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Comissão de Defesa da Escola Pública

Para Reconstruir a Escola Pública - Conferência Nacional

«As palavras estão gastas, sobre a nossa vida profissional e sobre o que
rejeitamos e exigimos!
Mas, não é demais afirmar: nunca foi tão imperioso reunirmo-nos
livremente, sem avaliações “competitivas”, sem grelhas, sem metas;
queremos reuniões pedagógicas para podermos encontrar e construir as
melhores respostas para os nossos alunos, muitos dos quais chegam a
passar 12 horas por dia na escola.
É esta sociedade que queremos construir?»
É o que dizem muitos professores, os mesmos que fizeram parte dos 140
mil que encheram a Avenida da Liberdade, e onde a palavra de ordem mais
ouvida era: Deixem-nos ser professores!

A hora é de exigência imediata de suspensão do actual modelo de


avaliação dos docentes!
Eis a principal exigência da FENPROF, numa Plataforma com vários
outros sindicatos de professores, imediatamente após a mobilização –
sobretudo dos professores de EVT – que levou à derrota, na Assembleia da
República, da reforma curricular do Governo; reforma destinada a despedir,
no próximo ano lectivo, dezenas de milhar de docentes.

. “O Governo declarou guerra aos trabalhadores. Mobilização


nacional. É urgente mudar de políticas!
É o que afirma a CGTP, ao mesmo tempo que abandona a reunião de 9
de Março da “concertação social”, recusando assinar o pré-Acordo sobre um
conjunto de medidas denominadas “Plano para a competitividade e o
emprego”, medidas que Durão Barroso – o Presidente da Comissão Europeia
– imediatamente elogiou.
“Precisamos de fazer uma «concertação» a nível de todos os
sectores dos trabalhadores, para mudar o rumo da Escola e do
nosso país” A Comissão de
Defesa da Escola
A CDEP está de acordo com os docentes que fazem esta
Pública,
afirmação, os quais já concluíram que a defesa dos postos de Democrática e de
trabalho, dos vínculos, das condições de funcionamento da Escola qualidade (CDEP),
Pública está ligada à necessidade de “concertarmo-nos” e construir posta de pé em
a unidade, em cada escola, em cada sector, entre os sectores, a 1998 e reconstituída
unidade do conjunto dos trabalhadores com todas as suas em Maio de 2002,
organizações, para mudar o rumo da Escola Pública e do país! agrupa um conjunto
de cidadãos,
É neste sentido que a CDEP saúda todas as mobilizações de
professores,
trabalhadores e de jovens – que recusam aceitar as consequências educadores,
das medidas ditadas pelas instituições ao serviço do sistema da auxiliares de acção
exploração, da especulação e da guerra. Saúda também o passo educativa, pais e
positivo da CGTP, bem como as posições das direcções dos estudantes, unidos
sindicatos dos professores que exigem a suspensão imediata do em torno do mesmo
modelo de avaliação de desempenho docente e a retirada das objectivo: defender
medidas que levam ao despedimento de dezenas de milhar de uma Escola pública,
docentes. democrática e de
qualidade, como um
espaço de liberdade
Para Reconstruir a Escola Pública - Conferência Nacional e crescimento, cuja
finalidade central
A CDEP reafirma que o maior legado histórico que as seja a formação do
direcções dos sindicatos dos professores poderão fazer à Homem e, só
Escola e ao país – ao lado da procura da unidade para impor ao depois, do
trabalhador. Tais
Governo a retirada dos ataques que impedem os professores e
objectivos
educadores de assumirem o seu trabalho com eficácia – é o de pressupõem a
lançarem o apelo e ajudarem a pôr de pé uma Conferência demarcação em
Nacional em defesa da Escola Pública. relação a todas as
Nesta Conferência, de delegados eleitos a partir das instituições do
escolas, deverá ser feito o diagnóstico da situação e aprovada imperialismo (desde
uma Carta com as linhas orientadoras de um Sistema Nacional o Banco Mundial, ao
FMI, à OCDE, e à
de Ensino Público, contemplando as exigências de toda a
UE e suas
comunidade educativa, subordinado à defesa de uma formação directivas).
e qualificação das jovens gerações, assente nos princípios Não pretendemos
consignados na Constituição da República. substituir-nos a
qualquer
organização, seja
Cara(o) colega, ela de carácter
Se está de acordo com a intervenção no seio do movimento sindical, partidário
dos professores e restantes trabalhadores do ensino, para defender ou associativo em
a concretização da perspectiva desta Conferência, e nomeada- geral, mas sim
mente na Marcha pela Educação, convocada para o dia 2 de Abril, contribuir para o
desenvolvimento de
propomos-lhe a participação numa reunião da CDEP a realizar no
um quadro de
dia 26 de Março, pelas 15 horas, na Biblioteca Municipal de Algés. unidade entre todos
os movimentos que
Lisboa, 12 de Março de 2010 leve à sobrevivência
e construção desta
escola.

CDEP: http://escolapublica2.blogspot.com / escolapublicablog@gmail.com

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