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1. Introdução. .......................................................................................................................................... 28
1. Quantificadores . .................................................................................................................................. 82
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MATEMÁTICA FINANCEIRA, ESTATÍSTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO P/ O TCU
PROFESSOR: VÍTOR MENEZES
Sempre que os editais contemplam proposições, as provas cobram, “no pacote”, alguns tipos
de exercícios diferentes dos que vimos na aula passada. São exercícios em que temos que
associar informações (exemplo: temos um engenheiro, um matemático e um arquiteto, um
baiano, um carioca e um catarinense etc, e temos que saber quem é quem). Outro tipo de
exercício é o “verdade/mentira”. Há uma pessoa que sempre mente, outra que sempre diz a
verdade, e você tem que saber quem é quem.
Não há o que mencionar de teoria para resolver estas questões. Por isso, vamos direto para a
resolução dos exercícios.
I. ASSOCIAÇÃO DE INFORMAÇÕES
EC 1. INSS 2008 [CESPE]
Roberta, Rejane e Renata são servidoras de um mesmo órgão público do Poder Executivo
Federal. Em um treinamento, ao lidar com certa situação, observou-se que cada uma delas
tomou uma das seguintes atitudes:
A1: deixou de utilizar avanços técnicos e científicos que estavam ao seu alcance;
A2: alterou texto de documento oficial que deveria apenas ser encaminhado para
providências;
A3: buscou evitar situações procrastinatórias.
Cada uma dessas atitudes, que pode ou não estar de acordo com o Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (CEP), foi tomada por
exatamente uma das servidoras. Além disso, sabe-se que a servidora Renata tomou a atitude
A3 e que a servidora Roberta não tomou a atitude A1. Essas informações estão contempladas
na tabela a seguir, em que cada célula, correspondente ao cruzamento de uma linha com uma
coluna, foi preenchida com V (verdadeiro) no caso de a servidora listada na linha ter tomado a
atitude representada na coluna, ou com F (falso), caso contrário.
Resolução.
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Este é um típico exercício de associação de informações. Temos três servidoras e cada uma
delas tomou uma atitude. Temos que saber quem tomou qual atitude (ou seja, temos que
associar cada atitude a uma servidora).
Para tanto, o CESPE fornece uma tabelinha útil para fazemos as associações.
Observem a letra V da tabela:
Ela nos indica que a proposição correspondente é verdadeira. Ou seja, Renata tomou a atitude
A3.
Analogamente, a letra F indica que Roberta não tomou a atitude A1.
Ok, agora voltemos à atitude A3, tomada por Renata.
Como cada atitude só foi tomada por uma única servidora, já podemos concluir que mais
ninguém tomou a atitude A3.
Agora observem a linha correspondente a Roberta. Já sabemos que ela não tomou as atitudes
A1 e A3. Logo, para Roberta só sobrou a atitude A2.
Podemos concluir que a atitude A2 não foi tomada por qualquer outra mulher.
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O segundo item afirma que a atitude de Rejane está de acordo com o CEP.
Rejane tomou a atitude A1 (deixou de utilizar avanços técnicos e científicos que estavam ao
seu alcance). Novamente usando o bom senso, parece algo que fere o CEP. O item estaria
errado.
E, consultando o CEP, esta atitude é realmente vedada (anexo, capítulo I, seção III, XV, “e”).
EC 2. BB 2008 [CESPE]
Para preencher a tabela a seguir, considere que os filmes A e B sejam de categorias distintas
— documentário ou ficção —, e, em um festival de cinema, receberam premiações diferentes
— melhor fotografia ou melhor diretor. Tendo como base as células já preenchidas, preencha
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as outras células com V ou F, conforme o cruzamento da informação da linha e da coluna
correspondentes constitua uma proposição verdadeira ou falsa, respectivamente.
A partir do preenchimento das células da tabela e das definições apresentadas no texto, julgue
os itens subsequentes.
1 A proposição “O filme A é um filme de ficção” é V.
2 A proposição “O documentário recebeu o prêmio de melhor fotografia ou o filme B não
recebeu o prêmio de melhor diretor” é V.
3 A proposição “Se o filme B é um documentário, então o filme de ficção recebeu o prêmio
de melhor fotografia” é V.
Resolução.
Temos várias informações que podem se referir aos filmes A e B. Um dos dois é um
documentário. Outro é uma ficção. Um ganhou prêmio de melhor fotografia. Outro ganhou
prêmio de melhor diretor.
Com base nas informações apresentadas, temos que descobrir qual informação se refere a qual
filme.
Como de costume, o CESPE fornece uma tabelinha útil para fazemos as associações.
A tabela já está parcialmente preenchida. Observem a letra V destacada em vermelho:
Ela nos indica que a proposição correspondente é verdadeira. Ou seja, é verdade que o prêmio
de melhor diretor foi para o filme B (basta ver a linha e a coluna que correspondem a esta
letra V).
O filme B ganhou o prêmio de melhor diretor.
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Como cada filme só ganhou um prêmio, concluímos que o filme B não ganhou o prêmio de
melhor fotografia. Vamos preencher a célula correspondente.
Algum filme ganhou o prêmio de melhor fotografia. Não foi o filme B. Logo, só pode ter sido
A.
Observem a coluna do documentário. Este filme não ganhou o prêmio de melhor diretor (pois
a célula correspondente está preenchida com um falso). Logo, o documentário só pode ter
ganho o prêmio de melhor fotografia.
Sabemos que o documentário ganhou o prêmio de melhor fotografia. Além disso, o filme ‘A’
ganhou o prêmio de melhor fotografia. Conclusão: o filme A é o documentário.
Por exclusão, o filme B é a ficção.
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EC 3. TCU 2008 [CESPE]
Mateus, Marcos, Pedro e Paulo são funcionários do TCU e encontram-se uma vez por mês
para exercitarem seus dotes musicais. Nesse quarteto, há um guitarrista, um flautista, um
baterista e um baixista, e cada um toca somente um instrumento. Nesse grupo de amigos, tem-
se um auditor (AUD), um analista de controle externo (ACE), um procurador do Ministério
Público (PMP) e um técnico de controle externo (TCE), todos com idades diferentes, de 25,
27, 30 e 38 anos. Além disso, sabe-se que:
Mateus não tem 30 anos de idade, toca guitarra e não é procurador do Ministério Público;
o baterista é o analista de controle externo, tem 27 anos de idade e não é Marcos;
Paulo é técnico de controle externo, tem 25 anos de idade e não é flautista;
o procurador do Ministério Público não é baixista e não se chama Pedro;
o auditor tem 38 anos de idade e não é baixista.
Algumas das informações acima apresentadas estão contempladas na tabela a seguir, em que
cada célula corresponde ao cruzamento de uma linha com uma coluna preenchida com S
(sim), no caso de haver uma afirmação, e com N (não), no caso de haver uma negação.
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2. Paulo é o baixista.
3. Pedro tem 25 anos de idade.
4. o auditor é o flautista.
5. o procurador do Ministério Público é Mateus.
Resolução:
Para mostrar como a tabela é desnecessária, não vamos utilizá-la.
Todas as proposições fornecidas são compostas com o conectivo “e”. Como são proposições
fornecidas pelo enunciado, para gente, todas elas são verdadeiras. Sabemos que uma
proposição com o conectivo “e” só é verdadeira quando todas as suas parcelas são
verdadeiras.
Vejamos as informações:
1 - Mateus não tem 30 anos de idade, toca guitarra e não é procurador do Ministério Público.
2 - o baterista é o analista de controle externo, tem 27 anos de idade e não é Marcos;
3 - Paulo é técnico de controle externo, tem 25 anos de idade e não é flautista;
4 - o procurador do Ministério Público não é baixista e não se chama Pedro;
5 - o auditor tem 38 anos de idade e não é baixista.
O analista de controle externo não pode ser Marcos (por causa da informação 2). Também não
pode ser Mateus, pois este toca guitarra (e o analista toca bateria). O analista também não
pode ser Paulo, pois ele é técnico de controle externo (ver informação 3). Portanto, o analista
só pode ser Pedro.
Pedro: analista, baterista, 27 anos.
O procurador do MP não é Mateus (ver informação 1). Também não é Pedro (que é analista)
nem Paulo (que é técnico). Logo, o procurador só pode ser Marcos.
Marcos é o procurador.
Para Mateus só sobrou o cargo de auditor.
Mateus é o auditor.
Mateus não tem 30 anos (ver informação 1). Mateus não tem 27 anos (pois Pedro é que tem
essa idade). E Mateus não tem 25 anos (pois Paulo tem essa idade – ver informação 3). Logo,
Mateus só pode ter 38 anos.
Mateus: auditor, 38 anos, guitarrista
Paulo não é flautista (ver informação 4). Também não é guitarrista nem baterista
(instrumentos de Mateus e Pedro). Portanto, Paulo só ser baixista.
Paulo: técnico, 25 anos, baixista
Para Marcos só sobra a flauta e a idade de 30 anos.
Marcos: procurador, flauta, 30 anos.
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Pronto, fizemos todas as associações. Nem precisou de tabela, pois eram poucas informações
para se analisar.
Ok, agora vamos julgar os itens.
Primeiro item: correto. Realmente Mateus tem 38 anos.
Segundo item: correto. Paulo é o baixista.
Terceiro item: errado. Pedro tem 27 anos.
Quarto item: errado. O auditor toca guitarra.
Quinto item: errado. Mateus é auditor.
Gabarito: Certo, Certo, Errado, Errado, Errado.
Resolução.
Nomes: Pedro, José, Maria.
Partidos: PXA, PXB, PXC.
Final dos números: 01, 02, 03.
Informações:
1 - o candidato mais jovem era do sexo masculino e do PXA;
2 - o número do candidato do PXB terminava em 02;
3 - o número de Pedro, que era mais velho que Maria, terminava em 03.
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Iniciemos pelo mais jovem.
Ele é do sexo masculino (ver informação 1). Além disso, não pode ser Pedro, pois Pedro, no
mínimo, é mais velho que Maria (informação 3). Logo, o mais jovem só pode ser José.
Logo, temos:
Pedro > Maria > José.
Com isso, podemos reescrever as informações:
1 – José é do PXA;
2 - o número do candidato do PXB terminava em 02;
3 - o número de Pedro terminava em 03.
Resolução:
Informações do texto:
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Nomes: Paulo, Sérgio, Alex
Idades: 36, 28, 60
Profissões: advogado, médico, professor.
Além disso, temos:
1 – Sérgio é advogado
2 – Alex é mais velho que Paulo, com diferença de idade inferior a 30.
3 – O médico tem 28 anos
Primeira solução:
Da primeira informação, temos:
Sérgio: advogado
Da segunda informação, sabemos que a diferença de idade entre Alex e Paulo é menor que 30
anos. Logo, Sérgio não pode ter 36 anos.
Professor, não entendi! Por que concluímos que Sérgio não tem 36 anos?
Caso Sérgio tivesse 36 anos, aí Alex teria 60 e Paulo teria 28 (pois Alex é mais velho que
Paulo). Nesse caso, a diferença de idade entre ambos seria maior que 30 anos.
Sérgio não tem 36 anos.
Da terceira informação concluímos que Sérgio não tem 28 anos (pois Sérgio não é o médico).
Logo, Sérgio só pode ter 60 anos.
Sérgio: advogado, 60 anos
Voltando na segunda informação, temos que Alex é mais velho que Paulo. Portanto, Alex tem
36 e Paulo tem 28.
Sabendo que Paulo tem 28, ele só pode ser o médico (ver terceira informação).
Paulo: médico, 28 anos
Por fim, para Alex só sobra:
Alex: professor, 36 anos
Gabarito: D
E, sempre lembrando, você sempre pode optar por fazer uma tabelinha.
Vamos para uma segunda solução, agora usando a tabela.
idade profissão
60 anos 36 anos 28 anos advogado professor médico
Paulo
Sérgio
Alex
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Vamos lendo informação por informação, e fazendo as marcações na tabela.
Primeira informação: Sérgio é advogado.
idade profissão
60 anos 36 anos 28 anos advogado professor médico
Paulo
Sérgio V
Alex
Como cada homem tem uma profissão diferente, já sabemos que ninguém mais é advogado.
Além disso, sabemos que Sérgio não é professor nem medico.
idade profissão
60 anos 36 anos 28 anos advogado professor médico
Paulo F
Sérgio V F F
Alex F
Vamos para a segunda informação:
Alex é mais velho que Paulo, com diferença de idade inferior a 30.
Disto, concluímos que:
- Alex não tem 28 anos (pois ele é, no mínimo, mais velho que Paulo)
- Paulo não tem 60 anos (pois ele é, no mínimo, mais novo que Alex).
- Sérgio não tem 36 anos (pois, do contrário, a diferença de idade entre Paulo e Alex seria
maior que 30 anos).
Vamos marcar as células correspondentes:
idade profissão
60 anos 36 anos 28 anos advogado professor médico
Paulo F F
Sérgio F V F F
Alex F F
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Como cada homem tem uma idade diferente, então ninguém mais tem 60 anos.
idade profissão
60 anos 36 anos 28 anos advogado professor médico
Paulo F F
Sérgio V F F V F F
Alex F F F
Para Alex só sobra a idade de 36 anos. Podemos também colocar F nas as células que
associam 36 anos a qualquer outro homem.
idade profissão
60 anos 36 anos 28 anos advogado professor médico
Paulo F F F
Sérgio V F F V F F
Alex F V F F
Para Paulo só sobra a idade de 28 anos.
idade profissão
60 anos 36 anos 28 anos advogado professor médico
Paulo F F V F
Sérgio V F F V F F
Alex F V F F
Da terceira informação, temos que o médico tem 28 anos. Logo, Paulo é o médico. Podemos
assinalar com um V a casela que associa Paulo à profissão de médico. Podemos também
assinalar F nas células que associam a profissão de médico a qualquer outro homem.
idade profissão
60 anos 36 anos 28 anos advogado professor médico
Paulo F F V F V
Sérgio V F F V F F
Alex F V F F F
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- a idade de Arnaldo não é 22 anos.
Com base nessas informações, julgue os itens seguintes.
1. Se a soma das idades dos três passageiros for 75 anos, então as idades de Paulo, Mauro e
Arnaldo serão, respectivamente, 35, 22 e 18 anos.
2. Se a soma das idades dos três passageiros for igual a 100 anos, então a poltrona de numero
C4 pertencerá a Mauro, que terá 35 anos.
Resolução.
Primeiro item.
Se a soma das idades é 75, então as idades são: 35, 22 e 18.
Como Paulo é mais velho, ele terá 35 anos (ver segunda informação).
Da última informação, temos que Arnaldo não tem 22. Logo, só pode ter 18.
Consequentemente, para Mauro só sobra a idade de 22 anos.
O item está correto.
Gabarito: certo.
Segundo item.
Se a soma das idades é 100, então as idades são: 43, 35 e 22.
Como Paulo é o mais velho, então ele terá 43 anos.
Da última informação, temos que Arnaldo não tem 22 anos. Logo, só pode ter 35. Para Mauro
só sobra a idade de 22.
Paulo: 43;
Arnaldo: 35;
Mauro: 22
O item está errado pois afirma que Mauro teria 35 anos.
Gabarito: errado
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Com base nessas instruções e nas células já preenchidas, é possível preencher logicamente
toda a tabela. Após esse procedimento, julgue os itens a seguir.
1 - O processo em nome de Laerte refere-se a demissão e ele foi ao tribunal na quinta-feira.
2 - É verdadeira a proposição “Se Sílvia não tem processo de contratação, então o processo de
licença foi procurado na quarta-feira”.
Resolução.
Da tabela, temos que, para Laerte, só sobrou o processo de demissão.
Laerte: demissão.
Da tabela, temos que Sílvia corresponde ao processo de licença.
Sílvia: licença.
Para Clóvis só sobra o processo de contratação.
Clóvis: contratação.
Na quinta-feira foi solicitada informação sobre a demissão, que se refere a Laerte.
Laerte: demissão, quinta feira.
Sílvia não foi ao tribunal na quarta-feira. Também não foi na quinta-feira, (pois nesse dia,
Laerte é que foi ao tribunal). Logo, para Sílvia só sobra a terça-feira.
Sílvia: licença, terça-feira.
Para Clóvis só sobra a quarta-feira.
Clóvis: contratação, quarta-feira.
Com isso, podemos julgar os itens.
Primeiro item - O processo em nome de Laerte refere-se a demissão e ele foi ao tribunal na
quinta-feira.
O item está certo.
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Segundo item - É verdadeira a proposição “Se Sílvia não tem processo de contratação, então o
processo de licença foi procurado na quarta-feira”.
Temos um condicional.
O antecedente afirma que Sílvia não tem processo de contratação. Isto está correto, pois o
processo de Sílvia é de licença.
O consequente afirma que o processo de licença foi procurado na quarta, o que está errado
(por ele foi procurado na terça).
Antecedente verdadeiro e consequente falso – este é o único caso em que o condicional é
falso.
Item errado.
Gabarito: certo, errado
Resolução.
Primeiro montamos uma tabela abrangendo todas as possibilidades de associação.
Musculação Ioga Natação Ginástica 50kg 54kg 56kg 60kg
Ana
Bia
Clara
Diana
Da primeira informação, temos que Ana não faz musculação e não pesa 54kg:
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EC 9. BB 2009 [CESPE]
Uma empresa bancária selecionou dois de seus instrutores para o treinamento de três
estagiários durante três dias. Em cada dia apenas um instrutor participou do treinamento de
dois estagiários e cada estagiário foi treinado em dois dias. As escalas nos três dias foram: 1.o
dia: Ana, Carlos, Helena; 2.º dia: Helena, Lúcia, Márcio; 3.º dia: Ana, Carlos, Lúcia.
Considerando que um dos instrutores era mulher, julgue os itens que se seguem.
1. Os dois instrutores eram mulheres.
2. Carlos era estagiário.
3. Um estagiário era Lúcia ou Márcio.
Resolução.
Algumas pessoas são estagiárias, outras são instrutoras. Temos que descobrir quem é quem.
Este exercício é ligeiramente diferente dos anteriores. Antes, tínhamos, por exemplo, que
identificar quem ocupa qual cargo público, sendo que pessoas diferentes ocupam cargos
diferentes.
Ou ainda: tínhamos que saber qual servidora pública tomou cada atitude (e cada atitude foi
tomada por uma única servidora).
Em resumo: cada informação se referia a uma única pessoa. Tínhamos um único argentino.
Ou um único engenheiro. Ou uma única servidora com a atitude A1. Ou um único filme que
ganhou o prêmio de melhor diretor.
Agora muda. A característica de ser instrutor não pertence a uma única pessoa. Há dois
instrutores.
De igual modo, não há um único estagiário; há três.
Vamos fazer uma tabelinha listando as pessoas que participaram em cada dia:
1º dia 2º dia 3º dia
Ana Helena Ana
Carlos Lúcia Carlos
Helena Márcio Lúcia
Sabemos que, em cada dia, há dois estagiários e um instrutor. Isso é muito importante.
Primeira solução.
Vamos focar em Ana e Carlos. Eles estão juntos no primeiro e no terceiro dias.
1º dia 2º dia 3º dia
Ana Helena Ana
Carlos Lúcia Carlos
Helena Márcio Lúcia
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Assim, as equipes do primeiro e do terceiro dias são quase iguais. A única coisa que muda é a
troca de Helena por Lúcia.
Muito bem. Não sabemos se Carlos é instrutor ou estagiário. Não sabemos se Ana é instrutora
ou estagiária.
Mesmo sem saber disso, podemos concluir uma coisa.
Como a única troca foi de Helena por Lúcia, necessariamente elas devem ser do mesmo tipo.
Podem ser ambas instrutoras. Ou então são ambas estagiárias. Isso porque uma deu lugar à
outra, sem que o número de estagiários e instrutores se alterasse.
Helena e Lúcia são do mesmo tipo.
Observe agora que Helena e Lúcia aparecem juntas no segundo dia.
Ora, disto temos que ambas são estagiárias, pois não podemos ter dois instrutores no mesmo
dia. Consequentemente, Márcio é instrutor.
Helena e Lúcia são estagiárias; Márcio é instrutor.
Quanto a Carlos e Ana, não temos como saber quem é estagiário e quem é instrutor.
Mas agora vem outra informação dada pelo enunciado: pelo menos um dos instrutores é
mulher. Logo, Ana é a segunda instrutora.
Ana é instrutora.
Agora podemos julgar os itens.
O primeiro item afirma que os dois instrutores são mulheres. Isto é falso, pois um dos
instrutores é Márcio.
Segunda solução.
Podemos chutar alguma coisa.
Exemplo: chutamos que Helena é instrutora.
Daí, vemos se chegamos a alguma contradição, a algum absurdo.
Muito bem, temos agora um ponto de partida, originado pelo nosso chute de que Helena é
instrutora.
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Ana atua no terceiro dia como instrutora. Logo, Caros e Lúcia são estagiários.
No segundo dia, temos Lúcia e Helena, que são estagiárias. Logo, Márcio só pode ser
instrutor.
Agora não chegamos a qualquer absurdo. Conseguimos dois estagiários e um instrutor em
cada dia. Além disso, um dos instrutores é uma mulher.
Ou seja, concluímos que Ana e Márcio são instrutores.
A desvantagem desta segunda resolução é a demora, pois necessitamos ficar testando
hipóteses. Mas é mais sistemática, por criar um ponto de partida por meio do “chute” inicial.
Resolução.
Esse tipo de problema é comumente cobrado junto com proposições. Há um conjunto de
pessoas que podem mentir ou dizer a verdade.
Os alunos costumam ter uma certa dificuldade nesse tipo de questão porque, em geral, não há
um único método de resolução. Geralmente é necessário um certo “jogo de cintura” para
achar a resposta. Algumas dicas úteis são:
· Procurar por perguntas chave: são perguntas cujas respostas são facilmente
identificáveis, o que, geralmente, permite tirar conclusões imediatas. Perguntas típicas: “Você
está mentindo?” / “Você está dizendo a verdade?” – esse tipo de questão é muito cobrado
pela ESAF;
· identificar grupos de informações que são, necessariamente, de mesma natureza (ou
são ambas falsas ou ambas verdadeiras); identificar grupos de informações que são,
necessariamente, de natureza contrária (uma é falsa e a outra é verdadeira); é outro tipo de
questão cobrado pela ESAF;
· dar um “chute” inicial e verificar se isso acarreta em alguma contradição.
O CESPE não cobra muitas questões desse tipo. E, nas poucas questões que encontramos, a
técnica do “chute inicial” é mais que suficiente. Portanto, vamos nos deter a ela.
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Nessa questão, vamos então dar nosso “chute” inicial. Nós lançamos uma hipótese, que nos
dará um ponto de partida.
Se esta hipótese resultar em uma contradição, é porque nosso “chute” foi errado e precisa ser
alterado. Do contrário, se o “chute” não resultar em uma contradição, é porque ele foi correto
e corresponde à resposta procurada.
Aqui, estou usando a palavra contradição com a ideia de contradizer o que foi posto antes, de
contrariar, de estar em desacordo. Não tem o mesmo significado que estudamos antes, quando
vimos que contradição é uma proposição composta cuja tabela verdade só tem valor lógico F.
Agora vamos ao nosso “chute”. Vamos lançar uma hipótese qualquer, que nos dê um ponto de
partida.
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E agora um detalhe importante: sabemos que Márcio mente porque pelo menos uma de suas
informações é falsa. É como se ele tivesse nos informado uma proposição com o conectivo
“e”. Se pelo menos uma das parcelas for falsa, a frase inteira é falsa.
As três informações que ele dá são:
· Mário é inocente – não sabemos se a informação é correta.
· Leonardo mente – esta informação é correta
· Caio mente – esta informação é errada
Sabemos que a última informação é falsa, o que faz com que Márcio seja mentiroso. As
demais informações até podem ser verdadeiras (e a segunda, de fato, é).
Gabarito: D
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EC 11. Polícia Federal 2009 [CESPE]
Considere que um delegado, quando foi interrogar Carlos e José, já sabia que, na quadrilha à
qual estes pertenciam, os comparsas ou falavam sempre a verdade ou sempre mentiam.
Considere, ainda, que, no interrogatório, Carlos disse: José só fala a verdade, e José disse:
Carlos e eu somos de tipos opostos. Nesse caso, com base nessas declarações e na regra da
contradição, seria correto o delegado concluir que Carlos e José mentiram.
Resolução.
Novamente, vamos adotar a tática do “chute inicial”. Vamos chutar que Carlos diz a verdade.
Chute inicial: Carlos diz a verdade.
Conclusões
1 Carlos fala a verdade
Na verdade, isso não é bem uma conclusão, é só um chute.
Partindo disso, analisando a frase de Carlos, podemos concluir que José também diz a
verdade.
Conclusões
1 Carlos fala a verdade
2 José fala a verdade.
Agora analisamos a frase de José.
José afirma que os dois têm naturezas opostas. Mas isso é mentira, conforme nossas
conclusões acima. Logo, José está mentindo.
Conclusões
1 Carlos fala a verdade
2 José fala a verdade.
3 José mente
Observem que as conclusões 2 e 3 são contraditórias. Isso só aconteceu porque nosso chute
inicial foi errado.
Vamos mudar nosso chute. Vamos considerar que Carlos mente.
Conclusões
1 Carlos mente
Analisando a frase de Carlos, concluímos que José também é mentiroso.
Conclusões
1 Carlos mente
2 José mente
Agora vamos analisar a frase de José. Ele afirma que os dois são de tipos opostos, o que é
mentira, conforme nosso quadro acima. Concluímos que José está mentindo, o que também
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está de acordo com nosso quadro acima. Não chegamos a nenhuma contradição. Esta é a
resposta correta: os dois mentem.
Gabarito: certo.
Resolução.
O João afirma:
“Pelo menos um de nós dois é mentiroso”.
Vamos supor que João é mentiroso.
Conclusões
1 João é mentiroso
João afirma que pelo menos um dos dois é mentiroso. Pode ser só João. Pode ser só Pedro. Ou
então, João e Pedro podem ser mentirosos.
Mas, pelo nosso quadro acima, João está mentindo.
Se ele está mentindo, o correto é justamente o contrário do que ele disse.
Concluímos que nem Pedro nem João são mentirosos.
Conclusões
1 João é mentiroso
2 Pedro diz a verdade
3 João diz a verdade
Observe que chegamos a uma contradição. As conclusões 1 e 3 são contraditórias. Isto só
ocorreu porque nossa hipótese inicial está errada. Temos que alterá-la.
Portanto, só podemos concluir que João diz a verdade.
Conclusões
1 João é verdadeiro
Como João é verdadeiro, sua frase está correta. Logo, é verdade que pelo menos um dos dois
é mentiroso.
Entre estes dois, já sabemos que João não é mentiroso.
Concluímos que o mentiroso só pode ser Pedro.
Conclusões
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1 João é verdadeiro
2 Pedro é mentiroso
Agora não chegamos a qualquer contradição.
Esta é a resposta correta.
Agora podemos analisar o item.
A proposição “João e Pedro são mentirosos” é falsa.
Gabarito: errado.
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Por fim, se não for possível que todas as premissas sejam simultaneamente verdadeiras, então
o argumento é inconsistente. Um argumento inconsistente é, também, válido. Como no
argumento inconsistente não existe linha da tabela-verdade em que as premissas são
verdadeiras e a conclusão é falsa, então ele é considerado válido.
Inicialmente, o importante é que vocês entendam como analisar a validade de um argumento
por meio da tabela-verdade. O método da tabela-verdade é o método mais importante de
análise de argumentos. Ao mesmo tempo, é o método que deve ser evitado, por ser o mais
demorado!
Pergunta: Professor, se devo evitar usar tabela-verdade, para que é que vamos estudar tal
método?
O detalhe é que entender bem o método da tabela-verdade facilita muito o aprendizado dos
outros métodos, que veremos posteriormente.
Resolução:
Aqui não nos interessa saber se as premissas são de fato verdadeiras. Pouco importa se, de
fato, está chovendo. Pouco importa se, realmente, quando chove, o rio enche. Vamos sempre
partir do pressuposto de que as premissas são verdadeiras. Dado que elas são verdadeiras,
temos que analisar se a conclusão também é.
Vamos dar nomes às proposições:
c: Chove.
r: O rio enche.
O argumento pode ser expresso assim:
c→r
c
r
Utilizamos um traço horizontal para separar as premissas da conclusão. Outra forma de
representar o mesmo argumento seria assim:
c → r , c |---- r
O símbolo “|----” também é usado para separar as premissas da conclusão.
Para analisar a validade do argumento, vamos construir a tabela-verdade.
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c r c→r
V V V
V F F
F V V
F F V
Vamos identificar as premissas e a conclusão.
premissa conclusão premissa
C r c→r
V V V
V F F
F V V
F F V
Agora, vamos analisar apenas as linhas em que as premissas são verdadeiras (pois, para gente,
as premissas sempre são tomadas como verdadeiras).
premissa conclusão premissa
C r c→r
V V V
V F F
F V V
F F V
A linha destacada em vermelho é a única em que todas as premissas são verdadeiras. Nessa
linha, a conclusão também é verdadeira. Logo, o argumento é válido, pois sempre que todas
as premissas são verdadeiras, a conclusão também é.
Ou ainda: as premissas acarretam na conclusão.
De outro modo: o fato de as premissas serem verdadeiras garante a que a conclusão também
seja.
Dito de outra maneira: partindo-se das informações que “Se chover o rio enche”, e que
“chove”, podemos concluir que “o rio enche”.
Resposta: argumento válido.
Pronto.
Análise de argumentos por meio da tabela-verdade é apenas isso.
Fazemos a tabela verdade que engloba todas as premissas e a conclusão.
Depois, procuramos pelas linhas em que todas as premissas são verdadeiras.
Se, em todas essas linhas, a conclusão também for verdadeira, o argumento será válido.
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Classifique o argumento em válido ou inválido.
Resolução:
Vamos dar nomes às proposições:
c: Chove.
r: O rio enche.
O argumento pode ser expresso do seguinte modo:
c→r
~c
~r
Vamos construir a seguinte tabela-verdade:
c r c→r
V V V
V F F
F V V
F F V
Agora vamos acrescentar a outra premissa e a conclusão:
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Resolução.
Vamos dar nomes às proposições:
c: Chove.
r: O rio enche.
Agora vamos construir a tabela-verdade.
conclusão premissa premissa
c r c→r
V V V
V F F
F V V
F F V
Vejam a terceira linha da tabela.
Nela, as duas premissas são verdadeiras, mas a conclusão é falsa. Ou seja, existe um caso em
que temos premissas verdadeiras e conclusão falsa. Logo, o argumento é inválido. O fato de
as premissas serem todas verdadeiras não garante que a conclusão também seja.
Resposta: argumento inválido.
Resolução.
Vamos dar nomes às proposições:
c: Chove.
r: O rio enche.
Agora vamos construir a tabela-verdade.
conclusão premissa premissa
c ~c r ~r c→r
V F V F V
V F F V F
F V V F V
F V F V V
Repare na última linha.
Nela, as duas premissas são verdadeiras e a conclusão também é.
Ou seja, sempre que as premissas são verdadeiras, a conclusão também é. O argumento é
válido.
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Tudo certo até aqui?
Quando o número de premissas começa a aumentar, usar a tabela-verdade fica muito
trabalhoso. Por isso, veremos outros métodos de análise de validade de argumentos. Mas, para
entendê-los perfeitamente, é importante que vocês sejam doutores na análise pela tabela.
Resolução.
Temos:
1ª Premissa: Se Soninha sorri, Silvia é miss simpatia.
2ª Premissa: Soninha não sorri.
Conclusão: Silvia não é miss simpatia.
A questão já adiantou que o argumento não é válido. Já facilitou a nossa vida. Mas, mesmo
que a questão não tivesse dado esta dica, poderíamos concluir isso sem problemas.
Vamos ver o porquê disso.
Vamos dar nomes às proposições.
p: Soninha sorri
q: Silvia é miss simpatia.
Agora vamos fazer uma tabela-verdade incluindo todas as premissas e a conclusão.
premissa conclusão premissa
p ~p q ~q p→q
V F V F V
V F F V F
F V V F V
F V F V V
Nas linhas destacadas em vermelho, as duas premissas são verdadeiras.
Na terceira linha, as duas premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa. Graças a esta linha
o argumento é inválido. Isto porque existe um caso em que todas as premissas são verdadeiras
e a conclusão é falsa.
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É claro que nem precisávamos checar se o argumento era ou não válido. O exercício já disse
isso para gente. Só demos uma relembrada em como analisar argumentos com a tabela
verdade.
Ok, agora vamos para as alternativas.
Letra A: a conclusão não é decorrência necessária das premissas.
Correto. É exatamente o conceito de um argumento inválido. Num argumento inválido, as
premissas não acarretam na conclusão. O fato de as premissas serem verdadeiras não garante
que a conclusão também seja.
Letra C: a primeira premissa pode ser falsa, embora a segunda possa ser verdadeira.
Premissas são, por definição, verdadeiras.
Letra D: a segunda premissa pode ser falsa, embora a primeira possa ser verdadeira.
Novamente, as premissas são justamente aquilo que consideramos verdadeiro. Em lógica, não
nos cabe julgar a veracidade das premissas. Isto acontece em outros ramos da Ciência.
Na análise de argumentos, sempre partimos do pressuposto de que as premissas são
verdadeiras.
Exemplo:
Primeira premissa: Se o gato não late, então o triângulo tem três lados.
Segunda premissa: O triângulo não tem três lados.
Conclusão: O gato late.
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Notem que:
- no mundo real, a segunda premissa é absurda (todo triângulo tem três lados)
- no mundo real, a conclusão é igualmente absurda (gato não late, gato mia).
Nada disso importa.
A tarefa de avaliar a validade das premissas é das outras ciências. Aqui a gente só avalia se a
conclusão decorre logicamente das premissas.
Considerando as premissas verdadeiras, a conclusão também será. Com isso, este argumento
acima é válido, pois está bem construído (em sua forma).
De modo semelhante, mesmo que uma conclusão seja correta (no mundo real), isso não
significa que o argumento seja válido.
Gabarito: A
Temos:
1ª Premissa: Se Soninha sorri, Silvia é miss simpatia.
2ª Premissa: Soninha não sorri.
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Conclusão: Silvia não é miss simpatia.
Aí vem a dica: se as duas primeiras linhas eram irrelevantes, nem precisávamos perder tempo
montando tais linhas!!!
Neste exemplo que acabamos de ver, até que não deu tanto trabalho fazer todas as linhas da
tabela verdade. Contudo, quando o número de premissas for grande, isso faz muita diferença.
Vejamos um exemplo.
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Resolução.
Vamos dar nomes às proposições simples.
m: Manuel vai ao mercado.
c: Cláudia vai ao cinema.
p: Pedro vai ao porto.
b: Beatriz vai ao boliche
s: Suelen vai ao shopping
Pronto.
Agora, se fôssemos fazer a tabela verdade completa, teríamos 32 linhas!!!
Isso mesmo!!
Vimos na aula 1 que, se temos n proposições simples, a tabela verdade terá 2n linhas.
Ora, se temos, neste caso, 5 proposições simples, isso significa 25 = 32 linhas.
premissa premissa premissa premissa conclusão
p m c b s m→c c∨ p b∧s ~ s∨ ~ p ~m
V V V V V
V V V V F
V V V F V
V V V F F
V V F V V
V V F V F
V V F F V
V V F F F
V F V V V
V F V V F
V F V F V
V F V F F
V F F V V
V F F V F
V F F F V
V F F F F
F V V V V
F V V V F
F V V F V
F V V F F
F V F V V
F V F V F
F V F F V
F V F F F
F F V V V
F F V V F
F F V F V
F F V F F
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F F F V V
F F F V F
F F F F V
F F F F F
E aí?
Vamos perder esse tempo todo, fazendo 32 linhas?
Não, é claro que não.
O que fazer?
Bom, para ganharmos tempo, só vamos montar as linhas em que todas as premissas são
verdadeiras.
Para facilitar nosso trabalho, vamos procurar por “premissas fáceis”.
O que é uma “premissa fácil”?
É uma premissa que apresenta um único caso de verdadeiro.
É muito caso para gente analisar! São muitas as situações que tornam a premissa acima
verdadeira. Isso não ajuda muito a gente.
Vamos pular esta premissa.
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Isso já facilita muito as coisas. Se fôssemos fazer uma nova tabela verdade, atentando para a
restrição acima (de que b e s devem ser verdadeiras), o número de linhas já diminuiria muito.
Vejam:
premissa premissa premissa premissa conclusão
b s p m c m→c c∨ p b∧s ~ s∨ ~ p ~m
V V V V V
V V V V F
V V V F V
V V V F F
V V F V V
V V F V F
V V F F V
V V F F F
Para construir a tabela acima, formamos todas as combinações de valores lógicos para “p”,
“m” e “c”.
Para “b” e “s” aí nem precisamos nos preocupar, pois são sempre verdadeiras.
Repetindo: fixamos o valor lógico de b e s. São sempre verdadeiros!!!
Fizemos assim porque todas as premissas devem ser verdadeiras. E a única forma de a terceira
premissa ser verdadeira é se “b” e “s” forem verdadeiras.
Ou seja, já sabemos que:
b: tem que ser verdadeiro
s: tem que ser verdadeiro
Ok, a tabela-verdade agora ficou bem menor. Mas não vamos preenchê-la ainda. Vamos
tentar reduzir ainda mais.
Vamos para a quarta premissa:
4 – Suelen não vai ao shopping ou Pedro não vai ao porto.
É uma premissa. Como qualquer premissa, deve ser verdadeira.
Temos um “ou”. Para que seja verdadeiro, pelo menos uma das parcelas deve ser verdadeira.
A primeira parcela, esta nós já sabemos alguma coisa sobre ela. Vimos que Suelen vai ao
shopping (“s” é verdadeiro).
A primeira parcela do “ou” diz que Suelen não vai ao shopping. Portanto, a primeira parcela
da disjunção é falsa.
Logo, para que a disjunção seja verdadeira, a segunda parcela será verdadeira. Ou seja,
acabamos de concluir que Pedro não vai ao porto (ou seja, “p” é falso).
Pedro não vai ao porto
p: Falso
Repetindo: o único modo de a quarta premissa ser verdadeira é se “p” for falso.
Portanto, já podemos descartar as linhas da tabela verdade em que “p” é verdadeiro.
Nossa tabela verdade ficaria assim:
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Assim, só montamos as linhas que interessam: só aquelas em que todas as premissas são
verdadeiras.
Nestas linhas, vamos analisar a conclusão.
premissa premissa premissa premissa conclusão
b s p m c m→c c∨ p b∧s ~ s∨ ~ p ~m
V V F V V V V V V F
V V F F V V V V V V
Vejam que existe um caso de premissas verdadeiras e conclusão falsa.
Com esta técnica, em vez de montarmos 32 linhas, montamos apenas 2. Isso facilita muito as
coisas.
Em muitas ocasiões, vocês verão que bastará montar uma única linha.
Então a dica é:
1ª Técnica:
Elimine as linhas que tornam as premissas falsas.
Isso será facilitado se houver premissas fáceis (com um único caso de
⇒ verdadeiro).
Exemplo:
- premissas com proposições simples
- premissas com conectivo “e”.
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· Se Paulo fica em casa, então faz o jantar.
· Se Paulo faz o jantar, ele vai dormir tarde.
· Se Paulo dorme tarde, ele não acorda cedo.
· Se Paulo não acorda cedo, ele chega atrasado ao seu trabalho.
Sabendo-se que Paulo não chegou atrasado ao seu trabalho, de acordo com as regras de
raciocínio lógico, é correto deduzir-se que Paulo:
a) ficou em casa.
b) foi ao cinema.
c) fez o jantar.
d) dormiu tarde.
e) não acordou cedo.
Resolução.
O argumento do enunciado é:
p1: Ou Paulo fica em casa, ou ele vai ao cinema.
p2: Se Paulo fica em casa, então faz o jantar.
p3: Se Paulo faz o jantar, ele vai dormir tarde.
p4: Se Paulo dorme tarde, ele não acorda cedo.
p5: Se Paulo não acorda cedo, ele chega atrasado ao seu trabalho.
p6: Paulo não chegou atrasado ao trabalho
q: ?
São seis premissas e uma conclusão, ainda desconhecida. A pergunta é: qual a conclusão para
que o argumento seja válido?
Vamos dar nomes às proposições simples:
c: Paulo fica em casa
s: Paulo vai ao cinema
j: Paulo faz o jantar
d: Paulo vai dormir tarde
a: Paulo acorda cedo
t: Paulo chega atrasado ao trabalho
Na letra A, o argumento é:
c∨s
c→ j
j→d
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d → (~ a)
(~ a) → t
~t
c
Utilizamos um traço horizontal para separar as premissas da conclusão. Outra forma de
representar o mesmo argumento seria assim:
c∨s , c → j , j → d , d → (~ a) , (~ a) → t , ~ t |---- c
O símbolo “|----” também é usado para separar as premissas da conclusão.
E, aqui, fazer a tabela-verdade é algo impensável. São inúmeras proposições, a tabela ficaria
gigante.
Bom, então vamos adotar outra tática.
Observem só a última premissa. É uma proposição simples. Dá para gente usar a técnica 1.
Vamos começar pela proposição mais simples (a sexta):
~t
Para que ela seja verdadeira, temos que t é falso.
t: falso
Vamos fazer uma lista com nossas conclusões.
proposição valor lógico
t FALSO
Agora que já sabemos o valor lógico de t, vamos procurar outra premissa que também
contenha t.
(~ a) → t
O único caso em que um condicional é falso é quando a primeira parcela é verdadeira e a
segunda é falsa. Sabemos que t é falso (segunda parcela é falsa). Logo, para que essa premissa
seja verdadeira, necessariamente, ~ a deve ser falso.
Se ~ a é falso, então a é verdadeiro.
proposição valor lógico
t FALSO
a VERDADEIRO
Vamos procurar por outra premissa que contenha a.
d → (~ a)
Temos um condicional em que a segunda parcela é falsa. Novamente, para que o condicional
seja verdadeiro, a primeira parcela deve ser falsa.
proposição valor lógico
t FALSO
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a VERDADEIRO
d FALSO
Passemos para a seguinte premissa:
j→d
Sabemos que a segunda parcela do condicional é falsa. Conclusão: para que a premissa seja
verdadeira, a primeira parcela deve ser falsa.
proposição valor lógico
t FALSO
a VERDADEIRO
d FALSO
j FALSO
Agora vamos para:
c→ j
Outro condicional. A segunda parcela é falsa. Logo, a primeira parcela deve ser falsa para que
o condicional seja verdadeiro.
proposição valor lógico
t FALSO
a VERDADEIRO
d FALSO
j FALSO
c FALSO
Por fim:
c∨s
Temos um “ou exclusivo”. Para que ele seja verdadeiro, as duas parcelas devem ter valores
lógicos diferentes. Já sabemos que a primeira parcela é falsa. Logo, “s” deve ser verdadeiro.
proposição valor lógico
t FALSO
a VERDADEIRO
d FALSO
j FALSO
c FALSO
s VERDADEIRO
Pronto. Já achamos o único caso em que todas as premissas são verdadeiras. É o caso em que
t, a, d, j, c, s são, respectivamente, falso, verdadeiro, falso, falso, falso, verdadeiro. Esta é a
única linha da tabela verdade que deve ser analisada.
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Letra B.
Conclusão: Paulo foi ao cinema (s).
Do quadro acima, sabemos que s é verdadeira. Logo, o argumento é válido. Ou seja, quando
todas as premissas são verdadeiras, a conclusão também é.
Gabarito: B
Resolução.
Premissas:
1 – Se é noite e não chove, então Paulo vai ao cinema
2 – Se não faz frio ou Paulo vai ao cinema, então Márcia vai ao cinema.
3 – Márcia não foi ao cinema e é noite.
A última premissa é uma proposição mais fácil de ser analisada, pois tem um único caso de
verdadeiro (é uma conjunção). Isso já nos remete à técnica 1.
Para que a terceira premissa seja verdadeira, temos:
Márcia não foi ao cinema e é noite.
Ou seja:
proposição valor lógico
m F
n V
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p F
c V
Pronto. Esta é a única linha da tabela verdade em que todas as premissas são verdadeiras. É a
linha em que as proposições m, n, f, p, c são, respectivamente, F, V, V, F, V.
É nesta linha que temos que analisar a conclusão.
Com base nos valores lógicos da tabela acima, concluímos que o exposto na alternativa C é
correto.
Gabarito: C
Resolução.
A proposição mais fácil é a quarta, pois é uma proposição simples. Como ela é uma premissa,
ela é verdadeira.
Fred não tem porte de arma.
Vamos procurar agora qual a proposição que também fala sobre porte de arma. Observem a
primeira premissa:
Se Fred é policial, então ele tem porte de arma.
Temos um condicional em que a segunda parcela é falsa. Para que o condicional seja
verdadeiro, a primeira parcela também deve ser falsa.
Fred não tem porte de arma.
Fred não é policial
Vamos para a quinta premissa:
Se Fred mora em São Paulo, então ele é policial.
Temos um condicional em que a segunda parcela é falsa. Para que o condicional seja
verdadeiro, a primeira parcela também deve ser falsa.
Fred não tem porte de arma.
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V Se o juiz estava lendo os processos na sala de audiências, então os processos estavam sobre
a bandeja.
A partir do texto e das informações e premissas acima, é correto afirmar que a proposição
1. “Se o juiz não estava lendo os processos em seu escritório, então ele estava lendo os
processos na sala de audiências” é uma conclusão verdadeira.
2. “Se os processos não estavam sobre a mesa, então o juiz estava lendo os processos na sala
de audiências” não é uma conclusão verdadeira.
3. “Os processos não estavam sobre bandeja” é uma conclusão verdadeira.
4. “Se o juiz analisou os processos, então ele não esteve no escritório” é uma conclusão
verdadeira.
Resolução.
Todas as premissas fornecidas devem ser consideradas verdadeiras. A mais simples para
analisarmos é a IV, pois se trata de uma proposição simples.
O juiz não analisou os processos.
Ela deve ser verdadeira. Logo:
1 O Juiz não analisou os processos.
Agora vamos para a primeira premissa:
Se os processos estavam sobre a bandeja, então o juiz os analisou.
A segunda parcela do condicional é falsa. Para que o condicional seja verdadeiro, a primeira
parcela também deve ser falsa. Portanto:
1 O Juiz não analisou os processos.
2 Os processos não estavam sobre a bandeja
Agora vamos para a quinta premissa:
Se o juiz estava lendo os processos na sala de audiências, então os processos estavam sobre a
bandeja.
A segunda parcela do condicional é falsa (ver segunda conclusão da tabela acima). Para que o
condicional seja verdadeiro, a primeira parcela deve ser falsa.
1 O Juiz não analisou os processos.
2 Os processos não estavam sobre a bandeja
3 O juiz não estava lendo os processos na sala de audiências
Segunda premissa:
O juiz estava lendo os processos em seu escritório ou ele estava lendo os processos na sala de
audiências.
A segunda parcela do “ou” é falsa (ver conclusão 3 da tabela acima). Para que o “ou” seja
verdadeiro, a primeira parcela deve ser verdadeira.
1 O Juiz não analisou os processos.
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Segundo item.
“Se os processos não estavam sobre a mesa, então o juiz estava lendo os processos na sala de
audiências”.
A primeira parcela do condicional é falsa, o que faz com que a proposição composta seja
verdadeira. Como a questão afirmou justamente o contrário, o item está errado.
Gabarito: errado.
Terceiro item.
“Os processos não estavam sobre bandeja”
Proposição correta, conforme conclusão 2 da tabela.
Gabarito: certo
Quarto item.
“Se o juiz analisou os processos, então ele não esteve no escritório.”
A primeira parcela do condicional é falsa, o que faz com que o condicional seja verdadeiro.
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Gabarito: certo.
Resolução.
Premissas:
1 - Maria se candidatará ao cargo de deputado estadual se, e somente se, Paulo não se
candidatar ao cargo de deputado estadual;
2 - se Paulo não se candidatar ao cargo de deputado estadual, então ele se candidatará ao
cargo de deputado federal ou senador;
3 - Paulo se candidatará ao cargo de senador se, e somente se, seu irmão o ajudar
financeiramente na campanha eleitoral.
4 – Paulo não se candidatou ao cargo de deputado estadual nem ao de senador.
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Vamos para a terceira premissa. Temos um bicondicional. A primeira parcela é falsa, pois
Paulo não se candidatou a senador. Para que o bicondicional seja verdadeiro, a segunda
parcela também deve ser falsa.
Paulo não se candidatou a deputado estadual
Paulo não se candidatou a senador.
Seu irmão não ajudou financeiramente na campanha.
Temos um condicional em que a primeira parcela é verdadeira (pois Paulo não se candidatou
a deputado estadual).
A segunda parcela também deve ser verdadeira, para que o condicional seja verdadeiro.
A segunda parcela da disjunção é falsa (pois Paulo não se candidata a senador). Para que a
disjunção seja verdadeira, a primeira parcela deve ser verdadeira.
Paulo não se candidatou a deputado estadual
Paulo não se candidatou a senador.
Seu irmão não ajudou financeiramente na campanha.
Paulo se candidata a deputado federal
Primeira premissa:
1 - Maria se candidatará ao cargo de deputado estadual se, e somente se, Paulo não se
candidatar ao cargo de deputado estadual;
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4. Técnica 2: tabela verdade modificada
Vamos para a segunda técnica de análise de argumentos.
Para verificarmos como aplicar esta técnica, vamos direto para o exercício.
Resolução.
Temos as seguintes proposições simples:
· h: Homero é honesto.
· j: Júlio é justo
· b: Beto é bondoso.
Só que agora não temos nenhuma premissa “fácil”. Não há qualquer premissa que seja uma
proposição simples. Não há premissa com o conectivo “e”.
O que fazer?
Seria ótimo não perdermos tempo com as linhas em que as premissas são falsas.
Só que agora isso será um pouco mais trabalhoso do que antes, justamente porque não temos
mais premissas fáceis.
Neste caso, é mais seguro realmente fazer todas as linhas.
Mas, para não perdermos tanto tempo, vamos economizar nas colunas!!! Nesta situação,
vamos fazer uma “tabela-verdade modificada”.
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É uma tabelinha informal, simplificada. Seria uma tabela em que colocamos apenas as
proposições simples envolvidas. Só isso. Não importa que as premissas e a conclusão não
sejam representadas.
h j b
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Notem que só colocamos as colunas para h, j e b, que são as proposições simples.
As premissas (~h ∨ j, : h ∨ j ∨ b, b ∨ ~j, ~b ∨ h ) não foram representadas.
Qual a vantagem disso?
A vantagem é economizarmos nas colunas. Vamos fazer menos colunas. Só fazemos as
colunas das proposições simples.
Já que estamos modificando a tabela verdade, em vez de representarmos as proposições por
letras, podemos colocar também as frases de origem. Tanto faz, o resultado será o mesmo.
Assim:
Homero Júlio Beto
Honesto Justo Bondoso
Honesto Justo Não bondoso
Honesto Não justo Bondoso
Honesto Não justo Não bondoso
Não honesto Justo Bondoso
Não honesto Justo Não bondoso
Não honesto Não justo Bondoso
Não honesto Não justo Não bondoso
Em seguida, vamos lendo as informações do enunciado. Detalhe: lembrem-se que todas as
informações do enunciado são verdadeiras (são premissas).
1 - Homero não é honesto, ou Júlio é justo.
Esta foi a primeira informação. Sabemos que ela é verdadeira, pois todas as informações do
enunciado são verdadeiras (são premissas!).
Nesta frase acima temos um “ou”. Qual a única situação em que um “ou” é falso? Quando as
duas parcelas são falsas. No caso, quando Homero for honesto e Júlio não for justo.
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Ora, se esta situação (Homero honesto; Júlio não justo) faz com que a frase acima seja falsa,
então temos que excluir esta hipótese porque isso iria contra o que está dito no enunciado.
A ideia é ir excluindo todas as hipóteses que possam tornar falsas as premissas.
Portanto, vamos riscar as linhas em que esta combinação aparece (Homero honesto e Júlio
não justo).
Homero Júlio Beto
Honesto Justo Bondoso
Honesto Justo Não bondoso
Honesto Não justo Bondoso
Honesto Não justo Não bondoso
Não honesto Justo Bondoso
Não honesto Justo Não bondoso
Não honesto Não justo Bondoso
Não honesto Não justo Não bondoso
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Ou seja, a única linha da tabela verdade que torna todas as premissas verdadeiras é aquela em
que Homero é honesto, Júlio é justo e Beto é bondoso.
Portanto, a conclusão exposta em “C” é correta.
Gabarito: C
2ª Técnica
Faça uma tabela verdade modificada, assim:
- faça só as colunas das proposições simples;
⇒
- como o número de colunas será reduzido, você pode optar por colocar frases
em vez de letras.
Em seguida, vá riscando as linhas que tornam as premissas falsas.
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Resolução.
Vamos dar nomes às proposições simples:
E: sou um espião;
P: amo meu país
T: sou um traído da pátria
~
~
Vamos montar a nossa tabelinha simplificada:
E P T
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
A primeira premissa é:
~
Ela só será falsa quando E for verdadeiro e P for verdadeiro.
Temos que excluir as linhas em que isso ocorre, pois elas tornam falsa a primeira premissa:
E P T
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
A segunda premissa é:
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
A terceira premissa é:
~
Esta premissa será falsa se o antecedente for verdadeiro e o consequente for falso. Ou seja,
para que ela seja falsa, duas coisas devem ocorrer:
- (~T) é verdadeiro, logo T é falso
- (P) é falso.
Portanto, temos que eliminar as linhas em que T é falso e P é falso.
Estas linhas já foram todas eliminadas anteriormente. Não há mais linhas para eliminarmos.
E P T
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Assim, sobraram três linhas. Nestas linhas, todas as premissas são verdadeiras.
E P T
V V F
F V F
F F V
Com isso, qualquer conclusão só será válida se ela for verdadeira nestas três linhas.
A conclusão pretendida é:
~
Vamos testar esta conclusão no caso em que E é verdadeiro e P é verdadeiro.
Teríamos uma conjunção em que a primeira parcela é falsa (~E é falso). Isso faz com que a
conjunção seja falsa.
Portanto, existe um caso de premissas verdadeiras e conclusão falsa. É o caso em que:
- E é verdadeiro
- P é verdadeiro
- T é falso.
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Se existe um caso de premissas verdadeiras com conclusão falsa, então o argumento é
inválido.
Gabarito: errado
Homero não é honesto, ou Júlio é justo. Homero é honesto, ou Júlio é justo, ou Beto é
bondoso. Beto é bondoso, ou Júlio não é justo. Beto não é bondoso, ou Homero é honesto.
Logo,
a) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.
b) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.
c) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.
d) Beto não é bondoso, Homero não é honesto, Júlio não é justo.
e) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.
Só que existem argumentos que não apresentam premissas “fáceis”. Nós ficamos sem ponto
de partida. É aí que entra o chute.
Você chuta alguma coisa e vê se consegue fazer com que todas as premissas sejam
verdadeiras. Se você não conseguir, o seu chute deu errado. Você precisa alterar seu chute.
Vamos, então, tentar fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras.
De início, vamos procurar por premissas que falem de Homero, pois nosso chute foi sobre ele.
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A primeira parcela do “Ou” é verdadeira (de acordo com nosso chute). Isto já garante que a
primeira premissa é verdadeira.
Pronto. Acabamos. Concluímos que Beto é bondoso, Júlio é justo e Homero é honesto.
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EP 6 Classifique o seguinte argumento em válido ou inválido.
Premissas:
1 – Bia vai ao boliche se e somente se Cláudia vai ao cinema
2 – Ou Amanda vai ao armazém ou Bia vai ao boliche.
Conclusão:
Se Amanda vai ao armazém, então Bia vai ao boliche.
Resolução.
Vamos usar a técnica do chute.
Vamos chutar que Cláudia vai ao cinema.
Chute: Cláudia vai ao cinema.
Agora vamos tentar fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras.
Na primeira premissa, a segunda parcela do bicondicional é verdadeira. Para que a proposição
composta seja verdadeira, Bia deve ir ao boliche.
Bia vai ao boliche.
Vamos para a segunda premissa. Temos um “ou exclusivo”. A segunda parcela é verdadeira.
Para que a conjunção exclusiva seja verdadeira, a primeira parcela deve ser falsa.
Amanda não vai ao armazém.
Ok, já achamos a linha da tabela verdade em que todas as premissas são verdadeiras. É a linha
em Cláudia vai ao cinema, Amanda não vai ao armazém e Bia vai ao boliche.
Nesta linha, vamos analisar a conclusão.
Conclusão: Se Amanda vai ao armazém, então Bia vai ao boliche.
O antecedente é falso e o consequente é verdadeiro. Nesta situação, o condicional é
verdadeiro.
Ou seja, quando todas as premissas são verdadeiras, a conclusão também é.
Resposta: argumento válido.
Certo???
Errado!!!
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Neste exemplo, há uma outra situação em que todas as premissas são verdadeiras. É o caso
em que: Amanda vai ao armazém, Bia não vai ao boliche e Cláudia não vai ao cinema. Neste
caso, a conclusão é falsa. Ou seja, há um caso de premissas verdadeiras e conclusão falsa.
Logo, o argumento é inválido.
3ª Técnica
- Dê um chute inicial
- veja se consegue fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras.
Em algumas situações, uma boa forma de analisar o argumento é procurando justamente pela
linha da tabela verdade que “fura” o argumento, a linha que o torna inválido.
Como fazemos isso?
Simples.
Primeiro passo: forçamos a conclusão a ser falsa.
Segundo passo: tentamos fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras.
Se conseguirmos, então nós achamos a linha que fura o argumento. Nós achamos a linha que
torna o argumento inválido.
Se não conseguirmos, é porque esta linha não existe. Logo, o argumento é válido.
Por isso nós dizemos que a análise é de “trás para frente”. Porque partimos da conclusão e
vamos para as premissas.
Vamos usar esta ferramenta para analisar o argumento acima.
Temos:
Premissas:
1 – Se Manuel vai ao mercado, então Cláudia vai ao cinema.
2 – Cláudia vai ao cinema ou Pedro vai ao porto.
3 – Beatriz vai ao boliche e Suelen vai ao shopping.
4 – Suelen não vai ao shopping ou Pedro não vai ao porto.
Segundo passo: vamos tentar fazer com que as premissas sejam todas verdadeiras.
Na primeira premissa, temos:
1 – Se Manuel vai ao mercado, então Cláudia vai ao cinema.
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A primeira parcela do condicional é verdadeira. A segunda parcela deverá ser verdadeira, para
que o condicional seja verdadeiro. Portanto, Cláudia vai ao cinema.
Proposição Valor lógico Em palavras
m verdadeiro Manuel vai ao mercado.
c verdadeiro Cláudia vai ao cinema
Segunda premissa:
2 – Cláudia vai ao cinema ou Pedro vai ao porto.
A primeira parcela da conjunção é verdadeira. Isso faz com que a premissa seja verdadeira.
Pronto.
Conseguimos!
Esta técnica da análise “de trás para frente” é útil quando a conclusão só apresenta um caso de
falso. Isso ocorre quando a conclusão é:
- uma proposição simples
- uma disjunção
- um condicional
Resolução:
Reparem que as premissas não são “fáceis”. Não temos proposições simples, nem conjunções.
Ou seja, não dá para usar a técnica 1.
Daria para usar a técnica 2?
Sem dúvidas. Poderíamos fazer uma tabela-verdade modificada. É uma técnica boa, que
sempre funciona. E é sistemática.
Sua desvantagem é: embora não seja tão demorada quanto fazer a tabela verdade completa,
ainda demanda um certo tempo.
E, nesse caso, temos 4 proposições simples. A tabela verdade modificada seria bem grande
(teria muitas linhas). Ou seja, usar a técnica 2 ainda seria muito trabalhoso.
Ou seja, é complicado partir das premissas para vermos o que é que dá para concluir. É
complicado partir das premissas para ver qual a conclusão possível.
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Ora, se está difícil partir das premissas, vamos fazer o caminho contrário. Vamos então para a
análise “de trás para frente”.
Isso mesmo. Iremos de “trás para frente”. Partiremos da conclusão. Faremos com que a
conclusão seja falsa. Caso, fazendo com que a conclusão seja falsa, achemos uma situação em
que todas as premissas sejam verdadeiras, então o argumento é inválido. Ou seja, estamos
justamente determinando a linha da tabela-verdade em que as premissas são verdadeiras e a
conclusão é falsa. ´
Repetindo:
1 – “forçaremos” a conclusão a ser falsa
2 – tentaremos fazer com que as premissas sejam verdadeiras
Se conseguirmos, o argumento é inválido (há uma situação de premissas verdadeiras e
conclusão falsa).
Se não conseguirmos, o argumento é válido.
Letra A.
Conclusão: Roberto não é brasileiro e Roberto não tem plena liberdade de associação.
Nessa nossa tática de ir de “trás para frente”, a pior alternativa para analisarmos é a letra A.
Nela, nós temos um “e”. Queremos forçar o caso em que a conclusão é falsa. Só que há três
linhas da tabela verdade do “e” que fazem com que a proposição composta seja falsa. É muito
caso para analisar.
Vamos pular para a letra B.
Letra B.
Conclusão: Se Roberto é brasileiro, então Carlos interpretou corretamente a legislação.
Queremos forçar a conclusão a ser falsa. Temos um “se... então”. Ele só é falso quando a
primeira parcela é verdadeira e a segunda é falsa. Logo:
Conclusões
1 Roberto é brasileiro
2 Carlos não interpretou corretamente a legislação
Vamos agora tentar fazer com que as premissas sejam verdadeiras.
Primeira premissa:
Se Roberto é brasileiro, então Roberto tem plena liberdade de associação.
Queremos que o condicional seja verdadeiro. Sabemos que a primeira parcela é verdadeira,
pois Roberto é brasileiro. Logo, para que o condicional seja verdadeiro, a segunda parcela
deve ser verdadeira.
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Conclusões
1 Roberto é brasileiro
2 Carlos não interpretou corretamente a legislação
3 Roberto tem plena liberdade de associação
Vamos para a segunda premissa:
Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a associar-se.
Temos um “ou”. A primeira parcela é falsa (ver conclusão 3). Logo, para que a premissa seja
verdadeira, a segunda parcela deve ser verdadeira. Ou seja, Magnólia foi obrigada a associar-
se.
Conclusões
1 Roberto é brasileiro
2 Carlos não interpretou corretamente a legislação
3 Roberto tem plena liberdade de associação
4 Magnólia foi obrigada a associar-se
Terceira premissa:
Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não foi obrigada a
associar-se.
Outro condicional. A primeira parcela é verdadeira (ver conclusão 2). A segunda parcela é
falsa (ver conclusão 4). Logo, a terceira premissa é falsa.
Ou seja, não atingimos nosso objetivo. Não conseguimos achar um caso em que a conclusão é
falsa e todas as premissas são verdadeiras. Logo, esse é o argumento válido.
Gabarito: B
4ª Técnica:
Force a conclusão a ser falsa.
Tente fazer com que as premissas sejam verdadeiras.
Se conseguir, o argumento é inválido.
Se não conseguir, o argumento é válido.
⇒
Isso é útil se a conclusão tiver um único caso de falso. Isto ocorrerá se a
conclusão for:
- uma proposição simples
- uma conjunção
- um condicional
EC 22. PREFEITURA DE VILA VELHA 2008 [CESPE]
Considere que as proposições listadas abaixo sejam todas V.
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I Se Clara não é policial, então João não é analista de sistemas.
II Se Lucas não é policial, então Elias é contador.
III Clara é policial.
Supondo que cada pessoa citada tenha somente uma profissão, então está correto concluir que
a proposição “João é contador” é verdadeira.
Resolução.
As proposições I, II e III são tomadas como verdadeiras. Ou seja, são nossas premissas.
Partindo delas, queremos saber se é possível concluir que João é contador.
Observem que a terceira premissa é uma proposição simples. Isso nos remete à técnica 1.
Vamos, então, iniciar pela terceira premissa, que é uma proposição simples. Para que ela seja
verdadeira, temos:
Clara é policial.
Para continuar aplicando a técnica 1, teríamos que usar esta informação em outra premissa
que falasse de Clara, para podermos tirar novas conclusões.
Se vocês tentarem usar esta informação nas demais premissas, verão que não conseguirão
descobrir muita coisa.
Ou seja, apesar de o argumento possuir uma premissa simples, ela não foi suficiente para
gente eliminar diversas linhas da tabela verdade (técnica 1).
Vamos forçar a conclusão a ser falsa. Para que ela seja falsa, devemos ter:
João não é contador.
Agora vamos tentar fazer com que as premissas sejam verdadeiras.
Vamos para a terceira premissa. Para que ela seja verdadeira, Clara deve ser policial.
João não é contador.
Clara é policial
Vamos para a primeira premissa:
Se Clara não é policial, então João não é analista de sistemas.
Temos um condicional em que o antecedente é falso. Isso já garante que a primeira premissa
seja verdadeira.
Vamos para a segunda premissa:
Se Lucas não é policial, então Elias é contador.
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Há várias formas de esta premissa ser verdadeira. Um exemplo ocorre quando Elias é
contador. Desta forma, o consequente é verdadeiro, garantindo que o condicional seja
verdadeiro.
João não é contador.
Clara é policial
Elias é contador
Ou seja, encontramos uma linha da tabela verdade que faz com que a conclusão seja falsa e
todas as premissas sejam verdadeiras.
Esta linha já é suficiente para dizermos que o argumento é inválido.
Em outras palavras, as premissas fornecidas não permitem concluir que João é contador. As
premissas não suportam a conclusão.
Gabarito: errado.
Resolução.
No fundo, o que o exercício nos deu foi um argumento. As proposições “A” e “B” são as
premissas. A proposição “C” é a conclusão.
O exercício afirma que, se “A” e “B” são verdadeiras, então “C” também é. Ou seja, o
exercício afirma que o argumento fornecido é válido.
Vamos fazer a análise do argumento. Vamos “de trás para frente”. Começamos forçando a
conclusão a ser falsa. A conclusão é:
C: Jane é policial federal ou procuradora de justiça.
Para que o “ou” seja falso, as duas parcelas devem ser falsas. Logo:
Conclusões
Jane não é policial federal
Jane não é procuradora de justiça
Vamos ver se conseguimos fazer as premissas serem verdadeiras.
A primeira premissa é:
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Se Jane é policial federal ou procuradora de justiça, então Jane foi aprovada em concurso
público.
Esta premissa já é, de cara, verdadeira, pois a primeira parcela do condicional é falsa (Jane
não é policial federal nem procuradora de justiça).
A segunda premissa é:
Jane foi aprovada em concurso público.
Para que ela seja verdadeira, Jane foi aprovada em concurso.
Conclusões
Jane não é policial federal
Jane não é procuradora de justiça
Jane foi aprovada em concurso público
Pronto!
Conseguimos achar um caso em que todas as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa.
É o caso em que Jane não é policial, não é procuradora de justiça e foi aprovada em concurso
público. Logo, o argumento é inválido. Ou seja, as premissas não suportam a conclusão.
Gabarito: errado
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Caso contrário, se, em pelo menos uma das linhas em que as premissas são verdadeiras, a
conclusão for falsa, o argumento será inválido. Além disso, o condicional a ele associado não
será mais uma tautologia.
Estendendo o conceito para n premissas, temos:
O argumento
p1, p2, p3 ..., pn |---- q
é válido se e somente se o condicional
p1 ∧ p2 ∧ p3 ... ∧ pn → q
é uma tautologia.
O conceito de condicional associado a um argumento válido pode ser utilizado para identificar
tautologias. Vejamos um exercício já resolvido na aula passada:
Resolução.
Este condicional pode ser associado ao seguinte argumento:
Premissa:
Conclusão:
Este argumento é inválido. Isto porque o fato de a premissa ser verdadeira não garante que a
conclusão também seja.
Basta pensar no caso em que P é verdadeiro e Q é falso. Nesta linha da tabela verdade, a
premissa é verdadeira e a conclusão é falsa. Se existe um caso de premissa verdadeira com
conclusão falsa, o argumento é inválido.
Se o argumento associado a este condicional é inválido, então o condicional não é tautológico.
Gabarito preliminar: errado
Para testar a validade desse argumento, podemos contar com a premissa adicional. Agora as
premissas são:
- Se Roberto é brasileiro, então Roberto tem plena liberdade de associação.
- Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a associar-se.
- Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não foi obrigada a
associar-se.
- Roberto é brasileiro (premissa adicional)
E a conclusão passa a ser:
Carlos interpretou corretamente a legislação.
E, assim, não precisamos fazer o nosso método “de trás para frente”. Podemos seguir o rumo
natural das coisas. Podemos partir das premissas. Agora, será bem mais fácil tirar conclusões
imediatas.
Por quê?
Porque acabamos de ganhar uma premissa “fácil”. É uma proposição simples.
Da quarta premissa, temos que Roberto é brasileiro.
Conclusões
1 Roberto é brasileiro
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Vamos para a primeira premissa. Queremos que ela seja verdadeira. Sabemos que a primeira
parcela é verdadeira (ver conclusão 1). Logo, a segunda parcela também deve ser verdadeira.
Conclusões
1 Roberto é brasileiro
2 Roberto tem liberdade de associação
Vamos para a segunda premissa. Temos um “ou”. Sabemos que sua primeira parcela é falsa
(pois Roberto tem plena liberdade de associação). Para que o “ou” seja verdadeiro, a segunda
parcela deve ser verdadeira. Logo, Magnólia foi obrigada a se associar.
Conclusões
1 Roberto é brasileiro
2 Roberto tem liberdade de associação
3 Magnólia foi obrigada a associar-se
Vamos para a terceira premissa. Temos um condicional. A segunda parcela é falsa. Logo, a
primeira parcela deve ser falsa. Portanto, Carlos interpretou corretamente a legislação.
Conclusões
1 Roberto é brasileiro
2 Roberto tem liberdade de associação
3 Magnólia foi obrigada a associar-se
4 Carlos interpretou corretamente a legislação
Premissas:
- Se Roberto é brasileiro, então Roberto tem plena liberdade de associação.
- Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a associar-se.
- Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não foi obrigada a
associar-se.
- Carlos não interpretou corretamente a legislação (premissa adicional)
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Conclusão:
Roberto é brasileiro.
Letra D.
Conclusão:
Carlos interpretou corretamente a legislação ou Magnólia foi obrigada a associar-se.
Agora, a conclusão não está mais na forma de um condicional. Assim, não podemos mais usar
a dica da “premissa adicional”.
Ah, mas a conclusão é uma disjunção. Ela apresenta um único caso de falso. Podemos usar
outra técnica que estudamos.
Para testar a validade desse argumento, vamos, novamente, ir de “trás para frente”. Vamos
forçar a conclusão a ser falsa.
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Para que a conclusão seja falsa, as duas parcelas do “ou” devem ser falsas.
Conclusões
1 Carlos não interpretou corretamente a legislação
2 Magnólia não foi obrigada a associar-se
Vamos para a segunda premissa. Temos um “ou” em que a segunda parcela é falsa. Para que o
“ou” seja verdadeiro, a primeira parcela deve ser verdadeira.
Conclusões
1 Carlos não interpretou corretamente a legislação
2 Magnólia não foi obrigada a associar-se
3 Roberto não tem plena liberdade de associação
Primeira premissa. É um condicional em que a segunda parcela é falsa. Logo, a primeira
parcela deve ser falsa, para que a proposição composta seja verdadeira.
Conclusões
1 Carlos não interpretou corretamente a legislação
2 Magnólia não foi obrigada a associar-se
3 Roberto não tem plena liberdade de associação
4 Roberto não é brasileiro.
Terceira premissa. É um condicional em que as duas parcelas são verdadeiras (ver conclusões
1 e 2).
Pronto. Achamos um caso em que todas as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa.
Na situação indicada no quadro acima, temos a veracidade das premissas e a falsidade da
conclusão. Achamos a linha da tabela-verdade que “fura” nosso argumento, que faz com que
ele seja inválido.
Letra E.
Outra vez, temos uma conclusão na forma de um condicional. Podemos utilizar a técnica da
“premissa adicional”.
Nosso argumento passa a ser:
Premissas:
- Se Roberto é brasileiro, então Roberto tem plena liberdade de associação.
- Roberto não tem plena liberdade de associação ou Magnólia foi obrigada a associar-se.
- Se Carlos não interpretou corretamente a legislação, então Magnólia não foi obrigada a
associar-se.
- Magnólia foi obrigada a associar-se (premissa adicional)
Conclusão:
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Roberto não tem plena liberdade de associação.
Terceira premissa. Temos um condicional em que a segunda parcela é falsa. Logo, a primeira
parcela deve ser falsa, para que o condicional seja verdadeiro.
Conclusões
1 Magnólia foi obrigada a associar-se
2 Carlos interpretou corretamente a legislação
Segunda premissa. Temos um “ou” em que a segunda parcela é verdadeira. Logo, a segunda
premissa já é verdadeira. O Roberto pode ter ou não plena liberdade de associação. Tanto faz.
De um jeito ou de outro, a segunda premissa é verdadeira.
Primeira premissa.
Como não sabemos que se Roberto tem ou não liberdade de associação, então há várias
formas de a primeira premissa ser verdadeira. Temos os seguintes casos:
1 – Roberto é brasileiro e Roberto tem plena liberdade de associação
2 – Roberto não é brasileiro e Roberto tem pela liberdade de associação
3 – Roberto não é brasileiro e Roberto não tem plena liberdade de associação.
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5ª Técnica:
Sempre que a conclusão for um condicional, do tipo d → e , você pode fazer o
⇒ seguinte:
- considere a proposição “d” como uma premissa adicional
- a conclusão passa a ser formada apenas pela proposição “e”.
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p→q
p
q
6 – Regra Modus Tollens
p→q
~q
~p
7 – Regra do Silogismo Disjuntivo
p∨q
~q
p
8 – Regra do Silogismo Hipotético
p→q
q→r
p→r
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p→q
~q
~p
conclusão premissa premissa
p q ~p ~q p→q
V V F F V
V F F V F
F V V F V
F F V V V
Na única linha em que todas as premissas são verdadeiras, a conclusão também é. Logo, o
argumento é válido.
Outro exemplo: Modus Ponens
p→q
p
q
premissa conclusão premissa
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Na única linha em que todas as premissas são verdadeiras, a conclusão também é. O
argumento, novamente, é válido.
Então fica só o registro de que existem estas regras de inferência.
Acho que não é muito produtivo ficar explorando muito esse tipo de ferramenta. Apenas para
não passar totalmente em branco, vamos ver um exemplo.
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A partir das duas primeiras premissas, podemos usar o Silogismo Hipotético para inferir
p→r:
p→q
q→r
p→r
Agora, considerando que p → r , temos:
p→r
s →t
s∨ p
Aplicando o dilema construtivo, podemos inferir que: t ∨ r .
Portanto, o argumento é válido.
Partimos de combinações das premissas e, usando algumas regras de inferência, chegamos à
conclusão pretendida.
Para prova de concurso, você não precisa decorar quais são as regras de inferência. O que
deve ficar é a ideia por trás das regras de inferência. Podemos combinar premissas para
gerar outras proposições verdadeiras.
Esta ideia de combinar premissas para gerar novas proposições verdadeiras (como se fossem
novas premissas) é muito útil!!!
Contudo, em provas do CESPE esta técnica acaba não sendo tão exigida. Em provas da ESAF
ela é mais útil, como no exemplo a seguir:
Resolução.
Vamos combinar premissas para formar outras, mais simples.
Olhe atentamente para as informações 3 e 4.
3 – Se Pedro não visita Ana, ele não lê poesias.
4 – Se Pedro lê poesias, ele não visita Ana.
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Oras, as informações dizem que, se ele visita Ana, ele não lê poesias. E, se não visita Ana,
também não lê poesias. Só posso concluir que ele nunca lê poesias (visitando Ana ou não).
Conclusão: Pedro não lê poesias.
A informação 2 diz:
2 – Se Pedro bebe, ele lê poesias.
O consequente é falso. Assim, o antecedente deve ser falso, para que o condicional seja
verdadeiro.
Conclusão: Pedro não bebe.
A informação 1 diz:
1 – Se Pedro não bebe, ele visita Ana.
Sabemos que Pedro não bebe. Isso já é suficiente para concluirmos que ele visita Ana.
Logo: Pedro visita Ana.
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Resposta:
Uma opção para verificar se a proposição dada acima é tautológica é efetivamente fazer a
tabela-verdade. Você verá que a última coluna, correspondente a P → R , será sempre
verdadeira.
Caso você tenha gravado as regras de inferência, você perceberá uma solução bem mais
rápida. Basta lembrar de um dos argumentos básicos, o silogismo hipotético:
p→q
q→r
p→r
1. Quantificadores
Uma sentença aberta é uma sentença que possui pelo menos uma variável.
Exemplo:
x+3>5
Acima temos uma sentença aberta. Ela possui a variável x. Cada valor de x dá origem a uma
proposição, que pode ser julgada em V ou F. Isso é o que caracteriza uma sentença aberta. É o
fato de ela poder dar origem a diversas proposições, conforme o valor assumido pela variável.
Em outras palavras, a sentença x + 3 > 5 , por si só, não é uma proposição. Ela não pode, de
imediato, ser julgada em V ou F. Cada valor de x vai dar origem a uma proposição que, aí
sim, poderá ser julgada.
É muito comum que, a partir de uma sentença aberta, sejam formuladas proposições por meio
de quantificadores. Quando um quantificador incide sobre uma variável, aí temos uma
proposição, que pode ser julgada em V ou F.
A partir do exemplo acima, vamos criar outra frase:
Existe valor de x tal que x + 3 > 5 .
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Ah, agora mudou tudo. A palavra “existe” é um quantificador. Podemos pensar que ela é
sinônimo de “algum”. Afirma-se que algum x obedece a “ x + 3 > 5 ”. Ou seja, afirma-se que
existe pelo menos um valor de x que satisfaz x + 3 > 5 .
Essa segunda sentença é uma proposição. Apesar de apresentar uma variável, ela já pode ser
julgada de imediato. No caso, sabemos que é verdadeira.
Os quantificadores são geralmente indicados por palavras como: todo, algum, nenhum etc.
Argumentos que envolvem proposições deste tipo são mais facilmente estudados por meio de
diagramas, que representam os diversos conjuntos de possibilidades.
Exemplo de frases:
“Todo cachorro tem quatro patas”
“Algum cavalo é marrom”
“Nenhum triângulo tem 5 lados”
“Todos os homens têm olhos azuis”
A ideia é sempre essa. Sempre que nos disseram que “Todo X é Y” significa que o conjunto
dos X está contido no conjunto dos Y.
Dizendo de forma um pouco diferente: o conjunto dos cachorros é um subconjunto do
conjunto das coisas que latem.
Reparem que este quantificador nos traz algumas certezas e algumas incertezas.
É a região cinza da figura acima. Nesta aula, vamos usar a cor cinza para indicar que não há
elementos na região.
Agora, simplesmente dizer que “todo dragão é um animal com mais de 15 metros de altura”
não nos dá certeza de que existem dragões, nem de que há animais com mais de 15 metros de
altura. São as “regiões de incerteza”, destacadas em amarelo na figura acima.
Ou seja, nas regiões em amarelo, não sabemos se há ou não elementos.
Esta proposição em especial foi dada porque, no mundo real, de fato, não há dragões.
Também não há animais com mais de 15 metros de altura.
Apesar disso, é correto dizer que “todo dragão é um animal com mais de 15 metros de altura”.
Ora, se existem zero dragões, então, de fato, todos estes “zero” dragões têm mais de 15
metros de altura.
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Quando dizemos que alguns brasileiros falam espanhol, nós temos a certeza que os dois
conjuntos se tocam. E mais que isso: na intersecção, há pelo menos um elemento.
Ou seja, existe pelo menos uma pessoa que é brasileira e, além disso, fala espanhol.
Isso nos dá a certeza de que, na região marcada com um (X) na figura abaixo, existe pelo
menos uma pessoa:
Quanto às demais regiões do diagrama, não sabemos se correspondem a algum indivíduo. São
“regiões de incerteza”, representadas em amarelo:
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Não sabemos se há brasileiros que não falam espanhol (região 1 da figura). Também não
sabemos se há pessoas que falam espanhol e não são brasileiras (região 2 da figura).
Não temos certeza se há pessoas que são brasileiras e falam espanhol (região 1). Também não
sabemos se há pessoas que não são brasileiras e falam espanhol (região 2).
A única certeza que temos é que não há intersecção entre os conjuntos. É a região cinza da
figura acima. Pintamos de cinza par indicar ausência de elementos.
Contudo, simplesmente dizer que “nenhum dragão é dinossauro” não garante qualquer coisa
sobre a existência de elementos dentro do conjunto dos dragões (região 1 da figura), ou dentro
do conjunto dos dinossauros (região 2).
Não temos certeza se existem dragões. Nem se existem dinossauros. Apenas temos certeza de
que não há dragões que também sejam dinossauros.
Esta proposição em especial foi utilizada porque, no mundo real, atualmente, não existem
dinossauros. Também não existem dragões. Deste modo, realmente é correto dizer que
nenhum dragão é dinossauro.
Com isso não estamos afirmando a existência de qualquer um destes dois tipos de criatura.
Nesta primeira explicação, deixei em amarelo as regiões de incerteza, para poder chamar
melhor a atenção para elas.
Nos exercícios, para não sobrecarregar muito as imagens (e não gastar muito a tinta de vossas
impressoras), vou deixar as “regiões de incerteza” em branco, em vez de amarelo.
Só quando eu quiser chamar a atenção para alguma região de incerteza em particular, aí eu
pinto de amarelo, ok?
Então, para relembrar todos os desenhos, vamos ver mais alguns exemplos.
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Resolução.
Letra A:
A região com um (X) é aquela em que temos certeza de que há algum elemento. Nas demais,
não temos certeza.
Letra B:
Só temos certeza de que não há elementos na intersecção. Por isso, pintamos com cinza para
indicar a ausência de elementos na região.
Outra opção seria desenhar os conjuntos totalmente separados:
Letra C:
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Só temos certeza de que há elementos na intersecção. Por isso marcamos com um (X). Nas
demais regiões, em branco, não sabemos se há elementos.
Letra D:
Só sabemos que não existem santistas fora do conjunto vermelho. Por isso a região foi pintada
com cinza, para indicar a ausência de elementos.
Uma outra possibilidade seria colocar um conjunto dentro do outro:
Resumindo:
- “todo” e “nenhum” só nos dão certeza sobre regiões cinzas (em que não há elementos)
- “algum” só nos dá certeza sobre região com (X) – ou seja, região que contém um elemento.
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2. Símbolos dos quantificadores
Os quantificadores recebem nomes e símbolos especiais.
O quantificador universal é simbolizado por: ∀ . Ele indica que todos os elementos do
conjunto satisfazem a uma dada sentença aberta.
Considere a sentença aberta:
p(x): x é paranaense.
A sentença aberta é indicada por p(x). Estamos indicando que o seu valor lógico depende da
variável, que está entre parêntesis.
Agora, vamos considerar o conjunto formado por todos os curitibanos. Vamos chamá-lo de
conjunto A. Todos os elementos do conjunto dos curitibanos satisfazem a sentença acima. Ou
seja, se substituirmos x por qualquer elemento do conjunto A, nós daremos origem a uma
proposição verdadeira.
Podemos afirmar que:
Todo curitibano é paranaense.
Em símbolos:
∀x ∈ A : p( x)
Estamos dizendo que qualquer x pertencente a A satisfaz a sentença aberta. Ou seja, todos os
curitibanos são paranaenses.
O quantificador existencial é simbolizado por: ∃ . Ele indica que existe pelo menos um
elemento do conjunto que satisfaz à sentença aberta.
Considere a seguinte sentença aberta:
q(x) : x é um país do hemisfério sul.
x é uma variável. Ele pode ser substituído por qualquer país.
Seja B o conjunto dos países da América. Neste conjunto, temos alguns elementos que
satisfazem a sentença aberta (exemplo: Chile, Uruguai). E temos outros que não satisfazem
(como o Canadá e o México). Podemos dizer que:
Algum país da América é um país do hemisfério sul.
Em símbolos:
∃x ∈ B : q( x)
Estamos afirmando que existe um elemento de B que satisfaz à sentença aberta.
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Existe um único país de língua portuguesa cuja seleção é campeã mundial de futebol.
Em símbolos:
∃! x ∈ C : r ( x)
Estamos afirmando que um único elemento de C satisfaz à sentença aberta.
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∃x ∈ A : p( x)
Para negar essa proposição, teríamos que afirmar que, para qualquer elemento de A, a
sentença não é satisfeita. Ficaria assim:
Nenhum brasileiro fala espanhol.
Outra opção:
Não existe brasileiro que fale espanhol.
Em símbolos:
~ (∃x ) ∈ A : p ( x)
Outra forma é usarmos o símbolo de “não existe” ( ):
:
Outra opção seria afirmar que, para todo x pertencente ao conjunto A, a sentença ~ p( x) é
verificada.
Todo brasileiro não fala espanhol
Em símbolos:
∀x ∈ A :~ p( x)
Resumindo:
É claro que o resumo acima, envolvendo algum, todo e nenhum, aplica-se, por analogia, a
todos/alguém/ninguém.
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b) algum poeta é filósofo.
c) nenhum poeta é filósofo.
d) nenhum filósofo é poeta.
e) algum filósofo não é poeta.
Resolução:
As premissas envolvem filósofos, matemáticos e poetas.
Premissas:
1) Alguns filósofos são matemáticos
2) Não é verdade que algum poeta é matemático.
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A segunda premissa nos diz que: “Não é verdade que algum poeta é matemático”.
Em outras palavras, é falso que: algum poeta é matemático.
Assim, a negação disso é verdadeira.
A negação de “algum poeta é matemático” é “nenhum poeta é matemático”
Ou seja, no fundo, a segunda premissa nos diz que “nenhum poeta é matemático”.
Isso nos garante que não há elementos na intersecção entre poetas e matemáticos. Precisamos
pintar a região correspondente de cinza.
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III - Todos aqueles que têm direito de herança são cidadãos de muita sorte.
Supondo que todas essas proposições sejam verdadeiras, é correto concluir logicamente que
1. Joaquina não é cidadã brasileira.
2. todos os que têm direito de herança são cidadãos brasileiros.
3. se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte.
Resolução:
Da primeira proposição, temos que o conjunto dos brasileiros está dentro do conjunto das
pessoas com direito de herança:
Da segunda proposição, sabemos que Joaquina não pertence ao conjunto das pessoas que têm
garantido o direito de herança.
Da terceira proposição, temos que o conjunto das pessoas que têm garantido o direito de
herança está dentro do conjunto dos cidadãos de muita sorte. Aqui, temos duas possibilidades:
Joaquina pode estar incluída ou não no conjunto dos cidadãos de muita sorte:
Primeira opção:
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Segunda opção:
Segundo item.
Afirma-se que todos os que têm garantido direito de herança são brasileiros. Isso é falso. O
enunciado não nos permite concluir isso. É perfeitamente possível que existam pessoas dentro
do conjunto vermelho que não estejam dentro do conjunto verde. Nesta situação, todas as
premissas seriam verdadeiras e a conclusão seria falsa.
As premissas não são suficientes para que cheguemos nessa conclusão.
Gabarito: errado.
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Terceiro item.
Conclusão:
Se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte.
Temos um condicional em que o primeiro termo é verdadeiro. Quanto ao segundo termo, não
temos como saber se ele é verdadeiro ou falso.
As premissas não foram suficientes para sabermos se Joaquina tem muita sorte ou não. Não
temos como afirmar se ela está dentro ou fora do conjunto azul.
Logo, as premissas não nos permitem afirmar que a segunda parcela do condicional seja
verdadeira. Ora, se ela pode ser falsa, fazendo com que o condicional seja falso, então é
porque as premissas não suportam a conclusão.
Gabarito: errado.
Resolução.
Por mais absurdo que seja afirmar que um flamenguista é vascaíno, ou que todo número
inteiro é par, para gente, pelo simples fato de tais proposições serem premissas, elas são
verdadeiras. Então desenhamos os diagramas, considerando as premissas, e avaliamos se as
conclusões são verdadeiras.
Primeiro item.
Vou desenhar logo o diagrama completo, representando todas as premissas.
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De fato, é correto concluir que algum flamenguista não é botafoguense. Basta notar a região
assinalada com um (x). Nela, temos flamenguistas que não são botafoguenses.
Gabarito: certo.
Resolução.
O diagrama representando as premissas fica:
Podemos ver que a conclusão exposta em D é falsa. A conclusão não decorre das premissas.
O argumento é inválido.
Gabarito: errado
Resolução.
Vamos representar cada premissa.
Primeira premissa: alguns participantes da Previc são servidores da União.
Note que conseguimos montar um diagrama que torna verdadeiras as duas premissas.
Por este diagrama, a conclusão seria falsa. Segundo este desenho, nenhum participante da
Previc é professor universitário.
Ou seja, este diagrama mostra que existe um caso de premissas verdadeiras e conclusão falsa.
Logo, o argumento é inválido.
Gabarito: errado. (gabarito preliminar)
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Esse diagrama é uma prova de que o argumento a seguir é válido, ou seja, as proposições I e
II são premissas e a proposição III é uma conclusão, pois é verdadeira por consequência das
premissas.
I Nenhum analista administrativo é dançarino.
II Todos os dançarinos são ágeis.
III Logo, nenhum analista administrativo é ágil.
Resolução.
Vamos representar as premissas:
Nenhum analista administrativo é dançarino:
Note que a intersecção entre o conjunto das pessoas ágeis e o conjunto dos analistas
administrativos é uma região de incerteza. Não sabemos se ela possui elementos ou não.
Com isso, não temos como concluir que nenhum analista é ágil. Isto é uma possibilidade, mas
não é uma certeza. A conclusão não é suportada pelas premissas. O argumento é inválido.
Gabarito: errado.
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A negação da proposição “Ninguém aqui é brasiliense” é a proposição “Todos aqui são
brasilienses”.
Resolução.
Pretende-se negar a seguinte proposição:
Ninguém aqui é brasiliense.
A negação disso é:
Alguém aqui é brasiliense.
Gabarito: errado.
Resolução.
Queremos negar a seguinte proposição:
“Existe banco brasileiro que fica com mais de 32 dólares de cada 100 dólares investidos”.
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1. A argumentação lógica pode ser simbolizada por
(∀x)( P( x) → M ( x))
¬(∃x)( E ( x) ∧ M ( x))
¬(∃X )( P( x) ∧ E ( x))
Resolução.
Reparem que a simbologia apresentada foi diferente da que estudamos. Como exemplo,
vamos avaliar a seguinte proposição:
(∀x)( P( x) → M ( x))
Ela indica que qualquer x pertencente a um determinado conjunto satisfaz à seguinte
proposição: “Se ele é psiquiatra, então é médico”.
Estamos afirmando que, para qualquer x pertencente ao conjunto, podemos dizer que se ele é
psiquiatra, então é médico. Isso é o mesmo que dizer que, neste conjunto, todo psiquiatra é
médico.
Outro exemplo:
“Todo flamenguista é sofredor”
é o mesmo que dizer:
“Para qualquer torcedor, se ele é flamenguista, então é sofredor”
ATENÇÃO:
São equivalentes as seguintes proposições:
⇒ “Todo flamenguista é sofredor”
“Para qualquer torcedor, se ele é flamenguista, então é sofredor”
No quadro acima temos formas ligeiramente diferentes de dizer a mesma coisa. Na primeira
frase, temos uma utilização comum no nosso dia a dia. Na segunda, temos uma estrutura que
traduz a utilização da simbologia lógica (com os conectivos “e”, “ou”, “se... então”).
Deste modo, as proposições apresentadas no enunciado podem ser “traduzidas” assim:
Proposições em símbolos “Tradução” em palavras “Tradução” em linguajar
mais comum
Qualquer que seja x, se ele é Todo psiquiatra é médico.
(∀x)( P( x) → M ( x))
psiquiatra, então é médico.
Não existe x tal que ele seja Nenhum engenheiro é
¬(∃x)( E ( x) ∧ M ( x))
engenheiro e médico. médico (ou nenhum médico é
engenheiro).
Não existe x tal que ele seja Nenhum psiquiatra é
¬(∃x)( P( x) ∧ E ( x))
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Segundo item.
A primeira proposição é:
¬(∃x)( E ( x) ∧ M ( x))
Ela pode ser traduzida por:
“Nenhum engenheiro é médico”
A segunda proposição é:
(∀x)(¬E ( x) ∧ ¬M ( x))
Ela pode ser traduzida por:
Todas as pessoas não são engenheiras e não são médicas.
As duas proposições não são equivalentes. Na primeira delas, não estamos descartando a
possibilidade de, no conjunto trabalhado, existirem médicos e existirem engenheiros. Só o que
a proposição nos diz é que não existe uma pessoa que atue nas duas profissões ao mesmo
tempo.
A segunda proposição nos diz que, nesse conjunto de pessoas, não há engenheiros e não há
médicos.
Gabarito: errado.
Resolução.
Vamos passar a simbologia para palavras.
( ∃ x)( x + 3 = 25 ) ⇒ Existe algum x tal que x + 3 = 25 .
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Queremos achar a negação desta proposição.
Basta pensar assim: quando é que esta proposição é falsa?
Quando, para qualquer x, a igualdade não ocorrer.
Ou seja:
Para qualquer x, x + 3 ≠ 25 .
Em símbolos: (∀x)( x + 3 ≠ 25)
Gabarito: certo
Resolução.
Coloquei este exercício para chamar a atenção sobre a “Falácia existencial”.
Observe a primeira premissa:
Todo eletricista é bombeiro.
Pelo que já estudamos, sabemos que o conjunto dos eletricistas está contido no conjunto dos
bombeiros.
E só isso.
Não sabemos se, no conjunto universo em análise, existem bombeiros. Também não sabemos
se existem eletricistas. O simples fato de o enunciado mencionar estas classes de pessoas não
nos garante que elas contenham algum elemento. Poderiam muito bem se referir a conjuntos
vazios.
Apesar disso, vez ou outra vocês encontrarão questões que pedem justamente o contrário. Há
questões em que o simples fato de uma classe ser mencionada já significa que ela contém
elementos. Esta é a “Falácia existencial”.
Como sempre digo: nunca brigue com a questão. Faça o que o examinador quer que você
faça. Se você percebeu que a questão só pode ser resolvida cometendo esta “falácia”, vá em
frente, por que discutir?
Em provas mais antigas da FCC eu encontrei questões com este problema. Em provas do
Cespe, nunca me deparei com algo parecido. E a questão mais recente que encontrei sobre
isso foi esta da Universa.
As premissas se referem a bombeiro, marceneiro, eletricista e encanador.
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Sabemos que todo eletricista é bombeiro.
Nota: haveria outra possibilidade de desenho. Este (x) poderia ser colocado dentro do
conjunto azul. Ou seja, o bombeiro que não é marceneiro seria, também, eletricista.
Vamos ficar só com esta configuração acima. Se for necessário (ou seja, se não conseguirmos
eliminar quatro alternativas), voltamos e adotamos a outra configuração.
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b) existe eletricista marceneiro – não podemos afirmar isso, pois a intersecção entre eletricista
e marceneiro apresenta uma região de incerteza.
c) nem todo marceneiro é bombeiro – não podemos afirmar isso, pois não sabemos se há
elementos no conjunto dos marceneiros.
d) nenhum bombeiro é encanador – não podemos afirmar isso. Vide região de incerteza
destacada em amarelo abaixo:
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Na minha opinião, todas as alternativas estão erradas. Ou seja, as premissas apresentadas não
suportam as conclusões expostas nas alternativas apresentadas. No gabarito definitivo,
contudo, o gabarito foi letra E.
Nesta hora, vem o que eu sempre digo:
Não brigue com o enunciado! Faça o que o examinador quer que você faça!
Quando se afirma que “todo bombeiro é eletricista”, vimos que o desenho correto é:
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Resolução.
Um argumento inválido, que tem a aparência de válido, mas possui falhas sutis que fazem
com que as premissas não suportem a conclusão, é chamado de falácia.
Gabarito: A
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a) Como a empresa é localizada em um parque industrial, residências não estão localizadas
próximas o suficiente a ponto de serem afetadas pelo ruído.
b) O nível de ruído na fábrica varia com a intensidade de atividade, atingindo seu máximo
quando o maior número de empregados estiver trabalhando simultaneamente.
c) Funcionários mais experientes não sentem desconforto devido à significativa perda auditiva
resultante do excesso de ruído da fábrica.
d) A distribuição de protetores auriculares a todos os funcionários não aumentaria de maneira
significativa os custos operacionais da empresa.
e) A Delegacia do Trabalho de Pindorama não possui suficiente autoridade a ponto de exigir o
cumprimento de uma recomendação acerca de procedimentos de segurança no trabalho.
Resolução:
Premissa:
Funcionários antigos não reclamam.
Conclusão: Não se trata de um problema real.
Se existir uma explicação para o problema realmente existir e, ainda sim, os funcionários
antigos não reclamarem, então teríamos um caso de premissa verdadeira e conclusão falsa
(argumento inválido). Estaria revelada a falácia do argumento da empresa.
Esta explicação é dada na alternativa C. Funcionários antigos já teriam perda auditiva, o que
justificaria a falta de reclamação. Com isso, a premissa adotada pela empresa não garante que
sua conclusão seja correta.
Gabarito: C
Resolução:
Premissas:
1. No Japão há incentivo à prática de exercícios pelos funcionários.
2. No Brasil não há incentivo à prática de exercícios pelos funcionários.
3. A produtividade dos japoneses é maior que a dos brasileiros.
4. ????
Conclusão: Enquanto as empresas brasileiras não incentivarem a prática de exercícios, a
produtividade dos empregados brasileiros será menor que a dos japoneses.
Temos que identificar a quarta premissa, que faz com que o argumento seja válido.
Todo o argumento é voltado à vinculação entre prática de exercícios e ganho de
produtividade. Só que, apesar de isso ter ficado implícito, nenhuma premissa trata disso
explicitamente. Falta uma premissa que afirme que a prática de exercícios é preponderante
para o aumento na produtividade.
Gabarito: B
Resolução.
Premissas:
1. O direito ao voto é sustentáculo da democracia e o direito de apresentar candidatura
também é sustentáculo da democracia.
2. Maior tempo no poder causa falhas administrativas.
Conclusão:
Todos precisam ser fiscalizados e deve haver alternância no poder.
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O argumento apenas traz questões comumente discutidas. Sabemos que líderes populistas que
ficam muito tempo no poder geralmente se sobrepõem à própria lei e ao estado de direito, o
que favorece o cometimento de diversas irregularidades administrativas e, em casos extremos,
à própria queda da democracia. Por isso, realmente é importante que todos sejam fiscalizados,
pois ninguém deveria estar acima da lei. Também é importante que haja alternância no poder.
Apesar de tudo que foi afirmado pelo argumento fazer parte do senso comum, do que
entendemos por razoável, não houve preocupação em ligar premissas e conclusão. As
premissas não foram postas de forma lógica, garantindo a validade da conclusão.
Sabemos que o argumento quis partir de fatores que, aparentemente, garantem a democracia.
Depois abordou fatores que ameaçam a democracia. E, com isso, quis concluir sobre a
importância da fiscalização e da alternância no poder.
Segundo item:
De fato, a frase que se refere à ligação entre falhas administrativas e maior tempo no poder é
uma premissa do argumento.
Gabarito: certo
Terceiro item:
A afirmação de que a alternância no poder é imprescindível é uma das parcelas da conclusão.
Gabarito: errado
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II. “Na escola A, 5/6 dos professores são doutores; X leciona em A; logo, X é doutor.”
a) Ambos são argumentos dedutivos.
b) O primeiro é um exemplo canônico de um argumento indutivo. O segundo é um típico
argumento dedutivo.
c) O segundo argumento apenas estaria correto com a redação seguinte: “Na escola A, 5/6 dos
professores são doutores; X leciona em A; logo X não é doutor.”
d) O primeiro argumento não é válido. Seria válido, no entanto, enunciar: “Todos os X são Y;
todos os Y são Z; logo, todos os Y são X.”
e) O primeiro é um exemplo canônico de um argumento classificado como válido pela lógica
dedutiva. O segundo é um argumento que não é classificado como válido pela lógica
dedutiva, denominado indutivo.
Resolução.
Tudo que vimos até aqui foram os chamados argumentos dedutivos. Nele, procura-se
encadear premissas de forma de tal modo que elas suportem, logicamente, a conclusão. Neste
contexto, em um argumento válido, o fato das premissas serem verdadeiras implica que a
conclusão, necessariamente, também seja verdadeira.
Acontece que existem argumentos que não pretendem ser dedutivos. Eles não têm o objetivo
acima descrito. Tais argumentos pretendem apenas chegar a conclusões prováveis, ou seja,
que provavelmente são corretas. Tais argumentos não são classificados em válidos ou
inválidos. São os chamados argumentos indutivos.
O grande exemplo de argumento indutivo é aquele obtido com o emprego da analogia. Ela, de
fato, é muito utilizada no nosso dia a dia, nas mais diversas situações. Exemplo de argumento
com analogia:
Já comprei diversos tênis da marca Alfa, todos eles apresentaram excelente qualidade,
serviram-me muito bem. Estou precisando comprar meias novas. Embora não conheça meias
de nenhuma marca disponível na loja, vou optar pelas meias da marca Alfa, pois espero que
sejam de tão boa qualidade quanto seus tênis.
Notem que as premissas eram: existem tênis da marca Alfa; existem meias da marca Alfa; os
tênis da marca Alfa são ótimos. E a conclusão foi: as meias da marca Alfa devem ser ótimas.
Observem que a conclusão não decorre logicamente da premissa. É apenas uma conclusão
provável, algo que tem uma boa chance de ser verdadeiro.
É muito raro isso ser cobrado em prova. Esta foi a única questão que encontrei a respeito.
No primeiro argumento, as premissas suportam logicamente a conclusão. É um argumento
dedutivo e válido.
No segundo argumento, a pretensão é apenas chegar a uma conclusão provável. Como a
grande maioria dos professores é doutores e, sabendo que X é professor, é bem provável que
ele seja um doutor. Trata-se de um argumento indutivo.
Gabarito: E
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Encerrando a aula, segue um quadro resumo:
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Bons estudos!
Vítor.
EC 2. BB 2008 [CESPE]
Para preencher a tabela a seguir, considere que os filmes A e B sejam de categorias distintas
— documentário ou ficção —, e, em um festival de cinema, receberam premiações diferentes
— melhor fotografia ou melhor diretor. Tendo como base as células já preenchidas, preencha
as outras células com V ou F, conforme o cruzamento da informação da linha e da coluna
correspondentes constitua uma proposição verdadeira ou falsa, respectivamente.
A partir do preenchimento das células da tabela e das definições apresentadas no texto, julgue
os itens subsequentes.
1 A proposição “O filme A é um filme de ficção” é V.
2 A proposição “O documentário recebeu o prêmio de melhor fotografia ou o filme B não
recebeu o prêmio de melhor diretor” é V.
3 A proposição “Se o filme B é um documentário, então o filme de ficção recebeu o prêmio
de melhor fotografia” é V.
EC 3. TCU 2008 [CESPE]
Mateus, Marcos, Pedro e Paulo são funcionários do TCU e encontram-se uma vez por mês
para exercitarem seus dotes musicais. Nesse quarteto, há um guitarrista, um flautista, um
baterista e um baixista, e cada um toca somente um instrumento. Nesse grupo de amigos, tem-
se um auditor (AUD), um analista de controle externo (ACE), um procurador do Ministério
Público (PMP) e um técnico de controle externo (TCE), todos com idades diferentes, de 25,
27, 30 e 38 anos. Além disso, sabe-se que:
Mateus não tem 30 anos de idade, toca guitarra e não é procurador do Ministério Público;
o baterista é o analista de controle externo, tem 27 anos de idade e não é Marcos;
Paulo é técnico de controle externo, tem 25 anos de idade e não é flautista;
o procurador do Ministério Público não é baixista e não se chama Pedro;
o auditor tem 38 anos de idade e não é baixista.
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Algumas das informações acima apresentadas estão contempladas na tabela a seguir, em que
cada célula corresponde ao cruzamento de uma linha com uma coluna preenchida com S
(sim), no caso de haver uma afirmação, e com N (não), no caso de haver uma negação.
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número de Pedro, que era mais velho que Maria, terminava em 03. Com base nessas
informações, assinale a opção correta.
A Pedro é do PXC, Maria é do PXB e o número de José termina em 01.
B Pedro é do PXA, Maria é do PXC e o número de José termina em 01.
C Pedro é do PXC, Maria é do PXA e o número de José termina em 01.
D Pedro é do PXA, Maria é do PXB e o número de José termina em 02.
E Pedro é do PXA, Maria é do PXC e o número de José termina em 02.
EC 5. TCE AC 2009 [CESPE]
Em uma investigação, um detetive recolheu de uma lixeira alguns pedaços de papéis
semidestruídos com o nome de três pessoas: Alex, Paulo e Sérgio. Ele conseguiu descobrir
que um deles tem 60 anos de idade e é pai dos outros dois, cujas idades são: 36 e 28 anos.
Descobriu, ainda, que Sérgio era advogado, Alex era mais velho que Paulo, com diferença de
idade inferior a 30 anos, e descobriu também que o de 28 anos de idade era médico e o outro,
professor. Com base nessas informações, assinale a opção correta.
a) Alex tem 60 anos de idade, Paulo tem 36 anos de idade e Sérgio tem 28 anos de idade.
b) Alex tem 60 anos de idade, Paulo tem 28 anos de idade e Sérgio tem 36 anos de idade.
c) Alex não tem 28 anos de idade e Paulo não é médico.
d) Alex tem 36 anos de idade e Paulo é médico.
e) Alex não é médico, e Sérgio e Paulo são irmãos.
EC 6. ANAC 2009 [CESPE]
Paulo, Mauro e Arnaldo estão embarcando em um voo para Londres. Sabe-se que:
- os números de suas poltronas são C2, C3 e C4;
- a idade de um deles é 35 anos e a de outro, 22 anos;
- Paulo é o mais velho dos três e sua poltrona não é C4;
- a poltrona C3 pertence ao de idade intermediária;
- a idade de Arnaldo não é 22 anos.
Com base nessas informações, julgue os itens seguintes.
1. Se a soma das idades dos três passageiros for 75 anos, então as idades de Paulo, Mauro e
Arnaldo serão, respectivamente, 35, 22 e 18 anos.
2. Se a soma das idades dos três passageiros for igual a 100 anos, então a poltrona de numero
C4 pertencerá a Mauro, que terá 35 anos.
EC 7. TRT 9ª REGIÃO 2007 [CESPE]
Em um tribunal, tramitam três diferentes processos, respectivamente, em nome de Clóvis,
Sílvia e Laerte. Em dias distintos da semana, cada uma dessas pessoas procurou, no tribunal,
informações acerca do andamento do processo que lhe diz respeito. Na tabela a seguir estão
marcadas com V células cujas informações da linha e da coluna correspondentes e referentes
a esses três processos sejam verdadeiras. Por exemplo, Sílvia foi procurar informação a
respeito do processo de sua licença, e a informação sobre o processo de demissão foi
solicitada na quinta-feira. Uma célula é marcada com F quando a informação da linha e da
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coluna correspondente é falsa, isto é, quando o fato correspondente não ocorreu. Observe que
o processo em nome de Laerte não se refere a contratação e que Sílvia não procurou o tribunal
na quarta-feira.
Com base nessas instruções e nas células já preenchidas, é possível preencher logicamente
toda a tabela. Após esse procedimento, julgue os itens a seguir.
1 - O processo em nome de Laerte refere-se a demissão e ele foi ao tribunal na quinta-feira.
2 - É verdadeira a proposição “Se Sílvia não tem processo de contratação, então o processo de
licença foi procurado na quarta-feira”.
EC 8. TRT 21ª REGIÃO 2010 [CESPE]
Uma empresa incentiva o viver saudável de seus funcionários. Para isso, dispensa mais cedo,
duas vezes por semana, aqueles envolvidos em alguma prática esportiva. Aproveitando a
oportunidade, Ana, Bia, Clara e Diana decidiram se associar a uma academia de ginástica,
sendo que escolheram atividades diferentes, quais sejam, musculação, ioga, natação e
ginástica aeróbica. O intuito é manter a forma e, se possível, perder peso. No momento, o
peso de cada funcionária assume um dos seguintes valores: 50 kg, 54 kg, 56 kg ou 60 kg. O
que também se sabe é que:
(a) Ana não faz musculação e não pesa 54 kg.
(b) Bia faz ioga e não tem 50 kg.
(c) A jovem que faz musculação pesa 56 kg e não é a Clara.
(d) A jovem com 54 kg faz natação.
Com base nessas informações, é correto afirmar que
1 Diana faz musculação.
2 Bia é mais pesada que Clara.
3 o peso de Ana é 56 kg.
EC 9. BB 2009 [CESPE]
Uma empresa bancária selecionou dois de seus instrutores para o treinamento de três
estagiários durante três dias. Em cada dia apenas um instrutor participou do treinamento de
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dois estagiários e cada estagiário foi treinado em dois dias. As escalas nos três dias foram: 1.o
dia: Ana, Carlos, Helena; 2.º dia: Helena, Lúcia, Márcio; 3.º dia: Ana, Carlos, Lúcia.
Considerando que um dos instrutores era mulher, julgue os itens que se seguem.
1. Os dois instrutores eram mulheres.
2. Carlos era estagiário.
3. Um estagiário era Lúcia ou Márcio.
EC 10. TCE AC 2009 [CESPE]
Leonardo, Caio e Márcio são considerados suspeitos de praticar um crime. Ao serem
interrogados por um delegado, Márcio disse que era inocente e que Leonardo e Caio não
falavam a verdade. Leonardo disse que Caio não falava a verdade, e Caio disse que Márcio
não falava a verdade. A partir das informações dessa situação hipotética, é correto afirmar que
a) os três rapazes mentem.
b) dois rapazes falam a verdade.
c) nenhuma afirmação feita por Márcio é verdadeira.
d) Márcio mente, e Caio fala a verdade.
e) Márcio é inocente e fala a verdade.
EC 11. Polícia Federal 2009 [CESPE]
Considere que um delegado, quando foi interrogar Carlos e José, já sabia que, na quadrilha à
qual estes pertenciam, os comparsas ou falavam sempre a verdade ou sempre mentiam.
Considere, ainda, que, no interrogatório, Carlos disse: José só fala a verdade, e José disse:
Carlos e eu somos de tipos opostos. Nesse caso, com base nessas declarações e na regra da
contradição, seria correto o delegado concluir que Carlos e José mentiram.
EC 12. STJ 2008 [CESPE]
Julgue o item abaixo.
1. Considere que João e Pedro morem em uma cidade onde cada um dos moradores ou sempre
fala a verdade ou sempre mente e João tenha feito a seguinte afirmação a respeito dos dois:
“Pelo menos um de nós dois é mentiroso”. Nesse caso, a proposição “João e Pedro são
mentirosos” é V.
EC 13. Serpro 2001 [ESAF]
Considere o seguinte argumento: “Se Soninha sorri, Sílvia é miss simpatia. Ora, Soninha não
sorri. Logo, Sílvia não é miss simpatia”. Este não é um argumento logicamente válido, uma
vez que:
a) a conclusão não é decorrência necessária das premissas.
b) a segunda premissa não é decorrência lógica da primeira.
c) a primeira premissa pode ser falsa, embora a segunda possa ser verdadeira.
d) a segunda premissa pode ser falsa, embora a primeira possa ser verdadeira.
e) o argumento só é válido se Soninha na realidade não sorri.
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EC 14. TRE MG 2009 [CESPE]
Um argumento é uma afirmação na qual uma dada sequência finita – p1, p2, ..., pn - de
proposições tem como consequência uma proposição final q. A esse respeito, considere o
seguinte argumento.
· Ou Paulo fica em casa, ou ele vai ao cinema.
· Se Paulo fica em casa, então faz o jantar.
· Se Paulo faz o jantar, ele vai dormir tarde.
· Se Paulo dorme tarde, ele não acorda cedo.
· Se Paulo não acorda cedo, ele chega atrasado ao seu trabalho.
Sabendo-se que Paulo não chegou atrasado ao seu trabalho, de acordo com as regras de
raciocínio lógico, é correto deduzir-se que Paulo:
a) ficou em casa.
b) foi ao cinema.
c) fez o jantar.
d) dormiu tarde.
e) não acordou cedo.
EC 15. TCE AC 2009 [CESPE]
Considere que as seguintes afirmações sejam verdadeiras:
• Se é noite e não chove, então Paulo vai ao cinema.
• Se não faz frio ou Paulo vai ao cinema, então Márcia vai ao cinema.
Considerando que, em determinada noite, Márcia não foi ao cinema, é correto afirmar que,
nessa noite,
A não fez frio, Paulo não foi ao cinema e choveu.
B fez frio, Paulo foi ao cinema e choveu.
C fez frio, Paulo não foi ao cinema e choveu.
D fez frio, Paulo não foi ao cinema e não choveu.
E não fez frio, Paulo foi ao cinema e não choveu.
EC 16. POLICIA FEDERAL 2009 [CESPE]
Considere que as proposições da sequência a seguir sejam verdadeiras.
Se Fred é policial, então ele tem porte de arma.
Fred mora em São Paulo ou ele é engenheiro.
Se Fred é engenheiro, então ele faz cálculos estruturais.
Fred não tem porte de arma.
Se Fred mora em São Paulo, então ele é policial.
Nesse caso, é correto inferir que a proposição “Fred não mora em São Paulo” é uma
conclusão verdadeira com base nessa sequência.
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II Se Lucas não é policial, então Elias é contador.
III Clara é policial.
Supondo que cada pessoa citada tenha somente uma profissão, então está correto concluir que
a proposição “João é contador” é verdadeira.
Supondo que todas essas proposições sejam verdadeiras, é correto concluir logicamente que
1. Joaquina não é cidadã brasileira.
2. todos os que têm direito de herança são cidadãos brasileiros.
3. se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte.
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Esse diagrama é uma prova de que o argumento a seguir é válido, ou seja, as proposições I e
II são premissas e a proposição III é uma conclusão, pois é verdadeira por consequência das
premissas.
I Nenhum analista administrativo é dançarino.
II Todos os dançarinos são ágeis.
III Logo, nenhum analista administrativo é ágil.
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EC 36. TCE RN 2009 [CESPE]
A negação da proposição ( ∃ x)( x + 3 = 25 ) pode ser expressa corretamente por
(∀x)( x + 3 ≠ 25) ).
EC 37. CEB 2009 [UNIVERSA]
Considerando que “Todo eletricista é bombeiro”, “Algum bombeiro não é marceneiro” e
“Nenhum encanador é marceneiro”, é correto concluir logicamente que:
a) existe encanador eletricista
b) existe eletricista marceneiro
c) nem todo marceneiro é bombeiro
d) nenhum bombeiro é encanador
e) algum bombeiro é eletricista.
EC 38. Prefeitura de Santos 2005 [FCC]
Convencida sinceramente de suas ideias, Lisa escreveu um texto; entretanto, os argumentos
por ela apresentados, aparentemente exatos, eram enganosos, pois não tinham por base uma
demonstração segura e objetiva. Assim, a melhor palavra que caracteriza o texto escrito por
Lisa é que ele não era mais que
a) falácia.
b) trapaça.
c) frivolidade.
d) hipocrisia.
d) enigma.
EC 39. SAEB 2004 [FCC]
Leia o seguinte texto e em seguida assinale a alternativa que contenha afirmação que, se
verdadeira, revela a falácia no argumento utilizado pela empresa.
“A Delegacia do Trabalho de Pindorama notificou a empresa X em face dos altos níveis de
ruídos gerados por suas operações fabris, causadores de inúmeras queixas por parte de
empregados da empresa. A gerência da empresa respondeu à notificação, observando que as
reclamações haviam sido feitas por funcionários novos, e que funcionários mais experientes
não acham excessivo o nível de ruído na fábrica. Baseada nesta constatação, a gerência
concluiu que o ruído na fábrica não era problema real, não adotando nenhuma medida para a
sua redução.”
a) Como a empresa é localizada em um parque industrial, residências não estão localizadas
próximas o suficiente a ponto de serem afetadas pelo ruído.
b) O nível de ruído na fábrica varia com a intensidade de atividade, atingindo seu máximo
quando o maior número de empregados estiver trabalhando simultaneamente.
c) Funcionários mais experientes não sentem desconforto devido à significativa perda auditiva
resultante do excesso de ruído da fábrica.
d) A distribuição de protetores auriculares a todos os funcionários não aumentaria de maneira
significativa os custos operacionais da empresa.
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e) A Delegacia do Trabalho de Pindorama não possui suficiente autoridade a ponto de exigir o
cumprimento de uma recomendação acerca de procedimentos de segurança no trabalho.
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d) O primeiro argumento não é válido. Seria válido, no entanto, enunciar: “Todos os X são Y;
todos os Y são Z; logo, todos os Y são X.”
e) O primeiro é um exemplo canônico de um argumento classificado como válido pela lógica
dedutiva. O segundo é um argumento que não é classificado como válido pela lógica
dedutiva, denominado indutivo.
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