Você está na página 1de 23

UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE GESTÃO AMBIENTAL

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VI


EXPORTADORA BOM RETIRO

DANILO MEDEIROS DE LIMA RA: 1625300


EDVAN CAMARGO NUNES RA: 1620479
JOSE WELLINGTON NOLASCO RA: 1623353
RENAN MATOS DA FONSECA RA: 1623348
TIAGO ALMEIDA RODRIGUES RA: 1619322

ACRELÂNDIA – ACRE
2017
DANILO MEDEIROS DE LIMA RA: 1625300
EDVAN CAMARGO NUNES RA: 1620479
JOSE WELLINGTON NOLASCO RA: 1623353
RENAN MATOS DA FONSECA RA: 1623348
TIAGO ALMEIDA RODRIGUES RA: 1619322

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VI


EXPORTADORA BOM RETIRO

Trabalho apresentado para aprovação na


disciplina Projeto Integrado Multidisciplinar VI,
do curso Superior de Tecnologia de Gestão
Ambiental da Universidade Paulista.

Orientadora: Daniela Patto

ACRELÂNDIA – ACRE
2017
RESUMO

O presente Projeto Integrado Interdisciplinar VI do Curso Superior de


Tecnologia em Gestão Ambiental tem objetivo de apresentar uma pesquisa de
campo, bem como uma revisão bibliográfica, onde realizamos um diagnóstico
organizacional na empresa Exportadora Bom Retiro aplicando os conceitos das
disciplinas: Gestão de Recursos Naturais, Ética e Legislação: Trabalhista e
Empresarial, Auditoria e Certificação Ambiental. Também dissertaremos sobre
os impactos causados pelas indústrias de curtimento de couro, bem como os
impactos causados através da emissão de resíduos sólidos no meio ambiente.
Ainda relataremos as três formas de poluição encontradas na empresa
pesquisa: poluição hídrica, poluição sólida e poluição atmosférica, bem como
sugerimos um plano de reflorestamento.

Palavra-chave: Exportadora Bom Retiro, Gestão, Auditoria


SUMARIO

INTRODUÇÃO ................................................................................... 04
1. EMPRESA PESQUISADA ............................................................... 05
2. GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS ............................................ 05
2.1 PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L) ..................................................... 06
2.2 SGA – SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL .................................. 07
2.3 GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS NA EXPORTADOURA BOM
RETIRO ................................................................................................. 08
2.4 IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA EMPRESA .............. 09
2.5 PRINCIPAIS RESIDUOS GERADOS PELO PROCESSAMENTO DO
COURO E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS ......................................... 11
3. ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL .......... 13
3.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL....................................................... 13
3.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL (RSE) ................. 14
3.3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA ......................................................... 15
4. AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL ................................. 17
4.1 TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS ..... 18
CONCLUSÃO ........................................................................................ 21
REFERENCIAS ..................................................................................... 22
4

INTRODUÇÃO

Nos dias atuais é comum discutir políticas ambientais nas organizações


e seguimentos da sociedade, criando assim uma conscientização para a
preservação do meio ambiente. Graças à conscientização da sociedade,
implementou-se políticas de meio ambiente nas grandes empresas e industrias,
afim de reduzir a poluição global.

A natureza deve ser obrigatoriamente utilizada com base nas suas


características naturais para o bem estar da população, manejada e
conservada com cuidado e com a responsabilidade de deixar um bom
legado para as futuras gerações. (CARLOWITZ, 1713, apud Grober,
2002).

Atualmente, cerca de 80 % do couro usado no mundo é empregado na


fabricação de calçados. O remanescente é destinado a outros setores, como o
automotivo, e também, à produção de artigos de moda, tais como bolsas,
roupas, cintos e carteiras (LIGER, 2012).
Gutterres (2014) explica que, nas últimas décadas, houve um aumento
mundial na produção de couros e que, concomitantemente a essa
prosperidade, ocorreu o deslocamento da base produtiva dos países
desenvolvidos para os países em desenvolvimento, como o Brasil. O autor
ressalta que essa transferência tende a ser irreversível.
A empresa Exportadora Bom Retiro, Rio Branco Acre, apresenta
condições favoráveis para nós futuros Tecnólogos em Gestão Ambiental
realizarmos uma pesquisa de campo, aplicando os conceitos teóricos das
disciplinas: Gestão de Recursos Naturais, Ética e Legislação: Trabalhista e
Empresarial, Auditoria e Certificação Ambiental, visto que estas serão a base
para elaboração do presente Projeto Integrado Multidisciplinar VI.
5

1. CONHECENDO O LOCAL DA PESQUISA

A empresa Exportadora Bom Retiro estar estabelecida no estado do


Acre, desde 2001, gerando 95 empregos direto, localizada na BR 364 KM 14. A
estrutura física é composta por um galpão, seis fulões, uma caldeira e uma
estação de tratamento d’agua.
A empresa apresenta um grande contraste, pois na mesma proporção
que gera empregos melhorando a vida de centenas de pessoas, também
prejudica milhares, através da emissão de poluentes no meio ambiente, visto
que a mesma é a pioneira no estado em processo de curtimento de couro
bovino.

Disponível em: http://www.bks.net.br/

2. GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS

A Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) foi estabelecida a partir


da Lei nº 6.938 (BRASIL, 1981) e foi um marco na evolução da gestão
ambiental no Brasil. A PNMA foi escrita a partir de uma reflexão crítica sobre
muitos pontos de vistas e várias características importantes na evolução da
gestão ambiental praticada no País por muitas décadas (CALIJURI; CUNHA,
2013).
6

A lei expressa claramente o reconhecimento da relação do


desenvolvimento social e econômico com a questão ambiental como sendo um
dos objetivos da Política Ambiental. Estabelece em seu artigo 2º:

[...] A Política Nacional do meio ambiente tem por objetivo a


preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia
à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento
socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção
da dignidade da vida humana [...] (BRASIL, 1981).

Para o comprimento da PNMA, a lei determina também os seguintes


princípios norteadores:
I – ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,
considerando o meio ambiente como um patrimônio a ser necessariamente
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III – planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV – proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas
representativas;
V – controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente
poluidoras;
VI – incentivos ao estudo e a pesquisa de tecnologias orientadas para o
uso racional e para a proteção de recursos ambientais;
VII – acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII – recuperação de áreas degradadas [...];
IX – proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X – educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a
educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na
defesa do meio ambiente (BRASIL, 1981).
Podemos notar que a perspectiva do desenvolvimento sustentável já se
manifesta nos propósitos dessa lei, no artigo 4º: “A Política Nacional do Meio
Ambiente visará: I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social
com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico
[...]” (BRASIL, 1981).

2.1 PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L)


7

A indústria brasileira descobre a Produção Mais Limpa na década de


noventa, mais precisamente após a Conferência das Nações Unidas sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92. A partir desse novo paradigma, a
poluição ambiental passa a ser sinônimo de desperdício nas empresas
responsáveis, e seus processos passam por mudanças que buscam diminuir o
consumo de água, energia e matérias-primas (BELMONTE, 2004, apud
ARGENTA, 2007).

“a aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e


tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a
eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não-
geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em um
processo produtivo. Produção Mais Limpa também pode ser chamada
de Prevenção da Poluição, já que as técnicas utilizadas são
basicamente as mesmas”. (FERNANDES et. al., 2001)

A empresa pesquisada não adota a Produção Mais Limpa (P+L), visto


que o desperdício de água é grande, bem como o uso exagerado de lenha e
não apresentou nenhum programa concreto de reciclagem de resíduos sólidos.
Portanto a Exportadora Bom Retiro precisa adequar seus meios de produção,
onde seja menos agressivos ao meio ambiente.

2.2 SGA – SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) vem para balizar as ações


corporativas em busca do equilíbrio do homem, da indústria e do meio
ambiente. Definição importante para esses novos tempos de valorização dos
empreendimentos verdes, o SGA é um conjunto de políticas, práticas e
procedimentos técnicos e administrativos de uma empresa com o objetivo de
obter um melhor desempenho ambiental.
Todas as oportunidades e melhorias nos processos do negócio também
devem ser buscadas pelo viés do SGA, a fim de reduzir os impactos de suas
atividades produtivas no meio. A norma ISO 14001, da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) é a responsável por regulamentar o sistema,
estabelecendo os requisitos de implementação e operação. É importante
acrescentar, ainda, que este modelo sustentável de gerenciamento está
8

fundamentado nos cinco princípios a seguir, que devem ser obedecidos pelas
empresas:
1. Conhecer o que deve ser realizado, assegurando o comprometimento
com o SGA e definindo a política ambiental;
2. Elaborar um plano de ação voltado ao atendimento dos requisitos da
política ambiental;
3. Assegurar as condições para o cumprimento dos objetivos e metas
ambientais e implementar as ferramentas de sustentação necessárias;
4. Realizar avaliações qualitativas e quantitativas periódicas de
conformidade ambiental da empresa;
5. Revisar e aperfeiçoar a política ambiental, os objetivos e metas e as
ações implementadas para assegurar a melhoria contínua do desempenho
ambiental da empresa.
Para ser considerado um empreendimento verde, um negócio deve
percorrer um caminho que certamente demanda esforços e investimentos, uma
vez que depende de muito comprometimento em todos seus setores para a
melhoria efetiva dos processos.
Por outro lado, a proposta do SGA aplicada às empresas traz inúmeros
benefícios, como a redução de riscos de acidentes ecológicos e a melhoria
significativa na administração dos recursos energéticos, materiais e humanos,
o que tem um impacto positivo direto nas contas de água e luz. O
fortalecimento da imagem da empresa junto à comunidade, assim como aos
fornecedores, stakeholders, clientes e autoridades também entra na lista das
vantagens de se seguir um modelo verde de gerenciamento.

2.3 GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS NA EXPORTADORA BOM


RETIRO

A empresa pesquisa não difere dos demais curtumes, haja vista que
desperdiça grande quantidade de água, bem como usa a lenha para aquecer
sua caldeira. Também ficam visíveis as grandes quantidades de poluentes
lançados no meio ambiente.
Em suas instalações a Exportadora Bom Retiro possui uma estação de
tratamento de águas, porém o que nos chamou atenção é o fato da água
9

tratada ser lançada novamente na natureza não ser reutilizada outra vez pelo
curtume. De modo que paira uma dúvida se essa água é realmente purificada
antes de ser lançada no meio ambiente.
No tocante a queima desordenada de lenha de origem vegetal, a
empresa pesquisada não tem nenhum plano de reflorestamento o que poderia
minimizar os prejuízos causados pela destruição de árvores para fazer lenha,
outro fator negativo é quantidade de fumaça que é lançado no ar através da
caldeira.
De acordo com sua natureza, os recursos naturais podem ser
diferenciados como minerais, energéticos, hídricos e biológicos, ou podem ser
diferenciados de acordo com sua velocidade de renovação, como renováveis e
não renováveis.
Os recursos renováveis podem ser reutilizados graças aos ciclos
naturais. São utilizados infinitamente, desde que o uso não ultrapasse sua
capacidade de renovação natural, como os recursos hídricos, energia solar,
energia eólica, energia das marés e biomassa.
E os recursos não renováveis têm sua utilização limitada, pois sua
formação requer milhões de anos, o que torna sua velocidade de renovação
muito superior à demanda de uso e tendem ao esgotamento. É o caso do
petróleo, do gás natural e do carvão. A situação é acelerada devido à grande
expansão industrial, de transportes, do desgaste excessivo dos recursos
naturais e da explosão demográfica.
Um recurso não renovável é aquele que utilizado apenas uma vez já não
pode ser reaproveitado. Um exemplo é o combustível fóssil, que depois de ser
utilizado para mover um automóvel, está perdido para sempre.
Dentro dos recursos não-renováveis é possível, ainda, identificar duas
classes: a dos minerais não energéticos, como o fósforo e o cálcio, entre
outros, e a dos minerais energéticos, como os combustíveis fósseis e o urânio.

2.4 IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA EMPRESA

As indústrias de curtimento de couro causam grande impacto ambiental,


haja vista que para beneficiamento da pele faz-se necessário o uso de lenha,
água e produtos químicos. Porém o tratamento dos resíduos sólidos nem
10

sempre é realizada de maneira adequada. Os principais tipos de impactos


ambientais são:
Poluição hídrica
A água é o elemento mais importante para da indústria do couro, pois
ela é utilizada na maioria das operações realizadas no curtume. De acordo com
Câmara e Gonçalves Filho (2007), a água é utilizada como solvente nos
banhos de tratamento e nas lavagens das peles. Nessas duas etapas, a água
entra limpa e sai acrescida de resíduos orgânicos e de produtos químicos,
gerando uma mistura de efluentes com alto poder de contaminação e
degradação do meio ambiente.
A maior parte dos banhos de tratamento e das lavagens das peles
ocorre nas operações de ribeira, que são responsáveis pela propagação de
resíduos tóxicos. Como foi descrito por Liger (2012), após a lavagem, existe, na
água, a presença de grande quantidade de cloreto de sódio e de outros sais
minerais solúveis. Por isso, quando lançada no solo, a água proveniente dos
banhos e das lavagens aumenta a pressão osmótica do terreno, impedindo o
desenvolvimento de plantas, e, quando lançada nos rios, impede o crescimento
de muitos peixes.
A Exportadora Bom Retiro ao descartar a água utilizada na limpeza das
peles realiza o tratamento da mesma, porém o tratamento não é suficiente para
purificação da água, haja vista que já foram registrados vários casos de mortes
de peixes num igarapé que fica ao lado da referida indústria.
Poluição sólida
Segundo Lee (2009) afirma que cromo VI pode estar presente tanto na
água descartada pelos curtumes quanto no produto final. Isso ocorre porque o
cromo III presente na estrutura do couro, quando entra em estado
decomposição, sofre oxidação, resultando no cromo hexavalente.
De acordo com Revista Química e Derivados (2003 apud FERREIRA,
2011), complementa dizendo que os resíduos sólidos gerados pelo curtume
geralmente são encaminhados para o lixão do município, sem atender à NBR
10004, da ABNT, que estabelece que os resíduos considerados classe I não
podem ser destinados ao lixão convencional uma vez que aumentam o risco de
transmissão de doenças para a população.
11

A Exportadora Bom Retiro descarta seus resíduos sólidos em um lixão


próprio, no entanto não há uma fiscalização por parte dos órgãos responsáveis,
porém posso afirmar que os resíduos sólidos descartados são altamente
nocivos ao meio ambiente, visto que até o capim da proximidade são
queimados devidos aos produtos químicos que já contaminaram a terra.
Poluição atmosférica
Os curtumes utilizam a energia elétrica e a térmica para seu
funcionamento. A energia elétrica é empregada na ativação de máquinas,
motores, entre outras demandas gerais. A energia térmica, proveniente da
queima da lenha, é usada no aquecimento da água que será utilizada no nos
banhos descritos nas operações de ribeira, no curtimento, na neutralização, no
amaciamento e no recurtimento, onde a pele ou o couro são inseridos no fulão
e este é aquecido conforme a operação desempenhada. A água quente
também às vezes se faz é necessária no processo de secagem do couro e em
alguns processos de tratamento de efluentes.
A queima exagerada da lenha compromete a qualidade do ar, uma vez
que promove a emissão de dióxido de carbono (CO2), em excesso, na
atmosfera. Gutterres (2004) afirma que o acréscimo do CO2 atmosférico é, em
parte, contrabalançado pelas florestas existentes que contribuem para o seu
declínio; contudo, os efeitos atenuantes são permanentes e podem ser
agravados pelos desmatamentos, o que levará o meio ambiente a uma
deterioração completa e irreversível.
Além da poluição atmosférica decorrente dos resíduos gasosos, o menor
controle por parte dos órgãos competentes em nosso país faz com que alguns
curtumes optem por adquirir a lenha de forma irregular, contribuindo para
degradação da flora nativa brasileira.

2.5 PRINCIPAIS RESIDUOS GERADOS PELO PROCESSAMENTO DO


COURO E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS

ETAPA POLUIÇÃO POLUENTE IMPACTO


MBIENTAL
12

POTENCIAL

Conservação e Gasosa NH3,COV* Odor desagradável


armazenamento
Líquida Líquidos Contaminação das
de pele
eliminados pelas águas superficiais
peles e restos
animais e sal
Resíduos Restos animais e Contaminação das
sólidos sal águas subterrâneas

Ribeira Gasosa H2S, NH3, COV* Odor desagradável

Líquida Cal, sulfeto de Contaminação das


sódio, cloreto de águas superficiais
sódio, aminoácido
e albumina.
Resíduos Restos animais Contaminação do
sólidos (clágeno, tecido solo e das águas
muscular, gordura subterrâneas
e sangue)
Curtimento Líquido Ácidos minerais e Contaminação das
orgânicos, cromo águas superficiais
e taninos.
Acabamento Gasosa COV* Odor desagradável

Líquida Banhos residuais Contaminação das


contendo cromo, águas superficiais
taninos, sais,
corantes, óleos e
etc.
Resíduos Resto de couro Contaminação do
sólidos (pó, farelo, solo e das águas
recortes semi- subterrâneas
acabados e
acabados); pó de
13

lixa, resíduos de
tintas,resinas etc.

A Exportadora Bom Retiro não apresentou nenhum plano de contenção,


ou redução de emissão de poluentes no meio ambiente, porém se satisfaz
somente em cumprir com os regulamentos estabelecidos pelos órgãos
fiscalizadores.

3. ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL

A palavra ética é de origem grega e derivada de ethos, que diz respeito


aos costumes, aos hábitos dos homens vivendo em sociedade. No entanto, a
difícil missão é saber como avaliar o comportamento do ser humano nesta
“sociedade”.
A ética serve para qualificar as organizações (empresa ética), as
pessoas (sujeito ético) e os comportamentos (conduta ética) dentro de uma
sociedade.
Assim, podemos considerar que a ética de um indivíduo, grupo,
organização ou comunidade seria a manifestação visível por meio de
comportamentos, hábitos, práticas e costumes, de um conjunto de princípios,
normas, pressupostos e valores que regem a sua relação com o mundo.
Uma condição fundamental para que o homem atinja seus objetivos é,
sem dúvida nenhuma, que ele se associe. Sozinho o homem é incapaz de
atingir grande parte de seus bens, objetivos, finalidades e interesses.
Portanto, a sociedade é uma comunidade, uma comunhão, uma
organização em que uns suprem o que aos outros falta e todos, em conjunto,
realizam o que nenhum, isoladamente, seria capaz de conseguir.

3.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL

Podemos conceituar a Responsabilidade Social como um processo


instrutivo e dinâmico baseado na ciência do dever humano e na ética,
14

envolvendo ações governamentais e não governamentais pelos direitos


fundamentais para a vida, as relações sociais e o equilíbrio ambiental.
Essas manifestações, além de basear-se em regras de ordem moral,
estão disciplinadas em códigos e instrumentos pátrios, como as leis de
proteção ao consumidor, a crianças e adolescentes, às mulheres e aos idosos;
no âmbito internacional, temos a Declaração Universal dos Direitos Humanos,
a Declaração Universal dos Direitos da Criança e as Convenções sobre as
Condições de Trabalho, dentre outros.
Dentro das sociedades encontramos diversas formas de manifestação
de Responsabilidade Social que podem ser exercidas pelo Governo Municipal;
por meio de políticas públicas, e pelos cidadãos; desenvolvimento social com
ações individuais, coletivas ou empresariais junto a órgãos públicos ou
entidades privadas com a execução de trabalhos voluntários.

3.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL (RSE)

Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é a forma de gestão


empresarial que se define pela relação ética, moral e transparente da empresa
com todos os seus públicos (clientes, fornecedores, empregados etc.) e pelo
estabelecimento de metas empresariais que impulsionam o desenvolvimento
sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as
gerações presentes e futuras, respeitando a diversidade e promovendo a
redução das desigualdades sociais.
A responsabilidade empresarial, seguindo os ensinamentos de Robert
Henry Srour (2000), adquire o caráter social pela adoção de um conjunto de
práticas, descritas a seguir.
 Conjugar o desenvolvimento profissional dos colaboradores e sua
coparticipação em decisões técnicas, estimular investimentos em segurança e
melhores condições de trabalho, conceder participação nos lucros e nos
resultados, assim como outros benefícios sociais. Seus impactos imediatos
são: maior produtividade, mais eficiência nos processos, incremento do capital
intelectual, maior assiduidade do pessoal e menor rotatividade.
 Valorizar a diversidade interna da empresa, por meio do combate
às discriminações – no recrutamento, no acesso ao treinamento, na
15

remuneração, na avaliação do desempenho e na promoção das “minorias


políticas”, como é o caso de uma política de emprego para portadores de
deficiência física, da adaptação do ambiente de trabalho às suas necessidades
e da previsão de vagas para jovens de pouca qualificação que recebem
formação e capacitação adequadas.
 Exigir dos prestadores de serviços que seus trabalhadores
desfrutem de condições de trabalho semelhantes às dos próprios funcionários
da empresa contratante.
 Constituir parcerias entre clientes e fornecedores para gerar
produtos e serviços de qualidade, garantir preços competitivos, estabelecer um
fluxo de informações precisas e tempestivas, e para assegurar relações
confiáveis e duradouras.
 Contribuir para o desenvolvimento da comunidade local e, por
extensão, da sociedade inclusiva, através da implantação de projetos que
aumentem o bem-estar coletivo.
 Incluir investimentos em pesquisa tecnológica para inovar
processos e produtos, além de melhor satisfazer os clientes ou usuários.
 Exigir a conservação e a restauração do meio ambiente por meio
de intervenções não predatórias (consciência da vulnerabilidade do planeta) e
de medidas que evitem externalidades negativas.
Nesse sentido, as empresas têm a missão de competir não somente
pela conquista do mercado para auferir lucros, mas também para conquistar
um capital de reputação, de prestígio; elas querem dispor de uma reserva de
credibilidade que lhes confira a “licença para operar” e, por conseguinte, o
benefício da dúvida em situação de crise. Procuram obter, sobretudo, um
crédito de confiança que lhes outorgue uma vantagem competitiva para
incrementar sua rentabilidade (SROUR, 2000).

3.3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

A importância da Legislação Trabalhista e que: ela visa garantir os


direitos dos trabalhadores para que não tenha abuso por parte do Empregador.
Ex: carga horaria, horas extras com adicional, décimo terceiro salário, FGTS,
registro de emprego, acidente de trabalho, aposentadoria e também em alguns
16

casos participação nos lucros, uso obrigatório de EPI (Equipamento de


Proteção Individual). A legislação garantes as empresas quanto aos
empregados negligentes, àqueles que praticam faltas graves administrativas,
podendo assim ser demitido por justa causa.
Os direitos e deveres dos empregadores e empregados está em vigor na
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), as convenções coletivas de
trabalho, acordos e em várias leis especificas. Para melhor conduzir as
conciliações, deve aprofundar no conhecimento da legislação trabalhista
especialmente no contrato de trabalho e suas formas e tipos de rescisão.
O contrato de trabalho e o acordo tácito ou claro, celebrado entre o
empregador e o empregado, com relação ao emprego não possui
obrigatoriamente uma forma para ser concluído pode ser verbalmente ou por
escrito. O contrato de trabalho deve ter as seguintes exigências: subordinação,
onerosidade, pessoalidade, alteridade e continuidade. A subordinação do
empregado ao empregador, o empregado deve acatar as ordens e ser
subordinado economicamente, mediante remuneração.
A onerosidade relaciona –se com a contraprestação pecuniária cedida
pelo empregador ao empregado em devido ao contrato de trabalho.
Pessoalidade é um requisito que não depende do contrato de trabalho, é
personalíssimo, ou seja, o empregado não pode ser substituído por outra
pessoa. A continuidade, é a não ausência do serviço, ou seja, o empregado
deve comparecer a empresa frequentemente por força de contrato de trabalho.
Por fim, o vínculo empregatício para ser definido deve ter alteridade, o
que consiste na prestação de serviço por conta e risco do empregador, trata-se
de uma proteção ao empregado, assim podendo até participar dos lucros da
empresa, no entanto não pode participar dos prejuízos.
Contrato por prazo determinado: considera-se por prazo determinado, o
contrato cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviço
especificados, só será valido em se tratando de serviço cuja a natureza ou
transitoriedade justifique a predeterminação do prazo de atividades
empresariais de caráter transitório de contrato de experiência, não poderá ser
estipulado por um por mais de dois anos, o contrato de experiência não poderá
ultrapassar o prazo de 90 dias se for prorrogado mais de uma vez passará a
vigorar sem determinação de prazo.
17

Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro


de seis meses a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração
desse deste dependeu da execução de serviços especializados ou da
realização de certos acontecimentos.

4. AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL

A palavra vem do latim auditore (aquele que ouve). Como disciplina,


nasceu no setor financeiro, para a verificação sistemática da adequação da
contabilidade empresarial às exigências legais e às normas estabelecidas.
Dentre os conceitos publicados, adotamos o seguinte:

Processo sistemático e documentado de verificação, executado para


obter e avaliar, de forma objetiva, evidências de auditoria para
determinar se as atividades, eventos, sistemas de gestão e condições
ambientais especificadas ou as informações relacionadas a estes
estão em conformidade com os critérios de auditoria, e para
comunicar os resultados deste processo (LIMA, 2012, p. 14).

Esse instrumento de verificação se destaca como importante ferramenta


de gestão ambiental, por possibilitar uma “fotografia” imediata do processo
produtivo. Por meio da auditoria ambiental, é possível a identificação dos
pontos “fracos” e dos pontos “fortes” da organização diante das questões do
meio ambiente.
A auditoria ambiental é considerada a origem da gestão ambiental e,
atualmente, conforme visto antes, uma de suas ferramentas. A história começa
nos Estados Unidos, no contexto da discussão ambiental crescente dos anos
1970, que foi estimulada especialmente pela Conferência de Estocolmo,
ocorrida em junho de 1972, em Estocolmo, na Suécia.
No Brasil, os primeiros registros das auditorias ambientais são do final
da década de 1980 e início da década de 1990, principalmente, das realizadas
nas filiais de grandes empresas multinacionais, assim como ocorreu na Europa.
A ISO foi criada por decisão de delegações de 25 países, incluindo o
Brasil, em 1946, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. O objetivo era
facilitar a unificação e a coordenação internacional das normas industriais. O
início do funcionamento da organização, instalada em Genebra, na Suíça,
18

ocorreu oficialmente em 23 de fevereiro de 1947, representando um passo


fundamental na tentativa de padronização em âmbito mundial, com vistas a
facilitar o comércio entre os países. Organização não governamental, a ISO
tem mais de cem membros, representantes de diferentes países, sendo a
ABNT um de seus fundadores.
Atualmente, o objetivo da ISO é propor normas nos mais variados
campos de atividades, exceto na área eletroeletrônica (de responsabilidade da
International Electrotechnical Comission – IEC), que sejam a representação do
consenso dos diversos países na tentativa de homogeneizar métodos,
medidas, materiais e sua utilização.
No Brasil, a maior parte das normas da série ISO 14000 já foi
transformada em Norma Brasileira Registrada (NBR-ISO), publicada pela
ABNT.
A primeira a ser publicada, a ISO 14001, uma norma certificadora, sobre
a qual falaremos posteriormente, é amplamente utilizada em todo o mundo
(INTOSAI, 2009). Foi publicada no Brasil em outubro de 1996, como NBR-ISO
14001:1996, já tendo passado por revisão, a qual foi publicada em 2004, como
NBR-ISO 14001:2004.
AS normas ISO 14000, aquelas com orientações sobre auditoria
ambiental (ISO 14010:1996 – Diretrizes para Auditoria Ambiental – Princípios
Gerais, ISO 14011:1996 – Diretrizes para Auditoria Ambiental – Procedimentos
de Auditoria – Auditoria de Sistemas de Gestão Ambiental e ISO 14012:1996 –
Diretrizes para Auditoria Ambiental – Critérios de Qualificação para Auditores
Ambientais) foram reunidas, junto com as diretrizes sobre qualidade, sendo
substituídas com a elaboração da ISO 19011:2002, publicada no Brasil como
NBR ISO 19011:2002 – Diretrizes para Auditorias de Sistemas de Gestão da
Qualidade e/ ou Ambiental.
A NBR ISO 19011:2002 foi cancelada e substituída com a publicação,
em 2012, da NBR ISO 19011:2012 – Diretrizes para Auditorias de Sistemas de
Gestão. Esta nova edição, que é resultado da revisão da edição de 2002,
amplia o escopo da norma de auditoria de sistemas de gestão da qualidade e
de meio ambiente para auditoria de sistemas de gestão de qualquer natureza.

4.1 TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS


19

A classificação das auditorias depende do seu objetivo. Embora existam


diferentes classificações, neste livro tomamos como ponto de partida o sistema
utilizado por Campos e Lerípio (2009), estabelecido conforme os critérios a
seguir.
 Auditorias de primeira parte; são realizadas pela própria
organização para verificar se seus objetivos de melhoria de desempenho
ambiental estão sendo atingidos. Trata-se do mais importante tipo de auditoria
para a gestão ambiental, por envolver colaboradores e funcionários da própria
empresa, já familiarizados com sua cultura e com os processos utilizados. Os
auditores internos devem ser independentes das funções que auditam, para
que sejam evitados constrangimentos ou sanções e punições equivocadas que
possam acontecer a partir de suas constatações. Da mesma forma, não devem
ocorrer conflitos de interesse, devendo-se evitar, por exemplo, que
subordinados diretos auditem seus superiores hierárquicos.
 Auditorias de segunda parte são realizadas nos fornecedores ou
nos prestadores de serviço e podem ser conduzidas com o objetivo de
pressionar a melhoria do desempenho ambiental da cadeia produtiva e
possibilitar a identificação e a estimativa dos efeitos de uma organização no
ciclo de vida do produto. O objetivo pode ser ainda, a diminuição das potenciais
responsabilidades civis ambientais.
 Auditorias de terceira parte são realizadas por organizações
independentes da empresa auditada, como uma empresa de auditoria ou um
auditor especialista, sendo consideradas como serviços. Uma auditoria
ambiental de terceira parte pode ter como objetivo, por exemplo, a certificação
segundo a NBR ISO 14001:2004. Nesse tipo de auditoria, os serviços de uma
entidade certificadora são contratados pelo auditado para que seja
recomendada sua certificação.
 Auditoria interna tem como objetivos aprimorar e monitorar as
normas estabelecidas pela empresa, podendo ser realizada por pessoas do
quadro da própria organização ou por pessoas especializadas no assunto,
independentes da empresa auditada. Esse tipo de auditoria é classificado
sempre como auditoria de primeira parte.
20

 auditoria externa é sempre realizada por pessoas independentes,


não subordinadas à empresa. Visa à apresentação de opinião a respeito do
segmento auditado, por meio de pareceres sobre o trabalho dos auditores
internos, caso exista, e levantando as oportunidades de melhorias na empresa,
em relação aos aspectos auditados.
 Auditoria ou análise crítica ambiental Constitui-se em uma análise
interna das próprias operações ambientais, geralmente realizada por
organizações que não possuem um SGA formal ou abrangente. O objetivo
desse tipo de auditoria é a avaliação do nível de atendimento às conformidades
e do desempenho ambiental.
Um exemplo de auditoria ambiental de conformidade legal é aquela cuja
exigência foi estabelecida por meio da Resolução Conama nº 265/2000, em
razão do vazamento de óleo pela Petrobras na Baía de Guanabara, conforme
abordado anteriormente neste livro-texto. Esse tipo de auditoria também é
chamado de compulsório, ou seja, de caráter obrigatório, e tem sido uma
tendência na legislação ambiental brasileira.
21

CONCLUSÃO

Conclui-se o presente projeto, apresentando os resultados de nossa


pesquisa, bem como apresentando sugestões para melhorar as políticas de
redução de impacto ambiental na empresa pesquisa. Também citaremos os
possíveis agravos à saúde humana, advinda da atividade laboral em curtumes.
De acordo com As Informações levantas constatou-se que a empresa
Exportadora Bom Retiro não tem uma política de redução de impacto ambiental
ineficiente, pois é grande o número de resíduos sólidos, hídricos lançados ao
meio ambiente, também observamos a grande quantidade lenha utilizada no
processo de limpeza dos couros.
Como ponto positivo destacou-se a estação de tratamento d’agua,
porém já foi registrado o transbordamento do mesmo o que acarretou na morte
de milhares de peixes do igarapé Judia.
Conforme os resultados apresentados, os resíduos tóxicos liberados ao
longo da cadeia produtiva do couro, além de promover a destruição do
ecossistema, e a degradação das terras, também causam danos à saúde
humana, tais como: rinite e sinusite crônica, atrofia da mucosa nasal,
alterações na pele, danos ao estômago, fígado e rins, choque cardiovascular e
câncer.
Como sugestões indicamos um plano de reflorestamento, visto que é
grande o consumo de lenha no processo curtimento de couro, provocando a
destruição de milhares de árvores, o plano de reflorestamento amenizaria o
impacto causado ao meio ambiente.
Pontuamos negativamente a ausência do tecnólogo em gestão
ambiental, visto que o mesmo poderia dirimir sobre as ações de políticas
ambientais da empresa. Também no tocante a auditoria o gerente nos informou
que é realizada auditoria interna, porém não nos especificou os critérios
adotados na auditora, nem a periodicidade com que ocorrem.
22

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Auditoria e Certificação ambiental. / Eliane Maria de Almeida Orsine, André


Luiz Ferreira da Silva. – São Paulo: Editora Sol, 2015. 140 p., il.

CURTUMES E IMPACTOS AMBIENTAIS. Disponível em:


<https://marianaplorenzo.com/2010/10/09/curtume-e-impactos-ambientais/>
acesso em 10 de junho de 2017.

Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial/ Márcio Antoni Santana.

Gestão de recursos naturais. / Claudia Ferreira dos Santos Ruiz Figueiredo. –


São Paulo: Editora Sol, 2015. 180 p., Il.

Patto, Daniela da Cunha Souza. Controle ambiental e recursos naturais. /


Daniela da Cunha Souza Patto. – São Paulo: Universidade Paulista - UNIP,
2016. 132 p., il.

Práticas de gestão ambiental das indústrias coureiras de Franca-SP


Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/gp/v20n4/aop_870.pdf> acesso em
010 de junho de 2017.

Você também pode gostar