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T & M

ESTUDOS LITERÁRIOS

A PRESENÇA DA COMUNICAÇÃO DE MASSA


NA LITERATURA CONTEMPORÂNEA

ÂNGELA MARIA PELIZER DE ARRUDA

transmissão de imagens televisivas foi implantada


na década de 1950, sem muito sucesso. Na verdade,
acreditar que alguém fosse ficar parado à frente
de um pequeno aparelho por muito tempo era uma
idéia absurda. Contudo, no início dos anos 60, os
profissionais dessa área provaram que o que parecia um
fracasso tornou-se um fenômeno jamais visto até então. A
introdução da publicidade, a especialização de profissionais
e a formação de redes nacionais tornaram possível a criação
de programas específicos para determinados tipos de grupos,
havendo maiores opções para o público.

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A televisão passa a representar o maior diz que não o vê há muito tempo em função
exemplo de comunicação massiva por atingir da sua opção pelo rock. Quando a
um número extremamente grande de entrevistadora pergunta se seu filho gosta
espectadores. Com esse potencial, a TV é de rock, o garoto, em frente à telinha acredita
capaz de transmitir à quase totalidade da que o homem do outro lado está a lhe olhar
população as diversas vertentes culturais procurando a resposta. O roqueiro diz que
desde a erudita até a popular. O “hábito de sim, que seu filho gosta de rock, e o jovem
assistir à TV se consolida definitivamente e telespectador muda de canal e vê uma
se dissemina por todas as classes sociais” mulher nua na tela.
(Ortiz, 1994, p. 130). Dessa forma, a barreira Primeiramente, é possível observar na
entre as culturas específicas é derrubada, narrativa uma adesão aos temas
pois todas as camadas sócio-econômicas da particulares, traço muito comum no conto
sociedade têm acesso a ela. Nesse contexto, contemporâneo. Não temos aqui fatos
a telinha marca sua forte presença, com grandiosos e coletivos, mas um pequeno
programas diversificados, que vão ao recorte da história de um adolescente que
encontro das necessidades do público, vive assistindo à televisão e que fora
criando uma relação de interdependência abandonado pelo pai quando criança. Ele diz
muito forte entre ambos. ser um adolescente como outro qualquer, que
faz o que é natural de sua idade: “Uma idade
Observando esse fenômeno de expansão
em que se vê muita televisão, e em que se
da televisão como meio de comunicação
muda muito de canal ...” (Scliar, 1995, p. 369).
massiva e tendo em vista que a literatura
Como se pode observar, trata-se de um
contemporânea busca aproximar-se da
pequeno recorte da vida do narrador-
realidade e retratar os vários mundos do
personagem: o exato momento em que está
homem moderno, o presente trabalho propõe-
diante da televisão. O que retrata um aspecto
se nesse momento analisar os personagens
comum ao conto contemporâneo e aos meios
dos contos “Zap”, de Moacyr Scliar e “Por falar
de comunicação de massa – a rapidez. O
na caça às mulheres”, de Roberto Drummond,
homem contemporâneo vive apressadamente
enfocando as relações estabelecidas entre
e não tem tempo ou até paciência para ler
os textos ficcionais e a telinha.
longas histórias ou até para assistir a um
programa inteiro de televisão. Ao contrário,
lê pouco e troca constantemente de canal,
Z A P quando assiste televisão.
Para Italo Calvino, essa rapidez é positiva
O conto “Zap” é narrado em primeira pois “quanto mais tempo economizamos, mais
pessoa, por um garoto de treze anos que vive tempo poderemos perder”. E se refere à
em frente à tv com seu controle remoto, produção literária dizendo que: “A rapidez de
mudando constantemente de canal. O estilo e de pensamento quer dizer antes de
narrador-personagem conta ainda que seu mais nada agilidade, mobilidade,
pai abandonou a família logo depois de seu desenvoltura” (Calvino, 1990, p. 59). Em
nascimento. De repente, em meio à troca de relação à comunicação massiva, a idéia de
canais, diz ver seu pai, um roqueiro que dá velocidade é bem clara; temos propagandas
entrevistas “num programa local de cada vez menores, com cenas desconexas, o
baixíssima audiência”, respondendo à videoclipe, programas também mais curtos.
apresentadora sobre seu filho. O entrevistado Essa noção de velocidade é bem clara no conto

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aqui analisado, a começar pelo próprio título: por meio da televisão chega a ponto de o
“Zap” indica a fração de segundos que o garoto imaginar que o homem está olhando
garoto leva para mudar de canal. diretamente para ele, que há uma interação
A velocidade também foi observada por real entre ambos.
Beatriz Sarlo como um fenômeno da Essa falsa interação não se dá apenas
modernidade. Porém, ela é vista pela autora com o personagem do conto, mas também com
com certa negatividade, pois, com seu muitos telespectadores ao verem programas
advento, as imagens perderam a intensidade. de entrevistas ou outros que pedem sua
Essa constante troca de imagens é acionada opinião e até indicam um número de
pelo controle remoto, que, por sua velocidade, telefone, para o qual devem ligar para votar
desvaloriza todas as que estão por vir à frente em alguém num concurso ou dar sua opinião
do espectador. “A televisão explora esse traço sobre algum assunto ou ainda escolher um
como uma qualidade que lhe permite uma final para alguma história. É o que se
enlouquecida repetição de imagens; a denomina de falsa interação ou até de sub-
velocidade do meio é superior à nossa interação porque esta não se dá
capacidade de reter seus conteúdos. O meio completamente. Como num programa,
é mais veloz do que aquilo que transmite. seriado ou telenovela tudo é bem organizado
Estes, nessa velocidade, competem até antecipadamente, o que o telespectador tem
anularem-se os limites entre áudio e vídeo”
são três ou quatro opções. Se sua opinião for
(Sarlo, 1997, p.57-58). Por outro lado, Sarlo
adversa a qualquer uma delas, não há
diz que o zapping acionado pelo controle
possibilidade de votar. O melhor é aceitar a
remoto suscita a liberdade do espectador, que
opinião da maioria, o consenso feito por meio
se vê capaz de substituir uma imagem por
de uma pequena amostra e passado como uma
outra no tempo que quiser, e permanecer ou
porcentagem significativa.
não na imagem seguinte.
Melvin De Fleur e Sandra Ball-Roxeach
propõem, a respeito da influência da
comunicação de massa, a “Teoria de
dependência do sistema de mídia”. Há,
segundo essa teoria, um relacionamento de
interdependência entre mídia e outros
A presença da televisão é muito comum recursos, inclusive o telespectador. “Esse
entre crianças e adolescentes, assim como relacionamento de dependência não é em
o narrador-personagem. A obsessão é mão única. A força da equação não inclui
tamanha que ele pára alguns segundos num apenas como outros dependem dos recursos
canal – o que geralmente não faz – quando da mídia para alcançar suas metas, mas
vê uma entrevista com um velho roqueiro. também como o sistema de mídia depende
Sem pensar duas vezes diz: “É o meu pai”. “É dos recursos controlados por outros” (De
sobre mim que fala”. Fleur; Ball-Roxeach, 1993, p. 323). É dessa
Dessa forma, transporta para a tela seus forma que o telespectador pode não ser
anseios, sua vontade de ver o pai. Não há apenas passivo, mas ativo na escolha por este
indicações exatas de que se trata realmente ou aquele programa, ou ainda, nenhum deles.
do pai do narrador-personagem, ou é apenas O controle remoto é o símbolo maior
um roqueiro qualquer, que fala sobre seu desse poder do telespectador. No conto, o
filho, também abandonado. A ilusão passada narrador faz uso de tal instrumento para

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mostrar que não é um simples receptor de instante em que ocorrem os acontecimentos.


todas as informações e entretenimentos Enfim, a cada dia se pode notar o
escolhidos por esta ou aquela emissora de crescimento de recursos usados pelas redes
televisão. Além disso, a presença do controle televisivas para ampliar suas transmissões
facilitou sua vida, visto que, mudar de canal e atrair o maior número de público.
era “uma tarefa que antes exigia certa O que se percebe na citação de Sodré e
movimentação” (Scliar,1995, p. 369). O se confirma nos trechos do conto é que o
narrador diz ainda que o controle remoto “se telespectador tem toda liberdade de escolher
trata agora de um instrumento sem o qual o que vai assistir, ou simplesmente não
eu não saberia viver (...). Estou num canal, assistir. Foi essa a solução que o narrador-
não gosto – zap, mudo para outro. Não gosto personagem encontrou para fugir à decepção
de novo – zap, mudo de novo” (Scliar,1995, p. da resposta do “possível pai” em sua
369). entrevista quando ele olha diretamente para
A interação passou a ser o garoto em frente à tela e recomeça a tocar
muito mais fácil com a sua guitarra e está prestes a responder à
presença desse aparelhinho pergunta “Seu filho gosta de rock ?” . Ao invés
que, com um simples de prestar atenção na resposta do velho
movimento do receptor, deixa roqueiro, o garoto muda de canal e ele some.
determinado programa de Em seu lugar, “uma bela e sorridente jovem
lado, em busca de outras que está – à exceção do pequeno relógio que
cenas mais interessantes. Já usa no pulso – nua, completamente nua”
não temos a televisão como um aparelho (Scliar, 1995, p. 370).
controlador, sem muitas opções de canais e
cuja mudança exigia um levantar da poltrona,
dirigir-se ao botão e trocar de canal. POR FALAR NA CAÇA ÁS MULHERES
Muniz Sodré se refere a essa interação
“Por falar na caça às mulheres” é um
televisão-telespectador dizendo: “O aparelho
conto extremamente singular, no qual o
de tevê é o ‘outro’, que impõe um ‘monólogo
narrador faz uso de recortes veiculados pelos
controlável’ já que se pode, a qualquer
meios de comunicação através da pichação
instante, mudar de canal ou desligar o
de muros e colunas sociais e policiais de
aparelho” (Sodré, 1983, p. 58). O autor não
jornais para compor a história de Juliana,
quis dizer com isso que a comunicação de
jovem da alta sociedade e filha de uma
massa (no caso, a televisão) não continua
família tradicional de Minas Gerais, e Sérgio,
exercendo influência no meio
jogador de vôlei e igualmente bem sucedido,
contemporâneo. Ao contrário, é cada vez mais
que depois de muita insistência desse,
comum encontrar nos lugares mais
acabam namorando e se casando na década
distantes, mais isolados ou mais pobres,
de 1970. Esse amor, porém, é destruído pelo
antenas de televisão fixadas nos telhados.
fascínio que Juliana tem pela televisão, mais
Além disso, a tecnologia aplicada a esse meio
precisamente por Reginaldo Farias, galã da
está cada vez mais avançada, com antenas
Rede Globo na época. Sérgio, com muito
ligadas a satélites, televisão a cabo,
ciúme de sua esposa e num dia de fúria,
programas cada vez mais especializados e
acaba assassinando Juliana com três tiros.
avançados tecnologicamente, notícias que
Tempos depois, entrega-se à polícia e conta
chegam à casa do telespectador no exato
como cometeu o crime.

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Inicialmente, percebe-se a paixão de adjetivações circunstanciais; num segundo


Sérgio por Juliana por meio dos escritos nos momento, chocar a população a respeito de
muros com “grafite, spray e sangue”. Esse um crime acontecido na alta sociedade. Em
sentimento vai se intensificando à medida ambos os casos, a vendagem é garantida por
que as pichações vão aparecendo, chegando se tratar de um “empresário e desportista” e
ao ponto de o rapaz ameaçar o suicídio se a a “integrante da lista de ‘Dez Mais’ e
“bela Ju” não o quisesse. Depois de considerada a dona do rosto mais bonito do
convencê-la a namorar com ele, sabe-se do Brasil pelo colunista Ibraim Sued”
casamento dos dois pela menção feita nas (Drummond, 1994, p. 77).
colunas sociais dos jornais. Em seguida, é Para conseguir atingir
possível conhecer um pouco da história seu objetivo, o jornal (ou
política, desportiva e social do Brasil melhor seus redatores) usa
novamente pelas pichações feitas nos muros, de artifícios bastante
com “grafite, spray, sangue e piche”. Agora, convincentes ao público
porém, não mais feitas por Sérgio para leitor. Um desses artifícios é
conquistar Juliana, mas por muitos outros a linguagem. Observe-se no
que procuram também alcançar suas primeiro momento em que o
conquistas num momento tão conturbado jornal fala de Juliana e Sergio – por ocasião
como foi a década de 1970. do casamento. O estilo lingüístico é bem o
Anos depois, na década tipicamente usado em colunas sociais, numa
de 1980, Juliana e Sérgio não linguagem rebuscada, cheia de rodeios e
mais aparecem em colunas adjetivações: “Praza aos céus que este
sociais, mas nas páginas colunista possa ver (...) uma cerimônia tão
policiais, envolvidos num tocante e tão inesquecível” (Drummond,
homicídio passional, em que 1994, p.72). Ao contrário, na página policial,
esposa e esposo são, na busca do espanto e da objetividade de
respectivamente, vítima e alguém que também está chocado com
assassino. Nota-se, no decorrer de todo o tamanha brutalidade, o autor do texto procura
conto, uma insistência do narrador em ser o mais econômico possível em sua
apresentar, por meio da comunicação narrativa: “Com três tiros de revólver
massiva, a seqüência narrativa. Muros disparados à queima-roupa, o empresário e
pichados e páginas de jornais são meios de desportista Sérgio Avelar matou sua mulher
tornar público um acontecimento, mesmo Juliana Campos Montenegro Avelar...”
diferenciando-se pelo aspecto financeiro, ou (Drummond, 1994, p. 76).
seja, enquanto o segundo transmite uma Apesar de Roberto Drummond ter
notícia com o intuito de vender o jornal ou a inserido esses meios comunicativos neste
revista, o segundo quer apenas mostrar, conto como veiculadores exclusivos da
divertir-se, contestar, sem se importar com narrativa, há um outro veículo tão ou mais
quem vai ler (ou não) seus escritos. importante no desenrolar da trama: a
No primeiro caso, das notícias televisão, já que teve influência direta no
transmitidas pelos jornais, fica clara a destino dos protagonistas. Assim como na vida
intenção do veículo: num primeiro momento real, nossa personagem fictícia, Juliana,
exaltar o belo casal que se une em tinha paixão por uma outra personagem, o
matrimônio com todas as pompas e ator Reginaldo Farias, que apesar de ser real,

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torna-se também uma parte da ficção programas televisivos; na verdade, são tão
montada pelo contista. Essas influências influenciáveis que destroem o próprio
sofridas pelas pessoas em função das casamento por causa da televisão; a esposa,
transmissões televisivas são apontadas por pelo fascínio que tem pelo ator Reginaldo
Ciro Marcondes Filho como programas que Farias e o esposo, pelo ciúme incontrolável.
vão ao encontro do público para atender suas A partir da leitura desses dois contos, é
necessidades. O autor afirma ainda que o possível observar, mesmo que num pequeno
“fascínio que a comunicação exerce sobre o recorte, os tipos de relações existentes entre
público vem desse aspecto. Há uma efetiva as pessoas e os meios de comunicação de
procura e uma real satisfação no consumo massa, especificamente a televisão. Mesmo
da comunicação por meio da fantasia” em se tratando de personagens fictícios,
(Marcondes Filho, 1985, p. 125). podemos transpor suas atitudes para as
Em “Por falar na caça às pessoas reais, que depositam na telinha seus
mulheres”, Juliana tem um sonhos, seus anseios e seus desejos mais
fascínio por Reginaldo Farias íntimos. Os textos registram a necessidade
que não demonstra ter por seu de reconhecer a forte presença desses
esposo Sérgio. É a partir dessa veículos da comunicação em nosso meio e
fantasia apresentada pelos sua grande capacidade de envolver seus
modelos míticos que é possível espectadores.
fazer uma condensação da realidade, ou seja,
o ator era para Juliana o que ela gostaria T & M
que seu esposo fosse e, possivelmente, não
Texto recebido em maio de 2004.
era. A influência da televisão é tamanha na
Aprovado para publicação em julho de 2004.
vida desses personagens que, por ciúmes do
não real, da fantasia, um acaba por dar fim à
SOBRE A AUTORA:
vida do outro. Na vida real, alguns
Ângela Maria Pelizer de Arruda é Especialista em
psicanalistas vêem a telinha como “condutora Literatura Brasileira pela Universidade Estadual de Londrina.
do adulto a um estágio ‘oral’ semelhante ao
do bebê alimentado por sua mãe” (Sodré,1983, REFERÊNCIAS:
p. 60). Apesar da afirmação conter um certo CALVINO, I. Seis propostas para o próximo milênio. Trad. Ivo
exagero, é necessário perceber que, em maior Barroso. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
DE FLEUR, M. L.; BALL-ROXEACH, S. Teorias da comunicação de
ou menor teor, há uma grande dependência massa. Trad. Octavio Velho. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
das pessoas em relação a esse meio 1993.
DRUMMOND, R. Quando fui morto em Cuba. São Paulo: Atual,
comunicativo. 1994.
MARCONDES FILHO, C. (Org.). Política e imaginário nos meios de
Ao contrário do protagonista do conto comunicação para massas no Brasil. São Paulo: Summus, 1985.
“Zap”, que, ao fazer uso do controle remoto, ORTIZ, R. A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e
indústria cultural. 5.ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
comanda a programação a que deseja assistir ---. Mundialização e Cultura. 2.ed. São Paulo: Brasiliense,
1996.
e se vê com liberdade o suficiente para SARLO. B. Cenas da vida pós-moderna. Trad. Sérgio Alcides.
permanecer ou não ligado àquela imagem, a Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.
SCLIAR, M. Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras,
relação entre o aparelho de televisão e os 1995.
protagonistas do conto “Por falar na caça às SODRÉ, M. A comunicação do grotesco: um ensaio sobre a cultura
de massa no Brasil. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 1983.
mulheres” é de dependência desses em
função daquele. Juliana e Sergio não Universidade Estadual do Oeste do Paraná
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demonstram ter a mesma liberdade de
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escolha ou indiferença em relação aos
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