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Saúde e Beleza Forever – 371

Capítulo 6

Os derivados das abelhas


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À parte a linha de produtos à base do gel de Aloe vera, é do


segmento dos derivados das abelhas que a Forever Living Products
mais se orgulha. Isso porque a matéria-prima é fornecida por
Robson's Honey and Supply, de Charles Robson – apicultor com
mais de 50 anos de experiência e um apaixonado pelas abelhas:
Não viveríamos nesse planeta se não fossem as abelhas.
Elas apareceram há cerca de 40 milhões de anos,
paralelamente à evolução da floração das plantas. A
variedade de alimentos de que hoje dispomos só existe
graças à polinização executada pelas abelhas.
Isso porque as abelhas são responsáveis pela polinização de mais
de 80% das plantas terrestres.

Robson's Honey and Supply


As dependências da Robson's Honey and Supply encontram-se na
pequena cidade de Aguila, mas suas colméias são localizadas no
intocado deserto de Sonora (Arizona) – região de grande altitude,
extremamente árida, submetida a uma grande variação de
temperatura entre o dia e a noite, totalmente livres de agentes de
contaminação agrária, industrial ou urbana.
Mais da metade das 160 variedades das plantas desse jardim, onde
as abelhas, verdadeiras fábricas biológicas, recolhem o néctar, o
pólen e as resinas, têm propriedades fitoterápicas conhecidas.
O processo de recolhimento e acondicionamento dessa matéria-
prima é feito, exclusivamente, com os equipamentos desenvolvidos
e patenteados pela Robson's Honey and Supply que garantem a
eliminação de qualquer possibilidade de contaminação –
excremento das próprias abelhas, pêlos de animais roedores ou
qualquer tipo de microrganismo.
É igualmente grande o cuidado para não expô-los a temperaturas
elevadas, o que lhes alteraria a estrutura molecular e diminuiria
suas propriedades biofitoterápicas. O mel, por exemplo, é
processado a frio, sem produtos químicos ou filtro de amianto.
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O processo de produção é meticuloso e controlado, a ponto de cada


embalagem trazer ainda o código de identificação do grupo de
colméias de suas origens. Todos esses fatores garantem aos
produtos derivados das abelhas, distribuídos pela Forever Living,
uma qualidade superior se comparados à maioria dos seus
similares.
No Brasil, existem certas regiões como a caatinga do Nordeste e o
serrado do Planalto Central, com condições de nos oferecer
produtos semelhantes, caso os apicultores disponham de
tecnologia e meios de distribuição adequados.

Curiosidades sobre as abelhas


Estima-se que as abelhas tenham aparecido entre 40 e 80 milhões
de anos atrás. Não fosse, portanto, o poder nutritivo, preventivo e
protetor de tudo que produzem, elas não teriam sobrevivido às
inúmeras mudanças e catástrofes ambientais pelas quais o planeta
Terra já passou ao longo dos anos.
As abelhas, que não detectam a cor vermelha mas têm a visão do
ultravioleta, possuem cinco olhos:
 três normais, que distinguem a intensidade da luz;
 dois maiores, com 6.900 facetas, que lhes permitem
detectar os movimentos a cada 1/300 de segundo (nós
humanos os percebemos a cada 1/24 por segundo).
A abelha rainha, que vive por quase cinco anos, em seu único vôo
de núpcias, que dura de um a dois dias, se acasala com até 17
zangões, cujos espermas serão guardados na espermateca para
serem utilizados ao longo da vida, de acordo com a necessidade.
Da fertilização dos óvulos dependem as futuras abelhas. A
procriação dos zangões, por outro lado, não necessita de esperma
algum. Diferentemente das abelhas operárias, eles são gerados
apenas pela seqüência de cromossomos da abelha rainha.
Apesar de trabalhadeiras incansáveis, cada abelha só consegue
produzir 1/12 de uma colher de chá de mel durante toda a vida. A
produção mensal de uma colméia gira em torno de 2 kg.
Os produtos derivados das abelhas têm sido utilizados desde a
Antigüidade como “alimentos funcionais” para a promoção da
saúde, embora a ciência ouse questionar suas benesses diante da
ausência de evidências científicas, apesar delas já estarem
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aparecendo à medida que os princípios ativos estão sendo


identificados.

A apiterapia e a apiprofilaxia
A apiterapia é uma ciência muito antiga que existe, provavelmente,
desde o início da humanidade. Ela baseia-se na utilização dos
produtos apícolas – mel, pólen, própolis e geléia real – e no
potencial terapêutico do veneno liberado pela ferroada das
abelhas.
O veneno das abelhas é uma das substâncias mais efetivas no
combate ao reumatismo, pois dissolve os depósitos de sal e de
ácido úrico, deixando as juntas mais maleáveis e menos doloridas.
Aos outros derivados das abelhas cabe promover a eliminação
desses resíduos. Talvez aí esteja uma das explicações da quase
inexistência de apicultores com reumatismo.
A apiterapia é tão antiga quanto a apicultura. Começou como
medicina popular e hoje se encontra sistematizada e cada vez mais
utilizada para tratar uma série de disfunções e doenças, promover
a saúde e um maior bem-estar. Em alguns países da Europa, a
apiterapia é oficialmente reconhecida como uma modalidade de
tratamento médico.
Extremamente ativos, os apiterapeutas do mundo inteiro
congregam um enorme banco de dados com casos clínicos,
depoimentos, trabalhos científicos e uma extensa bibliografia, 1 que
embasam a validade desse antiqüíssimo sistema terapêutico.
Congregados em diversas associações, formam uma rede
internacional.
Apimondia – International Federation of Beekeepers'
Associations (Itália). Association Europeenne D`Apitherapie
(França). Bulgarian Apitherapy Union. Chinese Propolis
Association. Deutscher Apitherapie Bund. International
Apitherapy Healthcare and Bee acupuncture Association
(China). Japan Apitherapy Association. Korea Apitherapy
HealthCare Association. Lithuanian Apitherapy Association.
Mexican Apitherapy Society. Romanian Apitherapy Society.
Taiwan Apitherapy Association. The American Apitherapy

1
http://www.apiterapiahoy.entupc.com/biblio.htm
http://www.apiterapiahoy.entupc.com/biblio2.htm
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Society. The Egyptian Scientific Society of Apitherapy. The


United Kingdom Apitherapy Society.

A apiprofilaxia diz respeito ao uso dos derivados das abelhas como


fator de prevenção contra uma série de disfunções e doenças. Ela
é, portanto, a maneira mais inteligente de se desfrutar do potencial
biofitoterápico do mel, da própolis, do pólen e da geléia real.
Para os apiterapeutas, a apiprofilaxia é crucial sobretudo na
primavera, a estação do ano em que a natureza desperta e impõe
uma grande aceleração ao metabolismo de todos os seres vivos –
quando utilizamos as reservas acumuladas no outono e no
inverno.
Isso significa que os organismos com carência nutricional terão
suas reservas rapidamente esgotadas. Conseqüentemente, para
eles a primavera, em vez de ser uma estação estimulante, passa a
ser um período em que se sofre de exaustão, letargia, falta de
concentração mental, depressão, ineficiência no trabalho,
incapacidade de concluir qualquer tarefa etc.
Além da aceleração metabólica imposta pela primavera, é óbvio
que existem outros fatores de estresse que igualmente colaboram
para o esgotamento das reservas nutricionais do organismo como:
o As bruscas mudanças ambientais – temperaturas
extremamente frias ou quentes, incluindo o entra-e-sai
dos ambientes refrigerados, tempestades de chuvas e
raios e tempestades eletromagnéticas vindas do cosmo,
ventanias, tremores de terra, explosões vulcânicas etc.
o A exposição a campos eletromagnéticos, radioativos ou
cruzamentos telúricos.
o O uso de fármacos como os antibióticos,
antiinflamatórios, analgésicos, calmantes, corticóides,
vacinas etc.
o Os hábitos nocivos como: o consumo de açúcares,
cereais, óleos e sal refinados, alimentos com cor, sabor e
odor artificial, excesso de álcool, café, cigarros etc.
Enquanto a sobrecarga imposta pela influência de fatores
negativos não atingir um ponto crítico, mantemos uma saúde
aparente, embora correndo o risco de a qualquer momento, como
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que de repente, a cabeça pifar, as forças acabarem, a corrente


sangüínea ser obstruída, se perder o controle dos membros etc.
Crianças e idosos com carência nutricional são os mais
vulneráveis à chegada da primavera, ou seja, às gripes, resfriados,
crises de apatia e outros sintomas de debilidade. Por isso, não é
raro que essas crianças também passem a apresentar um grande
declínio no rendimento escolar.
A má nutrição de mulheres grávidas ou em período de lactação
também pode ser prevenida e revertida com a ajuda do mel antes
que venha a gerar maiores problemas tanto às mães como aos
filhos (Kaal 1991).
No Egito antigo, o mel era considerado um alimento essencial para
as crianças. Não há dúvida de que uma criança bem alimentada é
sempre bem-humorada, alegre, raramente adoece e desempenha,
com maior facilidade, suas funções escolares.
Em alguns países, a apiprofilaxia está virando moda e uma
pequena porção de mel e pólen – alimento considerado por muitos
como o mais completo para o Ser humano – passou a ser
incorporada à alimentação diária das crianças. Na Espanha, por
exemplo, mais de 120 alimentos para crianças já são adoçados
com mel.
A aceleração metabólica engendrada pela primavera é o que
promove a maior reciclagem das células – as peças fundamentais
ao perfeito desempenho da engrenagem do organismo. Ou seja, a
primavera é a hora de restaurar e substituir as células fracas ou
moribundas por outras jovens e saudáveis.
Isso implica a necessidade de se ter suficientes quantidades de
matéria-prima/nutrientes em disponibilidade e do sistema
imunológico estar apto a rapidamente eliminar todo o lixo, antes
que este polua e acidifique os fluidos orgânicos e os tecidos
conjuntivos e a desencadear um incontrolável processo de estresse
oxidativo.
A própolis é considerada a substância mais importante para a
apiprofilaxia e a apiterapia. Sua capacidade de promover a
aceleração do processo de eliminação dos resíduos ácidos e
promover o equilíbrio homeostásico do organismo é realmente
única e sui generis, como será visto em detalhe mais adiante.
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Segundo o apiterapeuta Dr. T. Rusankina, para se prevenir contra


qualquer tipo de deficiência nutricional na primavera basta ingerir,
antes de dormir, uma colher de sopa de mel diluído em um copo
de água morna. Diante de um quadro de deficiência nutricional já
instalado, a dose mínima deve ser de 100 g de mel divididas em
pequenas doses ao longo do dia, durante duas semanas.2

2
www.mari-el.ru/homepage/nadir/spring_vitamin.html
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Forever Bee Honey

Alta potência nutricional


O mel é enriquecido pela sinergia com o pólen e a geléia real.

Alto valor nutritivo


Nutracêuticos em altíssimo grau de biodisponibilidade.

Coloração escura
Reflexo da sua grande concentração de antioxidantes.

Doçura extremamente suave


Não causa choque ao maxilar e não enjoa.

Elevado grau de pureza


Não há contaminação ou adição do que quer que seja,
com exceção do pólen e da geléia real.

Estrutura molecular inalterada


Não foi submetido a temperaturas elevada ou processos químicos.
É um mel 100% cru.

Textura aveludada
O prazer em degustá-lo induz a uma salivação prolongada
– fator indispensável ao seu maior usufruto.

Composição
Mel, pólen e geléia real.

Calorias
10 ml = 35 Kcal
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O mel das abelhas


Por definição, o mel é um fluido doce e viscoso. Produzido pelas
abelhas a partir do néctar das plantas, é estocado nas favas onde
fica disponível para que as abelhas trabalhadeiras dele se sirvam.
Na Antigüidade, o mel era utilizado ou como agente biofitoterápico
ou para induzir a fermentação das bebidas, promover a
conservação dos alimentos e garantir a perfeita mumificação dos
mortos. Só eventualmente era usado como adoçante.
O mel não é uma substância criada pelas abelhas, mas sim
produto de um processo metabólico por elas engendrado. Ao
mastigarem o néctar, que é uma solução de água e sacarose
extraída das flores, elas acrescentam-lhe a enzima invertase, que
decompõe a sacarose em frutose e glicose – açúcares mais simples.
Com a continuação da mastigação, parte da glicose é metabolizada
pela enzima glicose oxidase e convertida em:
Ácido glicônico fator de acidificação do mel e
de impedimento à
sobrevivência de
microrganismos;
Peróxido de hidrogênio ou água oxigenada – agente
oxidante, fundamental à vida
das larvas, pois impede a
sobrevida dos microrganismos
disbióticos.
A consistência do mel é fruto do processo de desidratação do
néctar iniciado na sua transferência de boca em boca entre as
abelhas e, finalmente, já depositado nas favas, pela ação do vento
no bater das asas das abelhas.
A viscosidade do mel varia com o grau de umidade. O de grau A
tem uma umidade relativa de 18,6%, enquanto o de grau C tem
20%. O primeiro, mais estável, pode ser preservado por um período
mais longo, bastando ser mantido vedado e sob uma temperatura
abaixo de 11°C, ou ainda entre 21-27° C, segundo os experts.

O mel na história da humanidade


A referência mais antiga que se tem do mel é um conjunto de
desenhos onde figuras humanas são vistas empenhadas na sua
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colheita. Esse documento histórico, de 15.000 anos atrás, se


encontra na "Caverna das Aranhas”, na Espanha.
No Egito, Síria e Grécia, o mel era muito utilizado para
embalsamar os mortos. O corpo de Alexandre o Grande foi
conservado no mel por 300 anos. Também foi encontrado o corpo
de uma criança que há cerca de 800 anos jazia em um tonel de
mel.
Para os gregos, o mel era de origem divina, uma espécie de
garantia de imortalidade e vida eterna. Júpiter, nutrido a leite e
mel quando criança, adquiriu força suficiente para destronar seu
pai. Misturado ao sangue, era um elemento importante para as
oblações durante os festivais e funerais.
Segundo Homero, o mel tanto propiciava coragem aos guerreiros
como tratava os enfermos. Pitágoras atribuía-lhe os seus 90 anos,
proclamando que se não fosse o mel teria sucumbido aos 15 anos.
Platão também creditava a longa vida de Hipócrates, o pai da
medicina, ao mel. Na verdade, Hipócrates e Aristóteles promoviam
o mel como fator de longevidade.
Para o milenar sistema da medicina ayurveda, o mel é
predominantemente um veículo de aceleração à absorção de outras
ervas medicinais, o que explica a sua presença em quase todas as
fórmulas medicinais do Antigo Egito. Como agente biofitoterápico
em si, o mel só era utilizado no caso de doenças ou situações
muito específicas como:
 Catarata e doenças da cavidade bucal.
 Debilidade física dos recém-nascidos,
crianças, idosos e convalescentes.
 Irritação e infecção do sistema respiratório.
 Tonificação daqueles que precisavam manter um
excelente desempenho físico.
No Velho Testamento, o mel aparece como alimento de João
Batista e de Elias. No início da Era Cristã, era dado aos cristãos-
novos como símbolo de renovação e perfeição espiritual. Ainda
hoje, para os cristãos ortodoxos, a presença do mel é obrigatória
nas noites de Natal e nos banquetes funerários.
Os romanos o utilizavam para preservar raízes, ervas, flores,
sementes e carnes, principalmente das caças que traziam de suas
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conquistas longínquas. Os árabes ainda hoje conservam o hábito


de utilizar o mel para a preservação de certas carnes.
Na Idade Média, o mel era conhecido por tornar os homens mais
robustos, saudáveis e resistentes, assim como agente terapêutico
para problemas internos e externos. Os espanhóis que chegaram
ao México e à América Central encontraram os nativos dominando
as técnicas da coleta do mel.
O poder de estimulação que o mel exerce sobre as atividades
físicas e mentais está muito ligado à indução da dilatação das
artérias, veias e vasos do cérebro, assim como à melhor qualidade
de resposta do sistema nervoso e do sistema endócrino.
As propriedades biológicas do mel, rico em fatores de crescimento,
também são do benefício das plantas:
As flores quando postas em água com mel
conservam-se por muito tempo;
Os enxertos envoltos em mel cicatrizam-se mais
rapidamente, assim como os galhos
quebrados.

O mel na medicina chinesa


Sabor Doce.
Natureza Neutra.
Lugar de ação Meridiano dos pulmões, do
pâncreas e do intestino grosso.
Modo de ação Tonifica o organismo. Umedece a
secura. Acalma as dores.
Neutraliza as toxinas.
Contra-indicações Catarro úmido. Estagnação do
triplo aquecedor mediano.
Diarréia. Ventre distendido.
O mel cru é de natureza fresca e escorregadia. Pode ser
usado como laxativo, mas é contra-indicado nos casos
de: ausência de energia no intestino grosso, problemas
de má digestão, vômito nos etílicos, distensão do ventre,
excesso de energia no triplo aquecedor mediano,
síndromes úmidas, edema nos pés provocado pelo calor –
Ben Cao Tu Jing
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O mel cru de natureza fria (yin), promove a


eliminação do calor tóxico (yang).
O mel cozido de natureza morna (yang), tonifica o
organismo desenergizado (yin).
Segundo um manual médico da China do século III a.C., o
consumo diário de mel pode controlar a fome, fortalecer a vontade,
prolongar a vida e promover a juventude do organismo.
Um outro texto, datado de 1625, qualifica o mel como portador de
uma energia fria e capaz de promover a diarréia ou a prisão de
ventre. Caso o intestino grosso se encontre sem energia, o mel deve
ser administrado como remédio. O texto assinala ainda que o mel é
contra-indicado nos casos de vômito, abdome inchado, intoxicação
alimentar e doenças causadas pelo excesso de calor úmido no
organismo, como no caso do beribéri.
Segundo um outro documento, de 1861, o potencial apiterapêutico
do mel serve para desintoxicar, aliviar as dores, como as do
abdome e das úlceras, elevar os níveis de energia, eliminar o calor
tóxico, lubrificar a secura e tonificar o organismo. Pesquisadores
chineses na década de 1940 demonstraram, cientificamente, o
potencial bactericida e cicatrizante do mel.3

O mel como agente para a longevidade


Conta-se que Júlio César, no 100O aniversário do senador Rume-
lian, ao lhe perguntar o segredo de sua longevidade, obteve como
resposta – o mel. Na verdade, filósofos e médicos da Antigüidade
recomendavam o mel contra os maus efeitos do envelhecimento e
como elemento essencial à preservação da saúde e do vigor
necessários ao trabalho físico e às faculdades mentais.
Naquela época, a ingestão diária de mel com leite e nozes era
muito utilizada pelos que ultrapassavam os 45 anos. Para eles,
essa combinação aumentava a resistência física, a agilidade do
corpo, a força de vontade e, assim, preservava-se a juventude.
Os budistas também sempre tiveram o mel como agente da
longevidade. Para os ayurvedas, a combinação do mel com o leite
funciona como um poderoso agente alcalino para combater o

3
Yang K.L. The use of honey in the treatment of chillblains, non-specific ulcers, and small
wounds. The Chinese Medical Journal 62, pp.55-60. (1944)
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consumo exagerado de alimentos ácidos, como as carnes e os


produtos à base de trigo – biscoitos, bolos, pães etc.
Dentre os legados dos ex-soviéticos, no que diz respeito ao mel,
existe uma referência na qual a jovialidade do poeta polonês
Trembitsky, com mais de 80 anos, e de seu professor, Molvaker,
que aos 120 anos aparentava uns 70, é condicionada ao consumo
regular que estes faziam do mel.4
Cientistas búlgaros que estudaram os longevos, aqueles que
ultrapassavam os 100 anos, constataram que a maioria tinha por
hábito ingerir de 80 a 100 g de mel por dia. Ao que concluíram ser
este um fator determinante à sua saúde e bem-estar.

A composição do mel
Na década de 1930 iniciam-se as pesquisas para desvendar os
elementos constituintes do mel. As vitaminas do grupo B foram as
primeiras a serem detectadas,5 seguidas da vitamina C.6 Os
cientistas americanos vislumbraram os primeiros ácidos graxos do
mel,7 enquanto os indianos detectaram algumas enzimas 8 – um
conhecimento bastante avant-garde para a época – promotoras da
digestão de outros alimentos, principalmente dos protéicos.
Em relação aos minerais, parece que os estudos foram
encabeçados por Schuette, que inicialmente relacionou a
pigmentação do mel à sua concentração de minérios. 9 Os primeiros
a serem detectados foram o fósforo, o cálcio e o magnésio. 10 Em
seguida, o enxofre e o cloro. 11 Um ano mais tarde, o sódio e o

4
www.mari-el.ru/homepage/nadir/elixir.html
5
Kitzes G. et al. The B vitamins in honey. J. Nutr. 26(3), pp.241-250. (1934)
6
Griebel C. Vitamin C enthaltende Honige. Z. Unters. Lebensmittel- 75, pp.417-420. (1938)
7
Nelson E, Mottern H. Some organic acids in honey. Ind. Eng. Chem. 23(3), p.335 (1931)
8
Giri KV. Chemical composition and enzyme content of Indian honey. Madras Agricultural
Journal (India) 26, pp.68-72. (1938)
9
Schuette H., Remy K. Degree of pigmentation and its probable relationship to the mineral
constituents of honey. J. Am. Chem. Soc. 54, pp.2909-2913. (1932)
10
Schuette HA, Huenink DJ. Mineral constituents of honey. II. Phosphorous, calcium,
magnesium. Food Res. 2, pp.529-538. (1937)
11
Schuette HA, Triller RE. Mineral constituents of honey. Sulfur and chlorine. Food Res.
3(5), pp.543-547. (1938)
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potássio.12 A umidade relativa do mel também logo chamou a


atenção dos cientistas.13
Desconsiderando os estudos desenvolvidos pela ex-União
Soviética, sobre os quais não se tem notícia, as primeiras
pesquisas sobre os carboidratos do mel datam dos anos 50. 14 De
acordo com os pesquisadores japoneses, porém, hoje já se sabe
que o mel é constituído por mais de 30 diferentes tipos de
carboidratos, muitos extremamente complexos. E o primeiro
estudo relacionado aos aminoácidos do mel parece só ter sido feito
no final dos anos 60.

A composição do mel (valores médios)


18,7% água.
38,2% frutose (levulose) = cadeia de 6 átomos de carbono.
31,3% glicose (dextrose) = cadeia de 6 átomos de carbono.
7,3% maltose = cadeia de 2 moléculas de glicose.
1,3% sucrose = cadeia de 2 moléculas: 1 glicose + 1 frutose.
0,57% ácidos.
0,26% proteínas.
0,17% minerais – os macrominerais em ordem decrescente:
potássio, cálcio, fósforo e sódio, magnésio, selênio,
ferro, manganês, cobre.
2,2% álcool, colina, colóides, enzimas, pigmentos, vitaminas
– em ordem decrescente: ácido fólico, vitamina C e B3,
B2, B5 e B6, com valores relativamente equivalentes.

Embora a concentração dos nutracêuticos presentes no mel varie


com a florada da qual se origina, quanto mais escuro ele for maior
a sua concentração de nutracêuticos – minerais, elementos-traço,
agentes antioxidantes etc. Sabe-se, ainda, que:
o As enzimas presentes no mel fazem dele o adoçante não
apenas mais completo como também o mais complexo.
12
Schuette HA, Woessner WW. Mineral constituents of honey. IV. Sodium and potassium.
Food Res. 4(4), pp.349-353. (1939)
13
Chataway HD. Determination of moisture in honey. Canadian J. Research 6, pp.532-547.
(1932)
Oppen FC, Schuette HA. Viscometric determination of moisture in honey. Ind. Eng. Chem.
Anal. Ed. 11, pp.130-133. (1939)
14
Gray HF, Fraenkel G. Fructomaltose, a recently discovered tri-saccharide isolated from
honeydew. Science 118, pp.304-305. (1953)
Austin GH. Maltose content of Canadian honeys and its probable effects on crystallization.
X International Congress of Entomology, 4, pp.1001-1006. (1958)
386 – Saúde e Beleza Forever

o O ácido glicônico responde por 70-80% do volume total


dos seus ácidos graxos.
o Os fitormônios, juntamente com os hormônios
secretados pelas glândulas das abelhas, exercem grande
ação sobre o organismo humano.

O valor nutricional e fitoterápico do mel


Segundo o Agriculture Services Bulletin, número 124, da FAO, os
benefícios do mel e dos derivados das abelhas são incontestáveis.
A amplitude espectral, biodisponibilidade, proporcionalidade e
sinergia dos seus elementos constituintes são fatores muito mais
importantes do que o aspecto quantitativo.
Não se pode esquecer que o mel é a única fonte de alimento das
abelhas. É ele, portanto, que lhes garante o senso de orientação, a
agilidade, a coordenação e organização social e, sobretudo, a
resistência física aos movimentos repetitivos.
Ainda segundo o boletim da FAO, o mel veicula as propriedades
fitoterápicas de suas plantas de origem, mesmo que a
transferência dos elementos ativos não possa ser analiticamente
verificada, exatamente como acontece com os elementos
homeopáticos.

A qualidade do mel
As qualidades de um bom mel podem ser preservadas por muitos
anos. Já o mel de má qualidade, ou com excesso de umidade,
fermenta e azeda com grande facilidade.
A cristalização do mel pode ser um indicativo do seu grau de
pureza, mas não prova, pois a adição de farinha, cal ou partículas
de cereais provoca o mesmo efeito. Por isso, a compra do mel exige
o conhecimento das suas origens e da idoneidade do produtor.
No caso de o mel cristalizar, é fácil liquidificá-lo novamente no
banho-maria ou no vapor do bico de uma chaleira, mas nunca
diretamente no fogo ou em um forno a gás, elétrico ou microondas.

O mel comparado ao açúcar


Saúde e Beleza Forever – 387

O mel é, essencialmente, um concentrado de frutose e glicose –


açúcares simples – em alto grau de biodisponibilidade. Mas,
mesmo não necessitando de processo digestivo muito complicado,
sua absorção é ainda mais lenta do que a do açúcar. Ingerido em
excesso, porém, pode gerar problemas metabólicos, embora seu
amplo espectro nutracêutico faça com que o risco seja bastante
inferior ao provocado pelo açúcar.
O açúcar, além de ser um concentrado de sacarose, é portador de
inúmeros resíduos químicos decorrentes do seu processo de
fabricação. Absorvido por osmose, rapidamente transpassa as
membranas da mucosa gastrintestinal e deságua na corrente
sangüínea, provocando um rápido aumento nos níveis de insulina.
O açúcar também danifica a mucosa do estômago e do trato
gastrintestinal, cria resíduos metabólicos extremamente
tóxicos/ácidos, provoca grandes desgastes físicos, como a
osteoporose, desequilíbrios emocionais, como crises de irritação, e
“inexplicáveis” disfunções mentais, como a perda de memória.
A frutose e a glicose do mel, por outro lado, são absorvidas através
do mecanismo de “transporte ativo”, ou seja, depende de um
terceiro elemento que as transportem através da membrana
gastrintestinal. O limite imposto pela disponibilidade desse terceiro
elemento atua, pois, como fator de desaceleração da sua absorção
e, conseqüentemente, da elevação dos níveis da insulina no
sangue.
O metabolismo do mel, quando ingerido com parcimônia, não
produz resíduos metabólicos tóxicos semelhantes ao açúcar, o que
vale dizer que ele é uma fonte de energia limpa, que alegra o
espírito, agiliza os movimentos, aumenta a qualidade do sono,
combate a tensão e o estresse, fortalece os músculos, expande os
horizontes e refresca os nervos.
Embora o verdadeiro potencial apiterapêutico do mel ainda não
esteja cientificamente demonstrado, sua ação estimulante sobre as
funções hepáticas, cardiovasculares e neurais é bastante
valorizada pelos apiterapeutas.
No caso dos diabéticos, o consumo de uma pequena quantidade –
uma colher de chá ao despertar e antes de se deitar, ambas hiper-
salivadas – de mel de alta qualidade pode ajudar a equilibrar os
níveis de açúcar do sangue. E em comparação ao açúcar:
388 – Saúde e Beleza Forever

o O pâncreas é poupado de, subitamente, ser obrigado a


produzir grandes quantidades de insulina.
o A variação na curva insulínica, em conseqüência dos
níveis glicêmicos do sangue, é muito mais amena.
o As chances de provocar um quadro de hipoglicemia, por
gerar repentinas quedas de energia, são bem menores.

O mel comparado ao álcool


Embora tanto o álcool quanto o mel ajam sobre o sistema nervoso,
o primeiro provoca uma euforia que exaure as forças físicas,
desestabiliza o equilíbrio emocional e irrita as células nervosas. Já
o segundo, ao mesmo tempo que relaxa e tonifica os nervos,
também revitaliza outras células do organismo.

As propriedades apiterapêuticas do mel


O potencial biofitoterápico do mel vem se difundindo com certa
rapidez devido ao aumento das experiências clínicas, estudos,
pesquisas e artigos publicados sobre o assunto. 15 Existem
pesquisas que vão desde a saúde da gengiva e dos dentes até a
mastite nas vacas e nas cabras leiteiras.
Bactérias relacionadas à úlcera péptica, diarréia, infecções de
garganta e dos olhos, assim como os fungos responsáveis por
certas infecções da pele, como as frieiras ou mesmo o eczema, são
extremamente sensíveis ao mel.
Sabe-se, igualmente, que o potencial de condutibilidade e
resistência elétrica do mel é de grande importância enquanto fator
biofitoterápico, de acordo com as pesquisas desenvolvidas na
Bulgária, na década de 1970,16 e na Itália, nos anos 80.17

 Anticancerígena
Em relação ao câncer de cólon, o trabalho do Dr. Chinthalapally V.
Rao, do American Health Foundation, de Valhalla (N.Y.), publicado

15
www.sci.fi/~apither/bibbase/MedBibAug13.html
16
Ivanov T. (Bulgaria) Conductivity and specific electric resistance of honey. XXV
Apimondia Congress, Grenoble, France. (1975)
17
Accorti M. et al. La conductibilité eléctrique et les cendres des miels. XXIX Apimondia
Congress, Budapest, Hungary. (1983) Apiacta, #1, pp.19-20 (1987)
Saúde e Beleza Forever – 389

na revista Cancer Research,18 aponta o ácido caféico, presente no


mel e na própolis, como fator de prevenção à formação de tecidos
pré-cancerígenos em animais expostos a elementos químicos.
Em dezembro de 2002, o Reuters Health Information 19 divulgou a
pesquisa do Dr. Ismail Hamzaoglu, da Universidade de Istambul,
em que células tumoradas foram injetadas em 60 camundongos.
Em 30 deles, porém, uma porção de mel foi inserida na mesma
incisão, antes e depois da inoculação das células tumoradas. Entre
esses, apenas 30 desenvolveram tumores, enquanto que eles
vingaram em todos os outros não tratados com o mel.

 Antienvenenamento
O mel é utilizado pela medicina popular de diversas culturas como
antídoto contra uma série de venenos, sejam eles animais,
inclusive de cobra e de cachorro com raiva, mineral ou vegetais.
Nesses casos, algumas colheres de mel misturadas em água fria ou
chá quente devem ser imediatamente ingeridas.

 Antimicrobiana
A ex–União Soviética – Alemanha Oriental, Bulgária, Iugoslávia,
Polônia, Romênia etc. – liderou as pesquisas sobre o potencial
antimicrobiano/antibiótico do mel nos anos 60 e 70. 20 A limitação
da língua, porém, nos impede de saber tudo o que descobriram.
Para o Dr. Peter Molan, 21 do Honey Research Unit, da Universidade
de Waikato (Nova Zelândia), o potencial antimicrobiano do mel
deriva de certas características que lhe são peculiares como:
• O efeito osmótico
A presença do mel provoca uma drástica redução no
número de moléculas da água e, assim, reduz a
possibilidade de sobrevivência de qualquer
microrganismo.
• Os fatores fitoquímicos

18
Cancer Research Sept.15,1993; 53:1482-88.
19
www.huntsmancancer.org/content/reuters/2000/12/14/20001214scie009.html
20
www.sci.fi/~apither/bibbase/honantib.html
21
Molan P. Antibacterial Properties of Honey Hivelights Vol. 15: Nº1.
390 – Saúde e Beleza Forever

O mel é portador de uma série de elementos não-


peroxidados, mais conhecidos como flavonóides, que
englobam inúmeros fenóis e ácidos orgânicos com fortes
propriedades antimicrobianas.
• O peróxido de hidrogênio
Substância produzida pelas enzimas das abelhas
durante a produção do mel, elimina os microrganismos
através do seu potencial de oxidação.
• O potencial de hidrogênio (pH) ácido
• A acidez do pH do mel, que varia entre 3,2 e 4,5, é um
forte fator de inibição aos microrganismos disbióticos.
Já na época de Aristóteles distinguiam-se as propriedades
específicas do mel de acordo com a floração, região e estação do
ano. Infelizmente, esse tipo de conhecimento não faz parte da
cultura científica contemporânea, embora pesquisas neste sentido
estejam sendo desenvolvidas, principalmente na Austrália e Nova
Zelândia.
Aos poucos, porém, com o resgate desse conhecimento, certos
tipos de mel estão sendo reconhecidos como fortes antibióticos.
Estudos clínicos já verificaram que uma solução de 9 a 10% de mel
é capaz de exterminar uma grande gama de bactérias em apenas
24-48 horas, em razão de certos elementos constituintes como:
• A grande concentração de açúcares.
• As inúmeras enzimas glicosadas e ácidos orgânicos
• O fermento do tipo “inibina”.
• Os fitocídeos que impedem o desenvolvimento de
bactérias superativas, como o estafilococo e o
estreptococo, e de protozoários, como o Tricomona
vaginalis.
A “inibina”, a glicose e os fitocídeos são substâncias extremamente
sensíveis ao calor, o que significa que eles são destruídos caso o
mel seja exposto ao sol ou a temperaturas acima de 36°C.
Como o potencial antimicrobiano varia com a qualidade do mel,
está se tornando rotina, pelo menos entre os apicultores da
Austrália e Nova Zelândia, enviar amostras para serem testadas
em laboratório e somente aqueles que obtêm resultados positivos
podem ser rotulados como "antisséptico".
Saúde e Beleza Forever – 391

 Antioxidante
Segundo a Dra. May R. Berenbaum, entomologista da
Universidade de Illinois (Chicago), análises químicas têm mostrado
que certos tipos de mel possuem propriedades antioxidantes
capazes de retardar as reações oxidativas.
Todos já viram a rapidez com que uma maçã ou uma batata depois
de cortadas escurece. Pois em uma série de experimentos foi
possível verificar que, quando recobertos pelo mel, a oxidação
relativa à reação dos elementos fenólicos desses alimentos com o
oxigênio do ar – causa do escurecimento e perda de grandes
quantidades de vitamina C, por exemplo – é desacelerada.
Embora as gorduras aquecidas se oxidam e ficam rançosas mais
rápido, as amostras de carne de peru frito que foram recobertas
com mel, após três dias preservadas no refrigerador, apresentaram
apenas 15% da oxidação quando comparadas às outras que não
haviam sido protegidas pelo mel.
Com relação à variação do potencial antioxidante do mel, a equipe
da Dra. Berenbaum, da Universidade de Clemson (Carolina do
Sul), chegou a duas conclusões. Como regra geral, quanto mais
escuro o mel, maior o seu potencial antioxidativo, com exceção do
mel de sweet-clover, que tem uma coloração clara. E, corroborando
com o postulado de Lavoisier "na vida tudo se transforma", o mel
cozido perde alguns nutrientes, mas adquire maior potencial
antioxidativo. (Um conhecimento a ser assimilado pelos
aficionados dos alimentos crus que só pensam na preservação das
enzimas.)
Apesar de os agentes antioxidantes do mel ainda não terem sido
devidamente identificados, acredita-se que eles estejam
relacionados aos flavonóides, os elementos que dão cor e sabor às
plantas.
Ainda segundo observações da Dra. Berenbaum, uma das
explicações para o uso tradicional do mel contra queimaduras,
catarro, úlceras e ferimentos é, exatamente, a sua capacidade de
interromper os processos oxidativos relativos a esses quadros.

 Cicatrizante, antisséptica e antiinflamatória


O mel, há milênios utilizado nos casos de dilaceração cutânea,
escaras e úlceras varicosas, já teve seu potencial de regeneração
392 – Saúde e Beleza Forever

tissular cientificamente comprovado: cortes (Cavanagh, 1970;


Kandil, 1989; Effem, 1988; Green, 1988), machucados (Bergman,
1983; El Banby, 1989) e queimaduras (Burlando, 1970).
Em caso de queimadura, sua aplicação imediata impede a
formação de bolhas e acelera a regeneração dos tecidos. Segundo a
experiência clínica do Dr. Subrahmanyam com 40 pacientes com
graves queimaduras, o uso contínuo de gazes embebidas em mel
fez com que o tempo de cicatrização e as próprias cicatrizes
diminuíssem em 50%, se comparado a outros protocolos
terapêuticos.22
O mel, mesmo diluído, conservava suas propriedades antissépticas
e cicatrizantes. Inicialmente pensou-se que estas propriedades
estariam relacionadas a um princípio ativo batizado como
"inibina". Hoje, porém, acredita-se que tal potencial seja
conseqüente do peróxido de hidrogênio (H2O2) – subproduto do
processo da enzima glicose oxidase que, ativada pela diluição
do mel, entra em reação com a glicose para transformá-la em ácido
glicônico e de um conjunto de polifenóis a serem identificados.
Segundo o Dr. Peter C. Molan,23 professor de bioquímica da
Universidade de Waikato (Nova Zelândia) e um dos maiores
estudiosos no assunto, a incontestável superioridade do potencial
biofitoterápico do mel sobre os machucados, queimaduras, úlceras
da pele, etc., está relacionada a ele:
Acelerar o desprendimento dos tecidos mortos,
tornando desnecessária a sua remoção
cirúrgica, a redução da dor, do inchaço e
do processo inflamatório, os mecanismos
de regeneração tissular e,
conseqüentemente, reduzir, ao mínimo, a
cicatriz e a possível necessidade de um
futuro implante/enxerto.

22
Subrahmanyam M, Burns, Aug. 1994; 20:331-3
23
Molan PC. The nature of the antibacterial activity. Bee World 73(1): 5-28. Variation in the
potency of the antibacterial activity. Bee World 73(2): 59-76. (1992)
Molan PC.; Allen, K. L. The effect of gamma-irradiation on the antibacterial activity of honey.
Journal of Pharmacy and Pharmacology 48: 1206-1209. (1996)
Molan PC. Honey as an antimicrobial agent. In: Mizrahi A. and Lensky Y. (eds.) Bee
Products: Properties, Applications and Apitherapy Plenum Press, New York. (1997)
Molan PC; Brett M. Honey has potential as a dressing for wounds infected with MRSA.
Presented at the 2nd Australian Wound Management Association Conference. (1998)
Saúde e Beleza Forever – 393

Prevenir a danificação tissular – algo raro entre os


agentes antissépticos comuns.
Diminuir o mau cheiro decorrente da decomposição
tissular, pois essa fica reduzida a um
mínimo.
Manter a umidade necessária ao crescimento de
novos tecidos – embora a umidade favoreça
a proliferação de bactérias, o potencial
antisséptico do mel previne a infecção.
A prevenção ou eliminação do foco infeccioso é indispensável ao
processo de cicatrização. O potencial antimicrobiano do mel,
entretanto, varia com a quantidade de peróxido de hidrogênio
gerada e com as propriedades fitoterápicas dos elementos
constituintes do néctar da planta de origem.
O potencial antisséptico do mel é inquestionável, até mesmo em
relação a bactérias que têm causado muitas infecções hospitalares
hoje altamente resistentes aos antibióticos, como, por exemplo, o
Estafilococo aureus, segundo a Dra. Shona Blair, da Universidade
de Sidney (Austrália).24 Diluído a 1%, o mel os inibiu por três
horas. A 2%, por cinco horas. A 3%, por dez horas.
Testes realizados no Central Public Health Laboratory, de Londres,
constataram que inúmeras cepas, normalmente resistentes a
múltiplos antibióticos, como Acinetobacter baumarii, Estafilococo
aureus ou enterococo, não apresentam resistência alguma ao mel.
E, de acordo com as pesquisas soviéticas de 1968, seu poder
antibiótico também atua sobre a S. pirogenes aureus 209, a S.
enteridis Gartneri, o B. pseudoantracis e o B. colli communis.25
Segundo artigo publicado no British Journal of Obstetrics &
Gynecology, o mel é "mais eficiente e mais barato do que muitos
outros antibióticos tópicos", apontando as bactérias do tipo B
hemolitic strep, Lancefield do grupo C, E. coli, Bacillus spp,
Candida albicans, Stelatoidea tropicalis e pseudotropicalis.

24
The University of Sydney News - 27 July 2000.
www.usyd.edu.au/publications/news/2K0727News/2707_honey.html
25
Aganin AV. Determination des propriétés antibiotiques du miel par la bonne methode
(Sensibility of cultures, decreasing: S.pyrogenes aureus 209, S.enteridis Gartneri, B.
pseudoanthracis, B. colli communis). Trudy Saratov.zootrkh,vet.Inst. 15;pp.301-303. (1968)
394 – Saúde e Beleza Forever

Para Molan, cujos estudos com diversos tipos de mel com níveis de
atividade antibacteriana média apresentaram um grau de atuação
de 10 a 50 vezes acima do necessário para que as bactérias fossem
totalmente extintas, adverte sobre o fato do seu potencial de ação a
níveis profundos depender do grau com que ele atua na superfície.
Ao peróxido de hidrogênio (água oxigenada) – substância essen-
cialmente antiinflamatória – gerado pelas reações enzimáticas, são
ainda atribuídas outras importantes atividades terapêuticas como:
Ativar as enzimas que decompõem as proteínas
dos tecidos envolvidos com o processo da
cicatrização.
Atuar como mensageiro celular, promovendo
rápidas respostas do sistema imunológico
aos focos infecciosos.
Estimular o crescimento de novas células que irão
substituir os tecidos danificados.
Produzir um efeito semelhante ao da insulina, que
favorece o processo de cicatrização.
Promover o desenvolvimento de novos vasos
sangüíneos – primeira etapa do processo
de regeneração tissular.
Muitos, entretanto, tendem a atribuir a maior parcela do potencial
antiinflamatório do mel às suas propriedades antioxidantes, cuja
prevenção à formação de radicais livres impede que estes
alimentem os quadros inflamatórios. Mas ao alto grau de acidez do
mel também estão atreladas propriedades biofitoterápicas relativas
ao:
Aumento da liberação do oxigênio transportado pela
hemoglobina, já que a oxigenação local é
essencial ao crescimento de novos tecidos.
Prevenção dos danos causados pela amônia
produzida pelo metabolismo das bactérias
agindo sobre os tecidos adjacentes.
O uso tópico do mel é igualmente importantíssimo no processo de
cicatrização, uma vez que a chegada dos nutracêuticos às células
pode estar obstruída pelos danos causados aos vasos sangüíneos
ou por um foco infeccioso. Mas o potencial biofitoterapêutico do
mel encontra-se ainda relacionado à sua capacidade de:
Saúde e Beleza Forever – 395

Criar uma película líquida entre os tecidos e o


curativo, facilitando a sua remoção sem dor
e sem romper os novos tecidos em formação.
Diminuir o inchaço ao redor dos tecidos inflamados e
assim reduzir a principal causa da dor.
Impedir a deformação tissular, nutrindo as células e
umidecendo-as com o soro atraído pela
grande concentração de açúcar, e a retração
dos novos tecidos, inviabilizando a formação
de qualquer crosta na superfície.
Reduzir o mau cheiro relativo à decomposição dos
tecidos danificados, pois as bactérias são
mais atraídas pelos açúcares do que pelos
aminoácidos do soro e das células mortas,
que causam o forte odor.
Suprir os glóbulos brancos com glicose suficiente
para o desempenho de suas atividades,
tornando-os mais eficientes no combate às
bactérias.
As incisões operatórias, internas ou externas, são esterilizadas e
secam mais rapidamente na presença do mel. Essa ação
complementar é que promove a redução do tempo necessário à
regeneração tissular e, conseqüentemente, do tamanho das
cicatrizes. Por isso, em muitos hospitais do interior,
principalmente onde os antibióticos e outros medicamentos são
escassos, o mel é utilizado com total sucesso.
Resumindo, o uso biofitoterapêutico do mel no caso de lesões
cutâneas é, portanto, justificado por seu potencial:
Ácido promovendo um meio ambiente cujo pH é
incompatível aos disbióticos.
Anestésico diminuindo a dor.
Antiaderente evitando que os novos tecidos sejam
arrancados durante a troca do curativo.
Antiedêmico impedindo a formação de edemas e reduz
rapidamente os inchaços.
Bactericida destruindo as bactérias devido ao poder
de oxidação do peróxido de hidrogênio.
396 – Saúde e Beleza Forever

Osmolárico absorvendo a água, tornando-a


indisponível à sobrevida dos
microrganismos.

 Anticárie e combate às doenças periodontais


No encontro anual de 2001, do American Association for Dental
Research, cujo tema era Alimentos funcionais para a saúde bucal,
Molan apresentou o resultado de sua pesquisa com um trabalho
intitulado O mel para a saúde bucal.
Ficou assim demonstrado que o peróxido de hidrogênio produzido
a partir do mel é capaz de aumentar a acidez bucal a ponto de
impedir a sobrevivência de bactérias produtoras de dextrana –
polissacarídeo colante que promove a aglutinação dos
microrganismos formadores das placas dentárias.
Concluiu-se, então, que qualquer tipo de mel com tal potencial de
ação deve ser considerado como um alimento de prevenção e
reversão dos quadros de gengivite e outras doenças periodontais.

 Cosmetológico
Tradicionalmente utilizado para o rejuvenescimento da cútis, o mel
foi inicialmente redescoberto pela indústria de cosméticos
francesa. Hoje ele é uma substância cada vez mais apreciada pelos
cosmetólogos, presente até mesmo em alguns bloqueadores
solares.
De acordo com o trabalho de David Ropa, apresentado ao National
Honey Board, em Longmont (Colorado), o mel pode ser usado como
matéria-prima dos ácidos alfa hidroxil (AHAs) – excelente esfoliante
e agente de aceleração da renovação celular.

 Contra problemas circulatórios


Quando a pressão sangüínea está muito baixa, a ingestão de uma
colherinha de mel pode ser o suficiente para fazê-la retornar aos
níveis normais. Isso porque o mel é um tônico de natureza
yin/fria, específico contra cardiopatias, pois ele nutre os músculos
cardíacos e promove a expansão dos vasos sangüíneos. Por isso o
mel é um importante coadjuvante no tratamento da angina
peitoral, caracterizada por dor e/ou pressão perto do coração.
Saúde e Beleza Forever – 397

 Contra problemas nos olhos


Segundo a tradição de diversas culturas européias, asiáticas e da
América Central, o mel, aplicado diretamente sobre os olhos, é
capaz de reduzir, ou mesmo curar, a catarata, a conjuntivite, as
úlceras e vários outros problemas na córnea – melhora a visão,
combate a vermelhidão dos olhos ou qualquer irritação provocada
pelo uso das lentes de contato, inclusive bolhas nas pálpebras.
Nesses casos, aplicam-se algumas gotas sobre os olhos. Só que a
eficiência apiterapêutica do mel, nesses casos, dependerá da sua
qualidade. Sabe-se, entretanto, que os tipos de mel mais eficientes
são: o Manuka, da Austrália e Nova Zelândia; o Meliponid e o
Trigonid, mais comuns na Índia, América do Sul e Central. 26

 Contra problemas nos ouvidos


Segundo a tradição popular, o mel, quando pingado dentro dos
ouvidos, também aplaca as infecções. Caso não haja supuração ou
exsudação de qualquer líquido, para garantir a produção do
peróxido de hidrogênio, é preciso misturá-lo a um pouco de água
antes de aplicado.

 Contra problemas no trato gastrintestinal


A tradição do mel como fator apiterapêutico contra problemas
crônicos ou infecções gastrintestinais – prisão de ventre, úlceras
duodenais etc. – remonta à Antigüidade. São inúmeros os estudos
científicos que hoje credenciam o mel como agente
apiterapêutico.27

26
Emarah MH. A clinical study of the topical use of bee honey in the treatment of some
occular diseases. Bulletin of Islamic Medicine 2 (5): 422-5. (1982)
Mozherenkov VP.; Prokof'eva G. L. Apiterapiia glaznykh zabolevanii (obzor). [Apiotherapy of
eye diseases (review)] Vestnik Oftal'mologii 107 (6): 73-5. (1991)
Osaulko GK. Use of honey in treatment of the eye [in Russian]. Vestnik Oftal'mologii
(Moskow) 32 : 35-36. (1953)
Popescu MP; Palos E; Popescu F. Studiul eficacitatii terapiei biologice complexe cu produse
apicole in unele afectiuni oculare localizate palpebral si conjunctival in raport cu
modificarile clinico-functionale. Revista de Chirurgie Oncologie Radiologie O.R.L. Oftalmologie
Stomatologie Seria Oftalmologie 29 (1): 53-61. (1985)
Sarma, MC. Honey in the treatment of bacterial corneal ulcers. Personal communication
cited in Efem S. E. E.; Udoh K. T.; Iwara C. I. (1992) The antimicrobial spectrum of honey
and its clinical significance. Infection 20(4):227-229. (1988).
27
Ali AT et al. Natural honey prevents ischaemia-reperfusion-induced gastric mucosal
lesions and increased vascular permeability in rats. Eur J Gastroenterol Hepatol, Nov; 9(11),
pp.1101-7.(1997)
398 – Saúde e Beleza Forever

Em relação à úlcera gastrintestinal, as pesquisas do saudita Dr.


Ali, nos anos 90, foram de grande importância,28 embora o
trabalho pioneiro tenha sido do Dr. Kandil e sua equipe, no final
dos anos 80,29 embora existam ainda diversos estudos, igualmente
importantes, sobre o potencial apiterapêutico do mel no que diz
respeito a outros problemas do trato gastrintestinal dos humanos
30
e dos animais, como a diarréia nos cavalos.31
A maioria dos casos de úlcera péptica está relacionada à ação da
bactéria Helicobacter pilori no estômago. Estudos desenvolvidos na
Universidade de Waikato (Nova Zelândia) verificaram que em
apenas três dias as colônias de H. pilori de pacientes com úlceras
gástricas tiveram o crescimento inibido pela presença do mel.
Para se prevenir ou reverter tal quadro, recomenda-se uma
colherada de mel, tanto no início como no fim do dia, para acalmar
o fogo do estômago. A efetividade do mel no tratamento das úlceras
pépticas foi quantificada entre 50 e 82%.
A maneira pela qual o mel é utilizado determina seu potencial de
ação sobre as secreções estomacais, que tanto podem ser
estimuladas como suprimidas.

A ação do mel sobre as secreções estomacais


Ceksteryte V et al. (Lithuania) Effect of honey on the acidity of gastric juice. XXXV-Th.
Apimondia Congress, Antwerp, Belgium. (1997)
28
Ali ATMM, Al-Humayyd MS, Madan BR. Natural honey prevents indomethacin- and
ethanol-induced gastric lesions in rats. Saudi Medical Journal 11 (4): 275-279. (1990)
Ali A et al. Inhibitory effect of natural honey on Helicobacter pylori. Tropical
Gastroenterology 12 (3): 139-143. (1991)
Ali A. Prevention of ethanol-induced gastric lesions in rats by natural honey, and its
possible mechanism of action. Scandinavian Journal of Gastroenterology 26 : 281-288.
(1991)
Ali A. Natural honey accelerates healing of indomethacin-induced antral ulcers in rats.
Saudi Medical Journal 16 (2): 161-166. (1995)
Ali A. Natural honey exerts its protective effects against ethanol- induced gastric lesions in
rats by preventing depletion of glandular nonprotein sulfhydryls. Tropical Gastroenterology
16 (1): 18-26. (1995)
29
Kandil A et al. Curative properties of true floral and false nonfloral honeys on induced
gastric ulcer. Journal of Drug Research (Cairo) 17 (1-2): 103-106. (1987) Fourth International
Conference on Apiculture in Tropical Climates, Cairo, International Bee Research
Association, London. 68-69. (1989)
30
Salem SN. Honey regimen in gastrointestinal disorders. Bulletin of Islamic Medicine 1:
358-362. (1981)
Haffejee IE.; Moosa, A. Honey in the treatment of infantile gastroenteritis. British Medical
Journal 290 : 1866-1867. (1985)
31
Linnett P. Honey for equine diarrhoea. Control and Therapy. (1996)
Saúde e Beleza Forever – 399

1 ½ hora antes da refeição inibirá o excesso de


secreção dos ácidos
estomacais.
Logo após a refeição estimulará o aumento das
secreções estomacais.
Morno diluirá as secreções,
impedindo a elevação da
acidez estomacal.
Frio aumentará os níveis de
acidez do estômago e o
peristaltismo dos intestinos.

 Contra problemas no trato respiratório e garganta


Nos climas temperados ou locais com flutuações abruptas de
temperatura, o mel é conhecido como alimento funcional contra os
resfriados ou irritações e infecções da garganta e dos brônquios.
Além de bactericida, ele alivia e relaxa as vias respiratórias.
Segundo a medicina popular, mastigar a fava do mel é a maneira
mais rápida de aliviar as dores de garganta, abrir os sínus e
combater a inflamação do trato respiratório. Deve-se, porém, evitar
engolir além de algumas diminutas partículas da cera. Diferente do
mel, a coloração escura da fava denota maior concentração de
impurezas. A cera utilizada na vedação das células da fava, por ser
rica em substâncias antibióticas, também pode ser mastigada,
caso haja dificuldades em se obter a fava.

 Para preservação dos órgãos a serem transplantes


O potencial de preservação do mel sobre os tecidos, há muito
conhecido na mumificação, tem igual aplicação para os tecidos a
serem utilizados nos transplantes. Em 1971, cientistas indianos
usaram o mel na preservação de uma válvula da aorta, 32 e em
1977, para preservar um pedaço de pele a ser enxertado. 33 Um ano
depois os russos fizeram o mesmo com uma córnea. 34 Em 1993, a
32
Khanna SK.; Arora HL; Jain TC; Gupta M. Preservation of aortic valves in honey. Annals
of the Indian Academy of Medical Sciences 7 (3): 217-227. (1971).
33
Gupta M. Preservation of split skin grafts in honey: A preliminary study. Indian Journal of
Surgery 39 : 591-98. (1977)
34
Markicheva NA. Histomorphological studies of the cornea preserved in honey [in
Russian]. Oftalmol Zh 33 (7): 528-529. (1978).
400 – Saúde e Beleza Forever

revista científica Lancet publicou a experiência do Dr.


Subrahmanyam, cujos tecidos enxertados, anteriormente
preservados por 12 semanas no mel, tiveram índice zero de
rejeição.35

O mel como alimento para...


 A flora intestinal simbiótica
O mel, quando combinado aos lactobacilos, acelera a regeneração
da flora intestinal, extremamente vulnerável às infecções
intestinais e ao uso de antibióticos, da qual depende grande parte
da vitamina K, que tem como função:
Contribuir para o equilíbrio do pH do sangue.
Converter a glicose dos intestinos em glicogênio.
Elevar a resistência imunológica.
Fixar o cálcio nos tecidos ósseos, atuando em
sinergia com a vitamina D.
Prevenir e combater os hematomas e sangramentos
excessivos do fluxo menstrual, de uma
cirurgia, de um mioma ou das vias nasais.
Promover a perfeita coagulação do sangue,
impedindo qualquer tipo de hemorragia.

 As crianças
As referências mais antigas da utilização do uso como alimento
infantil datam do século IX a.C. Misturado ao leite e à manteiga
derretida, o mel fazia parte da nutrição das crianças gregas e
germânicas. Havia também o costume de se pingar mel na boca
dos recém-nascidos antes de amamentá-los.
O mel também é considerado como alimento essencial às crianças
prematuras ou com anemia hipocrônica, icterícia, infecções recor-
rentes, náusea e prisão de ventre. Ele facilita a assimilação das
proteínas e lipídios do leite – promove a precipitação da caseína em
pequenos flocos, acelerando o esvaziamento do estômago.
O organismo infantil necessita de alimentos altamente calóricos
que o ajudem a repor as energias gastas pela agilidade dos
movimentos e pelo metabolismo acelerado – principal causa da
atração das crianças por alimentos doces.
35
Subrahmanyam M. Storage of skin grafts in honey. Lancet 341 (8836): 63-64. (1993).
Saúde e Beleza Forever – 401

O mel não é apenas rico em calorias, mas também em minerais e


vitaminas, ou seja, diferente do açúcar, não depaupera o
organismo desses preciosos nutrientes, além de ser uma grande
solução para as crianças com dificuldade ou incapacidade de
metabolizarem a sacarose – dissacarídeo composto por uma
molécula de galactose e uma de frutose.
Quanto mais escuro o mel, maior seu potencial antianêmico –
aumenta os níveis de hemoglobina, o apetite e o bem-estar das
crianças –, ao mesmo tempo que disponibiliza, em altíssimo grau
de biodisponibilidade, uma generosa quantidade de potássio e
magnésio, minerais indispensáveis à perfeita cardiovascularização
e neurotransmissão.
Crianças que diariamente ingerem pequenas quantidades de mel,
quando comparadas às que não o utilizam, apresentam:
• Três vezes mais hemoglobina.
• Melhor resposta imunológica.
• Menor incidência de doenças infecciosas.
O mel, especialmente os aromatizados, exercem efeito sedativo
sobre o sistema nervoso das crianças, que dormem mais
rapidamente após ingeri-lo. Sendo também um laxativo ameno, o
mel zela para que elas jamais sofram as devastadoras
conseqüências da prisão de ventre. Ele também facilita o
nascimento dos dentes.
O pediatra Dr. N. P. Noirish, após observar 230 crianças entre sete
e 15 anos, nunca mais duvidou dos benefícios do mel sobre a
saúde infantil. Sua recomendação é para que consumam duas
colheres de sobremesa de mel ao dia. O mel também atua contra a
incontinência noturna.36
Para o Dr. M. Frenkel, 37 contra a tosse, especialmente da
coqueluche, nada melhor do que seguir a receita popular – uma
mistura de partes iguais de mel e azeite morno, em doses de uma
colher de chá, administradas várias vezes ao dia.38
O Dr. E. A. Ludyansky recomenda para crianças com distúrbios
neuróticos os banhos de mel – uma série de 12 a 15 banhos, seja

36
www.mari-el.ru/homepage/nadir/honey_in_children.html
37
Frenkel MM. Facts about honey used in folk medicine. (USSR) Apiacta, # 2 (1988)
38
www.mari-el.ru/homepage/nadir/honey_in_children.html
402 – Saúde e Beleza Forever

diariamente ou em dias alternados, conforme o caso, a ser repetida


a cada quatro ou cinco meses. Um banho semanal pode ser
mantido como suporte ao tratamento. A apiterapia é intensificada
se ao banho for adicionada a infusão de coníferas ou de sálvia.39
A Dra. K. A. Kuzmina recomenda a inclusão do mel na dieta das
crianças com escrófula, ingurgitamento dos gânglios linfáticos com
perigo de supuração, mesmo contra a opinião de alguns médicos. 40
Por isso, para muitos profissionais da saúde, sejam eles ortodoxos
ou apiterapeutas, é incontestável o valor biofitoterápico do mel
sobre o desenvolvimento do organismo e a manutenção da saúde,
da infância à adolescência.

Contra-indicações do uso do mel para as crianças


A ingestão do mel é contra-indicada às crianças que lhe são
intolerantes, hipersensíveis ou que sofram de diátese –
predisposição do organismo a manifestar patologias em um mesmo
local. E para verificar a sensibilidade e tolerância ao mel, basta
dar-lhe ½ colher de chá e observar se, no espaço de 12 horas, a
pele reagirá com algum tipo de erupção, diátese ou qualquer outro
sintoma.
Os banhos de mel são contra-indicados, a priori, às crianças que
lhe sejam intolerantes, diabéticas ou que sofram de algum tipo de
deficiência cardiovascular ou pulmonar, ou que ainda estejam
apresentando alguma doença relacionada ao sangue ou tumores.

 Os atletas, dançarinos, desportistas e ginastas


A combinação do pólen das abelhas com o mel era conhecida, na
Grécia Antiga, como “Ambrosia dos Deuses”. E por insistência de
Pitágoras passou a fazer parte da dieta regular dos atletas.

 Os diabéticos
Há quem garanta que o mel é inócuo aos diabéticos. Isso é correto,
guardadas as devidas proporções. Não há dúvida de que o mel
quando oriundo do néctar das flores (não de águas açucaradas
postas nas imediações das colméias), diferente do açúcar, provoca
uma elevação insulínica muito mais branda. Mas é preciso que os
diabéticos estejam certos da qualidade do mel, que não
39
www.mari-el.ru/homepage/nadir/honey_in_children.html
40
www.mari-el.ru/homepage/nadir/honey_in_children.html
Saúde e Beleza Forever – 403

ultrapassem a dosagem diária de duas colheres de chá e que as


salivem diligentemente. Só assim poderão, sem problema algum,
igualmente usufruir de seus benefícios.

 Os idosos
Tendo tomado conhecimento de um estudo realizado junto a mais
de 130 anciãos com mais de 100 anos dos quais 80% eram
apicultores, o Dr. Schweishcimer, gerontologista nova-iorquino,
passou a observar que realmente aqueles que alcançavam idades
avançadas com surpreendente vigor estavam envolvidos com a
apicultura ou faziam uso diário do mel.41 Provavelmente por isso o
mel é conhecido como o "leite dos idosos".

 E mais...
Além de acalmar, fortificar e restabelecer a integridade das
membranas mucosas, o mel é igualmente conhecido por:
Abaixar a febre.
Ajudar a diminuir os níveis do colesterol HDL.
Amaciar e refrescar a pele.
Aumentar o estado de ânimo dos pacientes – ajuda a
recuperar a força vital e a restabelecer o
equilíbrio homeostásico do organismo;
Combater a insônia, a ressaca – salivar três colheres
de sopa de mel, seguidas da ingestão de
um copo d’água, é um excelente antídoto
às conseqüências nefastas do álcool,
problemas no sacro, região lombar e ciática
– nesses casos, a apiterapia prescreve não
apenas massagens com mel e a aplicação
de ungüento de própolis, como também as
tradicionais picadas de abelha e, às vezes,
o consumo do pólen e da geléia real.
Eliminar a ardência, a comichão ou o inchaço das
picadas de inseto ou do contato com
plantas venenosas.

41
www.mari-el.ru/homepage/nadir/elixir.html
404 – Saúde e Beleza Forever

Proteger e estimular o fígado, os rins e o trato


gastrintestinal.
Preservar a qualidade e o funcionamento dos órgãos
e sistemas do organismo, para favorecer a
longevidade sem perder qualidade de vida.
Fortalecer a musculatura e o sistema nervoso.
Induzir a produção de glóbulos vermelhos –
hematopoese – e proteger as crianças,
idosos e convalescentes contra a perda de
peso (caquexia) e doenças epidêmicas.
Colaborar para a normalização das funções renais.
Promover a reversão das doenças de pele
relacionadas ao sistema nervoso e
cardiovascular e aumentar a energia física
e mental.
Reduzir a suscetibilidade a infecções, gripes e
resfriados.
Reverter os quadros de malnutrição, insanidade,
desordens do estômago e dos nervos e os
problemas decorrentes da velhice.
Tratar bolhas, irritações na pele e no couro
cabeludo, assim como os mais diversos
problemas em qualquer cavidade do corpo.
Aos convalescentes ou àqueles que sofrem de doenças
cardiovasculares e hepáticas, injeções de uma solução de 20-40%
de mel podem promover grandes melhoras. Diz-se que quando
nada mais se tem a fazer, o mel é o melhor medicamento, pois
"pior do que antes de ingeri-lo o paciente certamente não ficará".

Os paradoxos do mel
O mel é contra-indicado às pessoas intolerantes à frutose, pois a
incapacidade de digeri-la fará com que ela fermente e produza
muitos gases, ao mesmo tempo que poderá atrair grandes
quantidades de água para os intestinos e provocar uma diarréia.
Devido às suas propriedades higroscópicas, que fazem com que ele
atraia moléculas de água, se por um lado o mel hidrata a pele em
Saúde e Beleza Forever – 405

casos de queimadura ou cortes severos (Molan 1992), ele também


pode ressecar os intestinos, causando prisão de ventre e fazendo
com que os fermentos e as bactérias da flora intestinal morram por
desidratação.
Quando utilizado sobre as lesões da pele, caso o local não esteja
úmido pelo soro que aflora do machucado, o mel deverá ser diluído
em água para favorecer a produção do peróxido de hidrogênio. Se
assim não for feito, os efeitos serão contrários aos almejados, ou
seja, em vez de os patógenos serem extintos pela ação do peróxido
de hidrogênio, nutrir-se-ão dos açúcares e se proliferarão.

Precauções para o uso do mel


É fundamental que a ingestão do mel seja acompanhada de uma
boa salivação ou diluído em água para que a produção do peróxido
de hidrogênio seja garantida. Caso contrário, o mel tanto poderá se
tornar agente das cáries dentais como criar problemas à flora
intestinal. A administração do mel a pessoas com problemas
cardíacos ou com a saúde comprometida, sobretudo pelo câncer,
deve ser parcimoniosa.
Quando não se tem certeza da qualidade do mel, ele não deve ser
administrado em hipótese alguma às crianças com menos de um
ano de idade.42 Não é raro que o mel possa estar contaminado
pelos esporos de botulismo que, oriundos dos animais, se
misturam à poeira e podem contaminar os utensílios utilizados na
coleta e acondicionamento do mel. E como a flora intestinal e o
sistema imunológico infantil, ainda em formação, não têm
capacidade de combatê-los, a criança pode ser vítima da
paralisação de algum órgão ou até mesmo da Síndrome da Morte
Infantil Repentina.

Possibilidades de uso
Aterosclerose. Bolhas. Cardiopatia. Catarro – no estômago,
pulmões ou intestinos. Cicatrização. Colesterol elevado. Colite.
Cortes e machucados. Dificuldade de respiração. Disenteria.
Doenças crônicas da pele. Dor de garganta. Escrófula
(ingurgitamento dos gânglios linfáticos), exaustão, febre.
Fortalecimento do sistema imunológico. Gripes e resfriados.
Hemorróidas. Hipertensão. Hipocondria (doença caracterizada por
42
http://www.sci.fi/~apither/bibbase/honcouin.html
406 – Saúde e Beleza Forever

grande sensibilidade do sistema nervoso, gerando preocupação


com moléstias imaginárias e melancolia). Impotência. Infecções
virais. Insônia. Irritação cutânea. Mucosidade presa nos pulmões.
Neurastenia. Picadas de inseto. Pneumonia. Prisão de ventre.
Problemas cardiovasculares, gastrintestinais, hepáticos, oculares,
pulmonares, renais e respiratórios. Problemas na boca, nariz,
garganta, olhos, ouvidos e pele. Queimaduras. Sudação.
Suplementação alimentar para as crianças, os idosos e os
convalescentes. Tuberculose. Úlcera péptica. Tonificação do
organismo e dos nervos.

Modos de utilização do mel


Uso externo
Em casos de cortes, machucados, queimaduras, úlceras ou
qualquer outro tipo de dilaceração cutânea, o mel cru é aplicado
diretamente sobre a área afetada e coberto por uma gaze ou
atadura. O curativo deve ser trocado uma ou duas vezes ao dia. No
caso de o local estar seco, isto é, não havendo a exsudação do soro
para diluir o mel, a produção do peróxido de hidrogênio que gera o
potencial antisséptico do mel deve ser induzida por sua diluição na
água antes de ser aplicado.

Uso interno
Diz o Livro dos Provérbios (25:16): "Achaste mel? Come o que for
suficiente: se comeres demais, tu o vomitarás.” Isso porque o seu
excesso pode provocar enjôo, dores de estômago, erupções
cutâneas e comichão na pele.
Jamais se deve forçar uma criança a ingerir muita quantidade de
mel. Primeiro, porque normalmente não se deve administrar mais
do que uma colher de chá de mel, a cada vez, a uma criança.
Segundo, porque ela acabará enjoando rapidamente e poderá
passar um grande período, ou até mesmo a vida toda, sem querer
mais consumi-lo.
O mel é um alimento biofitoterápico de alta concentração. Por isso,
se for consumido em excesso perde suas propriedades
apiterapêuticas e passa a provocar desequilíbrios orgânicos. A
diluição prévia do mel em água é importante no caso de a pessoa
não conseguir salivá-lo como deveria. A outra opção é ingerir um
copo d’água logo após consumi-lo.
Saúde e Beleza Forever – 407

A medicina ayurvédica recomenda a ingestão diária de duas


colheres de sobremesa de mel, logo no início da manhã e no final
da noite. Existem herbologistas e apiterapeutas que, dependendo
do caso, recomendam a ingestão de até uma colher de sopa, duas
a três vezes ao dia.

Doses apiprofiláticas mais utilizadas


Sedentários uma colher de chá três vezes ao dia.
Fisicamente ativos uma colher de sopa três vezes ao dia.

Doses apiterapêuticas mais utilizadas


Adultos entre 100 e 150 g divididas ao longo do dia.
Crianças entre 30 e 50 g divididas ao longo do dia.

 Contra a alergia ao pólen das plantas


O consumo regular de um mel que traga fragmentos da mesma
qualidade do pólen que atua como fator alérgico funciona como
agente de dessensibilização, pois, com o tempo, a reação do
sistema imunológico vai diminuindo de intensidade até que as
crises de alergia sazonal desaparecem.

 Contra a baixa resistência física, problemas de


reprodução ou desenvolvimento celular
Havendo baixa resistência física, problemas de reprodução ou de
desenvolvimento celular, o mel pode ser administrado com maior
freqüência. Para as crianças, entretanto, cada dose não deveria
ultrapassar a meia colher de chá, sempre diluída em água. Assim,
poderia ser administrada mais vezes ao dia sem problema algum.

 Contra a tuberculose e as doenças de pele


Na Rússia é bastante comum que os que sofrem de tuberculose ou
alguma doença de pele fiquem imersos, durante 20 minutos, duas
a três vezes por semana, em uma banheira onde de 200 a 250g de
mel tenham sido diluídos.

 Contra as gripes e resfriados


Uma opção contra a gripe é misturar alho picado e mel, na
proporção de 1:1. Deixar descansar por umas 12 horas. Ingerir
uma colher de sopa bem salivada antes de se deitar.
408 – Saúde e Beleza Forever

Para combater o resfriado, as possibilidades são diversas, porém,


as combinações mais usadas são de mel misturado ao vinagre de
maçã, limão, leite, chá ou suco de gengibre.

 Contra as infecções virais


Outra boa combinação para se combater as infecções virais é
ingerir a mistura de uma colher de sopa de suco de cenoura com
uma colher de mel algumas vezes ao dia. Os diabéticos, entretanto,
devem se abster desse preparo, pois o índice glicêmico do suco de
cenoura é altíssimo.

 Contra a neurastenia
Contra a neurastenia são recomendados banhos de banheira à
base de mel. Para isto, basta diluir duas colheres de sopa de mel
em ½ litro de água e despejá-lo em uma banheira de água morna.
Outras essências aromáticas específicas podem ser igualmente
adicionadas. Após relaxar nesse banho por 20-30 minutos, sem se
enxugar e coberto apenas por um lençol, deitar e relaxar por mais
40-50 minutos.

 Contra problemas da boca, nariz e garganta


Para combater a disbiose dos microrganismos da boca, nariz e
garganta, deve-se consumir uma colher de chá de mel uma, duas
ou três vezes ao dia, mantendo-o na boca, misturado à saliva, o
mais longamente possível.

 Contra problemas digestivos


Muitos problemas digestivos podem ser auxiliados pela ingestão de
uma colher de chá de mel diluído em um pouco de água ou
exaustivamente salivado após as refeições.

 Contra problemas intestinais


Contra os problemas intestinais, recomenda-se a ingestão de uma
colher de sopa de mel diluído em um copo d'água à temperatura
ambiente.

 Contra problemas respiratórios


Saúde e Beleza Forever – 409

O mel é um dos remédios caseiros mais utilizados contra


problemas das vias respiratórias, embora freqüentemente
combinado a outras ervas. Contra a asma e a bronquite, a
medicina popular se utiliza da inalação do mel. Para isso, basta
fazer uma solução de 10 a 40% de mel em água destilada ou
mineral e inalar o vapor por cerca de 20 minutos.
Contra a inflamação da faringe e das vias nasais, incluindo a do
sínus, o mais recomendado é a mastigação da fava de mel, de hora
em hora, em quantidades equivalentes a uma colher de sobremesa.
Para aliviar a tosse e os espirros, mistura-se o mel com o tomilho
bem socado ou com sua essência. A tosse também é aliviada pela
mistura de partes iguais de mel, limão e whisky.
Contra a bronquite, coqueluche ou tosse forte das crianças,
recomenda-se misturar uma xícara de água, uma colher de chá de
mel, duas colheres de sopa de sementes de anis e uma pitada de
sal. Após levantar fervura, a mistura é coada. Administra-se então,
a cada duas horas, uma colher de chá para a criança. Com a
diminuição da tosse, as doses podem ser espaçadas. Outra
possibilidade igualmente benéfica é a mistura do mel com o azeite,
como anteriormente descrita.

 Para estimular o sistema imunológico


Como agente estimulante do sistema imunológico, recomenda-se a
ingestão diária de 100 a 150 g de mel/dia, divididos em quatro a
seis vezes, durante um a dois meses.

 Para induzir o suor


O suor é um dos meios mais rápidos para se desintoxicar o
organismo. Para isso, existem várias maneiras de induzi-lo com o
auxílio do mel. A ingestão de uma colher de sopa da mistura do
suco de limão e mel diluídos em uma xícara de água quente, logo
antes de se deitar, promove a sudorese. Outra possibilidade,
principalmente havendo catarro, é de se ingerir, duas a três vezes
ao dia, uma colher de sopa da combinação de suco de rabanete e
mel, na proporção de 1:1.

 Para tonificar o organismo


410 – Saúde e Beleza Forever

A tonificação do organismo pode ser alcançada através da ingestão


de uma colher de chá de mel duas a três vezes ao dia – a primeira
ao levantar, a última ao se deitar e ainda uma terceira ou no meio
da tarde ou após o jantar.

Informações nutricionais
Uma colher de sopa de mel equivale a 21 g, que corresponde a
70 kcal.
Saúde e Beleza Forever – 411

Forever Bee Propolis

Como as leis dos Estados Unidos proíbem a venda da própolis em


solução alcoólica, pela irritação que o álcool causa à mucosa do
estômago, Forever Bee Propolis é constituído de própolis prensada,
sob a forma de pastilhas, e potencializada pela sinergia com o mel
e a geléia real. Para amenizar o forte sabor da própolis, Forever
Living acrescenta ainda a caroba, de gosto achocolatado e a
essência de amêndoa, ambas com fortes propriedades
fitoterápicas.
Vejamos, pois, por que razões Forever Bee Propolis é um
complemento alimentar de potencial preventivo e apiterapêutico
contra inúmeras doenças e disfunções, principalmente as de fundo
infeccioso e inflamatório – fatores que fazem com que o Forever
Bee Propolis seja uma importante alternativa para os antibióticos,
cuja ação, além de ser cada vez mais limitada diante da contínua
mutação e aumento da resistência dos microrganismos, gera
efeitos colaterais devastadores.
A PRÓPOLIS

A palavra própolis, de origem grega, significa “antes da cidade”, em


alusão à sua posição estratégica, revestindo a entrada da colméia.
Sua consistência colante funciona como capacho onde as abelhas
limpam os pés antes de entrar e dificulta a entrada de outros
animais, enquanto seu forte odor mascara o cheiro do mel,
impedindo-o de atrair outros animais.
Se acontecer de algum animal entrar na colméia, mesmo sendo um
roedor de certo porte, ele é imediatamente morto pelo ataque das
abelhas que, sem ter como retirá-lo, recobrem-no com uma
camada de até 5mm de própolis. Desse modo, o animal não se
decompõe e a colméia não é contaminada.
Outra função da própolis é vedar todas as fendas e revestir o
interior da colméia – garantia de assepsia total do interior. Isso é
fundamental já que as abelhas são extremamente susceptíveis a
infecções microbianas, que podem rapidamente exterminá-las. E o
poder de esterilização da própolis é de tal ordem que o interior de
412 – Saúde e Beleza Forever

uma colméia chega a ser mais asséptico do que qualquer sala de


cirurgia.
A própolis é confeccionada pelas abelhas operárias somente na
última etapa da vida, quando a coleta do pólen e do néctar é
reduzida. A matéria-prima da própolis é a resina balsâmica dos
brotos, botões e exsudação dos troncos e galhos das árvores. Sem
capacidade de discriminação, as abelhas também podem coletar a
resina das tintas, do caulim ou de qualquer material adesivo
utilizado nas construções das cercanias da colméia.
À resina se misturam as secreções glandulares da mastigação que,
transformadas em pelotinhas, são transportadas na “cesta do
pólen” atrás das pernas. A finalização da própolis é feita, então, na
colméia, onde é submetida a uma nova mastigação junto com a
cera que ali se encontra.

A história da própolis
Nas tumbas egípcias de Luxor (3.500 a.C.), assim como nos
papiros de Ebers, encontram-se referências à utilização da
própolis, sobretudo no que diz respeito à beleza dos faraós. Por ser
um produto produzido em pequena escala  50 mil abelhas
fabricam apenas 5 g de própolis , ela era um produto utilizado
quase que exclusivamente pela realeza.
Os gregos e romanos também sabiam que a própolis garantia a
saúde. Aristóteles a recomendava contra as infecções e contusões.
Plínio, “O Velho”, a prescrevia contra os inchaços e
intumescimento da pele – abscessos, espinhas, furúnculos etc.
Hipócrates a utilizava sobre as úlceras e ferimentos.
A Bíblia refere-se a ela como o bálsamo de Galaad ou da Judéia. O
Corão, onde aparece sob o nome de Kitharpikse, a exalta como
altamente benéfica aos homens e aconselha seu uso, juntamente
com o mel, contra inúmeras enfermidades. Os Incas a utilizavam
no combate às infecções e à febre.
Na literatura médica da Europa do século XII, a própolis aparece
na composição de vários medicamentos, particularmente contra
infecções na boca e garganta e no combate às cáries. Na Segunda
Guerra Mundial foi amplamente usada para cuidar dos ferimentos
dos soldados. Embora ausente na literatura médica das Américas,
a própolis sempre foi muito usada na composição de substância
Saúde e Beleza Forever – 413

adesiva, como impermeabilizante e verniz para a madeira,


sobretudo de instrumentos musicais.

A composição da própolis
As propriedades apiterapêuticas da própolis dependem tanto da
qualidade como das proporções entre seus elementos
constituintes, dos quais também decorre sua variação de
tonalidades: marrons amarelados, avermelhados e verde-escuros.
Até o fim dos anos 80, conheciam-se apenas 64 de seus elementos
constituintes. Hoje esse número já ultrapassa os 300.
De modo geral, a própolis é constituída por:
45-55% resina e bálsamo.
25-35% cera – quanto maior seu percentual, menores suas
propriedades apiterapêuticas.
+ 10% óleos essenciais voláteis.
+ 5% pólen.
+ 5% outras matérias orgânicas – carboidratos, co-
enzimas, enzimas, ésteres, esterídeos, fenóis,
flavonóides, hormônios, quetonas, quinonas,
lactonas e muitas outras desconhecidas.

Sob o ponto de vista farmacológico, o princípio ativo da própolis se


concentra nos elementos aromáticos e fenólicos (Schmid et
Buchmann, 1992). Sob o ponto de vista químico, é a grande
variedade de flavonóides (Grange e Davey, 1990) – os pigmentos
que dão cor às plantas e, segundo alguns estudiosos, quanto mais
amarelada for a própolis, mais alto o seu potencial apiterapêutico –
que responde pela maior parte da ação apiterapêutica da própolis:

O poder de ação dos flavonóides


Aumentar as atividades e potencial de utiliuzação
da vitamina C (Bors, 1995).
Controlar a qualidade do sangue (Gullyed, 1969)
assim como os níveis de açúcar e de
gordura na corrente sangüínea.
Fortalecer as paredes das veias safenas (Niebes e
Laszt, 1971).
Proteger o colágeno – inibe a hialuronidase – dos
tecidos conjunticos, como o dos vasos
capilares (Szent-Györgyi, 1936), as
414 – Saúde e Beleza Forever

moléculas de colesterol LDL etc. contra


a ação dos radicais livres.
Assim como as fortes propriedades anticancerígenas, anti-
hemorrágicas, antiinflamatórias, antioxidantes e cicatrizantes da
própolis estão relacionadas aos seus bioflavonóides, como mostra o
quadro abaixo, seu forte potencial antimicrobiano (Ghisalberti,
1979) não depende apenas desses compostos, pois, embora
análises das própolis cubanas mostrem carências de flavonóides,
suas propriedades antivirais permanecem.
A própolis é riquíssima em flavonóides – análises das própolis da
China, do Brasil e do Uruguai mostraram a presença de 10-15% de
dihidroflanovóides.

Alguns dos flavonóides presentes na própolis,


segundo o Dr. Stefan Stangaciu43
3' e 4'-diidroxi-
Reforça a parede dos vasos capilares.
flavonoïdes
Acacetina Antiinflamatória (Bankova, 1983).

Bacteriostático e bactericida (Jane e Bumbas,


Ácido benzóico
1978), antisséptico (Vanhaelen, 1992).

Antiviral (König, 1985), bactericida aos


Ácido caféico microrganismos gram-positivos e gram-negativos
(Villanueva e coll., 1970; Cizmarik e Matel, 1970,
1973), antiinflamatório (Bankova, 1983).

Bactericida contra o Estafilococo aureus, seus


Ácido cinâmico derivados induzem a granulação e regeneração
epitelial.

Ácido Ativo contra o Bacilo subtilis, B. cereus, E. coli,


cinamilidene Mycobacterium phlei, Sr. smegmatis e C. albicans.

Ácido ferúlico Bactericida contra os microrganismos gram-


positivos e gram-negativos (Vilanova, 1970;
Cizmarik e Matel, 1970, 1973), promove a
aglutinação celular, a síntese do colágeno e da
elastina, confere penetrabilidade à própolis.

43
Dr. Stefan Stangaciu. P.O. Cavalo-caixa 1-17. 8700 Constantas. Romênia apither@rtns.ro
ou drstangaciu@apitherapy.com
Saúde e Beleza Forever – 415

Ácido isoferúlico Combate o Estafilococo aureus.

Ácidos aromáticos
Bactericidas e fungicidas.
e seus ésteres
Apigenina Cicatrizante.

Artepilina C Anticancerígeno e antileucêmico.

Bisabolol Antiinflamatório.

Cafeato de 3 metil Antiviral.


Anticancerígeno (Inayama, 1984; Grunberger,
Cafeato de metil
1988).

Elemento de coloração da cera de abelha (Jaubert,


Crisina 1926), citotóxico às células cancerosas (Hladon,
1987), combate o Helicobacter pilori (Itoh, 1994).

Diterpenoïde
Anticancerígeno e bactericida.
de clerodane
Eriodictiol Combate a insuficiência pulmonar.

Ermanina Antifungicida.

Éster benzílico do
Antimicrobiano-antimicótico (Metzner, 1979).
ácido p-cumárico
Éster fenetílico do
Anticancerígeno.
ácido caféico
Ésteres do ácido
Anestésicos (Paintz e Metzner, 1979).
caféico
Ferulato de
Combate o vírus da gripe do tipo A/Hong Kong.
isopentil
Anticancerígeno (Inayama, 1984; Grunberger,
Feruleato de metil
1988).

Reforça as paredes dos vasos capilares (Roger,


Flavon-3-oles
1988).

Bacteriostática (Villanueva, 1964; Pepeljnjak,


Galangina 1982), antimicrobiana e antimicótica (Metzner,
1979), combate o Helicobacter pilori (Itoh, 1994).
416 – Saúde e Beleza Forever

Espasmolítica, combate as bactérias acido-


Kaempferidases
resistentes, como a Mycobacterium phlei.

Kaempferol
Antimicótica.
7,4' dimetil
Antiviral (König e Dustmann, 1985) e cicatrizante
Luteolina
das úlceras do estômago.

Óleos essenciais
Antimicrobianos.
voláteis
Pectolinaringenina Espasmolítica (Chá de Mel, 1992).
Pinobanksina3
Antimicrobiana-antimicótica (Metzner, 1979).
acetato
Pinobanksina Antimicrobiana-antimicótica (Metzner, 1979).

Bacteriostática (Villanueva, 1970), combate os


fungos/mofos (Miya-kado, 1976) e os
Pinocembrina Blastomicetes (Metzner, 1977), antimicrobiana-
antimicótica (Metzner, 1979), combate a Candida
(Metzner e Schneidewind, 1978), anestésica (Paintz
e Metzner, 1979), combate o Helicobacter pilori
(Itoh, 1994).

Pinosilvina Bacilo subtilis, B. cereus e Mycobacterium phlei.

Pinostrobina Anestésica (Paintz e Metzner, 1979).

Anti-histamínica (Di Maggio e Ciaceri, 1961),


antiviral (König e Dustmann, 1985), anticancerígena
Quercitina (Matsuno Tetsuya, 1991) espasmolítica (Chá de Mel,
1992), protege os vasos capilares (Budavari, 1989).

Outros elementos constituintes da própolis


Embora em baixa quantidade, a própolis é constituída por todas as
vitaminas, com exceção da vitamina K, e todos os macrominerais,
com exceção do enxofre. Dos 16 aminoácidos veiculados pela
própolis, a arginina e a prolina representam uns 45%.
Arginina Estimula a mitose e a biossíntese das
proteínas.
Saúde e Beleza Forever – 417

Prolina induz a produção de colágeno e elastina


(Gabrys, 1986).
Ainda segundo o Dr. Stefan Stangaciu, a importância de
determinados minerais presentes na própolis sobre os tecidos e
órgãos pode ajudar a esclarecer parte do seu potencial:
Cobalto fundamental ao fígado, olhos, tecidos
ósseos – aumenta a resistência às doenças
infecciosas, controla a hipertensão arterial,
combate o glaucoma, participa da vitamina
B12, estimula a fagocitose.
Cobre essencial às artérias, fígado, pele e medula
óssea – auxilia a ação das vitaminas B, C,
E e do ácido nicotínico.
Cromo indispensável à hipófise.
Estrôncio indispensável aos tecidos ósseos.
Ferro participa das enzimas relacionadas ao
sistema respiratório.
Manganês aumenta a ação da vitamina B1.
Molibdênio importante para os gânglios.
Níquel fundamental ao pâncreas.
Zinco essencial às glândulas sexuais, hipófise e
pâncreas – auxilia o equilíbrio das
proteínas e dos glicídios/colesterol.

O potencial apiterapêutico da própolis


O mel é reconhecido essencialmente como agente de proteção e
fortalecimento do sistema imunológico – combate as gripes e os
estados de fraqueza, ajuda na convalescença dos enfermos e no
tratamento de distúrbios neuróticos, está associado à longevidade.
O pólen e a geléia real aceleram a recuperação dos doentes e
combatem os efeitos negativos do envelhecimento – a geléia real é
tida ainda como agente antineurótico e regulador do sistema
endócrino.
A própolis, por sua vez, é reconhecida por uma grande variedade
de atividades biológicas e farmacológicas como:
Adiar a senilidade.
418 – Saúde e Beleza Forever

Aumentar os níveis de energia vital.


Combater a prisão de ventre.
Eliminar toxinas do organismo e o mau hálito.
Exterminar bactérias, fungos e vírus.
Garantir a boa circulação nos vasos capilares.
Melhorar as atividades do estômago e dos intestinos.
Normalizar os níveis de gordura e açúcar no sangue.
A própolis tem ainda propriedades antimicrobianas,
antiinflamatórias, cicatrizantes, estimulantes do sistema
imunológico (Schmidt et Buchmann, 1992), mas, como seu
potencial apiterapêutico depende de sua matéria-prima, é
importante que:
• A resina coletada seja oriunda das plantas e não de
materiais de construção. Por isso, quanto mais as
colméias estiverem afastadas das edificações e centros
urbanos, melhor será a qualidade da sua própolis.
• Existam plantas fitoterápicas em volta da colméia,
embora a própolis sempre apresente atividades
antibióticas qualquer que seja a sua origem.
Não existe uma doença específica contra a qual a própolis atue. É
indubitável, porém, o seu poder de aumentar a resistência do
organismo contra infecções, gripes, resfriados e acelerar a
restauração do epitélio – pele e mucosas.
Combatendo a ação dos radicais livres, a própolis atua,
indiscriminadamente, contra o câncer e as doenças auto-imunes,
cardiovasculares, gastrintestinais etc. De acordo com as pesquisas
de Millet-Clerc (1987), a própolis tem se mostrado mais eficaz do
que muitos medicamentos oferecidos pela indústria farmacêutica.
Os antibióticos só atuam contra as bactérias. Não havendo, pois,
um único fármaco capaz de combater vírus algum, a própolis se
impõe como opção irrecusável, embora a medicina ortodoxa ainda
insista em ignorá-la, privando inúmeros pacientes dos seus
benefícios apiprofiláticos e apiterapêuticos.
Mas como toda a regra tem exceção, o Dr. H.W.Schmidt, da
Associação Médica da Alemanha, confirma uma série de benefícios
inerentes à própolis, que, segundo sua experiência clínica, são:
Saúde e Beleza Forever – 419

Acelerar o processo de cicatrização de feridas


abertas, mesmo que já estejam
infeccionadas.
Aliviar as dores e promover o desaparecimento de
focos de infecção na boca e na garganta.
Combater qualquer tipo de infecção, inclusive do
trato urinário.
Estimular e fortalecer o sistema imunológico.
Prevenir e combater as gripes e resfriados.
Reverter ou aliviar e inúmeros problemas de pele,
como a acne, as manchas e a psoríase.

Principais propriedades da própolis


A maioria dos estudos científicos sobre as propriedades
apiterapêuticas da própolis é feita a partir do isolamento de alguns
dos seus elementos constituintes, como os flavonóides e os ésteres.
Com isso, perde-se a visão do potencial sinérgico pelo conjunto de
todos eles, que sempre será superior à ação isolada de cada um
(Houghton, 1998). Não é, portanto, surpreendente que estudos
tenham apontado, por exemplo, para o fato de o potencial
bactericida dos flavonóides ser reduzido quando estes são isolados
(Bone, 1996).

 Analgésica
A própolis produz um efeito analgésico três vezes mais efetivo que
a cocaína e 52 vezes mais potente que a procaína. Segundo Rode
(1977) e Ghisalberti (1979), comparada aos analgésicos comuns,
sua ação é três vezes superior. De acordo com Paint e Metzner
(1979), esse potencial anestésico deriva dos princípios ativos do
ácido caféico, da pinostrobina e da pinocembrina.
O polonês Sosnowski (1984), ao descobrir o potencial anestésico
da própolis, providenciou a patente de um analgésico odontológico
à base de própolis. Esta sua propriedade foi igualmente constatada
por Táthné e Pápay (1987), que também estudaram sua ação
antiinflamatória, bactericida e fungicida.
A dor resulta da ação das prostaglandinas. E para combater a dor,
a própolis inibe as enzimas que as sintetizam. Na verdade, ela
funciona de modo quase idêntico ao da aspirina, mas com a
420 – Saúde e Beleza Forever

grande vantagem de não provocar os mesmos efeitos colaterais


negativos.
Essa capacidade de bloquear as enzimas e inibir as
prostaglandinas correspondentes também beneficia os dentes, pois
impede a inflamação e o sangramento das gengivas que podem
levar ao enfraquecimento da estrutura óssea que faz com que os
dentes amoleçam e venham a cair. Paralelamente, a própolis
estimula outras enzimas que fortalecem as paredes dos vasos
capilares da gengiva. Pelas mesmas razões, combate a inflamação
e a dor de garganta.

 Antialérgica
A secreção da histamina e da serotonina fazem parte do
mecanismo das reações alérgicas quando o agente alergênico toca
a superfície das células. Porém, diante dos bioflavonóides da
própolis, essas secreções são bloqueadas e, conseqüentemente, as
reações alérgicas.

 Anticancerígena
Uma das características da própolis é ajudar a controlar o
processo de falência/degenerescência das células – condição típica
do processo canceroso.
Segundo a experiência dos médicos romenos Popovic e Oita, como
os tecidos nunca se tornam inteiramente malignos, a própolis
estimula o desenvolvimento de suas células normais (mitose) ao
mesmo tempo em que inibe as malignas (mitodepressão),
promovendo, assim, a restauração da normalidade dos tecidos.
Köning (1988) constatou não apenas o potencial antialérgico,
antiviral e endócrino da própolis, como também o anticancerígeno.
E a este atribuiu a ação do ácido caféico e seus derivados.
Segundo as pesquisas de Su e sua equipe (1996), o ácido caféico
realmente mostrou-se capaz de inibir o crescimento de tumores
quimicamente induzidos, assim como ter ação seletiva sobre as
células afetadas por genes promotores do câncer.
Os estudos de Grumberger (1988) revelaram o potencial citotóxico
da própolis sobre células do câncer de cólon, de rins, melanomas e
carcinomas. E a substância apontada como responsável por tal
Saúde e Beleza Forever – 421

efeito foi o ácido caféico. Ross (1990) constatou ação semelhante


sobre células do câncer de ovário e sarcomas.
Segundo as observações de Matsuno (1992), a própolis também
inibe o desenvolvimento de carcinomas hepáticos e uterinos,
devido à ação da qüercetina, do ácido caféico e do clerodane
diterpenóico, sendo que este último mostrou ter uma ação
particularmente seletiva sobre as células tumoradas.
De acordo com os estudos de Kimoto (1995), a Artepilina C
mostrou ter grande ação citotóxica sobre as células de carcinomas
gástricos e mucosos.
Ciente de todas essas informações, a utilização da própolis como
agente preventivo contra o desenvolvimento do câncer passa a ser,
portanto, uma questão de opção e bom senso.

 Anticárie e antiperiodontite
A própolis tem se mostrado de valor inestimável no combate às
cáries e a outros inúmeros problemas da mucosa bucal como
aftas, estomatite, gengivite, piorréia, parodontoses, glossite
(inflamação da língua), assim como para combater a dor após a
extração de um dente e a irritação provocada pelas próteses
dentárias.
Em 1980, Schmidt constatou, a partir de um estudo duplo-cego, a
eficiência de se enxaguar a boca com uma solução com 10% de
concentração de própolis e água, na proporção de 1:5, no combate
à gengivite e doenças periodontais. Os pacientes foram avaliados
em relação à formação de placas e inflamação da gengiva.
As observações de Gafar (1986) foram determinantes para que
pudesse afirmar que uma solução com 50% de extrato de própolis
é extremamente eficaz contra a gangrena gengival. Posteriormente
se constatou que o simples ato de esfregar a própolis sobre as
gengivas ou mastigar chicletes à base de própolis tanto desacelera
como reverte os processos degenerativos da gengivite.
Em relação à atuação da própolis sobre as placas dentárias, a
mesma conclusão alcançada por Gafar foi compartilhada por
Neumann (1986) e Arvouet (1989). Por isso, segundo Neumann, a
própolis deveria ser adotada por todos como fator coadjuvante da
higiene bucal diária – o que explica a grande eficiência de Forever
Bright Toothgel, à base de própolis e Aloe vera, como creme dental.
422 – Saúde e Beleza Forever

Em 1989, outros estudos de Gafar levaram-no a afirmar que a


própolis não apenas agia como um antiinflamatório das mucosas
da boca como acelerava e diminuía a marca das cicatrizes. De
acordo com Ionita (1990), uma pasta composta por própolis e óxido
de zinco mostrou ter ação superior ao hidróxido de cálcio. Kosenko
and Kosotch (1990) recomendaram o uso da própolis nos
tratamentos de canais devido às suas propriedades anestésicas e
de estimulação sobre a regeneração óssea.
A experiência de Ikeno (1991) mostrou que a própolis exerce
atividades antimicrobianas contra os Estreptococos sobrinus,
mutans e cricetus. Os ratos inoculados com o E. sobrinus, mas que
receberam água com própolis, apresentaram um número muito
mais reduzido de cáries do que o grupo de controle.
O potencial de inibição que a própolis exerce sobre o
desenvolvimento das cáries foi atribuído ao bloqueio sobre as
atividades da glicosiltransferase, da qual depende a síntese dos
glucanos – polímeros de glicose. Paralelamente descobriu-se,
também, que os ratos com uma dieta rica em gorduras
desenvolviam menos cáries.
Segundo Ota (1996), não existe mais dúvida sobre o poder de
inibição que a própolis exerce sobre o desenvolvimento do espectro
de bactérias promotoras das cáries dentais.

As placas dentárias
As placas dentárias são compostas por bactérias acumuladas entre
a superfície dos dentes e um biofilme formado por polímeros de
glicose, a partir da reação das enzimas glicosiltransferase com as
moléculas de sacarose, e é o ácido produzido por estas bactérias
aprisionadas que dissolve o esmalte do dente.
Segundo o artigo do Dr. João Maurício da Rosa, no Jornal da
Unicamp:44
Se a cura do câncer ou da Aids pela própolis ainda pode
demorar, os estudos sobre a sua eficácia para a redução
das cáries caminham a passos largos. Em conjunto com
a Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) e a
Universidade de Rochester (EUA), as pesquisas

44
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/dez2001/unihoje_ju169pag08.html
Saúde e Beleza Forever – 423

demonstram que a própolis pode ajudar na prevenção da


cárie dental.
Park explica que determinados tipos de própolis
brasileiras possuem compostos com grande poder de
inibição sobre a glicosiltransferase... (Os) glucanos
aderem aos dentes e propiciam o crescimento de
microrganismos cariogênicos, como o Streptococcus
mutans, que através da produção de ácidos causam a
cárie. A própolis também inibe o crescimento destes
microrganismos, mostrando dupla atuação na prevenção
da cárie.
Nesse grupo, cabe ao professor Park selecionar, identificar e
conhecer a composição química da própolis. Jaime Cury e Pedro
Rosalen, da FOP, avaliam o efeito anticariogênico. William H.
Bowen e Michel Hyun Koo, da Universidade de Rochester,
analisam os efeitos contra as glicosiltransferases purificadas.
A partir de estudos laboratoriais com ratos, constatou-se que, sob
determinadas concentrações, certos tipos de própolis diminuem a
formação de cáries em até 60%. O Dr. Michel Hyun Koo, da
University of Rochester Medical Center, que analisou mais de 2.500
amostras de própolis, é categórico em afirmar que:
A enorme variabilidade da composição química (da
própolis) depende, diretamente, das plantas de origem e
da ecologia específica de cada região... Existe uma
grande variedade de própolis no mercado, mas a maioria
não possui atividade anticárie alguma.
Koo, que já identificou mais de cem elementos ativos na própolis,
trabalha para descobrir quais são os responsáveis pela inibição
das placas formadas e pelo combate ao Estreptococos mutans, o
microrganismo mais comum à boca.
O grupo da Unicamp, que conta com os doutores Rosalen, Cury e
Park, está trabalhando junto aos apicultores brasileiros para que
se crie um padrão de classificação para a própolis, algo semelhante
ao que os apicultores australianos e neozelandeses estão fazendo
para que o mel possa ser rotulado como antisséptico. Atualmente,
somente a Eslovênia exerce um rigoroso controle de qualidade da
própolis, legislando os limites máximos e mínimos de certos
componentes químicos.
424 – Saúde e Beleza Forever

 Antiinflamatória e anticoagulante
O estudo publicado no Drugs Under Experimental & Clinical
Research (1993; 19:197-203) apontou a ação antiinflamatória da
própolis e sua habilidade em prevenir a coagulação do sangue.
A medicina popular sempre recorreu à própolis por suas atividades
antiinflamatórias, não importa que a origem tenha sido um foco
infeccioso, como no caso das úlceras, ou não, como nas crises de
hemorróidas. Para a apiterapia, a própolis é um agente específico
contra artrite, artrose, epicondite (tennis-elbow), lumbago,
reumatismo, ciática, tendinite e torcicolo.
Injeções de solução aquosa de própolis administradas em 22
pacientes com processos inflamatórios que haviam necrosado a
cabeça superior do fêmur promoveram melhoras significativas e
diferentes do que aconteceu com outros 32 pacientes tratados por
meios ortodoxos (Przy-bylski and Scheller, 1985).
Estudos laboratoriais mostraram que a própolis tem atividades
antiinflamatórias similares às da indometacina – fármaco muito
utilizado contra quadros inflamatórios. E os flavonóides e o ácido
caféico foram apontados como os responsáveis por tal feito
(Mirozeva and Calder, 1996).

 Antimicrobiana
Devido ao seu potencial antimicrobiano, a própolis tem sido
reconhecida como o mais poderoso “antibiótico natural”. Segundo
o trabalho do Dr. Krell, publicado pela FAO (1996), ao longo das
últimas décadas estudos científicos se acumulam no sentido de
demonstrar os efeitos inibitórios da própolis sobre diferentes
microrganismos.45
De acordo com Marcucci (1995), a diversidade de aplicações
clínicas que a própolis oferece aponta para o fato da sua maior
eficiência estar relacionada a doenças que têm como origem a
contaminação microbiana.
Pesquisadores da Universidade de Oxford comprovaram a
eficiência da própolis contra as gripes e resfriados, úlceras
estomacais, infecção crônica das gengivas e do sistema

45
Krell R. Value added products from beekeeping. FAO Agricultrural Services Bulletin 124.
Rome, Italy: FAO. 409 pp. 1996.
Saúde e Beleza Forever – 425

respiratório, assim como contra as infecções decorrentes de


machucados.
A ação antibiótica da própolis, também conhecida como “penicilina
russa”, além de ser equivalente ou superior aos antibióticos hoje
oferecidos pela indústria farmacêutica, apresenta pelo menos três
grandes vantagens:
• Não extermina as bactérias amigáveis responsáveis por
impedir a invasão de agentes patogênicos, como o fungo
da Candida, sobre os quais os antibióticos não exercem
poder algum.
• Não exerce nenhuma ação devastadora sobre a mucosa
do tubo gastrintestinal, como fazem os antibióticos.
• Os microrganismos mutantes não apresentam
resistência à própolis, diferentemente do que se passa
com os antibióticos.
A própolis atua, inclusive, contra o Estafilococo aureus,
responsável por um dos tipos de pneumonia e por 5-10% das
infecções hospitalares, algumas mortais. Atualmente, só existe um
antibiótico de última geração, portanto fortíssimo, ao qual o E.
aureus (ainda) não apresenta resistência.
Em sinergia com a própolis, porém, a ação dos antibióticos é
potencializada (Chernyak, 1971). Segundo Kivalina e Gorshunova
(1973), esse aumento pode ser de até cem vezes. As cepas de
estafilococos, normalmente resistentes aos antibióticos,
mostraram-se muito mais sensíveis quando a própolis foi
administrada concomitantemente (Shub, 1981).
O potencial antimicrobiano da própolis já foi identificado como
estando relacionado a diferentes elementos constituintes, como:
 Flavonas e flavonóis
5-hidroxi-4',7-dimetoxiflavona. Crisina. Galangina 3 metil-
éter (5,7-di-hidroxi-3-metoxiflavona). Galangina.
Isalpinina. Pectolinaringenina. Quercétina 3,3 ' dimetil –
éter. Rhamnocitrina. Tectocrisina.
 Flavononas
5-hidroxi-4',7-dimetoxiflavanona. Alnusitol. Alpinetina.
Pinobanksina 3 acetato. Pinobanksina. Pinobanksina-3-
acetil. Pinocembrina. Pinostrobina. Sakuranetina.
426 – Saúde e Beleza Forever

 Ácidos aromáticos e seus ésteres


Ácido benzóico. Ácido caféico. Ácido ferúlico. Éster
benzílico p-cumárico. Éster benzílico do ácido cumárico,
do ácido caféico e do éster do ácido caféico com álcool
aromático.
 Isômero do ácido cinâmico
Ácido cinamilideno – acético (ação antimicrobiana sobre o
B. subtilis, B. cereus e E. coli). Pinosilvina
(heteraromático).
 Óleos essenciais (bactericidas)
Galangina. Isalpinina. Pinobanksina. Pinocembrina.

A. Antiviral
Uma das propriedades mais importantes da própolis é em relação
aos vírus, já que os antibióticos são incapazes de combatê-los.
Segundo Serkedjieva (1992), o potencial antiviral da própolis está
relacionado ao poder de inibição do ácido cinâmico sobre o
processo de reprodução viral.46 Hoje, porém, já se sabe que a
própolis não apenas os inibe como também destrói alguns deles.
Entre os vírus já reconhecidos como sensíveis à própolis, temos:
Doença de Newcastle (Maksimova-Todorova, 1985)

Herpes simplex (Sosnowski, 1984)

Influenza (gripe A e B) (Likar, 1978; Maksimova-Todorova, 1985;


Neychev, 1988; Serkedjieva, 1992)

Vírus da batata-inglesa (Fahmy et Omar, 1989)

No caso do vírus do Herpes simplex, que pode se manifestar na


boca, pálpebras ou qualquer outro lugar, o processo de cura é
acelerado se, além de ingeri-la, um creme à base de própolis é
aplicado sobre o local. Segundo a experiência clínica de
Bolshakova (1975), dentre 110 pacientes infectados com o Herpes
zoster, 97 deles alcançaram excelentes resultados com um
ungüento à base de 50% de extrato de própolis.
A própolis combate, particularmente, as infecções no trato
respiratório superior – um quadro comum às gripes e resfriados. 47

46
Serkedjieva J. Journal of Natural Products, March 1992;55:294-302
47
Focht J. Arzneimittel-Forschung, Aug. 1993;43:921-3
Saúde e Beleza Forever – 427

E de acordo com Lesnicar (1978), a combinação de própolis e pólen


contra o vírus da Hepatite B é ainda mais eficiente.
Mitza Vosnjak foi um embaixador, poeta e novelista iugoslavo, cujo
livro The Miracle of Propolis (1978), até hoje uma importante fonte
de referência, foi fruto do seu contato com apicultores e com um
médico que fazia amplo uso da própolis, especialmente contra as
gripes e a febre das crianças.
Segundo Scheller e sua equipe polonesa (1989), a duração dos
resfriados quando tratados com a própolis é reduzida a três dias,
contrastando com os cinco dias necessários à recuperação dos
pacientes tratados de maneira convencional.
Por desconhecer esta propriedade da própolis, a maioria da
população opta pelas vacinas antigripais – única opção profilática
apresentada pela indústria farmacêutica –, acreditando que elas
sejam tão eficientes quanto inócuas ao sistema imunológico
(assunto polêmico que será tratado no terceiro volume).
Se, por um lado, o uso regular da própolis mantém os níveis de
energia elevados e o sistema imunológico fortificado, as vacinas
tendem a provocar súbitas quedas de energia e, não raro, uma
série de gripes recorrentes, para citar apenas duas lamentáveis
conseqüências das vacinas antigripais.

As respostas do sistema imunológico à própolis


A própolis das abelhas contém ao menos três elementos – o ácido
ferúlico, o ácido caféico e o bioflavonóide crisina, o mais potente
dos três – identificados como inibidores do HIV, ou seja, dos
parâmetros adotados como reflexo da sua presença, já que ele
jamais foi isolado para prover um golden stand que a garanta.
De acordo com o trabalho de Harish e sua equipe, 48 a própolis é
um produto não-tóxico que, in vitro, modula as respostas
imunológicas e inibe a replicação do HIV-1, isto é, observou-se que
a 4,5 mcg/ml a própolis inibe a formação de sincítio e diminui em
90-100%, dependendo da concentração, os antígenos p24 (um dos
parâmetros utilizados para apontar a existência do suposto HIV),
assim como fortalece a resposta mitogênica do Con A. A dose
sugerida por Harish para um adulto é entre 1.500 e 2.000 mg por
dia (correspondente a três e quatro pastilhas de Forever Bee Polen).
48
Harish Z et al. Suppression of HIV-1 replication by propolis and its immunoregulatory
effects. Drugs Exp Clin Res 1997;23(2):89-96.
428 – Saúde e Beleza Forever

Mark Konlee49 relata a experiência de um rapaz soropositivo que ao


adicionar a própolis à sua cota diária de vinagre e pimenta-caiena,
observou que seus nódulos linfáticos desincharam e suas fezes
voltaram a boiar depois de três anos. Já o outro rapaz com quem
repartiu o apartamento durante dois anos, e jamais tomou
medicamento algum, mantinha a contagem das suas células CD4
em torno de 600 apenas com a própolis e outros suplementos,
embora não soubesse dizer quanto de própolis ele ingeria.
O artigo de Konlee sugere que os soropositivos tomem,
diariamente, entre meia e uma colher de chá de pó de própolis
misturado em um copo de água com alguma fórmula rica em
fibras. E pede que quem o fizer envie os resultados relativos à
carga viral e à contagem das células CD4 ao grupo Keep Hope
Alive,50 para que se possa protocolar a efetividade da própolis no
tratamento contra o HIV.
“Determinação das atividades citotóxicas e anti-HIV dos extratos
etanólicos da própolis coletada em diferentes regiões do Brasil” é o
nome da pesquisa desenvolvida por Y. K. Park, M. Ikegaki, S. M. de
Alencar e C. Aguiar, da Faculdade de Engenharia de Alimento da
Unicamp, em parceria com H. Wang, K. Bastow e K. L. Mark, do
Laboratório de Produtos Naturais da Escola de Farmácia da
Universidade da Carolina do Norte, e com Cosentino, do Biotech
Re-search Laboratories, de Rockville, em Maryland. 51
O estudo iniciou por classificar a própolis a partir de suas
características físico-químicas e propriedades biológicas. 52 Assim,
entre as 400 amostras coletadas das abelhas da espécie Apis
melliferadas, nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, pôde-
se verificar que algumas apresentavam fortes atividades citotóxicas
contra diferentes células malignas e outras contra o HIV.
O percentual de inibição das várias própolis sobre o crescimento
de células cancerosas foi de 14 a 97%. Verificou-se, também, que
ela atuava de maneira diferente das drogas convencionais e
através de processos totalmente desconhecidos. As células
cancerígenas que se mostraram mais vulneráveis à própolis foram:
49
Konlee M. Jarrow Formulas releases “TH-1 Probiotics”. Progressive Health News. Vol. 3
No 2 February 1, 2000
50
Keep Hope Alive, PO Box 27041, West Allis, WI 53227 www.keephope.net
51
www.naturapi.com.br/artigo2.htm
52
www.naturapi.com.br/artigo.htm
Saúde e Beleza Forever – 429

KB (carcinoma nasofaringeal), HCT-8 (adenocarcinoma ileocecal),


CAKI-1 (carcinoma renal) e MCF-7 (adenocarcinoma de mama).
É muito importante ressaltar que essas pesquisas foram feitas in
vitro, ou seja, ainda não houve experimentação alguma em
animais, pois para alcançar esse estágio são necessários
investimentos que não condizem com os parcos recursos
disponíveis para as pesquisas com produtos naturais, pois, não
sendo patenteáveis, eles não compensam aos laboratórios
farmacêuticos, os principais “mecenas” das pesquisas científicas.

B. Bactericida
O potencial bactericida da própolis é, dentre todas as suas pro-
priedades apiterapêuticas, o mais estudado. A intensidade com
que ela bloqueia o desenvolvimento e extingue as cepas das
bactérias depende, entretanto, da qualidade e do grau de
concentração dos seus princípios ativos.
Entre as bactérias já reconhecidas como vulneráveis à ação da
própolis destacam-se:
Mais de 110 anaeróbicas (Kedzia, 1986)

Bacilo de Koch (Karimova, 1975; Grange, 1990)

Bacilo larvae (Mlagan e Sulimanovic, 1982)

Bacilo subtilis (Meresta e Meresia, 1985-86)

Bacteróides nodosos (Muñoz, 1989)

Esqueríchia coli (Simúth, 1986)

Estafilococo aureus (Kedzia 1986; Meresta, 1988;


Dimov, 1991; Qiao Z, 1991)

Estafilococo spectes (Chernyak, 1973; Rojas, 1990)

Estreptococo (Rojas e Cuetara, 1990)

Estreptomicetos (Simuth et al, 1986)

Giárdia lambia (Olarin, 1989)

Helicobacter pilori (Itoh, 1994)

Klebsiela pneumoniae (Dimov, 1991)

Mycobacterium tuberculosis (Karimova, 1975)

MRSA (Grange et Davey, 1990)

S. sobrinus, mutantes e cricetus (Arvouet, 1990; Ikeno, 1991)

Saccharomices cerevisiae (Petri, 1988)


430 – Saúde e Beleza Forever

Salmonela e Shigela (Ghisalberti, 1979; Okonenko,


1986 e 1988)

Contra as giárdias, Mirayes e sua equipe (1988) utilizaram a


própolis concentrada a 10-20-30%. A concentração de 10% foi
suficiente para eliminá-la de 52% das crianças. A 20% de
concentração, os resultados foram semelhantes ao uso da
Tinidazola (antiparasitário farmacêutico). A 30% de concentração,
60% dos pacientes foram curados, em contraste com os 40% que
utilizaram o Undazole (antiparasitário farmacêutico).
Segundo as pesquisas de Ikeno (1991), a própolis também protege
o organismo contra os estreptococos mutantes e várias outras
espécies de estreptos relacionados tanto com as cáries e infecções
da gengiva como às infecções de garganta. 53 E o resultado da
sinergia da própolis, seja com a estreptomicina ou com a
cloxacilina, faz com que a ação desses antibióticos seja,
inquestionavelmente, muito mais efetiva (Krol W, 1993).
A própolis atua contra as bactérias:
Prevenindo a divisão celular.
Rompendo as paredes e o citoplasma de suas células,
tal como alguns antibióticos funcionam.54

C. Fungicida
Os fungos são criaturas que reúnem características vegetais e
animais. Por isso, muitos cientistas os classificam separadamente.
Desse “reino” fazem parte as leveduras/fermentos utilizados nos
pães, bolos, biscoitos etc., os cogumelos, os fungos e o mofo.
Acredita-se que as propriedades fungicidas da própolis estejam
relacionadas ao ácido caféico, pinocembrina e pinobancsina, que
atuam até mesmo contra os fungos mais rebeldes como a Candida
albicans, também conhecida como monília.
O Aspergillus niger, por exemplo, é o mofo que contamina as ervas,
chás, frutas, cereais, feijões, pele, pulmões, mucosas dos ouvidos
etc.55 Diversos problemas de pele, do couro cabeludo e das

53
Ikeno K. Caries Research, 1991;25:347-51
54
Takaisi-Kikuni NB. Planta Medica, June 1994;60:222-7
55
Crissy JT. Lang H, Parish LC. Manual of Medical Mycology. Blackwell Sciences,
Cambridge, Massachusetts, 1995. 263p.
Saúde e Beleza Forever – 431

mucosas, causados pelos fungos, podem ser extintos pela própolis,


até mesmo a uma concentração de 0,01%.
Entre os fungos já reconhecidamente sensíveis à própolis, temos:
Ascosfaera apis (Kedzia, 1986; Ross, 1990)
Aspergillus niger (Petri, 1988)
Botritis cinérea (La Torre, 1990)
Candida albicans (Valdés, 1987; Holderna, 1987; Petri, 1988)
Plasmopara viticola (Hofmann, 1989)

A síndrome da Candida
Candidíase é a infecção sistêmica aguda provocada pelo fungo da
Candida albicans. O Dr. Orian Truss, alergista de Birmingham
(Alabamba), foi o primeiro a alertar para a cronicidade da infecção
da Candida albicans e suas conseqüências no seu livro "The
Missing Diagnosis",56 publicado em 1983. A realidade, porém, é
que a infecção aguda ou crônica pela Candida há mais de três
décadas tornou-se epidêmica nos países do Primeiro Mundo.
Embora o New England Journal of Medicine, em 1990, tenha
pedido urgência para que se pesquisasse sobre o diagnóstico e
tratamento da Candida – família que engloba mais de 200 espécies
–, muito pouco foi feito nesse sentido, o que faz com que a classe
médica continue a ignorar seu diagnóstico, a extensão do seu
estrago e o tratamento correto.

Formas sob as quais a Candida albicans se manifesta


Levedura controlada pelo pH da mucosa dos
intestinos, participa da flora intestinal
atuando como agente de fermentação dos
carboidratos – não tem características
invasivas.
Fungo devido à variação do pH dos intestinos,
evolui e adquire uma estrutura rizoidal,
cujas raízes penetram a mucosa,
quebrando sua integridade e interferindo
na sua permeabilidade.

56
Truss CO. The Missing Diagnosis. The Missing Diagnosis Inc, 1983.
432 – Saúde e Beleza Forever

Entre as inúmeras possibilidades de se alterar o pH da mucosa


gastrintestinal e gerar conseqüente mutação, multiplicação e
invasão do fungo da Candida albicans destacam-se:
• Álcool e drogas recreativas ou medicamentosas – que
aumentam o grau de acidez do organismo.
• Antibióticos – que, ao destruirem a flora simbiótica,
proporcionam a multiplicação das leveduras.
• Dietas com excesso de carboidratos e açúcar – as
leveduras adoram o açúcar.
• Esteróides – como a cortisona, que tanto bloqueia a ação
do sistema imunológico como promove o aumento dos
níveis de açúcar/acidez do organismo.
• Estresse – outro forte fator de acidificação.
• Pílulas anticoncepcionais – que, além de acidificarem o
organismo, interferem sobre o equilíbrio estrogênio-
progesterona que induz o crescimento das leveduras.
• Prisão de ventre – provocar variações no pH dos
intestinos, pois promove grande aumento dos resíduos
tóxicos metabólicos da flora intestinal que
eventualmente alcançarão a corrente sangüínea.
A partir da corrente sangüínea a Candida albicans pode alcançar
qualquer parte do organismo e ali se alojar. E qualquer coisa que
alcança a corrente sangüínea, que não sejam nutrientes, é
reconhecida e tratada como antígeno – causa primária das reações
alérgicas e do esgotamento do sistema imunológico. As proteínas
mal digeridas, denominadas exofinas, por exemplo, podem atuar
como agentes alergênicos, até mesmo cerebrais.
Para ilustrar o que a infecção da Candida pode significar para a
vida de uma pessoa, ouçamos o resumo de dois casos
apresentados pelo Dr. William Campbell Douglass, de Boston, em
um artigo intitulado “Candida albicans – A grande doença não-
diagnosticada das mulheres”.
Susan C., professora, teve as amígdalas extraídas aos
oito anos de idade. Desde então, nunca mais pôde
passear na floresta sem sofrer fortes ataques de
urticária, pois a amigdalectomia debilitou sua resistência
às plantas. Além disso, todas as infecções recorrentes
Saúde e Beleza Forever – 433

que teve ao longo dos anos foram tratadas com


antibióticos.
Aos onze anos, devido à supuração do apêndice, foi
submetida a uma extensa terapia de antibióticos e à
apendicectomia. Desde então, passou a sofrer de
estomatite aftosa e da “febre de bolhas” (fever blisters).
Já no segundo grau, ao apresentar uma forte reação
alérgica à manga, foi tratada com remédios à base de
sulfa, aos quais desenvolveu alergia. Nessa época
também lhe apareceu uma vaginite.
Após a cesariana do primeiro filho, recebeu uma série de
injeções de penicilina – forte estímulo à proliferação da
Candida. Durante as suas três gravidezes, sofreu de
corrimento vaginal, embora os médicos tenham ignorado
suas reclamações. Há trinta anos ela sofre de candi-
díase vaginal sem jamais ter sido corretamente tratada.
Em 1961, começou a ter uma série de problemas
gastrintestinais típicos da síndrome da Candida – colite,
diarréia alternada com a prisão de ventre, dores no
estômago e nos intestinos e infecções na bexiga (cistite) –,
todos tratados com antibióticos.
Por 25 anos ela passou a sofrer de problemas nos olhos,
igualmente típicos da candidíase – coceira, queimadura e
dor nos olhos, quando passava muito tempo lendo. Três
anos e meio de injeções para tratar essa “alergia” não
foram suficientes para aliviar-lhe os sintomas.
As freqüentes infecções agudas de garganta, também
típicas da Candida albicans, foram tratadas com
cortisona – um dos principais responsáveis pela síndrome
da Candida –, mas a piora foi tanta que ela quase se
suicidou.
Em 1980, Susan teve a vesícula retirada, pois lhe haviam
garantido que seus problemas intestinais assim seriam
resolvidos. Acabou, entretanto, com onze remédios
diferentes, sem a vesícula biliar, com os mesmos
sintomas que tinha antes e outros mais decorrentes dos
efeitos colaterais dos medicamentos.
434 – Saúde e Beleza Forever

Num período de 29 anos, Susan havia se consultado com


47 médicos e aquilo que começou aos oito anos com a
amigdaletomia e aos onze anos com apendicectomia
terminou aos 54 anos com a colecistectomia (retirada da
vesícula). Há três meses submetendo-se a um tratamento
contra a Candida albicans, ela já conseguiu se livrar de
75% dos seus problemas.
Um outro caso, ainda mais extremo, é o de Pauline, uma jovem de
22 anos com um histórico de doença mental, que desde criança
tomou inúmeras séries de antibióticos contra infecções de
garganta e de ouvido. Qualquer dor de garganta, vaginite ou
diarréia –indícios de infecção pela Candida – era tratada com
antibióticos.
As consultas psiquiátricas pioraram seu estado de saúde
e ela tentou o suicídio muitas vezes. Sugeriu-se, então,
que ela fosse internada em um hospital psiquiátrico.
Felizmente ela se recusou.
Com o passar dos anos, Pauline desenvolveu asma,
ataques de pânico, ciclo menstrual irregular, cistite,
conjuntivite, dor nas juntas, eczema, espasmos no cólon,
pouca capacidade de concentração e conseqüente
incapacidade de se manter em um emprego.
Todos esses sintomas acabaram diagnosticados como
problemas psiconeurológicos por um verdadeiro exército
de especialistas – sete alergistas, cinco psiquiatras, três
dermatologistas, três ginecologistas, três médicos
clínicos, três urologistas, dois ortopedistas, um
endocrinologista, um gastrenterologista e um
reumatologista.
Ao comentar sobre essa odisséia médica, disse: “Nenhum
médico chegou sequer perto do diagnóstico correto... Eu
era vítima de um negócio bastante lucrativo... Também é
difícil aceitar que o que me fazia ficar bem – os
antibióticos – também me fazia ficar doente. O único a
fazer para engolir esse legado de erros médicos é
agradecer a Deus por ter achado a resposta.”
E é claro que a resposta é a síndrome da Candida
albicans contra a qual ela está agora sendo tratada.
Saúde e Beleza Forever – 435

Um resumo das conseqüências da ação do fungo da Candida


albicans sobre o organismo humano encontra-se no quadro ao
lado.

 Antioxidante
O alto potencial antioxidante dos flavonóides da própolis é de
grande importância para a proteção dos lipídios das membranas
celulares e das vitaminas antioxidantes como as vitaminas A, C e
E. Por isso, Popeskovitch (1980) sempre recomendava a ingestão
da própolis junto com a vitamina C.
O estudo publicado no Journal of Ethnopharmacology (janeiro,
1994), mostrou que os constituintes fenólicos da própolis têm ação
antioxidante semelhante à vitamina E. Segundo o trabalho
desenvolvido por Baset (1996), a própolis também demonstrou ter
ação protetora contra a danificação das células do fígado.
436 – Saúde e Beleza Forever

Conseqüências da infestação pelo fungo da Candida

Problemas de Acne. Dormência e comichão. Erupções cutâneas.


pele e cabelo Frieira ou “pé-de-atleta”. Fungo na pele. Perda de
cabelo. Psoríase. Urticária. Tinha (ringworm).

Agitação. Angústia. Ansiedade. Confusão mental.


Problemas
Crises de mau humor. Depressão. Dor de cabeça.
no sistema
Esclerose múltipla. Falta de concentração.
nervoso
central Hiperirritabilidade. Inquietude. Insanidade mental.
Letargia/sonolência. Mudanças de humor e de
comportamento. Perda da memória.

Problemas Afta. Azia crônica. Colite. Diarréia.


no trato Dilatação/inchaço abdominal. Gastrite. Inflamação
gastrintestinal
do estômago. Intolerância alimentar. Prisão de
ventre.

Problemas Ciclos menstruais irregulares. Cistite. Coceira na


no trato vagina. Cólicas menstruais. Colite. Disfunções
genito- sexuais. Endométrios. Infecção dos rins. Problemas
urinário digestivos. Prostatite. Uretrite. Vaginite.

Asma. Bronquite. Dor de garganta. Dor de ouvido.


Sintomas Febre do feno. Hipersensibilidade a certos produtos
alérgicos químicos ou alimentos. Problemas respiratórios.
Sensibilidade aguda a produtos químicos. Sinusite.

Aumento de pêlo no corpo. Câimbras. Conjuntivite.


Desejos por comidas ricas em carboidratos. Dor e
Outros
sintomas enrijecimento das juntas. Dores musculares.
Enfraquecimento do sistema imunológico. Fadiga
crônica. Frio nas mãos e nos pés. Perda da libido.
Perda ou ganho de peso. Problemas com o sono.
Problemas periodontais.
Saúde e Beleza Forever – 437

Ao combater a ação devastadora dos radicais livres, a própolis


combate o envelhecimento celular, as disfunções e doenças
cardiovasculares, a artrite, o câncer, a diabetes, a doença de
Alzheimer, a doença de Parkinson, a esclerose múltipla, a
fibromialgia etc.

 Anti-radiativas
A proteção contra os maus efeitos da radiação é uma outra
propriedade da própolis que não deve ser ignorada. Essa
constatação foi fruto de experiências laboratoriais onde a pele de
camundongos recoberta com um ungüento de própolis foi exposta
a focos de radiação (Scheller, 1989).
A própolis acelera a varredura dos radicais livres gerados pela
radiação, mesmo que a queimadura já tenha ocorrido. Nesse caso,
a aplicação de um ungüento de própolis acelera a cicatrização em
até 30% e diminui consideravelmente a marca das cicatrizes.
É importante que essa ação da própolis seja mais amplamente
divulgada, pois é difícil prevenir ou reverter os danos causados
pela radiação de partículas alfa, beta ou gama. Provocando danos
ao fígado, a radiação desestabiliza a síntese das proteínas.
No Instituto de Radiologia de Sarajevo, o grupo tratado com a
própolis durante dois meses apresentou grandes melhoras ou o
completo desaparecimento de sintomas decorrentes da
radioterapia, enquanto o grupo de controle não mostrou melhora
alguma. A isso se atribuiu a habilidade da própolis em corrigir e
estabilizar o metabolismo das proteínas.

 Cicatrizante
A própolis é um forte fator de reepitelização, pois estimula o
metabolismo celular, a circulação e a síntese do colágeno – o que
explica o tempo de cicatrização recorde sempre que ela é utilizada
(Ghisalberti, 1979, Krell 1996).
De acordo com pesquisadores russos, quando a área dilacerada é
sistematicamente limpa/esterilizada com a própolis, a pele se refaz
em um tempo 30% mais rápido do que quando sob a ação de
qualquer antibiótico.
Na experiência de Scheller (1980), a aplicação tópica da própolis
sobre cortes, machucados, úlceras e queimaduras acelerou o
438 – Saúde e Beleza Forever

processo de cicatrização em até 80%, comparado ao grupo de


controle.
Segundo Sumano-Lopez (1989), isto se deve à ação da arginina,
um dos principais aminoácidos da própolis, como já havia sido
constatado por Gabrys (1986).
De acordo com as observações de Damyanliev (1982), a própolis
aplicada sobre os cortes e machucados já infectados de pacientes
hospitalizados fez com que a duração da infecção e o tempo de
cicatrização fossem reduzidos. Em quase metade dos pacientes, as
bactérias foram eliminadas em apenas quatro dias e a presença da
própolis não gerou cepas resistentes.
A aceleração da restauração tissular pode ser ainda mais
acentuada se a própolis for utilizada em sinergia com o gel da Aloe
vera (como no Aloe Propolis Creme, igualmente constituído pelo
confrei, um outro importante cicatrizante para os herbologistas).

 Cosmetológica
O potencial da própolis sobre a regeneração e renovação celular
tem sido muito estudado pela cosmetologia, não apenas em
decorrência de suas propriedades cicatrizantes, mas também
bactericidas e fungicidas.

Outras possibilidades de uso da própolis


 Alimento funcional
A própolis é amplamente utilizada como agente apiprofilático na
prevenção de uma série de disfunções e doenças. Sua presença em
certas formulações contribui para o fortalecimento e estímulo do
sistema imunológico. Na África do Sul e em Israel, a própolis tem
sido utilizada para as crianças, com grande sucesso, no
tratamento do que se convencionou chamar de “Síndrome da
Creche” e contra a recorrência de infecções do sistema respiratório.

 Problemas no aparelho digestivo


Segundo a experiência clínica do Dr. S. Nikolov com 45 pacientes,
entre 20-65 anos, que sofriam de colite aguda ou crônica, a
ingestão da própolis antes das refeições fez com que os resultados
obtidos por: 26 pacientes fosse excelente, 12, muito bons, cinco,
Saúde e Beleza Forever – 439

satisfatórios, dois, nulos. Na maioria dos casos, a dor começou a


ceder no sétimo dia e desapareceu no décimo nono ou vigésimo
dia.

 Problemas no aparelho geniturinário


De acordo com o Dr. Stefan Stangaciu,57 da Romênia, autor do
livro A Guide to the Composition and Properties of Propolis, a
própolis se destaca no combate à cistite, colibaciloses, colicistite,
colite, diarréia, discinésia biliar, enterites, gastrite, litíase urinária,
prostatite, uretrite, ulcerações na mucosa do estômago, duodeno e
intestino, assim como estimula a espermatogênese.

 Problemas no ouvido
A experiência clínica de Cizmarik e Matel (1973) comprovou que
uma solução oleosa de própolis, à concentração de 5-10%,
promove excelentes resultados em mais de 70% dos casos de
perfuração do tímpano e otite de diversas naturezas. No que
concerne a otite externa, a eficiência da própolis alcança os 100%.

 Problemas no sistema cardiovascular


Dependendo do nível de concentração, a própolis diminui a tensão
sangüínea, atua como um sedativo e controla os níveis de glicose
no sangue (Kedzia, 1988). Seus dihidroflavonóides reforçam as
capilaridades (Roger, 1988). Exerce ação anti-hiperlipídica (Choi,
1991). É hepatoprotetora (Coprean, et al., 1986).
Aqueles que sofrem de altos níveis de gordura no sangue também
devem se interessar pela própolis. No hospital de Lian Yun Gang,
de Jiangsu (China), o Dr. Fang Zhu tratou 45 pacientes com
hipertensão, arteriosclerose e doenças cardíacas com 300 ml de
própolis três vezes ao dia. Ao final de 30 dias todos apresentavam
uma grande redução nos níveis de gordura no sangue e grandes
melhoras em suas disfunções.

 Problemas no sistema epitelial


A própolis desempenha inúmeras atividades em prol da saúde e
reconstituição dos tecidos da pele e das mucosas, como nos casos
de abscessos, acne, escaras, candidíase, cicatrização lenta, cortes,

57
www.apitherapy.com drstangaciu@apitherapy.com
440 – Saúde e Beleza Forever

dermatite, eczemas, fístulas, furúnculos, hemorróidas,


queimadura, queratodermia, lesões anais, machucados, micoses
(fungos), pruridos, tricofítias, tricomonas e vaginite.

Infecções microbianas
A própolis tem sido amplamente utilizada contra vários tipos de
eczema e bacteroviros, assim como contra o câncer de pele,
micose, psoríase, erupções e ulcerações cutâneas, através de
ungüentos de vaselina com uma concentração de 1 a 5% de
própolis.
A experiência de Zawadzki and Scheller (1973) demonstrou o poder
de cura que uma solução alcoólica de própolis, a uma
concentração de 3%, pôde exercer sobre 50% dos pacientes com
infecções vaginais e inflamações do cólon do útero, em decorrência
da ação do Estafilococo pyogenes e das Tricomonas vaginalis.
Segundo a experiência clínica de Fang-Chu (1978), são excelentes
os resultados pela solução alcoólica de 1-10% de concentração de
própolis aplicada sobre micoses superficiais produzidas por nove
diferentes tipos de fungos e micoses profundas geradas por outras
dez diferentes cepas. Nos casos de psoríase, mais de 150 pacientes
tratados via oral, com 300 ml de própolis, três vezes ao dia,
alcançaram total remissão ou grandes melhoras.
Para Metzner (1979), os flavonóides e o ácido caféico da própolis
são os principais responsáveis pela inibição do crescimento dos
fungos, como nos casos do pé-de-atleta e da tinha (ringworms).
Segundo Giurcaneanu et al. (1988), um creme à base de própolis
para o tratamento do Herpes simplex tipo 1 e do Herpes zoster é
capaz de reduzir a dor e o tempo de duração das crises, assim
como atuar como agente preventivo contra as crises recorrentes ou
aumenta os intervalos com que o vírus se manifesta.

Problemas dermatológicos
Para Morales e Garbarino (1996), a própolis mostrou-se excelente
no combate a diferentes tipos de inflamação da pele – acne, úlceras
e abscessos. Nesses casos foram utilizados ungüentos à base de 2-
8% de concentração de própolis em 229 pacientes. As
concentrações mais altas provocaram reações de intolerância em
18% do grupo por volta do nono dia de tratamento. Nas
concentrações mais baixas, o percentual de intolerância caiu para
Saúde e Beleza Forever – 441

1,8% e só apareceu após dezesseis dias. A maioria dos sintomas


desaparece ao fim do décimo primeiro dia. Nos casos de úlcera,
porém, os resultados só foram alcançados por volta do trigésimo
sexto dia.
Para tratar os ferimentos e as escaras, a mistura de própolis com
mel é ainda mais eficiente, embora uma solução alcoólica de
própolis concentrada a 40% – porcentagem que jamais deve ser
ultrapassada – também promova excelentes resultados quando
aplicada diretamente sobre as áreas afetadas.

Úlceras estomacais e duodenais


A própolis tem se mostrado de grande poder inibitório sobre as
úlceras da mucosa do estômago (Aripov, 1988). Na experiência
clínica de Zulic (1988), 80% dos casos de úlceras gástricas e
duodenais desapareceram em seis semanas, tendo como
tratamento doses de 25 g de própolis em solução oleosa, três vezes
ao dia. Em 1972, Ciaceri e Attaguile atribuíram esse poder da
própolis a seus elementos flavonóides.
A experiência dos romenos Vasilca e Milcu em 34 pacientes com
úlceras crônicas baseou-se na administração da própolis duas
vezes ao dia. Ao fim de duas semanas, 28 já estavam totalmente
recuperados enquanto os outros seis apresentavam grandes
melhoras. A biópsia confirmou os efeitos regeneradores da própolis
sobre a mucosa gastrintestinal.
Gorbatenko (1971) e Makarov (1972) também obtiveram grande
sucesso nos inúmeros casos em que a própolis foi utilizada contra
as úlceras gastrintestinais. Para Gueorguieva e Vassilv (1990),
entretanto, a ação da própolis mostrou-se efetiva apenas em
relação às úlceras estomacais. Segundo o professor Backett, da
Grã-Bretanha, a própolis, sob a forma de pastilhas – como é o caso
do Forever Bee Propolis –, tem ação superior contra as úlceras
estomacais provenientes da ação bacteriológica.
Um dos segredos da própolis é que ela cria sobre a superfície das
áreas ulceradas uma película que a protege do ataque de qualquer
elemento ácido, sobretudo do ácido clorídrico secretado pelo
estômago e indispensável à perfeita digestão dos alimentos. O
processo de regeneração tissular e de cicatrização das úlceras é
ainda mais acelerado se a própolis for administrada junto ao mel –
como é também o caso das pastilhas do Forever Bee Propolis.
442 – Saúde e Beleza Forever

Como todas as úlceras têm grande atividade bacteriana na sua


superfície, para que elas sejam mais rapidamente extintas, a
própolis deve ser ingerida com o estômago vazio ou, no mínimo,
meia hora antes das refeições. A própolis também é efetiva contra
a azia.

 Problemas no sistema imunológico


Talvez a propriedade da própolis mais estudada seja em relação ao
sistema imunológico, ao qual devemos a capacidade de defesa do
organismo contra os focos infecciosos e inflamatórios, seja nos
intestinos, tecidos conectivos, corrente sangüínea ou linfática,
produzidos pela presença de qualquer tipo de:
Célula cancerígena, defeituosa,
envelhecida, esgotada, moribunda e
mutante, gerada pela desnutrição,
mudança do pH do meio ambiente,
ataque dos radicais livres, contato
com elementos tóxicos etc.
Microrganismo disbiótico, patógeno e parasita.
Molécula maldigerida, sobretudo protéica.
Em relação às doenças infecciosas, a própolis atua como agente de
inibição e destruição sobre os vírus, fungos e bactérias, inclusive
os estafilococos resistentes à penicilina. Grande parte de sua ação
antiviral é também atribuída aos princípios ativos de alguns de
seus bioflavonóides.
A própolis também modula a ação do sistema imunológico
ativando a glândula do timo e do baço, responsável pela maturação
e especialização dos linfócitos T e B, respectivamente.
As principais atividades dos linfócitos T, que adquirem a
maturação e especialização no timo, são:
Atuar diretamente sobre os antígenos e
promover as reações alérgicas.
Estimular a ação das células B e das células
killers (assassinas) sobre os antígenos.
Intermediar a comunicação entre as diversas
células do sistema imunológico.
Saúde e Beleza Forever – 443

Reconhecer os antígenos – se o timo não educá-los


a reconhecer as células do próprio
organismo, ao identificá-las como
antígenos, eles geram as doenças auto-
imunes.
Rejeitar a presença de qualquer proteína que
não tenha sido sintetizada pelo fígado –
microrganismos, molécula maldigerida
que tenha vazado pela mucosa
intestinal ou tecidos transplantados.
Os vírus, contra os quais antibiótico algum tem qualquer ação, são
revestidos por uma capa de proteína. A própolis inibe as enzimas,
que lhes retiram essa capa protetora. Mantendo-os inativos, eles
não exercem ação alguma sobre o organismo hospedeiro.
Segundo as observações de Manolova (1987), cientista búlgaro, a
própolis estimula as respostas do sistema imunológico em relação
a certos vírus. Moriyasu (1993), por sua vez, constatou que
determinados elementos da própolis ativam os macrófagos a
produzirem citocinas, aumentando o grau de inibição sobre o
desenvolvimento das células cancerígenas. Já as pesquisas de
Harish (1997) levaram-no a concluir que a própolis, devido às suas
fortes propriedades imunorreguladoras, tem de passar a fazer
parte do “arsenal” contra o HIV-1.
A própolis também fortalece e estimula a atividade dos fagócitos,
as células especializadas em “engolir” e decompor moléculas
protéicas estranhas ao organismo. Esse aumento do potencial da
fagocitose foi observado por muitos cientistas soviéticos e europeus
ao longo do último século.
Karandashov (1977) constatou o poder de estimulação que a
própolis exerce sobre os tecidos dos nódulos linfáticos e do baço –
dois importantes filtros da linfa. O baço também filtra o sangue e
garante a produção dos linfócitos B, ou células B, responsáveis
pela síntese dos anticorpos, ou imunoglobulina (Ig) – as proteínas
especializadas em combater antígenos específicos.
O baço funciona como guardião da memória dos vírus, bactérias e
fungos com os quais já tenha entrado em contato. Assim, ao
reencontrá-los, o sistema imunológico responde mais rápido, pois
precisa apenas repetir o processo de combate anteriormente
utilizado.
444 – Saúde e Beleza Forever

É assim também que se estabelecem as reações alérgicas e a


imunidade induzida pelas vacinas, que, se não fossem seus efeitos
colaterais gravíssimos (assunto amplamente tratado no terceiro
volume), teriam, evidentemente, ajudado a elevar a qualidade de
vida da humanidade.
De acordo com as observações de Scheller (1988), uma primeira
dose de própolis fez o baço produzir o triplo de anticorpos. Uma
segunda dose, 24 horas depois, produziu efeitos ainda maiores. As
doses subseqüentes, entretanto, produziram efeito reduzido. (Isso
prova que com duas doses o baço otimiza sua produção de
anticorpos, cujos níveis são mantidos pela contínua administração
da própolis, não tendo mais como serem elevados.)

Principais funções dos anticorpos


produzidos pelos linfócitos B
Atrair os complementos que rompem as membranas
celulares fazendo-as vazar até
a morte.
Atrair fagócitos para que os antígenos sejam
absorvidos, decompostos e
eliminados.
Atuar como adesivo aglomerando os antígenos para
torná-los mais “visíveis” aos
fagócitos.
Impedir a fixação dos antígenos, facilitando a
eliminação pelo trato intestinal
ou urinário.
Conclusão: Em relação às células do sistema imunológico, a
própolis melhora o seu potencial de ação estimulando os tecidos
do timo, que assim asseguram a perfeita maturação dos linfócitos
T, assim como dos nódulos linfáticos e do baço, que garantem a
desintoxicação da linfa e do sangue, ao mesmo tempo que induz o
aumento do números de imunoglobulinas (anticorpos) e do
potencial de fagocitose.

 Problemas no sistema respiratório


A eficiência da própolis sobre o sistema respiratório é
inquestionável tanto para a medicina popular como para os
apiterapeutas, pois bem sabem o quanto ela é efetiva contra a
Saúde e Beleza Forever – 445

bronquite asmática, o catarro, a dor de garganta, a pneumonia


crônica, a sinusite, a tuberculose pulmonar etc.
Karinova and Rodionova, cientistas da ex-União Soviética,
conduziram um estudo com 135 pacientes, entre seis e 50 anos,
com diferentes formas e estágios de tuberculose. O tratamento,
que variou entre quatro e dez meses, baseou-se na administração
da própolis três vezes ao dia. A melhora foi visível, com exceção de
12 pacientes que sofriam de tuberculose renal.
Hoje já existem estudos científicos que confirmam a ação da
própolis nos casos de bronquite crônica (Scheller et col., 1989),
bronquite dos fumantes (Osmanagic et al., 1987), catarro
(Zommer, Urbanska et al., 1987), faringolaringite (Lin et al., 1993),
laringite (Dorochenko, 1975), rinite (Nunex et al., 1988) e
rinofaringite (Spirov et al., 1981).
Na observação de Scheller, porém, os melhores resultados são
obtidos quando a própolis é inalada ou consumida em tabletes. A
inalação da própolis não deve, entretanto, durar mais do que três
minutos, embora possa ser repetida várias vezes ao dia. Essa é a
maneira mais rápida e eficiente de se tratar crises alérgicas,
asmáticas ou qualquer problema no trato respiratório superior.

 E mais...
Atuar como uma antiprotease contra os
patógenos que promovem o catarro
urogenital, tanto nas mulheres quanto nos
homens.
Aumentar o bem-estar físico e a potência mental.
Combater a lepra (Grange, 1990) e os problemas
otorrinolaringológicos – nariz, ouvido e
garganta – em geral.
Exercer ação anti-reumática (Donadieu, 1979).
Normalizar os níveis da pressão sangüínea.
Prevenir a formação de úlceras e abscessos.
Regular o metabolismo do ácido araquidônico – um
ácido graxo com propriedades
proinflamatórias, mas do qual depende a
eficiência do interferon – substância
446 – Saúde e Beleza Forever

normalmente produzida pelo organismo


para combater a presença de vírus.
Retardar o processo de envelhecimento prematuro
ou degenerativo.

A própolis na indústria alimentícia


As atividades antioxidantes, antimicrobianas e antifungais da
própolis oferecem uma grande variedade de aplicações na
indústria alimentícia, com a vantagem de que, diferente da maioria
dos preservativos químicos, estende seu potencial biofitoterápico
ao organismo animal que o consome.
Soluções de própolis são capazes de dobrar ou mesmo triplicar o
período de validade dos peixes congelados. Com ela se torna
possível substituir inúmeros elementos químicos que, embora
reconhecidos como tóxicos a longo prazo, são amplamente
utilizados na preservação das frutas e vegetais depois de colhidos.
Os japoneses descobriram que enriquecendo a ração das galinhas
com a própolis, o peso das aves aumenta em até 20% (Ghisalberti,
1979), assim como a produção e a qualidade dos ovos, cujos
benefícios são repassados aos humanos que com eles se
alimentam.

A preservação da própolis
A própolis é uma substância relativamente estável, embora precise
ser conservada em frascos opacos bem vedados, em lugar escuro e,
de preferência, a uma temperatura inferior a 12 O C. Desse modo,
ela se mantém por muito tempo sem perder suas propriedades
farmacêuticas e antibióticas (Krell, 1996). A própolis misturada a
outros produtos derivados das abelhas aumenta ainda mais seu
potencial apiterapêutico, como é o caso da Forever Bee Propolis
onde a própolis se encontra acompanhada do mel e da geléia real.

Toxicidade e contra-indicações da própolis


Apesar de a própolis não ser uma substância tóxica, 1 a 3% da
população apresentam reações alérgicas ao seu contato. Por isso,
quem nunca utilizou qualquer produto à base de própolis deve
Saúde e Beleza Forever – 447

primeiro esfregá-la na parte interna do braço ou no lóbulo da


orelha e aguardar dois minutos para ver se o sistema imunológico
reage através de coceira ou vermelhidão a algum de seus ésteres,
principalmente ao ácido caféico (Hashimoto, 1988; Hausen e
Wollenweber, 1988).
Não é raro, porém, que a própolis seja contaminada por chumbo
ou outros metais pesados devido à poluição ambiental – chuvas
ácidas, carburação dos automóveis, fumaça industrial etc. Por
isso, toda a própolis destinada ao consumo humano precisa ser
devidamente analisada pelo fabricante. Embora a própolis não
dependa de dose e, conseqüentemente, de receita médica,
aconselha-se não ultrapassar o consumo de 2 g do seu extrato por
dia (Ghisalberti, 1979).

Propriedades específicas da própolis


Anestésica. Antialérgica. Antibacteriana. Antibiótica. Anticárie.
Anticolesterolêmica. Antiedêmica. Antienvelhecimento. Anties-
pasmódica. Antiestresse. Antiglaucoma. Antiinflamatória.
Antioxidante. Antiparasitária. Anti-radioativa. Antisséptica.
Antitrans-pirante. Antitumoral. Antiviral. Conservante.
Cosmetológica. Cicatrizante. Desinfetante. Desintoxicante.
Desodorizante. Energizante. Estimulante da regeneração celular.
Fitoinibidora enzimática. Fungicida. Neutralizadora dos venenos
(inclusive das abelhas) e dos efeitos nefastos do estresse.
Promotora do aumento da intuição. Pró-sistema circulatório. Pró-
sistema digestivo. Pró-sistema epitelial. Pró-sistema
imunológico. Pró-sistema respiratório. Protetora celular (inclusive
dos efeitos nefastos da radiação). Reguladora da circulação e da
pressão sangüínea. Rejuvenescedora. Tonificante.

Possibilidades de uso da própolis


Acne. Aftas. Alergias. Altos níveis de açúcar e de gordura no
sangue. Amigdalite. Anemia. Anorexia nervosa. Arteriosclerose.
Artrite. Asma. Aterosclerose. Azia. Baixa imunidade. Bronquite
asmática. Circulação deficiente. Cistite. Conseqüências da irra-
diação. Cuidados dentários. Depressão. Diarréia. Diverticulite.
Doenças coronarianas. Doenças da próstata. Doenças mal
curadas. Doenças periodontais. Doenças respiratórias. Dores
musculares. Eczema. Enxaqueca. Feridas. Fortalecimento do
sistema imunológico e da parede das artérias, veias e vasos capi-
448 – Saúde e Beleza Forever

lares. Fraturas ósseas. Gastrite. Gengivite. Gripes. Halitose.


Hemorróidas. Herpes simplex. Higienização bucal. Hiperlipidemia.
Hipertensão. Infecções respiratórias. Inflamação das mucosas.
Insônia. Limpeza da pele e das mucosas. Menstruação irregular.
Micose. Nervosismo. Otite. Papilomas. Piorréia. Pólipos. Problemas
circulatórios. Problemas da pele. Problemas de peso. Problemas
dermatológicos. Problemas digestivos. Psoríase. Queimaduras.
Sinusite. Subnutrição. Supurações. Tosse. Tricomoníase vaginal.
Úlceras bucal e estomacal. Varizes. Verrugas.

Outros elementos constituintes


do Forever Bee Propolis
ALFARROBA
Forever Bee Propolis é também constituído pela alfarroba, que os
americanos chamam de carob, de fortes propriedades
antioxidantes e hipocolestéricas. É rica em potássio (1,2% a 1,5%)
e fibras insolúveis, que beneficiam a flora intestinal e a
movimentação das fezes nos intestinos. Seus constituintes
tanínicos têm ação bactericida e adstringente. Isso significa que a
alfarroba funciona como agente anti-hemorrágico (local) e
antidiarréico, devido à capacidade de entreterem a flora simbiótica
e formarem complexos insolúveis protetores da mucosa
gastrintestinal, sem alterar a vitalidade celular do tecido, evitando
a exsudação e a secreção da própria mucosa, protegendo-a de
irritações e ulcerações.

AMÊNDOA
Forever Bee Propolis é igualmente constituído pela essência da
amêndoa que não apenas abranda o forte sabor da própolis como
lhe acrescenta suas propriedades apiterapêuticas. A amêndoa é
especialmente benéfica ao intelecto, aos nervos e aos períodos de
convalescença, de competições esportivas, de concursos etc. Há
milênios, a amêndoa é conhecida por:
Acalmar a tosse e a asma.
Amenizar as inflamações.
Dissolver as mucosidades.
Fortalecer as faculdades mentais.
Fortificar os músculos cardíacos.
Saúde e Beleza Forever – 449

Lubrificar os intestinos.
Melhorar a ventilação dos pulmões.
Promover a respiração celular.
Reforçar a energia geral.
Tonificar os nervos.
A amêndoa é a oleaginosa mais alcalina de todas, constituída por
uma grande concentração de magnésio e potássio, seguidos pelo
fósforo e pelo cálcio. É igualmente rica em um amplo espectro de
elementos-traço e nas vitaminas B1, B2 e B3 – importantes para a
tonificação dos nervos e o combate da fadiga. As amêndoas são
ainda ricas em ácidos graxos monossaturados, dos quais 75% são
de ácido oléico – essencial ao sistema circulatório.

Modo de utilização do Forever Bee Propolis


Por ser um alimento funcional e não um fármaco, o uso do Forever
Bee Propolis não é vinculado a dosagens definidas ou receituário
médico. Como alimento funcional preventivo, é suficiente uma
pastilha duas vezes ao dia, por volta de duas horas depois do café
da manhã e do jantar.
Em casos de quadros doentios, dependendo da gravidade, pode-se
chegar a ingerir até mesmo uma pastilha de Forever Bee Propolis a
cada seis horas, tal qual se faz com os antibióticos. Essa dose,
pórém, deverá ser progressivamente diminuída a partir do
momento que a saúde é restabelecida e estabilizada.
A mesma recomendação para o correto uso do suco da Aloe vera
também se aplica à própolis – nunca ingeri-la junto com leite, pois
este inibe sua absorção, ou seja, no mínimo, meia hora antes de
tomá-lo.
Informações nutricionais
Cada pastilha de Forever Bee Propolis contém 500 mg de própolis,
68 mg de mel, 29 ml de caroba, 21 ml de sílica, 13,5 mg de
extrato de amêndoa e 0,11 mg de geléia real, equivalendo a 3 Kcal.
450 – Saúde e Beleza Forever

Forever Bee Pollen

Os antigos tinham o pólen das abelhas como "alimento à altura


dos Deuses" e os apicultores e apiterapeutas o têm como “alimento
superior”. Também conhecido como pão das abelhas, ele é
constituído não apenas pelos 50 nutrientes hoje apontados como
indispensáveis à vida dos mamíferos, mas igualmente por outros
mais 200 elementos, cuja maioria exerce funções bioquímicas
ainda não decodificadas.
Embora grande parte dos profissionais da saúde desconheça o
potencial nutricional, apiprofilático e apiterapêutico do pólen das
abelhas, há milênios ele é utilizado como alimento funcional e
agente biofitoterápico, por:
Acelerar a recuperação da saúde, não importa em
que estágio de deterioração se encontre,
assim como a regeneração do epitélio.
Ajudar a recobrar a consciência dos que se
encontram em coma, a força muscular dos
convalescentes, a motricidade dos enfar-
tados etc.
Aumentar o vigor, a força, a potência, a sensação de
bem-estar, o bom humor, os níveis de
energia física e mental.
Combater as alergias crônicas da pele e das vias
respiratórias a arteriosclerose, a artrite, a
exaustão física e mental, a hipertensão, a
perda da memória, a queda de cabelo, o
desenvolvimento dos microrganismos
disbióticos – patógenos e parasitas, o
envelhecimento precoce, o estresse, o
nervosismo.
Fortalecer a visão e a saúde dos olhos, a memória e
processos cognitivos, as paredes das
artérias, das veias, dos vasos sangüíneos e
linfáticos, o sistema imunológico e
melhorar sua qualidade de resposta.
Saúde e Beleza Forever – 451

Nutrir o organismo, a ponto de aumentar os


níveis de resistência dos atletas e os
dançarinos, manter a saúde física e mental
dos idosos, otimizar o desenvolvimento
estrutural, emocional e intelectual das
crianças, normalizar os processos vitais –
do estado de alerta mental ao mecanismo
da fome.
Preservar o equilíbrio e resistência física, emocional e
mental, da infância às idades avançadas.
Prevenir e reverter os quadros de prostatite
(inflamação da próstata), o desequilíbrio
hormonal, a impotência, a infertilidade, as
oscilações do humor, os problemas da
menopausa, da próstata e dos ovários etc.
Promover a desobstrução/limpeza da pele, dos
intestinos, do fígado, das vias respiratórias
etc.; o desenvolvimento da massa
muscular e a multiplicação celular; o
equilíbrio homeostásico do organismo.
Melhorar a coordenação motora e reflexos precisos, o
desenvolvimento estrutural das crianças e
o permanente processo de regeneração do
organismo até os últimos dias de vida.
Proteger e fortalecer o sistema cardiovascular,
epitelial, digestivo, hepático, imunológico,
reprodutor, respiratório, nervoso e
urinário.
Regular as funções intestinais (prisão de ventre ou
diarréia), cujo reflexo se evidencia na
revitalização, suavidade e coloração da
pele; os níveis do colesterol LDL, dos
triglicerídeos e de açúcar do sangue.
Reverter os quadros de anemia – aumenta a taxa de
hemácias no sangue.
Sanear e promover a proliferação da flora
intestinal simbiótica – importante linha de
defesa contra a invasão dos
microrganismos disbióticos.
452 – Saúde e Beleza Forever

Tonificar o organismo, inclusive revitalizando as


funções sexuais e reprodutivas.

O pólen das abelhas


Nas flores existem dois tipos de pólen, um que é transportado pelo
ar e outro que se mantém fixo à sua haste. A maior parte do pólen
das abelhas é constituída por este último.
As abelhas, ao sugarem o néctar das flores, retêm o pólen em seu
pêlo. Para recolhê-lo, elas se escovam com seus "pentes tibiais" e
os misturam com um pouco do néctar e de saliva, um fluido rico
em enzimas digestivas, que funciona como agente de fermentação
e neutralização de qualquer elemento alergênico presente no pólen.
A quantidade de ácidos graxos do pólen coletado determina o
percentual de aglutinantes adicionado pelas abelhas ao
transformar os 3-4 milhões de grãos de pólen microscópicos nos
grânulos que conhecemos como pólen das abelhas. Chegando à
colméia, as abelhas adicionam-lhes um pouco de cera e,
depositando-os nos alvéolos dos favos, os deixam fermentar.
A temperatura do interior da colméia, em torno dos 35ºC,
proporciona as condições ideais ao processo da lactofermentação
necessário à transformação do pólen em pão das abelhas. Só então
passa a ser utilizado como alimento por todas elas, com exceção da
abelha rainha. Para esta, as abelhas mais novas precisarão ainda
liquidificá-lo e transformá-lo em geléia real.
A grande variedade de tonalidades – amarela, laranja, verde,
vermelha e violeta – dos grãos do pólen das abelhas reflete a
diversidade de flores exploradas pelas operárias, dentro de um raio
de 400 a 500 metros da colméia, embora a cada viagem elas se
restrinjam a uma única espécie de flor. Com uma média de 20
viagens por dia, seria preciso dez anos de trabalho para que uma
única abelha produzisse 1 kg de pólen.

A composição do pólen das abelhas


Os grãos de pólen são constituídos por uma enorme variedade de
nutracêuticos em proporções perfeitas e devidamente
compactados. Cada grão é constituído por mais de 250 diferentes
elementos, dos quais 50 são considerados biologicamente ativos e
Saúde e Beleza Forever – 453

indis-pensáveis aos processos bioeletroquímicos do organismo,


como a neurotransmissão e o metabolismo celular – multiplicação,
diferenciação, regeneração etc.
Que se saiba, com exceção do pólen das abelhas e das tenras
folhas das gramíneas, como do trigo e da cevada, não existe
alimento algum que veicule todos esses 50 nutracêuticos – ácidos
graxos, aminoácidos, carboidratos, enzimas, hormônios, sais
minerais e seus elementos-traço e vitaminas –, hoje considerados
como essenciais à vida celular do reino animal.
Segundo pesquisadores do Royal Society of Naturalists, várias
gerações de camundongos viveram exclusivamente do pólen das
abelhas e água, sem jamais apresentar sintoma algum de carência
ou disfunção, muito pelo contrário, o potencial de fertilização e o
grau de desenvolvimento corpóreo desses animais foram
classificados como bastante elevados.
A essa afirmação é preciso algumas ressalvas, a começar pelo
pólen das abelhas oriundo do eucalipto e do pinho, cujas
deficiências nutricionais são de tal ordem que nem mesmo serve
para alimentar as larvas. A outra ressalva diz respeito ao fator de
biodisponibilidade dos nutracêuticos presentes no pólen das
abelhas.

O grau de biodisponibilidade dos nutrientes


do pólen das abelhas
O grau de biodisponibilidade de qualquer alimento ou
complemento/suplemento alimentar é o que determina o seu
aproveitamento nutricional, sem levarmos em conta a
compatibilidade e capaci-dade de digestão do consumidor – outro
fator de determinação.
O aproveitamento nutricional de um alimento ou suplemento
alimentar varia não apenas com a facilidade com que é digerido,
mas também de acordo com a presença de um conjunto de
nutrientes necessários à sua assimilação (Fair-weather-Tait, 1992).
A biodisponibilidade do suco de uma fruta ou verdura, por
exemplo, é muito superior se comparado ao alimento consumido
por inteiro, cujos nutrientes ainda precisam ser desassociados das
fibras, e infinitamente maior se comparado ao consumo isolado de
apenas um ou de alguns nutracêuticos.
454 – Saúde e Beleza Forever

Os nutracêuticos inorgânicos oferecidos de forma isolada podem


ter um grau de assimilação até mesmo semelhante aos elementos
orgânicos, mas a capacidade do organismo de utilizá-los e de retê-
los é bastante inferior, devido à ausência de outros elementos, cuja
sinergia é indispensável à absorção celular.
Em relação ao pólen das abelhas, a biodisponibilidade de seus
nutrientes é limitada pela resistência que o esporoderma – película
que reveste os pequenos grãos de pólen – apresenta à ação dos
nossos sucos digestivos. Isso significa que quando absorvemos o
pólen das abelhas in natura, ou seja, tal qual recolhido das col-
méias, apenas 3-30% dos seus nutrientes serão utilizados.
Visando ao aumento desse percentual, novas técnicas foram
criadas. Algumas conseguem elevar a biodisponibilidade dos seus
nutrientes em até 90%. Empregando uma tecnologia em que o
esporoderma é rompido pelo congelamento, Forever Bee Pollen nos
oferece o pólen com um dos mais altos percentuais de utilização.
Segundo Percie du Sert,58 um dos maiores estudiosos sobre o
pólen das abelhas, o congelamento não afeta a atuação do poten-
cial sinérgico de seus elementos constituintes sobre:
 A flora intestinal
- nutrida e fortificada por seus fermentos lácteos.
 A forma física
- tornando as pessoas mais ativas e tonificadas.
 A pele e os olhos
- restaurando o brilho dos olhos (fígado) e do semblante
(intestinos).
 A prevenção ao câncer
- mantendo seus vários elementos constituintes com
propriedades anticancerígenas.
 A prostatite
- normalizando o tamanho da próstata e os níveis do
PSA (Remy Chauvin, 1950).
 O sistema cardiovascular
- regulando os níveis do colesterol LDL, combatendo a
agregação das plaquetas, fortificando as paredes dos
dutos sangüíneos e linfáticos.

58
http://www.homeophyto.com/2002/04/pollen.php
Saúde e Beleza Forever – 455

 O sistema imunológico
- nutrindo as células, promovendo o aumento dos níveis
de antioxidantes e a constante regeneração da
integridade da mucosa gastrintestinal e da flora
simbiótica.

A riqueza nutricional do pólen das abelhas


A riqueza do pólen das abelhas é praticamente impossível de ser
igualada. Aschenasy Leru, chefe do Centro Nacional de Pesquisa
Científica da França, verificou, por exemplo, que sua concentração
de aminoácidos é de cinco a sete vezes superior ao bife, ovos ou
queijos.
Posteriormente, Schmidt e Buchmann (1992) tomando por base:
Peso-calorias constataram a superioridade do
pólen das abelhas não só em
relação ao bife, galinha, feijão e
pão integral, mas também à maçã,
repolho e tomate crus;
Proteínas-minerais observaram que o pólen das
abelhas chegava a ter até dez
vezes mais tiamina (vitamina B1) e
riboflavina (vitamina B2) do que as
carnes ou feijões.
As variações percentuais entre os elementos constituintes do
pólen das abelhas, como mostra a tabela a seguir, refletem a
diversidade dos pólens de origem, assim como as condições
climáticas e a qualidade do solo na época do seu desenvolvimento.

Análise quantitativa do pólen das abelhas


Água 7 a 11 %
Amidos 1 a 3%
Aminoácidos livres 10 a 13 %
Carboidratos 20 a 40 %
Fibras 3 a 5%
Lipídios 1 a 5%
Proteínas 15 a 30 %
Sais minerais 2,5 a 3,5 %
pH 4,7 a 5,2 %
elementos indeterminados 28 a 29 %
456 – Saúde e Beleza Forever

Apesar de o conhecimento científico ainda não ter meios de


identificar todos os elementos constituintes do pólen das abelhas,
é simplesmente surpreendente a variedade de micronutrientes que
ele veicula.
Os micronutrientes do pólen das abelhas

Crocetina, guarnina, hipoxantina,


Ácidos nucléicos vernina, xantina, xantófilos,
e nucleocídeos59 zeaxantina – elementos
constituintes do DNA e do RNA.

Amilase, catalase, coenzimase, de-


hidrogenase láctica, de-
hidrogenase sucínica, diastase,
disforase, fosfatase, 33 hidrolases,
Enzimas e coenzimas60
5 isomerases, 11 liases, 24
oxidoredutases, pectase, pepsina,
sacarrase, 21 transferases,
tripepsinase etc., somando mais
de 5.000 enzimas e coenzimas.

Fatores de crescimento Auxinas, brassinas, giberelinos e


quininas.

Bário, boro, cálcio, cobre, cloro,


Minerais e elementos-traços enxofre, estrôndio, ferro, fósforo,
iodo, magnésio, manganês,
molibdênio, níquel, potássio,
selênio, sílica, sódio, titânio, zinco
etc.

no mínimo 11 provitaminas A (5,9


mg/g), B1 (9,2 mg/g), B2 (18,5
Vitaminas mg/g), B3, B5 (20,5 mg/g), B6, B9
ou ácido fólico (3,8 mg/g), B12 (5
mg/g), colina, inositol, C (7,15

59
Vivino AE & Palmer LS. The Chemical Composition and Nutritional Value of Pollens
Collected by Bees, Division of Agricultural Biochemistry, University of Minnesota, University
Farm, St. Paul, Minnesota, March 1, 1944.
60
Vivino AE & Palmer LS. ibidem.
Saúde e Beleza Forever – 457

mg/g), D, E, H ou biotina, K, no
mínimo 8 bioflavonóides, rutina
(16 mg/g).
458 – Saúde e Beleza Forever

Os macronutrientes do pólen das abelhas


ÁGUA
Devido à presença de inúmeros fermentos, a umidade do pólen das
abelhas não pode ser excessiva, pois se eles forem ativados pelas
moléculas de água, o processo de degradação é acelerado – acidi-
fica, mofa e os grãos se aglutinam. Por isso, o nível de umidade
deve ser em torno de 10%.

AMINOÁCIDOS
Diz-se que o pólen das abelhas é o único alimento no qual
podemos encontrar todos os aminoácidos conhecidos como
essenciais à vida humana, embora alguns digam o mesmo das
tenras gramas do trigo e da cevada (ver Fields of Green).
Dependendo do tipo do pólen, os percentuais de proteína e
aminoácidos livres podem chegar a 35%. Isso significa que,
diferente dos alimentos protéicos, os aminoácidos não precisam do
processo digestivo para serem liberados e, então, absorvidos pela
mucosa intestinal. Ou seja, apresentam um nível de
biodisponibilidade muito superior.
A ação biológica dos aminoácidos mais abundantes no pólen das
abelhas, como veremos, já seria suficiente para explicar o porquê
de ele ser considerado um dos mais importantes alimentos
funcionais para os atletas, convalescentes, crianças e idosos ou
ainda elemento terapêutico sui generis a uma série de disfunções e
doenças, embora seu verdadeiro potencial se encontre na sua
completa gama de aminoácidos e nutracêuticos fundamentais à
vida animal.
É a partir da diversidade de combinações entre os aminoácidos
que inúmeros complexos protéicos, com diferentes funções, são
sintetizados pelo organismo.

As funções biológicas das proteínas .61


 Catalisação enzimática
As enzimas são fatores de aceleração das reações
bioquímicas em, no mínimo, um milhão de vezes. E cada
uma das várias etapas de uma reação requer a enzima

61
http://ntri.tamuk.edu/cell/protein.html
Saúde e Beleza Forever – 459

que lhe é própria. Conseqüentemente, existem milhares


de enzimas.
 Coordenação motora
As contrações musculares ou o movimento dos
cromossomos durante a mitose – divisão celular –, por
exemplo, respondem às contrações de determinadas
estruturas protéicas.
 Crescimento e diferenciação celular
Como só uma pequena fração do genoma se expressa a
cada momento, o controle sobre a seqüência de
informações liberadas é essencial à perfeita
diferenciação e crescimento celular. Os compostos
protéicos, como os hormônios e os fatores de
crescimento, por exemplo, controlam o metabolismo
celular e a formação da rede neural.
 Geração e transmissão de impulsos nervosos
Os estímulos e respostas das células nervosas, por
exemplo, são mediados por receptores protéicos em suas
membranas.
 Proteção imunológica
Os anticorpos são complexos protéicos especializados
em identificar e se combinar às substâncias estranhas.
 Suporte físico e mecânico
São as fibras protéicas de colágeno que dão força de
tensão e resistência à pele, ossos, tendões e ligamentos,
por exemplo.
 Transporte e estocagem de nutracêuticos
Inúmeras proteínas são estruturadas para transportar
pequenas moléculas ou íons dos minerals. A hemoglo-
bina, por exemplo, transporta o oxigênio através do
sangue e a mioglobina o transporta através dos
músculos. A transferina conduz o ferro pelo plasma
sangüíneo e a feritina o mantém no fígado.
Existe também o fato de o potencial protéico do pólen das abelhas
ser superior até mesmo ao das carnes – 35g de pólen por dia
suprem as necessidades protéicas de uma pessoa. E mesmo que a
460 – Saúde e Beleza Forever

sua composição não seja fixa, o ácido glutâmico, a glutamina, o


ácido aspártico, a aspargina e a prolina são sempre abundantes.

Os aminoácidos do pólen das abelhas62

23,7 mg/g ácido glutâmico 5,7 mg/g metionina


22,8 mg/g ácido aspártico 10,5 mg/g isoleusina
21,8 mg/g prolina 10,3 mg/g glicina
16,1 mg/g leucina 10,1 mg/g treonina
12,4 mg/g serina 10,0 mg/g fenilalanina
12,3 mg/g alanina 8,0 mg/g arginina
12,1 mg/g valina 7,6 mg/g tirosina
10,7 mg/g lisina

Vejamos, pois, se o que a ciência já descobriu sobre os três


aminoácidos mais abundantes no pólen das abelhas – ácido
glutâmico, ácido aspártico e prolina – ajuda a explicar a fama que
lhe têm sido conferida por tradição e pela experiência clínica.

O ácido glutâmico e a glutamina


De acordo com a Dra. Aschenasy Leru, do Centro Nacional de
Pesquisa Científica da França, o conteúdo de ácido glutâmico livre
do pólen das abelhas é superior a qualquer outro alimento protéico
e sua grande capacidade de transpor as membranas do cérebro já
seria suficiente para esclarecer por que o pólen das abelhas
promove o aumento das capacidades mentais e combate a
neurastenia, a psicose, a depressão etc.
O ácido glutâmico ou glutamato, isolado em 1866, a partir do
trigo, é o aminoácido livre mais abundante no sangue, nos
músculos e no líquido cerebrospinal, mas só a partir dos anos 90 é
que as pesquisas sobre sua atuação bioquímica se intensificaram.
Embora qualquer célula o necessite, em maior ou menor escala,
ele sempre foi considerado “o alimento do cérebro”, por ser a área
em que se encontra mais concentrado. Dele dependem a saúde
neurológica e o potencial das faculdades mentais.
No cérebro, sob a presença da enzima glutamino-sintase, liberada
pelas glias ou neuroglias – as células mais abundantes do sistema
nervoso central –, o ácido glutâmico se combina à amônia para

62
http://www.abeeco.co.nz/Pages/Products/ActiveBeePollen.htm
Saúde e Beleza Forever – 461

formar a glutamina. O mesmo ocorre com o ácido aspártico, que


assim se transforma em asparagina.
O excesso de amônia, subproduto de inúmeras reações que
utilizam as proteínas como fonte de energia, gerando radicais
livres, danifica os neurônios e as células do cérebro, assim como
interfere na produção de adenosina trifosfato (ATP), que está para
as células assim como a eletricidade está para os aparelhos
elétricos.
A amônia, uma vez combinada às moléculas livres de glutamato, é
transportada em segurança até o fígado, onde é convertida em
uréia e, então, enviada aos rins para ser eliminada. A presença de
amônia no cérebro, por outro lado, impede o acúmulo do gluta-
mato, cujo excesso também danifica os neurônios e promove as
doenças neurodegenerativas. Já o excesso da glutamina é
rapidamente enviado a outras partes do organismo para ser
utilizado.
No fígado, a transformação do glutamato em glutamina não apenas
previne o acúmulo da amônia, tal qual no cérebro, como também o
desenvolvimento da cirrose, ao mesmo tempo que ajuda a
eliminação do excesso de gorduras e resíduos metabólicos dos
lipídios.
Os aminoácidos, como diz a nomenclatura, são elementos ácidos.
O ácido glutâmico e o ácido aspártico, entretanto, fogem a essa
regra. Por terem uma de suas cadeias laterais negativamente
ionizadas e um pH em torno de 7,3, são alcalinos e atuam como
fator de solubilidade das proteínas em que se encontram.
Enquanto o glutamato e o aspartato funcionam como receptores de
nitrogênio (um dos compostos da amônia), a glutamina e a
asparagina podem atuar como doadores, sempre que átomos de
nitrogênio se façam necessários a determinadas proteínas ou
hormônios.

O ácido glutâmico
Estimula o estado de alerta, a memória e os
processos cognitivos.
Combate a fatiga mental, a depressão etc.
Gera energia para as glias.
462 – Saúde e Beleza Forever

Participa da síntese da vitamina B3 (niacina) e do


glutatião – principal antioxidante das
células do cérebro, cujos baixos níveis
estão associados à oxidação/morte dos
neurônios e conseqüentes disfunções e
doenças neurodegenerativas.63
Segundo o estudo do Dr. Thomas C. Welboume (1995), do
Louisiana State University of Medicine, o consumo de 2 g de
glutamina por pessoas de 32 a 64 anos quadruplicou os níveis dos
hormônios de crescimento na corrente sangüínea, independente da
idade.
O ácido glutâmico é uma fonte de energia cerebral muito mais
importante do que a glicose, pois a grande maioria da glicose é
transformada em glutamato antes de ser utilizada pelo cérebro.
Os mecanismos que equilibram o ciclo glutamina-ácido glutâmico,
no entanto, podem ser danificados por uma febre muito alta,
infarto, infecção viral, inflamação severa, trauma muito forte ou
acúmulo de neurotóxicos, como dos agrotóxicos e medicamentos.
O metabolismo ácido glutâmico-glutamina também pode ser
alterado pelos danos que a subnutrição causa às glias,
prejudicando a produção da enzima glutamino-sintase, promotora
da redução dos níveis de amônia e de ácido glutâmico do cérebro.
A inibição da enzima glutamino-sintase, uma das causas das
doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson, 64 pode
ser igualmente gerada por:
 consumo de bebidas alcoólicas,65 do monossódio
glutamato (Ajinomoto, MSG) ou de medicamentos
antiepiléticos (exceto o Vaganatrin).66
 disfunções típicas dos quadros do diabetes.

63
Life Extension Magazine, Sep 1999. www.lef.org/magazine/mag99/sep99-report3.html
64
Zipp F et al. Glutamine synthase activity in patients with Parkinson's disease. Acta
Neurol Scand 1998; 97:300-2.
65
Nordmann R, Rouach H. Alcohol and free radicals: from basic research to clinical
prospects. Bull Acad National Med 1995; 179:1839-50.
66
Fraser CM et al. Effects of anti-epileptic drugs on glutamine synthase activity in the
mouse brain. Br J Pharmacol 1999; 126:1634-8.
Petroff OA et al. Initial observations on effect of vigabatrin on in vivo 1H spectroscopic
measurements of gamma-aminobutyric acid, glutamate, and glutamine in human brain.
Epilepsia 1995;36:457-64.
Saúde e Beleza Forever – 463

 resíduos tóxicos gerados pelo processo de


branqueamento da farinha de trigo etc. 67
As doenças neurodegenerativas, promovidas pela oxidação dos
neurônios, podem ser evitadas pela ação antioxidante do ácido
úrico e dos bioflavonóides do pólen das abelhas, do chá-verde, das
sementes de uva, do mertilo (blueberries) 68 e do ginkgo biloba.69

A glutamina
Ajuda a recuperação dos enfermos.
Combate a impotência e a perda da massa
muscular.
Diminui o cansaço.
Melhora o humor.
Promove o crescimento e o aumento da inteligência,
até mesmo dos deficientes mentais etc.
A glutamina que cruza as barreiras do cérebro, ou é convertida em
ácido glutâmico ou em ácido gama-aminobutírico (GABA), sobre o
qual já existem mais de 1.900 estudos científicos. 70 O que fazem
esses dois neurotransmissores no cérebro?

O GABA
Combate a agitação mental, a irritabilidade e a
insônia etc.
Estimula a glândula pituitária a secretar hormônios
de crescimento que aceleram os processos
de cicatrização, diminuem as gorduras,
aumentam a massa muscular etc
Promove calma, serenidade e concentração mental.
Relaxa o sistema nervoso e a tensão ocular.
Como regra geral, a glutamina funciona como fonte de energia
para todas as células, sendo particularmente essencial àquelas
que se multiplicam com maior velocidade, como as células da

67
Shaw CA, Bains JS. Did consumption of flour bleached by the agene process contribute
to the incidence of neurological disease? Med Hypotheses 1998; 51:477-81.
68
Packer L and Colman C. The Antioxidant Miracle. John Wiley & Sons, 1999, p.130.
69
Zhu L et al. Antagonistic effects of extract from leaves of ginkgo biloba on glutamate
neurotoxicity. Chung Kuo Yao Li Hsueh Pao (abstract in English). 1997:18:344-7.
70
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?CMD=&DB=PubMed
464 – Saúde e Beleza Forever

mucosa gastrintestinal e do sistema imunológico – macrófagos,


linfócitos e células killers (assassinas).
A carência de glutamina, além de ser uma das principais causas
de disfunção do sistema imunológico, também promove a atrofia
dos intestinos e a perda da integridade da mucosa intestinal, em
detrimento não apenas da sua habilidade de filtrar o que deve ser
ou não absorvido, como da sua própria capacidade de absorção.71
Na verdade, quando inicialmente identificada, a glutamina foi
denominada “fator de permeabilidade intestinal”. E poucos são
aqueles que têm consciência do quanto a saúde depende da
integridade da estrutura da mucosa intestinal, uma vez que é ela
que impede o vazamento dos intestinos.
Nunca é demais lembrar que são as partículas maldigeridas do
bolo alimentar que, ao vazarem para a corrente sangüínea, causam
as crises de alergia ou de intolerância alimentar e a conseqüente
exaustão das energias físicas e do sistema imunológico, além de
uma seqüência de disfunções e doenças – das múltiplas formas de
artrites ao eterno mau humor – decorrentes da acidez dos fluidos
extracelulares gerados pela presença dessas partículas.
A carência da glutamina pode ser ainda conseqüência do estresse
físico, emocional ou mental, como nos casos de uma cirurgia,
desempenho extenuante dos atletas (sempre às voltas com a baixa
imunidade),72 infecção viral ou bacteriana, problemas de família ou
trabalho, experiências traumáticas etc. – os hormônios liberados
durante os períodos de estresse interferem no metabolismo da
glutamina, cuja deficiência também prejudica a síntese do DNA, do
RNA e de inúmeras enzimas metabólicas.
O estrago que a quimioterapia73 e o consumo de antiinflamatórios
não-esteroidais (imbuprofeno, indometacina etc.) faz sobre a
mucosa gastrintestinal – colite, doença de Crohn, diarréia, gastrite,
perda da massa muscular, úlceras etc. – pode ser naturalmente
prevenido ou revertido pela suplementação da glutamina.
Dependendo dos níveis do estresse, da intoxicação e do status
nutricional do organismo, os problemas de ordem imunológica e
71
Wu G. Intestinal mucosal amino acid catabolism. J Nutr 1998;128:1249-52.
72
Walsh NP et al. Glutamine, exercise and immune function. Links and possible
mechanisms. Sports Med 1998; 26:177-91.
73
Hond ED et al. Effect of glutamine on the intestinal permeability changes induced by
indomethacin in humans. Aliment Pharmacol Ther 1999;13:679-85.
Saúde e Beleza Forever – 465

intestinal podem chegar a um ponto em que a administração de


grandes doses de glutamina torna-se a única possibilidade de
sobrevivência do indivíduo.

Outras ações de controle da glutamina


 A hipoglicemia
O fígado e os rins tanto podem sintetizar a glutamina,
para se livrarem do excesso de amônia, como a glicose, a
partir da glutamina, para elevar os níveis de açúcar no
sangue e controlar a hipoglicemia. Os rins podem
chegar a contribuir com até 25% de glicose.

 O equilíbrio do pH do sangue
Quando o sangue está ácido, a glutamina controla a
quantidade de íons de bicarbonato que os rins liberam
para corrigi-lo. No caso do desequilíbrio alcalino, são os
íons de hidrogênio liberados pelo fígado que o corrigem.

 A retenção de água nas células


A glutamina também participa dos mecanismos de
controle sobre a quantidade de água retida pelo
organismo.
A glutamina, juntamente com a cisteína e a glicina, são substratos
do glutatião ou glutationa, importante antioxidante produzido pelo
organismo.
O glutatião
Defende o organismo contra o estresse oxidativo
gerado pelo álcool, cigarro, radiação,
quimioterapia etc.
Desintoxica o organismo dos metais pesados e dos
resíduos das drogas medicamentosas ou
recreativas.
Inibe a formação e neutraliza o excesso dos
radicais livres.
Previne e auxilia o tratamento de qualquer doença
sangüínea ou hepática, incluindo o câncer.
Promove a absorção do ácido oléico, vitaminas E
e compostos fenólicos – torna o colesterol
466 – Saúde e Beleza Forever

LDL mais resistente à oxidação e reduz


os problemas cardiovasculares.
Protege as artérias, cérebro, coração, fígado, lentes
oculares, pele, pulmões, rins etc.
Regenera as vitaminas C e E, após estas terem
atuado como antioxidantes.
Serve como precursor das enzimas glutationa
peroxidase e glutadiona-S-transferase,
fundamentais à desintoxicação do fígado.
Torna os carcinomas mais solúveis, facilitando a
ação do sistema imunológico.
A contagem do glutatião pode ser usada como parâmetro para se
mensurar o grau de envelhecimento do organismo, pois sua
concentração nos fluidos celulares declina com o avanço da
idade.74
O nitrogênio da molécula de amônia da glutamina contribui para a
aceleração da regeneração dos músculos, crescimento das fibras
musculares e aumento da resistência. A glutamina também libera
o carbono necessário à reposição do glicogênio utilizado durante os
exercícios físicos.
A descoberta de que a deficiência de glutamina é uma das
principais causas da atrofia muscular75 a fez popular entre os
atletas e body builders. Ela é importante aos músculos do coração
– convertida em ácido glutâmico, entra na produção do ATP do
ciclo de Krebs e aumenta os níveis de resistência física. 76
O controle neural das funções cardiovasculares, por sua vez,
também depende do ácido glutâmico e do GABA, ou seja, qualquer
disfunção cerebral que interfira no metabolismo glutamina/ácido
glutâmico/GABA irá se refletir nas disfunções cardiovasculares.
Outro derivado da glutamina é o dipeptídio glicil-1-glutamina, um
tipo de beta-endorfina que regula a pressão sangüínea e que atua

74
Sears B. The Anti-Aging Zone. Regan Books, 1999, pp 108-109.
75
Hickson RC et al. Protective effect of glutamine from glucocorticoid-induced muscle
atrophy occurs without alterations in circulating insulin-like growth factor and IGF-binding
protein levels. Proc Soc Exp Biol Med 1997; 216:65-71.
76
Pieterson HG. Glutamate metabolism of the heart during coronary artery bypass. Clin
Nutr 1998; 17:73-5.
Saúde e Beleza Forever – 467

como fator de prevenção da depressão cardiorrespiratória e de


estimulação das atividades das células killer.
Embora conhecida como principal combustível das células que se
multiplicam rapidamente, a glutamina atua diferentemente sobre
as células do câncer, como ficou demonstrado no estudo
desenvolvido por Klimberg (1996). 77 Administrada a animais que
haviam recebido implantes de câncer de mama, quando
comparados ao grupo de controle, verificou-se que:
– os níveis do glutatião subiram 25%;
– o crescimento do tumor foi 40% inferior;
– a atividade das células killer foi 2,5 vezes maior;
– os níveis da prostaglandina inflamatória PGE2,
promotora do crescimento dos tumores, diminuíram.
Experiências clínicas também demonstram que a glutamina
administrada concomitantemente à quimioterapia diminui seu
grau de toxicidade e aumenta seu potencial antiinflamatório. 78

O dinamismo ácido glutâmico-glutamina


Acelera os processos de cicatrização.
Agiliza as funções cerebrais, incluindo o
coeficiente de inteligência (QI).
Ajuda o metabolismo dos açúcares e gorduras.
Aumenta a resistência da musculatura.
Controla os níveis de açúcar no sangue.
Fortalece o sistema imunológico.79
Melhora o desenvolvimento das crianças.
Participa da atuação do ácido fólico, a vitamina do
grupo B necessária à decomposição dos
aminoácidos.
Promove a saúde do trato gastrintestinal.
77
Klimberg VS et al. Glutamine suppresses PGE2 synthesis and breast cancer growth. J
Surg Res 1996; 63:293-7.
78
Bartlett DL et al. Effect of glutamine on tumor and host growth. Ann Surg Oncol
1995;2:71-6.
Rubio IT et al. Effect of glutamine on methotrexate efficacy and toxicity. Ann Surg 1998;
227:772-8.
79
Kumar D et al. Biochemical and immunological changes on oral glutamate feeding in
male albino rats. Int J Biometeorol 1999; 42:201-4.
468 – Saúde e Beleza Forever

Recupera os enfermos.
Transporta o potássio para os fluidos da coluna
vertebral e através das membranas do
cérebro.
Por isso, os altos níveis de ácido glutâmico-glutamina no sangue
são hoje considerados índices de boa saúde e longevidade.
Conseqüentemente, a riqueza de ácido glutâmico do pólen das
abelhas, potencializada pela sinergia com a lecitina, seria
suficiente para explicar sua reputação como alimento funcional
para:
Manter da saúde gastrintestinal.
Prevenir das disfunções e doenças neurodege-
nerativas.
Reduzir do desejo pelo álcool, açúcar e carboi-
dratos.
Aumentar do QI, funções cognitivas e mentais, poder
de concentração.
Ganhar de massa muscular, fortificação da
musculatura e perda de gorduras,
sobretudo na altura da cintura.
Dietas ricas em ácido glutâmico são, portanto, essenciais tanto
àqueles que se exercitam exaustivamente como aos que estejam:
• Com disfunções imunológicas e cardiovasculares.
• Fazendo uso de antiinflamatórios não-esteroidais.
• Passando por períodos de grande estresse.
• Perdendo massa muscular ou desejando ganhá-la.
• Se recuperando de um trauma físico ou emocional.
• Sofrendo de:
– Alcoolismo, hipoglicemia e obesidade etc.
– Altos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue.
– Artrite, diabetes, doenças cardiovasculares ou dos
tecidos conectivos.
– Deficiências do sistema imunológico.
– Depressão, fadiga, irritalibilidade, mau humor,
problemas de memória e cognição etc.
– Desordens de personalidade e oscilações do humor.
Saúde e Beleza Forever – 469

– Distrofia muscular.
– Problemas gastrintestinais.
– Senilidade ou síndrome de Down.

O ácido aspártico e a asparagina

O ácido aspártico, também conhecido como aspartato ou


aminoácido P (ASP), foi descoberto em 1868 a partir das
leguminosas. O nome aspártico, entretanto, vem do seu derivado, a
asparagina, primeiro aminoácido a ser isolado, em 1806, a partir
do aspargo.
Até 1940, os aminoácidos eram vistos como nutrientes
relativamente estáveis, um conceito que teve que ser abandonado
quando se verificou que a asparagina e a glutamina eram o ácido
aspártico e ácido glutâmico transaminados, isto é, combinados à
amônia, cujo processo era reversível e que a liberação dos átomos
de nitrogênio da amônia gerava uma grande quantidade de energia
para o metabolismo das células do cérebro e do sistema nervoso.
O ácido aspártico e o ácido glutâmico são os principais
responsáveis do cérebro não ser como um vegetal. Em excesso,
porém, geram disfunções e doenças neurodegenerativas – a grande
quantidade de radicais livres por eles mesmos gerados interfere na
produção da ATP, danificam e destroem os neurônios e as glias.
A mitocôndria – uma das muitas pequenas células dentro de uma
célula – é a usina de energia celular. A ATP (adenosina trifosfato) é
a substância que estoca a energia gerada pela combustão dos
carboidratos, gorduras e/ou aminoácidos, até ser necessária ao
metabolismo celular. A liberação da energia da ATP é resultante da
sua decomposição em ADP (adenosina difosfato).
O magnésio, essencial a mais de 300 enzimas metabólicas, é
indispensável à síntese da ATP e ao transporte do potássio para
dentro das células. Mal-estar e fraqueza muscular são sintomas
comuns da deficiência crônica de potássio. Sob a forma de
aspartato de magnésio e aspartato de potássio, o ácido aspártico
auxilia o transporte desses co-fatores enzimáticos para dentro das
células.
O ácido aspártico é precursor de diversos aminoácidos –
asparagina, arginina, lisina, metionina, treonina, isoleucina –, que,
combinado a outros aminos, formam moléculas especializadas em
470 – Saúde e Beleza Forever

absorver e remover inúmeras toxinas do sangue – um dos mais


importantes mecanismos de proteção ao fígado.
A presença do ácido aspártico é crucial ao ciclo de Kreb, à síntese
das imunoglobulinas e dos nucleotídeos (elementos constituintes
do DNA e do RNA) e ao desempenho desses dois ácidos nucléicos.

A asparagina
Os baixos níveis de asparagina na corrente sangüínea podem
refletir uma deficiência metabólica na síntese ou excreção da uréia,
cuja conseqüência é o acúmulo de uréia que, por sua vez, se torna
promotora de:
• Alto grau de intolerância a vários alimentos,
principalmente aos concentrados protéicos.
• Confusão mental.
• Depressão.
• Dores de cabeça.
• Fadiga.
• Falta de concentração.
• Irritabilidade.
• Psicose (em casos extremos).

O dinamisno do ciclo ácido aspártico - asparagina


Atua sobre a glândula do timo como um
imunoestimulante ameno.
Aumenta a energia muscular, a capacidade aeróbica,
os níveis de histamina e a resistência.
Participa do ciclo de Kreb – origem da maior parte da
energia utilizada nos processos metabólicos
– e do ciclo da uréia.
Protege o fígado dos elementos tóxicos, sejam eles
oriundos da radiação, drogas recreativas
ou medicamentosas, agrotóxicos,
aromatizantes, corantes etc.
Quela (combina-se ionicamente) os sais minerais,
como o cálcio, magnésio e potássio, para
torná-los biodisponíveis.
Saúde e Beleza Forever – 471

Serve de substrato à síntese de


neurotransmissores, como a acetilcolina, a
noradrenalina e o GABA.
O nitrogênio liberado pelo metabolismo da asparagina no processo
de reversão ao aspartato é utilizado em uma grande variedade de
processos bioquímicos, incluindo o ciclo da uréia e a produção de
purinas utilizadas no DNA e no RNA.
O aspartato, assim como o glutamato, é fundamental à eliminação
da amônia – substância extremamente tóxica, sobretudo ao
sistema nervoso central. A asparagina, tal qual a glutamina, é uma
substância atóxica que veicula o nitrogênio. Mas, se por um lado o
excesso de aspartato, especialmente no cérebro, promove quadros
como os ataques de epilepsia e o infarto, por outro lado, a sua
deficiência causa depressão, atrofia cerebral etc.
Não havendo problemas de ordem fisiológica ou bioquímica –
infarto, síndrome de Down, quadros de estresse, consumo de
drogas medicamentosas ou recreativas etc. – que responda pelo
acúmulo do aspartato no cérebro, a suspeita deve recair sobre o
consumo de certos elementos hoje embutidos em uma infinidade
de alimentos industrializados, entre os quais os mais nefastos são:
As proteínas vegetais hidrolisados e a proteína de
soja isolada.
O adoçante aspartame (NutraSweet), composto pela
versão sintética do aspartato e da
fenilalanina, adicionados ao álcool metil
– elemento extremamente tóxico.
O sal de glutamato de sódio ou monossódio
glutamato, também vendido sob o nome
de Ajinomoto.
Os extratos de fermentos.
O aspartato, a asparagina, o glutamato e a glutamina não são
aminoácidos essenciais porque o fígado tem capacidade de
sintetizá-los a partir de outros aminoácidos, mas, ao serem
absorvidos dos alimentos, poupam o fígado dessa função. Por
outro lado, qualquer interferência em seus processos de síntese
gera carências. Nesse caso, portanto, é essencial absorvê-los
através de suplementos alimentares.
472 – Saúde e Beleza Forever

O pólen das abelhas, ao mesmo tempo que desincumbe o fígado da


obrigação de sintetizá-los, garante que eles jamais faltarão ao
organismo, pois ele também veicula todos os outros nutrientes
indispensáveis à sua absorção e utilização, embora o grau de
biodisponibilidade em que se encontrem dependa dos cuidados e
da tecnologia empregada pelo produtor – no Forever Bee Pollen,
como foi visto, a biodisponibilidade é em torno de 90%,
contrastando com os 3-30% dos grãos de pólen das abelhas in
natura.

A prolina
A prolina, o terceiro aminoácido mais abundante no pólen das
abelhas, normalmente, é sintetizada pelo fígado a partir do ácido
glutâmico ou da ornitina. Entretanto, sob condições traumáticas
ou de estresse, a capacidade do organismo de sintetizá-la, assim
como qualquer outro aminoácido não essencial, fica extremamente
reduzida (Jaksic, 1987 e 1991).
A prolina é o aminoácido que responde pelo maior percentual do
colágeno, a proteína mais abundante no corpo humano, e das
fibras dos tecidos conjuntivos, responsáveis pela coesão celular e
pelas estruturas de suporte do corpo. E é da permanente
regeneração do colágeno que tanto depende o combate à celulite
como:
• A prevenção do rompimento das artérias, veias e vasos
sangüíneos, assim como da formação de hematomas.
• A integridade, a funcionalidade, o grau de resistência,
assim como a rapidez, a qualidade da
regeneração/cicatrização dos tecidos das artérias,
cartilagens, juntas, ligamentos, músculos, nervos, ossos,
pele, tecidos adiposos, tendões, trato gastrintestinal,
tubos eustaquianos (que ligam a garganta ao ouvido
médio), unhas, vasos capilares, veias, vértebras etc.
O colágeno também é constituído pela lisina, igualmente presente
no pólen das abelhas. Sua síntese, entretanto, depende da
presença da vitamina C, que funciona como fator coenzimático na
conversão da prolina em hidroxiprolina e da lisina em
hidroxilisina.
Saúde e Beleza Forever – 473

O trio prolina, lisina e vitamina C, no que diz respeito ao sistema


cardiovascular, é igualmente responsável por regenerar as paredes
das artérias, fortalecer a musculatura do coração, formar uma
camada tipo teflon em volta das moléculas de lipoproteína que:
• Impede o acúmulo de gorduras nas paredes das artérias.
• Libera as moléculas já acumuladas – depósitos
ateroscleróticos – e as leva ao fígado para serem
incineradas.
• Pode promover a reverção de disfunções e doenças
cardiovasculares de modo totalmente natural.
Estudos laboratoriais também demonstraram que a prolina tem
uma importante função protetora em relação aos metais pesados,
como o arsênico, o cádmio, o chumbo e o mercúrio, pois:

1. A adição da prolina à cultura das algas:


anterior à presença dos metais pesados aumentou
a resistência das células à penetração
iônica desses sais minerais;
posterior ao acúmulo de metais pesados dentro das
células fez com que fossem eliminados
mais rapidamente.

2. A concentração intracelular de prolina mostrou-se


proporcional à concentração extracelular de metais
pesados, fazendo:
diminuir o vazamento de íons de potássio intra-
celulares;
aumentar a resistência à inibição que os íons dos
metais pesados exercem sobre o
crescimento celular.
Diante desses fatos, os pesquisadores constataram que a
concentração intracelular de prolina atua como fator determinante
do grau de vulnerabilidade das células à ação dos metais pesados.
Conclusão: A riqueza do pólen das abelhas em ácido glutâmico,
ácido aspártico e prolina, devido às funções que exercem sobre o
organismo, já seriam suficientes para embasar sua fama milenar
de alimento funcional da longevidade com qualidade.
474 – Saúde e Beleza Forever

BIOFLAVONÓIDES
Bioflavonóide ou flavonóide é a classificação genérica para uma
grande variedade de pigmentos vegetais solúveis, inicialmente
classificados como vitamina P. Embora (ainda) não sejam
considerados nutrientes fundamentais à vida, são essenciais à
otimização da saúde.
O aumento do interesse pelos elementos antioxidantes, já que os
radicais livres têm sido responsabilizados por 90% das doenças –
arteriosclerose, câncer, infartos, focos inflamatórios, senilidade etc.
–, fez com que o interesse pelo potencial farmacológico dos
bioflavonóides aumentasse automaticamente.
Com o elevado número de pesquisas nos anos 90, descobriram-se
novos flavonóides com propriedades antivirais, antialérgicas
(combatem a febre do feno), antiespasmódicas, antiplaquetárias,
antiinflamatórias, antioxidantes, antitumorais e
imunomoduladoras.
Entre os mais de 2 mil bioflavonóides hoje conhecidos encontram-
se a qüercetina e a rutina, cuja concentração no pólen das abelhas
é suficiente para despertar o interesse de todos por seu potencial
antioxidante e de varredor de toxinas.
A qüercetina e a rutina são conhecidas por combaterem as
inflamações crônicas e agudas, apesar de a rutina ser a mais ativa
das duas no combate aos quadros de inflamação crônica. 80 Ambas,
porém, têm ação inibitória sobre as prostaglandinas pro-
inflamatórias. Protegendo a integridade e permeabilidade da
mucosa gastrintestinal, ajudam a poupar o sistema imunológico e
a prevenir a alergia alimentar.
Qüercetina e rutina também se destacam por modular a
permeabilidade e fortalecer as paredes das veias e vasos
sangüíneos, incluindo a capilaridade dos olhos. Assim, ajudam,
indiretamente, a prevenir e a combater a arteriosclerose, edemas,
hemorróidas, hemorragias, hematomas, pressão alta, varizes etc.
Não menos importante é a ação sinérgica de ambas junto à
vitamina C, pois sua absorção e tempo de permanência no

80
Guardia T, Rotelli AE, Juarez AO, Pelzer LE. Departamento de Farmacia, Facultad de
Quimica, Bioquimica y Farmacia, Universidad Nacional de San Luis, Argentina. Anti-
inflammatory properties of plant flavonoids. Effects of rutin, quercetin and hesperidin on
adjuvant arthritis in rat. Farmaco 2001 Sep; 56(9):683-7.
Saúde e Beleza Forever – 475

organismo, seu poder de proteção às células contra a ação dos


radicais livres e sua atuação sobre a síntese do colágeno também
dependem da presença da qüercetina e da rutina.
A queratina se distingue mais na prevenção e reversão dos
quadros de asma, aterosclerose, catarata, diabetes, gota, úlcera
péptica e retinopatia. A rutina tem sido muito utilizada na
prevenção e tratamento do glaucoma e dos quadros crônicos de
insuficiência venosa – varizes, hemorróidas, câimbras noturnas
etc. – além de reforçar a parede dos vasos sangüíneos, também
lhes dá maior flexibilidade. O pólen das abelhas derivado do trigo-
sarraceno é o alimento mais rico em rutina do qual se tem notícia.
Segundo pesquisadores franceses, a rutina aumenta a atividade
dos osteoblastos, prevenindo a perda óssea conseqüente da
ovarioctomia.81 De acordo com os pesquisadores italianos, ela
também inibe certas enzimas geradoras de radicais livres, tem
propriedades antilipoperoxidativas e protege as estruturas do DNA
para que elas não se rompam.82 A atividade biológica dos
bioflavonóides também está associada à prevenção da
hiperlipidemia. Segundo pesquisadores brasileiros, a rutina é um
importante agente de redução do colesterol LDL e VLDL, assim
como dos triglicerídeos, mas que em nada altera os níveis do
colesterol HDL.83

CARBOIDRATOS
Sobre os carboidratos do pólen das abelhas não existe quase
referência alguma na literatura especializada, além do fato de eles
se apresentarem, no mínimo, sob 11 formas diversas, e que a
quantidade de carboidratos varie com a qualidade do pólen de
origem.

ENZIMAS

81
Horcajada-Molteni MN et al. Rutin inhibits ovariectomy-induced osteopenia in rats. Unite
Maladies Metaboliques et Micronutriments, Institut National de la Recherche Agronomique,
Clermont-Theix, France. J Bone Miner Res 2000, Nov; 15(11):2251-8.
82
Russo A et al. Institute of Biochemistry, University of Catania, Italy. Bioflavonoids as
antiradicals, antioxidants and DNA cleavage protectors. Cell Biol Toxicol 2000; 16(2):91-8.
83
da Silva RR et al. Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Efeitos
hipocolesterolêmicos dos flavonóides narigina e rutina. Arch Latinoam Nutr 2001
Sep;51(3):258-64.
476 – Saúde e Beleza Forever

O pólen das abelhas é portador de mais de 5.000 enzimas e


coenzimas, ou seja, é um verdadeiro tesouro enzimático. Enzimas
são moléculas protéicas fundamentais não apenas ao metabolismo
celular e à síntese das proteínas, dos ácidos graxos etc., mas
também à perfeita manifestação de todas as nossas funções vitais
– pensar, falar, andar, dormir, digerir, nutrir-se etc. A deficiência
de enzimas faz com que as manifestações engendradas pelo corpo
comecem a falhar. E sem elas, a vida é inoperante.

HORMÔNIOS
No reino vegetal, o pólen é o maior reservatório de fitormônios –
fatores de crescimento celular, de combate ao processo de
envelhecimento, de promoção do aumento da massa muscular, dos
níveis de resistência física e mental, da potência sexual etc.
Dentre os hormônios veiculados pelo pólen, o que mais tem sido
estudado é a gonadotropina – hormônio através do qual a hipófise
controla/estimula as gônadas (testículos e ovários) –, atualmente
utilizado contra a infertilidade e o aborto espontâneo.
Parkash Gill e sua equipe84 descobriram que a gonadotropina
também inibe o desenvolvimento e promove a regressão do
Sarcoma de Kaposi – tumor muito comum, mas não exclusivo,
entre os aidéticos – contra o qual o tratamento ortodoxo é
extremamente agressivo e nem sempre eficiente.
O pólen, a geléia real e a própolis, entretanto, são portadores de
importantes quantidades de “hormônios de crescimento humano”
(HGH). Por isso, há milênios são considerados como poderosos
agentes contra o envelhecimento e a decrepitude do organismo.
A ação sinérgica de todas as propriedades desses derivados das
abelhas com o que hoje se conhece como HGH já seria suficiente
para que todos creditassem esses subprodutos como os mais efi-
cientes para a redução dos sinais e sintomas do envelhecimento,
cujo resultado é a longevidade com qualidade.

LIPÍDIOS

84
Parkash S et al. The Effects of Preparations of Human Chorionic Gonadotropin on AIDS-
Related Kaposi's Sarcoma. October 24, 1996. New England Journal of Medicine. 
Saúde e Beleza Forever – 477

Os lipídios (moléculas gordurosas compostas), com raras exceções,


não são solúveis em água. Por isso, como principal elemento
constituinte das membranas celulares, cabe a eles, entre outros:
Estabelecer uma barreira entre os líquidos intra e
extracelulares.
Funcionar como isolante térmico.
Promover o transporte dos elétrons, oxigênio etc.
Para isso, o organismo sintetiza uma série de compostos lipídicos a
partir das vitaminas lipossolúveis (vitaminas do grupo A, D, E e K)
e os ácidos graxos essenciais – ácido linolênico (Ômega-3) e o ácido
linoléico (Ômega-6) –, adquiridos através dos alimentos ou da
suplementação alimentar.
O consumo de gorduras de boa qualidade e em quantidades
adequadas é, portanto, indispensável ao perfeito desempenho
celular e, conseqüentemente, à saúde e jovialidade do organismo.
Já as gorduras de má qualidade – hidrogenadas, semi-
hidrogenadas, oxidadas e rançosas –, assim como o consumo
excessivo de gorduras tanto saturadas como insaturadas, são, por
outro lado, extremamente nefastas aos hormônios, linfa, líquidos
intersticiais, neurônios e sangue, sem falar nos danos que causam
à estrutura e conseqüente funcionamento das membranas
celulares.
Ao estudar os ácidos graxos do pólen das abelhas, Seppanen e
Laakso, da Escola de Farmácia da Universidade de Helsinque
(Finlândia), assim como Wojcicki e Samochowiec, do Instituto de
Farmacologia e Toxicologia da Academia Médica da Polônia, 85
descobriram que 60% destes se encontram em estado livre, ou
seja, são de fácil absorção.
Os outros 40% de ácidos compostos são constituídos por 70% de
ácido linolênico (Ômega-3), 3-4% de ácido linoléico (Ômega-6) e
16-17% de ácido oléico (Ômega-9). E dentre os ácidos graxos
saturados, o ácido palmítico é o mais abundante.

Lipídios saponificáveis
No pólen das abelhas se encontram, de modo bastante equilibrado,
representantes dos dois grupos de lipídios: não-saponificáveis e
85
Seppanen T, Laasko I, Wojcicki J, Samochowiec L. An analytical study of tatty acids in
pollen extract. Phytother Res 1989, 3:115- 116.
www.graminex.com/clinical_studies/study20.htm
478 – Saúde e Beleza Forever

saponificáveis, que são os que trazem alguma molécula de ácido


graxo e reagem com as bases alcalinas. Os lipídios saponificáveis
são extremamente energéticos – geram quase o dobro de energia
dos carboidratos e proteínas. Neste grupo se encontram:
Acilgliceróis ácidos graxos + mono, di ou triglicerídeos.
Ceras ácidos graxos + álcool monoidroxílico.
Esfingolipídios ácido graxo + esfingosina.
Fosfolipídios ácidos graxos + glicerol + fosfato.
Glicolipídios ácidos graxos + álcool + açúcares.

A lecitina
A lecitina, que se encontra entre os fosfolipídios, é um dos
constituintes mais abundantes tanto no pólen das abelhas, cuja
concentração pode chegar a 15% do seu volume, como nas
membranas celulares e nas capas de proteção que circundam o
cérebro, os músculos, os nervos, os órgãos e as artérias.
Por ser parcialmente solúvel em água, a lecitina é um agente
específico à normalização do metabolismo das gorduras, pois
emulsificando outros lipídios, inclusive o colesterol, faz com que
eles sejam dispersos na água e mais facilmente eliminados do
organismo.
A lecitina é, portanto, um dos mais importantes fatores de
prevenção e reversão dos distúrbios cardiovasculares, hepáticos e
neurológicos, incluindo a hepatite, os desequilíbrios afetivos e os
quadros psicóticos. A lecitina é um nutriente fundamental no
combate à senilidade dos idosos.

Lipídios não-saponificáveis
Dentre os lipídios não-saponificáveis encontramos as
prostaglandinas, tromboxanos, leucotrienos, assim como:
Carotenóides um dos subgrupos das vitaminas A.
Esteróides como a vitamina D e o colesterol.
Terpenos como as vitaminas E e K e vários óleos
vegetais aromáticos – o esporoderma, que
reveste os grãos do pólen, é formado por
hidrocarbonetos de terpeno.

SAIS MINERAIS
Saúde e Beleza Forever – 479

É preciso que todos saibam que a atuação bioquímica dos sais


minerais e das vitaminas depende da sinergia em que ambos se
encontram, ou seja, a carência ou o excesso de qualquer um afeta,
em maior ou menos escala, todos os outros.
Tomando o exemplo da hematopoese – a produção dos glóbulos
vermelhos –, para que ela aconteça, até onde se sabe, é essencial
que o ferro, o cobre e o manganês atuem em perfeita sinergia e
proporcionalidade com as vitaminas A, C e com o complexo B.
Isso tanto significa que não existe um único elemento que
isoladamente consiga produzir alguma coisa, como que um
organismo carente em qualquer elemento certamente se encontra
igualmente deficiente de um ou mais daqueles com que mais se
relaciona.
A um organismo nutricionalmente carente devemos, pois, oferecer
a maior gama de nutrientes possível para que ele, a seu critério,
absorva o que lhe seja necessário – uma das principais causas da
superioridade do pólen das abelhas em relação a qualquer outro
alimento ou composto nutricional man made, pois nele o
organismo encontra todos os nutracêuticos.
Os sais minerais, inicialmente de natureza inorgânica, para serem
absorvidos necessitam estar quelados/combinados a uma proteína
ou diluídos/ionizados pelas moléculas de água, às quais imprimem
um potencial elétrico (pH).
Os sais minerais se envolvem em todas as atividades
metabólicas/enzimáticas, cuja qualidade e potencial de ação
depende da diversidade, proporção e equilíbrio em que se
encontrem. O desequilíbrio mineral gera uma série de disfunções e
doenças.
A correção de carências minerais através da suplementação de sais
minerais isolados, entretanto, pode gerar outros desequilíbrios
ainda maiores. O excesso de cálcio, por exemplo, é suficiente para
diminuir os níveis de fósforo, magnésio, manganês e zinco.
A principal causa do declínio da saúde da população do planeta
pode ser encontrada na qualidade da agricultura e dos alimentos,
no modo de vida estressado, no excessivo consumo de drogas –
medicamentosas ou recreativas – e de açúcar-arroz-farinha-sal
refinados etc.
480 – Saúde e Beleza Forever

Por isso, a complementação da dieta com alimentos como o pólen


das abelhas, que nos garante a mais ampla gama de sais minerais
e elementos-traço, é fundamental nos dias de hoje. Procurando
compreender o que o pólen das abelhas realmente representa para
a nutrição humana, Patrice Perce du Sert 86 comparou seu
conteúdo mineral com os Valores Diários de Referência franceses.
Embora já tenhamos discutido quão efêmeros são esses valores –
no Canadá, por exemplo, o VRD do selênio é cotado a 200
mcg/dia, na Finlândia, a 30 mcg/dia; nos Estados Unidos, a
1mcg/kg/dia –, não deixa de ser interessante sabermos que o
pólen das abelhas nos supre 117% de níquel e 517% de selênio.

O selênio
Vejamos, pois, o que já se conhece sobre o selênio – elemento-traço
(classificação dada aos minerais fundamentais ao organismo,
embora em quantidades diminutas), cuja ação biológica só
recentemente despertou a curiosidade da comunidade científica.
Tudo começou quando sua deficiência foi relacionada a um elevado
número de casos de câncer e da doença de Keshan (cardiomiopatia
fatal) em certas regiões da China. Com o desenvolvimento das
investigações, sua carência foi igualmente relacionada à
aterosclerose, artrite, cirrose, enfisema e infarto (Hendler, 1997).
Levantamentos posteriores, efetuados no solo de diversas regiões
do planeta com igual deficiência de selênio, constataram uma
maior incidência de leucemia e câncer de bexiga, cólon, mama,
ovários, pâncreas, pele, próstata, pulmões e reto.
Na experiência do Dr. Clark, 87 a suplementação do selênio à
população de algumas dessas regiões dos Estados Unidos foi
suficiente para que o número de casos de câncer de próstata,
intestino grosso e pulmões diminuísse consideravelmente.
Na Nova Zelândia, os distúrbios musculares, muito comuns nas
vacas e carneiros, também foram relacionados à deficiência de
selênio no solo, mas os neozelandeses equilibram suas

86
http://www.apiservices.com/abeille-de-france/articles/pollen_oligo.htm
87
Combs GF Jr., Clark LC. Selenium and Cancer, Chapter 16 in Nutritional Oncology (D.
Heber, G.L. Blackburn and W.L. W. Go, eds.), Academic Press, New York, 1999.
Combs GF Jr., Clark LC, Turnbull BW. Cancer Prevention by Selenium: Evidence from a
Randomized Clinical Trial. InFoOnkologie suppl 2/99:3-6. 1999.
Saúde e Beleza Forever – 481

necessidades biológicas através do consumo do trigo importado da


Austrália, cujo solo não apresenta a mesma deficiência de selênio.
O selênio participa da regulação do metabolismo das gorduras e da
conversão do hormônio T4 em T3 –, o mais potente e ativo
hormônio da tireóide, cujos baixos níveis são típicos ao
hipotireoidismo e à síndrome de Down.
Como antioxidante natural, o selênio nos protege da ação dos
radicais livres e é essencial à perfeita elasticidade da pele. Todas
as doenças associadas ao envelhecimento têm a deficiência de
selênio como denominador comum.
O selênio é co-fator de inúmeras enzimas. Combinando-se ao
aminoácido da cisteína e transformado em seleniocisteína – o
vigésimo primeiro aminoácido – participa de diversas enzimas
redutoras (antioxidantes), dentre as quais a tioredoxina redutase e
glutatião peroxidase, a mais estudada de todas.
Para combater certas toxinas geradas pelo metabolismo ou vindas
do exterior, o organismo produz o peróxido de hidrogênio (água
oxigenada), de forte ação oxidativa. Mas para que ele não se torne
fator de aceleração do envelhecimento e de inúmeros processos
degenerativos, inclusive do câncer, o organismo produz o glutatião
peroxidase, que se acredita ser a única enzima capaz de
neutralizar o peróxido de hidrogênio.

Propriedades biológicas do glutatião peroxidase


Inibir a ação oxidativa do peróxido de hidrogênio
sobre os lipídios das membranas das células e
das organelas (pequenas células intracelu-
lares), principalmente no cérebro, coração,
fígado, mielina, pulmões e sangue.
Reduzir o peróxido de hidrogênio, transformando-o em
moléculas de água.
As enzimas delta-dessaturase (D6D, D5D e D4D), responsáveis
pela síntese dos derivados dos ácidos linolênico Ômega-3 e
linoléico Ômega-6, também dependem do selênio em sinergia com
o magnésio, o zinco e as vitaminas A, B3, B6, C e E. A proteção
dos lipídios das membranas celulares depende da sinergia do
selênio com a vitamina E, enquanto que a saúde da próstata
depende da ação conjunta de ambos com o zinco. A absorção
482 – Saúde e Beleza Forever

celular do selênio, por sua vez, está vinculada à presença da


vitamina C.
Descobriu-se, também, que o selênio é um forte agente imuno-
estimulante, pois aumenta:
A atividade das células B, geradoras de anticorpos,
das células T auxiliares (CD4) e das
células killers.
A produção de interferon.
O número de anticorpos, que podem chegar a ser
até 30 vezes mais elevado, mas que
dependem da sinergia do selênio com a
vitamina E.
Segundo Gill, Gupta e Zichittella,88 uma das principais
características da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids)
são os baixos níveis de selênio. Estudos da Universidade de Miami
constataram que a suplementação de selênio, aumentando o
número de glóbulos vermelhos e brancos, prolonga a vida dos
aidéticos. E pesquisas da Universidade de Cornell verificaram que
a otimização dos níveis de selênio faz com que os riscos do câncer
sejam reduzidos em 50%, devido à sua participação na
regeneração do DNA.

Disfunções e doenças decorrentes


da deficiência de selênio
Agregação das plaquetas. Arteriosclerose. Caspa e
seborréia. Diminuição da mobilidade e quantidade de
espermatozóides. Disfunções neurológicas associadas à
peroxidação das células do sistema nervoso central.
Distrofia muscular. Elevação dos níveis do colesterol.
Envelhecimento e despigmentação da pele, unhas e
cabelos. Exaustão. Hipertensão. Infarto. Inibição do
processo de eliminação de substâncias tóxicas e metais
pesados. Insuficiência pancreática e hepática, incluindo a
cirrose. Osteoartrite. Perda da libido, da potência sexual e
da fertilidade de ambos os sexos. Problemas de
crescimento. Tendência a processos infecciosos e
inflamatórios. Reumatismo.

88
http://www.albany.edu/faculty/cs812/bio366/selenocysteine_ppt.pdf
Saúde e Beleza Forever – 483

Para demonstrar o valor do pólen das abelhas em comparação a


outros alimentos, no que diz respeito ao selênio, Perce du Sert nos
oferece uma tabela comparativa.

Tabela comparativa do selênio


Valores relativos a 100 g Valores relativos a 12,5 g
Peixe 29,50 mg Pólen das abelhas 646,12 mg
Ovos 22,70 mg
Carnes 11,00 mg
Queijos 5,96 mg
Leite 0,90 mg
Legumes 0,60 mg
Frutas 0,11 mg

VITAMINAS
O pólen das abelhas é portador de uma série de vitaminas que
englobam as do grupo A, E, K e P (flavonóides) e mais a B1, B2,
B3, B5, B6, B9, B12, C e D.
Sendo o pólen uma fonte da vitamina B12, o que é raro de se
encontrar no reino vegetal, ele é um alimento de grande
importância para os vegetarianos, sobretudo crianças,
adolescentes e idosos.
As maiores concentrações de vitaminas são de carotenóides, que
podem chegar a ser até 20 vezes superiores à das cenouras. Em
seguida vêm os bioflavonóides (ou vitamina P) e as vitaminas K.
As substâncias biologicamente ativas do pólen das abelhas,
entretanto, se deterioram com maior ou menor rapidez. Os
carotenóides, flavonóides e as vitaminas K e C são os mais
vulneráveis à oxidação e, portanto, podem ser reduzidos com o
passar do tempo.
A compreensão da função das vitaminas mais relevantes do pólen
das abelhas para a saúde do organismo facilitará o
reconhecimento do potencial atribuído ao pólen das abelhas
enquanto alimento funcional e elemento apiterapêutico.
É importante se ter em mente, porém, que a maior dificuldade
para avaliar cientificamente o verdadeiro potencial biofitoterápico
do pólen das abelhas é a variedade com que ele se apresenta.
484 – Saúde e Beleza Forever

No entanto, independente da flora de origem, os carotenóides


(betacaroteno, licopeno etc.), os bioflavonóides (qüercetina e rutina)
e os fitosteróis (beta-sitosterol) sempre aparecem em quantidades
elevadas nas análises.

Os carotenóides
No pólen das abelhas, os carotenóides, uma subclasse das
vitaminas A, se apresentam, no mínimo, sob onze formas
diferentes, entre as quais o beta-caroteno e o licopeno, dois dos
nutracêuticos ultimamente mais pesquisados.
Os carotenóides que colorem o reino vegetal constituem uma
família de mais de 600 substâncias distintas. Por isso, as abóboras
são amareladas, as cenouras são alaranjadas, os tomates são
avermelhados. Os carotenóides também podem ser ofuscados pela
clorofila, como no caso do espinafre.
No fim dos anos 70, ao se dar conta do quanto as frutas e os
legumes são importantes para a prevenção e reversão de certos
males, o mundo científico passou a se interessar pelos
carotenóides. E assim se descobriu que certos carotenóides
desempenham funções específicas em diferentes sistemas e áreas
do corpo.
Com o desenvolvimento das pesquisas, logo se tornou evidente o
potencial de ação dos carotenóides em relação ao sistema
imunológico, no que diz respeito ao seu poder de:
Combate a inúmeros problemas da pele e das
mucosas do trato auditivo,
gastrintestinal, geniturinário, respiratório
etc.
Inibição de certos tipos de câncer, como o
cervical, o mamário e o pulmonar.
Manutenção da saúde do sistema cardiovascular.
Prevenção da degenerescência da mácula, a forma
mais comum de cegueira entre os idosos.
Os carotenóides também atuam como coenzimas de inúmeras
enzimas, como a aril-hidrocarbono hidroxilase – fator de
aceleração da eliminação de elementos potencialmente
cancerígenos –, e muitas outras necessárias às diversas etapas do
Saúde e Beleza Forever – 485

desenvolvimento celular – divisão, diferenciação, especialização e


maturação.
Segundo o Dr. Richard Cutler, do National Institute on Aging,
Gerontology Research Center, os carotenóides biologicamente ativos
são fatores determinantes da longevidade (com qualidade!). Porém
o conhecimento é ainda superficial como podemos constatar pelo
que foi exposto no Gordon Research Conference, de 2001.
1. Ainda não se sabe se a atuação dos carotenóides sobre
o organismo é individual ou sinérgica, assim como não
se sabe como e até que ponto eles interagem entre si.
2. Os carotenóides necessitam de uma quantidade
substancial de gordura para serem absorvidos. Diante
da ausência de ácidos graxos (azeite, manteiga, óleos,
oleaginosas e sementes) que lhes sirvam de solvente,
se torna impossível absorvê-los.
3. A reputação do betacaroteno, como suplemento
alimentar isolado, ficou abalada desde a interrupção
do estudo desenvolvido pelos finlandeses, quando o
grupo de idosos fumantes que o consumiam
isoladamente apresentou maior incidência de câncer
pulmonar do que o grupo de controle que tomava
placebo. (Prova de que nada funciona isoladamente.)
Hoje já se sabe que a ação dos betacarotenos depende da sinergia
com outros carotenóides ou, no mínimo, com outros elementos
antioxidantes, como as vitaminas C e E, pois suas moléculas
precisam ser regeneradas após atuarem como antioxidante, do
mesmo modo que a vitamina C faz com a vitamina E.
A superioridade da suplementação do betacaroteno, uma
provitamina A, em relação ao retinol, a “verdadeira” vitamina A, se
encontra no fato de o primeiro só se converter no segundo de
acordo com a necessidade do organismo. Já o retinol, não podendo
ser facilmente decomposto ou secretado pelos rins, se for ingerido
em excesso, tende a se acumular no fígado, passando a intoxicá-lo.
Muitas são as conseqüências relacionadas à excessiva
suplementação do retinol isolado – alopecia, queda dos cabelos,
defeitos de nascença, doenças ósseas em portadores de
insuficiência renal crônica, dor nas juntas e ossos, dores de cabeça
persistentes, náusea e ânsias de vômito, perda do apetite,
486 – Saúde e Beleza Forever

problemas no fígado, rachadura nos lábios e pele, e visão


distorcida.
O óbvio, porém, é que qualquer carência de uma das várias
espécies de vitaminas do grupo A provoca um desequilíbrio entre
todas as demais. E já que não faz parte do protocolo clínico pedir a
análise de todas elas, mais vale oferecer ao organismo toda a gama
de vitaminas do grupo A através de um alimento integral, como é o
caso do pólen das abelhas, do que tentar adivinhar qual esteja
faltando e a dose a ser prescrita.

Os carotenóides e o sistema imunológico


Um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition
(1997) demonstrou que a suplementação de carotenóides, em
apenas 20 dias, promoveu um aumento de 37% no desempenho do
sistema imunológico e de 20% no número de células killers – um
tipo de linfócito T especializado em combater as células
cancerosas, mutantes ou infectadas por algum vírus.89
Os dois últimos estágios do desenvolvimento dos linfócitos T –
especialização e maturação – são cruciais ao perfeito desempenho
dessas células-chave ao sistema imunológico. O “T” se refere ao
timo, a glândula que lhes serve de incubadora para que de lá
saiam preparadas para atuarem como agentes de defesa do
organismo.
O grau de subnutrição das células do timo, entretanto, determina
seu estado de atrofia e conseqüente disfunção, como liberar
linfócitos T que passam a atacar as células saudáveis do próprio
organismo, promovendo os quadros das doenças auto-imunes, ou,
dependendo do grau de deficiência nutricional, a Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (Aids) – os baixos níveis de
carotenóides são um denominador comum à grande maioria dos
aidéticos.
Na conferência do Canadian Association for HIV Reseach, em abril
de 2000, foi apresentado um trabalho mostrando que a

89
Kramer TR, Burri BJ, Neidlinger TR. Carotenoid/Flavonoid Modulated Immune Response
in Women, USDA Beltsville, Human Nutrition Research Center, San Francisco, California.
Proceedings of the annual meeting of Professional Research Scientists Federation of
American Societies of Experimental Biology. 9-13 April1995.
Kramer TR; Burri BJ. Modulated mitogenic proliferative responsiveness of lymphocytes in
whole-blood cultures after a low-carotene diet and mixed-carotenoid supplementation in
women. Am J Clin Nutr. Vol. 65(3): 871-875, Mar. 1997.
Saúde e Beleza Forever – 487

mortalidade de um grupo de 331 aidéticos, cuja alimentação,


durante 21 meses, foi reforçada por um complexo de carotenóides,
além de um complexo de multivitaminas, foi reduzida em 43%,
comparado ao grupo de controle que só recebeu o complexo
multivitamínico.

Conseqüências da deficiência dos carotenóides


Na literatura científica já é possível encontrar uma extensa lista de
disfunções e doenças degenerativas referentes à deficiência dos
carotenóides.
Alergias. Altos níveis de colesterol. Asma. Ataques.
Câncer (mama, cervical, prostático e pulmonar). Cata-
rata. Clamídia. Colite. Degeneração macular. Derma-
tites. Diabetes. Disfunções imunológicas. Doença de
Alzheimer. Doenças cardiovasculares. Doenças renais.
Eczema. Endometriose. Enfisema. Envenenamento por
mercúrio. Epilepsia. Epstein-barr. Esclerose múltipla.
Febre do feno. Febre reumatóide. Fibromialgia. Fibroses.
Glaucoma. Hipotireoidismo. Impotência. Infarto.
Infecção da bexiga. Infecções fungais. Infertilidade.
Pancreatite. Perda da visão noturna. Cirrose. Pressão
alta. Problemas de pele. Psoríase. Quelóides. Redução
do olfato e do paladar. Ressecamento da pele e das
mucosas. Rugas. Secura dos olhos. Síndrome da fadiga
crônica. Xeroftalmia – secura e espessamento da córnea.
A análise de dados epidemiológicos indica que dietas ricas em
carotenóides diminuem o risco de uma série de doenças
degenerativas, embora seja impossível apontar qual dentre eles é o
mais importante. Daí ser uma questão de bom senso pôr à
disposição do organismo o mais amplo espectro de carotenóides
através de um alimento integral, e não apenas algumas de suas
frações.
Segundo a OMS, por deficiência das vitaminas A, 250 a 500 mil
pessoas ficam cegas a cada ano. O Cataract Protection Research
enfatiza que quem consome menos de 3,5 porções de frutas e
legumes por dia tem grandes chances de gerar a catarata.90 No
caso das cataratas, a luteína e a zeaxantina são cotadas como as
mais importantes.
90
www.go-symmetry.com/info/carotenoids.htm#carotenoids
488 – Saúde e Beleza Forever

O licopeno
O licopeno é o carotenóide mais abundante no pólen das abelhas.
Seu poder de ação sobre os radicais livres singlet (o mais
devastador de todos) é inigualável – duas vezes superior ao do
betacaro-teno e cem vezes mais elevado do que o potencial
antioxidativo da vitamina E.
No reino vegetal, as maiores concentrações de licopeno estão na
melancia e não no tomate, como até recentemente se acreditava,
embora também as encontremos na goiaba, morango etc. (não
foram encontrados dados comparativos com o pólen das abelhas).
Os testículos são sua maior área de concentração.
A carência das vitaminas A nos aidéticos já é bastante conhecida,
embora tenha havido casos de crianças que apresentavam
carência de retinol e licopeno, mas não de betacaroteno.91
Entre os poderes nutracêuticos do licopeno hoje já se cita:
Combater a toxicidade e os danos causados pela
radiação sobre o DNA e o RNA.
Diminuir os níveis do colesterol LDL e retardar os
danos causados pelo colesterol oxidado
que se acumula nas veias e artérias.
Inibir a proliferação das células cancerosas da
mama e dos pulmões.
Prevenir a doença de Alzheimer e o câncer cervical,
endometrial, pancreático, prostático e da
boca, faringe, cólon, esôfago e estômago.

As vitaminas K
O grupo das vitaminas K, embora pouco conhecido, é composto
pela K1 (filoquinona), K2 (família das menaquinonas) e K3
(menadiona, sua versão sintética). Diante de sua alta concentração
no pólen das abelhas, vale a pena conhecê-las melhor.
O “K” das vitaminas K vem do alemão Koagulation, referente ao seu
potencial sobre a coagulação do sangue, o primeiro a ser

91
www.thorne.com/altmedrev/fulltext/hiv4-6.html
Saúde e Beleza Forever – 489

observado, embora elas sejam igualmente essenciais ao processo


de mineralização, cicatrização, fortalecimento e densidade óssea.
A prevenção e o combate à aterosclerose – enrijecimento e
calcificação das artérias – também depende das vitaminas K. O
acúmulo de cálcio nas artérias é sinal de que os ossos se
encontram deficientes desse mineral.
O processo de transporte e fixação do cálcio, assim como o de
eliminação do seu excesso nas artérias, envolve mais de cem
enzimas, sobre as quais as vitaminas K exercem um certo controle.
Embora a osteocalcina – enzima que leva o cálcio aos ossos – seja a
mais estudada, existem outras menos conhecidas, mas igualmente
importantes no que se refere à eliminação do excesso de cálcio dos
tecidos moles, como no caso das artérias calcificadas.
Um estudo baseado em 72.327 casos clínicos concluiu que as
pessoas que recebem maiores quantidades de vitaminas K
reduzem em 30% o risco de fraturar os quadris. 92 Os japoneses
provaram, através de animais de laboratório, que com megadoses
de vitamina K e E é possível impedir derrames e ataques cardíacos
decorrentes da calcificação das artérias nos hipertensos.
A quantidade de vitamina K recomendada pelo FDA, entretanto,
segundo pesquisadores da Tufts University, é muito inferior caso
haja necessidade de se reverter o processo de perda óssea e
calcificação das artérias.93
Apesar de as vitaminas K serem lipossolúveis, elas são as únicas
dessa natureza que não ficam estocadas no organismo, mas são
permanentemente recicladas. Muitos fármacos, porém, prejudicam
esse mecanismo, provocando sua carência no organismo.
Acredita-se que a maior parte da vitamina K seja produzida a
partir das fibras alimentares pela flora intestinal e absorvida pela
mucosa. A ausência de fibras alimentares, a disbiose da flora
intestinal e/ou incapacidade de absorção intestinal, provavelmente
devido ao acúmulo de fezes ressecadas na parede intestinal –
quadro que se agrava com o avanço da idade – respondem, em
parte, pela carência de vitamina K.

92
Feskanich D et al. Vitamin K intake and hip fracture in women: a prospective study. Am
J Clin Nutr 69: 74-9. 1999.
93
Booth SL et al. Dietary intake and adequacy of vitamin K1. J Nutr 128: 785-88. 1998.
490 – Saúde e Beleza Forever

Outros, porém, afirmam que a flora intestinal não é capaz de


sintetizá-las em quantidade suficiente para suprir as necessidades
do organismo. É preciso, portanto, também termos uma
alimentação rica em vitamina K. O que faz com que o pólen das
abelhas mais uma vez se destaque pela grande concentração dessa
vitamina.
A elevada quantidade de vitamina K no pólen das plantas pode ter
ainda importantes funções relativas ao crescimento celular,
embora elas ainda se mantenham ocultas ao conhecimento
científico.

O pólen das abelhas como alimento funcional


Foi depois da Segunda Guerra Mundial que o pólen das abelhas
começou a chamar a atenção da comunidade científica da Europa.
Verificou-se, então, uma série de características comuns entre os
vários tipos de pólen das abelhas, tais como:
Acelerar o processo da cicatrização,
desintoxicação e queima das gorduras.
Aumentar o número de hemoglobinas em até 15%,
o tônus e a massa muscular, os níveis de
energia, resistência e vitalidade.
Combater os processos degenerativos.
Elevar o status nutricional do organismo.
Estimular o metabolismo dos glicídios, lipídios,
protídeos e das células em geral.
Fortificar de modo especial o sistema endócrino,
imunológico, nervoso e digestivo.
Fortalecer os tecidos conectivos e a flora intestinal
simbiótica.
Potencializar as funções imunológicas, neurológicas e
sexuais.
Remodelar os corpos deformados etc.
Por ser um agente adaptógeno – fator de regulação do organismo,
sem ação específica sobre uma determinada área –, o pólen das
abelhas atua de modo regulador sobre os sistemas:
Saúde e Beleza Forever – 491

Circulatório normaliza a pressão sangüínea,


reduzindo-a nos hipertensos e elevando-a
nos hipotensos.
Endócrino regula os desequilíbrios hormonais e
metabólicos.
Imunológico regula a eliminação das células
cancerosas (que todos temos), para que
elas não se acumulem como tumores, e
das células oxidadas, para que elas não
se aglomerem e obstruam as artérias,
vasos etc.
Intestinal controla a diarréia e alivia a prisão de
ventre – tem ação bacteriostática,
notadamente sobre os colibacilos –,
previne a putrefação das fezes, combate a
fadiga crônica, a colite, a síndrome dos
intestinos irritados etc.
Reprodutivo regula o dinamismo da reprodução
celular responsável tanto pela procriação
como pela constante multiplicação das
células e regeneração dos tecidos. As
células da mucosa gastrintestinal, por
exemplo, cujo tempo de vida é
curtíssimo, precisam ser rapidamente
repostas.
Existem, ainda, fatores adicionais relativos às propriedades
fitoterápicas de acordo com as plantas de origem, ou seja, o pólen
das abelhas oriundo de:
Girassol estimula a micção e tem um efeito
laxativo um pouco mais forte.
Sálvia tem um poder mais intenso sobre a
regulação das funções digestivas.
Tomilho tonifica e promove uma assepsia mais
intensa.

Principais propriedades do pólen das abelhas


O Dr. Krell, em artigo publicado pela FAO (1996), ao mesmo tempo
que afirma que o pólen das abelhas é um dos suplementos mais
492 – Saúde e Beleza Forever

utilizados pela humanidade, lamenta que ele se mantenha ausente


dos protocolos terapêuticos da maioria dos médicos. Vejamos,
pois, até onde se estende o conhecimento sobre o potencial
apiterapêutico do pólen das abelhas. 94

 Anticancerígeno
A pesquisa mais importante até hoje feita sobre o potencial
profilático do pólen das abelhas em relação ao câncer foi publicada
pelo Journal of the National Cancer Institute, em 1948.95
Nesse estudo, dois grupos de animais foram preparados para
desenvolver e morrer de tumor de mama entre a 18 ª e a 57ª
semana. Nessas condições, a incidência dos tumores sempre foi de
100%. A alimentação de um dos grupos, porém, foi enriquecida
com 1/10.000 de pólen das abelhas. O resultado mostrou que
todos os animais que não receberam o pólen das abelhas
desenvolveram tumores no tempo médio de 31,3 semanas, como
esperado.
No grupo que consumiu o pólen das abelhas, entretanto, o tempo
médio para o aparecimento do tumor foi de 41,1 semanas, embora
alguns só o tenham demonstrado entre a 56ª e a 62ª semana.
Alguns animais desse grupo, porém, nada haviam manifestado
quando o estudo foi encerrado. A possibilidade da perda de peso
ter sido o fator de desaceleração do desenvolvimento do tumor foi
eliminada, pois, ao contrário do que se esperava, eles
apresentaram um ligeiro aumento de peso.
O Dr. Robinson, autor do artigo, termina a descrição do estudo
chamando a atenção para o fato de que esses animais foram
especialmente preparados para morrerem de câncer e, se não fosse
pelo pólen das abelhas, teriam tido o mesmo fim que todos os
animais do grupo de controle.
Levando-se em conta que em muitos países o câncer já é a
segunda causa mortis, há de ser convir ser no mínimo estranho
que o National Cancer Institute, em cuja revista a pesquisa foi

94
Krell R. Value-Added Products from Beekeeping. FAO Agriculture Services Bulletin
Nº 124. Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome, 1996.
www.fao.org/docrep/w0076e/con
95
Robinson W. Bureau of Entomology of the Agriculture Research Administration. Delay in
the Appearance of Palpable Mammary Tumors in C3H Mice Following the Ingestion of
PolIenized Food. J Nat Can Inst. Oct, 1948.
Saúde e Beleza Forever – 493

publicada, até hoje não tenha incentivado a continuidade dos


estudos. E por que essa pesquisa não é mais divulgada se até hoje
não existe um único fármaco capaz de prevenir o câncer?
Em 1995, foi publicada uma segunda pesquisa sobre animais que
tiveram implantado um carcinoma pulmonar, mas aqueles que
receberam uma suplementação de pólen das abelhas sobreviveram
o dobro do tempo quando comparados ao grupo de controle. Os
pesquisadores também observaram que o pólen das abelhas
administrado concomitantemente à quimioterapia faz com que
essa se torne mais efetiva, pois seu potencial anticancerígeno tem
como uma de suas principais frentes de ação o fortalecimento e
estimulação do sistema imunológico, para que seu trabalho de
eliminação das células cancerosas se torne mais efetivo.96
Na Clínica de Mulheres da Universidade de Viena, o ginecologista
Dr. Peter Hernuss liderou uma pesquisa com 25 pacientes com
câncer de útero inoperável que recebiam radioterapia. Com a
administração do pólen das abelhas, todas foram beneficiadas com
um rápido aumento no número de células killers, linfócitos T CD8,
glóbulos vermelhos e anticorpos. A redução dos efeitos colaterais –
náusea, perda de apetite e de cabelos, problemas de sono, urinário
etc. – da radioterapia também foi significativa. O grupo de controle
não compartilhou a mesma experiência. Ao que concluíram que o
pólen estimula o sistema de defesa do organismo, mesmo depois
de ele já ter sido danificado pela radiação, que ataca as células de
modo indiscriminado, sejam elas tumoradas ou sadias.
Um grande passo, porém, foi dado quando em outubro de 2001 a
revista Science publicou um estudo sobre a importância da
revitalização do sistema imunológico no combate ao câncer. O
método escolhido, no entanto, não foi a nutrição. Inicialmente os
13 pacientes com melanoma em metástase receberam uma
quimioterapia imunodepressiva para, em seguida, lhes serem
implantadas novas células T – as células que combatem não
apenas os vírus e as bactérias, mas também as células tumoradas.
Entretanto, de acordo com o Dr. Steven A. Rosenberg, chefe
cirúrgico do National Cancer Institute, após a transferência dessas
células, é preciso esperar alguns meses para que elas se
multipliquem e comecem a combater o câncer de modo efetivo. Em

96
Furusawa E, et al. Antitumor potential of pollen extract on Lewis lung carcinoma
implanted intraperitoneally in syngenic mice. Phytother Res 1995;9:255-9.
494 – Saúde e Beleza Forever

setembro de 2002, o mesmo trabalho foi exposto no XXI Annual


AMA Science Reporters Conference, em Washington. Espera-se que
a partir de agora o sistema imunológico inspire novas pesquisas de
combate ao câncer e apareçam terapias menos agressivas e mais
efetivas.
O simples reconhecimento do potencial do sistema imunológico no
combate ao câncer já é, sem dúvida, um grande passo que a
medicina ortodoxa está dando na direção há muito apontada pela
medicina holística. E oxalá descubram como fortificar o sistema
imunológico por meios mais naturais e menos grosseiros, não
apenas para fins terapêuticos, mas, sobretudo, preventivos –
quesitos que o pólen das abelhas preenche com louvores.

 Anticolesterolêmico
O pólen das abelhas, a geléia real e a própolis são excelentes
alternativas aos fármacos anticolesterolêmicos, cujos efeitos
colaterais podem ser avassaladores. A estatina, por exemplo, um
dos princípios ativos mais utilizados pela indústria farmacêutica, é
conhecido por provocar insuficiência renal e lesões musculares.
Constituído de um significativo percentual de lecitina, o pólen das
abelhas promove a dissolução e a eliminação das gorduras, reduz
os níveis do colesterol LDL e aumenta o do HDL.
Mas como o principal problema do colesterol é a oxidação de suas
moléculas que, uma vez “enferrujadas”, tendem a se acumular nas
artérias, veias e vasos capilares, o arsenal de antioxidantes do
pólen das abelhas certamente também responde por grande parte
do seu potencial anticolesterolêmico e de proteção sobre o sistema
cardiovascular.
Muitos acreditam que os bioflavonóides sejam os principais
responsáveis pelo potencial terapêutico do pólen das abelhas.
Estudos epistemológicos realmente verificaram que quanto mais
elevado o consumo de bioflavonóides, entre os quais a qüercetina e
a rutina se destacam, menor o risco de doenças cardiovasculares. 97

97
Hertog MGL, PCH Hoilman. Potential Health Effects of the Dietary Flavonol Quercetin.
Eurj Clin Nutr 1995, 50:6~71.
Cook NC, Samman S. Flavonoids chemistry, metabolism, cardioprotective effects, and
dietary sources. Nutr Rev 1996, 7:66-76.
Rice-Evans CA, Miller NJ, Paganga G. Structure-antioxidant activity relationships of
flavonoids and phenolic acids. Free Rad Biol Med 1996, 7:933-956.
Saúde e Beleza Forever – 495

Outro elemento do pólen das abelhas que também atua em prol da


normalização dos níveis de colesterol é o beta-sitosterol –
fitormônio com estrutura molecular semelhante ao colesterol, o
que faz ambos competirem pelos mesmos receptores celulares. E
desse modo o beta-sitosterol controla a absorção do colesterol –
mecanismo que também lhe rende propriedades rejuvenescedoras.

 Antiesclerótico/antiateromatoso
A ação antiesclerótica e antiateromatosa do pólen das abelhas
pode ser em grande parte explicada pelas propriedades específicas
de alguns de seus elementos constituintes. Seppanen e Laakso, da
Escola de Farmácia da Universidade de Helsinque (Finlândia), e
Wojcicki e Samochowiec, do Instituto de Farmacologia e
Toxicologia da Academia Médica da Polônia, 98 revendo estudos
publicados, verificaram já haver sido cientificamente demonstrado
que o pólen das abelhas diminui:
• O grau da agregação plaquetária in vitro (Kosmider et
a1., 1983) e in vivo (Wojcicki et al., 1983).
• Os níveis de lipídios do sangue e a formação das placas
ateroscleróticas (Wojcicki et al., 1986).
Concluiu-se, então, que tais resultados refletiam a ação dos ácidos
graxos presentes no pólen das abelhas, pois o Ômega-3 é
precursor do EPA, conhecido por reduzir a agregação das
plaquetas (Dyerberg e Bang, 1979) e por competir com o ácido
araquidônico – prova do seu potencial antitrombótico (Moncada e
Vane, 1984).
Sabendo ainda que os ácidos graxos abaixam os níveis dos
triglicerídeos e do colesterol LDL, diminuem a viscosidade do
sangue (Saynor 1984), aumentam os níveis dos ácidos
eicosapentaenóicos (EPA) e docosahexaenoicos (DHA) nos
fosfolipídios (Jacotot, 1986), os pesquisadores concluíram que a
simples conversão do ácido linolênico em EPA (Budowski, 1984) já
era suficiente para explicar boa parte do mecanismo
antiaterosclerótico do pólen das abelhas.

98
Seppanen T, Laasko I, Wojcicki J, Samochowiec L. An analytical study of tatty acids in
pollen extract. Phytother Res 1989, 3:115- 116.
www.graminex.com/clinical_studies/study20.htm
496 – Saúde e Beleza Forever

Seu potencial antiesclerótico, entretanto, também reflete a


presença dos aminoácidos metionina, cisteína e taurina, assim
como da colina e da lecitina em alto grau de biodisponibilidade.

A metionina
A metionina é um aminoácido essencial que tem a propriedade de:
Agilizar a desintoxicação do organismo.
Eliminar o excesso de lipídios do fígado e dos humores.
Facilitar a digestão das gorduras.
Impedir o acúmulo de lipídios nas artérias.
Prevenir a obstrução da circulação do coração, cérebro
e rins.
Servir de substrato à cisteína, taurina, colina e
lecitina.
A cisteína
A cisteína, além de fundamental à desintoxicação do organismo e à
queima das gorduras, é precursora da glutationa, cuja ação
antioxidante previne a peroxidação lipídica das células. As células,
uma vez oxidadas, passam a se depositar em qualquer parte do
organismo, nos dutos sangüíneos, dificultam a passagem do
sangue.

A taurina
A taurina é um aminoácido essencial à formação da bílis,
indispensável à perfeita digestão das gorduras e,
conseqüentemente, à prevenção e ao combate da aterosclerose,
disfunções cerebrais, doenças cardíacas, edemas, hipertensão,
hipoglicemia etc.

A colina
A colina, que faz parte das vitaminas do grupo B, é essencial não
apenas ao perfeito funcionamento do fígado, vesícula biliar e
cérebro, como também à síntese da lecitina e ao metabolismo dos
lipídios e do colesterol.
A lecitina
A lecitina, presente em alta concentração no pólen das abelhas, é
fundamental à emulsificação das gorduras. Por isso ela é
importante à prevenção das disfunções e doenças cardiovasculares
e combate a deterioração do fígado. É um dos principais elementos
Saúde e Beleza Forever – 497

constituintes das membranas de todas as células, embora se


encontre mais concentrada nas células nervosas e nas do cérebro.

 Antioxidante
O teste ORAC – Oxigen Radical Absorbance Capacity (Capacidade
de Absorção dos Radicais de Oxigênio) – é o mais novo tipo de
análise para se mensurar o potencial antioxidante dos alimentos e
suplementos dietéticos, ou seja, o nível de proteção que oferecem
contra a ação dos radicais livres no organismo.
A oxidação dos ácidos graxos (peroxidação lipídica) das
membranas celulares, por exemplo, lhes danifica a estrutura e,
conseqüentemente, altera o funcionamento das células. Uma vez
avariada, a célula precisa ser reposta através do mecanismo de
duplicação.
Cada célula, porém, só está capacitada a se replicar 50 vezes
devido às limitações impostas pelos telômeros – estrutura fixa nos
terminais do DNA. A aceleração ou retardamento do
envelhecimento é, portanto, regulada pela rapidez ou lentidão com
que as células são danificadas e substituídas, pois cada vez que
elas se reproduzem os telômeros diminuem.

ORAC - Capacidade de Absorção dos Radicais de Oxigênio 99


Manga 3
Banana 5
Uvas verdes 6
Kiwi 9
Uvas vermelhas 11
Pêssego 13
Maçã 14
Cereja e passa 21
Laranja 25
Morango 24
Framboesa-vermelha 27
Ameixa 28
Amora-preta 51
Mertilo selvagem 61
Romã 105
Framboesa-preta 164

99
www.ccpollen.com/ORAC.shtml
498 – Saúde e Beleza Forever

Pólen dos desertos elevados 247

 Hepatoprotetor
As propriedades hepatoprotetoras do pólen das abelhas foram
testadas com doses letais de acetaminofeno administradas a
animais de laboratório. Aqueles que não receberam o pólen das
abelhas morreram em 24 horas, enquanto uma porção dos que o
consumiu sobreviver. Verificou-se, porém, que a ação do pólen
administrado uma hora após o organismo ter recebido o
acetaminofeno foi ainda maior do que o administrado uma hora
antes.100
Para simular uma situação comum na indústria, ratos foram
expostos ao vapor de solventes, por 30 horas semanais, durante
três meses. A elevação de certas enzimas hepáticas indicava o grau
de estresse do fígado e grande redução na sua capacidade de
autodesintoxicação. Além da danificação do fígado, os animais
apresentaram um aumento de 104% nos níveis de colesterol e 37%
nos de triglicerídeos. Em contrapartida, os níveis enzimáticos dos
animais que receberam 60 mg/kg de extratos de pólen das abelhas
não só se mantiveram bastante reduzidos como os níveis de
colesterol e triglicerídeos mantiveram-se praticamente
inalterados. 101

Conclusão: O pólen das abelhas deve ser adotado por todos como
agente preventivo, mesmo que seja apenas contra a poluição
ambiental, da qual poucos são aqueles que conseguem escapar.

O pólen das abelhas – poderoso alimento para...


 A flora intestinal simbiótica
De acordo com Pain e Maugenet (1960), a conservação do pólen
das abelhas depende do processo da lactofermentação promovido
pelos microrganismos/fermentos do tubo digestivo das abelhas
que, diluídos ao néctar, são misturados ao pólen colhido. Isso faz

100
Juzwiak S, Rainska T et al. Pollen extracts reduce the hepatotozicity of paracetamol in
mice. Phytother Res 1992, 6:141-145.
101
Ceglecka M, Wojcicki J, Gonet B, Pat A, Kuzna-Grygiel W, Samochowiec. Effect of pollen
extracts on prolonged poisoning of rats with organic solvents. Phytother Res 1991, 5:245-
249.
Saúde e Beleza Forever – 499

com que, segundo Mme. Lamine, a flora láctica do pólen das


abelhas seja da ordem de alguns milhões de microrganismos por
grama, embora ela possa ser parcialmente destruída por qualquer
temperatura um pouco mais elevada.
Os lactobacilos são, sem dúvida alguma, o mais importante agente
nutracêutico para os distúrbios gastrintestinais e, indiretamente,
fator de fortalecimento do sistema imunológico. Isso explica por
que, para muitos estudiosos, o potencial antibiótico do pólen das
abelhas está relacionado ao fortalecimento da flora intestinal que,
por sua vez, atua como uma barreira natural à proliferação de
microrganismos patogênicos, como os fungos e as bactérias.
Se poucos são aqueles que sabem que boa parte da síntese das
vitaminas B e K – fundamentais ao sistema imunológico e à
coagulação do sangue – depende da saúde da flora intestinal,
menor ainda é o número dos que sabem que é a saúde da flora
intestinal que determina a qualidade da mucosa das paredes do
intestino e a lubrificação das fezes – dois fatores essenciais à
perfeita eliminação do bolo fecal e de suas toxinas. Por isso, já
dizia Buda:
“O homem que tem as fezes lustrosas jamais adoece.”
De acordo com Perce du Sert, uma das propriedades mais
importantes do pólen das abelhas é a regularização do trânsito
intestinal, já que a saúde dependente da vitalidade da sua flora
simbiótica – a flora é composta por mais de 400 espécies de
microrganismos, em número muito superior às células do corpo
humano.
O potencial seletivo da mucosa intestinal, por exemplo, cuja
função é permitir que apenas os nutrientes compatíveis ao
organismo alcancem a corrente sangüínea e linfática, é totalmente
dependente da flora simbiótica. A disbiótica, por outro lado, altera
a permeabilidade seletiva da mucosa que reveste os intestinos.
Ao nutrir a flora simbiótica, o pólen das abelhas automaticamente
impossibilita a sobrevivência dos disbióticos, promotores dos focos
de inflamação nas paredes do trato gastrintestinal e conseqüente
vazamento de toxinas e moléculas maldigeridas para o interior do
organismo, impondo um trabalho extra ao sistema imunológico.
As reações violentas do sistema imunológico são qualificadas como
alérgicas. Dependendo quão desagradáveis elas sejam, uma vez
500 – Saúde e Beleza Forever

estabelecida a relação de causa e efeito, motivam o indivíduo a se


disciplinar para evitar futuros contatos com o fator alérgico. Um
exemplo bem conhecido é a alergia aos crustáceos, como os
camarões, dos quais os sujeitos alérgicos aprendem a se privar.
A intolerância alimentar, por sua vez, provoca reações mais
amenas e menos evidentes, embora o organismo reaja através do
mal-estar, do mau humor, das dores de cabeça, do cansaço etc.
Devido ao desconhecimento da maioria dos profissionais da saúde
nesse assunto e contínuo consumo do alimento ao qual se é
intolerante, o mal se perpetua e se enraíza, além de provocar
surtos de febre e doenças agudas “sem razão aparente”.
Com a exaustão gradativa do sistema imunológico, as
manifestações agudas se tornam cada vez mais freqüentes até que
se tornam crônicas, sem que a causa seja localizada e erradicada.
Como exemplo temos os alérgicos à lactose e ao glúten, que
mesmo com o nariz, pulmões e ouvidos tomados por uma
mucosidade sem fim, continuam comendo leite, queijo, iogurte,
pão, bolo, biscoito etc.
O Dr. Jean Seignalet, em seu livro L'Alimentation ou la Troisième
Médicine (A alimentação ou a terceira medicina) é enfático em
apontar os genes, a flora intestinal e a alimentação como os três
pilares da saúde. Os genes são herdados. A alimentação depende
do livre arbítrio. A qualidade da flora reflete o que ingerimos.
De acordo com os estudos de Perce du Sert junto à École
Supérieure d'Agriculture de Purpan (Toulouse), o pólen das abelhas
tem poder de inibição sobre o Proteus vulgaris, Proteus mirabilis,
Salmonelas, Candida albicans, Echerichia coli etc. Ingerido junto às
refeições, parece ser o modo mais eficiente de fortificar a flora
simbiótica e aumentar a qualidade da digestão dos alimentos.
O melhor alimento para a flora intestinal do cólon ascendente são
as hemiceluloses encontradas nas membranas externas dos grãos
de pólen, frutas e legumes crus. Cozida, porém, essa celulose sofre
mudanças estruturais que a impedem de entreter a flora intestinal
de modo satisfatório.
Segundo a experiência de alguns profissionais da saúde, o pólen
ingerido pela manhã junto ao abacate, abacaxi, ameixa, banana ou
mamão, durante seis semanas consecutivas, é capaz de promover
uma grande revitalização na flora e na mucosa intestinal e,
Saúde e Beleza Forever – 501

conseqüentemente, na qualidade da saúde física, emocional e


mental.

 A potencialização das faculdades mental


O grande percentual de lecitina – um dos nutracêuticos mais
envolvidos nos processos de neurotransmissão – veiculado pelo
pólen das abelhas, por si só, poderia responder por que seu
consumo regular beneficia as funções cerebrais. Todas as
experiências clínicas confirmam o consumo regular do pólen das
abelhas como fator de potencialização das faculdades mentais –
funções cognitivas, capacidade do aprendizado, memória –, ao
mesmo tempo que combate, e até certo ponto pode reverter, a
senilidade, a depressão, as bruscas variações do humor, os surtos
psicóticos etc.

 A saúde do sistema circulatório


Em sinergia, a prolina, lisina e vitamina C – três elementos
presentes no pólen das abelhas – criam uma película não-
aderente, tipo teflon, em torno das moléculas gordurosas, que as
impede de se acumularem nas paredes das artérias, assim como
facilita a eliminação daquelas que já ali estejam depositadas. Esses
três elementos são igualmente necessários à síntese da elastina e
do colágeno que regeneram e garantem a flexibilidade e o
fortalecimento da matriz extracelular da parede das artérias, veias
e vasos sangüíneos.
O Dr. Kilmer McCully (1969), do Harvard Medical School, ao
descobrir que a deficiência da vitamina B6 favorece a elevação dos
níveis de homocisteína – um derivado da metionina e uma das
principais causas da arterioclerose, isquemia, trombose etc. –
preconizou que:
Deveria ser do interesse de todos ingerir alimentos com
altos níveis de vitamina B6 e baixos níveis de metionina.
E os três alimentos que mais se encaixam nesse perfil
são a banana (40:1), a cenoura (15:1) e a cebola (10:1).
O que McCully certamente não sabia é que no pólen das abelhas a
proporção entre a vitamina B6 e a metionina é em torno de 400:1,
ou seja, ele é dez vezes melhor que a banana, 26 vezes superior à
cenoura e 40 vezes mais efetivo que a cebola.
502 – Saúde e Beleza Forever

Nos casos de isquemia, doenças do miocárdio, distonia miocardial,


problemas no coração e reumatismo, a sinergia do pólen das
abelhas com o mel (como no Forever Bee Pollen) produz efeitos
superiores no que se refere ao aumento da capacidade de
contração do coração e normalização das funções do miocárdio e
do ritmo cardíaco, pois aumenta a resistência e a capacidade de
trabalho do coração. Nos casos de hipertensão, dizem que a sua
ação será mais efetiva se ele for ingerido de estômago vazio.

 A saúde do sistema digestivo


Segundo a experiência clínica de Steven Blauer, do Hippocrates
Health Institute, o pólen das abelhas ajuda a reduzir ou mesmo
eliminar o desejo por alimentos pesados e excessiva concentração
protéica. Embora ele próprio seja um concentrado protéico, sua
digestão é facilitada tanto pela presença de inúmeros aminoácidos
em estado livre, que, portanto, independem do processo digestivo
das proteínas, como pela presença das enzimas, que ajuda a
digestão dos alimentos carentes em enzimas, como os cozidos,
processados etc.
Para o Dr. Paavo Airola, famoso nutricionista e autor do livro
Health Secrets from Europe, uma das características mais
importantes do pólen das abelhas é de ele ser o produto final de
um processo de lactofermentação que aumenta a qualidade do
processo de digestão dos alimentos, assimilação dos nutrientes e
eliminação das fezes, o que lhe dá propriedades antiputrefativas.
O pólen das abelhas, além de combater os focos inflamatórios e de
irritação dos intestinos, também estimula o peristaltismo
preguiçoso e promove a passagem das fezes sem maiores esforços,
o que deve ser de particular interesse para os que sofrem de
diarréias, diverticulite, doença de Crohn, hemorróidas, prisão de
ventre etc.
A rápida absorção dos açúcares invertidos do pólen das abelhas,
além de não provocar fermentação no tubo digestivo, revigora a
musculatura do trato gastrintestinal, pois ele passa a absorver até
quatro vezes mais glicogênio – importante fonte de energia.
Saúde e Beleza Forever – 503

Segundo alguns apiterapeutas, o pólen das abelhas, quando


utilizado com o objetivo de auxiliar a digestão dos alimentos,
acelerar o metabolismo dos açúcares e aumentar a queima de
calorias, deve ser ingerido 10-15 minutos antes das refeições.

 A saúde do sistema endócrino/glandular


Segundo o Dr. Bernard Jensen, pai da iridologia e importante
nutricionista, que teve a oportunidade de observar in loco os
diferentes costumes alimentares de mais de 50 países e de se
encontrar com a pessoa mais idosa da época, um russo de 152
anos:

Muito se tem falado sobre os benefícios do pólen das


abelhas em relação ao sistema glandular. De acordo com
todas as experiências já feitas em animais, ficou
demonstrado que, por ajudar a conservar as glândulas
em perfeito estado, ele promove o prolongamento da vida.

As glândulas endócrinas regulam uma infinidade de funções do


organismo, cujos hormônios controlam os processos metabólicos
das células – uso dos nutrientes e atividades dos órgãos,
músculos, tecidos etc. –, a sensação de bem ou mal estar, de
calma ou de ansiedade, de estresse, o estado de alerta ou de
sonolência, os níveis de resistência e de cansaço etc.
Os hormônios são liberados, normalmente, em intervalos de uma a
três horas, fazendo oscilar as concentrações hormonais no sangue.
Diferente dos estímulos nervosos emitidos pelos neurônios, eles se
deslocam lentamente, através da corrente sangüínea, e,
comparativamente, têm efeitos mais prolongados.
As glândulas endócrinas são essencialmente controladas pela
relação hipotálamo-hipófise ou pelo sistema nervoso, que cria uma
sinergia neurendócrina, mas cujo potencial de ação é totalmente
dependente do status nutricional do organismo. Daí o pólen das
abelhas, devido a seu completo espectro de nutracêuticos em alto
grau de biodisponibilidade, lhes ser como um maná.
A importância do sistema endócrino é de tal ordem, que vale a
pena conhecer um pouco o que fazem as suas glândulas.

As glândulas do sistema endócrino


504 – Saúde e Beleza Forever

1. A pineal ou epífise
A glândula pineal ou Cerebri Epifisis – de estrutura cônica, do
tamanho de uma ervilha e localizada no centro geométrico do
crânio, acima da glândula pituitária e logo atrás da raiz do nariz e
dos olhos – é a terceira região por onde circula a maior quantidade
de sangue, sendo a barreira sangüínea do cérebro a primeira e os
rins a segunda. Mesmo assim, a ciência pouco ainda sabe sobre
ela.
A pineal tem a mesma origem embriológica que os olhos, sendo
que os vertebrados primitivos conservam a semelhança estrutural
entre ambos. Por ser, portanto, um receptor de luz, desde a
Antigüidade ela é chamada de Terceiro Olho, embora René
Descartes, fundador da moderna matemática, a considerasse o
Assento da Alma Racional, a Glândula do Saber, do Conhecer. Ela é
o órgão da percepção, o nosso ponto de:
Acesso à razão pura, aos poderes psíquicos e
supranaturais.
Contato entre o mundo visível e o mundo invisível.
Recepção da energia pura, divina, que anima o
organismo animal.
Infelizmente, além de sofrer um processo de atrofiação na fase
adulta, ela é adormecida pelos parâmetros educacionais/culturais
vigentes, o que faz com que aqueles que a tenham mais
desenvolvida e ativada sejam considerados paranormais. E é em
sua atividade que se baseiam muitas das ditas ciências ocultas.
Para exercitá-la, é preciso que a consciência se desligue do plano
físico sensorial para que a pineal (alma) e a pituitária
(personalidade/ego) entrem em perfeita ressonância e, vibrando
em uníssono, criem um campo eletromagnético que extrapole as
limitações de tempo e espaço, embora a consciência esteja
presente. Exercitando-a com freqüência, aos poucos, é possível:
Desenvolver uma melhor intuição e maior percepção
de dimensões mais sutis.
Recuperar o senso de proporção da nossa dimensão
astral e a consciência espiritual
condizente com a realidade.
Saúde e Beleza Forever – 505

Segundo o Dr. Rozencwaig, um dos pioneiros no assunto, a


glândula da pineal funciona como um relógio sincronizado com o
ciclo claro-escuro que se expressa através da produção de
hormônios neurais – serotonina e melatonina – e controla o áxis do
sistema nervoso central e endócrino, e, portanto, a homeostase.

Principais características da pineal


Controlar diferentes biorritmos do corpo,
principalmente o do sono.
Diminuir de tamanho na fase adulta, o que
explica os níveis de melatonina na
infância e adolescência serem mais
elevados.
Funcionar em sinergia com a glândula do
hipotálamo, que é o centro de controle
dos desejos sexuais, fome, sede e do
relógio biológico, o fator determinante
dos processos do envelhecimento.
Interferir em certos processos emocionais, como
a depressão e as desordens afetivas
sazonais, e metabólicos, como a
hibernação e os ciclos de procriação.
Reagir às energias eletromagnéticas do meio
ambiente.
Ser ativada pelo sistema nervoso simpático, que é
estimulado pelo relaxamento,
meditação, contemplação, visualização
etc.
Ser constituída por cristais de cálcio hidroxiapatite, tal
qual os dentes e os ossos, o que faz
com que ela tenha suas funções
reduzidas pelo excesso de cálcio e
perturbadas pelo excesso de flúor.
Ser inibida pela luz e estimulada pelo escuro a
sintetizar a melatonina.

Principal hormônio secretado pela pineal


506 – Saúde e Beleza Forever

ο Melatonina
A melatonina é o hormônio que produz a sensação de
relaxamento e de sonolência, nos adapta ao dia e à noite
e às estações do ano, bloqueia a secreção do hormônio
libertador da gonadotropina pelo hipotálamo e,
conseqüentemente, da gonadotropina pela pituitária.
Nos anfíbios, a melatonina faz com que a pele se torne
fosforescente.
Segundo alguns estudiosos, a melatonina é o
antioxidante mais poderoso produzido pelo organismo –
protegendo as células neurais da agressão dos radicais
livres e promove a restauração dos seus DNAs, ou seja,
as protege dos processos degenerativos. Ela igualmente
fortalece os sistemas neuroendócrino e imunológico.
Por isso, a melatonina tem um papel fundamental no
retardamento do processo do envelhecimento e,
conseqüentemente, no combate às doenças a ele
associadas. De acordo com Rozencwaig, pioneiro no uso
terapêutico da melanina:
O envelhecimento é um processo patogênico
originado (por deficiência gradual) da glândula
pineal. A redução da secreção da melatonina e
da razão entre melatonina e serotonina diminui
a capacidade adaptativa do organismo,
levando à subseqüente morte do corpo.
Ainda segundo Rozencwaig, a diminuição dos níveis de
melatonina e conseqüente aumento da razão
melatonina/serotonina estão relacionados a inúmeras
doenças degenerativas, incluído o câncer e as doenças
cardiovasculares, assim como à redução da capacidade
de restauração, regeneração e rejuvenescimento que
acontece essencialmente durante o sono da noite, não
apenas do organismo, mas também do cérebro.
Refeições ricas em carboidratos, o banho quente e a
exposição ao sol também aumentam a liberação da
melatonina e, conseqüentemente, a sensação de
relaxamento e de sono. A melatonina pode ainda ser
encontrada em algumas frutas, como a banana e o
Saúde e Beleza Forever – 507

tomate (e muito provavelmente no maracujá e caju –


frutas conhecidas como indutoras do sono).
Hoje já se sabe que a melatonina pode ser ainda
produzida pela retina, como se observou nos hamsters,
assim como pelos neurônios entéricos do trato
gastrintestinal, além de ter um papel fundamental na
regeneração e no crescimento ósseo (Roth, 1999).

2. O hipotálamo
O hipotálamo, localizado na base do crânio, é a glândula-chefe da
qual todas as outras dependem, embora seu controle direto seja
sobre a glândula da hipófise que, então, secreta os hormônios de
acordo com os “fatores de liberação dos hormônios” que recebe.

Principais funções do hipotálamo


Atuar como central de coleta e integração dos
sinais provenientes de diversas fontes que
são retransmitidos à hipófise.
Controlar a osmorregulação (a sede), a
termorregulação, o apetite, o ciclo sono-
vigília, os ritmos circadianos (ritmos
biológicos associados às 24 horas do dia).
Modular funções afetivas, comportamentais e
fisiológicas.
Regular as secreções da hipófise através do envio dos
hormônios liberadores da prolactina
(dopamina), da corticotropina, da
gonadotropina, da tireotropina, da
somatropina (hormônio de crescimento).

3. A hipófise ou pituitária
A glândula hipófise, do tamanho de uma ervilha, se localiza abaixo
do hipotálamo, junto ao qual coordena todo o sistema endócrino.
508 – Saúde e Beleza Forever

Hormônios secretados pela hipófise


ο Arginina-Vasopressina
Controla a retenção da água e regula a tonicidade dos
líquidos corporais.

ο Corticotropina
Regula o crescimento e a secreção do córtex das
glândulas supra-renais.

ο Gonadotropina
Regula o crescimento e o desenvolvimento da
puberdade, os processos de reprodução e a secreção dos
hormônios esteróides sexuais das gônadas, de ambos os
sexos, através da secreção do:
Hormônio folículo-estimulante
Estimulante da síntese e secreção do estradiol e outras
proteínas essenciais à ovogênese e à espermatogênese.
Hormônio luteinizante
Estimulante das células ovarianas e testiculares que
secretam testosterona e outras substâncias essenciais
ao processo reprodutor.

ο Ocitocina
Promove as contrações uterinas e a ejeção do leite das
lactantes.

ο Prolactina
Estimula o desenvolvimento das mamas e a produção do
leite, assim como inibe a síntese e secreção do hormônio
libertado da gonadotropina, ou seja, inibe a ovulação.

ο Somatropina ou hormônio do crescimento


Tem forte ação anabólica e inúmeras funções sobre o
metabolismo das proteínas, carboidratos e gorduras.
Principal responsável pelo aumento do número e do
tamanho das células e da capacidade funcional tissular.

Principais funções do hormônio do crescimento


Acelerar a absorção de cálcio pelo intestino.
Saúde e Beleza Forever – 509

Aumentar a síntese protéica das células corporais e a


reabsorção tubular de fosfato, a massa
óssea e muscular, a energia física e
mental, a qualidade da pele etc.
Estimular a síntese das proteínas, do DNA e do RNA
nos órgãos viscerais, das glândulas
endócrinas e dos músculos.
Induzir a produção hepática de proteínas, como a
IGF1 e IGF2, que, através da secreção de
condroitina-sulfato e colágeno pelos
condrócitos, promove o crescimento dos
ossos e das cartilagens.
Promover maior mobilidade e utilização dos ácidos
graxos dos tecidos adiposos para fins
energéticos, o crescimento dos cabelos e
das unhas.
Reduzir a utilização da glicose em prol das células
de gordura.
Sensibilizar as gônadas aos hormônios folículo-
estimulante e luteinizante necessários à
maturação sexual púbere.

Circunstâncias que estimulam a secreção


do hormônio do crescimento
Estresse não importa de que natureza for.
Início do sono profundo, primeiros 60-120
minutos após o adormecimento.
Redução dos níveis de glicose ou de ácidos graxos
livres – os metabólicos energéticos –, no
plasma sangüíneo.
Refeições ricas em proteínas ou suplementos de
aminoácidos.

ο Tireotropina ou tirotrofina
Hormônio que regula o crescimento, diferenciação e
metabolismo da tireóide, assim como as secreções de
seus hormônios: triiodotironina (T3) e levotiroxina (T4).

4. A tireóide
510 – Saúde e Beleza Forever

Localizada na base do pescoço, sobre os anéis da traquéia, a


tireóide estimula o metabolismo celular e controla o ritmo no qual
as células funcionam.
Estimulada pela tireotropinafina, a tireóide capta o iodo e sintetiza
os hormônios triiodotironina (T3) e tetraiodotironina ou tiroxina
(T4), a partir do aminoácido da tirosina, que aumentam a
quantidade de enzimas oxidativas que: aceleram a respiração
celular e o metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas,
controlam o crescimento e desenvolvimento do corpo, atuam sobre
o ciclo menstrual e a fertilidade etc.
O hipotireoidismo ou insuficiência da tireóide, disfunção que
predomina nas mulheres de 30 a 50 anos, gera fadiga e
intolerância ao frio, apatia, aumento de peso, cólicas menstruais,
depressão, dificuldade de concentração, fala lenta, fraqueza
muscular, enxaqueca, infecções recorrentes, olhos inchados, pele
seca, escamosa e amarela-alaranjada (principalmente na palma
das mãos), perda de apetite, perda dos cabelos, prisão de ventre,
queda da freqüência cardíaca, rouquidão etc. Nas crianças,
entretanto, ela pode impedir o crescimento normal, atrasar o
desenvolvimento sexual e até causar debilidade mental.
O hipertireoidismo, gerado pela superprodução de tiroxina, ao
contrário, acelera a respiração celular, aumentando a freqüência
cardíaca e o metabolismo basal, provocando a intolerância ao
calor, fadiga, perda de peso e cabelos, tremor das mãos, insônia,
excitabilidade, irritabilidade, nervosismo e outras perturbações
psíquicas. Na maioria dos casos os globos oculares saltam à face.
Existe uma profunda relação entre hipertireoidismo e doença de
Parkinson. Nas crianças, pode provocar a deficiência mental
permanente e o nanismo.
A tireóide pode ser facilmente afetada pelo álcool, constante estado
de fadiga, dieta carente em nutrientes, doenças recorrentes, drogas
recreativas e medicamentosas, excesso de exercício ou de gordura
insaturada, flúor ou cloro (bloqueiam os receptores de iodo na
tireóide), raios X, resíduos de agrotóxicos nas frutas e vegetais.

5. As paratireóides
As paratireóides são quatro pequenas glândulas que ficam ao lado
da tireóide, que têm como principal função o controle dos níveis de
Saúde e Beleza Forever – 511

cálcio e fósforo no sangue e, indiretamente, nos ossos e na urina. A


baixa concentração do paratormônio no sangue provoca a
diminuição do teor de cálcio, que faz com que os músculos se
contraiam e fiquem tremendo, vibrando. Seu excesso, por outro
lado, faz com que o cálcio dos ossos venha para a corrente
sangüínea, se refletindo como dor nos ossos ou cálculos renais.

6. As adrenais ou supra-renais
As glândulas adrenais, localizadas sobre os rins, são constituídas
por duas partes, córtex e medula. Adrenalina, cortisol,
deidroepiandrosterona (DHEA) e norepinefrina, que também
funciona como neurotransmissor, mais abundantes na corrente
sangüínea pela manhã, são os principais hormônios relacionados
ao estresse.

Hormônios secretados pelas adrenais


ο Adrenalina
Aumenta o ritmo cardíaco, estimula a respiração, eleva
a pressão e acelera o metabolismo. Ela é essencial às
reações de defesa do organismo: luta e fuga, medo e
raiva. Mais conhecida como o “hormônio do estresse”.

ο Aldosterona
Ajuda a manter o equilíbrio entre a água e os eletrólitos.

ο Androstenediona e DHEA
Hormônios semelhantes à testesterona e que podem se
converter na própria.

ο Cortisol
Participa do metabolismo dos carboidratos e da
regulação dos níveis de açúcar no sangue.

ο Cortisona
Um “antiinflamatório” de ação imunodepressiva.

Conseqüências da disfunção das adrenais


512 – Saúde e Beleza Forever

Alergias, depressão, descoloração da pele, desejos por


comidas salgadas, desmaio, diarréia, diminuição dos
pêlos no corpo, dor de cabeça, escurecimento da boca,
vagina e pintas, estrias ao longo das unhas, fraqueza,
frio, inabilidade de suporte ao estresse, letargia, mau
humor, náusea, pressão baixa, problemas de memória,
problemas nos níveis de açúcar no sangue, tonteira.
Hormônios secretados pelas adrenais
A doença de Addison é decorrente do ataque do sistema
imunológico às glândulas supra-renais, que pode coexistir com
outras doenças glandulares igualmente autoimunes, como o
hipotireoidismo, que passa a se chamar Síndrome de Schmidt, ou
a diabete Mellitus, a anemia perniciosa etc.
As adrenais podem ser igualmente afetadas por longos períodos de
estresse ou pelo uso prolongado de medicamentos à base de
cortisona, como nos tratamentos alopáticos contra a artrite, a
asma e o reumatismo, fazendo com que as glândulas encolham,
atrofiem. Problemas na pituitária, tuberculose, álcool, cigarros e
dieta carente em nutrientes também lhes são prejudiciais.

7. O pâncreas
O pâncreas é uma glândula com dupla função, pois ela tanto
produz enzimas/sucos pancreáticos necessários à completa
digestão dos alimentos que chegam ao duodeno, como hormônios a
partir de quatro diferentes tipos de células endócrinas agrupadas
como ilhotas espelhadas pelo pâncreas, que, em ordem
decrescente, de acordo com a concentração em que se encontram,
são conhecidas como células beta, alfa, delta e gama.

Hormônios secretados pelo pâncreas


ο Glucagon
O glucagon, secretado pelas células alfa, atua
principalmente no fígado, estimulando a conversão do
glicogênio em glicose. Sua secreção é estimulada pelos
baixos níveis de glicose na corrente sangüínea – é ele
que mantém a estabilidade dos níveis de açúcar no
sangue entre as refeições.

ο Insulina
Saúde e Beleza Forever – 513

É uma pequena proteína secretada pelas células sempre


que a glicose aparece na corrente sangue é detectada. A
insulina estimula:
• As células do fígado a transformarem a glicose em
glicogênio.
• As fibras musculoesqueléticas a absorverem aminoácidos
da corrente sangüínea para convertê-los em proteína e
glicose em glicogênio.
• A síntese das gorduras pelas células dos tecidos adiposos.
Esses processos metabólicos fazem com que:
• Os níveis de açúcar no sangue sejam reduzidos.
• Os nutrientes solúveis absorvidos pelos intestinos sejam
armazenados como substâncias energéticas insolúveis,
ou seja, como glicogênio, gordura e proteína.

O diabetes Mellitus
A palavra diabetes vem do latin dia, que significa “através”, e
baino, que quer dizer “passar”, pois essa doença se caracteriza por
produzir um maior volume de urina, que implica o aumento da
freqüência da micção em decorrência da:
• Incapacidade dos rins recuperarem a glicose, deixando-a
passar para a urina – por isso, diferente dos quadros de
diabetes insípidos, a urina é doce.
• Aumento do volume da urina que, devido ao efeito
osmótico da glicose, faz com que o retorno da água ao
sangue seja reduzido.

O diabetes Mellitus tipo I ou insulinodependente

Esse tipo de diabetes, decorrente da pouca circulação ou ausência


de insulina, normalmente aparece na infância devido à destruição
das células betas por um ataque autoimune. Oficialmente, as
causas desse ataque ainda são misteriosas, embora se desconfie
que ele seja conseqüente de uma infecção viral – o que explica o
fato do diabetes infantil ter sido praticamente inexistente até que
as vacinas infantis apareceram na história da humanidade.
514 – Saúde e Beleza Forever

O diabetes tipo I precisa ser controlado por injeções de insulina,


pois, por ser uma proteína, se for ingerida, será destruída pelo
processo digestivo. Inicialmente a insulina era extraída da
glândula das vacas e dos porcos, e, embora diminuísse a glicose do
sangue, por ser diferente do hormônio humano fazia com que o
sistema imunológico lhe criasse anticorpos que minimizavam sua
ação, implicando o constante aumento das doses. Hoje, a insulina
injetável é produzida tanto por leveduras (Novolin) como por
bactérias E. coli que receberam um gene de insulina humano
(Humulin).

O diabetes Mellitus tipo II ou não-insulinodependente

Quando a insulina se junta a seus receptores na membrana


celular, uma série de eventos em cadeia começa a acontecer. Nesse
caso, porém, há uma insuficiência no número de elementos que
transportam a glicose da membrana plasmática dos músculos do
esqueleto, que impede a difusão de glicose para dentro da célula.
Os músculos são o principal meio de remoção do excesso de
glicose do sangue, convertendo-a em glicogênio. Mas no diabetes
tipo II essa conversão fica em torno de apenas 20% do normal. Os
exercícios físicos, entretanto, aumentam esse percentual. Por isso
esse tipo de diabetes é mais comum entre os sedentários.
O diabetes Mellitus tipo II é uma disfunção orgânica que
geralmente aparece nos obesos e na fase adulta. Atualmente,
porém, as crianças obesas já respondem por 20% dos novos casos.

O diabetes Mellitus genético ou hereditário


O diabetes Mellitus genético decorre da herança de um gene que
tenha sofrido uma mutação, seja ele relacionado com a
glucoquinase, a mitocôndria, a transcrição da insulina (cinco
versões mutantes já foram identificadas) ou com o receptor da
insulina – torna-o defeituoso e impede que responda
adequadamente à presença da insulina. Seus portadores não são
necessariamente obesos, mas têm um histórico de diabetes na
família.

ο Polipeptídeos de funções desconhecidas


Saúde e Beleza Forever – 515

Os polipeptídeos secretados pelas células gama têm


funções ainda desconhecidas. Sabe-se apenas que eles
são os que têm a maior cadeia de aminoácido.

ο Somatostatina
Secretada pelas células delta, a somatostatina tem
inúmeras funções, entre as quais reduzir a velocidade
com que os nutrientes são absorvidos pelos intestinos. É
um hormônio igualmente secretado pelo hipotálamo e
pelo estômago.
8. As gônadas
As gônadas são as glândulas sexuais responsáveis tanto pela
produção das células reprodutoras – espermatozóides e óvulos –
como dos hormônio sexuais esteroidais – estrogênios (ovários) e
androgênios (testículos) –, que na puberdade controlam o
crescimento dos pêlos, a alteração da voz etc.
Os padrões de secreção e as conseqüentes concentrações séricas
dos hormônios sexuais determinam a estimulação ou a inibição da
liberação do hormônio luteinizante e do hormônio folículo-
estimulante pela hipófise – mecanismo de controle de
retroalimentação negativa.
Diante da ausência de problemas genéticos, um organismo
devidamente nutrido dificilmente apresenta disfunções ou doenças
graves. Por isso, aqueles que sabem o que o pólen das abelhas e as
tenras folhas do trigo e da cevada (ver Fields of Green) representam
para o organismo fazem deles seus aliados para a otimização do
status nutricional do organismo.

O potencial de ação do pólen das abelhas


sobre o sistema endócrino
ο Definição da silhueta do corpo
O hormônio do crescimento (HGH) secretado pela hipófise e levado
pela corrente sanguínea para o fígado promove a secreção dos
chamados fatores de crescimento, como é o caso do IGF-1(Insulin-
Like Growth Factor-1).
O IGF-1 é a substância responsável pelo aumento da massa
muscular e diminuição da porcentagem de gordura e da celulite,
516 – Saúde e Beleza Forever

assim como promotora do aumento da força física, da energia


mental e da massa óssea, da melhora da pele e da redução das
rugas, do crescimento dos cabelos e das unhas.
A partir dos 21 anos, porém, com o corpo adquirindo a
maturidade, a liberação do HGH é reduzida – 500 mcg aos 20
anos, 200 mcg aos 40, menos de 25 mcg aos 80. Existem estudos
inclusive que relacionam essa diminuição ao aumento dos níveis
do colesterol, à perda da massa muscular e ao enfraquecimento
das funções mentais e neurológicas.
O fato de o pólen das abelhas se contrapor a todos esses sintomas
característicos do envelhecimento, além de promover o aumento da
massa muscular em paralelo à diminuição dos níveis de gordura,
que contribui para a remodelagem/redefinição da silhueta, reflete
a sua ação sobre a glândula da hipófise.
Essa propriedade do pólen das abelhas também reflete o quanto a
correção dos desequilíbrios e a otimização do status nutricional do
organismo influenciam na qualidade e no desempenho funcional
das glândulas e hormônios que controlam o metabolismo das
células e tecidos do corpo.
Quem opta por induzir a secreção do HGH através de compostos
farmacêuticos industria farmacêutica precisa estar ciente dos seus
efeitos colaterais adversos – sobrecarga cardíaca e o crescimento
de tumores, caso eles existam.
Em contrapartida, o pólen das abelhas, saciando a fome oculta das
células, seja ela gerada pelos “alimentos vazios” ou por problemas
de digestão e/ou absorção, exerce um profundo efeito normativo
sobre o organismo como um todo, o que faz com que ele só tenha
efeitos colaterais positivos a oferecer.

ο Menopausa e pré-menopausa
A menopausa é a etapa da vida em que, teoricamente, não existe
mais a possibilidade de procriação. Ela acontece, portanto, tanto
nas mulheres quanto nos homens. A etapa que a precede, porém, é
uma fase em que o corpo é submetido a uma série de reajustes
glandulares e hormonais, que hoje passou a ser extremamente
problemático para 75% das mulheres.

Problemas típicos da pré-menopausa


Saúde e Beleza Forever – 517

Batimentos cardíacos mais fortes. Declínio da produção dos


estrógenos. Dores musculares e articulares. Fadiga.
Formigamento. Inflamação da bexiga ou da vagina. Insônia.
Irritabilidade e nervosismo. Perda de controle da bexiga.
Ressecamento da vagina. Suores noturnos. Tontura.
Fogachos – a pele torna-se vermelha e quente, a
perspiração é profusa, seguida ou não por
calafrios, com uma duração de 30 segundos a
5 minutos, por um período de um a cinco
anos.
Libido – diminui com o declínio da secreção de
progesterona nas mulheres e testosterona nos
homens, pois as gônadas respondem menos à
estimulação dos hormônios luteinizante e
folículo-estimulante.
Osteoporose – as mulheres magras da raça branca, os
tabagistas, os alcoólatras, os que fazem uso de
corticosteróides, consomem pouco cálcio e têm
um estilo de vida sedentário fazem parte do
grupo de maior risco.

Funções orgânicas que dependem do estrogênio


Absorção do cálcio.
Controle dos níveis do colesterol e açúcares no sangue.
Distribuição de gordura no corpo.
Expressão de certos genes com funções fisiológicas e
morfológicas distintas.
Fluência verbal e funções cognitivas.
Habilidade motora precisa.
Ovulação das mulheres.
Reabsorção dos fluidos durante a transferência do esperma dos
testículos ao epidídimo, onde amadurecem e
ficam estocados.
Retenção de água.
Retenção do cobre – que se for em excesso reduz o nível de
zinco, alterando as funções do cérebro e
provocando ansiedade, irritação etc.
518 – Saúde e Beleza Forever

Senso de direção.
Síntese de determinadas proteínas.
Sustentação da arquitetura morfológica dos ductos eferentes
dos homens.
Em 1987, os britânicos divulgaram uma pesquisa em que 82% das
mulheres na pré-menopausa, depois de consumirem o pólen das
abelhas junto com a geléia real e a vitamina C, durante 39 dias,
viram seus desconfortos desaparecerem completamente. Nos
outros 18%, eles foram reduzidos a níveis toleráveis. No décimo
dia, porém, todas já relatavam um maior bem-estar.
A reposição hormonal com estrogênio sintético – cem vezes mais
potente que o estrogênio natural –, ainda em moda, apesar de cada
vez mais censurada, tem como efeitos colaterais mais comuns:
alterações do humor, desconforto nas mamas, dores de cabeça,
náusea, problemas com vesícula biliar, problemas circulatórios.
A reposição do estrogênio sem o progesterona também aumenta o
risco de câncer de mama e do endométrio (câncer do útero).

A reposição hormonal segundo o Dr. John R. Lee


Uma mulher, com mais de 40 anos, procura seu médico
por estar ficando "larga" na região do abdome e nos
quadris, perdendo o interesse pelo sexo, tendo
dificuldade de concentrar-se etc.
O médico diagnostica como o início da menopausa e
receita estrógenos (tratamento padrão). A mulher retorna
tempos depois dizendo que em nada melhorou, o que faz
com que o médico aumente a dose dos estrógenos.
A mulher retorna mais uma vez alegando os mesmos
sintomas anteriores acrescidos de sangramentos
irregulares e inchaço por retenção de água. O doutor
continua mantendo os hormônios e acrescenta na receita
um diurético.
Exames futuros acusam hiperplasia uterina (proliferação
exagerada de células). O médico diagnostica o início de
Saúde e Beleza Forever – 519

um processo cancerígeno e recomenda a histerectomia


(remoção do útero).
Tudo isso poderia ter sido evitado se, em vez de
estrógenos, o médico tivesse receitado progesterona
natural. A maioria dos médicos, porém, não sabe
disso, pois utilizam como referência a literatura
farmacêutica!
E por que não se prescreve o progesterona, já que os
ovários produzem dois hormônios e não apenas um?
Na menopausa, embora a produção do estrogênio seja
reduzida, ele jamais desaparece, pois parte da gordura
do organismo sempre será transformada em estrógenos.
Por isso uma mulher obesa na menopausa produz mais
estrogênio que uma mulher magra na pré-menopausa.
Quanto à osteoporose, o estrogênio apenas retarda a
perda óssea, enquanto que o progesterona natural
interrompe a perda óssea e a reverte, pois promove o
aumento na densidade óssea, mesmo em mulheres com
mais de 70 anos.
Isso acontece porque os osteoblastos, responsáveis pelas
estruturas ósseas, não possuem receptores para os
estrógenos, somente para o progesterona, o que explica
as mulheres terem osteoporose mesmo antes da
menopausa, ou seja, com sua produção de estrógenos
ainda normal.
A progestina oferecida pelas farmacêuticas como
Primolut®, Farlutal®, etc. corresponde à progesterona
sintética, ou seja, uma molécula quimicamente alterada
para poder ser patenteada. Sendo, porém, uma
substância estranha ao organismo, ela é tóxica, e por
isso gera inúmeros efeitos colaterais adversos.
A maior causa da deficiência do progesterona, hormônio
derivado do colesterol, é o estresse, a baixa qualidade da
alimentação e os xenobióticos – substâncias químicas,
estranhas ao sistema biológico, que imitam os hormônios,
tal qual os hormônios sintéticos e os subprodutos do
petróleo, como os agrotóxicos e os ftalatos que amolecem
os plásticos (Apêndice 4).
520 – Saúde e Beleza Forever

Um hormônio, depois de se acoplar ao receptor da


membrana celular, viaja até o núcleo celular, onde se
encontram os cromossomos do DNA, para ativar um
determinado gene a produzir o efeito programado. Um
xenobiótico, entretanto, além de roubar o lugar do
hormônio verdadeiro, se não for reconhecido pelo gene, a
célula não irá reagir como deveria, e, se for reconhecido,
causará um efeito estrogênico dismesurado.
Aos inúmeros jovens que atendi com ginecomastia –
crescimento da glândula mamária no homem – eu
advertia sobre o fato de o THC da maconha também ser
um xenobiótico, o que fez com que muitos largassem o
hábito para se livrar das gozações que vinham
recebendo.
Embora muitos façam referência ao estrogênio como se ele fosse
um hormônio único, isso é errôneo, pois estrogênio ou estrógeno é
uma classe de hormônios entre os quais os mais conhecidos são a
estrona, o estriol e o estradiol – únicas substâncias no organismo
humano que contêm fenóis, o que significa que elas são
extremamente tóxicas. Andrógenos também se refere a um grupo
de hormônios ao qual pertencem a testosterona, a androstediona e
a deidroepiandrosterona (DHEA).
Os hormônios não criam funções, apenas inibem ou estimulam
funções pre-existentes. Nos galos, por exemplo, os andrógenos
estimulam o canto, os esporões, a crista volumosa e vermelha, a
barbela. Esses hormônios também estimulam o instinto guerreiro
e o comportamento sexual típico nos seres humanos.
Nas galinhas, os estrógenos estimulam o crescimento dos órgãos
sexuais, da mama, os períodos de fertilidade, o crescimento da
plumagem e inibem o crescimento dos esporões. Já nos galos eles
inibem/atrofiam a crista e os esporões, fazem a plumagem ficar
semelhante à das galinhas e, tal qual também acontece nos seres
humanos, atrofiam/inibem os testículos e reduzem a fertilidade.

ο Procriação
Embora ainda não seja algo muito comentado, a impotência sexual
e a infertilidade vêm crescendo exponencialmente entre as
populações dos países mais desenvolvidos ou das populações
urbanas.
Saúde e Beleza Forever – 521

Grande parte dos casos de infertilidade decorre da baixa qualidade


e pequena quantidade de espermatozóides hoje produzidos pelos
homens. Nesses casos, a experiência clínica tem verificado que o
pólen das abelhas atua quase como um elixir mágico, pois não
apenas promove o aumento da qualidade e da contagem dos
espermatozóides como também a sua mobilidade.
Estudos desenvolvidos pela Universidade de Sarajevo (Iugoslávia)
com um grupo de homens que sofriam de impotência sexual
verificaram que, em apenas um mês de consumo regular do pólen
das abelhas, mais da metade dos pacientes já apresentava
importante aumento na produção de esperma, melhor desempenho
sexual e maior autoconfiança.
Elevando o status nutricional do organismo feminino, o pólen das
abelhas também aumenta a qualidade dos óvulos, facilitando a
sua fertilização, combate os abortos espontâneos e contribui para
o melhor desenvolvimento do embrião e do feto. (A saúde de
qualquer Ser humano depende, em mais de 90%, da sua
constituição – herança da qualidade do óvulo e do esperma que o
geraram e do status nutricional da mãe durante as diferentes fases
de gestação.)
O consumo regular do pólen das abelhas gera um rápido aumento
da libido, da potência e do desempenho sexual de ambos os sexos.
E não demora muito para que a fertilidade seja recuperada.

ο Problemas menstruais
Problemas ligados à menstruação – cólicas, crises emocionais,
dores de cabeça, peitos inchados e doloridos, prisão de ventre,
tensão pré-menstrual (TPM) – geralmente refletem um alto grau de
intoxicação e carências/desequilíbrios nutricionais do organismo.
A sinergia entre o pólen das abelhas e a geléia real, conhecida
como alimento funcional da “eterna juventude”, tal qual se
encontra no Forever Bee Pollen, faz com que esses problemas
sejam significativamente reduzidos ou mesmo desapareçam por
completo.

ο Problemas prostáticos
522 – Saúde e Beleza Forever

De acordo com o National Institute for Health, dos Estados Unidos,


50-60% dos homens, entre 40 e 60 anos, sofrem de algum
problema na próstata, cuja tendência é de se intensificar com a
idade. A apiprofilaxia, entretanto, aconselha que os homens, a
partir dos 30 anos, adotem o consumo regular do pólen das
abelhas como alimento funcional preventivo contra futuros
problemas prostáticos.
Sobre a ação do pólen das abelhas em relação à próstata, é
bastante ilustrativo o depoimento de um leitor, veiculado pela
revista Prevention, de janeiro de 1975:
Embora minha próstata ainda estivesse um pouco
inchada, meu urologista, que há muito vinha me
sugerindo removê-la, reparou que ela havia diminuído de
tamanho. Pediu-me, então, que voltasse a procurá-lo
dentro de três meses. Eu acredito que tenha sido o pólen
das abelhas, adicionado às minhas vitaminas,
juntamente com a adoção de uma alimentação mais
saudável, que fizeram minha próstata voltar ao seu
tamanho natural. Já estou com 70 anos, caminho
diariamente ao ar livre, no mínimo três milhas, e continuo
tomando o pólen das abelhas.
Segundo Rita Elkins, autora de Prostate Disorders and Natural
Medicine, o potencial apiterapêutico do pólen das abelhas atua não
apenas nos primeiros estágios da inflamação e inchaço das
glândulas prostáticas, como também na reversão de quadros
degenerativos. Pesquisadores do Departamento de Urologia da
University Hospital of Wales confirmaram a eficiência do pólen das
abelhas contra a prostatite e o aumento da próstata. 102
No estudo duplo-cego desenvolvido pelo Dr. Gosta Leander, em
Estocolmo, placebo e pólen das abelhas foram distribuídos a 43 e
50 pacientes, respectivamente. Como resultado, 46 dos 50 homens
que consumiram o pólen das abelhas obtiveram sucesso total,
enquanto no outro grupo ninguém obteve melhora alguma.
O estudo clínico desenvolvido pela University School of Medicine, de
Kioto (Japão), constatou que entre 12 pacientes tratados
exclusivamente com o pólen das abelhas, dez obtiveram grandes

102
Buck AC, et al. Treatment of outflow tract obstruction due to benign prostatic
hyperplasia with the pollen extract Cernilton, a double-blind, placebo-controlled study. Br J
Urol 1990;66:398-404.
Saúde e Beleza Forever – 523

melhoras. Destes, três haviam iniciado o tratamento com


hipertrofia prostática de primeiro grau, quatro com hipertrofia de
segundo grau e três com hipertrofia de terceiro grau – o estágio
mais avançado. O prosseguimento do estudo mostrou que a
reversão dos quadros crônicos necessita apenas de um tratamento
mais longo.
Um outro estudo duplo-cego comprovou que o pólen das abelhas é
extremamente efetivo no que diz respeito não apenas à inibição do
crescimento dos tecidos prostáticos, mas também em relação à
redução das dores, inflamação e risco de um câncer de próstata,
sem que problema colateral algum fosse observado. 103
Outros estudos duplo-cegos demonstraram os benefícios do pólen
das abelhas contra casos específicos de hiperplasia prostática
benigna. Em um deles, duas cápsulas de pólen ingeridas duas
vezes ao dia foi suficiente para reduzir os sintomas da doença
quando comparados ao grupo de controle. Em um outro,
desenvolvido em diferentes centros da Alemanha, o pólen das
abelhas mostrou-se superior quando comparado a uma mistura de
aminoácidos muito utilizada nos casos de hiperplasia.
Segundo o Dr. Dallas Clouatre, autor do Flower Pollen for Prostate
Health, os pacientes que regularmente consomem o pólen das
abelhas freqüentemente relatam não mais sentirem dificuldade ou
qualquer desconforto ao urinar, assim como a necessidade se
levantar durante a noite.
O pólen das abelhas, além de antiinflamatório
Auxilia a eliminação do acúmulo de
dihidrotestosterona (DHT), que muitos
acreditam ser a causa da
hiperplasia/hipertrofia benigna da próstata,
mas, que, eventualmente, pode criar
condições favoráveis ao câncer.
Promove o relaxamento da musculatura lisa,
facilitando o completo esvaziamento da

103
Buck AC, Cox R, Rees WM, Ebeling L, John A. Treatment of outflow tract obstruction
due to benign prostatic hyperplasia with the pollen extract Cernilton, a double-blind placebo
controlled study, Br J Urol 1990, 66:398-404.
Duke JA, Beckstrom-Sternberg S, Broadhurst CL. US Dept. of Agriculture Phytochemical
and Ethnobotanical Data Base 1996. www.ars-grin.govAngrlsb/
524 – Saúde e Beleza Forever

bexiga e reduzindo o estrangulamento da


uretra.
Clouatre afirma ainda que 80% dos homens que utilizam o pólen
das abelhas não apenas apresentam grande melhora em relação
aos problemas prostáticos como, e principalmente, se previnem
contra outros, ainda maiores, que possam vir a aparecer no futuro.
Sabe-se que os altos níveis de colesterol também contribuem para
o acúmulo de resíduos ácidos nas glândulas prostáticas, fazendo-
as inchar, inflamar e, conseqüentemente, criando condições
propícias ao desenvolvimento do câncer. E para normalizar os
níveis do colesterol, as abelhas nos oferecem o pólen, própolis e
geléia real.
Embora qualidades diversas de pólen tragam diferentes traços de
fitormônios – o pólen do Pinho escocese, por exemplo, veicula a
androsterona, a epitestosirona e a testosterona – todos são
constituídos pelos nutracêuticos hoje considerados os mais
importantes para a saúde da próstata: o ácido aspártico, os ácidos
graxos essenciais, a gonadotropina, o magnésio e o zinco.
Ácido aspártico aminoácido muito utilizado contra a
fraqueza sexual e a fadiga crônica, e
ao qual se credita parte do potencial
do pólen das abelhas sobre a
normalização das glândulas
prostáticas.
Ácidos graxos precursores das prostaglandinas que
estimulam a próstata.
Gonadotropina hormônio que estimula os testículos
(e também os ovários).
Magnésio fundamental à próstata.
Zinco essencial ao sistema reprodutor
masculino e urinário – de acordo com
o Royal Institute of Technology de
Estocolmo, o pólen das abelhas tem
uma quantidade de zinco fora do
comum.

ο Puberdade
Saúde e Beleza Forever – 525

A puberdade é a primeira experiência de grandes mudanças


hormonais, fase em que as gônadas, estimuladas pela
gonadotropina, estão ganhando maturidade, assim como os pêlos
púbicos e das axilas, a barba e a mudança do timbre da voz dos
meninos, os seios e as nádegas nas meninas estão sendo
estimulados a crescer também devido à ação da gonadotropina etc.
Para ajudar essa orquestração, cujo responsável é a hipófise, o
pólen das abelhas é considerado como um dos alimentos
funcionais mais importantes e que não deve ser subestimado, mas
sim adotado como um aliado.
Nascemos com altas concentrações dos hormônios luteinizante e
folículo-estimulante, que diminuem em poucos meses. Com o
início da puberdade, elas voltam a aumentar para estimular a
produção dos hormônios sexuais necessária à maturação:
• das mamas, dos ovários, do útero e da vagina, o início
da menstruação e o desenvolvimento das características
sexuais secundárias, como os pêlos pubianos e axilares.
• dos testículos, da próstata, das vesículas seminais e do
pênis, assim como o crescimento dos pêlos faciais,
pubianos e axilares.
O crescimento do corpo das crianças é mais rápido no início da
puberdade. Nas meninas, esse crescimento vai até os 16 anos,
mais ou menos, e é acompanhado pelas mudanças na forma do
corpo, decorrente do aumento da porcentagem de gordura. Nos
meninos, o crescimento rápido vai até os 17 anos.

ο Transtornos afetivos
Os sistemas neurotransmissor e endócrino são interdependentes,
ou seja, qualquer desequilíbrio em um deles altera a atividade de
ambos. O sistema endócrino é governado pelo hipotálamo-hipófise,
que recebe instruções do hipotálamo. Os eixos hipotalâmico-
pituitário-adrenal (HPA) e hipotalâmico-pituitário-tireóide (HPT)
mantêm-se equilibrados por mensagens de retroalimentação.
Os transtornos afetivos resultam da dificuldade de se ler essas
mensagens ou pela inadequação com que são transmitidos. Por
isso, o afeto é influenciado tanto pelo hipotireoidismo quanto pela
disfunção das glândulas supra-renais ou pelo uso dos esteróides.
526 – Saúde e Beleza Forever

Patologias crônicas associadas à depressão incluem as doenças


cardíacas, o câncer, as deficiências vitamínicas, o diabetes, a
hepatite, a malária e os distúrbios neurológicos, assim como a
doença de Parkinson, a doença de Alzheimer, a esclerose múltipla,
os acidentes vasculares cerebrais e os tumores do cérebro.

 A saúde do sistema imunológico


Sabendo-se que a subnutrição celular é a maior promotora das
disfunções e deterioração do sistema imunológico, a riqueza e
biodisponibilidade dos nutrientes no pólen das abelhas faz dele um
alimento funcional para o sistema imunológico.
Talvez a pesquisa mais esclarecedora até hoje feita sobre a relação
direta entre o status nutricional do organismo e a qualidade de
resposta do sistema imunológico tenha sido a de Chevalier, Sevilla
e Sejas (1998)104 junto a crianças africanas vítimas da Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida, cuja sigla Aids tem nos feito esquecer
sua verdadeira natureza – uma deficiência imunológica que, por
ter sido adquirida, e não herdada, pode ser desadquirida!
E o que essa pesquisa mostrou foi que em apenas nove semanas o
timo – a glândula que programa as células T do sistema
imunológico – dessas crianças, que antes de receberem uma
alimentação balanceada estava com seu tamanho reduzido a 20%
do normal, cresceu a ponto de alcançar 107% do tamanho do timo
de uma criança saudável. E, a partir de então, por razões óbvias, o
sistema imunológico de todas elas, gradualmente, foi sendo
revitalizado.
Outro elemento constituinte do pólen das abelhas que
recentemente se descobriu ser ativo não apenas sobre o sistema
urinário (Wilt, MacDonald e Ishani, 1999), mas também sobre o
sistema imunológico, é o fitormônio beta-sitosterol. De acordo com
as pesquisas de von Holtz, Fink e Awad (1998), ele também é
essencial ao combate das alergias, artrite reumatóide, câncer,
doenças auto-imunes, infecções virais crônicas, tuberculose etc.,
pois:
ameniza as reações excessivas (alérgicas) dos
anticorpos.

104
Chevalier P, Sevilla R, Sejas E et al: Immune recovery of malnourished children takes
longer than nutritional recovery: implications for treatment and discharge. J. Trop Perdiatr
44(5):304-7, 1998. http://www.whale.to/a/bayati.html
Saúde e Beleza Forever – 527

estimula as atividades das células killers.


modula a atividade dos linfócitos T.
normaliza as funções das células T auxiliares 1 e 2.
regulariza a razão DHEA/cortisona.
O DHEA é um hormônio fundamental ao sistema endócrino, cuja
produção, aos 70 anos, tende a cair a 10-20%. Dele depende a
síntese do cortisol, do estrógeno, do progesterona, da testosterona
etc. Muitos acreditam que a otimização de seus níveis seja uma
das chaves para a longevidade.
Em 1990, os russos divulgaram uma nota que dizia que, com o
pólen das abelhas, era possível aumentar o status imunológico dos
pacientes com esclerose múltipla. De acordo com o Dr. Paavo
Airola, o suporte que o pólen das abelhas dá ao sistema
imunológico é inquestionável, sobretudo no que diz respeito a:
A aceleração de praticamente todos os processos
de cura.
O aumento da resistência ao estresse,
disfunções e doenças.
O retardamento do processo do envelhecimento.
Ainda segundo Airola, o pólen das abelhas deve ser considerado
como: Um alimento milagroso. Um medicamento maravilhoso. A
Fonte da Juventude!

 A saúde do sistema nervoso


Por veicular uma importante quantidade de ácido glutâmico,
glutamina, ácido aspártico, asparagina e lecitina – elementos de
grande atuação sobre o cérebro –, não pode haver dúvida alguma
sobre o quanto o pólen das abelhas funciona como alimento
específico para o sistema nervoso central.
Os astênicos e neurastênicos, os deprimidos e esgotados, os que
sofrem de insônia e fadiga nervosa, cansaço físico e mental,
rapidamente recuperam o ânimo e o entusiasmo pela vida quando
passam a usufruir de generosas porções do pólen das abelhas. (No
caso do Forever Bee Pollen, isso significa uma média de 6 a 8
pastilhas ao longo do dia, embora, em momentos de crise, possa-se
chegar até a 12 pastilhas divididas em 4-6 vezes no dia.)
528 – Saúde e Beleza Forever

Os efeitos colaterais da maioria dos medicamentos normalmente


prescritos contra a depressão, a neurastenia, a histeria, a insônia
etc., podem ser neutralizados pelo consumo paralelo do pólen das
abelhas.
Segundo as pesquisas do Dr. Eric H. Erickson, da Universidade de
Wisconsin (EUA), as plantas emitem uma carga elétrica que não
apenas energiza as abelhas como também o pólen. Utilizando
aparelhos extremamente sensíveis, enquanto voluntários
consumiam diferentes tipos de pólens de abelha, Erickson
registrou o aumento da bioeletricidade em seus corpos. Essa
energia física é, portanto, mais um componente a agir sobre todo o
sistema nervoso.

 O bom humor, o otimismo e o entusiasmo pela vida


Uma das conseqüências da ingestão regular do pólen das abelhas
mais relevadas pelos apiterapeutas é o bom humor, o estado de
ânimo elevado e a atitude positiva e otimista perante a vida. (Não
há dúvida de que células bem-nutridas e saudáveis promovem um
estado emocional e mental igualmente saudável. Por isso, diz a
máxima: mens sana in corpore sano.)

 Os atletas, desportistas e body builders


Segundo o Dr. Maurice Hansen, a riqueza do pólen das abelhas em
macro e micronutrientes é fundamental ao desempenho dos
atletas. Por isso, desde a Antigüidade, ele é conhecido como um
alimento essencial quando se necessita aumentar:
• A massa e tônus muscular (bodybuilding).
• A otimização da sensação de bem-estar.
• A qualidade e o rendimento dos atletas e desportistas.
• Os níveis de energia e histamina.
• Os reflexos físicos e mentais.
De acordo com o Dr. Kurt Dansbach, autor do livro Bee Pollen, os
produtos das abelhas sempre fizeram parte da dieta dos atletas da
ex-União Soviética envolvidos em competições – o que lhes rendeu
muitas medalhas. Para o British Sports Council, o aumento da
resistência dos atletas que consomem o pólen das abelhas chega a
ser de 40 a 50% - aumento que, segundo o British Royal Society,
pode ser ainda maior.
Saúde e Beleza Forever – 529

Segundo Antii Lananaki, um dos técnicos dos atletas finlandeses


ganhadores de muitas medalhas nas Olimpíadas de Munique:
A maioria de nossos atletas consome o pólen das
abelhas como suplemento alimentar, pois ele promove
um considerável aumento de qualidade em seus
desempenhos. Nunca mais obtivemos resultados
negativos desde que passamos a dar-lhes o pólen das
abelhas.105
Lasse Viren, o “finlandês voador”, ganhador das corridas de 5.000
e 10.000 metros das Olimpíadas de Munique (1972) e de Montreal
(1976), revelou que durante anos consumiu o pólen das abelhas
nos períodos de treino e competições. O corredor americano Steve
Riddick, outro recordista das Olimpíadas de Montreal, revelou
também fazer uso regular do pólen. Para Alex Woodly, então
diretor-executivo do Education Athletic Club, da Filadélfia:
O pólen das abelhas aumenta a resistência e a
histamina dos superstars em até 25%, e sendo um
produto totalmente natural não promove problemas
semelhantes aos elementos químicos ou esteróides. 106
Ainda segundo Dansbach, o boxeador Muhammad Ali foi grande
consumidor do pólen das abelhas, pelo menos durante os anos que
defendeu seu título de campeão mundial. E o vigor e a vitalidade
de Ronald Reagan, durante sua passagem pela Casa Branca,
também estavam relacionados ao grande consumo que fazia dele.
O pólen das abelhas acumula ainda as vantagens de acelerar o
tempo de recuperação do organismo após os exercícios, não
produzir efeito colateral algum, diferentemente dos esteróides
sintéticos, e não ser considerado doping, tanto para os atletas
como para os animais de competição.

 O combate à acne
Os hormônios, por serem substâncias protéicas e lipídicas, são
afetados pela carência ou qualquer distúrbio no metabolismo das
gorduras ou das proteínas. Espinhas e acne refletem o acúmulo de
moléculas de gordura nos poros, que, rompendo a integridade da
105
http://www.elitefitness.com/ubb/Forum7/07-2000/000263.html
106
Ibidem
530 – Saúde e Beleza Forever

pele, criam um ambiente propício à proliferação das bactérias – as


mesmas que até então aí viviam em perfeita simbiose sobre o
manto ácido que, até então íntegro, recobria a pele de seu
hospedeiro.
A causa desse distúrbio, tão típico da puberdade, tem muita
relação com a gonadotropina, hormônio secretado pela hipófise,
responsável pela maturação das gônadas – testículos e ovários – e
pelo aparecimento dos pêlos característicos do corpo adulto.
Nos meninos, a ação desse hormônio é ainda mais intensa, pois ele
também é responsável pela barba e, dependendo de fatores
genéticos, pelos cabelos das costas e do tórax – as três regiões
mais vulneráveis à acne –, além da mudança do tom da voz.
A relação das espinhas e da acne com a gonadotropina e
disfunções do metabolismo lipídico é, portanto, evidente. E assim
sendo, o potencial regulador do metabolismo dos lipídios, a
disponibilidade da gonadotropina e de fermentos lácticos – fortes
bactericidas – já seriam suficientes para justificar o pólen das
abelhas como um alimento funcional de prevenção e combate à
acne.

 O combate à alergia ao pólen das plantas


A maior parte das alergias humanas é provocada pelo pólen das
plantas que é carregado pelo vento, não pelo pólen que se mantém
fixo às flores, do qual se origina a quase totalidade dos pólens
produzidos pelas abelhas.
Por isso, o pólen das abelhas é o alimento que mais se destaca
como agente apiterapêutico contra as alergias e a febre do feno,
pois, ao mesmo tempo que gradualmente corrige os desequilíbrios
bioquímicos do corpo, dessensibiliza-o de seu agente causal e faz
aumentar a resistência do organismo à sua presença.
Em 1972, o Dr. Leo Conway, colecionandor de mais de 60.000
casos de pacientes curados de alergias, foi categórico ao afirmar:
A imunização ao pólen pode ser alcançada com o pólen
das abelhas oriundo de qualquer localidade, bastando
adicioná-lo diariamente à dieta. É a sua ingestão
contínua que faz aumentar a resistência do organismo.
Estudos desenvolvidos por pesquisadores europeus e asiáticos
verificaram que 75% dos asmáticos começam a apresentar grandes
Saúde e Beleza Forever – 531

melhoras após 6-8 semanas de ingestão regular do pólen das


abelhas, e que as alergias sazonais podem ser prevenidas ou
amenizadas se o pólen começar a ser diariamente consumido seis
semanas antes da temporada. Uma das razões pelas quais isso
acontece é porque o pólen das abelhas eleva os níveis da
gamaglobulina – substância que aumenta as defesas imunológicas,
ameniza as reações alérgicas e o mal-estar que as acompanha.
Outra razão é a pequena fração do pólen gimnófilo – o pólen levado
pelo vento, principal agente das alergias sazonais e febre do feno –
presente no pólen das abelhas, que funciona como fator de
dessensibilização do sistema imunológico. Acostumando-se à sua
presença, o sistema imunológico não reage mais a ele de modo
violento, que é o que caracteriza as crises alérgicas.
Reações alérgicas ao pólen das abelhas podem ser igualmente
desativadas se o indivíduo começar a ingeri-lo em microdoses que,
no espaço de 30 dias, deverão ser gradualmente aumentadas até
que a dosagem ideal seja alcançada.

 O combate à anemia e à má qualidade do sangue


Pesquisas com animais em laboratório demonstraram que o pólen
das abelhas promove um grande aumento no número de glóbulos
brancos e vermelhos, o que, conseqüentemente, melhora a
composição do sangue. Administrado a pacientes anêmicos, o
aumento do número de glóbulos brancos é sempre observado.

 O combate à artrite reumatóide


Para os pesquisadores ucranianos, o pólen das abelhas promove
resultados extraordinários não apenas no combate a problemas do
fígado, vesícula, estômago e intestinos, mas, sobretudo, nos casos
de artrite reumatóide. Hoje, acredita-se que esse seu potencial seja
reflexo da presença sui generis do ácido 10-hidroxi-2-decenóico,
raramente encontrado na natureza, com fortes propriedades
antiinflamatórias (e anticancerígenas).

 O combate à asma
Em relação às crises de asma relacionadas ao esforço físico,
estudos israelenses, divulgados pela Americam Academy of Allergy
532 – Saúde e Beleza Forever

Asthma & Immunology,107 mostraram que a deficiência de licopeno


era um denominador comum entre os pacientes. A riqueza do
pólen das abelhas neste carotenóide pode, portanto, explicar sua
reputação como agente preventivo ou amenizante das crises de
asma dessa natureza.

 O combate às infecções
Segundo os doutores R. Chauvin e Lenormand, entre os princípios
ativos do pólen das abelhas, um ou alguns atuam de modo
semelhante à penicilina, pois ele inibe o desenvolvimento de
determinados microrganismos, como a salmonela.
Para os professores Palos, Voiculescu e Andrei, do Instituto de
Agronomia da Faculdade de Zootecnia da Romênia, o pólen das
abelhas aumenta as defesas do organismo porque ele promove a
elevação dos níveis da gamaglobulina e dos linfócitos – últimos
responsáveis pela eliminação das células infectadas, mutantes,
cancerosas ou de qualquer elemento que possa agredir o
organismo ou desestabilizar o pH dos fluidos orgânicos.

 O combate às úlceras
Como já vimos, o mel é um dos melhores e mais antigos agentes de
cicatrização das úlceras. Segundo Hipócrates, porém, a
combinação do mel com o pólen de abelha pode ser ainda melhor
para amolecer as úlceras duras dos lábios, curar os furúnculos,
limpar as úlceras e os machucados.

 O combate ao estresse
A qualidade de resposta ao estresse físico, emocional ou mental
está relacionada ao status nutricional do organismo.
O estresse consome uma grande quantidade de vitaminas,
principalmente as hidrossolúveis B e C, assim como de minerais,
particularmente os elementos-traço como o zinco e selênio, que
além de antioxidantes são co-fatores enzimáticos fundamentais ao
perfeito funcionamento do sistema nervoso. Se as reservas dos
nutracêuticos consumidos pelo estresse não forem imediatamente
repostas, o sistema endócrino e o nervoso são os primeiros a
sofrer.
107
Academy News: April, 2001. www.aaaai.org/members/academynews/2001/04/
clinical_research_news.stm
Saúde e Beleza Forever – 533

O potencial do pólen das abelhas como promotor de melhores


respostas do organismo às situações de estresse certamente está
relacionado à disponibilidade e sinergia engendrada pelo completo
espectro de nutrientes essenciais, não apenas à manutenção, mas,
principalmente, à otimização do status nutricional do organismo,
que se reflete sobre a qualidade da saúde.

 O combate aos maus efeitos do envelhecimento


Só para completar o assunto, pois muito já foi dito, vejamos como
um dermatologista e um geriatra-psicólogo percebem a
contribuição do pólen das abelhas no que concerne ao
envelhecimento.
Na concepção do dermatologista sueco Dr. Lars-Erick Essen, é
pela estimulação da irrigação do sangue a todas as células que o
pólen das abelhas desacelera o processo do envelhecimento celular
e promove o crescimento de novos tecidos, o que se torna visível
devido à amenização das rugas.
Para o Dr. Liebold, geriatra e psicólogo de Karlsude (Alemanha):
O pólen das abelhas é um excelente agente profilático e
apiterapêutico contra os sintomas precoces do envelhecimento.
Deveria também ser utilizado, universalmente, nos tratamentos
geriátricos.

As pesquisas da ex-União Soviética


sobre o potencial do pólen das abelhas108
A comunidade médica da ex-União Soviética parece ter sido a
pioneira em desvendar, cientificamente, inúmeras facetas do
potencial apiterapêutico dos derivados das abelhas.
Já em 1946, seu Instituto de Apicultura declarava o pólen das
abelhas como a fonte mais rica em vitaminas e de altíssimo
potencial apiprofilático e apiterapêutico – da recuperação do bem-
estar à revitalização dos que se encontravam em estado de coma.
Descobriram, também, seu uso como complemento para qualquer
tipo de terapia, por estimular os processos de autocura e
neutralizar grande parte dos efeitos colaterais adversos produzidos

108
http://www.mari.su/homepage/nadir/
534 – Saúde e Beleza Forever

pelas drogas medicamentosas. Vejamos, pois, o conhecimento


legado pela ex-União Soviética.

 Alcoolismo
O pólen das abelhas, por reativar os ânimos e ajudar na
recuperação do bem-estar, deve ser considerado um elemento
apiterapêutico específico para os alcoólatras. Ele torna os
antidepressivos desnecessários ou os reduz a doses mínimas.

 Astenia
Após uma semana de uso contínuo do pólen das abelhas, qualquer
pessoa começa a se sentir mais alegre, animada, bem-humorada,
energizada, entusiasmada, tonificada... “de bem com a vida”.

 Diarréia, prisão de ventre crônica, colite e enterite


As disfunções gastrintestinais devem ser tratadas com um ou dois
terços de 1 colher de chá de pólen, três vezes ao dia, durante um
mês ou um mês e meio.
Outra maneira de usá-lo para a saúde do trato gastrintestinal é:
1. Ferver 800 ml de água e deixar que esfrie.
2. Diluir 180 g de mel e 50 g de pólen.
3. Deixar a bebida fermentar à temperatura ambiente.
4. Ingerir de um a dois terços de 1 colher de sopa 15 a
20 minutos antes das refeições.
5. O tratamento deve durar de 4 a 6 semanas.

 Doenças do pulmão
Doenças pulmonares não são fáceis de serem curadas, sobretudo
depois que atingem o estado crônico. O pólen das abelhas,
acrescido ao tratamento convencional, promove uma rápida
melhora na qualidade do sangue e reduz a inflamação.
Nesse caso, os soviéticos recomendavam a ingestão de 1 colher de
chá de pólen misturado ao mel na proporção 1:1, ou de 1 colher de
sobremesa na proporção 1:2, três vezes ao dia, 20-30 minutos
antes das refeições, durante um mês e meio ou dois meses.

 Estado de coma
Saúde e Beleza Forever – 535

De modo geral, pessoas em estado de coma que recebem de quatro


a cinco doses diárias de 1g do pólen das abelhas sob a língua, no
segundo dia voltam a si, no terceiro se sentam e em uma semana
já estão andando. Mas, para que isso aconteça, é imprescindível
que o pólen se deixe derreter pela saliva antes de ser engolido e
que qualquer alimento ou água só seja ingerido uma hora depois.
(Embora essa descrição soe um tanto ou quanto inverossímil,
devido ao grau de biodisponibilidade de toda a gama de nutrientes
presentes no pólen das abelhas, não é de se surpreender que ele
possa elevar o status nutricional do organismo a um ponto onde
muito mais do que se imagina acontece. Particularmente, acredito
que enquanto a pessoa estiver em estado de coma a geléia real,
que é o pólen das abelhas pré-digerido, seja o mais adequado.)

 Hipertensão ou hipotensão
No combate à hipertensão ou à hipotensão, o pólen é mais efetivo
se administrado nos estágios iniciais. Puro ou misturado ao mel,
na proporção de 1:1, a dose é de 1 colher de chá, três vezes ao dia.
Contra a hipertensão existe também a indicação de ingeri-lo com
estômago vazio, antes das refeições. Após três semanas de uso
ininterrupto, fazer uma pausa de 2-3 semanas para, então,
retomar o tratamento.

 Infarto
O potencial apiterapêutico do pólen das abelhas no combate às
conseqüências do infarto é surpreendente, principalmente no que
se refere à rápida recuperação da habilidade da fala.

 Problemas cardiovasculares
O pólen das abelhas reativa a circulação cerebral, não importa por
que motivo tenha sido prejudicada, ao mesmo tempo que revitaliza
a memória enfraquecida.
A mistura do pólen das abelhas com o mel é especialmente
benéfica contra os quadros de isquemia, distonia miocardial,
problemas do coração, reumatismo etc.
Aumenta a capacidade de trabalho do coração.
Melhora a habilidade de contração do coração.
Normaliza as funções do miocárdio e do ritmo cardíaco.
536 – Saúde e Beleza Forever

Forever Bee Polen traz o pólen das abelhas potencializado não


apenas pela sinergia com o mel, mas também com a geléia real.

 Problemas gastrintestinais
O pólen das abelhas é de inquestionável eficiência no que se refere
à reversão de quadros de desordens gastrintestinais. Seu potencial
de ação, em relação à integridade da mucosa e à revitalização da
flora intestinal, é bastante rápido e extremante eficaz.

 Problemas hepáticos
A sinergia gerada pelo pólen das abelhas junto ao mel é de grande
potência contra as doenças hepáticas – qualquer tipo de hepatite
ou colecistite. Em apenas 3-4 semanas sua ação começa a ser
sentida, embora o tratamento necessite de 3-5 meses, depois dos
quais pode-se fazer uma pausa de 2-3 semanas para então reini-
ciar uma nova série, caso seja necessário.
Lesões cirúrgicas no fígado ou na vesícula biliar são igualmente
reparadas com a mesma combinação. Em pouco tempo, as dores
diminuem e logo desaparecem por completo. Nesses casos, o
tratamento deve ser iniciado com 1 colher de sobremesa de pólen e
mel, na proporção 1:1, diluídos em água fervendo, e ingerido antes
das refeições, duas vezes ao dia. Duas semanas depois, a dose
deve aumentar para 1 colher de sopa, três vezes ao dia.

 Tumor benigno
Segundo a observação dos cientistas da ex-União Soviética, o pólen
das abelhas exerce uma ação quase milagrosa sobre qualquer tipo
de tumor benigno como, por exemplo, linfomas na cabeça ou nas
costas, fazendo-os desaparecer em duas semanas.

 Úlcera estomacal ou duodenal


Nos casos das úlceras gastrintestinais, a recomendação é de se
ingerir 1 colher de chá de pólen, três vezes ao dia. Quando se tem
um mel de excelente qualidade, é interessante misturar o pólen e o
mel na proporção 1:1, e ingerir 1 colher de sobremesa, três vezes
Saúde e Beleza Forever – 537

ao dia. Cuidados especiais, entretanto, podem se fazer necessários


quando os níveis de acidez do estômago estiverem muito:
Altos a mistura do pólen com o mel deve ser diluída
em água morna e ingerida uma hora e meia
ou duas horas antes das refeições.
Baixos o pólen e o mel devem ser diluídos em água
fria e ingeridos pouco antes das refeições.

 E mais...
A lista do potencial do pólen das abelhas, segundo os especialistas
russos, se estende ainda a várias disfunções e doenças.
Alergia. Anemia. Cardioneuroses. Deficiência coronária.
Depressão. Desordens do sangue. Doenças
ginecológicas. Esclerose. Esterilidade masculina.
Gastrite. Gripe. Histeria. Neurastenia. Patologias da
gravidez. Perda da libido. Vício com as drogas.

O uso do pólen das abelhas segundo os ex-soviéticos


Diante da grande experiência adquirida pelos cientistas soviéticos,
seus conselhos devem ser escutados com atenção.
1. Antes de utilizar qualquer produto derivado das
abelhas, e em particular o pólen, é preciso verificar
com microdoses qualquer possibilidade de alergia
por parte do paciente.
2. As combinações do pólen com o mel, acima citadas,
devem ser usadas com cautela e em doses reduzidas
pelos diabéticos.
3. Apesar de ser um produto 100% atóxico e de grande
valor, o consumo do pólen das abelhas deve ser
mantido dentro de limites razoáveis, pois em excesso
tanto pode danificar o fígado como diminuir o grau
de coagulação do sangue, facilitando as hemorragias
e os sangramentos, externos ou internos.
4. O pólen não deve ser ingerido após as 19 horas, pois
sua ação tonificante pode afetar a qualidade do sono.
Para os enfermos, a última dose deve ser por volta
das 17 horas. (Levar em conta que antigamente as
538 – Saúde e Beleza Forever

pessoas dormiam mais cedo e que a vida noturna


dos ex-soviéticos devia ser bem restrita.)

As reações alérgicas ao pólen das abelhas


Apesar de o pólen de abelha ser uma substância 100% atóxica, um
reduzido número de pessoas lhe é alérgica – o contato produz
alguma erupção cutânea, um comichão ou dificuldade de
respiração, embora os indivíduos extremamente sensíveis possam
chegar a ter um choque anafilático (sensação de sufocamento).
Por isso, aqueles que forem utilizar o pólen de abelha pela primeira
vez devem, inicialmente, testar-se. Para isso basta ingerir a
pontinha de um tablete de Forever Bee Polen ou desmanchar uns 3
grãos de pólen de abelha na saliva antes de engolir e esperar em
torno de 20 minutos para ver se alguma sensação diferente
aparece. Em caso afirmativo, já foi explicado como a pessoa,
querendo, pode se dessensibilizar.

O pólen das abelhas – alimento para a longevidade


Na Europa do Leste, o pólen das abelhas é tido na mais alta
estima. O biologista Nicolai Vasilievich Tsitsin, do Instituto da
Longevidade da antiga U.R.S.S., ao estudar a população das
montanhas do Cáucaso descobriu que o denominador comum da
dieta dos mais de duzentos longevos, muitos com mais de 125
anos, era os derivados das abelhas.
Essa concentração de indivíduos centenários, entretanto, não é
exclusiva do Cáucaso. Comunidades do vale dos Hunzas, no
Himalaia, e de Vilcabomba, no Equador, também têm uma
significativa quantidade de longevos. Todos, sem exceção, são
habitantes dos altos desertos e se utilizam do pólen das abelhas
como alimento, embora também se sirvam do mel cru.
Para os estudiosos, o consumo regular do pólen das abelhas é o
fator de longevidade para esses povos. Segundo o Dr. Naum
Joirisch (1975), cientista-chefe do Departamento de Fisiologia do
Far East Institute of the Soviet Academy of Science de Vladivostok e
autor de Bees in the Service of Humanity:
Aqueles que se utilizam do pólen das abelhas usufruem
da longevidade. No pólen das abelhas se encontra um
Saúde e Beleza Forever – 539

tesouro de nutrientes e elementos fitoterápicos. Cada


grão contém todas as substâncias necessárias à vida.
Na verdade, o pólen das abelhas funciona como um alimento
mágico para os sistemas endócrino e nervoso, extremamente
sensíveis ao status nutricional do organismo. Esses sistemas se
mantêm em perfeito funcionamento pelo tempo que os níveis
nutricionais do organismo também se mantiverem otimizados,
assim como se reequilibram, rapidamente, tão logo lhes sejam
disponibilizados todos os nutrientes de que necessitam.
Os dados laboratoriais e o monitoramento da reação dos idosos
mostraram que consumi-lo regularmente significa manter-se tão
jovem quanto possível.

A ação do pólen das abelhas no organismo dos idosos


Acelera a eliminação das impurezas e toxinas
decorrentes do estresse, da ingestão de
medicamentos, da poluição ambiental etc.
Aumenta a histamina, a lucidez, a massa muscular, a
moral, a sensação de bem-estar, a vitalidade
etc.
Estimula a regeneração celular e o rápido aumento da
hemoglobina.
Faz com que mais oxigênio alcance todas as
células do corpo e do cérebro.
Induz a calma e a tranqüilidade, sem produzir
qualquer tipo de efeito colateral negativo.
Promove a alegria de viver nos idosos, debilitados e
convalescentes.
Regulariza as funções intestinais, seja nos casos de
prisão de ventre ou diarréia.
Tonifica o corpo e a mente.
Alcançar idades avançadas sem qualidade de vida não é algo que
alguém deseja para si, nem para seus entes queridos. Por isso,
para encerrar o assunto, ouçamos o que diz Noel Johnson, um
maratonista com noventa anos, autor de A Dud at 70 – A Stud at
80 (Um fracasso aos 70 – Um garanhão aos 80) e The Living Proof
(A prova viva):
540 – Saúde e Beleza Forever

Do pólen das abelhas obtenho nutrientes especiais. São


eles que me dão a energia necessária para competir nas
maratonas... e para outras atividades físicas.
Vale, porém, lembrar que cada um dos derivados das abelhas –
mel, própolis, pólen e geléia real – tem características próprias
para combater os nefastos efeitos do processo do envelhecimento e,
portanto, o potencial sinérgico produzido pelo quarteto será
sempre superior à ação uníssona de qualquer um deles, assim
como em duo ou trio.
O pólen das abelhas e os cavalos
A experiência de Charlie Whittingham, um dos mais famosos
treinadores de cavalos de corrida dos Estados Unidos, com o pólen
das abelhas – uma superconcentração e diversidade de nutrientes
como enzimas, bioflavonóides, complexos vitamínicos, minerais
naturalmente quelados etc. – levaram-no a declarar que:
Alimentar os cavalos com o pólen das abelhas é a mesma
coisa que lhes levar o melhor que o pasto tem a oferecer-
lhes para dentro do estábulo. Pense em um pasto na
primavera, exuberante, com flores de todos os tipos e
tamanhos, e toda aquela riqueza de nutrientes
compactados em seus pólens – um alimento com o qual
evoluíram ao longo dos séculos. Com o pólen das
abelhas, independente das estações e das condições sob
as quais estejam vivendo – do quente calor do Texas ao
frio inverno de Montana –, os cavalos podem continuar a
usufruir da porção do pasto que encerra a maior
concentração e mais alta qualidade nutricional. 109

A conservação do pólen das abelhas


A conservação do pólen das abelhas é algo que precisa de cuidados
especiais. A estabilidade dos seus elementos ativos depende dos
baixos níveis de umidade e da manutenção da temperatura entre
0-5OC. O pólen das abelhas nunca deve ser exposto ao sol, por isso
a tradição de coletá-lo apenas antes do cair da noite.

109
http://www.beepollen.com/
Saúde e Beleza Forever – 541

A combinação do pólen de abelha com o mel, como é o caso do


Forever Bee Pollen, é uma maneira tradicional de se preservar os
princípios ativos do pólen por mais tempo. Mesmo assim, deve-se
fazer atenção para não expô-lo a um meio ambiente muito quente
e, uma vez aberta a embalagem, deve ser conservado na geladeira.

Propriedades específicas do pólen das abelhas


Adstringente (cosmetologia). Antialergênico. Antianêmico.
Anticancerígeno. Anticoagulante. Antidepressivo.
Antienvelhecimento. Antiesclerótico. Antiinflamatório.
Antimicrobiano. Antioxidante. Antitumoral. Diurético (estimulante
e tranqüilizante). Cicatrizante. Colesterolêmico. Energético.
Hepatoprotetor. Tônico.

E mais...
Acelera a restauração e reposição tissular e celular a
reparação do DNA, RNA e colágeno da pele, unhas,
ossos, cabelo, tendões, ligamentos, processos
metabólicos, conexões neurais etc.
Aumenta as atividades enzimáticas, o número de
espermatozóides, a flexibilidade e resistência dos
dutos linfáticos e sangüíneos, as secreções biliares, a
sensação de bem-estar, o estado de alerta, os níveis
de resistência física e mental etc.
Auxilia a digestão, o sistema imunológico, a modelagem do
corpo, o controle de peso, os maus efeitos do
alcoolismo, dos agrotóxicos, os medicamentos etc.
Combate as alergias, a fadiga, as doenças, os maus efeitos das
drogas e da poluição, o estresse oxidativo, as
inflamações, os tumores, os microrganismos etc.
Fortalece a musculatura, as paredes das artérias, veias e vasos
capilares, os sistemas digestivo, endócrino,
imunológico, reprodutivo, respiratório etc.
Normaliza a pressão arterial, os níveis de colesterol e
triglicerídeos, as funções do sistema endócrino, as
funções hepáticas etc.
Nutre as glândulas supra-renais, as células do sistema
imunológico, o sangue etc.
542 – Saúde e Beleza Forever

Reduz as rugas, o grau de estresse, a vulnerabilidade do


organismo à ação dos radicais livres, à ação dos
microrganismos em disbiose etc.
Restaura do DNA, células e tecidos danificados pela ação dos
radicais livres.
Retarda os processos degenerativos do envelhecimento.
Reverte do estado de coma, dificuldade da motricidade,
danos causados às funções mentais etc.
Satisfaz do apetite dos que comem exageradamente.

Possibilidades de uso
Acne. Alcoolismo. Alergias. Altos níveis de colesterol. Anemia.
Anorexia. Ansiedade. Astenia. Ateromatose. Cardioneurose.
Deficiências coronárias. Depressão. Desordens do sangue.
Desordens no cólon. Doenças da próstata. Doenças do pulmão.
Dores de garganta. Esclerose. Esgotamento nervoso, físico e
intelectual. Estado de coma. Esterilidade masculina. Estresse.
Fadiga. Febre do feno. Gastrite. Gripes. Hiperplasia prostática
benigna. Hipertensão. Hipotensão. Histeria. Insônia. Menopausa.
Neurastenia. Obesidade. Patologias da gravidez. Perda da libido.
Problemas de cabelo, pele e unhas. Problemas de estômago.
Problemas ginecológicos. Problemas hepáticos. Problemas sexuais.
Processos de envelhecimento. Regime de emagrecimento. Uremia
(sangue na urina). Vícios em drogas (recreativas ou
farmacológicas).

Dosagem
Como cada organismo reage diferentemente, o tempo e dosagem
necessários para que o corpo responda ao uso do pólen das
abelhas varia de pessoa a pessoa. Cabe, porém, lembrar que:
 O pólen não cura, simplesmente nutre o organismo
para que este, por seus próprios mecanismos de
autocura, seja capaz de alcançá-la.
 Mesmo que a cura total não seja possível, o aumento
dos níveis de energia e qualidade de vida, e a melhora
do desempenho físico e mental são inquestionáveis.
Saúde e Beleza Forever – 543

 O pólen, por ser um alimento e não um composto


químico, não tem uma dosagem padronizada, mas sim
limitada pelo bom senso e necessidades nutricionais
do indivíduo, que varia com o momento.
De acordo com a maioria dos apiterapeutas franceses:
• O pólen das abelhas deve ser ingerido, de preferência, em
jejum – ao se levantar e entre as refeições.
• Quem não faz uso regular do pólen das abelhas deveria, pelo
menos a cada três meses, consumir uma dose diária durante
três semanas.
• Para facilitar a deglutição do pólen das abelhas, quem tem
problema de salivação pode beber um pequeno gole d’água
após a mastigação e salivação de cada porção.
• A ingestão do pólen das abelhas pode terminar com uma
infusão de ervas ou uma limonada quente.
• Outras opções de misturas para o pólen das abelhas são o
mel, as frutas ou o iogurte.
• A quantidade de pólen ingerida deve girar em torno de:
crianças 1 colher de café/dia
adolescentes 1 colher de sobremesa/dia
adultos 1 colher de sopa rasa/dia
As doses podem ser dobradas caso o organismo esteja
apresentando sintomas de desnutrição ou alguma disfunção ou
patologia. Nos casos de enurese infantil, a criança deve ingerir ao
menos uma dose de pólen meia hora antes do jantar.
Já a experiência dos apiterapeutas da ex-União Soviética diz que o
pólen das abelhas deve permanecer na boca até derreter-se
completamente e nem mesmo água pura deve ser ingerida pela
próxima uma hora subseqüente. Segundo esses estudiosos, a
dosagem para tonificar e recuperar o organismo segue as seguintes
normas:

• Exaustão devido a esforço físico ou mental:


adultos 1/3 de colher de sopa 2-3 vezes/dia
crianças 1/4 de colher de chá 2-3 vezes/dia

• Predisposição a doenças e disfunções, por 3 ou 4 semanas:


adultos 1/2 a 2/3 de colher de sopa 2-3 vezes/dia
544 – Saúde e Beleza Forever

crianças 1/3 de colher de chá 2-3 vezes/dia

• Exaustão devido a um estresse profundo ou durante o período


de preparação a uma cirurgia (acelera a recuperação):
adultos 1 colher de sopa 2-3 vezes/dia

• Ingerido juntamente com o mel:


na proporção 1:1 1 colher de chá, 2-3 vezes/dia
na proporção 1:2 1 colher de sobremesa 2-3 vezes/dia

• Outras possibilidades:
Adultos 1-2 colheres de chá/dia
Crianças iniciar com um quarto de colher de chá pela
manhã até chegar a meia colher
Alérgicos ingeri-lo pela manhã e à tarde
Atletas 4-6 colheres de chá/dia
Bodybuilding a dose deve ser maior
Dosagem apiterapêutica entre 1.000 e 3.000 mg/dia

Particularidades do Forever Bee Pollen


O pólen utilizado na confecção do Forever Bee Pollen, tão logo
chega às dependências da Robson’s Honey and Supply, é
submetido a um teste de qualidade. Para isso retira-se uma
amostra enquanto o resto é congelado a uma temperatura de 10
graus abaixo de zero – processo que elimina qualquer possibilidade
de contaminação por fungo ou bactéria eventualmente presentes.
O passo seguinte, a secagem, elimina a possibilidade de
sobrevivência de qualquer vírus que também, por alguma
eventualidade, possa estar presente. Antes, porém, de ser enviado
às dependências da Forever Living Products, o pólen é ainda
submetido a um último processo de limpeza.
Ao chegar à fábrica da Forever Living Products, o pólen é
imediatamente triturado, misturado ao mel, levado novamente a
secar e submetido a uma segunda moagem – tudo isso sem que a
temperatura seja elevada. Após a adição da geléia real, a mistura
é, então, transformada em tabletes, por um processo de pressão a
frio.
Saúde e Beleza Forever – 545

E são todos esses cuidados ao longo do processo que fazem com


que Forever Bee Pollen seja um produto 100% livre de qualquer
microrganismo e que seus elementos constituintes se encontrem
no mais alto grau de biodisponibilidade possível.
Conseqüentemente, todos o consomem regularmente, usufruem o
aumento do status nutricional, dos níveis de energia e de
resistência física, equilíbrio emocional, potência mental e,
certamente, maior paz de espírito, ou seja, usufruem melhor
qualidade de vida.

Modo de utilização do Forever Bee Pollen


• Quem jamais utilizou o pólen das abelhas deve começar
ingerindo ¼ da pastilha e observar se manifesta alguma
reação alérgica como vermelhidão ou coceira no corpo. A
dosagem deve, então, ser gradativamente aumentada até
alcançar a quantidade desejada.
• Dependendo do objetivo que se tenha – complementação
alimentar ou nutrição intensiva – o consumo diário de
Forever Bee Pollen pode variar de 3-12 pastilhas por dia.
• O ideal é que as pastilhas sejam salivadas/chupadas para
que sua ação possa ser potencializada pela saliva, pelo
contato prolongado com as glândulas sublinguais, que levam
os nutracêuticos biodisponíveis diretamente à corrente
sangüínea, assim como com certas células sensoriais da
garganta – identificadas pelo Hayayshibara Biochemical
Laboratories, do Japão, e pelo Amarillo Cell Culture Co., do
Texas –, que mantêm ligação direta com as células do cérebro
responsáveis pela concepção holográfica do organismo.
• Segundo pesquisas radiestésicas, para a grande maioria
das pessoas, os horários das 9, 15 e 19 horas são os mais
propícios à ingestão de Forever Bee Pollen, embora alguns
também o necessitem antes de dormir. E, de acordo com as
condições do organismo, estilo de vida etc., cada dose varia
de 1-4 pastilhas.
• Ingerido junto às refeições, Forever Bee Pollen eleva os baixos
valores nutricionais dos alimentos, ajudando a saciar a fome
oculta – a fome impossível de ser aplacada pelos alimentos
546 – Saúde e Beleza Forever

vazios – que promovem o acúmulo de gorduras em uns e


depaupera a massa muscular de outros.
• Para as crianças, Forever Bee Pollen é um excelente
suplemento alimentar para o lanche do meio da manhã e da
tarde. Em circunstâncias normais, dois tabletes ao dia lhes
são suficientes.
• Crianças vegetarianas ou nutricionalmente debilitadas teriam
maior interesse de usufruir 3-4 pastilhas de Forever Bee
Pollen ao dia. Seria, porém, aconselhável, que seus pediatras
estivessem cientes do potencial nutritivo desse alimento
funcional.

Informações nutricionais
Cada pastilha de Forever Bee Pollen contém 500 mg de pólen das
abelhas, 72 mg de mel, 2,7 mg de sília e 0,18 mg geléia real, que
equivalem a 72,5 Kcal.

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