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Prefácio:
A autora busca em seu trabalho fazer uma análise sobre como era a vida das
pessoas na Época Moderna, as suas casas e as suas coisas. O livro debruça-se sobre
temas pertinentes à “história da família, das mulheres, das casa, dos consumos, da
arquitetura, da alimentação, da decoração e do vestuário.”1
Ela nos informa que serão tratadas “coisas banais”, triviais, recorrentes na vida
dos europeus modernos. Faz também questão de mencionar as fontes que utiliza para a
composição de seu trabalho, sejam estas questões levantadas a partir de interrogatórios,
fragmentos de cartas, testamentos e livros antigos. Afirma, por outro lado, que em razão
de a pesquisa ter sido feita em arquivos na Bolonha, a trajetória de sua narrativa insere-
se nesse contexto espacial, expandindo-se para a capital parisiense. Além disso, no que
tange ao método, à organização dos argumentos e dos paradigmas teóricos, Sarti nos
informa que optou pela análise que aproxima-se de um determinado acontecimento e,
sem se prender a ele, faz voos maiores, procurando conceber estes casos celulares num
complexo mais abrangente, buscando compreender em que medida ele corresponde à
realidade do momento analisado, se a sua singularidade pode ser, de alguma forma,
assemelhada à singularidade de outros casos. Nesse sentido, podemos ver traços da
microhistória, mas não só isso, análises mais amplas, também comentadas enquanto
método de análise por Ginzburg.2