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Discente: Tainara Kilvia Chaves Dutra Turma: 1001

ATIVIDADE DE APOIO SEMANA 1


DIREITO CIVIL II – DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
2011.1

CASO CONCRETO 1
 
“- Saiba o senhor que o ordenamento civil obrigacional brasileiro não dispõe de norma
específica reguladora do denominado adimplemento ruim. O art. 422 de nosso Código Civil,
porém, ao estabelecer as normas gerais sobre contraltos dispõe: “Os contrantes são obrigados
a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade
e boa-fé”, estando ambos ligados à concepção da relação obrigacional como processo. - Assim
sendo, Seu Raimundo, caso o senhor não cumpra com sua obrigação, ou seja, pague o aluguel
em atraso, vou usar meu direito potestativo e colocá-lo em sujeição! Estas foram as palavras
de Maria Clarisse para Raimundo Nonato, locatário de um imóvel de sua propriedade, ao saber
que ele havia dado uma grande festa para comemorar o aniversário da esposa, mas estava
com o aluguel atrasado há quase dois meses e alegava dificuldades financeiras insuperáveis
para justificar o atraso. Sem entender muito bem o significado das palavras de sua senhoria,
Raimundo procura você, seu advogado, e faz as seguintes perguntas:

a) A que se pode associar a concepção da relação obrigacional como um processo?

A obrigação, modernamente, não deve ser vista apenas com uma estrutura estática. Ela deve
ser vista sob a ótica de um processo contínuo, dividido em fases desde o nascimento até o
seu momento fim, que é o adimplemento. A relação obrigacional desenvolve-se, de fato,
como um processo que busca como objetivo primordial o adimplemento, que finaliza o vínculo
obrigacional.

b) Que significa esse tal direito potestativo da Dona Maria Clarisse?

Direito potestativo é um direito sem contestação. É o caso, por exemplo, do direito


assegurado ao empregador de despedir um empregado; cabe a ele apenas aceitar esta
condição. No caso de Dona Maria Clarisse é o direito de mover uma ação de despejo contra o
inquilino por inadiplencia ou colocá-lo em sujeição obrigando-o a cumprir o seu dever jurídico.

c) Por que a obrigação não se confunde com sujeição?


 
A obrigação não se confunde com sujeição, (ônus e dever jurídico). A sujeição tem o
significado de obediência. Ex. um direito potestativo (que significa a impossibilidade de uma
pessoa em não cumprir um determinado comando): a existência de um prédio encravado e o
direito de o proprietário desse bem obter uma passagem forçada (art. 1.285 CCv), o direito de o
locador despejar o locatário (arts. 59 e 60 da Lei 8.245/91). Portanto, nos exemplos dados
(direitos potestativos), há a sujeição e não a obrigação daquele que se encontra na situação
passiva.

QUESTÃO OBJETIVA 1

Relacionado ao conceito de obrigação formulado pelos autores, é CORRETO dizer:

(A) é um direito subjetivo absoluto porque permite a uma pessoa exigir de outra certo
comportamento;
(B) é um direito subjetivo relativo porque permite a uma pessoa exigir a prática de certa
conduta de toda a comunidade (erga omnes);

(C) é um direito subjetivo absoluto porque trata das relações que se estabelecem entre as
pessoas sobre uma coisa (ius in re), e todas as demais pessoas ficam sujeitas a respeitá-lo;

(D) é um direito subjetivo relativo porque é o poder de uma pessoa de exigir de outra a prática
de certo comportamento em decorrência de um fato específico;

(E) é um direito subjetivo absoluto de uma pessoa impor à coletividade que respeite o seu
nome, a honra e a dignidade.
 
QUESTÃO OBJETIVA 2

O direito das obrigações emprega o vocábulo obrigação no sentido técnico-jurídico de:

(A) qualquer espécie de vínculo ou de sujeição da pessoa;

(B) submissão a uma regra de conduta, cuja autoridade é reconhecida ou forçosamente se


impõe;

(C) vínculo jurídico de conteúdo patrimonial, que se estabelece de pessoa a pessoa,


colocando-as, uma em face da outra, como credora e devedora;

(D) qualquer dever jurídico preexistente;

(E) dever jurídico sucessivo, decorrente da violação de um dever jurídico originário.

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