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Gerenciamento de Ativos
Gerenciamento de Ativos
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
APRESENTAÇÃO..................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
CONCEITOS GERAIS.................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 2
TECNOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO – RFID................................................................................. 30
UNIDADE II
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA..................................................................................... 53
CAPÍTULO 1
GERENCIAMENTO DE ATIVOS NA VISÃO PAS 55 E A ISO 55001................................................ 53
CAPÍTULO 2
GERENCIAMENTO E ANÁLISE DE RISCOS................................................................................. 71
CAPÍTULO 3
MÉTODOS ESTATÍSTICOS PARA GERENCIAMENTO DE ATIVOS..................................................... 88
UNIDADE III
APLICAÇÃO....................................................................................................................................... 105
CAPÍTULO 1
APLICAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE ATIVOS NO SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES............... 105
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 124
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Após o estudo desta disciplina o(a) aluno(a) deverá ser capaz de reconhecer a
importância do gerenciamento de ativos e do papel de um gestor desta área dentro
de uma empresa, assim como ter ideia de como uma empresa deve ser estruturada,
a fim de obter um crescimento sustentável. Serão apresentados conteúdos técnicos
sobre como a gestão dos ativos poderá ser realizada com a ajuda da tecnologia
RFID, e espera-se que os alunos compreendam como a tecnologia pode auxiliar
em todo o processo e como ela se tornou importante nos últimos anos. Os alunos
deverão saber reconhecer, ao fim do conteúdo, alguns requisitos presentes
nas normas apresentadas no documento ISO 55000 e na PAS 55, e entender
aplicações comuns que podem ser utilizadas em um vasto conjunto de ativos.
Serão apresentadas informações extremamente relevantes sobre riscos e qual a
melhor forma de monitorar todo o processo de uma boa gestão. Por fim, os alunos
deverão obter conhecimento em como aplicar o gerenciamento de ativos no setor
de telecomunicações, através de um estudo de caso.
Veremos, a seguir, que existem diversos modelos e diferentes tipos de gestão, como,
por exemplo:
»» gestão empresarial;
»» gestão de pessoas;
»» gestão de projetos;
»» gestão da qualidade;
7
Essa pequena introdução poderá ampliar a visão do aluno quanto à diversidade de
conhecimentos sobre gestão que alguém pode ou deve possuir e como ela se aplica aos
diferentes setores de uma empresa. Abrindo o leque para uma variedade infinita de
métodos e qual o tempo certo de utilizá-los, conforme o andamento dos processos e
crescimento da empresa.
Objetivos
»» Estimular o aluno sobre a importância de se gerenciar os ativos de
uma empresa (tanto ativos de curto prazo quanto de longo prazo).
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APRESENTAÇÃO UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Conceitos gerais
9
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
»» gestão democrática;
»» gestão meritocrática;
»» gestão autoritária; e
Gestão democrática
Gestão meritocrática
Como o próprio nome diz, o que efetivamente importa nesse modelo são os
resultados. É muito empregado quando a empresa tem carência de soluções
instantâneas, rápidas. Também não se importa muito com a maneira como os
10
APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
resultados serão atingidos, ou seja, em como as metas serão batidas. Perceba que o
lado negativo desse modelo é que a empresa não está tão preocupada com as metas
de longo prazo e com os processos.
Fonte: http://www.mundocarreira.com.br/administracao/qual-eficacia-da-gestao-por-processos/.
Gestão autoritária
Ao contrário do modelo meritocrático, neste caso apenas o gestor tem voz, ou seja, as
decisões são tomadas apenas por uma única pessoa. É considerada positiva quando
o time é formado por pessoas inexperientes e tem como objetivo proteger e amparar
esses funcionários.
Esse modelo de gestão não é considerado fácil, uma vez que para obter sucesso
precisa-se de um gestor com habilidades como carisma e convencimento,
garantindo, assim, uma equipe que demonstre obediência e que, ao mesmo tempo,
acate com as decisões do gestor.
11
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Vistos os principais modelos de gestão, é possível concluir que uma empresa precisa
ser maleável a ponto de poder escolher o melhor modelo para cada fase em que esteja
passando. É muito difícil seguir o mesmo modelo por um longo período, dado que as
circunstâncias mudam rapidamente, tanto no mercado e quanto dentro das próprias
empresas.
Prosseguindo, iremos agora analisar os diversos tipos de gestão, pois essa pode ser
dividida para diversas finalidades e setores. As mais conhecidas e provavelmente as
mais utilizadas são:
Fonte: https://www.heflo.com/pt-br/documentacao-processos/gestao-do-conhecimento-nas-empresas/.
12
APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Após todos esses conceitos e exemplificações, é quase claro o motivo pelo qual
as empresas utilizam esses modelos e tipos diversificados de gestão, mas vamos
salientar alguns dos pontos positivos:
»» Organização de processos.
13
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Muitas empresas têm dificuldade em trabalhar com metas de médio e longo prazos,
focando apenas nas metas de curto prazo. Uma boa gestão também poderá trazer
grandes melhorias nesse quesito.
Ainda com o intuito de reforçar a gestão e fazer com que mais benefícios
sejam usufruídos, muitas empresas passam por sistemas de auditorias a
fim de apurar a plenitude dessa administração. Por meio dessas auditorias
é possível captar falhas no processo e consertá-las por meio de planos de
ação. Elas podem ser realizadas informalmente pelos próprios funcionários,
de maneira cruzada, e formalmente por meio de auditores, periodicamente.
Como podemos observar, existem diversos tipos de gestão, cada um deles voltado
para um objetivo específico. Neste material estudaremos exclusivamente a gestão de
ativos, como ela funciona, o que deve ser considerado, além de outras observações.
Para isso, ainda precisamos entender mais alguns conceitos.
Agora que já sabemos o que é gestão, vamos nos atentar ao conceito de ativos e suas
possíveis classificações.
Por definição, ativos são a soma de todos os bens e direitos que uma empresa dispõe,
dos quais se expectam que possuam capacidade para colaborar economicamente
(de maneira positiva, claro) com a ela. Considera-se ainda que, em um espaço de
tempo, esses bens somados aos direitos se tornarão o patrimônio da empresa,
juntamente com suas obrigações (considerados passivos), e serão analisados
conforme seus valores.
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APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Portanto, o passivo está relacionado com todo o dinheiro que sai da empresa. Alguns
exemplos mais comuns de passivos são:
»» salários;
»» férias;
»» aluguel;
»» impostos etc.
Patrimônio
Ativo Passivo
Bens Obrigações
+
Patrimônio Líquido
Direitos
Fonte: http://marcusmarques.com.br/empresas/o-que-e-o-ativo-circulante/.
15
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Dentro dos ativos circulantes e não circulantes, podemos encontrar os seguintes itens:
16
APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
utilizados, o estoque etc. Já o ativo intangível é aquele que não podemos “ver”
nem tocar, mas são percebíveis, como sua marca, estratégia, valores e princípios
morais, seu volume de conhecimento, entre outros.
Neste material, faremos uma abordagem mais abrangente aos ativos tangíveis, mas
muito do que será falado aqui terá usabilidade para qualquer tipo de ativo.
É válido ressaltar que esses ativos podem ser de curto e de longo prazo.
Ativos
humanos
Ativos Ativos
financeiros Ativos físicos Informacionais
Ativos
intangíveis
Sobre o ciclo de vida dos ativos, pode-se afirmar que existem diversos conceitos e
maneiras de lidar com ele.
17
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Ele pode ser entendido como o ciclo de vida física, que passa por todo processo de
produção do ativo, considerando a gênese dos recursos naturais, até onde os resíduos
serão deixados.
»» restauração;
»» locomoção;
»» armazenamento;
»» encadeamento;
»» manutenção;
Para outros, o ciclo de vida pode ser compreendido como a abrangência de toda
a cadeia produtiva, que são as fases em que os ativos percorrem e vão sendo
transformados desde a matéria-prima.
»» artimanha de manutenção;
»» troca do ativo;
»» mudanças;
»» reciclagem;
Renovar/ Adquirir/
Descartar Criar
Manter Utilizar
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APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Conclui-se que o não gerenciamento dos ativos pode acarretar grandes problemas
em relação à vontade das empresas em reduzir custos no âmbito de pequenos
reparos ou grandes manutenções, o ativo pode perder muita produtividade se não
for bem vistoriado.
Faço aqui uma observação! O estoque é um dos componentes dos ativos de uma
empresa. Além dele, consideramos as mercadorias como um ativo circulante cíclico,
que são ativos circulantes de baixa liquidez, são aqueles bens comercializáveis.
19
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Fonte: https://www.akatu.org.br/noticia/alimentos-produzidos-e-nao-consumidos-onu-lanca-guia-visual-sobre-o-desperdicio/.
»» como deve ser a parte interna dos veículos no qual as mercadorias são
transportadas;
Ainda se deve pensar na perecibilidade dos serviços. Eles não podem ser estocados e
armazenados. Isso faz com que os gerentes tenham mais um desafio, o de ajustar os
serviços conforme sua oferta e demanda.
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APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Curva ABC
Uma das alternativas para se obter controle do estoque é realizar a curva ABC,
também chamada de análise de Pareto 80/20. Por meio desse método, será possível
organizar o estoque com o intuito de reduzir perdas e aumentar a produtividade.
A análise de Pareto, estudo desenvolvido por Joseph Moses Juran, diz que
80% das consequências vem de 20% das causas.
Exemplos:
No caso que utilizaremos a seguir, veremos que 80% dos produtos utilizados
vêm de apenas 20% das marcas disponíveis.
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UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Imagine que essas 5 marcas fiquem espalhadas pelo estoque, sem identificação de
localização e data de validade. Possivelmente o turno responsável por montar as
cargas que serão entregues no dia seguinte perde muito tempo procurando pela
mercadoria espalhada.
O controle por data de validade deve possuir uma lista dos produtos que estão para
vencer com as respectivas quantidades. O sistema deve possuir a opção de realizar
a baixa de produtos vencidos no estoque, podendo retirá-los do armazém e realizar
o envio para o local adequado, uma área de despejo, por exemplo, que seja bem
separada da área em que ficarão os produtos em bom estado.
As empresas devem possuir maneiras de fazer com que o desperdício seja o menor
possível. Pense no caso de um armazém totalmente incontrolado, que possui
produtos vencidos, com vazamento ou outros problemas. Ainda que esses produtos
cheguem até os clientes, ao verem a situação em que o produto se encontra poderão
devolvê-lo no mesmo momento, gerando um custo extra à empresa.
Indo um pouco mais além, pense no controle de uma curva ABC de uma fábrica
que deve atender a diversos centros de distribuição diariamente, ou seja, precisa
manter o estoque em constante modificação. Por trás de todo esse controle devem
existir análises profundas sobre a compra de cada produto, planejamentos para
altas temporadas como o verão, feriados e datas comemorativas. Essas análises
possibilitarão um melhor planejamento sobre a quantidade mínima e máxima de
produtos no estoque. Normalmente, quando o estoque permanece em seu nível
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APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
máximo por muito tempo, significa que os produtos não estão saindo, aumentando a
chance de que venham a vencer e entrem para o prejuízo da empresa.
Um último adendo para se ficar atento ao estoque é caso exista mais de uma data
de validade por produto. Eles devem ser organizados de forma que os primeiros
produtos a serem escoados são os produtos com data de vencimento menor, um
processo chamado de FEFO (First expire, First out ou PVPS – Primeiro que Vence,
Primeiro que Sai).
Ainda podemos encontrar estoques que trabalham como método FIFO (First In, First
Out), ou seja, o primeiro que entra no estoque é o primeiro que sai. Caso o estoque
receba produtos com a ordem de validade correta, não terá dificuldade em realizar esse
processo. Porém, quando recebe produtos com datas diferenciadas (datas menores
das que já constam no estoque), isso acabará gerando um retrabalho para a equipe de
organização do armazém.
Aguçando um pouco a curiosidade sobre o que virá no próximo capítulo, idealize que
a empresa possui um sistema que permite identificar todos os pallets de produtos,
suas respectivas datas de validade e sua exata localização física no estoque. Isso não
ajudaria, e muito, na organização do estoque?
Fonte: https://www.teamocaruaru.com/wp-content/uploads/2018/04/veja-como-melhorar-a-gestao-de-estoque-em-lojas-de-
materiais-de-construcao.jpeg.
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UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Fonte: https://www.ntiw.com.br/gestao-ativos.
O papel do gestor de ativos, basicamente, é ter como meta tornar seus ativos
extremamente fidedignos, ou seja, com alta desocupação e poucas horas parado.
É importante lembrar que não se pode gerenciar algo que não se pode medir.
Portanto, é primordial que todos os ativos possuam uma forma de serem
mensurados.
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APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Fonte: https://blog.applovin.com/must-know-kpis-measuring-mobile-games-performance/.
Além das manutenções, deve-se estudar o momento certo de adquirir novos ativos.
Além disso, devemos pesquisar e adquirir ativos que possuam o TCO (Total Cost of
Ownership – Custo total da posse) mais baixo, embora o preço inicial para obtenção
do ativo seja superior. Devemos observar também atuais indicadores como o
grau de elevação de efetividade energética.
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UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
»» custo;
»» risco; e
»» desempenho.
CUSTO DESEMPENHO
RISCO
A realidade nos demonstra que quando olhamos apenas para o custo inicial de
compra, na generalidade das vezes, não fazemos a melhor escolha, pois devemos
levar em consideração outras individualidades no estágio da diferenciação.
»» efetividade energética;
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APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
A ATC é uma empresa americana com sede em Boston, nos Estados Unidos,
mas possui escritórios espalhados pelo mundo todo. Ela atua na área de
infraestrutura wireless (comunicação sem fio), especificamente se tratando de
torres.
Com isso em mente, podemos perceber o quão alto é o valor desembolsado para se
adquirir novos ativos e, então, subentender que o tempo gasto para realizar a análise
sobre essa compra não deve ser pequeno, visando os riscos e as vantagens que essa
nova aquisição pode gerar. Falaremos um pouco mais sobre isso no capítulo que
engloba o ciclo de vida dos ativos.
Descarte de ativos
Assim como a compra, o descarte de ativos não é tão simples como parece, ainda
mais quando se trata de ativos de telecomunicações, normalmente ativos eletrônicos.
Dentro da etapa de descarte do ciclo de vida do ativo iremos contemplar subfases
como a reutilização, a reciclagem etc. Existem empresas especializadas nesse tipo de
serviço, que atuam em todas as subfases do descarte, como, por exemplo:
»» logística e recolhimento;
»» manufatura reversa;
»» reaquisição fiscal;
»» orientação ambiental; e
»» take back.
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UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Fonte: https://sites.google.com/a/farroupilha.ifrs.edu.br/gustavo-kunzel/cursos/engenharia-de-controle-e-automacao/sistemas-
de-manufatura.
Gerenciamento de resíduos
»» lixo industrial;
»» lixo doméstico;
»» lixo agrícola;
»» lixo comercial;
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APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Classe IA - perigosos
Veja a seguir algumas possíveis classificações dos resíduos quanto ao seu risco:
29
CAPÍTULO 2
Tecnologia de identificação – RFID
Tecnologia RFID
A RFID (radio-frequency identification ou, em português, identificação por
radiofrequência) é uma tecnologia que tem sua origem na Segunda Guerra
Mundial, em meados da década de 1930, quando se tornou essencial identificar
apropriadamente objetos que sobrevoassem o céu, que estivessem mergulhados
na água ou até mesmo objetos que se movimentassem sobre o solo. Já nessa
época alguns países utilizavam radares que possibilitavam a administração da
proximidade de objetos, tais como os aviões, fazendo com que a preparação
da defesa fosse mais efetiva. Porém, ainda sofriam com a impossibilidade de
conseguir diferenciar seus aviões dos aviões inimigos.
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APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Existem diversos tipos de tags, com formatos e tamanhos diferenciados e que podem
ou não conter bateria, possuem também diferentes tipos de memória e formas de
alimentação e são classificadas em duas categorias.
Ativos Passivos
Distância de leitura de maior alcance Distância de leitura de menor alcance (cerca de 8 metros)
Custo mais elevado Não precisa de bateria
Maior sensibilidade à temperatura Maior durabilidade (tempo de vida)
Precisa de bateria Funciona em situações adversas (clima)
Menor durabilidade
Grande capacidade de armazenamento
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UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
saber informações tais como a energia e a frequência do leitor e da antena, pois essas
determinarão a distância necessária para a leitura correta entre a antena e as tags.
Abaixo, podemos ver como o sistema funciona e uma breve explicação sobre as
etapas desse processo.
ANTENA
LEITOR
Etiqueta de
identificação
TAG
É possível perceber como tecnologias como essa, assim como o uso de código de barras
e até mesmo a digitação, garantem uma grande integração, pois é possível que as
informações sejam atualizadas simultaneamente.
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APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Componentes
Etiqueta
TAG
Antena
integrada
Microchip
Como mostra a figura anterior, as tags são formadas por uma antena integrada,
responsável pela transmissão dos dados contidos no microchip para o leitor, e por um
microchip, este último sendo o responsável pelo armazenamento e processamento
das informações das mercadorias onde serão instaladas.
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UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Voltando um pouco à classificação das etiquetas, pode-se ainda dizer que elas não
estão divididas em apenas ativas e passivas, e sim em ativas, semipassivas e passivas.
Suas características são as seguintes:
Entrando no mérito de preço, etiquetas ativas e semipassivas são mais caras do que
as passivas. Isso faz com que elas sejam usadas para controlar ativos de grande valia,
que precisam ser monitorados a longas distâncias e dificilmente serão encontradas
em objetos de baixo valor.
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APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Variedade de frequências
Ainda não existe uma padronização sobre qual faixa frequência utilizar para o
sistema e isso faz com que essa tecnologia não corresponda a todas as exigências
do mercado.
Leitor
Existem vários tipos de leitores RFID, para diversas frequências. Eles irão auxiliar na
identificação, rastreamento e armazenamento dos objetos.
Sua obrigação é abrigar, decifrar a escrita dos sinais lançados pelas tags e efetivar
a interação com o sistema do usuário para que esse realize a análise dos dados
fornecidos. Esses equipamentos podem estar presos não (ser manejado pelas mãos)
e podem estar agregados a dispositivos móveis, como tablets, celulares e PDAs
(Personal Digital Assistant – assistente pessoal digital), mais conhecidos como
palmtops.
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UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Fonte: http://www.stronglink-rfid.com/pt/rfid-readers/sl600.html.
No decorrer dos anos, vários padrões foram criados para essa tecnologia com o
intuito de estabelecer protocolos de comunicação entre as tags e os leitores. Por
diversos anos esses padrões eram associados aos respectivos fornecedores, fazendo
com que cada usuário da tecnologia tivesse que se acostumar com o padrão que
era adotado por seu fornecedor. Isso acabou gerando grande comoção entre os
consumidores dessa tecnologia, levando algumas organizações a trabalharem
em cima de padronizações como a ISO (International for Standardization) e a
EPCglobal (Electronic Product Code).
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APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Código EPC
01.0000A89.00016F.000169DC0
Alguns padrões foram desenvolvidos pela ISO, divididos em sete partes, de acordo
com as frequências utilizadas na interface de comunicação.
Norma Título
ISO 18000-1 Parâmetros gerais para comunicação por interface por ar para frequências globalmente aceitas
ISO 18000-2 Parâmetros para comunicação por interface por ar abaixo de 135 KHz
ISO 18000-3 Parâmetros para comunicação por interface por ar em 13,56 MHz
ISO 18000-4 Parâmetros para comunicação por interface por ar em 2,45 GHz
ISO 18000-5 Parâmetros para comunicação por interface por ar em 5,8 GHz
ISO 18000-6 Parâmetros para comunicação por interface por ar em 860 a 930 MHz
ISO 18000-7 Parâmetros para comunicação por interface por ar em 433,93 MHz
Fonte: adaptada de http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialrfid/pagina_3.asp.
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UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
EFICIÊNCIA
CUSTOS
Fonte: https://www.manutencaoemfoco.com.br/custos-de-manutencao/.
O presente método utilizado por algumas empresas para gerenciar os ativos reflete
diretamente na administração do ciclo de vida dos ativos. Nessa situação, ao se utilizar
novas tecnologias, é possível obter aumento na produtividade, qualidade e exatidão de
informações relevantes ao negócio.
38
APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
A primeira empresa a usar o sistema RFID, fazendo com que ele fosse alavancado, foi
a multinacional Wal-Mart (lojas de departamento), no ano de 2005, e exigiu também
que seus maiores fornecedores a usassem.
»» setor público;
»» setor bibliotecário;
»» setor farmacêutico;
»» setor médico;
»» setor automotivo;
»» setor varejista.
39
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Durante os anos e os estudos que se sucederam, notou-se que a tecnologia tinha sua
maior parcela de uso em objetos como pallets, contêineres e caixas, com o objetivo de
identificar e rastrear os itens.
A tecnologia passou a ganhar conotação após demonstrar sua facilidade de uso. Ela
permite a realização de tarefas instantaneamente e proporcionam a administração
de toda a rede, resumindo procedimentos e custos, banindo divergências físicas ou
contábeis.
Conclui-se que seu uso é essencial para empresas com o objetivo de reduzir custos
operacionais, reduzindo a mão de obra com a inclusão de sistemas automáticos de
controle. Empresas que queiram aumentar a produção de lucros e sua produtividade.
Veja abaixo uma lista com as vantagens mais dominantes desse sistema:
40
APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
»» diminuição de inconvenientes;
»» manejo do pós-venda;
RFID no Brasil
Pesquisa após pesquisa, dia após dia, os desenvolvedores vêm analisando novas
possibilidades de uso para o sistema RFID, devido às suas vantagens. É possível
encontrar companhias que já estão bem familiarizadas e acostumadas com o sistema,
como o caso da multinacional Wal-Mart e o Departamento de Defesa Americano.
Fonte: http://acuraglobal.com.br/t-5c.php.
41
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Lembrando, uma vez instalado, caso seja retirado, ele perde sua funcionalidade de
identificação.
O que acontece no processo é que as etiquetas presentes no para-brisa são lidas por
leitores presentes próximos às cancelas, e estando tudo nos conformes a cancela é
liberada para que o veículo prossiga. Os leitores farão o registro da data, horário,
praça de pedágio e custo do pedágio. Por mês, aqueles que optarem por esse serviço,
receberão em sua casa uma cobrança com o valor total de todos os pedágios pelo
qual o condutor passou. A cobrança será realizada por meio da fatura de cartão de
crédito do cliente.
Não é possível burlar o sistema, pois o sistema consegue identificar veículos que não
possuem a etiqueta. Quando isso acontece, o sistema emite um sinal para uma câmera
que irá fotografar a placa do carro, fazendo com que o condutor receba uma multa.
Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2016/01/sem-parar-esta-na-mira-de-empresa-americana.html.
No país, podemos encontrar algumas empresas que prestam esse serviço, como a Sem
Parar, Auto Expresso, Conect Car e Passe Expresso.
42
APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Essa pesquisa ainda trouxe informações sobre outras características como o porte das
empresas, segmento e dificuldades por categorias.
Outros 5,3
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Sua classificação de porte foi realizada com base em seu faturamento. Os faturamentos
variavam de menos de 100 milhões de dólares até empresas com faturamento acima
de 1 bilhão de dólares por ano.
Na conclusão do estudo, foi citado que um dos principais efeitos era a ressalva
do quão importante era a área da tecnologia da informação como intermediária
43
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Seu objetivo geral é fazer com que essa tecnologia seja implementada no país de
maneira organizada, padronizada, simplificada e sem muita burocracia. Por meio
desse processo, será possível obter um aumento na fiscalização de mercadorias pelo
país.
44
APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
É possível constatar que a utilização do sistema RFID vem crescendo ao longo dos
anos dentro do país, mas que ainda existem diversas dificuldades e barreiras a serem
enfrentadas para que todas as empresas possam implementar a tecnologia e obter
seus ganhos.
Para uma melhor explicação desse processo e considerando apenas a empresa que
será apresentada a seguir, imagine o seguinte cenário.
45
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Uma empresa tem a necessidade de utilizar equipamentos (ativos) para prestar seus
serviços e tem seus próprios processos e sistemas, realizando todo o controle por
meio de planilhas de cálculos. Considere ainda que essa empresa faz parte do Sistema
Telefônico Fixo Comutado (STFC), que nada mais é do que uma empresa que presta
serviços de telefonia fixa no Brasil. Dada essa informação, é sabido que toda empresa
que presta serviço de telefonia no país precisa primeiro da concessão do governo, e a
partir daí a empresa é obrigada a fornecer informações físicas e contábeis sobre seus
ativos que sustentem o serviço de telefonia fixa. Dá-se o nome de reversíveis a esses
ativos.
A Anatel, por meio da Lei no 9.472, de julho de 1997, conhecida também como
Lei Geral das Telecomunicações, determina que sejam fornecidos dados físicos e
contábeis sobre os bens reversíveis. As determinações correspondem ao tipo de
informação, formato e regularidade.
46
APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Por definição, valor contábil é o montante pelo qual o ativo está registrado na
contabilidade, líquido da respectiva depreciação acumulada e das provisões
para perdas por redução de valor recuperável – NBC T 19.1.2.
47
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
A reversibilidade é uma das questões mais críticas analisadas pela Anatel, obrigatória
para que a empresa preste o serviço. Sendo assim, a empresa passa a assumir alguns
riscos, como delimitações e punições determinadas pela Anatel.
Exigências regulatórias
Fonte: https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/12/anatel-reclamacao-app.html.
48
APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Após essas informações, daremos início ao caminho a ser percorrido para que a
empresa coloque tudo em ordem e realize uma boa gestão de seus ativos, atendendo
todas as exigências da Anatel.
49
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Foi criado um escopo com a descrição do que deve ser realizado em casa fase.
Após todas essas informações, você deve estar se perguntando onde o sistema RFID
entra para ajudar em todo esse processo. Com o início da utilização desse sistema
para cada ativo imobilizado, que será incluso no sistema contábil e no sistema
físico, a empresa irá adquirir dados esmiuçados sobre os equipamentos e saberá
sua localização física em tempo integral.
Foi definido que no ato da fixação de um ativo, o técnico deve reportar o código
do pedido de compra a que o ativo está ligado e suas coordenadas. Se os pedidos
de compra estiverem fichados no ERP (Enterprise Resource Planning – Sistema
Integrado de Gestão Empresarial), será possível associar informações como
quantidade, modelo e fabricante.
50
APRESENTAÇÃO │ UNIDADE I
Deve-se pensar nas vantagens e no valor que será agregado à empresa e aos ativos ao
longo dos próximos anos e como isso trará lucro para a empresa.
Veremos no próximo capítulo que, assim como a tecnologia RFID, a gestão de ativos
também possui normas que devem ser seguidas. Isso acarretará mais dificuldades
ao longo do processo, o que pode ser um pouco desafiador e desanimador, resta
lembrar que tudo converge para um bem maior da empresa.
Os animais das fazendas já utilizam brincos que contém o chip para serem
identificados e até mesmo bichos de estimação como cachorros e gatos possuem o
chip instalado em suas coleiras para casos de desaparecimento.
Voltando para a implantação dos chips em seres humanos, esses têm o tamanho de
um grão de arroz e são inseridos por meio cirúrgico entre o polegar e o dedo indicador.
O procedimento pode ser descrito como levar uma injeção no local, ou seja, pouco
doloroso. O chip não fica visível, mas pode ser levemente sentido como uma saliência
no local implantado.
As pessoas que apresentam o microchip podem usá-lo como cartão magnético para
entrar em edifícios, como cartão de crédito, como chave para ligar o carro, além de
também ser possível acessar todas as suas contas de redes sociais, tudo isso apenas
com um aceno da mão em que o chip se encontra.
A grande vantagem que está chamando atenção das pessoas para esse novo jeito de
aproveitar a tecnologia é a de que as pessoas não precisarão mais se preocupar em
carregar documentos e chaves, pois o microchip a possibilitará fazer qualquer coisa
apenas com o aceno da mão.
Empresas estão optando por “chipar” seus funcionários de forma gratuita para
garantir que eles acessem o local de trabalho de forma mais fácil, possibilitando
que façam login em computadores e utilizem fotocopiadoras. Tudo isso será
possível pois o chip irá conter informações como: sua conta bancária, número de
RG, senhas de acesso, informações médicas (tipo sanguíneo) etc.
51
UNIDADE I │ APRESENTAÇÃO
Outra informação importante é que esses chips funcionam com o auxílio da tecnologia
Near Field Communication (comunicação por campo de proximidade), assim como os
cartões de pagamento sem contato, ou seja, os chips só serão lidos a uma distância de
2,5 centímetros do leitor que o ativa.
A empresa responsável por fabricar esses chips quer ir além e planeja melhorar seu
produto fazendo com que esses microchips sejam capazes de realizar o rastreamento
dos sinais vitais de uma pessoa e informar caso exista algo de errado com a sua saúde.
Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2018/08/chip-sob-pele-faz-sucesso-em-empresa-nos-eua.html.
52
GERENCIAMENTO
DE ATIVOS E SUA UNIDADE II
ESTRUTURA
CAPÍTULO 1
Gerenciamento de ativos na visão PAS
55 e a ISO 55001
Ainda que apresente suas 28 condições, esse documento não deve ser considerado
como uma norma britânica. Ele pode ser adotado em diferentes setores empresariais
sempre que os ativos forem considerados contribuintes para o alcance de metas e
sustentabilidade da empresa.
A PAS 55 é dividida em duas partes (obtivemos sua tradução por meio da ABRAMAN
- Associação Brasileira de Manutenção). As partes são:
53
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
A série ISO 55000 de padrões Asset Management (Gestão de Ativos) foi lançada em
janeiro de 2014. Abaixo verificamos o conteúdo apresentado nas normas.
Enquanto era preparada, foi reconhecido que a PAS 55 deveria ser utilizada por
pessoas com larga experiência e conhecimento no assunto, dado que o documento
não especifica a maneira como as 28 condições devem ser realizadas, mas que as
pessoas que possuem conhecimento em planos de manutenção, análise de falhas,
implantação e outros assuntos, possuem ferramentas suficientes que as auxiliarão a
aplicar e responder as condições propostas.
54
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
Veremos a seguir como a PAS 55 é estruturada, mas antes é possível adiantar que ela
classifica os ativos em 5 espécies que devemos gerenciar, sendo eles:
»» ativos físicos;
»» ativos humanos;
»» ativos de informação;
»» ativos financeiros;
Realizando uma boa gestão desses ativos, será possível alcançar o planejamento
estratégico organizacional (uma aptidão que ajuda os gestores a pensarem no longo
prazo da entidade, assegurando seu sucesso), porém, o documento referente à PAS
55 aborda somente a gestão de ativos físicos, levando em conta as demais somente
quando provocam perturbação nesta primeira.
PLANEJAR
CICLO
PDCA
AGIR FAZER
CHECAR
Fonte: https://blog.cefis.com.br/pdca-na-contabilidade/.
55
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Antes de começarmos a falar sobre o que está presente na PAS 55, vamos revisar
alguns fatores importantes sobre o ciclo PDCA.
Além de ser a base para qualquer tipo de gestão, o método pode ser inclusive utilizado
para resolver problemas pessoais.
Antes de tudo identifique o problema que se deseja resolver e trace metas, sempre
colocando prazos para serem alcançadas. Em seguida, passe a seguir os seguintes
passos:
1o passo - planejar
Não se esqueça de colocar os prazos para cada tarefa no plano de ação e a pessoa
responsável por cada uma delas. Uma boa dica é usar o modelo apresentado na tabela
abaixo.
PLANO DE AÇÃO
O quê Por quê Quem Quando Como Quanto
Melhoria a ser Quais os resultados
Responsável Data limite Procedimentos Custo
implantada esperados
Fonte: próprio autor.
2o passo - fazer
Aqui poderão ser notadas alterações que devem ser feitas no plano de ação, ou até
mesmo se no futuro será necessário realizar um novo ciclo.
3o passo - checar
56
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
4o passo - agir
Por fim, julgue padronizar todas as ações que estão dando certo. E não se esqueça
de comunicar a todo o time sobre as possíveis alterações de processos.
Veja na figura a seguir como a estrutura do sistema de gestão de ativos pode ser
mesclada com o método PDCA.
PAS 55:2008
Estrutura do Sistema de
Gestão
4.6 Avaliação e
4.3 Planos, objetivos e
melhoria do
estratégia da gestão de
desempenho
ativos
4.1 Exigências gerais
Conforme o PAS 55:2008 (que nada mais é do que o documento PAS 55 de 2004
revisado após diversas consultas) a gestão de ativos é definida da seguinte forma:
57
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Toda e qualquer decisão sobre os ativos deve ser baseada nos propósitos da empresa
(metas globais), deve-se considerar a organização como um todo e não apenas um dos
setores, é preciso ter a visão do ciclo de vida dos ativos, sempre ponderar e coordenar
inseguranças e proporcionar aos stakeholders diferentes possibilidades e que essas
sejam compreensíveis.
Perceba aqui que, sem um sistema fidedigno e disponível, não é possível gerenciar
os ativos. Outros fatores que impedem um bom gerenciamento de ativos são: não
ter conhecimento de elementos críticos no decorrer da operação, não levar em
consideração a hipótese de que possam ocorrer irregularidades, anomalias ou
equívocos na operação e na manutenção da planta. Não levar em consideração a
probabilidade de que possam acontecer acidentes no ambiente de trabalho que
afetem as pessoas ou até mesmo o local e, por último mas não menos importante,
não considerar possíveis defeitos dos equipamentos que façam com que a produção
seja afetada (ou pare por completo) e o mal funcionamento de equipamentos que
estejam ligados à segurança.
58
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
Passo 1:
Planejar
Passo 6:
Tomar
Passo 2:
decisão e
Executar
buscar
melhoria
Passo 3:
Passo 5:
Analisar Gerenciar
Riscos
Passo 4:
Monitorar
De acordo com a norma ABNT NBR ISO 55000, seguem algumas definições:
59
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Equipes deverão ser formadas e cada integrante possuíra uma função específica.
O cenário mais comum é que essas equipes sejam compostas por um líder,
pelos donos dos ativos, os gerentes dos ativos e os prestadores de serviço.
É mandatório que esses integrantes aprofundem sua compreensão referente aos
negócios da empresa.
60
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
2. processos de planejamento;
3. processos de apoio;
4. processos operacionais;
Contexto da organização
Na norma ABNT NBR ISO 55002, podemos encontrar uma relação com as
categorias de questões que devem ser analisadas.
Governação Sistema de
da Gestão
de Ativos Gestão de
Ativos
Plano de
Esquema
Exigências manobras da
corporativo Planos de Gestão
perspectivas dos Gestão de
e de Ativos
stakeholders Ativos -
propósitos
SAMP
Liderança
Aqui, deve-se pensar que os objetivos da gestão de ativos devem ser perceptíveis e
compreensíveis a todos, e para isso podemos fazer uma interligação com a palavra
SMART, considerado também como um modelo, para melhor defini-los. De acordo
com o modelo SMART, os objetivos (ou metas) devem ser:
S “Specif” = específicos
M “Measurable” = mensuráveis
A “Achievable” = alcançáveis
R “Realistic” = de acordo com a realidade da empresa
T “Time-based” = com base no tempo de atuação
Fonte: adaptada de https://www.procobre.org/pt/wp-content/uploads/sites/4/2018/03/gestao-de-ativos-guia-para-aplicacao-
da-norma-abnt-nbr-iso-550001.pdf.
»» entre outros.
63
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
»» estratégia;
»» ciclo de vida;
»» indicadores.
»» prognóstico financeiro;
»» modelos de avaliação; e
64
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
Passos 3 e 4
Devido à importância dos dois próximos passos, reservamos um capítulo inteiro
para tratarmos desses assuntos. Dentro da gestão de risco, serão apresentadas
as metodologias mais utilizadas, a estrutura para a gestão de riscos, uma matriz
de riscos e como devemos proceder conforme o estágio do risco. Já na etapa de
monitoramento, serão analisados como devem ser definidos os indicadores e como
podemos acompanhá-los.
USO
AQUISIÇÃO MANUTENÇÃO
INVESTIMENTOS
CUSTOS
CICLO DE VIDA
PROJETO RENOVAÇÃO
CONCEPÇÃO DESCARTE
DESPESAS
65
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Por meio das análises do ciclo de vida, será possível obter uma consciência
maior sobre a conduta dos ativos e ela irá amparar as empresas ao determinarem
qual o melhor momento para eliminar esses ativos e também de que maneira os
descartar, a fim de amenizar os problemas causados ao meio-ambiente.
Quanto mais o monitoramento do ciclo de vida dos ativos for levado a sério,
mas fácil será para o time de gestores concluírem quando os ativos deverão ser
substituídos, antes que eles passem por um grave problema e parem de funcionar
totalmente.
50% 10%
10%
30% material resíduos necessário
montagem
internos análise
Fonte: próprio autor.
»» desocupação média;
66
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
»» fidedignidade;
»» expectativa de vida;
Muitas vezes as empresas deixam alguns custos de lado por não serem muito
perceptivos, mas que estão englobados nos custos que farão com que o ativo
continue funcionando corretamente. Esses custos são:
67
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
»» entre outros.
Fonte: https://blog.wappa.com.br/empresas/entenda-a-importancia-da-analise-de-custos-empresariais/.
Na hora de realizar uma boa análise de custos, devemos levar tudo em consideração
e nos certificar de que nada está passando despercebido. Além do custo inicial
de compra, devemos lembrar de todos os custos envolvidos com operação e
manutenção, lembrando ainda de custos com impostos e administração dos ativos.
Veja um possível passo a passo para facilitar a análise LCC – Life Cycle Cost.
68
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
Quando se trata de melhorias, as principais fases que devemos nos atentar são:
A conclusão que podemos tirar desse capítulo é que a gestão de ativos veio para
agregar muito valor àqueles que pretendem elevar sua gestão a um novo patamar.
Por uma última vez, vamos ressaltar todos os benefícios que uma empresa pode
conquistar por meio das práticas a serem implementadas pelas normas:
»» clareza;
69
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
»» maior segurança;
»» aperfeiçoamento da competitividade;
»» transformação de cultura;
SUCESSO
Fonte: http://www.oapce.com.br/conceder-beneficios-aos-seus-funcionarios-faz-a-diferenca/.
70
CAPÍTULO 2
Gerenciamento e análise de riscos
Algumas empresas tratam os riscos como “incertezas” e não como algo que deva
ser tratado para gerar mais avanços para a empresa. Os gestores precisam ter em
mente que crises são capazes de gerar oportunidades, e que nós devemos criar essas
oportunidades por meio de um bom gerenciamento.
Fonte: http://projetogerenciado.com.br/riscos-positivos-x-aumento-de-escopo/.
Definição
Definimos como risco a viabilidade de que certo acontecimento ocorra fora
do programado, sendo ele considerado inapropriado. Também pode ser
considerado como uma imprecisão do amanhã. O risco é composto por dois
71
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Fonte: https://iso31000.net/definicao-de-risco-iso-31000/.
Cada empresa irá escolher a melhor maneira e o melhor método para realizar
o gerenciamento de seus riscos. A escolha depende de seus respectivos cenários.
Vamos analisar algumas possibilidades a seguir.
72
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
73
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Para os dois últimos tópicos, as técnicas utilizadas são: análise por FMEA, FMECA,
RCA e FTA.
Classificação Identificação
Medidas de Níveis de Níveis de
dos dos
controle risco tolerância
ativos riscos
Matriz de riscos
74
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
SEVERIDADE – IP (Y)
1 2 3 4
FREQUÊNCA (F)
5 III II I I
4 IV III II I
3 V IV III II
2 V V IV III
1 V V V IV
Fonte: adaptada de https://www.procobre.org/pt/wp-content/uploads/sites/4/2018/03/gestao-de-ativos-guia-para-aplicacao-
da-norma-abnt-nbr-iso-550001.pdf.
Poderão existir mais do que apenas um tipo de risco com grandes chances de
apresentarem defeitos, sendo que um deles poderá possuir baixa relevância,
de pouca seriedade, onde não será necessário gastar muito com conserto nem
aconteça danos às pessoas e ao meio ambiente e, que o outro risco, seja altamente
crítico, sendo necessário parar a operação da empresa, com possibilidades de
que pessoas sejam machucadas e que ocorram prejuízos ao meio-ambiente.
Alguns riscos, como o último a ser citado, requerem de preparações adicionais
e modelos de controle mais severos que resultem em manutenções dinâmicas/
proativas, que os ativos precisem ser renovados antes do tempo ou substituídos
mesmo que não tenham chegado ao fim de sua vida útil. É indispensável que os
apontadores de risco sejam determinados e empregados aos ativos para que
possamos conceber a matriz de risco, favorecendo os diagnósticos e a seleção
da opção mais viável dentre várias alternativas.
Apesar de encontrarmos diversos modelos de matriz de risco, todos eles nos entregam
o mesmo resultado, que é a gradatividade de risco que concede a chance de abraçar
padrões apaziguadores necessários para que o risco seja eliminado ou reduzido.
Analisando o modelo apresentado acima, uma matriz 5x4 (5 linhas e 4 colunas), nos
deparamos com uma matriz que apresenta 5 estágios de risco distintos.
Essa matriz de riscos foi dividida em três cores, como se pode observar (verde,
amarelo e vermelho) que apontam risco baixo, médio e alto, respectivamente.
Mas também pode ser fragmentada em quatro espaços ou quadrantes, conforme é
realizada a análise SWOT, sinalizando o quadrante mais superficial os riscos mais
complicados (de ampla rigidez e alta frequência) e os outros dois quadrantes que
precisam de condutas abrandadoras devido à grande periodicidade ou gravidade, as
duas divisões são recomendadas para a resolução de decidir como agir, no que se
refere à periodicidade e à gravidade dos riscos.
75
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Depois de analisar e marcar certos pontos dos riscos compreendidos em cada ativo,
deve-se desenhar os riscos na matriz.
Na tabela abaixo, podemos ver os resultados prováveis que serão conseguidos por
meio da matriz e em seguida veremos quais ações devem ser tomadas para cada
estágio de risco.
Estágio de
Tipo Situação
risco
I Crítico Não aceitável
II Sério Indesejável
Aceitável com
III Moderado
controles
IV Pequeno Aceitável com avisos
V Desprezível Aceitável
Fonte: adaptado de https://www.procobre.org/pt/wp-content/uploads/sites/4/2018/03/gestao-de-ativos-guia-para-aplicacao-
da-norma-abnt-nbr-iso-550001.pdf.
Sobre quais ações devem ser tomadas em cada estágio, podemos ressaltar que:
» » Estágio de risco I: averiguar se não existe nada que possa ser feito
(algum tipo de assistência) para que o risco decaia para o estágio
III. Se não, deve ser abrandecido com programas e atividades no
período de 6 meses.
76
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
»» Estágio de risco IV: apontar e comunicar são umas das ações a serem
realizadas. Averiguar se alguma artimanha ou função de mantenimento
pode ser usada para evitar a falha e que seja economicamente possível.
Gestão da mudança
Requerem investigação:
77
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Terceirização
Fonte: http://www.patrus.com.br/blogpatrus/?p=629.
78
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
Monitorando a operação
Após novos ativos serem adquiridos e estarem aptos ao uso, devemos iniciar o
monitoramento de sua performance e anotar tudo, pois daí serão retirados e
utilizados os dados para análises de ciclo de vida dos ativos.
O começo dessa fase pode ocorrer de várias maneiras, tudo irá depender do setor em
que a empresa trabalha. Assim que o ativo começa a operar de maneira comercial, as
orientações sobre manutenção preventiva e corretiva são acordadas e disseminadas
para as equipes.
Para ajudar em qualquer tipo de decisão e para evitar qualquer tipo de transtorno,
é altamente recomendado (quase mandatório) que os ativos sejam monitorados ao
longo de toda sua vida.
2. Detecção de adversidades.
Avaliação de desempenho
79
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Para isso usamos os indicadores, para ser capaz de realizarmos boas análises. E
esses indicadores são definidos na preparação da gestão dos ativos.
Estáveis e medíveis
80
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
»» fidedignidade;
Indicadores de custos/despesas
»» custo tributário;
81
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Fonte: https://gestaoclick.com.br/blog/centro-de-custo-o-que-e-e-como-fazer.
»» custo de multas;
Lembretes importantes:
É preciso
medir
Não existem
preceitos
prontos
O progresso
expõe o
resultado
Pondere o
número. O
importante é a
compreensão.
82
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
Auditorias
Vamos voltar a falar sobre as auditorias, focando nas auditorias internas e sua
importância. Por meio desse processo, os empregados terão uma noção sobre o que
precisa ser melhorado e se existem outras possíveis formas de se realizar algumas
tarefas, de maneira mais fácil e eficaz. A realização de auditorias internas pode trazer
mais confiança aos funcionários e fazer com que eles queiram sempre manter suas
respectivas áreas dentro dos conformes. É necessário que todos estejam engajados
a buscar por melhores resultados, que todos entendam o motivo da auditoria e dos
processos que precisam ser realizados, e que não seja passado como algo chato
ou perda de tempo. Por meio desse processo, os líderes deverão estar aptos a
analisarem de forma crítica tudo o que foi apontado como inconsistente ou ruim
para que seja feito um plano de ação que englobe todas as atividades que deverão ser
realizadas para que o alcance dos objetivos fique cada vez mais claro e rápido.
Fonte: https://www.umov.me/a-necessidade-de-ter-um-modelo-de-negocios-para-abrir-uma-empresa/.
Para finalizar esse capítulo serão apresentados, resumidamente, dois estudos de caso
realizados, um sobre o plano de gestão de uma empresa que possui ativos críticos
e outro sobre a aplicação da gestão de ativos na avaliação de riscos de falhas de
conexão. O primeiro estudo foi realizado por Valéria Simões de Marco (empresa
Eletrobrás Eletronuclear AS), ficando em 4o lugar na premiação de trabalhos técnicos
(apresentação oral) no 29o Congresso Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos.
Angra 2 é a segunda usina nuclear brasileira, que teve sua operação iniciada
em 2001 e possui uma potência de 1.350 megawatts, sendo capacitada para
suportar o consumo de energia de uma cidade com mais de 2 milhões de
habitantes, como Manaus.
Foram estabelecidas metas (para cada sistema em particular) para a realização dessa
avaliação. Sendo elas:
84
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
Fonte: https://www.defesaaereanaval.com.br/naval/corrupcao-no-setor-nuclear-expoe-o-brasil-a-comunidade-internacional.
Com esses indicadores, foi possível realizar uma economia nas inspeções gerais de €
1.300.000 por sequência, sem afetar a fidedignidade ou disponibilidade da planta.
85
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Setores como o de energia elétrica, gás e saneamento são, de modo geral, tradicionalistas
(hostis quanto aos riscos), pois devem atender à dura regulamentação imposta
(neste caso pela ANEEL) e também pelos fatos de possuírem um valor elevado
quando se trata de uma falha, de demandar altos investimentos e de que tomadas
de decisões erradas podem ter resultados negativos tanto dentro quanto fora da
empresa.
86
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
O estudo apresentou:
»» modelos de risco;
»» metodologia aplicada.
Uma vantagem dentre as demais observadas é de que será possível realizar uma
comparação entre a performance dos diversos tipos de conectores, as localidades e as
condições de operação.
87
CAPÍTULO 3
Métodos estatísticos para
gerenciamento de ativos
A ciência das estatísticas vem fazendo com que a cada dia que passe nos tornemos
mais dependentes dela. Muitos ainda a consideram como muito complicada, mas
a verdade é que ela existe exatamente para realizar o oposto, que é descomplicar
quaisquer problemas existentes que não seja possível resolver por conta própria
sem antes analisarmos alguns dados. Ela irá proporcionar vantagens como melhora
dos produtos e dos serviços dentro de uma empresa, além de auxiliar na escolha
de decisões mais sábias. Veja como a estatística está presente em grande parte
do nosso dia a dia:
88
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
Introdução
Por meio dos números, tornamos a forma de obter informações sobre os riscos
muito mais simples. Sendo assim, as empresas estão adotando essa ferramenta
cada vez mais, pois saberão exatamente onde os riscos são maiores ou menores.
Aliás, pode-se ressaltar aqui que pessoas que possuam boas habilidades nessa área
tendem a se destacar dentro das empresas e do mercado.
Fonte: http://blog.portalpravaler.com.br/curso-de-estatistica/.
Diferente dos ativos dos setores financeiro e de produção, onde as análises são
realizadas em cima de valores quantitativos e ambos são impactados diretamente
quanto aos resultados, ativos do setor de recursos-humanos sofrem impacto de
forma indireta.
Vamos agora tornar claro e evidente como achar, reconhecer e tratar um problema
utilizando as ferramentas de estatística. Vamos passar pelo conceito de estatística,
salientar a sua relevância nos diversos setores de uma empresa e apresentar,
então, os métodos e ferramentas normalmente utilizados para realizar a gestão dos
ativos.
»» Observação: é um detalhamento.
90
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
Quando realizamos uma pesquisa que contém muitos dados, ou seja, o conjunto de
valores que são recolhidos são muito altos, podemos usar apenas uma amostra para
efetivar a pesquisa. Trabalhar com muitos dados, além de tornar a pesquisa mais
trabalhosa, acaba gerando mais gastos. Para contornar esse problema é necessário
realizar um estudo introdutório com o interesse em achar os parâmetros e assim
encontrar a amostra que irá apresentar certezas no resultado final, tornando-se mais
barata e sem dificuldades.
Fonte: https://sabermatematica.com.br/diferenca-entre-populacao-e-amostra.html.
»» lucros;
»» custos;
»» gastos;
»» análise de processos; e
»» outros.
Itens fundamentais para que o gestor faça boas escolhas no presente e no futuro.
Mais uma vez temos que analisar o papel do gestor em todos os processos. Ele
precisa adquirir novas responsabilidades sobre a geração e o rumo dos processos
produtivos. Além de possuir poder e obrigação sobre o andamento dos processos
produtivos, o gestor precisa possuir a habilidade de ajudar a empresa a conquistar
suas metas e ainda realizar o trabalho de controlar. O controle se faz necessário
para qualquer tipo de sistema.
91
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
»» produtos;
»» processos; e
»» trabalhadores.
O setor de recursos humanos é aquele que precisa cuidar do ativo mais importante
de uma empresa: as pessoas. É de sua responsabilidade fazer com que a relação
dos empregados e do empregador seja harmoniosa, que a empresa permita com
que os empregados cresçam dentro da companhia e conquistem novas habilidades,
mas que os funcionários ajudem a empresa a alcançar todos os objetivos para se
desenvolver. Ao invés de dados quantitativos, o setor de recursos humanos analisa
dados qualitativos.
Fonte: https://br.123rf.com/photo_55154451_stock-illustration-quality-versus-quantity-balance-business-and-marketing-concept-
3d-illustration-.html.
92
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
Ferramentas de estatística
Análise de índices
Por meio dessa análise, é possível tomar decisões a partir de dados que extraem
o desempenho de diversas variáveis com o decorrer do tempo, possibilitando um
confrontamento considerável entre elas.
93
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Média
A média é uma outra ferramenta estatística muito utilizada. Por meio dela é
possível comparar se sua empresa está dentro da média ou se está defasada, tanto
para mais como para menos, das demais empresas do mercado. Uma empresa de
telecomunicações poder obter um controle maior sobre quantos equipamentos deve
adquirir ao longo do tempo, realizando uma análise de quantas novas linhas são
adquiridas mensalmente.
HOLANDA
BRASIL LETÔNIA
1,83 TIMOR LESTE BRASIL
1,74 GUATEMALA
1,60 1,70 1,61
1,49
HOMENS MULHERES
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/brasileiras-crescem-e-sao-mais-altas-do-que-as-mulheres-de-129-
paises-7e1dvw09bwwc1v1q76txdyjv3/.
Mediana
Em casos em que o conjunto de elementos seja par, a mediana será encontrada pela
média dos dois valores centrais. Por exemplo:
Moda
Entende-se por moda (Mo) o valor em um conjunto de dados que acontece com
maior periodicidade. Por exemplo, dentro de uma empresa constatamos que o
94
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
número que mais acontece quando se trata de defeitos nos equipamentos é zero,
ou seja, durante diversos dias nenhum equipamento apresenta defeitos.
Quando o conjunto de dados possuir dois valores com maior periodicidade, esse será
chamado de bimodal (duas modas).
Média ponderada
Média geométrica
»» Números oferecidos: 4 e 2
Por meio desses elementos, será possível perceber o quão distante nos encontramos
da média, logo, eles irão permitir que a empresa constate o momento em que seus
padrões estão saindo dos conformes. Para facilitar o entendimento, vamos usar como
exemplo uma linha de produção.
95
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
LSC
LM
LIC
Fonte: http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info78/78.html.
Sequência
96
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
LM
LIC
Fonte: http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info78/78.html.
Periodicidade
LSC
LM
LIC
Fonte: http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info78/78.html.
Tendências
LM
LIC
Fonte: http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info78/78.html.
97
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Ainda, entre as linhas LSC e LIC existem as linhas 2-sigma (tanto acima quanto
abaixo da linha média). Quando dois ou mais pontos estiverem entre a linhas 2-sigma
e LSC ou então entre as linhas 2-sigma e LIC, consideramos, então, a situação de
aproximação dos limites de controle. Observação: As linhas LSC e LIC também são
chamadas de Linha 3-sigma.
-sigma (LSC)
Linha 2-sigma
Linha média
Linha 2-sigma
Linha 3-sigma (LIC)
Fonte: http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info78/78.html.
Aproximação da média
A tendência é acharmos que quando algo se estabiliza tudo está dentro dos
conformes. Porém, esse não é um cenário muito positivo, pode-se entender que
na conjuntura de aproximação da média estejam ocorrendo instabilidades no
processo.
Para finalizar, lembre-se que os padrões demonstrados acima não são regras,
portanto, nem sempre consideramos algumas situações como a dos 7 pontos
consecutivos como anormais.
Probabilidade
Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/probabilidade-possibilidade.htm.
98
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
No exemplo da foto anterior, podemos constatar que uma moeda só dispõe de duas
possibilidades de face, sendo elas “cara ou coroa”. Portanto, concluímos que as
chances de obtermos uma das duas faces é de 50%.
Hoje é sabido que modelos e ferramentas estatísticas são muito utilizados também
no setor financeiro (instituições bancárias, por exemplo), acompanhando por
meio dessas ferramentas como as pessoas se comportam em relação ao crédito,
inadimplência e mais.
Meios e métodos
Pesquisa operacional
Modelos Estatísticas
Matemáticos
Algoritmos
Melhores Decisões
99
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
A seguir, veja de forma resumida alguns outros métodos estatísticos para análise de
dados.
»» tabela de frequência;
»» gráfico de quartis;
»» tabela de contingência;
»» gráficos de pontos;
»» gráfico de linhas;
»» ramo e folhas;
»» gráfico de barras;
»» gráfico de Pareto;
»» histogramas;
»» diagramas de dispersão;
»» gráfico temporal;
»» entre outros.
É preciso explorar muito os dados antes de iniciar a análise desses. Após essa
exploração e consequentemente depois de carregar os dados no sistema, será
necessário olhar para eles e procurar entender o que está acontecendo o tempo todo.
Atente-se para a diferença de análise exploratória e análise eficiente.
Métodos numéricos
»» média;
»» mediana;
100
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
»» moda;
»» quartis;
»» desvio padrão;
»» variância;
»» intervalo interquartil;
»» coeficiente de variação;
»» coeficiente de assimetria;
»» curtose;
»» covariância;
»» coeficientes de associação;
»» entre outros.
A resposta para qual técnica deverá ser utilizada irá depender de algumas
variáveis contidas no conjunto de dados. Existem alguns métodos específicos
para lidar com problemas onde o interesse é em apenas uma variável e existem
outros métodos para quando o interesse for em duas ou mais variáveis e até
em como elas se relacionam. Vamos tratar problemas específicos por meio de
métodos específicos.
Qualitativas Qualitativas
Nominais Ordinais
Profissão; Escolaridade;
Sexo; Classe Social;
Religião. Fila.
101
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
Quantitativas Quantitativas
Discretas Contínuas
Número de filhos;
Altura;
Número de carros;
Peso;
Número de
Salário.
acessos.
Fonte: próprio autor.
Sistema PIMS
102
GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA │ UNIDADE II
Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2019/03/conheca-6-aplicacoes-da-internet-das-coisas-que-ja-
estao-tornando-o-mundo-melhor.html.
Fonte: https://farolbi.com.br/business-intelligence/.
103
UNIDADE II │ GERENCIAMENTO DE ATIVOS E SUA ESTRUTURA
104
APLICAÇÃO UNIDADE III
CAPÍTULO 1
Aplicação do gerenciamento de ativos
no setor de telecomunicações
A empresa teve conhecimentos sobre todas as normas que precisavam ser atendidas,
tanto para estar dentro da lei quanto para progredir na maneira como gerenciava
seus ativos, e chegou à conclusão de que a implementação da tecnologia RFID seria
a mais apropriada para atender suas demandas.
105
UNIDADE III │ APLICAÇÃO
Como a empresa possui muitos ativos, é aconselhado que a empresa comece aos
poucos, realizando a implementação da tecnologia em apenas uma parte dos ativos,
como aqueles que são exigidos pela norma regulamentadora da Anatel (ativos
reversíveis). A agência exige que eles sejam gerenciados, que exista um controle
físico e organizado. Vamos, então, considerar um projeto experimental a seguir.
Projeto experimental
Pense que o projeto experimental deve ocorrer em uma estação que seja expressiva
e de grande magnitude quando comparada às demais estações da empresa. Após
decidir pela estação, a empresa precisará optar por qual tipo de equipamento ela irá
querer começar esse controle.
»» implantação (inserção);
»» baixa de equipamentos; e
»» inventário.
106
APLICAÇÃO │ UNIDADE III
Não quer dizer que não seja possível realizar o controle das movimentações
externas, como entre as estações de uma mesma cidade e até mesmo de estações
de diferentes estados, mas nessa primeira instância iremos considerar apenas
a movimentação interna. Depois do diagnóstico do projeto experimental, a
tecnologia poderá ser disseminada para todas as estações.
As incumbências descritas acima deverão ser seguidas para todas as demais estações
quando o projeto se alastrar.
Não se deixe levar a pensar que o projeto experimental é muito pequeno ou que não
tenha sua validade. A intenção é a de que, ao aplicar essa experiência, a empresa
receba lições de como melhorar o processo de implementação, e que não sofra no
futuro quando se decidir por implementar o sistema RFID em toda sua extensão.
Através da repercussão desse primeiro projeto, existem grandes chances de que a
empresa adote o sistema para todos os equipamentos e estações.
Processos
Vamos considerar que na empresa em questão será preciso rever todos os conceitos
e processos quanto à gestão de ativos, para que possamos implementar a nova
tecnologia. Deverão ser ponderadas as premências regulatórias e os desejos de
aperfeiçoamento na cadeia de suprimentos.
107
UNIDADE III │ APLICAÇÃO
108
APLICAÇÃO │ UNIDADE III
Atualizar status do
{ERP} Receber equipamento para
Receber o ativo na informações e
estação/estoque "em
código RFID funcionamento"/ativo
fixo
{ERP}
Iniciar depreciação
dos ativos
Sendo os ativos controlados pelos portais RFID, os dados recebidos serão enviados
para o sistema de controle físico automaticamente.
O mesmo processo será realizado quando o ativo estiver apto para voltar a funcionar
e, por meio da sua movimentação, o sistema irá disponibilizar a informação de
que o ativo já se encontra disponível para uso. Tenha em mente que todas as vezes
que acontecerem algum tipo de movimentação com o equipamento, o sistema
109
UNIDADE III │ APLICAÇÃO
RFID realizará a leitura através dos leitores e os dados vão sendo atualizados.
Será possível acompanhar o local onde o equipamento se encontra, quando ele foi
movimentado, status atual do equipamento como disponível ou indisponível etc.
Ainda que existam peças ou equipamentos que não estejam sendo utilizados no
momento, eles são transferidos para o estoque e seu status no sistema consta como
disponível. Para peças e equipamentos que precisem de manutenções, após serem
levadas para a realização de reparos, elas irã aparecer em um estoque particularizado.
Vamos analisar mais uma vez, por etapas, todo o processo descrito acima sobre a
movimentação dos ativos, os reparos e a ação de melhorar os ativos.
»» ponto físico;
»» situação de preservação; e
»» status do ativo.
Lembrando que os fluxos apresentados são apenas uma proposta, podendo ser
melhorados ou modificados para melhor atender a cada empresa específica.
{ERP} {ERP}
Solicitar reparo Atualizar informações Atualizar informações
Fim
{Leitor}
Registrar saída do {Sistema físico}
ativo do estoque
sobressalente por Atualizar status do
meio da leitura do ativo
RFID
110
APLICAÇÃO │ UNIDADE III
Dentro desse possível fluxo de movimentação, vamos supor ainda que fossem
inseridos outros passos, como a análise se o ativo ainda possui defeitos ou não e se
ele deve ser baixado ou não. Cada empresa irá criar o seu fluxograma com base no
que for necessário.
Também poderiam ser inseridas etapas com a realização de perguntas sobre o destino
do ativo estar definido ou não e, então, dependendo da reposta, os processos seguem
caminhos distintos.
{ERP} {ERP}
{Controle físico}
Receber informações Selecionar ID na lista
Desconectar clientes
do ativo otimização
{Leitor}
Registrar saída do {Sistema Físico}
ativo da estação por Atualizar status do
meio da leitura do cliente
RFID
Fonte: http://www.excelplanilhasprontas.com.br/planilhas/controle-de-estoque-excel/.
111
UNIDADE III │ APLICAÇÃO
Esse processo quase não sofre modificações em relação ao vigente. Quando for
preciso realizar uma baixa por diminuição da vida útil, será feita uma leitura pelos
leitores de RFID e, então, o status do ativo será atualizado no sistema de controle
físico. Em situações de acontecimentos desagradáveis como acidentes e roubos,
a baixa será acionada por meio da localização física do bem, podendo obter seu
código RFID equivalente.
{Controle físico}
Se for furto ou Informar localização
Início
acidente e atualizar status do
ativo
{ERP}
{ERP}
Necessidade de Efetuar baixa e
Receber solicitação
baixa atualizar status do
de baixa
ativo
{Leitor}
{Controle físico}
Registrar entrada do
Solicitar baixa e Fim
ativo por meia da
informar motivo
leitura RFID
Inventário
Algumas empresas realizam o inventário pelo menos uma vez ao mês. Vamos
assumir que a empresa em questão não possui nada estabelecido quanto à
periodicidade de inventários.
112
APLICAÇÃO │ UNIDADE III
Processos
referentes aos Atualmente Proposta
ativos
Os dados referentes aos ativos só são registrados no Registrar o ativo logo quando ele chega na estação pela
momento em que eles são usados. O controle é feito primeira vez. Cada ativo recebe uma etiqueta RFID e um leitor.
Implantação
por meio de ID recebido pelo ERP através de interface Todos os dados do equipamento são, incluindo seu local físico,
com o sistema de controle físico. armazenados e refletidos para os demais sistemas.
Todas as atualizações sobre o equipamento são feitas Atualizações realizadas de forma automática com auxílio da
Movimentação pelos técnicos de campo, de forma manual, por meio tecnologia RFID, reportadas para os demais sistemas por meio de
de formulários impresso. interfaces.
Atualização das informações de baixa realizadas por intermédio da
Atualização das informações de baixa realizadas por
Baixa tecnologia RFID pelo código ou pela localização (disparadas para
meio de ID.
o sistema).
Não possui nada estabelecido quanto à periodicidade Construir um processo de inventário para ser realizado
Inventário
de inventários. periodicamente.
Fonte: adaptada de https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/28116/28116.PDF.
Sistemas
ANTENAS
COMPUTAÇÃO
EM NUVEM
TRANSPORTADOR
SISTEMAS DE
GERENCIAMENTO
ETIQUETA ERP
RFID
Fonte: http://parson.com.br/.
113
UNIDADE III │ APLICAÇÃO
Os sistemas existentes podem até não ser eliminados, mas para isso será
necessário fazer com que esses sistemas entendam o código RFID para que
ele seja armazenado. Precisamos resolver algumas pendências no começo do
processo de efetivação da nova tecnologia, sendo as mais importantes:
Estabelecer um escopo
Nessa etapa, devemos demarcar todos aqueles processos que serão perturbados,
todos os sistemas que serão comprometidos, a tecnologia que será efetuada
e estabelecer todas as etapas do projeto, a começar do planejamento até o
mantimento após finalizada a instauração. Quando o escopo não é minucioso,
existem grandes chances de que prazos sejam perdidos e que, pior ainda, custos
aumentem, expectativas se transformem em frustrações e inclusive que o projeto
acabe em ruínas.
Precisam ser divididos ativos considerados como controláveis daqueles que serão
monitorados pela tecnologia RFID. Todos os processos dentro do sistema de
gerenciamento de ativos têm a necessidade de serem conferidos de tempos em
tempos, tanto para excluir processos que não são mais uteis quanto para inserir
novos processos necessários. Quanto aos sistemas, é necessário escolher qual deles
será o responsável por controlar fisicamente os ativos e estabelecer um nível de
granularidade sobre cada ativo.
Por último, mas não menos importante, é preciso prestar atenção no item
“integração”. Muitas vezes os sistemas não possuem suporte para conseguir
integrar todos os sistemas, dependendo dos equipamentos que foram escolhidos
para serem gerenciados. A escolha irá estabelecer o nível de dificuldade de
integração dos sistemas.
114
APLICAÇÃO │ UNIDADE III
Times multidisciplinares
Quando uma empresa opta por implementar um programa com a tecnologia RFID,
é preciso tomar certas precauções a fim de escapar de alguns problemas. Fazer
com que toda a empresa faça parte desse processo é um dos cuidados que devem
ser tomados. Envolver todo o time nesse projeto fará com que todos os setores
se sintam integrados e que nenhum deles possa causar qualquer tipo de estresse
quanto a resistências. Quando existe desalinhamento entre as áreas, as chances de
atraso na definição e execução do programa se tornam grandes.
Para a escolha do time que integrará o programa, pensando no seu êxito, deve-se
pensar em pessoas especializadas nas execuções de suas tarefas. Essas pessoas
precisam ter coerência em suas tomadas de decisão. É preciso salientar que, além
da integração de membros de todos os setores dentro do novo programa, aqueles
funcionários que já eram encarregados da gestão de ativos da empresa também
devem participar ativamente da implementação do sistema RFID. É ainda essencial
que todo o time de gerentes faça parte de todo esse processo. Alinhando as soluções
de problemas e a integração dos sistemas.
Fonte: http://blog.treinamentoomongeeoexecutivo.com/como-liderar-equipes-multidisciplinares/.
115
UNIDADE III │ APLICAÇÃO
»» alinhamento organizacional;
»» capacitação; e
»» comunicação.
Não será fácil reconhecer todos os possíveis abalos nos processos e nas atividades
da empresa. É preciso que esse trabalho seja realizado por um time próprio que
realize uma análise abrangendo os processos atuais e os possíveis abalos quanto
às mudanças oferecidas. Após essa análise é preciso determinar atitudes de
comunicação e treinamentos que tenham como objetivo diminuir os danos com a
implementação da tecnologia RFID.
Capacitação
116
APLICAÇÃO │ UNIDADE III
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-premium/treinamento-profissional-educacao-tutoriais-cursos-de-negocios_1744959.htm.
Fases da implementação
Fase 1 – Planejamento
»» Faça uma apuração dos processos e dos sistemas que irão compor o
novo projeto.
117
UNIDADE III │ APLICAÇÃO
»» Executar os treinamentos.
»» Analisar os resultados.
118
APLICAÇÃO │ UNIDADE III
Todas as fases do projeto precisam ser acompanhadas por gerentes, a fim de não
deixar que esse novo programa se torne um fracasso. É preciso considerar os riscos
em todas as etapas, qualquer perturbação negativa deve ser descoberta logo no
início e descartada.
Encerramento
Apresentamos nesse capítulo e no decorrer da matéria como podemos realizar o
gerenciamento dos ativos físicos de uma empresa de telecomunicações por meio
do sistema que se utiliza da tecnologia RFID e do Sistema Integrado de Gestão
Empresarial (ERP). Esse gerenciamento é realizado com o intuito de conquistar o
controle de todos os ativos, inclusive quando eles têm de circular entre as estações.
Antes de ser implementada, foi constatado que a aprovação da nova tecnologia deve
ser considerada como um propósito de negócio, devido aos seus custos.
Vimos ainda que o projeto consiste em aumentar a rapidez com que as informações
sobre os ativos são fornecidas, beneficiar o ambiente de trabalho e fazer com
que os funcionários se sintam mais motivados, acrescer a fidedignidade das
informações referente aos ativos e fazer com que a imagem da empresa no
mercado seja favorecida.
Fonte: https://www.freeshop.com.br/blog/motivando-a-equipe-quando-e-como-premiar-colaboradores/.
119
UNIDADE III │ APLICAÇÃO
Conclusão geral
A fim de apresentar uma conclusão geral, espera-se que por meio desse material
seja possível compreender que uma empresa que já possui um sistema de gestão
de ativos vivo pode tornar todo o processo mais simples e descomplicado quando
se tratando de questões administrativas como o time que ficará encarregado de
realizar cada uma das etapas sugeridas, uma vez que já é possível reconhecer quem
irá desempenhar cada papel da melhor forma possível e apenas redirecioná-los.
Ao mesmo tempo, uma empresa que possui gestão de ativos nula é capaz de fazer
com que todos os funcionários comprem a ideia do novo sistema e se empenhem para
fazer parte desse passo importante. É necessário sempre lembrar de que tudo que
começa do zero irá precisar de muito auxílio, portanto, é muito viável estar preparado
em termos de treinamentos e pessoas qualificadas. Para que a empresa alcance um
resultado sustentável, será necessário muito esforço e constante atualização sobre o
que anda acontecendo no mercado externo, novas tecnologias, novos indicadores de
desempenho, novos sistemas.
Nenhum trabalho proposto neste material é impossível de ser realizado, visto que
as séries de normas ISO foram criadas com base nas melhores práticas que já eram
utilizadas por algumas empresas, sempre visando melhorar a qualidade de gestão
empregada.
Isso acarreta a diminuição de tempo gasto para identificar item a item, contar e
catalogar, por exemplo. Para a comodidade do cliente, pense na seguinte cena.
Você precisa fazer compras no supermercado, porém, ele se encontra sempre lotado
e com filas de espera enormes nos caixas. Há poucas semanas o supermercado
anunciou que suas filas caíram drasticamente, pois agora eles possuem um novo
sistema. Você obviamente não vai deixar de conferir, então faz uma nova visita
ao supermercado. Pega o seu carrinho normalmente e escolhe os itens, como de
costume. A inovação se encontra ao passar pelo caixa, e você perceber que é quase
algo mágico. Você passa com todo o carrinho e todos os itens são automaticamente
registrados no computador do atendente, aparecendo na tela o valor a ser pago,
e como resultado diminui-se tanto o tempo gasto na fila como em atendimento.
Isso é possível graças às etiquetas empregadas em todos os itens e ao novo leitor
presente no caixa, que fornece toda a informação necessária ao sistema.
120
APLICAÇÃO │ UNIDADE III
Fonte: http://www.technorhythms.com/how-large-scale-sectors-are-ramping-up-supply-chain-management-with-the-help-of-rfid-
technology/.
Existem tecnologias ainda mais avançadas que farão com que os itens sejam lidos
quando retirados das prateleiras ou colocados de volta. Adicionando ou retirando o
item do seu “carrinho de compras”. Será possível realizar o pagamento por meio de
um aplicativo, que irá liberar a passagem de saída do local (como em catracas, por
exemplo).
Fonte: http://activa-id.com.br/blog/rfid-para-hospitais-como-a-tecnologia-rfid-pode-ajudar-no-setor-da-saude.
121
UNIDADE III │ APLICAÇÃO
O controle dos ativos de uma empresa por meio da gestão, trará também o benefício
de inserir a cultura de inovação no ambiente de trabalho se essa conseguir fazer
com que todos os funcionários se interessem pelo que está acontecendo ao seu redor.
Fonte: https://blog.bcntreinamentos.com.br/tudo-que-voce-precisa-saber-para-investir-na-capacitacao-profissional-da-sua-
equipe/.
122
APLICAÇÃO │ UNIDADE III
Certificação x implementação
Lembrando:
1. Contexto da
Organização
2. Liderança
3. Planejamento
4.Suporte
5.Operação
6.Avaliação de
desempenho
7. Melhoria
123
Referências
Sites
http://abnt.org.br/adquira-sua-norma.
http://activa-id.com.br/blog/rfid-para-hospitais-como-a-tecnologia-rfid-pode-
ajudar-no-setor-da-saude.
http://acuraglobal.com.br/t-5c.php.
http://blog.portalpravaler.com.br/curso-de-estatistica/.
http://blog.treinamentoomongeeoexecutivo.com/como-liderar-equipes-
multidisciplinares/.
http://blogespecializacao.fdc.org.br/tipos-de-gestao-empresarial-quais-sao-e-como-
se-capacitar-para-cada-um/.
http://gestaodeequipes.com.br/conheca-6-modelos-de-gestao-e-saiba-como-definir-
o-seu/.
http://marcusmarques.com.br/empresas/o-que-e-o-ativo-circulante/.
http://parson.com.br/.
http://projetogerenciado.com.br/riscos-positivos-x-aumento-de-escopo/.
http://rfidblog.com.br/2015/02/estudo-estima-mercado-de-tags-rfid-tera-
crescimento-de-224-anualmente-pelos-proximos-3-anos/.
http://saladaautomacao.com.br/tags-etiquetas-de-rfid/.
http://www.abnt.org.br/.
http://www.abraman.org.br/noticias/pas-55-e-seu-historico.
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/importancia-de-
gerir-estoques/63081/.
http://www.anatel.gov.br/dados/telefonia-fixa/telefonia-fixa.
124
REFERÊNCIAS
http://www.anatel.gov.br/legislacao/resolucoes/21-2006/380-resolucao-447.
http://www.aneel.gov.br/indicadores-coletivos-de-continuidade.
http://www.ccaexpress.com.br/blog/gerenciando-estoque-com-fefo-e-fifo/.
http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info78/78.
html.
http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info78/78.
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http://www.excelplanilhasprontas.com.br/planilhas/controle-de-estoque-excel/.
http://www.fluxosolutions.com.br/newsletter-9/ativos-tangiveis-e-intangiveis.
http://www.mundocarreira.com.br/administracao/qual-eficacia-da-gestao-por-
processos/.
http://www.oapce.com.br/conceder-beneficios-aos-seus-funcionarios-faz-a-
diferenca/.
http://www.patrus.com.br/blogpatrus/?p=629.
http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/indicador-de-custos-industriais/.
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/nbct19_1.htm.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712009000100002.
http://www.stronglink-rfid.com/pt/rfid-readers/sl600.html.
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chain-management-with-the-help-of-rfid-technology/.
http://www.telesintese.com.br/american-tower-conclui-a-aquisicao-de-ativos-da-
cemig-telecom/.
https://blog.applovin.com/must-know-kpis-measuring-mobile-games-performance/.
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https://www.teamocaruaru.com/wp-content/uploads/2018/04/veja-como-melhorar-
a-gestao-de-estoque-em-lojas-de-materiais-de-construcao.jpeg.
https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/12/anatel-reclamacao-app.html.
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uma-empresa/.
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https://www.vgresiduos.com.br/blog/entenda-a-diferenca-entre-residuos-inertes-e-
nao-inertes/.
https://www.webartigos.com/artigos/a-perecibilidade-como-fator-critico-na-
logistica-de-distribuicao-de-alimentos/59049/.
https://www.xerpa.com.br/blog/modelos-de-gestao/.
Mais relevantes
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos16/5024102.pdf.
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/28116/28116.PDF.
https://www.passeidireto.com/arquivo/36734773/gestao-de-ativos-e-o-pas-55-um-
novo-paradigma-tecem.
https://www.procobre.org/pt/wp-content/uploads/sites/4/2018/03/gestao-de-
ativos-guia-para-aplicacao-da-norma-abnt-nbr-iso-550001.pdf.
Outros
CARVALHO, J.M.C. Logística. 3. ed. Lisboa: Edições Silabo, 2002. ISBN 978-972-
618-279-5.
128