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A Análise Preliminar de Risco – APR consiste em um

estudo antecipado e detalhado de todas as fases do


trabalho a fim de detectar os possíveis problemas que
poderão acontecer durante a execução.

Depois de detectado os possíveis acidentes e problemas,


devem ser adotados medidas de controle e neutralização,
essas medidas devem envolver toda equipe, criando um
clima de trabalho seguro em conjunto.

Para elaborar uma APR eficiente devem ser observados e


relatados todos os riscos do ambiente. Para descobrir os
riscos podemos usar como base o PPRA, Check list, ou
outros formulários elaborados para tal.

APR, AR, ART, qual a diferença?

Na área da segurança do trabalho temos vários


formulários com nomes diferentes que servem para o
mesmo propósito.

AR (Análise de Risco), ART (Análise de Risco da Tarefa) e


APR (Análise Preliminar de Risco) que é o mais famoso da
família, são todos formulários que servem para o mesmo
fim, levantar as condições de risco presentes no ambiente
de trabalho e propor as melhorias necessárias.

COM QUE FREQUÊNCIA PREENCHO A AR?

Esse é um controle que você pode fazer na medida da sua


necessidade. E não a confundamos a AR com a Permissão
de Trabalho (PT) que tem a função de controlar e permitir
o acesso a pessoas (devidamente autorizadas, treinadas e
capacitadas) para trabalhos em áreas de risco. Algumas
empresas gostam de usar a AR semanalmente, outras, a
cada duas semanas e por aí vai. A necessidade faz o uso.

CAMPOS QUE NÃO PODEM FALTAR NA APR:

 Responsáveis: Responsáveis pela aplicação da APR.


 Data: Deve ser a data de aplicação da APR.
 Nome da empresa: 
 Tarefa a ser executada:
 Riscos do trabalho: Devem ser listados com riqueza
de detalhes, afinal a APR (Análise Preliminar de
Risco) existe justamente para listar os riscos e a
partir dos riscos começarmos o processo de
neutralização, eliminação ou atenuação.
 EPI’s: Descrição dos EPI’s de uso obrigatório durante
a realização dos trabalhos.
 Equipamentos usados durante o trabalho: Cada
equipamento gera um risco específico, e por menor
que pareça, merece atenção e deve ser listado.
Quanto mais detalhes, mais eficiente será a APR.
 Normas de segurança a serem observadas: É
importante relatar, tanto para ciência do funcionário
quanto para efeito de documentação.
 Etapas de trabalho: Cada etapa tem seu risco
específico e deve ser observado e listado.
 No campo de descrição das etapas de trabalho cada
etapa precisa conter, risco, medidas preventivas a
serem observadas, e nível de risco (pequeno, médio
ou grande).
 Revisão: A cada revisão deve ser alterada a ordem
numérica da APR.
 Sugerimos que deixe um campo para enumerar as
revisões da APR, esse campo pode começar com 0,
ou 000. No caso de 000 após a primeira revisão
ficaria 001, e depois 002 e assim sucessivamente a
cada revisão.
 Responsáveis pela APR: A equipe de trabalho deve
ser envolvida na APR. Normalmente os integrantes
do SESMT são os responsáveis pela implantação e
gerenciamento da APR. Isso não impede que outros
funcionários como os chefes de setores sejam
incluídos.

VALIDADE DA APR

 A APR não tem vigência definida ao contrário da


Permissão de Trabalho…

 Cada empresa pode definir a vigência da APR da


forma como preferir. Algumas empresas costumam
fazer semanal, outras mensal e por aí vai.

QUEM ASSINA A APR

 Qualquer profissional que tenha conhecimento em


Segurança do Trabalho, por exemplo, o líder de setor
pode aplicar e assinar, sem problema algum.

QUEM APLICA A APR

 Qualquer empregado pode emitir a APR, não existe


impedimento legal para isso. Porém, é preciso que o
emissor tenha conhecimento na área de segurança
do trabalho e que conheça também os riscos do
ambiente de trabalho. Somente assim a APR pode
realmente cumprir sua missão que é levantar riscos
e propor medidas preventivas.

MODELO DE APR

 Não existe um modelo de APR, as normas não


definem um modelo.

 Sendo assim, cada empresa pode criar e determinar


o tipo de APR que melhor atenda às necessidades de
segurança da empresa.
 Aqui mesmo no site Segurança do Trabalho, temos
vários exemplos de APR, usando a caixa de pesquisa
do nosso site certamente encontrará.

A APR PROPORCIONA MELHORIA CONTÍNUA

 O processo de melhoria da APR deve ser contínuo,


ela deve ser mutável assim como o ambiente do
trabalho é mutável. Sempre que forem observados
novos riscos ou situações perigosas no ambiente,
elas devem ser inclusas na APR.

DOCUMENTAR

 Na Segurança do Trabalho não basta fazer é preciso


documentar! E com a APR não é diferente. A APR
deve ser documentada colhendo a assinatura de
todos os envolvidos na atividade. E claro, precisa ser
arquivada para consultas posteriores. Assim ela
mostrará a linha do tempo dos riscos e das medidas
preventivas que a empresa adotou para eliminá-los
ou controlá-los.

A APR é uma técnica que pode ser aplicada a várias


atividades e pode ser usada em conjunto com outras
técnicas de avaliação e controle.

A análise preliminar de riscos (APR) consiste do estudo,


durante a fase de concepção, desenvolvimento de um
projeto ou sistema, com a finalidade de se determinar os
possíveis riscos que poderão ocorrer na sua fase
operacional e saná-los para que os mesmos não
aconteçam.

A APR é utilizada, portanto para uma análise inicial,


desenvolvida na fase de projeto e desenvolvimento de
qualquer processo, produto ou sistema, tendo especial
importância na investigação de sistemas novos de alta
inovação e/ou pouco conhecidos, ou seja, quando a
experiência em riscos na sua operação é deficiente.
Apesar das características de análise inicial, é muito útil
de se utilizar como uma ferramenta de revisão geral de
segurança em sistemas já operacionais, revelando
aspectos que às vezes passariam despercebidos.

A APR é uma técnica profunda de análise de riscos, mas


geralmente precede a aplicação de outras técnicas mais
detalhadas de análise, já que seu objetivo principal é
determinar os riscos e as medidas preventivas antes da
fase operacional.

Na NR10 - Norma Regulamentadora que trata dos serviços


no SEP - Sistema elétrico de potência (Sistema Elétrico) é
prevista a aplicação da APR, quando da execução destes
serviços.

Os princípios e metodologias da APR consistem em


proceder-se uma revisão geral dos aspectos de segurança
de forma padronizada.
A partir da descrição dos riscos são identificadas as
causas (agentes) e efeitos (consequências) dos mesmos, o
que permitirá a busca e elaboração de ações e medidas de
prevenção ou correção das possíveis falhas detectadas;
A priorização das ações é determinada pela
caracterização dos riscos, ou seja, quanto mais
prejudicial ou maior for o risco, mais rapidamente deve
ser preservada.

Diante de qualquer tipo de risco no ambiente de trabalho,


deve-se realizar antecipadamente um estudo técnico, de
forma a eliminar as fontes de risco à segurança do
trabalhador.
Ao fazer a medição do risco, deve-se indicar, por exemplo,
qual equipamento de proteção individual (EPI) será capaz
de reduzir ou até mesmo acabar com a insalubridade.
MEDIDAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO
A APR tem sua importância maior no que se refere à
determinação de uma série de medidas de controle e
prevenção de riscos, desde o início operacional do
sistema, permitindo revisões de projeto em tempo hábil,
com maior segurança, além de definir responsabilidades
no que se refere ao controle de riscos.
a) Revisão de problemas conhecidos: consiste na busca de
analogia ou similaridade com outros sistemas, para
determinação de riscos que poderão estar presentes no
sistema que está sendo desenvolvido, tomando como base
a experiência passada.
b) Revisão da missão a que se destina: atentar para os
objetivos, exigências de desempenho, principais funções e
procedimentos, ambientes onde se darão as operações,
etc. enfim, consiste em estabelecer os limites de atuação
e delimitar o sistema que a missão irá abranger: a que se
destina, o que e quem envolve e como será desenvolvida.
c) Determinação dos riscos principais: identificar os
riscos potenciais com potencialidade para causar lesões
diretas e imediatas, perda de função (valor), danos à
equipamentos e perda de materiais.
d) Determinação dos riscos iniciais e contribuintes:
elaborar séries de riscos, determinando para cada risco
principal detectado, os riscos iniciais e contribuintes
associados.
e) Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos:
elaborar um "brainstorming" para levantamento dos
meios passíveis de eliminação e controle de riscos, a fim
de estabelecer as melhores opções, desde que compatíveis
com as exigências do sistema.
f). Analisar os métodos de restrição de danos: pesquisar
os métodos possíveis que sejam mais eficientes para
restrição geral, ou seja, para a limitação dos danos
gerados caso ocorra perda de controle sobre os riscos.
g) Indicação de quem será responsável pela execução das
ações corretivas e/ou preventivas: Indicar claramente os
responsáveis pela execução de ações preventivas e/ou
corretivas, designando também, para cada unidade, as
atividades a desenvolver.
A APR tem grande utilidade no seu campo de atuação,
porém, como já foi colocado, necessita às vezes de ser
complementada por técnicas mais detalhadas e apuradas.
Em sistemas que sejam já bastante conhecidos, cuja
experiência acumulada conduz a um grande número de
informações sobre riscos, esta técnica pode ser utilizada
de modo auxiliar.
ANÁLISE DE FALHA HUMANA
Segundo os especialistas, pelo menos 70% dos acidentes
são causados por falha humana. As tecnologias atuais
ganharam riscos que afetam e são afetados pelas ações
realizadas por pessoas em situações normais (de operação
corriqueira), de manutenção, e obviamente, de
emergência.

Embora pareça que o ser humano seja o culpado por toda


a falha, já que foi o último envolvido na ação, esta falha
começa mesmo no projeto de construção de um sistema
tecnológico. O problema é que estas falhas de projeto e
construção são numerosas e geralmente erroneamente
entendidos como falhas do usuário. O fato é que certos
componentes do sistema como complexidade e perigos
podem colocar o usuário em situações em que não é
possível realizar com sucesso algumas ações, como foi
projeto. Os erros dos operadores em algumas tecnologias
são forçados pela própria tecnologia e suas condições.
Assim, os autores concluem que o risco sempre terá um
fator humano. Ademais, esta contribuição humana para o
risco pode ser entendida, avaliada e quantificada
aplicando-se técnicas.

Em última análise, trata-se de calcular a probabilidade de


que um conjunto de ações humanas sejam executadas
com sucesso num tempo estabelecido ou numa
determinada circunstância.
As grandes crises a nível alimentar que recentemente
assolaram a Europa, conduziram a uma intensa discussão
sobre segurança alimentar fornecida. Estas também
originaram a criação de uma Autoridade de Segurança
Alimentar Europeia (ASAE).
Esta autoridade é responsável por fazer uma avaliação
científica dos riscos; no entanto, a decisão tomada em
relação à gestão de riscos é da competência da legislação
e política da União Europeia. Os riscos são avaliados e
geridos numa estrutura denominada Análise de Riscos.
Este artigo irá explicar em que consiste Análise de Risco.
Está claro quanto ao que significa “risco”? Uma definição
é “a probabilidade de acontecer uma situação adversa,
problema ou danos e as consequências deste mesmo”.
Avaliar riscos e determinar a melhor maneira de geri-los
por completo e ampliar à escala da UE constitui um
enorme desafio.
É difícil apreciar todos os aspectos do risco e visualizar
todas as consequências de uma medida de controlo; uma
vez que existe sempre um certo grau de incerteza. A
análise de risco é uma forma sistemática de avaliar
melhor os riscos, alcançar a transparência na sua
complexidade e resolver as dúvidas e lacunas.
Este sistema facilita a adopção de decisões, em matéria
de gestão de riscos, e sua comunicação. A análise de
riscos é composta por três etapas: avaliação de riscos,
gestão de riscos e comunicação dos riscos.
 

AVALIAÇÃO DOS RISCOS


 

No que respeita à alimentação, o risco implica um


potencial impacto sobre os consumidores. Os possíveis
riscos nos alimentos devem-se a microrganismos
infecciosos, substâncias químicas, como os
contaminantes (ex. detergentes de limpeza), ou agentes
físicos (como vidro).
Embora sejam feitos todos os esforços para minimizar os
perigos ocorridos, a segurança alimentar não é absoluta e
os perigos podem ocorrer.
A avaliação dos riscos segue uma abordagem estruturada
que estima o risco e compreende os fatores que intervêm
de forma positiva ou negativa sobre o risco.
Um risco pode estimar-se em termos absolutos (ex.
estimar o número de consumidores que adoeceram por
ano, por consumir determinados produtos) ou relativos
(ex. comparando a segurança de um produto com outro).
 GESTÃO DE RISCOS
Os gestores de risco conduzem a Análise de Risco. Estes
decidem se a avaliação de risco é necessária para resolver
o problema e apoiam os avaliadores no seu trabalho. Uma
vez completa a avaliação do risco, os gestores de risco
baseiam-se no resultado para decidir quais as medidas a
tomar acerca do risco.
Quando o risco necessita de ser reduzido, os gestores de
risco devem escolher qual ou quais as medidas mais
corretas a aplicar.
 

COMUNICAÇÃO DOS RISCOS


 

Na análise de riscos são importantes diferentes tipos de


comunicação. Discussões técnicas ocorrem entre
gestores, avaliadores e partes interessadas do setor.
Quando se decide qual o modo de controlar o risco e
quando se implementam decisões, a comunicação entre
os gestores de risco e o público é muito importante. Esta
discussão é menos técnica e deve incluir, por exemplo,
pontos de vista económicos, sociais e étnicos.
De forma a tomar uma decisão adequada ao objetivo e
aceitável por todos os interessados, os gestores de risco
necessitam ter uma boa comunicação do risco. Muitos
dizem que a comunicação do risco não é nada mais do
que uma atividade de relações públicas, mas na verdade a
disciplina tem evoluído de forma independente,
sobretudo devido às teorias de percepção de riscos.
A percepção de riscos refere-se a uma série de estudos
psicológicos, que se iniciaram há cerca de 50 anos, com o
objetivo de analisar a forma como os riscos são
perceptíveis de uma forma ou de outra.
Esta investigação mostrou que existem pessoas que se
preocupam mais com riscos involuntários, do que com os
voluntários, e mais ainda pelos problemas tecnológicos do
que pelas catástrofes naturais.
Estes resultados influenciaram enormemente o modo
como apresentar os riscos à opinião pública. As
estratégias iniciais de comunicação dos riscos
funcionavam “alto para baixo”, como de um legislador
para o público.
Atualmente, prefere-se uma forma de comunicação por
diálogo, que motiva o público e os interessados que
participam ativamente na comunicação do processo.

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