve primeiro
conversar com o empregador, para mostrar as vantagens e as
desvantagens de manter este procedimento.
Se o empregador não quiser mudar, a melhor opção é pro- curar
outro emprego, no qual o empregador trate o trabalhador com
dignidade e respeito.

2.1 Não assinar a carteira de trabalho

Este é o principal fator gerador de conflitos no emprego


doméstico e uma situação vulnerável para ambas as partes – para o
empregado, porque não tem seus direitos trabalhistas reconhecidos
e respeitados, e para o empregador, que fica na constante insegurança
de ser acionado pela Justiça do Trabalho, com uma ação trabalhista,
ou pagar multa por denúncia movida pelo empregado. A melhor
solução é assinar a carteira o mais rápido possível, com data retroativa
à admissão real.

2.2 O empregador não recolhe do empregado os


recibos de pagamento assinados

Existem empregadores que têm empregado(s) há muitos


anos e nunca recolheram dele(s) recibos assinados que comprovam os
pagamentos realizados.
Apesar das boas relações e da confiança mútua que, em geral, se
estabelecem nesses relacionamentos duradouros, não se deve
esquecer de que eles envolvem uma relação de trabalho, com de- veres
e responsabilidades de ambas as partes. Assim, a melhor medida é
começar a recolher os recibos, todo o mês e providenciar todos os
recibos anteriores.

2.3 Não respeitar o horário de trabalho

Essa situação é motivadora de ação trabalhista do empregado


doméstico contra seu empregador, no caso do empregado pedir
demissão ou ser demitido.

2.4 Não respeitar o descanso semanal remunerado,


que normalmente é aos domingos e feriados

Essa situação é motivadora de ação trabalhista do empregado


doméstico contra seu empregador, no caso do empregado pedir
demissão ou ser demitido.

2.5 Descontar o INSS e não recolher

Este caso é caracterizado como apropriação indébita e,


inclusive, dá cadeia para o empregador doméstico. Além disso, uma
situação é motivadora de ação trabalhista do empregado doméstico
contra seu empregador, no caso do empregado pedir demissão ou ser
demitido.

2.6 Não pagar o vale transporte

Essa situação é motivadora de ação trabalhista do empregado


doméstico contra seu empregador, no caso do empregado pedir
demissão ou ser demitido.
2.7 Pegar a carteira de trabalho e não devolver

Essa situação é motivadora de ação trabalhista do


empregado doméstico contra seu empregador, no caso do empregado
pedir demissão ou ser demitido.

2.8 Assédio sexual ou assédio moral


Assédio sexual é crime no Brasil. Em 15 de maio de 2001,
entrou em vigor a Lei nº 10.224, que acrescentou ao Código Penal o
artigo 216-A, que caracteriza o assédio sexual como crime que sujeita
seu autor à pena de detenção de um a dois anos:

Lei nº 10.224, de 2011: art. 216-A: Assédio sexual

Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter


vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da
sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao
exercício de emprego, cargo ou função. (AC)Pena – detenção, de
1 (um) a 2 (dois) anos. (AC).

2.9 Não recolher o Fundo de Garantia do Tempo de


Serviço – FGTS

Se esta situação persistir por muito tempo poderá até dar o


motivo ao empregado de pedir demissão POR JUSTA CAUSA contra
o empregador doméstico.
3 ARMADILHAS PARA O EMPREGADOR
DOMÉSTICO
A cada dia aumenta mais o número de ações trabalhistas de
ex-empregados domésticos e diaristas contra seus ex-patrões ou
contratantes que assinaram suas carteiras de trabalho, que não
cumpriram com suas obrigações ou não exigiram que seus em-
pregados cumprissem com as suas, tais como assinar os recibos de
pagamento.
A obsolescência de alguns dos dispositivos da Lei nº 5.859, de
1972, que rege o emprego doméstico, editada há mais de 42 anos e,
em alguns casos, o desconhecimento da legislação, podem expor o
empregador doméstico a algumas inseguranças jurídicas, que por vezes
se transformam em verdadeiras “armadilhas”. As mais comuns são as
seguintes:

3.1 Pagar férias de vinte dias úteis em vez de trinta


dias corridos

As férias do doméstico são de trinta dias com mais 1/3 de abo-


no, conforme art. 3º da Lei nº 5.859, de 1972, alterada pela Lei nº
11.324, de 2006:

Art. 3º. O empregado doméstico terá direito a férias anuais


remuneradas de 30 (trinta) dias com, pelo menos, 1/3 (um terço)
a mais que o salário normal, após cada período de 12 (doze)
meses de trabalho, prestado à mesma pessoa ou família.

No caso do empregador não respeitar os trinta dias corridos,


pode ser condenado a pagar a diferença dos dias.
3.2 Pagar a cota do INSS de responsabilidade do
empregado

O empregador é livre para pagar a cota do INSS de seu em-


pregado. Quando faz isso, está, inclusive, beneficiando o seu
empregado. Mas, para não ter surpresas futuras, é importante
registrar, no recebido do pagamento do empregado o desconto da
cota do INSS que foi paga.
Essa providência pode evitar que, na eventualidade de uma
ação judicial, o valor do pagamento da cota do empregado no INSS
seja considerado como um benefício contínuo e, como tal,
considerado salário in natura. Nesse caso, o valor relativo ao
pagamento pode ser adicionado ao salário, para efeito de cálculo
rescisório, junto a outras parcelas, como férias, 13º salário, aviso-
prévio etc.
Assim, para evitar tal interpretação do salário in natura, é
recomendável que o empregador faça constar o desconto da
contribuição devida ao INSS no recibo de pagamento do empregado
doméstico.

3.3 Não descontar o vale transporte de 6% sobre o


salário do empregado

Ocorre, com esse caso, a mesma situação comentada no item acima;

3.4 Não verificar se o empregado doméstico, no caso


do homem, tem que pagar pensão alimentícia;

É obrigação do empregador doméstico descontar o valor da


pensão alimentícia do empregado e repassá-la para a pensionista.
Caso isso não ocorra, ele pode ser responsabilizado pelo não
pagamento da pensão, tendo assim negligenciado uma determinação
judicial.

3.5 Caseiros e suas esposas

É muito comum a esposa do caseiro prestar serviços à


residência do empregador, como limpar a casa. Nesses casos, é
recomendável pagar uma diária à esposa do caseiro sempre que precisar
desse tipo de serviço, e obter o recibo assinado do pagamento,
evitando-se a possibilidade de sofrer eventual ação trabalhista, exigindo
vínculo empregatício com direito a salário, férias, 13º salário, INSS etc.

3.6 Data de assinatura dos recibos de férias

O empregador deve emitir aviso de férias para seu emprega-


do doméstico, com data de assinatura sempre 30 dias antes do início
das férias. A data do recibo deve ser de, no máximo, dois dias antes do
empregado iniciar as férias.
Uma data posterior pode gerar motivo para o empregado
alegar que a lei foi descumprida e fazer uma denúncia, o que pode gerar
uma multa para o empregador doméstico.

3.7 Data de assinatura no recibo de 13º salário

A primeira parcela do 13º salário deve ser paga ao empregado


até o dia 30 de novembro de cada ano, e a segunda até o dia 20 de
dezembro.
O pagamento em data posterior pode gerar um motivo para
alegar descumprimento da lei e fazer uma denúncia, o que pode gerar
uma multa para o empregador doméstico.
3.8 Pagamento dos dias de afastamento por doença

Na eventualidade do empregado ter que faltar o serviço por


motivo de doença, o INSS paga o salário desde o primeiro dia de
afastamento. Para se ter o benefício, o empregado precisa ter no
mínimo 12 meses de contribuição ao INSS.
Muitos empregadores pagam o salário indevidamente.

3.9 Pagamento de 13º salário no caso de afastamento


por licença-maternidade

Quem paga os 4/12 avos (4 meses de afastamento) do 13º


salário é o INSS. Exemplo: um empregado que recebe R$ 1.200,00 por
mês, no final do ano dever-se-á pagar R$ 800,00, equivalentes a oito
meses, e o INSS deverá pagar R$ 400,00, equivalentes aos quatro meses
de afastamento.

3.10 Não dar folga em dias de feriado

O empregado doméstico tem direito a descansar nos dias de


feriado, seja municipal (no município que ele trabalha), estadual ou
nacional.

3.11 Levar o empregado nos fins de semana para casa


de praia ou de campo e fazê-lo trabalhar

Em uma ação trabalhista, esses dias podem ser cobrados. A


solução é combinar com o empregado e pagar um dia adicional, com
recibo.

3.12 Descontar telefonemas ou prejuízos causados


sem estar especificado no contrato de trabalho
É importante que no contrato de trabalho tenha uma cláusula
que preveja o desconto do prejuízo nessas situações, pois em uma ação
trabalhista o juiz pode determinar a devolução destes descontos.

3.13 Usar o empregado para prestar serviço na casa


de parentes

Nesse caso, ele terá direito a um outro salário pelo novo


contratante. A solução é ele ser diarista na outra casa e receber como
tal.

3.14 Não pegar declaração de não uso de vale


transporte na admissão do empregado

Em ação trabalhista futura, pode ser alegado que o emprega-


dor não pagou o vale-transporte e forçou o empregado a dizer que não
precisava.

3.15 Não pegar declaração de entrega da carteira de


trabalho

O empregado pode alegar na ação judicial que o empregador


se apropriou de sua carteira de trabalho e não a devolveu, fazendo uma
denúncia, o que pode gerar uma multa para o empregador doméstico.

3.16 Entregar o valor dos 12% de INSS para o


empregado recolher o INSS e não ficar com a cópia
do recolhimento

É recomendável que o próprio empregador faça o recolhi-


mento em uma Guia de Recolhimento (GPS) ou no próprio carnê de
recolhimento do INSS, e guarde uma cópia autenticada do mesmo.
Esse procedimento pode evitar que o empregado não recolha o INSS
e, em uma eventual ação judicial, alegue que o empregador não o
recolhia.
A partir de outubro de 2015, o recolhimento passará a ser
pela a Guia DAE, um documento único que identifica o empregador e
o empregado domésticos, não havendo mais esta situação.

3.17 Usar o empregado para fazer trabalhos na


empresa do empregador doméstico que tem fins
lucrativos

Neste caso, devem ser dados os direitos da CLT para o em-


pregado doméstico, além de um novo salário, pois este vai alegar que
trabalhava em dois lugares.

3.18 Ter um caseiro em uma casa ou sítio que traz


lucro para o empregador

Essa situação dá ao trabalhador todos os direitos de um em-


pregado CLT, uma vez que é condição básica do emprego doméstico
não ter fins lucrativos.

3.19 Permitir que o empregado traga seus filhos para


ajudar no trabalho doméstico

Os filhos terão direito a vínculo empregatício. Como


consequência, salário, férias, 13º salário, recolhimento de INSS,
carteira de trabalho e até diárias. Caso o filho seja menor de 18 anos,
pode gerar multa para o empregador doméstico.

3.20 Salário-mínimo menor que o mínimo por lei

Pagar o salário abaixo do mínimo estabelecido por lei,


principalmente em estados onde exista salário-mínimo para o
empregado doméstico, como é o caso do Paraná, do Rio de Janeiro, do
Rio Grande do Sul e de São Paulo pode levar o empregador a ser
condenado a pagar a diferença de todos os meses, com incidência nas
férias, no 13º salário e no recolhimento do INSS.

3.21 Empregado de férias que continua a


prestar serviços

Pela Lei isso é proibido e gera pagamento em dobro. A sugestão é


comprar apenas 1/3 dos dias de férias como abono pecuniário,
normalmente dez dias de férias.

3.22 Empregado de folga prestando serviços

Essa também é uma situação muito comum, especialmente


quando ele mora no emprego. A sugestão é deixar bem claro para o
empregado que aquele dia é de descanso, devendo ser respeitado.

3.23 Jornada de trabalho

É fundamental que se estabeleça a jornada de trabalho no


contrato, uma vez que garante o sossego do empregador e do
empregado. A jornada máxima são de 8 (oito) horas diárias e 44 horas
semanais.

3.24 Não ter recibos de pagamento assinados

O empregador não terá prova de que pagou o salário, férias,


13º salário, vale-transporte etc., ficando totalmente vulnerável em uma
ação trabalhista. É importante guardar os recibos assinados e, caso
não os tenha, providenciar os anteriores, com a assinatura de seu
empregado.

3.25 Não documentar os benefícios dados


Um exemplo é a entrega mensal, pelo empregador ao seu em-
pregado, de uma cesta básica de alimentos. É importante fazer um recibo
de tudo que o empregador der ao empregado, para evitar o famoso
salário in natura.

3.26 Pagamento de parte do salário em carteira,


normal- mente o salário-mínimo, e parte por fora

Esse tipo de atitude é fatal. Normalmente o empregador é


condenado a pagar 13º salário, férias, recolher o INSS, inclusive a parte
do empregado sobre o “caixa 2”.
A economia obtida com esse procedimento é muita pequena
em razão de ser sobre o percentual devido ao INSS.
Não vale a pena fazer isso. Além de prejudicar o empregado
na hora da aposentadoria ou de receber um benefício do INSS,
prejudica no saldo do FGTS.

3.27 Não fazer o exame médico admissional

Solicitar o exame médico admissional é uma opção do em-


pregador doméstico que, caso o deseje, deve pagá-lo. O objetivo é
prevenir o empregador e o empregado sobre alguma doença que o
impossibilite de exercer as atividades para as quais foi contratado, ou
agravar uma doença que irá gerar afastamento do trabalho.

3.28 Fazer uma ficha de admissão com todos os


dados, documentação, endereço, referências,
telefone de contato, experiência anterior, e depois
conferir os dados

É importante estar prevenido para qualquer eventualidade


como, por exemplo, se o empregado desaparecer. Muitos
empregadores não sabem o endereço de seu empregado. Veja no anexo
o formulário de Modelo de Ficha de Admissão.
3.29 Investigar se o empregado tem alguma ação
contra ex-empregadores

Essa providência pode ajudar o empregador averiguar quais os


motivos da ação, com o empregado e, eventualmente, com o ex-
empregador. É um cuidado que evita cometer injustiças e problemas
futuros.

3.30 Quando há erro no pagamento, normalmente


copia-se um recibo do outro sem observar se houve
mudança na tabela de INSS

Pagamento errado significa pagar dobrado, ou dar motivos


para reclamações e dores de cabeça futuras.

3.31 Mudança na tabela de INSS

Recolhimento errado do INSS, pagamento de multa, juros e


correção monetária, calculados diretamente pelo eSocial na emissão
da DAE – Documento de Arrecadação do eSocial. A tabela em vigor
no ano de 2019 é:

Percentual a Percentual de
Faixa de salário descontar do contribuição do Total a ser
empregado empregador recolhido
doméstico doméstico
8% 8% 16%
Até R$ 1.751,81

De R$ 1.751,82 9% 8% 18%
a R$ 2.919,72
De R$ 2919,73 11% 8% 19%
a R$ 5.839,45
Observação: no ano de 2019, R$ 5.839,45 é o teto máximo de salário
para desconto do INSS do empregado e do empregador doméstico.
Exemplo: para um empregado doméstico que ganhe R$ 7.000,00 por
mês, tem-se:

• Desconto do empregado doméstico = R$ 642,34 (11%);


• Contribuição do empregador doméstico = R$ 467,15 (8%);
• Total do recolhimento = R$ 1.109,49(19%).

3.32 Mudança na tabela de Imposto de Renda

É raro o empregado doméstico ganhar mais de R$ 1.868,22


por mês (ano-base: 2019), mas se ganhar, pode haver desconto de
Imposto de Renda na fonte pagadora, recolhimento errado do INSS,
pagamento de multa, juros e correção monetária. A tabela em vigor
em 2019 é:

Base de cálculo mensal Alíquota Parcela a deduzir


do IR
Até R$1.903,98 Isento -
De R$1.903,99 a R$ 2.826,65 7,5% R$ 142,80
De R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05 15% R$ 354,80
De R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 22,5% R$ 630,09
Acima de R$ 4.464,68 27,5% R$ 863,33

Observações:

• Valor a deduzir por dependente = R$ 189,59;


• Valor a deduzir para empregados com 65 ou mais = R$
1.903,98;
• Valor mínimo a ser recolhido no mês é de R$ 10,00;
• O Portal Doméstica Legal faz o cálculo do Imposto de Renda
automaticamente.

3.33 Atualização errada da carteira de trabalho

Isso pode gerar margem para problemas futuros para o em-


pregador, e até para o empregado, em caso de comprovação para
aposentadoria e outras situações. A carteira deve sempre ser atualizada
quando ocorrer qualquer mudança como férias, afastamentos, aumento
de salário etc. Caso, a carteira não esteja atualizada, isso pode gerar
multa para o empregador doméstico. Veja a Lei 12.964 de 8/04/2014 no
Anexo 2.

3.34 Quando motorista, cuidados especiais com


contrato de trabalho adequado

Situações em que ocorra multa de trânsito, acidente com o


veículo etc., deve haver no contrato de trabalho uma cláusula especial
que preveja a responsabilidade do motorista e o pagamento pelos
prejuízos causados.

3.35 Admissão, falta de contrato de trabalho ou


experiência, declaração de entrega da carteira de
trabalho, declaração de uso ou não uso de vale-
transporte, preenchimento da carteira de trabalho

Tudo isso tem que ser feito no ato da admissão para evitar falta
de documentos e outros transtornos já citados.

3.36 O empregado se recusa a entregar a


carteira de trabalho

Nunca o admita sem assinar a carteira de trabalho. Se você


insistir e o empregado continua a se recusar, é melhor demiti-lo, pois
com certeza ele irá entrar com uma ação na justiça quando sair do
emprego. Neste caso, faça o cadastro no eSocial, recolhendo todos os
impostos, e fazendo uma rescisão oficial, além de fazer uma Declaração
que o empregado não entregou a Carteira de Trabalho, com assinatura
de testemunhas para sua segurança.
4 LIVRO “EMPREGO DOMÉSTICO – COMO
GASTAR MENOS DENTRO DA LEI”

Este livro pode ser baixado gratuitamente em:


https://promo.domesticalegal.com.br/e-book-como-gastar-menos-
no-emprego-domestico.
Neste livro o empregador e o empregado doméstco aprenderá:
1 – O que é um empregado doméstico;
2 – O que é um empregador doméstico;
3 – O que é uma diarista;
4 – o que é mais barato, ter uma empregada Doméstica ou uma
diarista?;
5 – O custo de um empregado doméstico versus um empregado
fora da lei;
6 – Multas no emprego doméstico;
7 – Ações trabalhistas;
7 – Como regularizar um empregado doméstico que estava na
informalidade. E muito mais.
5 INSTITUTO DOMÉSTICA LEGAL

O Instituto Doméstica Legal é uma organização não governa- mental,


que tem como missão a melhoria do emprego doméstico para os
empregados e para os empregadores. Ele é patrocinado pelo Portal
Doméstica Legal.
Foi fundado oficialmente em 2009, mas iniciou suas atividades em 2004
com a criação do Portal Doméstica Legal. Em nossa história de mais
de 14 anos, fizemos várias campanhas, todas vitoriosas, que veremos a
seguir.

5.1 Campanha de abaixo assinado “Mais formalidade


no emprego doméstico”

Dê a sua assinatura na campanha em www.domesticalegal.org.br.


Atualmente, somente um de cada três empregados domésticos tem
a carteira de trabalho assinada, ou seja, de 4.3 milhões de
empregados domésticos somente 1.5 milhão são formais, e 2.8
milhões são informais. Você gostaria de:

– Que todos empregados domésticos tivessem sua carteira


de trabalho assinada, tendo seus direitos trabalhistas e
previdenciários garantidos?
– Que o empregador doméstico seja respeitado como
gerador de trabalho e renda, e para isso:

– Fosse aprovado um programa de refinanciamento da dívida


de INSS do empregador doméstico, permitindo o pagamento em até
120 meses, com isenção total da Multa por atraso, e redução de 60%
dos Juros de Mora por atraso, para que ele regularize e assine a
carteira de trabalho de seus empregados domésticos?

– Que o empregador doméstico continue com o benefício


de anualmente restituir o INSS pago durante o ano no eSocial, o que
diminui o custo do empregador doméstico estimulando o mesmo a
assinar a carteira de trabalho de seus empregados domésticos?

– De evitar a demissão de 600.000 empregados domésticos


que hoje tem a carteira de trabalho assinada, e podem perder seus
empregos em função do fim da dedução do INSS do empregador
doméstico no Imposto de Renda Anual?

Podemos juntos conseguir tudo isso, basta você dar sua


assinatura em nosso Abaixo-Assinado, e divulgar para seus amigos
para que também participem desta campanha de inclusão social,
trabalhista, e de respeito ao empregado e empregador doméstico.
Com sua assinatura, iremos sensibilizar os deputados federais,
senadores e o presidente da república, para que ainda este ano,
aprovem os Projetos de Lei propostos pelo IDL no Congresso
Nacional, são eles:

1 – PL 8.681/2017 – Propõe a recriação do REDOM – Programa


de Regularização Previdenciária do Empregador Doméstico, que é
um refinanciamento da dívida do INSS do empregador doméstico
em até 120 meses, com isenção total da Multa por atraso e redução
de 60% dos Juros de Mora por atraso;

2 – PL 11.181/2018 – Tornar permanente a dedução do INSS do


empregador doméstico na Declaração Anual de Ajuste do Imposto
de Renda, criada pela Lei 11.324 de 19/07/2006, através da
campanha de Abaixo Assinado.
5.2 Campanha de abaixo assinado “Legalize sua
doméstica e pague menos imposto de renda”

Em 2005, iniciamos a campanha de abaixo-assinado


“Legalize sua doméstica e pague menos Imposto de
Renda”, que levantou mais de 18.000 assinaturas e resultou na Lei
11.324/2006, que permitiu desde 2006 o empregador doméstico a
deduzir na sua Declaração Anual de Ajuste do Imposto de Renda,
o INSS recolhido como empregador doméstico durante o ano.
2019 é o último ano desta dedução.
5.3 Campanha de abaixo assinado “Legalize sua doméstica
e pague menos inss”

Em 2006, iniciamos a campanha de abaixo assinado


“Legalize sua doméstica e pague menos INSS”, que levantou
mais de 75 mil assinaturas em todo Brasil. Esta campanha propôs
várias mudanças para a melhoria do emprego doméstico, que foram
efetivadas na Lei Complementar 150 de 01/06/2015, as seguintes
mudanças no emprego doméstico:

– Redução do INSS do empregador doméstico de 12%


para 6%, e o do empregado doméstico para uma alíquota
única de 6% no lugar das atuais 8%, 9% ou 11%.
Em 11/11/2014, depois de dez anos de luta, o Congresso Nacional
aprovou o Projeto de Lei nº 7.082/2010, baseado no Projeto de
Lei do Senado 161/2009 de autoria da ex-senadora Serys
Slhessarenko, mas infelizmente no dia 08/12/2014, a presidente
Dilma Rousseff vetou o projeto integralmente. No dia 12/03/2015,
o Congresso Nacional manteve o veto presidencial. Mas somos
vitoriosos, pois este projeto foi a base da redução do INSS do
empregador doméstico de 12% para 6%.
– Multa para o empregador doméstico que não cumpre
a Lei;
Em 8/04/2014 foi aprovada a Lei nº 12.964, baseada no Projeto de Lei
do Senado 159/2009 de autoria da ex-senadora Serys Slhessarenko.
Esta Lei vigora desde 7/08/2014, e tem por principal objetivo
encarecer a informalidade para estimular os empregadores a
assinarem a carteira de trabalho de seus empregados domésticos.

– Definição do trabalhador diarista;


O Projeto de Lei do Senado PLS 160/2009 de autoria da ex-senadora
Serys Slhessarenko, propôs a definição que trabalhador diarista
como aquele que trabalha até dois dias por se- mana, o que
conseguimos na nova Lei de Regulamentação do emprego doméstico.
Independente desta vitória, aguardamos desde 10/05/2010 a aprovação
do Projeto de Lei nº 7.279/2010 (origem PLS 160/2009) na Câmara,
que foi aprovado na Comissão de Trabalho, Administração e Serviços
Públicos – CTASP, e desde 27/06/2013 está parado na Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, um verdadeiro
descaso, pois o Projeto também propõe a redução do INSS do
trabalha- dor diarista de 11% para 5%. Estima-se que de dois milhões
de diaristas, somente 600 mil são contribuintes do INSS. Apesar do
descaso da CSSF, desde janeiro de 2015, o diarista já pode contribuir
com o INSS na alíquota de 5% (cinco por cento), bastando se inscrever
como Microempreendedor Individual – MEI, que pode ser feito através
do site do SEBRAE – www.sebrae.com.br.

– Refinanciamento da dívida do INSS do empregador


Doméstico;
Mais uma vitória do IDL ao ser aceito pelo senador Romero Jucá o
refinanciamento da dívida do INSS do empregador doméstico
FORMAL e INFORMAL, criando o REDOM a fim de estimular a
assinatura da carteira de trabalho e a regularização do INSS do
trabalhador doméstico. O REDOM foi baseado no Projeto de Lei do
Senado PLS 447/2009 de autoria do senador Garibaldi Alves Filho,
aprovado no Senado em 18/11/2009. Foi enviado para a Câmara dos
Deputados em dezembro de 2009, onde virou o Projeto de Lei nº
6.707/2010, que está até hoje para- do na Comissão de Seguridade
Social e Família – CSSF da Câmara. O importante é que foi aprovado
na regulamentação.

– Dedução no Imposto de Renda pelo empregador


doméstico das despesas de Plano de Saúde e Odontológico de
seu empregado doméstico.
O Projeto de Lei do Senado PLS 194/2009, de autoria do ex-senador
César Borges, foi aprovado no Senado em 27/04/2010. Em 19/04/2010,
foi para a Câmara dos Deputados como Projeto de Lei nº 7.341/2010
e desde esta data está parado na Comissão de Finanças e Tributação
– CFT da Câmara dos Deputados.
Além da campanha acima, o IDL teve um papel muito
importante na regulamentação da Proposta de Emenda Constitucional
– PEC das Domésticas, defendendo uma Lei JUSTA, EQUILI- BRADA
e EXEQUÍVEL para empregados e empregadores, tendo como principal
foco a redução dos custos do empregador doméstico, o que foi
conseguido com a redução do INSS do empregador de 12% para 8%.
Durante todo o processo de votação no Congresso Nacional,
participou de audiências públicas, propôs várias mudanças e
correções no Projeto de Lei, sempre visando uma Lei que estimulasse
a FORMALIDADE e evitasse DEMISSÕES, o que acredito que foi
conseguido.
O IDL sente-se vitorioso por esta luta que foi árdua, mas que
valeu a pena por seus resultados, e principalmente pelo Brasil ter
decretado a LEI ÁUREA NO EMPREGO DOMÉSTICO para os
empregados e também para os empregadores domésticos.
Mais detalhes, como vídeos de audiências públicas, propostas,
entrevistas e notícias, visite o Portal Doméstica Legal em
www.domesticalegal.org.br.
6 – OUTRAS OBRAS DO AUTOR

6.1 – Emprego doméstico

6. 1.1 – EMPREGADAS DOMÉSTICAS X PATROAS (2006)

Lançado em 2006, mostra ao empregador


doméstico e ao empregado doméstico:
- O passo a passo, desde a admissão até a
demissão de um empregado doméstico;
- Os direitos e deveres do empregador e do
empregado doméstico;
- As vantagens de ter um empregado
doméstico na Lei.
Para adquirir o livro acima, entre no site
www.domesticalegal.com.br.

6.1.2 – O FUTURO DO EMPREGO DOMÉSTICO NO BRASIL (2011)

Lançado em 2011 em formato e-book (livro


eletrônico) pelo Instituto Doméstica Legal –
www.domesticalegal.org.br. Com base no
andamento da PEC em 2011, faço uma
projeção de como seria o emprego
doméstico de acordo com as mudanças que
ocorressem na Lei.
6.1.3 – CARTILHA “DIREITOS E DEVERES DIARISTAS E CONTRA- TANTES
(2014)

Lançado em novembro de 2014 pelo Portal


Doméstica Legal –
www.domesticalegal.com. br. É um Cartilha
prática, que ensina diaristas e contratantes
de diaristas, os seus direitos e deveres, para
terem uma relação saudável, e não terem
problemas legais. A cartilha pode ser
baixada gratuitamente em
http://www.diaristalegal.com.br/utilidades/ca
rtilha-gratuita/

6.1.4 – CARTILHA “PEC DAS DOMÉSTICAS - DIREITOS E DEVERES DE


PATRÕES E EMPREGADOS” (2015)

Lançado em junho de 2015 pelo Portal


Doméstica Legal. É um pequeno resumo
deste livro, mostra a empregadores e
empregados domésticos seus direitos de
acordo com a Lei Complementar 150 de
01/06/2015, que regulamentou o em-
prego doméstico.
6.1.5 – PEC DAS DOMÉSTICAS – NOVOS DIREITOS E DEVERES DE PATRÕES E EMPREGADOS
(2015)

Lançado em setembro de 2015, mostra os novos direitos dos empregados


domésticos aprovados pela Lei Complementar 150 de 01/06/2015, que
regulamenta o emprego doméstico, e como os empregadores domésticos
devem fazer para cumpri-los.
Este livro pode ser adquirido em
http://sistema.domesticalegal.com.br/livro/PEC/

6.1.6 – EMPREGO DOMÉSTICO – COMO GASTAR MENOS DENTRO DA LEI (2016)

Lançado em 2016, mostra as vantagens de ser um empregador na lei e as


desvantagens de ser um empregador fora da lei, e principalmente as formas de
gastar menos.
Em formato e-book, pode ser baixado gratuitamente em
https://promo.domesticalegal.com.br/e-book-como-gastar-menos-no-
emprego-domestico, , ou adquirir a versão impressa em
http://sistema.domesticalegal.com.br/livro/Como-gastar-menos/

6.1.7 – CARTILHA “OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA NO EMPREGO DOMÉSTICO


(2017)

Mostra as mudanças geradas pela Reforma Trabalhista para empregadores e


empregados domésticos.
Pode ser baixado gratuitamente em
http://promo.domesticalegal.com.br/impactos-no-emprego-domestico.

6.1.8 – CARTILHA “COMO FAZER O AUMENTO SALARIAL RETROATIVO DO SALÁRIO DAS


DOMÉSTICAS NO RIO DE JANEIRO” (2019)

Ensina passo a passo como fazer o pagamento da diferença salarial do salário


dos empregados domésticos que foi aumentado em março/2019, retroativo a
janeiro de 2019.
Pode ser baixado gratuitamente em
https://promo.domesticalegal.com.br/salario-das-domesticas-rj-2019-como-
fazer-o-amento-retroativo.
6.2 – FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO

6.2.1 – PARE DE PERDER SEU DINHEIRO DO FGTS (1997)

Lançado em 1997, mostra ao trabalhador:

• O que é o Fundo de Garantia do T e m p o de Serviço;


• Como sacar;
• As principais situações de perdas e fraudes no FGTS;
• Como prevenir e resgatar o dinheiro perdido no FGTS.

6.2.2 – FGTS - COMO RECEBER CORRETAMENTE SEU DI- NHEIRO DOS EXPURGOS (2001)

Lançado em 2001, mostra ao trabalhador:

• O passo a passo para o trabalhador receber corretamente o dinheiro


dos expurgos dos planos Verão e Collor I no FGTS;
• Para quem já recebeu, a pergunta é: você recebeu corretamente esse
dinheiro?
• Saiba a resposta neste guia prático.

6.2.3 – FGTS 41 ANOS - GANHOS - PERDES E FRAUDES (2008)

Lançado em 2008, mostra ao trabalhador:


• O que é FGTS;
• Como sacar o FGTS;
• Situações de ganhos, perdas e fraudes;
• A campanha de Abaixo-Assinado “FGTS 40
anos – Justiça para o Trabalhador”
• Um balanço do FGTS nos últimos 41 anos.
6.2.4 – FGTS 47 ANOS - GANHOS - PERDES E FRAUDES (2014)

Lançado em 2014, é uma versão atualizado do livro FGTS 41 anos lançado em


2008:

• O que é FGTS;
• Como sacar o FGTS;
• Situações de ganhos, perdas e fraudes;
• A campanha de Abaixo-Assinado “FGTS 40 anos – Justiça para o
Trabalhador”
• Um balanço do FGTS nos últimos 41 anos.

Este livro pode ser adquirido em
https://pagseguro.uol.com.br/checkout/nc/sender-
identification.jhtml?t=6d42b1cd8cbbf17c4d714482c5fa4abfebaa877f4593
15dd&e=true#rmcl

6.2.5 – FGTS 50 ANOS – ESTÃO MESTENDO A MÃO NO SEU FUNDO (2016)

Lançado em 2016, mostra ao trabalhador de forma simples e objetiva quem


está fraudando e gerando perdas no seu dinheiro do Fundo de Garantia.
Este livro pode ser adquirido em
http://sistema.domesticalegal.com.br/livro/FGTS/
Caro leitor, participe da próxima edição do livro, mandando suas críticas, sugestões e/ou
problemas para melhorar o livro na próxima edição.

Envie pelo e-mail livro-domestica@marioavelino.com.br


Grato,

Mario Avelino.

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