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Busca endereçar um problema no direito brasileiro que há muito era apontado por
organizações internacionais e especialistas no combate à corrupção:
A empresa pode ser condenada ainda que não seja aberto qualquer tipo de processo
criminal ou cível contra as pessoas físicas responsáveis pelo ato.
É possível que outra pessoa jurídica, diversa daquela que praticou o ilícito, seja
responsabilizada pelo pagamento de multa e pela reparação integral do dano.
PENAS
Ainda que a esta Lei pune a empresa, as pessoas envolvidas no episódio somente poderão
ser responsabilizadas criminalmente após a apuração do fato na esfera penal.
CONDUTAS PUNÍVEIS
Uma conduta somente é punível quando está diante dos chamados “atos lesivos”.
CONDUTAS PUNÍVEIS
Ato punível mesmo que seja feito por meio de artifícios que descaracterizem o pagamento direto.
Exemplos:
Empresa americana foi condenada pelo Departamento de Justiça dos EUA por corrupção
por pagar algumas contas pessoais e bilhetes aéreos a um primo e a um amigo próximo
de um importante funcionário público de outro país. Tal conduta foi interpretada como uma
estratégia ilegal para obter contratos com o governo desse país, o que levou à condenação
da empresa responsável.
No Brasil:
Há exceções...
A própria CGU admite que determinadas práticas são usuais no ramo empresarial, e até
certo ponto elas podem ser consideradas legítimas, conforme preveem as suas diretrizes
para empresas privadas sobre o programa de integridade.
Para isso, devem haver determinadas cautelas e motivos legítimos para justificá-las.
A depender das circunstâncias, esse convite pode ser mal interpretado
Exemplo:
É o caso de uma empresa que busca ganhar visibilidade em determinado mercado por
meio da realização de eventos, como feiras, jantares e congressos. Nesse caso, o
convite a autoridades não pode, por si só, ser considerado como oferecimento de
vantagem indevida.
O inciso IV do art. 5º estabelece amplo rol de condutas puníveis no âmbito de licitações e contratos:
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter
competitivo de procedimento licitatório público;
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório público;
c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem de
qualquer tipo;
d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente; e) criar, de modo fraudulento ou irregular,
pessoa jurídica para participar de licitação pública ou celebrar contrato administrativo;
e) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou prorrogações de
contratos celebrados com a administração pública, sem autorização em lei, no ato convocatório
da licitação pública ou nos respectivos instrumentos contratuais; ou
f) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados com a
administração pública.
Apesar da incerteza quanto ao seu real alcance, sua previsão na lei é um importante sinal
de alerta aos empresários.
Poderes Exe, Leg ou Jud, ou a CGU, têm competência para instaurar e julgar o PAR.
Penas
Caso não se conheça o faturamento, a multa será arbitrado pela autoridade entre
R$ 6.000,00 e R$ 60.000.000,00.
Declaração de inidoneidade.
RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL
Punição:
PAR: aplicação de multa e publicação extraordinária da decisão condenatória.
Ação judicial: condenação da empresa nas penas mais graves, como perdimento de
bens, suspensão das atividades e dissolução compulsória.
Não há, portanto, uma “punição dupla”, pois as penas são diferentes.
A ação judicial é ajuizada pela União, Estados, DF ou Municípios, ou pelo Ministério Público.
RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL
Assim como a LDC, a LAC prevê a possibilidade de acordo de leniência com o Poder Público.
Isso tem exigindo das empresas uma adaptação de suas práticas empresariais e de seus
programas de compliance.
Dados indicam que 80% das investigações e infrações desse tipo nos EUA desde 2010 foram
resolvidas por meio desses acordos (reduzindo a judicialização).
Por essa razão, não é de se estranhar que a LAC tenha previsto essa solução negociada.
Diferentemente da LDC, a LAC não prevê tal acordo com pessoas físicas.
O acordo não exclui a possibilidade de responsabilização dos dirigentes das empresas.
Esses benefícios não se restringem à empresa que assina o acordo, podendo ser
estendidos:
“Às pessoas jurídicas que integram o mesmo grupo econômico, de fato e de direito,
desde que firmem o acordo em conjunto, respeitadas as condições nele
estabelecidas”.
Algumas infrações previstas na LAC são puníveis por outras leis, afetando tal alcance.
A LAC afirma que tal acordo pode atingir ilícitos previstos da Lei 8.666/93 (licitações).
O mesmo ocorre com os efeitos penais aos indivíduos (poderão ser processados).
Os acordos versão, sempre, sobre a aplicação ou não de uma pena (não sobre a isenção
da empresa no ressarcimento de eventuais danos).
PROCEDIMENTO DO ACORDO
A proposta de acordo poderá ser feita até a conclusão do relatório a ser elaborado no PAR e será
dirigida à Secretaria-Executiva da CGU.
A proposta receberá tratamento sigiloso e o acesso ao seu conteúdo será restrito aos servidores
especificamente designados para a comissão de negociação.
Caso aceita, a comissão de negociação do acordo é responsável por submeter à CGU e à AGU um
relatório conclusivo acerca das negociações.
Caso rejeitada não importará em reconhecimento da prática do ato lesivo investigado e seu teor será
mantido em sigilo.
PROGRAMA DE INTEGRIDADE
PROGRAMA DE INTEGRIDADE
PROGRAMA DE INTEGRIDADE
PROGRAMA DE INTEGRIDADE
A legislação aponta que esse programa deve considerar as características da empresa, e que ela
deve garantir seu constante aprimoramento.
PROGRAMA DE INTEGRIDADE
Nos casos Micro e Pequenas Empresas, os critérios de aferição do programa serão mais
flexíveis, com formalidade reduzida, não sendo exigidos desses empresários:
1. Extensão de padrões de conduta a terceiros (fornecedores ou prestadores de serviços);